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PENAL 3

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PENAL 3
CASOS CONCRETOS
SEMANA 1
CASO CONCRETO 
DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, sozinha, chorando em seu quarto. Instada a explicar o motivo de sua tristeza, a jovem relata à mãe que, por duas semanas consecutivas vem sendo assediada por FELISBERTO, guarda municipal com lotação e atribuição local, prestando serviços de vigilância e ronda escolares. Segundo a adolescente, notadamente na esquina do quarteirão da escola, FELISBERTO espera sua passagem para proferir palavras como “gostosa”, “quero sair com você”, “vamos curtir um cinema” e etc. Indignada com o acontecido, DOLORES combina com JANAÍNA que no dia seguinte vai acompanhá-la à escola, no entanto, em uma distância razoável objetivando constatar in loco as investidas de FELISBERTO. 
Dessa maneira, no dia seguinte, quando JANAÍNA chega ao quarteirão da escola já encontra FELISBERTO se aproximando dela, ocasião em que, DOLORES, vindo um pouco atrás, empunha um revólver 38 que traz consigo, disparando três tiros certeiros nas costas de FELISBERTO que vem a óbito imediatamente em decorrência das respectivas lesões. Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a adequação típica pertinente. 
R: Dolores responde por homicídio qualificado pelo motivo fútil, valendo destacar, que a qualificadora de impossibilidade de defesa da vítima pode ser considerada como circunstancia de agravante ou circunstancias judiciais desfavoráveis nos termos do art. 59 do cp.
QUESTÃO OBJETIVA 
É incorreto capitular: 
a) como homicídio consumado, a hipótese em que “A” e “B”, independentemente um do outro, injetassem cada um uma dose mortal de veneno da mesma espécie na bebida de “C”, que em consequência morresse ao tomá-la por inteiro. 
b) como tentativa de homicídio, para os dois, à luz da teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non), se “A” e “B” atirassem quase ao mesmo tempo, mas sem saber um do outro, contra a vítima, atingida por um dos tiros na cabeça e o outro no coração, cada qual com aptidão para ser imediatamente mortal, mas sem que tivesse sido esclarecido, no inquérito, quem deu qual dos tiros e quem atirou primeiro, inexistindo coautoria. 
c) como meio cruel qualificante, o propósito do agente em aumentar, desnecessária e sadicamente, o sofrimento da vítima; e por homicídio qualificado, pelo uso de meio insidioso, quando o agente oculta a boca de um poço para que a vítima não o perceba, nele se precipite e morra. 
d) como homicídio doloso, sem o concurso do crime de ocultação de cadáver, a ação do agente que, com dolo geral, depois de esfaquear a vítima e supor que ela tivesse morrido, viesse somente a matá-la, não pelas facadas, mas por asfixia, ao enterrá-la numa cova com a finalidade de ocultar o suposto cadáver, quando, na verdade, a vítima ainda estava viva. e) em concurso formal homogêneo, os homicídios culposos decorrentes do desabamento de prédio construído de forma imperita pelo engenheiro. 
SEMANA 2
CASO CONCRETO 
HORTÊNCIA, maior, que fora vítima de estupro perpetrado com violência real, interrompeu ela mesma, na sua própria residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade sexual, causando a destruição do produto da concepção, para o que se valeu de meios mecânicos obstétricos diretos e de informações, que, para o abortamento, foram lhe fornecidos pelo enfermeiro ALEXANDRINO. 
A gestante, em consequência dos meios empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. Identifique justificadamente a conduta de HORTÊNCIA e ALEXANDRINO
R: Hortência respondera pelo crime de Aborto provocado pela gestante (Mesmo o feto seja em decorrência de estupro com violência real, o aborto só não é crime quando feito por médico Art. 128 do CP) Art. 124 do CP. Em concurso de pessoas com Alexandrino, este enquanto participe do crime. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1)Exemplo de abortamento legal é o 
a) Aborto eugênico 
b) Aborto miserável 
c) Aborto sentimental praticado por médico 
d) Aborto honoris causa. 
2) Infanticídio: 
a) É crime de mão própria. 
b) É crime próprio. 
c) Não cabe tentativa. 
d) É crime de perigo.
SEMANA 3
CASO CONCRETO 
ERIOSVALDO convence MARIOSCLEIDE a suicidar-se pulando de um prédio de vinte andares. A mulher, convencida, pula vindo a ter uma entorse de seu tornozelo e, por isso, ficou quarenta dias impossibilitada de exercer suas atividades habituais. Considerando o caso hipotético, levando em conta que MARIOSCLEIDE estava grávida de 03 (três) meses; fato de seu conhecimento, mas não de conhecimento de ERIOSVALDO e que nada sofreu o feto com a queda, identifique a conduta dos dois envolvidos. 
