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Direito adm fontes e principios

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● Fontes 
São fontes do Direito Administrativo: 
 
os preceitos normativos do ordenamento jurídico, sejam eles decorrentes de regras 
ou princípios, contidos na Constituição, nas leis e em atos normativos editados pelo 
Poder Executivo para a fiel execução da lei; 
a jurisprudência, isto é, reunião de diversos julgados num mesmo sentido. Se houver 
Súmula Vinculante, a jurisprudência será fonte primária e vinculante da 
Administração Pública; 
a doutrina: produção científica da área expressa em artigos, pareceres e livros, que 
são utilizados como fontes para elaboração de enunciados normativos, atos 
administrativos ou sentenças judiciais; 
os costumes ou a praxe administrativa da repartição pública. 
Ressalte-se que só os princípios e regras constantes dos preceitos normativos do 
Direito são considerados fontes primárias. Os demais expedientes: doutrina, 
costumes e jurisprudência são geralmente fontes meramente secundárias, isto é, 
não vinculantes; exceto no caso da súmula vinculante, conforme sistemática criada 
pela Emenda Constitucional nᵒ 45/04, que é fonte de observância obrigatória tanto 
ao Poder Judiciário, como à Administração Pública direta e indireta, em todos os 
níveis federativos. 
 
Princípios 
Segundo Alexy 3, princípios são mandamentos de otimização, que se caracterizam 
pelo fato de poderem ser cumpridos em diferentes graus. A medida imposta para o 
cumprimento do princípio depende: (a) das possibilidades reais (fáticas), extraídas 
das circunstâncias concretas; e (b) das possibilidades jurídicas existentes. 
 
Com o pós-positivismo os princípios foram alçados dos Códigos às Constituições, 
ganhando status de normas jurídicas de superior hierarquia. Antes eram tidos como 
pautas supletivas das lacunas do ordenamento, conforme orientação do art. 4ᵒ da 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, mas com o avanço da 
hermenêutica jurídica sabe-se que eles não são só sugestões interpretativas, pois 
eles têm caráter vinculante, cogente ou obrigatório 4. 
 
São princípios do Direito Administrativo expressos no caput do art. 37 da 
Constituição: 
 
legalidade; 
impessoalidade; 
moralidade; 
publicidade; e 
eficiência, sendo que este último foi acrescentado pela Emenda Constitucional nᵒ 
19/98. 
A legalidade administrativa significa que a Administração Pública só pode o que a lei 
permite. Cumpre à Administração, no exercício de suas atividades, atuar de acordo 
com a lei e com as finalidades previstas, expressas ou implicitamente, no Direito. 
 
Impessoalidade implica que os administrados que preenchem os requisitos previstos 
no ordenamento possuem o direito público subjetivo de exigir igual tratamento 
perante o Estado. Do ponto de vista da Administração, a atuação do agente público 
deve ser feita de forma a evitar promoção pessoal, sendo que os seus atos são 
imputados ao órgão, pela teoria do órgão. 
 
Publicidade é o princípio básico da Administração que propicia a credibilidade pela 
transparência. Costuma-se diferenciar publicidade geral, para atos de efeitos 
externos, que demandam, como regra, publicação oficial; de publicidade restrita, 
para defesa de direitos e esclarecimentos de informações nos órgãos públicos. 
 
Moralidade é o princípio que exige dos agentes públicos comportamentos 
compatíveis com o interesse público que cumpre atingir, que são voltados para os 
ideais e valores coletivos segundo a ética institucional. 
 
Eficiência foi um princípio introduzido pela Reforma Administrativa 5 veiculada pela 
Emenda Constitucional nᵒ 19/98, que exige resultados positivos para o serviço 
público e satisfatório atendimento das necessidades públicas. 
 
Além dos princípios constitucionais, existem princípios que foram positivados por lei, 
como, por exemplo, no âmbito federal, também se extraem do art. 2ᵒ da Lei nᵒ 
9.784/99: finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica e interesse público.

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