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CCs Constitucional 2

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CCs Cosntitucional 2
CC1 - O município de Parués, no Estado Anaguá, fica na margem esquerda do Rio Ituiruaçú e faz divisa com o município de Erolim, que fica no Estado vizinho de Rocilom, na margem direita do mesmo rio. O caudaloso rio sempre foi a principal fonte de peixes para a alimentação das populações locais. Certo dia os moradores são surpreendidos com a notícia de que a empresa HOTEL S/A comprou vários hectares de terra na região para criar um Resort na localidade. Um grande empreendimento imobiliário que inclui, entre outras coisas, o uso do Rio Ituiruaçú como local para prática de esportes radicais aquáticos. As autoridades dos dois Estados iniciaram uma briga para saber de quem era a responsabilidade pela fiscalização, controle e pelas autorizações ambientais para o empreendimento. 
Considerando a art. 23 parágrafo único da Constituição Federal que diz: 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.? 
E ainda a Lei complementar n.º 140/2011 que fixa normas para União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas relativas à proteção do meio ambiente, responda: 
Como solucionar a referida contenda?
Resposta - Em nossa Carta Magna, o Constituinte estabeleceu a competência comum para as matérias de interesse da coletividade – os chamados interesses difusos -, se justificando assim a atuação simultânea de todos os entes federados. Para se evitar conflitos e a superposição de esforços, a CF/88 determina que leis complementares estabeleceram normas para a cooperação entre a União e os estados, o Distrito Federal e os municípios, buscando-se o equilíbrio do desenvolvimento e bem-estar em âmbito nacional.
CC2 - 'NORDEXIT?' - COMO O BREXIT ANIMOU MOVIMENTOS SEPARATISTAS NO BRASIL 
(Disponível em : http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36720198)
Líderes de movimentos separatistas brasileiros veem no resultado do plebiscito no qual os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia um bom momento para conquistar novos adeptos. 
Eles não são necessariamente novos - a maioria surgiu nas décadas de 80 e 90, como "O Sul é meu País" e o Grupo de Estudos para o Nordeste Independente (Gesni), fundamentados em um histórico de 
revoluções como a Praieira (1850), e as guerras do Contestado (1912) e dos Farrapos (1845), entre outras. 
Há movimentos mais recentes, que afirmam ter "ares mais modernos", inspirados nas demandas da Catalunha e da Escócia - caso do Movimento São Paulo Livre, criado logo após as eleições presidenciais de 2014. Considerando os temas estudados na aula, analise criticamente estas iniciativas separatistas.
Resposta - Em um Estado federal, (art 1º CF) Movimentos Separatistas são completamente inócuos e nunca obterão êxito em seus objetivos, tendo em vista a impossibilidade de secessão. Na Constituição Federal de 88, a forma federativa de Estado é cláusula pétrea, conforme prescrito em seu §4º, art. 60, e jamais pode ser abolida. Qualquer tentativa de separação somente será conquistada por meio de uma guerra civil.
CC3 - A cidade brasileira de Porumberá do Estado de Maueré faz divisa com a cidade de Cambraio del Sol, no Paraguai. Desta forma, Brasil e Paraguai, naquela localidade, têm como fronteira nacional apenas uma estrada que os separa. O prefeito de Porumberá, sabendo que muitos de seus munícipes trabalham na cidade vizinha, em solo paraguaio, a fim de facilitar a vida de seus naturais, entrou em contato com o prefeito de Cambraio del Sol para assinarem um acordo de cooperação para emissão de vistos de trabalho, o que facilitaria muito a vida dos brasileiros por lá empregados. O prefeito de Cambraio del Sol adorou a ideia e informou que além dele o próprio presidente do Paraguai viria à cidade para a cerimônia de assinatura do referido acordo e fazia questão de assiná-lo também. O governador de Maueré, sabendo da iniciativa do prefeito brasileiro, informou que além de também estar presente à cerimônia e assinar o acordo, iria entrar em contato com a Presidência da República do Brasil e convidaria o Chefe do Executivo brasileiro para o evento e assinatura do documento. Contudo, ficou em dúvida se, ao convidar o chefe do Executivo, ele mesmo o governador, não seria ?ofuscado politicamente?. Resolve então consultar a Procuradoria do Estado para resolver a questão. Você é o(a) Procurador Geral do Estado de Maueré. Como orientaria o governador neste caso?
