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Auditoria

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Universidade Regional de Blumenau 
 
 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas 
Departamento de Ciências Contábeis 
Curso de Graduação em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AAAuuudddiiitttooorrriiiaaa IIInnndddeeepppeeennndddeeennnttteee dddaaasss 
DDDeeemmmooonnnssstttrrraaaçççõõõeeesss CCCooonnntttááábbbeeeiiisss 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPrrooffeessssoorr:: MMaannffrreeddoo KKrriieecckk 
learned@learned.com.br 
www.learned.com.br 
 (47) 3222-1601 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Blumenau - SC 
2010/2 
 
 
2
INDICE: 
 
 
1. AUDITORIA CONTÁBIL – APLICAÇÃO E CONCEITO ___________________________ 04 
 Funções Contábeis. Campo de Ação da Contabilidade. Exercícios Propostos. 
 
2. AUDITORIA DAS CONTAS PATRIMONIAIS ATIVAS ____________________________ 08 
 Introdução. Objetivos. Procedimentos de Auditoria. Revisão dos Controles Internos. Principais 
Contas. Exercícios Propostos. 
 
 
3. AUDITORIA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA __________________________ 14 
 Introdução. Objetivos. Revisão dos Controles Internos. Procedimentos de Auditoria. Casos 
Especiais na Análise dos Saldos de Caixa. Exercícios Propostos. Casos Práticos. 
 
 
4. AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER _________________________________________ 24 
 Introdução. Objetivos. Revisão dos Controles Internos. Procedimentos de Auditoria. Falsas 
Apresentações de Contas a Receber. Exercícios Propostos. Casos Práticos. 
 
 
5. AUDITORIA DE ESTOQUES ___________________________________________________ 34 
 Objetivos. Procedimentos de Auditoria. Conhecimento do Negócio, da Companhia, e de seus 
Produtos. Revisão do Controle Interno. Inspeção Preliminar. Importância das Observações do 
Levantamento Físico. Observação dos Procedimentos de Contagem Física. Testes de Contagens 
de Estoque. Segregação de Entradas e Saídas “Antes” e “Após” o Inventário. Estoques em Poder 
de Terceiros e Estoques de Terceiros em Poder da Companhia. Programa de Contagens Rotativas 
Substituindo o Levantamento Físico Completo. Teste de Exatidão Aritmética. Teste de 
Avaliação – Custo. Teste de Avaliação – Mercado. Estoques Obsoletos e Morosos. Transações 
entre a data da Contagem Física e a Data do Balanço. Reserva de Estoque. Estoques Iniciais, 
quando da Primeira Auditoria. Técnicas de Auditoria em Estoques. Valor Justo. Faturamento 
Antecipado, Vendas para Entrega Futura, Mercadorias em Trânsito, Adiantamento a 
Fornecedores e Importações em Andamento. Exercícios Propostos. Casos Práticos. 
 
 
6. AUDITORIA DE INVESTIMENTOS _____________________________________________ 46 
 Introdução. Participação no Capital Social de Outras Empresas. Outros Investimentos 
(Propriedades para Investimentos). Investimentos Avaliados pelo Método de Equivalência 
Patrimonial. Principais Procedimentos de Auditoria. 
 
 
7. AUDITORIA DO IMOBILIZADO _______________________________________________ 51 
 Aspectos Contábeis. Controles Internos. Objetivos. Procedimentos de Auditoria. Exercícios 
Propostos. Casos Práticos. 
 
 
8. AUDITORIA DO ATIVO DIFERIDO ____________________________________________ 58 
 Introdução. Aspectos Contábeis Adotados até a Lei nº 11.941/09. Procedimentos de Auditoria. 
 
9. AUDITORIA DOS INTANGÍVEIS _______________________________________________ 60 
 Introdução. Condições para Reconhecer no Balanço um Ativo Intangível. Formas de 
Contabilização, segundo a Lei 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. Ativos Intangíveis Enquadrados no 
CPC 04. Custo de Ativo Intangível Adquirido Separadamente. Custos que não Fazem Parte do 
Ativo Intangível. Custo na Aquisição de Combinação de Negócios. Gastos de Pesquisa e 
Desenvolvimento. Teste de Recuperabilidade de Intangíveis. Custo de Ativo Intangível Gerado 
Internamente. Reconhecimento de Despesas. Mensuração Após o Reconhecimento do Intangível. 
Principais Procedimentos de Auditoria. 
 
 
10. AUDITORIA DAS EXIGIBILIDADES ___________________________________________ 65 
 Introdução. Objetivos. Procedimentos de Auditoria. Eventos Subseqüentes. Passivos 
Contingentes. Principais Contas. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Exercícios Propostos. 
 
 
11. AUDITORIA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ______________________________________ 76 
 Aspectos Contábeis. Importância do Patrimônio Líquido nas Demonstrações Contábeis. 
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Classificação do Patrimônio Líquido no Balanço 
Patrimonial e Diretrizes Contábeis. Objetivos. Procedimentos de Auditoria. 
 
 
 
3
12. AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADO ____________________________________ 80 
 Introdução. Objetivos. Aspectos Contábeis. Aspectos de Controle Interno. Procedimentos de 
Auditoria – Receitas e Despesas. Procedimentos Específicos de Auditoria para Contas de 
Receitas e Despesas. Exercícios Propostos. 
 
 
13. AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS _______________________________ 85 
 Conceito. Necessidade de Auditoria de Demonstrações Contábeis. Benefícios da Auditoria de 
Demonstrações Contábeis. Relação das Normas de Auditoria com os Procedimentos a serem 
Aplicados. Auditoria das Principais Peças que Compõem as Demonstrações Contábeis. Notas 
Explicativas. Exercícios Propostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
11 
AAUUDDIITTOORRIIAA CCOONNTTÁÁBBIILL -- AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO EE CCOONNCCEEIITTOO 
 
 
1. FUNÇÕES CONTÁBEIS 
 
Contabilidade é a ciência destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades, do ponto de vista econômico 
e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e qualitativo e as variações por ele sofridas. Caracteriza-se 
como um contínuo processo de fornecimento das informações referentes, primordialmente, às atividades 
financeiras das entidades econômicas, sendo considerada como um valioso instrumento que mede os resultados 
das entidades, avalia o desempenho dos negócios e fornece diretrizes para a tomada de decisões. Os que utilizam 
informações contábeis classificam-se em duas amplas categorias: aqueles de dentro da entidade, usuários 
internos, e aqueles de fora da entidade, usuários externos. Os administradores de entidades, obviamente, são 
usuários internos, enquanto que credores, investidores, entidades normativas e autoridades fiscais são os principais 
usuários externos. O objeto da Contabilidade é, pois, o patrimônio administrável, à disposição das entidades, 
sobre o qual ela fornece as informações necessárias à avaliação da riqueza patrimonial e dos resultados produzidos 
por sua gestão. Finalmente podemos dizer que as Entidades usam a linguagem contábil, para transmitir os 
resultados de seus esforços às partes interessadas. 
 
2. CAMPO DE AÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
Para atingir os seus objetivos a contabilidade, utiliza-se de técnicas, as quais são descritas a seguir. 
 
2.1. Escrituração 
 
A escrituração é o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. Esse registro obedece a princípios e normas 
contábeis consagrados pela doutrina e pela técnica e é feito em ordem cronológica, o que dá à Contabilidade 
característica de verdadeira história do patrimônio. Os registros evidenciam a expressão monetária dos fatos, 
selecionando-os, segundo critérios técnicos, de acordo com a natureza de cada um, o que permite sejam eles 
reunidos em grupos homogêneos, que distinguem os diversos componentes do patrimônio e suas variações.Os seguintes elementos são fundamentais para uma adequada escrituração: 
 
 
a) Documentos hábeis 
b) Plano de Contas 
c) Software/Hardware 
d) Arquivos 
e) Profissional habilitado 
 
2.2. Demonstrações Contábeis 
 
O simples registro e seleção dos fatos, dado seu volume e heterogeneidade, não são elementos suficientes para 
atingir a finalidade informativa da Contabilidade. Daí esses fatos reunidos, em demonstrações sintéticas, que 
recebem a denominação genérica de demonstrações contábeis. 
 
As demonstrações contábeis são preparadas sob a égide da estrutura conceitual elaborada pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – CPC em correlação com as Normas Internacionais de Contabilidade (Framework 
for the Preparation and Presentation of Financial Statement) – IASB. 
 
O Pronunciamento Conceitual Básico que dispõe sobre a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação 
das demonstrações contábeis apresenta os seguintes itens para destaque na auditoria contábil: 
 
a) Como pressupostos básicos: o regime de competência e a continuidade. 
b) Como características qualitativas das demonstrações contábeis: a compreensibilidade, a relevância, a 
materialidade, a confiabilidade, representação adequada, a primazia da essência sobre a forma, a 
neutralidade, a prudência, a integridade, e a comparabilidade. 
c) Os elementos das demonstrações contábeis: ativos, passivos, patrimônio líquido, as receitas e despesas. 
 