R: Ocorreu lesão grave devido aos 40 dias de entorse, art. 122.
Ele irá responder por induzir ao suicídio e resultar em lesão grave, nos termos do preceito secundário do art. 122 do cp.
Com relacao a gravidez, parte da doutrina admite dolo eventual e Marioscleide responde por tentativa de auto aborto. A outra corrente doutrinaria entende que nesta hipotese, como não havia dolo no aborto, se houvesse aborto seria na forma culposa e como não há aborto culposo, o fato seria atípico.
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Nas Lesões Corporais (CP, art. 129) 
a) O dolo é de perigo. 
b) O animus é necandi. 
c) O sujeito passivo pode ser o feto. 
d) O animus é laedendi. 
2) Lesão corporal seguida de morte (CP, art. 129§3º): 
a) É crime contra a vida 
b) É crime de perigo. 
c) É julgada perante o Tribunal do Júri. 
d) É crime preterdoloso.
SEMANA 4
CASO CONCRETO 
No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que ABRAVANEL, também presente à conversa, havia, dois meses antes, tentado covardemente o suicídio, em face de banal discussão familiar. Indignado, por não ser o fato verdadeiro, receoso das conseqüências que poderiam advir de tal afirmação no meio social e sentindo-se moralmente ofendido, ABRAVANEL contratou os serviços profissionais de advogado estabelecido nesta Comarca, que, tempestivamente, ofereceu QUEIXA CRIME contra TONICO, dando-o como incurso nos artigos 138 e 139, na forma do artigo 70, todos do Código Penal. 
PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a sua resposta. 
R: Isso é difamação. Não, pois ao imputar o fato que não é considerado crime, Tonico praticou crime de difamação previsto no art. 139 do cp, ou seja, na hipótese não ocorreu crime de calunia. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) O delito de difamação (CP, art. 139): 
a) Não admite tentativa. 
b) É crime formal. 
c) Protege a honra subjetiva. 
d) Não precisa que a imputação seja falsa. 
2) PEDRO imputou a JOÃO, de maneira falsa, que este “escreve jogo do bicho” todos os dias na praça do bairro em que residem. PEDRO, com sua conduta, in thesis, cometeu o crime de: 
a) Calúnia 
b) Difamação 
c) Injúria 
d) Denunciação Caluniosa
SEMANA 5
CASO CONCRETO 
AFRÂNIO E IDALINA são colegas de trabalho há mais de três anos; trabalham num mesmo setor de uma grande empresa de mineração em Belo Horizonte. IDALINA é uma jovem muito bem apresentada e vaidosa, tem como hobby tirar fotos, muitas delas, sensuais e em locais paradisíacos. AFRÂNIO sempre soube dessa atividade de IDALINA e já confessara ao seu amigo GILBERTO a vontade imensa de poder ter acesso às fotos de IDALINA, no entanto sabe que se trata de um desejo insustentável. Certa ocasião, IDALINA reclamou a AFRÂNIO que não estava bem a ponto de sair apressada de sua mesa e dirigir-se ao banheiro. AFRÂNIO, observando que IDALINA deixara seu computador de trabalho ligado e “aberto”, aproveitou o momento e rapidamente conseguiu êxito em transferir algumas fotos dela para um pen drive, retornando em seguida para seu local de trabalho sem que fosse percebido. De posse das fotos de IDALINA, AFRÂNIO as compartilhou com GILBERTO por intermédio do Whats App. Em menos de uma semana um número indeterminado de pessoas jáhavia visto as indigitadas fotos, ocasião em que IDALINA compareceu à Delegacia Policial da circunscrição dos fatos noticiando o acontecido e tendo o Delegado promovendo o pertinente termo circunstanciado imputando a AFRÂNIO o crime do CP, art. 154-A – Invasão de Dispositivo Informático. 
Pergunta-se: Assiste razão ao Delegado? Justifique sua resposta. 
R: Não, uma vez que não existe dispositivo de segurança no computador de Idalina, conforme preve o art. 154 A do cp.
QUESTÕES OBJETIVAS 
Plagiário vem do latim plagiarius. Era quem, na Antiga Roma, roubava escravos ou vendia como escravos indivíduos livres. O vocábulo tem sua origem na Lex Fábia ex plagiariis. A expressão foi trazida para o campo literário através de uma metáfora criada pelo poeta Marcial, que, no século I, comparou o roubo de versos de suas poesias pelo rival Fidentino a uma criança que tivesse caído nas mãos de um seqüestrador. Daí a explicação do desvio sofrido pelo vocábulo plagium na evolução etimológica. A expressão passou a significar, figurativamente, essa apropriação fraudulenta. Plagiário, nos dias atuais, designa o salteador de uma criação intelectual. (MORAES, Rodrigo. A função social da propriedade intelectual na era das novas tecnologias. in Direito Autoral. Cadernos de Políticas Culturais. 2006). 