Resposta - O Governador do Estado de Maueré deve ser orientado no sentido de que a celebração de em acordo de cooperação entre um município brasileiro e um Estado estrangeiro é absolutamente inconstitucional. Não obstante a boa intenção do Prefeito da cidade de Poruberá, a CF/88 atribui competência exclusiva à União para manter relações com Estados estrangeiros, conforme disposto em seu art. 21, I. Portanto, um prefeito não possui competência para firmar tal acordo, sendo este completamente inválido. 
CC4 - Veja a notícia abaixo: 
Disponível em : http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,rio-pede-r-14-bilhoes-ao-governo-federal-e-negocia-intervencao-branca,10000080737
Rio pede R$ 14 bilhões ao governo federal e negocia ?intervenção branca?. Sem capacidade financeira para pagar suas contas, governo do Rio tenta convencer Temer a liberar um novo socorro, e aceitaria a indicação de um nome para gerir as finanças do Estado; equipe econômica resiste a uma nova ajuda Considerando a teoria constitucional , o que se entende por ?Intervenção Branca? 
Resposta - A chamada “Intervenção Branca” configura-se como uma simulação em que não é decretada a medida de direito, ou seja, a Intervenção Federal, mas o é decretada de fato. No caso em questão, o Governador está renunciando à parte da autonomia do Estado-membro em favor da União, em troca da verba pretendida, bem como tentando evitar os efeitos de uma efetiva decretação de Intervenção Federal, como a impossibilidade de edição de Emendas Constitucionais, inviabilidade do controle sobre a medida pelo Poder Legislativo e a possível apuração de responsabilidades.
A intervenção branca é aquela que parece mais não é, pois não é formalizada. A intervenção real está formalizada nos arts 34 a 36 CF.
CC5 - No início do ano de 2017, o Estado do Espírito Santo viveu uma situação séria: familiares de PMs acamparam nas portas do batalhões ?impedindo? que os policiais saíssem dos quartéis para trabalhar. Impedidos, por lei, de fazer greve, os familiares ( a maioria esposas ) dos PMs do Estado assumiram um inusitado protagonismo na reivindicação por melhores salários para a categoria. A falta de policiamento nas ruas levou a uma onda de saques, homicídios em vários pontos da cidade e a um sentimento de insegurança generalizada, especialmente em Vitória, capital do Estado. 
Veja a notícia abaixo: 
(Disponível em: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2017/02/governo-do-es-transfere-controle-da-seguranca-forcas-amadas.html
Espírito Santo:
GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO TRANSFERE CONTROLE DA
SEGURANÇA ÀS FORÇAS ARMADAS.
Decreto foi publicado no 'Diário Oficial' do estado nesta quarta-feira. Sem PMs, Exército
e Força Nacional fazem o patrulhamento nas ruas.
O governo do Espírito Santo publicou um decreto no "Diário Oficial" desta quarta-feira
transferindo o controle da segurança pública no estado para as Forças Armadas. O
responsável pela operação será o general de brigada Adilson Carlos Katibe, comandante
da Força-Tarefa Conjunta que está no Estado. O decreto foi assinado pelo governador em
exercício, César Colnago, e pelo Secretário de Segurança Pública, André Garcia.
Analise criticamente esta situação com base nos temas estudados nesta aula.