 
5
Quando essas demonstrações têm em vista as exposições dos componentes patrimoniais, recebem o nome de 
Balanço Patrimonial. Quando visam demonstrar as variações patrimoniais, bem como o resultado 
econômico de um período administrativo, recebem a denominação de Demonstração do Resultado do 
Exercício. Outras demonstrações contábeis estão consagradas pelo uso, podendo destacar-se: 
 
� Demonstração do Fluxo de Caixa: com o objetivo de proporcionar aos usuários das demonstrações 
contábeis, uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa, ou equivalente de caixa, bem como 
as necessidades da entidade para utilizar esses recursos. Tornou-se obrigatória a partir da Lei nº 11.638/07 
para as companhias fechadas com PL de R$ 2.000.000,00 ou mais, na data do balanço. 
 
� Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos: destinada a demonstrar como surgiram os recursos 
econômico-financeiros manipulados no exercício e onde foram aplicados. Revogada pela Lei nº 11.638/07, 
porém, pode ser apresentada como quadro complementar. 
 
 
� Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados: substituída, com vantagem, pela demonstração das 
mutações do Patrimônio Líquido: pois esta abrange as variações sofridas no exercício por todas as contas 
integrantes do Patrimônio Líquido. 
 
� Demonstração do Valor Adicionado: representa um dos componentes do balanço social e tem por 
finalidade evidenciar a riqueza gerada e a sua distribuição. Obrigatória para as companhias abertas, os dados 
são obtidos principalmente a partir da demonstração de resultados. 
 
� Balanço social: destacando os benefícios sociais da entidade perante a sociedade. 
 
 
As Notas Explicativas, que são complementos das demonstrações contábeis, integram as mesmas, e se destinam, 
precipuamente, a esclarecer os principais critérios adotados na avaliação dos elementos patrimoniais e na 
apropriação dos resultados, além de propiciar outras informações, tornando mais inteligíveis as demonstrações 
contábeis e permitindo análise mais segura do patrimônio e de suas variações. 
 
2.3. Estrutura das Demonstrações Contábeis para Fins de Análise 
 
 
Como algumas das demonstrações contábeis são sintéticas e nem sempre esclarecem a composição analítica do 
patrimônio e de suas variações, a Contabilidade dispõe de mais uma técnica especializada, denominada Análise 
de Balanços, que permite decompor, comparar e interpretar essas demonstrações contábeis, oferecendo, 
aos interessados, dados analíticos e interpretação sobre os componentes do patrimônio e sobre os 
resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade, sob a ótica de desempenho (análise 
tradicional), e de riscos, principalmente com análise dinâmica do capital de giro próprio e suas 
necessidades. A análise de balanços é mais eficaz após a realização da auditoria. 
 
2.4. Auditoria 
 
 
2.4.1. Introdução 
 
 
Os usuários das demonstrações contábeis precisam ter a certeza que as informações e análises que lhes são 
fornecidas são dignas de confiança, exatas e apresentadas honestamente e isentas de distorções. Para mensurar a 
adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, a contabilidade utiliza-se de uma técnica 
que lhe é própria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros, inspeções, 
obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo à norma apropriada de procedimento, 
objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstradas, 
de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos aplicados de maneira uniforme. 
 
2.4.2. Objetivos 
 
 
Para muitos profissionais e mesmo empresários, a conceituação de auditoria não tem ultrapassado aquela de uma 
função destinada a garantir a inexistência de erros na documentação processada pela contabilidade. Porém a 
auditoria contábil é um sistema permanente de atividades especializadas exercidas em uma entidade, 
compreendendo: o conhecimento das leis, normas ou costumes que regem as atividades; a observação dos 
controles internos mantidos; o exame dos registros contábeis e dos documentos de suas operações; a verificação 
física dos bens ou valores; confirmação dos débitos e créditos de terceiros, com a finalidade de apurar: 
 
 
 
 
6
a) se os demonstrativos contábeis (Balanços e relações discriminativas) expressam a realidade patrimonial e 
suas relações com terceiros; 
b) se as operações foram conduzidas conforme as Leis e normas vigentes; 
c) se os bens ou valores administrados não sofreram fraudes, desvios ou extravios. 
 
2.4.3. Definição 
 
 
Podemos definir a auditoria como: 
 
" A técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame dos 
registros e documentos, inspeção e na obtenção de informações e confirmações, objetiva obter elementos de 
convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios de 
contabilidade geralmente aceitos e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a 
situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período examinado e as demais situações nelas 
demonstradas". 
 
 
Pode-se dizer que é a técnica utilizada para confirmar a veracidade dos registros contábeis, principal meio de que 
se vale a Contabilidade para alcançar seu fim. Com isto não queremos afirmar que a ação da auditoria se limita 
aquilo que está registrado nos livros, pois ela, poderá também, apurar o que foi omitido nos registros. 
 
 
Ela se vale, portanto, de todos os meios de prova ao seu alcance, para apurar a veracidade dos registros, mesmo, 
que tenha de recorrer a provas extracontábeis, ou mesmo fora da entidade auditada. A apuração da falta de 
registros que deveriam ter sido feitos, por exemplo, é uma das formas de comprovar que inexiste exatidão nas 
demonstrações contábeis, principal objetivo da auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
 
1. Para atingir os seus objetivos, a contabilidade utiliza-se de algumas técnicas. Com relação a estas 
técnicas podemos afirmarque: 
 
a) Quando as demonstrações contábeis visam demonstrar as variações patrimoniais, bem como o resultado 
econômico de um período administrativo, recebem o nome de Demonstração do Valor Adicionado. 
b) A escrituração contábil é o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. 
c) Com o objetivo de mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, 
a contabilidade utiliza-se de uma técnica chamada Estrutura das Demonstrações Contábeis para fins de 
análise. 
d) Auditoria contábil é um sistema permanente de atividades especializadas exercidas em uma entidade, 
compreendendo, entre outros procedimentos, o exame dos registros contábeis e dos documentos de suas 
operações. 
e) As notas explicativas são destinadas a demonstrar como surgiram os recursos econômico-financeiros 
manipulados no exercício e onde foram aplicados. 
 
 
2. A principal finalidade de uma auditoria contábil é: 
 
a) Elaboração de demonstrativos contábeis. 
b) Exame e confirmação da fidedignidade dos registros contábeis e correta apresentação das 
demonstrações contábeis. 
c) Conferência física dos registros contábeis das contas. 
d) Elaboração e avaliação dos registros contábeis. 
e) Apuração correta do lucro do exercício. 
 
3. A Contabilidade se caracteriza como um contínuo processo de fornecimento das informações referentes, 
primordialmente, às atividades financeiras das entidades econômicas, sendo considerada como um 
valioso instrumento que mede os resultados das entidades, avalia o desempenho dos negócios e fornece 
diretrizes para a tomada de decisões. O objeto da Contabilidade é o: 
 
a) documento hábil da entidade. 
b) plano de Contas Contábil da entidade. 
c) software/hardware. 
d) profissional habilitado. 
e) patrimônio administrável, à disposição das entidades. 
 
4. Constitui objeto da técnica de auditoria: 
 
a) Verificar se a contabilidade é satisfatória do ponto de vista sistemático e de organização. 
b) Registrar os fatos administrativos, de conformidade com as normas da ciência contábil. 
c) Planejar a maneira pela qual as transações deverão ser registradas, sintetizadas e evidenciadas. 
d) Estudar e controlar o patrimônio, para fornecimento de informações sobre sua composição e suas 
variações. 
e) Denunciar os funcionários descontentes com a política salarial da entidade. 
 