Portanto, conforme descrito acima, “plágio” é, originalmente, a denominação que se dá ao crime de redução a condição análoga à de escravo (CP, art. 149). Com relação a esse delito é INCORRETO dizer que: 
a) pune-se o comportamento de submeter a vítima a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva. 
b) pune-se o comportamento de restringir, por qualquer meio, a locomação da vítima em razão de dívida contraída com o empregado. 
c) admite-se a forma culposa. 
d) pune-se o comportamento de sujeitar a vítima a condições degradantes de trabalho.
SEMANA 6
CASO CONCRETO 
Cássio, assíduo cliente do Supermercado “Prime”, quando se encontrava promovendo suas compras do mês, foi surpreendido pelo anúncio sonoro acerca de uma promoção relâmpago de um renomado vinho tinto, que teria desconto de 50 porcento de seu valor original de R$ 500,00 (quinhentos reais). Isso para todos aqueles que conseguissem levar o produto ao balcão de descontos para colocação do selo de abatimento do preço. No afã de ser beneficiado pelo anunciado desconto, Cássio rapidamente se dirige ao setor correspondente, e consegue apanhar a última garrafa disponível, colando o necessário selo promocional. Aliviado, Cássio desvia sua atenção para a continuidade de suas compras, mas, ao retornar do curto período em que se distanciou de seu carrinho, acaba por constatar que alguém teria sorrateiramente dele retirado o desejado vinho com o selo de desconto. Ao procurar a gerência e comunicar o inusitado fato, Cássio foi levado ao recinto de monitoramento do mercado, onde, após analisar as imagens, identificou uma senhora idosa, que, aproveitando-se da distração de Cássio, teria retirado de seu carro de compras a última garrafa de vinho com o selo promocional, correndo ao caixa prioritário, onde promoveu o pagamento do produto com seu cartão de débito, tomando rumo ignorado em seguida. Comunicada do fato, a polícia consegue, com auxílio das imagens do circuito interno e análise da fatura de compra cedida pelo supermercado, identificar a astuta senhora como sendo Cremilda de tal, levantando-se também seu endereço. Intimada a depor em sede policial, Cremilda, do alto de seus 73 anos, admitiu sem remorsos todo o ocorrido, esclarecendo não ter resistido ao fato de ser aquele o último vinho com selo de promoção, tendo consumido o produto naquele mesmo dia. 
Considerando que Cássio não conseguiu levar outro vinho com abatimento do preço, e que o supermercado nenhum prejuízo sofreu, indaga-se sobre a relevância penal da conduta perpetrada por Cremilda. 
R: Cremilda d cometeu o crime de furto, pois Cassio já detinha a garrafa de vinho mesmo ainda não tendo feito o pagamento. (Art. 155 do CP), cabendo o princípio da insignificância. O princípio da insignificância é um preceito que reúne quatro condições essenciais para ser aplicado: a mínima ofensividade da conduta, a inexistência de periculosidade social do ato, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão provocada.
QUESTÃO OBJETIVA 
Caio, 21 anos furta seu irmão Mévio, 19 anos. É correto afirmar que a ação penal é pública: 
a) e Caio é isento de pena. 
b) incondicionada, mas sujeita a perdão do ofendido. 
c) e incide atenuante pela idade. 
d) condicionada à representação e incidirá agravante pelo parentesco.
SEMANA 7
CASO CONCRETO 
RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza Cruz, na ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e por necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, dirigindo veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora. Na segunda entrega do dia, RODINEI foi surpreendido por TALLES, 17 anos e DANILO, 28 anos e ex-funcionário da transportadora que, por intermédio de grave ameaça exercida por arma de fogo, subtraíram-lhe o veículo com as mercadorias e restringindo sua liberdade, vindo a liberá-lo em local ermo, após 10 horas da referida atividade criminosa. Identifique, fundamentadamente, a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. 
R: Cometeram os Crimes de Roubo qualificado por restringir a liberdade (Art. 157 §2, inciso V do CP), sendo que Talles menor (Inimputável), cometeu ato infracional sendo cabível uma medida socioeducativa.
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Com relação à consumação do crime de roubo, há entendimento sumular do STJ adotando a corrente doutrinária da: 
a) Contrectatio 
b) Amotio 
c) Ablatio 
d) Ilatio. 
2) Quanto ao crime de extorsão, é correto afirmar que (CP, art. 158) 
a) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público no exercício de suas funções. 
b) a vítima precisa ser aquela quem tenha sofrido a subtração do patrimônio, como quem foi alvo de violência ou grave ameaça. 
c) a colaboração da vítima é dispensável. 
d) também há a figura do seqüestro relâmpago.

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