Resposta – Governadores não têm autonomia para delegar a segurança pública estadual, no entanto, o Governador do Estado do EspiritoSanto, quando resolveu solicitar assistência à União, admitiu que não era capaz de proceder de forma adequada à prevenção da onda de criminalidade gerada pela “greve” de familiares dos policiais militares do estado. Sendo assim, uma Intervenção Federal na Secretaria Estadual de Segurança Pública se tornou possível para conservação da ordem pública. Tal possibilidade foi afastada, possivelmente, visando a evitar os efeitos “negativos” que o decreto da Intervenção traria aos interesses dos governantes.
                Não obstante a existência de defensores do direito das esposas de livre manifestação, há de se considerar que não existe princípio constitucional absoluto e que a conduta por elas perpetrada gerou graves consequências ao Estado, consequências essas que o Constituinte visou a evitar quando vedou o direito de greve aos militares. 
CC6 - Um integrante da polícia militar de determinado estado da Federação pretende participar de processo eleitoral na condição de candidato a vereador do município onde reside. O militar conta com onze anos de serviço na polícia militar e não possui filiação partidária, mas entende que o art. 142, § 3.º, inciso V, da Constituição Federal, que proíbe que o militar, enquanto em serviço ativo, possa estar filiado a partido político, aplica-se apenas aos militares federais. Assim, ele pretende participar da convenção partidária que vai oficializar a relação de candidatos de determinado partido, orientado que foi no sentido de que o registro da candidatura suprirá a ausência de prévia filiação partidária. Nessas circunstâncias, o militar solicita aos seus superiores a condição de agregado, pois é sua intenção, se não for eleito, retornar aos quadros da corporação. 
Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, às seguintes perguntas. 
a)Pode o policial militar ser candidato a vereador sem se afastar definitivamente da corporação? 
b)Está correto o entendimento segundo o qual a vedação de filiação partidária, enquanto em serviço ativo, não se estende aos militares dos estados? 
c)Está correta a orientação no sentido de que o registro da candidatura suprirá a falta de filiação partidária? 
d)Poderá o militar, se não for eleito, retornar aos quadros da polícia militar?
Resposta - a) Sim, pois conta com mais de 10 anos de carreira, conforme art. 14, §8º, da CFRB.
b) Não está correta a afirmação, pois, conforme dispõe o art. 42, §1º, da CFRB, todos os impedimentos aplicáveis aos militares federais também o são aos estaduais, art. 142, §§ 2º e 3º, CRFB.
c) A afirmação está correta, tendo em vista que o meio adotado para ponderar a vedação ao militar de se filiar a partido político, art. 142, §3,º V, CRFB; com a permissão de elegibilidade,  art. 14, §8º, da Carta Magna, é o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral de que o pedido de registro de candidatura, apresentado pelo partido ou coligação, devidamente autorizado pelo candidato e após a prévia escolha em convenção, supre a exigência da filiação partidária (Res. 21.608/04).
d) Sim, no caso em questão, o retorno aos quadros da Polícia Militar é completamente possível, já que o militar conta com mais de 10 anos de carreira, conforme disposto no Art. 14, §8º, II, da Constituição Federal.
CC7 - José resolveu candidatar-se ao cargo de Deputado Federal. Não se elegeu por 05 votos! Ficou como 1.º suplente do seu partido. Apesar da derrota eleitoral, como teve muitos votos, foi chamado para uma reunião do partido na Câmara dos Deputados. Passeando pelos corredores viu que em uma sala ocorria um debate da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a constitucionalidade de um Projeto de Lei. Assistia atento ao debate quando observou que um parlamentar do seu partido, que era o referido PL, estava bastante exaltado e gritava ao microfone chamando a vários de seus colegas deputados de “vagabudos”. O parlamentar teve o som do seu microfone cortado e assim foi forçado a parar de argumentar. José, indignado, não pensou duas vezes, dono de uma voz poderosa, começou a argumentar no mesmo sentido que o parlamentar antes fazia. Quando foi solicitado a calar-se, enervou-se mais e disse que era suplente e estava trabalhando enquanto os outros todos ali eram “vagabundos”, “ganhavam sem trabalhar”, “não serviam para nada” e que “deveriam era fechar o congresso”. 