5. Assinale a alternativa que não é pertinente ao objeto da auditoria: 
 
a) Verificar se as normas e procedimentos de controles internos foram implantadas de maneira satisfatória 
e se estão sendo observadas pelos funcionários da entidade. 
b) Sugerir as providências cabíveis para prevenir contra erros e fraudes. 
c) Comprovar, pelo registro, se são exatos os fatos patrimoniais. 
d) Estudar e controlar o patrimônio, registrando todos os fatos administrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
22 
AAUUDDIITTOORRIIAA DDAASS CCOONNTTAASS PPAATTRRIIMMOONNIIAAIISS AATTIIVVAASS 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A auditoria das contas do ativo fundamenta-se no exame e na comprovação da existência e valor dos bens 
tangíveis ou intangíveis, e em dados de observação ou em confirmação pessoal. Desta forma os auditores 
conseguem reunir provas satisfatórias sobre a existência e adequação dos valores registrados. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Embora os objetivos de auditoria possam variar ligeiramente de um para outro tipo ativo, eles se aplicam, de 
modo geral a quase todos. Enfocamos a seguir os objetivos básicos, usualmente relacionados com os vários itens 
do ativo. 
 
a) EXISTÊNCIA: A verificação do item do ativo deve ser o objetivo primordial da auditoria. Este objetivo 
sugere um procedimento, principalmente no caso de ativos tangíveis; o exame do bem pelo auditor, 
pessoalmente. A confirmação (averiguação por escrito) muitas vezes fornece provas da existência de um bem, 
assim como o fazem a averiguação verbal e o exame de documentos. Em certos casos, é necessária evidência 
qualitativa e quantitativa, para se estabelecer a existência de um bem. Nessas circunstâncias, muitas vezes se 
exigem procedimentos especiais que dêem ao auditor a necessária certeza. Esses procedimentos podem 
envolver a contratação de um especialista para verificar a existência de bens. Os aspectos qualitativos da 
existência de um bem relacionam-se estreitamente com o objetivo da avaliação. 
 
b) AVALIAÇÃO: A determinação do valor dos ativos é outro objetivo primordial da auditoria, em que são 
exigidos procedimentos específicos, com a finalidade de reunir provas referentes a seu valor. Dentre as que se 
usam para obter provas do valor de um bem, citam-se: 
 
b.1) consulta às cotações de mercado; 
b.2) determinação de valor justo; 
b.3) exame das listas de preços, catálogos e outros dados sobre custos, no caso de estoque; 
b.4) classificação por vencimentos e confirmação, no caso de contas a receber; 
b.5) cálculo do valor em uso, ou valor líquido de mercado (recuperabilidade de ativos); 
b.6) cálculo de ajuste a valor presente de créditos e obrigações. 
 
As Leis nºs 11.941/09 e 11.638/07 introduziram modificações quanto ao critério de avaliação dos ativos, 
dispostos no artigo 183 da Lei das S/A. 
 
1) As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo, serão avaliadas: 
 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, 
ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e 
títulos de crédito; 
 
2) Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como 
matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição ou 
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; 
 
3) Os investimentos em participação no capital social serão avaliados por equivalência patrimonial ou pelo 
custo de aquisição (dependendo do enquadramento determinado), deduzido de provisão para perdas prováveis 
na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será 
modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
 
 
 
 
9
4) Os demais investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às 
perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, 
quando este for inferior; 
 
5) Os direitos classificados no imobilizado serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da 
respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; 
 
6) Os direitos classificados no intangível serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo 
da respectiva conta de amortização; 
 
7) Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os 
demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
Considera-se valor justo: 
 
a) as matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no 
mercado; 
 
b) os bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos 
os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro; 
 
c) os investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
 
d) os instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não 
compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercadoativo para um determinado 
instrumento financeiro: 
 
d.1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de 
natureza, prazo e risco similares; 
 
d.2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e 
risco similares; ou 
 
d.3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. 
 
8) A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas 
contas de: 
 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a 
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; 
 
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da 
propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou 
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; 
 
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam 
recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
9) A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no 
imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: 
 
I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir 
resultados suficientes para recuperação desse valor; ou 
 
II - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para 
cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
 
10) Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, 
quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil (ex.: estoques de produtos agropecuários). 
 
 
10
c) AUTORIZAÇÃO: O auditor tem de se certificar de que o ativo é constituído de bens adquiridos com 
autorização. Esta autorização tem de ser expressa, como por exemplo: a política que determina que se compre 
estoque apenas mediante requisição pelo departamento de produção e após concorrência para escolha do 
melhor preço, pelo departamento de compras. 
 
 
A autorização, no tocante a contas a receber, também tem caráter geral, normalmente, pelo fato de a política 
de crédito para autorizar vendas a crédito a clientes que preencham determinadas exigências. Em geral, exige-
se autorização específica para a aquisição de itens muito importantes e para investimentos em outras 
entidades. Nesses casos, a diretoria, ou até um comitê de investimentos nomeado pela diretoria, vota para 
aprovar ou não as referidas aquisições. O auditor deve adotar a prática de examinar os manuais de 
procedimentos da entidade e outros documentos, para conhecer sua política oficial, e de ler atas de 
assembléias, reuniões de diretoria ou de outros grupos, para se cientificar das autorizações específicas. 
 
d) PROPRIEDADE: O auditor precisa, também, determinar a propriedade dos itens de ativo. Em muitos casos, 
a posse de um bem, corroborada por uma nota ou fatura, é o bastante para comprovar a propriedade, e isso 
vale, especialmente, no tocante a estoques, títulos, maquinário, etc. A posse de veículos pode ser também 
evidenciada através de certificados de propriedade, documentos de registro e recibos de impostos. A de um 
bem imóvel pode ser estabelecida examinando-se contratos, recibos, guias de imposto predial. 
 
e) RESTRIÇÕES: A determinação de um item de ativo é estreitamente ligada a outro objetivo, que é o de ver 
se há ônus ou restrições de qualquer natureza sobre o bem em questão. Se houver, devem ser divulgadas nas 
demonstrações financeiras. Por isso, é essencial que o auditor se empenhe em descobrir eventuais restrições 
ou ônus. 
 
f) EXATIDÃO DE VALORES: Um objetivo comum no exame de qualquer tipo de ativo é a verificação se os 
valores apresentados são exatos. Esse objetivo está estreitamente ligado a determinação da existência 
quantitativa do bem, mas concentra-se mais especificamente na exatidão matemática. Dentre os 
procedimentos empregados para atingir esse objetivo, estão a verificação física, como por exemplo, 
contagem, confirmação e, também, exame e verificação dos registros contábeis e documentação hábil. 
 
g) UTILIDADE: No caso de muitos itens de ativo, o objetivo de auditoria é tirar conclusões a respeito do uso 
potencial da propriedade. Já se disse antes que no caso de ativo imobilizado, os valores de mercado são, na 
maioria das vezes, os mais relevantes. É um dado muito importante para o auditor a indicação de que um item 
é obsoleto ou de que é usado na fabricação de um produto que poderá ser tirado de linha. Além disso, os 
estoques obsoletos ou invendáveis, por qualquer outro motivo, também são pouco úteis. 
 
h) APRESENTAÇÃO NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: É o último, porém, crucial objetivo de 
auditoria. É a verificação se os diversos itens de ativo são apresentados corretamente nas demonstrações 
contábeis. E se atinge através de análise das características de cada bem e da aplicação judiciosa das regras de 
classificação que compreendem, descrições bem feitas, métodos de avaliação, divulgação entre parênteses de 
valores alternativos, referências às notas explicativas e descrições de ônus e restrições. O auditor deve estar 
consciente de que um erro de classificação ou descrição inadequada pode ser tão grave quanto um erro de 
valor. Conseqüentemente, todo exame deve conter procedimentos que assegurem que as demonstrações 
contábeis são fidedignamente apresentadas. Os ativos são divididos em dois grandes grupos: ativo circulante 
e ativo não circulante. Deixou de existir a partir de 2008 a demonstração de grupo “ativo permanente”. 
Caso existam evidências claras de que ativos estão avaliados por valor não recuperável no futuro, a entidade 
deverá imediatamente reconhecer a desvalorização por meio da constituição de provisão para perdas. 
 
 Definição de circulante e não circulante: 
 Segundo o parágrafo único do artigo 179, na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou a longo prazo, terá por base o prazo desse ciclo. 
 
Além da definição acima, o artigo 179 estabelece a seguinte regra de classificação contábil: 
 
I) no ativo circulante, serão classificados: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício 
social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
II) no ativo realizável a longo prazo, serão classificados: os direitos realizáveis após o término do exercício 
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituíssem negócios 
usuais na exploração do objeto da mesma. 
 
 
11
3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
 
Os procedimentos básicos adotados no exame das contas do ativo são: 
 
 
a) Avaliação dos controles internos adotados, na salvaguarda dos mesmos; 
b) Comprovação de sua adição através de documentação hábil; 
c) Exame físico e contagem; 
d) Confirmação de saldos através de fontes externas; 
e) Conferência de cálculos de avaliação. 
 
4. REVISÃO DOS CONTROLES INTERNOS 
 
As medidas básicas de controle interno, aplicáveis às contas do ativo são: 
 
a) Segregação de funções entre a custódia e o registro dos ativos; 
b) Conciliação mensal do saldo dos controles analíticos com os registros contábeis; 
c) Identificação física dos bens. 
 
5. PRINCIPAIS CONTAS 
 
As contas a examinar de acordocom a sua representatividade são basicamente: 
 
- Caixa e equivalentes de caixa 
- Duplicatas a receber 
- Estoques 
- Investimentos 
- Imobilizado 
- Intangíveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
 
1. Embora os objetivos de auditoria possam variar ligeiramente de um para outro tipo ativo, eles se 
aplicam, de modo geral a quase todos. Quanto aos objetivos básicos relacionados com os vários itens 
do ativo, pode-se afirmar que: 
 
a) A existência de restrições sobre o uso dos bens (ônus, garantias) modifica o valor dos ativos, portanto 
exige um ajuste nas demonstrações contábeis. 
b) A segregação de funções entre a guarda e o registro dos ativos constitui um procedimento básico de 
auditoria nas contas do ativo. 
c) Os aspectos qualitativos da existência de um bem relacionam-se estreitamente com o objetivo da 
propriedade. 
d) O auditor tem de se certificar de que o ativo é constituído de bens adquiridos com autorização. 
e) Um objetivo comum no exame de qualquer tipo de ativo é verificar se os valores apresentados são 
exatos. 
 
