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Biologia Molecular Profª Marcelly Valle Palladino Biomedicina 2017 Medicina Forense Introdução O avanço da ciência e tecnologia a nível forense teve seu ponto culminante em meados dos anos 80, quando as técnicas de identificação fundamentadas na análise direta do ácido desoxirribonucleico (DNA), tornaram-se uma das mais poderosas ferramentas para a identificação humana e investigações criminais. A determinação de identidade genética pelo DNA pode ser usada para demonstrar a culpabilidade dos criminosos, exonerar os inocentes, identificar corpos e restos humanos em desastres aéreos e campos de batalha, determinar paternidade com confiabilidade praticamente absoluta, elucidar trocas de bebês em berçários e detectar substituições e erros de rotulação em laboratórios de patologia clínica. Impressão digital genética Assim como os indivíduos tem características únicas que o difere dos demais como estatura, cor dos olhos e cabelo, o DNA também possui uma característica única e permite distinguir um indivíduo de outros com muito mais precisão e menores chances de erro. Cada indivíduo é geneticamente diferente de todos os outros, constituindo uma verdadeira “impressão digital genética”, por isso a análise do perfil de DNA é tão importante para os cientistas forenses, uma vez que a possibilidade de se encontrar duas pessoas iguais por esse método é de uma em 10 trilhões. A extração do DNA A extração do DNA, em termos simples, é a remoção de ácido desoxirribonucleico (DNA) a partir das células da amostra, usado muitas vezes como um passo inicial em diversos processos. Como ocorre a extração do DNA ? Quebra da célula (lise) para expor o seu DNA, conseguido geralmente através da mistura ou trituração da célula. O próximo passo envolve quebrar e emulsionar a gordura e as proteínas que formam a membrana da célula, processo realizado através da adição de soluções de sais e detergentes. O DNA é separado a partir da solução líquida por meio da adição de um álcool e da centrifugação Após todo esse processo o DNA está pronto para ser utilizado na próxima etapa, a PCR. Análise de DNA Em investigações criminais, alguns fios de cabelo, células da pele, sangue ou outros fluidos corporais podem ser deixados no local e o DNA recolhido a partir dessas amostras tem a capacidade de indicar uma solução ao crime. Material genético utilizado na análise do DNA Sangue – embora a maioria das células vermelhas não contenha, também é formado por células brancas que contém DNA e pode ser obtido mesmo de pequenas amostras. Cabelo – principalmente na raiz, pois o comprimento pode até ser utilizado para alguns processos de tipagem, mas não outros. Saliva – a saliva tem células da boca, então qualquer traço de saliva permite a identificação do DNA. Pele – tocar um objeto pode deixar células suficientes para a tipagem de DNA. Osso – normalmente utilizados para identificação de corpos, que podem ter até décadas. Semêm - constatação de esperma na cavidade vaginal é de muito valor na comprovação da conjunção carnal e do seu autor. PCR - Polymerase Chain Reaction As vantagens das técnicas de PCR A PCR ou Reação em Cadeia da Polimerase é uma técnica utilizada diariamente nos laboratórios, onde pequenas quantidades de amostras recolhidas em uma cena de crime podem ser comparadas com o DNA de outras pessoas, identificando ou descartando suspeitos durante uma investigação. Com a técnica de PCR, o menor vestígio de DNA encontrado pode ser analisado. A PCR também pode ser usada no teste de paternidade, em que existe uma comparação entre os indivíduos, confirmando ou descartando seu parentesco. PCR na análise forense A PCR é uma técnica que permite a amplificação exponencial de DNA para cerca de 10.000 pares de bases, ou seja, uma única cópia de um fragmento de DNA pode ser amplificada para milhões de cópias em apenas algumas horas. A PCR é especialmente benéfica na amplificação de quantidades pequenas ou amostras degradadas. O ciclo de PCR consiste em três etapas principais: desnaturação (separação da dupla fita de DNA), emparelhamento (iniciadores determinam a região a ser copiada) e extensão (conhecida como alongamento, a enzima Taq polimerase complementa a fita, formando novamente uma dupla fita). Eletroforese Os fragmentos de DNA resultantes são então processados usando eletroforese. A separação e detecção destes fragmentos resulta em um padrão único de bandas, a impressão digital genética. Este padrão é usado em investigações criminais para comparar o DNA do suspeito com DNA encontrado no local do crime. Teste de DNA Resumo A análise do DNA é um dos maiores progressos técnicos da investigação criminal desde a descoberta das impressões digitais. Métodos para determinar o perfil do DNA estão firmemente embasados na tecnologia molecular. Quando a determinação do perfil é feita com cuidados adequados, os resultados são altamente reprodutíveis. Os métodos baseados na PCR são imediatos, requerem apenas uma pequena quantidade de material e podem fornecer identificação não-ambígua de alelos individuais. A tecnologia do perfil e os métodos relacionados à análise de DNA progrediram a ponto de não colocar em dúvida a admissibilidade dos dados sobre o DNA quando adequadamente coletados e analisados. Apresentado por Ana Beatriz Augusto Evandro S. Lima Jefferson Reis Dias Luis Gustavo Corte Nathália Gomes Martins Pedro Seian Claro Chiba Thaís Andrade Reis Thamyres Gadelha Buchino Rutihellen Balbino da Silva
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