José e o parlamentar de seu partido foram contidos pela Polícia do Legislativo e indiciados pelos crimes de injúria e desacato. 
Descreva como ficaria a situação de cada um dos Réus.
Resposta - Na posição de suplente, José não está no exercício do mandato, não estando amparado pela imunidade material ou substancial ou inviolabilidade, sendo assim deverá será processado, julgado e possivelmente condenado pelos seus atos criminosos. O mesmo não seria correto afirmar quanto ao Deputado, que está protegido pela imunidade material, imunidade esta que afasta a tipicidade criminal de qualquer conduta decorrente de seus pronunciamentos, opiniões, palavras ou votos forem proferidos no exercício do mandato ou em função dele.
CC8 - Parlamentar, membro de um CPI, vai realizar diligência investigatória fora do DF, em um Estado da Federação. Lá chegando, suas ações estão protegidas pela imunidade parlamentar ?
Resposta - Sim, o parlamentar federal estará protegido  pela imunidade material ou inviolabilidade em qualquer parte do território nacional, desde que seu atos guardem relação com a função exercida.
CC9 - Câmara de Vereadores da Cidade aprovou lei que torna obrigatório a prestação do serviço militar por 3 anos, antiga reivindicação do “Movimento Cidade Segura”, sediado naquela localidade. Uma vez encaminhada para o gabinete do Prefeito ele alega estar em dúvida quanto à sua constitucionalidade e a obrigatoriedade de sua aplicação. Chama a Procuradoria Geral do Município para um parecer. 
Você é o (a) Procurador Geral do Município. Como orientaria o Prefeito? 
Pode o Prefeito negar a aplicação da lei por inconstitucionalidade?
Resposta – a) O Prefeito deve ser orientado quanto à completa inconstitucionalidade da citada lei municipal, inconstitucionalidade essa do tipo formal orgânica, pois trata-se de competência privativa da União.
b) Sim, o Prefeito pode negar a aplicação da lei alegando a sua inconstitucionalidade. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e da doutrina majoritária, o Chefe do Executivo, como aplicador da lei, está, pelo Princípio da Legalidade, vinculado à observância da lei e da Constituição, desse modo, se entender que determinada lei contrária a Carta Magna, não só pode como deve dar preferência à aplicação desta. Essa posição não é pacífica, existindo uma minoria que não admite tal prática na vigência da atual Constituição, pois esta confere legitimação ao Chefe do Executivo para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade.
CC10 - A Empresa Brasileira de Tecnologia é uma estatal que pesquisa e produz tecnologias de ponta para o Brasil. Grande orgulho nacional, é também grande empregadora, social e ambientalmente responsável, tendo sido classificada como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no mundo. Este ano ela vai completar 10 anos de fundação. Após algum debate sobre a conveniência, ou não, de um evento comemorativo, o Governo Federal decide por realizar uma grande festa pública com shows gratuitos, emissão de selo comemorativo pela ETC (Correios), criação e entrega de um prêmio “mentes pensantes” para pessoas que se destacaram na área na última década. Ocorre que o debate sobre a realização do evento deixou pouco tempo para organizar tudo. Assim, como a situação era urgente e a causa relevante, o Governo Federal decide emitir uma Medida Provisória para dispensar as licitações da empresa de produção dos shows, da festa de premiação e ainda para permitir empenho de despesas mesmo sem comprovação prévia. 
Um parlamentar a oposição considera absurdo a contratação sem licitação e chama seu escritório de advocacia para ajudar. É cabível a edição de MP neste caso?
A c â ma ra n ão tem c omp et ênc i a pr a a p ro va r ess a l ei , ess a l ei é de c o mpet ênc i a da Uni ã o, s oment e a Uniã o tem e ss a 
poss i bli da d e. U ma c or r ente ma j or i tá ri a entende -s e que n ã o s e p od e n ega r a a plic aç ã o, ma s outr a c or r en te mi nor i tári a a d mi te a 
poss i bili da d e d o c hefe do ex ec u ti vo ex er c er o c ontro l e de c ons ti tuc i o nali da d e p el o des c umpr i mento nã o c umpr i d o à l ei , 
r ei ter a da mente . P odendo ger a r res p onsa bili za çã o. 