 
2. A auditoria das contas patrimoniais ativas fundamenta-se no exame com o objetivo de reunir provas 
sobre a adequação dos saldos demonstrados. Neste sentido, quais os objetivos básicos relacionados às 
contas do ativo: 
 
a) Existência, Avaliação, Autorização, Propriedade, Contagem física, testes, exatidão de valores e 
restrições. 
b) Existência, Avaliação, Propriedade, Apresentação nas demonstrações contábeis, Utilidade, Exatidão 
dos valores e restrições e autorização 
c) Existência, Avaliação, Restrições, Controle, exame, Contagem física, Utilidade, Exatidão de valores. 
d) Existência, Avaliação, Exatidão de Valores, Contagem física, saldos, testes, revisão analítica e 
Utilidade 
e) Existência, Avaliação, Utilidade, Circularização, confirmação e restrições. 
 
3. Relativo ao assunto Auditoria das Contas do Ativo, assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
 
a) A auditoria das contas do ativo fundamenta-se no exame e na comprovação da existência e valor dos 
bens tangíveis e intangíveis. 
b) A verificação da existência física do ativo não é objetivo primordial da auditoria. 
c) A existência física de ativos deve ser evidenciada sob a ótica quantitativa e qualitativa. 
d) O exame de listas de preços, catálogos e outros dados correntes sobre custos, não podem ser usados 
como provas do valor de um bem. 
e) O auditor deve estar consciente de que um erro de classificação ou descrição inadequada das contas nas 
demonstrações contábeis pode ser tão grave quanto um erro de valor. 
 
4. Interrelacione os critérios de avaliação identificados na coluna da esquerda, com os ativos relacionados 
na coluna da direita: 
 
( 1 ) Valor Justo ( ) Investimentos reconhecidos contabilmente pelo 
custo. 
 
 
 
 
( 2 ) Ajuste a valor presente ( ) Aplicações em instrumentos financeiros 
destinados à negociação ou disponíveis para a 
venda. 
 
 
 
 
( 3 ) Valor provável de realização, 
quando este for inferior 
 ( ) Aplicações financeiras de liquidez imediata ou 
com vencimento pré-fixado. 
 
 
 
 
( 4 ) Equivalência patrimonial ( ) Investimentos em controladas. 
 
 
 
 
( 5 ) Valor de mercado, quando for 
inferior ao custo 
 ( ) Elementos do ativo decorrentes de operações de 
longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
13
5. De acordo com o item “APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS” que envolve a 
auditoria de ativos, pode-se afirmar de forma correta que o ativo é composto dos seguintes grupos: 
 
a) Ativo circulante, ativo não circulante e ativo permanente. 
b) Ativo circulante e não circulante. 
c) O imobilizado, intangível e investimentos fazem parte do ativo permanente. 
d) O realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível compõem o grupo de ativo não 
circulante. 
e) O ativo diferido continua existindo, porém, classificado como ativo circulante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14
33 
AAUUDDIITTOORRIIAA DDOO CCAAIIXXAA EE EEQQUUIIVVAALLEENNTTEESS DDEE CCAAIIXXAA 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O caixa e equivalentes de caixa, por representarem um ativo de pronta liquidez, são normalmente as mais sujeitas 
a uma utilização indevida. Nesta área, mesmo que haja um bom sistema de controle interno, o auditor efetua um 
maior volume de testes, já que os riscos envolvidos são maiores. São constituídos de: 
 
� Numerário em caixa; 
� Depósitos bancários de livre movimentação; 
� Aplicações financeiras de liquidez imediata. 
 
2. OBJETIVOS 
 
A auditoria do caixa e equivalentes de caixa tem a finalidade de: 
 
a) Determinar sua existência, que poderá estar na entidade, em bancos ou com terceiros; 
b) Determinar se pertencem à entidade; 
c) Determinar se foram utilizados os princípios contábeis geralmente aceitos, para o registro das transações em 
bases uniformes; 
d) Determinar a existência de restrições (vinculação ou garantias) na sua utilização; 
e) Determinar se está corretamente classificado nas demonstrações contábeis; 
f) Avaliar os controles internos e procedimentos adotados pela entidade. 
 
3. REVISÃO DOS CONTROLES INTERNOS 
 
O volume de transações de caixa e bancos (pagamentos e recebimentos) na maioria das entidades, excede o de 
qualquer outro grupo de contas, tendo em vista que praticamente todas as transações são finalmente liquidadas 
através de operações envolvendo caixa ou bancos. Considerando ainda, ser a parcela do ativo de maior liquidez, é 
de suma importância a existência de um sistema de controle interno eficaz. A revisão tem a finalidade de 
determinar qual a confiabilidade depositada no controle interno, para que se possa definir quais e quando os 
procedimentos de auditoria serão utilizados e em qual extensão. Entre os vários aspectos de controles internos, 
podemos citar alguns que servem de fortalecimento para a área do disponível e que podem ser classificados em: 
 
3.1. Aspectos Gerais 
 
a) Segregação de funções entre Tesouraria e Contabilidade. 
 
É recomendável, sempre que possível, haja uma separação das funções de tesouraria das de contabilidade. 
Portanto em todas as entidades de tamanho suficiente para justificar esse procedimento, a responsabilidade pela 
guarda dos fundos de caixa e títulos de renda deve ser do tesoureiro. A responsabilidade pelo controle contábil e 
revisão de transações de caixa e da contabilidade. Mesmo em entidades de pequeno porte as funções de caixa 
devem ser segregadas de forma a oferecer maior segurança sobre as transações efetuadas. 
 
b) Abertura de contas bancárias autorizadas pela diretoria. 
 
Todas as contas bancárias e as pessoas designadas para assinaturas de cheques, devem estar expressamente 
autorizadas. As contas bancárias deverão estar em nome da entidade. 
 
c) Seguro fidelidade ou carta de fiança. 
 
Para os empregados que manuseiam dinheiro ou valores, a entidade deve contratar seguro fidelidade ou obter 
carta de fiança, de modo a assegurar a recuperação de possíveis apropriações indevidas. 
 
d) Concessão de férias regulares aos empregados responsáveis pelo caixa. 
 
A concessão de férias regulares aos responsáveis pelo caixa, poderá facilitar a descoberta de possíveis 
irregularidades. 
 
 
15
e) Conciliações bancárias. 
 
As contas bancárias devem ser conciliadas regularmente a cada final de mês. Édesejável que as conciliações 
sejam criteriosamente revisadas. 
 
f) Sistema formal de comunicação entre as entidades e bancos. 
 
Os bancos deverão ser informados por escrito das normas adotadas pela entidade (débitos em conta, cheques com 
duas assinaturas, limites de valores, cobrança de encargos financeiros, etc.) e do cancelamento de procurações. A 
saída de empregados com procurações para movimentação de numerário e endossos de duplicatas devem ser 
imediatamente comunicadas aos bancos. 
 
g) Controle das disponibilidades diárias. 
 
O saldo das disponibilidades em caixa e bancos deverá ser mantido nos níveis mínimos necessários, 
possibilitando à entidade a aplicação financeira dos valores disponíveis. 
 
3.2. Recebimentos 
 
a) Controle contábil e controle físico. 
 
Os recebimentos deverão ser controlados por pessoas independentes às funções de custódia das duplicatas, 
conferência da seqüência numérica dos recibos e checagem dos valores efetivamente depositados. 
 
b) Endosso restritivo de cheques. 
 
O endosso restritivo, como por exemplo "somente para depósitos em nome da entidade" deve ser aposto no ato 
do recebimento dos cheques, como mais um controle para evitar possíveis apropriações dos valores recebidos 
através de cheques. 
 
c) Depósito integral dos recebimentos. 
 
Os recebimentos devem ser depositados intactos e diariamente, evitando ser misturados com outros fundos de 
caixa, bem como, utilizados para pagamentos de contas ou despesas. 
 
Deve ainda ser evitada a utilização de recebimentos para troca de cheques de funcionários e clientes. 
 
d) Cobranças. 
 
A cobrança de juros e encargos de mora, deve ser verificada regularmente por pessoa alheia às funções de caixa, 
preferencialmente por um auditor interno, certificando- se de que os valores recebidos estejam de acordo com os 
índices (percentuais) estabelecidos pela entidade. Essa verificação torna-se eficaz com o uso de sistema 
eletrônico de processamento de dados utilizando parâmetros para confrontação com o efetivamente recebido. 
 
