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GABARITO AD 2 PORT V 2017 1

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
Disciplina: Português V 
Coordenador: Marli Pereira 
AD 2 – 2017. 1 
Aluno (a): ____________________________________ Matrícula ________________ 
Leia este poema de Elias José e responda às questões propostas: 
À MODA CAIPIRA 
 
U musquitu ca mutuca 
num cumbina. 
U musquitu pula 
i a mutuca impina. 
 
U patu ca pata 
num afina. 
U patu comi grama 
i a pata qué coisa fina. 
(...) 
 
U galu ca galinha 
num pareci casadu. 
A galinha vai atrais deli 
i u galu sarta di ladu. 
 
(...) 
U pavão ca pavoa 
mais pareci muléqui. 
A pavoa passa réiva 
e eli só abri u léqui. 
 
Eu mais ocê cumbina 
qui dá gostu di vê: 
eu iscrevu essas poesia 
i ocê cuida di lê... 
 
(Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.) 
1- O texto retrata vários aspectos da oralidade, dentre eles, o alteamento das vogais átonas, processo 
muito comum no português brasileiro em situações informais. Diante disso, discorra sobre o 
comportamento das vogais átonas no português brasileiro e exemplifique-o com 5 palavras do texto: 
(2,5) 
 
As vogais átonas são aquelas que ocorrem em sílabas que não recebem o acento tônico. São classificadas em 
pretônicas, quando ocorrem antes da sílaba tônica, ou postônicas, quando ocorrem após a sílaba tônica. As 
vogais pretônicas apresentam um quadro de 5 vogais Ocorre neutralização entre 
as médias em virtude da variação dialetal. Os falares do Sul preferem as vogais médias- baixas 
enquanto os falares do Norte optam pelas vogais médias-altas . Ocorre, também, na maioria 
dos dialetos, o alteamento vocálico dessas vogais, ou seja, as vogais médias elevam a sua altura e passam a 
vogais altas [i, u]. Em alguns dialetos, como o carioca, há a redução da vogal baixa que se realiza como uma 
vogal central média-baixa O grupo das postônicas se divide em medial e final e apresenta 
comportamento diferenciado. As postônicas finais se reduzem, geralmente, a 3 alofones  e as 
postônicas mediais dependem do estilo de fala (formal X informal). Na fala formal, ocorrem 5 vogais 
Alguns dialetos do nordeste produzem, no lugar das vogais médias-altas  as 
médias-baixas . Na fala informal, tem-se o grupo de 3 sons vocálicos 

Exemplos: u, musquitu, cumbina, i , impina, patu, comi , galu , pareci, casadu, deli, di, ladu, muléqui, 
eli , abri, léqui, qui, gostu , iscrevu 
(observação: são apenas 5 palavras) 
 
2- Com base, no dialeto carioca, faça a transcrição fonética e fonológica das 5 palavras selecionadas em 1. 
(2,0) 
[Ʊ] / o/ 
[mukit] /moSkito/ 
[kum bi n] ou [kubi n] /koNbina/ ou /ko bina/ 
[I] /e/ 
[im pin] ou [i pin] /eNpina/ ou /epina/ 
[pat] /pato/ 
[kõmI] /kome/ 
[galƱ] /galo/ 
[paɛsI] /paɛse/ 
[kazadƱ] /kazado/ 
[delI] /dele/ 
[ladƱ] /lado/ 
[mulk] /molke/ 
[d] /de/ 
[elI] /ele/ 
[abI] /abe/ 
[lɛkI] /lɛke/ 
[kI] /ke/ 
[gotƱ] /goSto/ 
[IkevƱ] /eSkevo/ 
 
3- As palavras “afina, grama, galinha e comi” apresentam casos de vogal nasalizada (nasalidade 
fonética) ou de vogal nasal (nasalidade fonológica)? Justifique sua resposta. (2,5) 
Nas ocorrências acima, têm-se casos de vogal nasalizada, ou seja, uma vogal oral assimila traços de 
nasalidade da consoante nasal que está na sílaba vizinha. Em grama, por exemplo, a vogal oral [a] 
tônica apresenta um som nasalizado em virtude de sua proximidade com a consoante nasal [m] que 
está na sílaba seguinte [‘grm]. Quando a vogal oral está diante de uma consoante nasal palatal [], 
como no caso de “galinha”, o processo de assimilação da nasalidade é categórico, ou seja, sempre 
ocorre [ga‘li ]. Esse processo constitui-se um caso de nasalidade fonética, porque ocorre no 
português brasileiro de forma variável, ou seja, alguns dialetos, como o carioca, assimilam a 
nasalidade apenas quando a vogal é tônica; em outros, como o do Norte, a nasalidade ocorre em 
qualquer posição silábica (pretônica, tônica ou postônica). 
 
 
3- Os padrões silábicos da língua portuguesa são variáveis no sentido de ortograficamente apresentar 
uma organização silábica que difere da organização fonética. Do ponto de vista fonético, faça a 
representação do padrão silábico das palavras abaixo. Use C para consoante; V para vogal; V’ para 
semivogal (ou glide): (1,5) 
 Exemplo: travesseiro ccv cv cvv’ cv 
Musquitu CVC CV CV 
Galinha CV CV CV 
Poesia CV V CV V 
Passa CV CV 
Cuida CVV’ CV 
 
5- Faça a correspondência entre as duas colunas: (1,5) 
(1) Dígrafo (2 e 1) musquito 
(2) Encontro consonantal ( 1 ) qué 
(3) Ditongo ( 2 ) grama 
(4) hiato ( 3 ) coisa 
 ( 4 ) pavoa 
 ( 3 ) pavão 
 ( 1 ) passa 
 (ANULADA) casadu 
 ( 2 ) iscrevu 
 (1 ou 2) cumbina 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: O ARQUIVO DE ENVIO PRECISA SER SALVO EM PDF PARA NÃO 
DESCONFIGURAR OS SÍMBOLOS FONÉTICOS USADOS NAS TRANSCRIÇÕES. 
 
“Todo caminho da gente é resvaloso. 
Mas também, cair não prejudica demais - a gente levanta, a gente sobe, a gente volta!... 
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois 
desinquieta. 
O que ela quer da gente é coragem.” 
Guimarães Rosa

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