Resposta - No caso citado, não é cabível a edição de Medida Provisória.
                Em princípio, a competência para aferição dos pressupostos constitucionais da relevância e urgência, justificadores da edição da MP, é do Chefe do Executivo. Porém, questiona-se se há discricionariedade do Presidente da República ou se o Legislativo e o Judiciário podem fiscalizar a presença de tais pressupostos.
                Nas lições de Paulo e Alexandrino, o tema deve ser analisado da seguinte forma (Direito Constitucional Descomplicado. 16ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017), ipsis verbis:
“A questão foi objeto de grande discussão também no âmbito do STF, tendo a Corte firmado orientação de que a aferição dos pressupostos de relevância e urgência tem caráter político, ficando sua apreciação, em princípio, por conta do Chefe do Executivo (no momento da adoção da medida) e do Poder Legislativo (no momento da apreciação da medida).
Todavia, se uma ou outra, relevância ou urgência, evidenciar-se improcedente, no controle judicial, o Poder Judiciário deverá decidir pela ilegalidade constitucional da medida provisória.”
                Sendo assim, há evidente inexistência dos pressupostos constitucionais para edição da medida provisória, a relevância e a urgência, uma vez que a comemoração é do 10º ano de criação da empresa estatal, ou seja, houve tempo suficiente para se planejar uma festa, tornando a medida provisória totalmente inconstitucional.
PS1: Entendo haver um erro na questão no que tange ao Direito Administrativo. A lei de licitações, nº 8.666/93, prevê que há inexigilidade da licitação para contratação de shows artísticos, conforme disposto em seu art. 25: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.
                Desse modo, não há que se falar em “dispensa” de licitação para contratação de artista, pois, como vimos, não há necessidade alguma de se fazer licitação para tais casos, tendo em vista a inviabilidade de competição.
PS2: A sigla correta é ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. :)
CC11 - Caso concreto: 
Governador do Estado de Marués foi citado na delação premiada da empresa LUCH S/A e é acusado de receber vantagens indevidas. A denúncia foi recebida no STJ e a defesa do Governador, invocando o Princípio da Simetria, a Assembleia Legislativa do Estado precisaria autorizar o início do processo contra o Governador no STJ, tal qual o Congresso Nacional precisa autorizar o processo contra a Presidência da República no STF. 
A defesa está correta? Aplica-se o Princípio da Simetria neste caso?
Resposta - A defesa, em princípio, não está correta. Conforme interpretação da maioria, não há necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para ter início o processo contra o Governador, pois não se aplica, nesse caso, o Princípio da Simetria.
                No entanto, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, esse tipo de imunidade formal pode sim ser estendido aos Governadores, havendo a necessidade de prévia autorização de dois terços da Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital para o processo e julgamento.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1 (b); 2 (e)
CC12 - A constituição do Estado de Muriapá em seu artigo 8.º determina que em caso de crime de responsabilidade, o Governador será julgado pela Assembleia Legislativa local. Analise o referido dispositivo legal.
Resposta - O referido dispositivo não está correto, pois o governador de estado será processado e julgado pela prática de crime de responsabilidade por um tribunal especial, indicado na Lei 1079/50, que dispõe que esse tribunal será composto por 10 membros, sendo 5 parlamentares e 5 desembargadores.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1 (c); 2 (d)
CC13 - Morador de São Paulo ajuizou Ação em face da União, no Justiça Federal local e perdeu e Recorreu ao TRF. Ocorre que os funcionários do TRF entraram em greve. Como a sua causa era urgente, ajuizou paralelamente um mandado de segurança, com pedido de liminar dirigido ao CNJ. O referido procedimento está correto?