3.3. Pagamentos 
 
a) Pagamentos acima de um limite, exclusivamente através de cheques nominais. 
 
Com exceção dos pagamentos efetuados através do fundo fixo de caixa, todos os demais deverão ser efetuados 
por cheques nominais aos favorecidos. É recomendável que a entidade estabeleça este limite. 
 
b) Cheques com duas assinaturas. 
 
O procedimento de duas assinaturas deve ser levado a efeito conscientemente ou não atende aos objetivos 
propostos. Assinaturas de cheques em branco, ou uma das partes deixar para a outra a revisão dos comprovantes 
de pagamentos, anulará a finalidade e vantagens de cheques com duas assinaturas. Os cheques deverão ser 
emitidos com cópias, as quais deverão conter o visto das pessoas que assinaram os cheques. 
 
c) Inutilização dos documentos pagos. 
 
Todos os comprovantes de pagamentos (notas fiscais/faturas, recibos, avisos de débitos, etc.) Devem ser 
inutilizados através de carimbo específico (por exemplo, "pago", "liquidado", etc.) por ocasião da liquidação dos 
mesmos. Este procedimento visa eliminar a possível reapresentação do documento para novo pagamento. 
 
 
 
 
16
d) Controle sobre os cheques em branco. 
 
Somente as pessoas autorizadas a preparar cheques devem ter acesso aos cheques em branco. Todos os cheques 
requisitados junto aos bancos deverão ser controlados adequadamente. 
 
e) Débitos em conta e senhas. 
 
O procedimento de duas senhas para autorizar pagamentos através de instituições financeiras deve ser levado em 
consideração para maior segurança da entidade e confiabilidade aos empregados. 
 
3.4. Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 
 
As aplicações em instrumentos financeiras têm sido operação de destaque no critério de avaliação dos ativos na 
lei nº 11.638/07 que alterou parcialmente a lei nº 6.404/76, destacando-se neste caso o art. 183. O auditor deve 
estar atento à natureza das aplicações e riscos envolvidos (ex. derivativos) e à necessidade de ajustes ao valor 
provável de realização, quando inferior ao valor contábil, ao valor de mercado ou equivalente, com reflexos no 
resultado do exercício e/ou patrimônio líquido. 
 
4. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
 
Dentre os procedimentos de auditoria que o auditor poderá utilizar no desenvolvimento dos trabalhos na área de 
caixa e equivalentes de caixa, podemos citar: 
 
4.1. Contagem de caixa 
 
Para a realização de contagem de caixa, o auditor deverá observar no mínimo, as seguintes técnicas: 
 
a) A contagem de caixa deve ser previamente planejada; 
b) É necessário que o auditor tenha conhecimento prévio das modalidades de caixa existentes e do seu 
funcionamento (caixa geral, caixa recebimentos, caixa pagamentos, caixa fundo fixo); 
c) A contagem de caixa deve ser efetuada em caráter de surpresa; 
d) Todos os fundos existentes em poder do caixa devem ser incluídos na contagem; 
e) Quando existirem mais de um caixa, os mesmos deverão ser contados simultaneamente; 
f) A contagem deverá ser efetuada na presença do responsável pelo caixa; 
g) O auditor deverá estar atento para as situações anormais (cheques antigos, cheques de funcionários, 
comprovantes de desembolsos de caixa sem data ou com data antiga, vales, etc.); 
h) Todos os comprovantes de desembolsos incluídos no saldo de caixa, deverão ser analisados quanto a 
autenticidade e evidência de aprovação por um titular responsável; 
i) O trabalho efetuado pelo auditor deverá ser evidenciado nos papéis de trabalho; 
j) A contagem de caixa deverá ser demonstrada em formulário específico, preenchido a caneta e conter os 
seguintes dados: 
- nome da entidade; 
- nome do responsável pelo caixa; 
- data e hora da contagem; 
- nome do auditor que efetuou a contagem; 
- composição da contagem (notas, moedas, cheques, comprovantes de pagamentos e recebimentos não 
lançados no caixa); 
- declaração assinada pelo responsável pelo caixa de que os valores contados representam a totalidade dos 
fundos de caixa em seu poder e que os mesmos foram devolvidos. 
 
4.2. Exame das conciliações bancárias 
 
Normalmente as entidades preparam mensalmente as conciliações bancárias, as quais representam uma 
conciliação do saldo da conta corrente bancária (extrato fornecido pelo banco) com o saldo apresentado pelo 
razão analítico. Analisando as conciliações bancárias, o auditor interno pode assegurar-se dos controles internos 
mantidos nesta área. Os passos a serem seguidos na análise das conciliações bancárias são basicamente: 
 
a) Verificar se são elaboradas mensalmente para todos os bancos com os quais a entidade opera; 
b) Verificar se são preparadas e revisadas por empregados alheios as funções de caixa e controle de saldos 
bancários; 
 
 
17
c) Verificar se são preparadas em formulário específico, mencionando as datas e natureza das pendências 
constatadas; 
d) Conferir as somas e os saldos com o razão e extratos. 
e) Analisar os itens pendentes, verificando as providências tomadas para regularização e a liquidação 
subseqüente das mesmas. 
 
4.3. Circularização bancária 
 
A circularização bancária, consiste em obter diretamente dos bancos a confirmação dos saldos das contas 
movimento, bem como, de quaisquer outras transações mantidas entre a entidade e os bancos. A resposta deverá 
ser remetida diretamente aos auditores. De posse dos valores informados pelos bancos, o auditor tem meios de 
confirmar os saldos registrados pela entidade, como também, tomar conhecimento da existência de possíveis 
transações não registradas. Os pedidos de informação de saldos deverão ser assinados pelos titulares da entidade. 
 
4.4. Análise das aplicações financeiras 
 
As aplicações financeiras, classificadas no disponível, são as aplicações temporárias de numerárioscom prazos 
de resgate de curtíssimo prazo. O auditor deverá aplicar os procedimentos de auditoria de acordo com as 
circunstâncias que podem ser de contagem física, confirmação, exame da documentação comprobatória, e 
verificação da contabilização dos rendimentos de acordo com o regime de competência. 
 
4.5. Exame das transferências de numerário 
 
É comum as entidades efetuarem transferências de numerário de um banco para outro, ou ainda, entre bancos 
situados em locais diferentes (praças). Estas transferências ocorrem com maior freqüência quando as entidades 
mantêm filiais ou escritórios em diferentes locais. O trabalho do auditor consiste em verificar se as transferências 
foram efetuadas de acordo com as necessidades da entidade e se os valores transferidos foram colocados à 
disposição da mesma, no mesmo dia da emissão do cheque ou autorização de débito. Este procedimento visa 
evitar a manipulação de numerário da entidade por terceiros ou pelos próprios bancos. 
 
4.6. Transações de caixa - Pagamentos e recebimentos 
 
A análise das transações de caixa compreende a verificação dos comprovantes de pagamentos e recebimentos 
durante um determinado período, com o objetivo de verificar se as transações estão suportadas por documentação 
hábil e que referem-se as operações normais ao ramo de atividade da entidade. 
 
Ressalte-se aqui a característica destacada pela Estrutura Conceitual para a elaboração e apresentação das 
demonstrações contábeis, conhecida como “primazia da essência sobre a forma”. 
 
Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, 
é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância 
e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem 
sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida.... 
 
5. CASOS ESPECIAIS NA ANÁLISE DOS SALDOS DE CAIXA 
 
5.1. O Estouro 
 
Dá-se o estouro de caixa, quando uma Entidade deixa de registrar receitas ou recebimentos. 
 
Em conseqüência, o saldo de Caixa torna-se insuficiente para suportar os lançamentos de pagamentos, no dia em 
que estes ocorrem. 
 
Quando o estouro de caixa é representado por saldos credores na conta de fornecedores (cujas duplicatas já foram 
pagas, mas, por insuficiência de saldo no caixa real da entidade, não podem ser baixadas), as obrigações passam 
de um período para outro, como se fossem reais (PASSIVO FICTÍCIO). 
 
O estouro de caixa representa, normalmente, omissão de receitas não oferecidas à tributação na época oportuna. 
 
 
 
18
Contudo, cada estouro deve merecer atenção especial do auditor, pois nem sempre caracteriza omissão de 
receitas. 
 
Somente após a investigação contábil, poder-se-á determinar se a natureza do estouro de caixa é efetivamente 
decorrente de uma omissão de receita ou da não contabilização, na época oportuna, de um ingresso de numerário. 
 
5.2. Suprimentos 
 
Denomina-se suprimento de caixa o ato de prover os recursos necessários para fazer frente as obrigações pagas, 
através de empréstimos efetuados, normalmente pelos titulares da entidade. O ato em si não configura fraude, 
todavia, representa um forte indício de sua ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
 
1. Além da contagem de caixa, existem outros procedimentos de auditoria que o auditor poderá se utilizar 
no desenvolvimento dos trabalhos na área de caixa e equivalentes de caixa. Em relação a estes 
procedimentos, seria correto afirmar que: 
 
a) As aplicações financeiras, classificadas no caixa e equivalentes de caixa, são aplicações de numerários 
com prazos de resgate de longo prazo. 
b) No exame de transferência de numerário, o trabalho do auditor consiste em verificar se as 
transferências foram efetuadas de acordo com as necessidades da entidade e se os valores transferidos 
foram colocados à disposição da mesma no mesmo dia da emissão do cheque ou autorização de débito. 
c) O procedimento de circularização bancária visa evitar a manipulação de numerário da entidade por 
terceiros ou pelos próprios bancos. 
d) A análise das transações de caixa compreende a verificação dos comprovantes de pagamentos e 
recebimentos durante um determinado período, visando verificar se as transações estão suportadas por 
documentação hábil e que referem-se as operações normais ao ramo de atividade da entidade. 
e) Somente através da análise das conciliações bancárias, o auditor interno pode confirmar os saldos 
registrados pela entidade, bem como tomar conhecimento da existência de possíveis transações não 
registradas. 
 
2. Você é o auditor designado para realizar um exame das reconciliações bancárias da Entidade 
MODELO. Qual(is) do(s) exame(s) abaixo você irá aplicar para cumprir satisfatoriamente sua tarefa? 
 
a) Conferir os saldos mencionados na reconciliação com os constantes no extrato bancário e no razão. 
b) Ir pessoalmente ao banco para solicitar a confirmação do saldo e cópia do extrato bancário. 
c) Certificar-se que os itens pendentes nas reconciliações conferem, estão fundamentados e que foram 
tomadas as providências para sua regularização. 
d) Examinar a existência de cheques pendentes (não apresentados no banco) há longa data, os quais 
poderão indicar a emissão de cheques pré-datados. 
e) Verificar se o encarregado pela preparação das reconciliações, seja funcionário independente das 
funções de caixa e contas a pagar e a receber. 
 
 
3. Relativo ao assunto Auditoria de caixa e equivalentes de caixa, assinale a(s) alternativa(s) correta(s): 
 
a) No sistema de fundo fixo de caixa, define-se uma quantia fixa de dinheiro que é fornecida ao 
responsável pelo fundo, suficiente para pagamentos relativos a diversos dias, e para cujos desembolsos 
não são necessários comprovantes, pois a reposição é efetuada através de cheque que serve de suporte 
para a contabilização. 
b) A intitulação de caixa e equivalentes de caixa é usada para designar dinheiro em caixa em bancos, bem 
como valores equivalentes como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre 
movimentação e aplicações financeiras de liquidez imediata. 
c) As contas bancárias com saldos negativos devem ser obrigatoriamente demonstradas como redução 
dos demais saldos bancários disponíveis. 
d) Podem integrar a conta de caixa e equivalentes de caixa as contas bancárias vinculadas, quando a 
restrição existente é inferior a um ano. 
e) As contas bancárias para finalidades especiais, tais como: pagamento de folha de pessoal, 13° salário, 
dividendos a pagar, etc., podem ser considerados como sendo de livre movimentação, portanto 
classificáveis como disponível. 
f) A finalidade primordial e exclusiva das conciliações bancárias vinculadas, quando a restrição existente 
é de curtíssimo prazo (até 30 dias). 
g) As receitas de aplicações financeiras deverão ser apropriadas de acordo com o regime de competência 
exceto os casos das aplicações em que a retenção do imposto de renda na fonte ocorre por ocasião do 
resgate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20
CASO PRÁTICO – CONTAGEM DE CAIXA 
 
 
1) Você foi escalado para fazer uma contagem de caixa geral da sua entidade, uma indústria de papel. 
 
a) Quais serão as suas providências iniciais? 
 
 
2) Você se apresentou ao caixa em 22/02 às 07:30 horas (início do expediente). 
 
2.1. – O que fazer primeiro? 
2.2. – Você encontrou a seguinte situação: 
 
- Em dinheiro 790,00- Em cheques de funcionários 2.200,00 
 
- Em cheques para depósito imediato 1.000,00 
- Em cheques pré-datados 33.000,00 
- Em vales de funcionários 2.500,00 39.490,00 
 
 
 Cheque do próprio caixa de 10/02 700,00 
 Cheque de outros – diversos 1.500,00 
 (Todos sem autorização) 
 
 2.3. – Você solicitou ao caixa o último caixa emitido e ele apresentou a seguinte posição: 
 
Boletim de caixa do dia 18/02 escriturado 
(sábado e domingo – sem expediente); com um 
saldo de .................................................................... 
 
22.300,00 
 
22.300,00 
 
 2.4. – No dia 21/02 ocorreu o seguinte movimento, ainda não lançado. 
 
Vendas a vista (10 notas) 38.800,00 
Pagamentos – diversos – 07 (17.600,00) 
 
 2.5. – O saldo final que deveria existir seria de.....................: 43.500,00 
 
 
3) Ao elaborar o boletim de contagem de caixa você encontrou a seguinte situação (elaborar a tinta ou por 
computador): 
 
 
4) Que providências adicionais a adotar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
1
 
 
21
FORMULÁRIO DE CONTAGEM DE CAIXA 
 
NOME DA ENTIDADE: 
 
NOME DO CAIXA: 
 
DATA HORA CONTAGEM FEITA POR DATA DA ÚLTIMA CONTAGEM 
 
 
 
 R$ 
 
SALDO DO ÚLTIMO MOVIMENTO DE CAIXA: ____/____/____ ..................... ------------------------------
e/ou 
FUNDO FIXO CONF. RAZÃO ..................................................................................----------------------------- 
 
= SALDO EM CAIXA CONFORME LIVROS ...........................................................---------------------------- 
 
+ COBRANÇAS REALIZADAS ( * ) .........................................................................----------------------------- 
 
( - ) PAGAMENTOS EFETUADOS ( * ) ...................................................................( ---------------------------) 
 
+ OUTROS VALORES ( * ) ........................................................................................ ---------------------------- 
 
( - ) OUTROS VALORES ( * ) ................................................................................... ( --------------------------) 
 
= VALOR CONFORME MOVIMENTO DO CAIXA .............................................. ----------------------------- 
 
 
VALOR ENCONTRADO, CONFORME CONTAGEM REALIZADA: 
 
- EM DINHEIRO .........................................................................................................----------------------------- 
 
- EM CHEQUES DE CLIENTES ( * ) .........................................................................---------------------------- 
 
- EM CHEQUES DE FUNCIONÁRIOS ( * ) .............................................................----------------------------- 
 
- EM VALES ( * ) ....................................................................................................... ----------------------------- 
 
- OUTROS ( * ) ............................................................................................................ ---------------------------- 
 
 T O T A L .........................................---------------------------- 
 
 
DIFERENÇA CONSTATADA – SOBRA (FALTA).................................................. ----------------------------- 
 
 
DECLARAÇÃO DO CAIXA: A importância acima, de R$ ------------------------- representa a totalidade dos 
fundos em meu poder e me foi devolvida intacta. 
 
 ___________________________________ 
 Rubrica do Caixa 
 
 
( * ) RELACIONAR NOS PAPÉIS DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
22
CASO PRÁTICO – DISPONIBILIDADES - TRANSAÇÕES DE CAIXA - CIA. "CASH-AÇA" 
 
A Cia. "Cash-Aça" com sede em XA-RAGUÁ tem tido acréscimo de vendas muito grande em função do 
aumento da popularidade do seu principal produto a "Caninha Vauchim". O volume de operações tem crescido 
tanto após o plano de estabilização econômica, que a administração da entidade solicitou à auditoria interna, um 
exame de auditoria nos comprovantes de transações de caixa (pagamentos e recebimentos), visando 
principalmente obter sugestões para melhoria dos controles internos. Você foi designado para desenvolver os 
trabalhos, e um dos procedimentos que você terá que cumprir é o teste de recebimentos e pagamentos. Para tal 
tarefa você se interou dos seguintes detalhes: 
 
a) Objeto Social: indústria e comércio das famosas caninhas "Vauchim". 
 
b) Observações sobre pagamentos: 
 
� Os pagamentos efetuados pelo caixa referem-se a quaisquer desembolsos da entidade. 
 
� O Sr. K. Ninha, administrador, tem completa confiança na Sra. K. I. Pirinha, caixa da sua entidade, 
razão pelo qual somente despesas superiores a $ 5.000 precisam conter sua aprovação verbal. 
 
� Como além de exercer as funções de caixa a Sra. K. I. Pirinha é responsável pelo setor de contas a 
pagar, exercendo assim o controle dos cheques da entidade a das dívidas perante terceiros; o recinto do 
caixa localiza-se no meio setor de contas a pagar facilitando sobremaneira o serviço de dona K. I. 
Pirinha, e para que em caso de necessidade sua função possa ser ocupada por outra pessoa. 
 