Resposta - O referido procedimento está incorreto. O Conselho Nacional de Justiça é órgão eminentemente administrativo, com funções meramente administrativas, não dispondo de funções jurisdicionais, muito menos de competência para fiscalizar a atuação jurisdicional dos juízes, sendo-lhe vedado interferir, fiscalizar, reexaminar, ou suspender os efeitos de qualquer conteúdo jurisdicional.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1 (b); 2 (c)
CC14 - A multinacional japonesa CONIMAX – Petróleo S/A entende que não são devidos os pagamentos dos royalties advindos da exploração petrolífera no Estado de Marupiaçu. Por isto ajuizou uma Ação com pedido de liminar para isentar-se do referido encargo. O governador do Estado solicita uma audiência com o magistrado responsável aduz as suas razões, mas a multinacional consegue uma liminar favorável. Como forma de pressionar o por uma decisão favorável ao Estado, o Governador então, não repassa os valores relativos àquele mês para o custeio do Tribunal (deixando sem salários servidores, juízes e desembargadores) alegando falta de verbas, uma vez que o Tribunal lhe retirara os royalties. 
Considerando a situação fictícia acima, responda: 
Está correta a atitude do Governador?
Resposta -A atitude do Governador está completamente equivocada, pois há clara tentativa de influir na autonomia e independência do Judiciário para o imparcial exercício da Jurisdição, sendo, inclusive, tal ato motivo para a decretação de intervenção federal, caso não seja cessada a coação.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1 (b); 2 (c)
CC15 - Os filhos de um fazendeiro da cidade de Caraupi, voltando de uma noite de balada na cidade avista uma pessoa dormindo no ponto de ônibus. Ambos carregavam armas de fogo e resolvem atirar contra o ponto de ônibus a fim de assustar a pessoa que lá dormia. No entanto, um tiro atinge a pessoa que vem a morrer. Posteriormente descobre-se que a vítima fatal era um índio que viera à cidade para pegar seus documentos e perdera o ônibus para voltar para casa. 
Com base nessa situação, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
1. A quem compete julgar esse caso? 
2. Qual é o fundamento do art. 109, IX, da Constituição da República? 
3. Caso o juiz federal entendesse ser incompetente para julgar esse caso e encaminhasse os autos ao juiz de direito e este também entendesse ser incompetente, a quem caberia decidir qual o juízo competente? Por quê?
Resposta - a) Compete à Justiça Estadual, uma vez que não há, no caso em tela, disputa sobre direitos indígenas, mas agressão a direito individual. Esse é o entendimento do STF, que adotou posição do STJ, em julgamento no qual se firmou pela competência da Justiça Federal apenas para o processo e julgamento das demandas sobre direitos indígenas.
b) Com certeza há erro na citação do inciso IX, art. 109 da CF, pois este trata da competência da Justiça Federal para o julgamento de crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar. Provavelmente a questão quis se referir ao inciso XI, art. 109, da CF, que diz ser competência da Justiça Federal julgar a disputa sobredireitos indígenas. O fundamento do referido inciso encontra-se na proteção pela União das terras indígenas, conforme disposto no artigo 231 da CF.
c)  Essa decisão caberia ao Superior Tribunal de Justiça, conforme disposto no artigo 105, I, g, da CF.
QUESTÕES OBJETIVAS: 1 (e); 2 (e)
CC16 - O TCU ao julgar as contas da empresa estatal federal ENTREMAX, decidiu que havia uma “maquiagem” na contabilidade com o fim de esconder um grande desvio de dinheiro público. Como a sessão de julgamento foi transmitida pela internet, considerou em sua sentença que houve total respeito aos princípios da ampla defesa, porquanto condenou os diretores da empresa a penas privativas de liberdade e multas. 
Analise justificadamente a afirmação.
Resposta - A decisão do TCU está completamente equivocada. A simples publicidade do ato não assegura, por si só, o respeito aos princípios da ampla defesa e o referido tribunal não tem competência para aplicação de penas privativas de liberdade. 
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