� Os vouchers (jogo com os documentos referentes a uma transação de pagamento) depois de verificados, 
conferidos e pagos são arquivados num arquivo da seção, sem constar qualquer evidência do pagamento 
o que, na opinião da Sra. K. I. Pirinha, só iria onerar os custos da entidade. 
 
c) Observações sobre recebimentos: 
 
� A maioria dos recebimentos por caixa é referente a duplicatas em carteira que para maior rapidez no 
atendimento do cliente ficam em poder da Sra. K. I. Pirinha. Os demais recebimentos são totalmente 
atípicos podendo ocorrer esporadicamente. 
 
� Se o recebimento é em cheque o caixa espera completar o total de $ 50.000 após o que providencia seu 
depósito em conta bancária. 
A média de recebimentos diários é de $ 20.000. 
 
� K. I. Pirinha nos informou que atua desta maneira com o intuito de facilitar o seu serviço e para não ter 
que ir muitas vezes ao banco. 
 
� Se o recebimento é em dinheiro, o numerário fica em caixa passando a fazer parte do total a ser aplicado 
para os pagamentos. 
 
d) Quantidade de pagamentos: 2.448 numerados seqüencialmente a partir do número 1. 
 
e) Quantidade de recebimentos: 535, normalmente pagamentos de duplicatas em carteira, numerados 
seqüencialmente a partir do número 1. 
 
Com base na avaliação dos controles internos, determinou-se a base da seleção que resultou no seguinte: 
 
� Pagamentos selecionados....... n°s: 200, 400, 800, 1600, 2448 
� Recebimentos selecionados.... n°s: 120, 220, 320, 420, 535. 
 
O Anexo contém o papel de trabalho preparado com os dados de cada transação. 
 
Argüida sobre o assunto: "fundofixo", a caixa nos informou não gostar do sistema fundo fixo de caixa, pois 
traria a ela muita responsabilidade, uma vez que teria que assinar um recibo, ainda mais "há 35 anos sou caixa da 
entidade e nunca ninguém reclamou de nada e, aliás, minha importância é tão grande que nunca pude tirar férias, 
apesar da insistência do Sr. I. de Hota chefe do departamento pessoal". 
 
Analisando todo o contexto pedimos: 
 
a) colocar ao lado de cada operação os documentos mais importantes que você inspecionaria; 
b) indicar também a contrapartida adequada caso que a do cliente não seja correta; 
 
 
 
 
23
CIA "CASH-AÇA" 
 
TESTE DE RECEBIMENTOS 
31/12/XA 
 
Nº do 
registro 
 
 
Natureza 
 
Cliente 
 
Valor 
 
Contrapartida 
 Documentos a 
inspecionar 
 Contrapartida 
correta 
 
 
120 Venda de Pinga Scar Pin Guço 5.100 C - Contas a receber 
 
220 Venda de veículo Cambirita 3.000 C - Clientes 
 
320 � Retorno de numerário; 
� Sobra de adiantamento 
de despesas de viagem 
 I. de Hota 4.500 C - Receita financeira 
 
420 Venda de Gim - produto 
secundário 
 Gim das 
Selvas 
 2.000 C - Provisão para 
Devedores Duvidosos 
 
 
535 Recebimento de Seguros 
por sinistro da fábrica 
 Cia. Seguros 
Piromania 
 
10.000 
 
C - Receita de Vendas 
 
 
 
 
CIA. "CASH-AÇA" 
 
TESTE DE PAGAMENTOS 
31/12/XA 
 
 
Nº do 
registro 
 
 
Natureza 
 
Cliente 
 
Valor 
 
Contrapartida 
 Documentos a 
inspecionar 
 Contrapartida 
correta 
 
 
200 Despesas com cafezinho Café Pecado 300 D - Serviços de 
Terceiros 
 
 
400 Aquisição de uma 
fazenda para instalação 
de uma destilaria 
 V. Matheus 
9.250 
 
D - Edifícios e 
construções 
 
 
800 Pagamentos de prêmio de 
seguro - vigência: 
31/12/XA a 30/12/XB 
 Cia. de Seguros 
Não Morra 
 
5.400 
 
D - Despesas com 
prêmios de seguros 
 
 
1600 Despesas com escritura 
da fazenda 
 Cartório 
Central 
 
1.500 
 
D - Despesas legais 
 
 
2448 Compra de 2.525 apitos 
para o carnaval do ano 
XB (brinde) 
 Loja da Matriz 
4.900 
 
D - Despesas com 
publicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24
44 
AAUUDDIITTOORRIIAA DDEE CCOONNTTAASS AA RREECCEEBBEERR 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A terminologia de contas a receber é utilizada no sentido amplo, uma vez que inclui os valores a receber, que 
podem ser dentre outros, duplicatas a receber por vendas, adiantamentos concedidos a terceiros ou empregados, 
cheques, notas promissórias, etc. 
 
Os objetivos a serem atingidos com a auditoria são basicamente os mesmos para os diversos valores, todavia a 
determinação dos procedimentos em cada um dos casos deverá ser feita de tal sorte que se obtenham resultados 
satisfatórios de acordo com cada uma das circunstâncias. Considerando a materialidade dos valores normalmente 
constantes desta conta, daremos especial ênfase às contas a receber decorrentes de vendas a clientes. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Os objetivos do auditor nesta área, além de certificar-se sobre a adequação das normas e controles internos são: 
 
� Verificar se as contas a receber refletem com propriedade os valores; 
� Determinar a existência de ônus ou outras restrições ou vinculações; 
� Determinar se os valores a receber estão corretamente classificados; 
� Verificar se foram adequadamente estimadas as prováveis perdas na realização dos referidos valores. 
 
3. REVISÃO DOS CONTROLES INTERNOS 
 
A revisão dos controles internos tem a finalidade de determinar qual a confiança que pode ser depositada nos 
referidos controles, bem como determinar a extensão dos trabalhos e os procedimentos recomendados nas 
circunstâncias. Os controles internos recomendados nesta área são basicamente os seguintes: 
 
� Segregação de funções entre a custódia das contas a receber e a contabilização; 
� Conciliação periódica entre a custódia e a contabilidade; 
� Autorização para concessão de descontos ou abatimentos por pessoa independente de sua guarda; 
� Análise permanente das contas a receber atrasadas e esforço para seu recebimento; 
� Utilização e recebimento por via bancária; 
� Confirmação dos devedores, por pessoa independente da custódia. 
 
4. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
 
Para alcançar os objetivos o auditor deverá desenvolver normalmente os seguintes procedimentos: 
 
a) "CUT-OFF" das operações: 
 
Chamamos a especial atenção para este procedimento. Nenhum exame, salvo exceção, na área de Contas a 
Receber, poderá ser desenvolvido, com total segurança, sem que antes se faça o CORTE das operações, mediante 
o exame das últimas entradas e saídas. Poderemos afirmar que o "cut-off" é o ponto de partida dos demais 
exames. 
 
b) Exame da movimentação das contas e flutuações significativas: 
 
É importante o exame da movimentação das contas e análise dos saldos finais analíticos de duplicatas e outras 
contas a receber. Em qualquer das contas, os possíveis lançamentos anormais e flutuações significativas deverão 
ser investigadas. 
 
c) Circularização de duplicatas e contas a receber: 
 
Selecionada a data base para a circularização, feito o “cut-off” das operações far-se-á a seleção dos clientes (e/ou 
devedores outros) para circularização. 
 
 
 
25
Esta circularização poderá ser positiva (no corpo da carta circular será solicitado ao devedor qualquer 
manifestação “confirmando” ou “contestando”) ou negativa (em parágrafo específico no corpo da carta circular 
constará que a não resposta caracterizará “confirmação do débito”). Há de se observar que tudo é feito pelo 
próprio Auditor, desde a seleção do devedor, remessa das circulares (primeiro e quando necessário também o 
segundo pedido), até o exame final de tudo. É importante lembrar que, sobre todos os saldos circularizados, 
temos obrigatoriamente que chegar a alguma conclusão. 
 
d) Levantamentos físicos: 
 
É também um dos exames importantes, integrante do objeto de controle de DEVEDORES. 
 
Feito o “cut-off” das operações na data base e o exame das operações ocorridas até a data, o Auditor poderá então 
fazer o levantamento físico das contas a receber em carteira (dentro do possível fazer o “tie-up” - assunto que 
apresentaremos a seguir). 
 
O Auditor, neste exame, assim como em qualquer levantamento físico, deverá dedicar atenção a 3 (três) 
quantidades e/ou cifras: 
 
 Quantidade $ 
a) o que encontramos X XX 
b) o que os controles informam existir Y YY 
c) o que efetivamente deveria existir (caso não houvesse 
os ERROS, FRAUDES e OMISSÕES que 
constatamos 
 
 
Z 
 
 
ZZ 
O trabalho somente estará concluído, quando, X = Y= Z e XX = YY = ZZ. 
 
 
e) Exame das contas a receber por idade dos saldos "aging- list": 
 
O "aging-list" é um demonstrativo preparado pela própria Entidade, onde é facilmente identificada a idade 
(vencido/a vencer/etc) das contas a receber. 
 
O Auditor deverá dedicar atenção especial a 2 (dois) aspectos: 
 
a) a exatidão do relatório; 
b) as variações ocorridas para melhor ou pior (em valor e porcentagem) e possibilidade/expectativa de 
realização das contas vencidas. 
 
f) Resumo das duplicatas a receber, por localização "tie-up": 
 
A data base para preparação do "tie-up" deverá coincidir com a da circularização das Instituições Financeiras 
(estas confirmarão dados sobre duplicatas descontadas, em cobrança etc.), Escritórios Regionais, Advogados, 
etc., e também com a data base do levantamento físico das contas a receber em carteirae carga em poder dos 
cobradores. 
 
 
g) Dias de vendas contidos no total de duplicata a receber: 
 
As importâncias, propriamente ditas, isoladamente, não oferecerão dados para avaliação. O objetivo neste exame, 
é identificar dias de vendas contidos no montante de DUPLICATAS A RECEBER EM DETERMINADA DATA 
BASE. A quantidade de dias encontrada, deverá ser referenciada com cálculos idênticos efetuados em datas 
bases anteriores (trimestres, e/ou semestres, e/ou exercício anterior). As variações em DIAS, que deverão ser 
obrigatoriamente explicadas, identificarão (confirmando as conclusões que obtivermos no exame "aging-list") as 
mudanças na política de PRAZOS a clientes, melhoras ou então quedas na eficiência do Departamento de 
CRÉDITO, ou do Departamento de COBRANÇA, etc. 
 
h) Exame dos eventos subseqüentes à data base selecionada (recebimentos, devoluções, etc.) 
 
No fechamento periódico de contas, o Auditor, jamais poderá emitir opinião/conclusão sobre DEVEDORES, sem 
antes efetuar o exame do que aconteceu com as Contas a Receber nos dias subseqüentes à data base do exame. 
Devoluções de vendas, abatimentos, descontos, etc., anormais, exigirão investigação, bem como Recebimentos 
em montante inferior às expectativas. 
 
 
 
 
 
 
26
i) Exame das outras contas a receber 
 
Da mesma forma que dedicamos atenção as duplicatas a receber, dedicaremos as demais contas a receber. Não 
raro, isto implicará em exame de contratos, guias de depósitos compulsórios autenticados pelo órgão arrecadador, 
etc. Podemos afirmar, sem dúvidas, de que, tudo o que foi apresentado anteriormente se aplicará também no 
exame destas contas. 
 
j) Exame das provisões constituídas e/ou necessárias 
 
Obrigatoriamente, antes de se efetuar exame da existência/suficiência dos valores provisionados, teremos que 
dedicar atenção à movimentação de todas as contas (a receber e as retificadoras) no período anterior a data e 
também aos quadros disponíveis (“aging-list” etc). 
 
Quando do exame da conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, deveremos, em base de teste, 
examinar os comprovantes hábeis dos débitos contabilizados. Os aspectos fiscais (IR) e as normas da Entidade 
deverão ser levadas em consideração na realização do exame. 
 
Caso a Entidade ofereça aos seus clientes, descontos substanciais (descontos que interessam ao cliente) para 
pagamento antecipado das duplicatas (exemplo: vencimento em 30 dias com 10% de desconto ou 60 dias 
líquido), o Auditor deverá examinar a necessidade de se constituir uma Provisão para Possíveis Descontos a 
serem Concedidos (base de cálculo - total de duplicatas com possibilidade de liquidação ainda com o desconto). 
 
k) Exame da demonstração e classificação das contas a receber nas demonstrações contábeis: 
 
As contas a receber vencidas e as a vencer até 360 dias serão classificadas e demonstradas no Realizável a Curto 
Prazo (Ativo Circulante). As demais (a vencer após 360 dias) serão demonstrados no Realizável a Longo Prazo. 
 
As contas retificadoras (provisão para Devedores Duvidosos, etc) serão classificadas e demonstradas, 
destacadamente, deduzindo os valores originais: 
 
O montante de duplicatas/contas a receber, descontadas em banco, será demonstrado e classificado no ativo, 
destacadamente, diminuindo os valores originais. 
 
Os ônus que pesam sobre as contas a receber (contas/duplicatas dadas em garantia) deverão ser identificados nas 
Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis. 
 
 
l) Teste de Ajuste a Valor Presente: 
 
Para determinar o valor presente do Fluxo de Caixa Futuro (FCF), são requeridos: o valor do fluxo futuro, a data 
do referido fluxo futuro e a taxa de desconto aplicável a cada operação. 
 
Cabe ao auditor validar a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro (FCF), no curso normal de 
operações da entidade. 
 
A partir da Lei nº 11.638/07, convalidada pela Lei nº 11.941/09, foi acrescido ao artigo 183, o item VIII, que 
estabelece a obrigatoriedade de ajustar a valor presente os elementos de ativo decorrentes de operações de longo 
prazo, sendo os demais créditos ajustados quando houver efeito relevante. 
 
Para regulamentar a obrigatoriedade desse procedimento no Brasil, instituiu-se o CPC nº 12, cuja meta a ser 
alcançada, ao se aplicar o conceito de valor presente deve-se associar à mensuração de ativos e passivos, 
levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. 
 
Os riscos e incertezas são determinantes para a taxa de desconto, a ser utilizada a partir da data da operação. 
Nessa oportunidade ocorre a redução da receita de vendas, e com o passar dos dias os ajustes das reversões são 
contabilizados como receitas financeiras. 
 
 
m) Teste de Vendas: 
 
O Auditor, nesta área, trabalhará suportado nos seguintes objetivos básicos: 
 
 
m1) Certificar-se que as normas refletem as exigências da entidade e que estão sendo seguidas; 
 
 
27
m2) Certificar-se que os aspectos fiscais envolvidos estão sendo integralmente observados. O universo de 
aspectos, situações, responsabilidades, etc., faz com que este objeto de controle se transforme, para o 
Auditor, num dos mais complexos exames a realizar. 
 
5. FALSAS APRESENTAÇÕES DE CONTAS A RECEBER 
 
5.1. Reduções indevidas nas contas a receber 
 
A contabilização antecipada de recebimentos nas contas a receber de clientes, é artifício destinado a encobrir as 
deficiências de caixa para o giro normal, deficiências estas decorrentes de omissões de receita. As antecipações 
de entradas de numerário pela contabilidade, nestes casos, são feitas nos finais de períodos, para evitar 
temporariamente os saldos negativos de caixa nos balanços e balancetes. Trata-se de artifício ilegal, para encobrir 
apenas temporariamente a sonegação de receita. Diz-se temporariamente, porque tem efeito a prazo curto, 
verdadeiro "tapa furos". A apuração se faz pelo cotejamento das datas dos vencimentos dos efeitos a receber com 
as respectivas datas de "liquidações". Ainda nas contas a receber, os créditos não contabilizados, decorrentes das 
vendas sem nota e respectivas faturas, ou ainda cujas notas e faturas foram omitidas na escrituração, constituem 
forma de ocultação de vendas. Estas últimas reduções indevidas nas contas a receber, podem ser pesquisadas nas 
cobranças bancárias dos efeitos a receber, diretamente nos extratos e avisos dos bancos, correspondências, ou 
ainda, mais remotamente, junto aos clientes. 
 
5.2. Majoração indevida nas Contas a Receber 
 
Mediante o artifício de não baixar contabilmente as contas representadas por títulos, duplicatas e outros papéis a 
receber, ao mesmo tempo registrando os novos papéis emitidos para substituir os títulos originais para 
prorrogação da dívida, pode-se gerar uma irrealidade contábil com os reflexos seguintes: 
 
a) aumento indevido no ativo circulante para fins de créditos bancários e com fornecedores; 
b) aumento do ativo circulante (contas a receber) para compensar reduções ilegais do mesmo ativo circulante 
(estoques), evitando a apresentação de falta de liquidez imediata; 
c) possibilidade de aumento nas provisões para liquidação de contas ativas, dedutíveis do resultado 
operacional. 
 
Os lançamentos de contrapartida no passivo, ao se registrarem os novos títulos, duplicatas e papéis emitidos 
poderiam evidenciar a situação, mas a ocultação é possível mediante o disfarce pela utilização de contas de 
denominação ambígua, tais como "efeitos e regularizar", etc. É de se esclarecer que esta prática tem efeito 
limitado, eis que as contas terão que ser ajustadas e os títulos deverão ser baixados, e assim não poderão 
permanecer indefinidamente. 
 
5.3. Contas a Receber - Faturamentos Fictícios 
 
Entidades audaciosas, com dificuldades

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