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Pedido de Liberdade Provisória

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL E EXECUÇÕES PENAIS DE___________________, ESTADO DO ___________________ 
	RÉU PRESO
	URGÊNCIA
 
PROCESSO/INQUÉRITO: __________________________
 _____________________, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, por seus advogados infra-assinados, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer
PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA
amparada pelo artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, bem como artigo 310, III, e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir aduzidas.
DA SÍNTASE FÁTICA
 Trata-se de prisão em flagrante, realizado no dia 15/02/2018, consubstanciado em suposta prática do delito previsto no artigo 157, § 1º, do Código Penal (roubo impróprio).
DA AUSÊNCIA DOS FUNDAMENTOS DO ARTIGO 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
De início, consta ressaltar que vige em nossa ordem constitucional a liberdade como regra, e, somente em casos excepcionais, de extrema e concreta subsunção às hipóteses restritas, prevista em lei, e que permite a prisão cautelar como medida de última ratio. 
O postulado encontra-se amparado pela jurisprudência pátria:
EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. IMPUTAÇÃO DOS ARTS. 180, § 1º, 304 E 311 DO CP. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ALUSÃO GENÉRICA AOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312 DA LEI ADJETIVA PENAL. AFRONTA AOS POSTULADOS CONSTITUCIONAIS DA NÃO CULPABILIDADE E DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS JUDICIAIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. DECISÃO UNÂNIME. 1. A prisão preventiva, útima ratio do processo penal, deve estar fundamentada sob a égide de elementos concretos, notadamente diante do atual cenário de nosso ordenamento jurídico positivo, que não mais admite a prisão tão somente ex lege. A par disto, é relevante frisar que a necessidade concreta da medida acauteladora extrema deve ser fundamentada não somente em homenagem ao postulado inerente da motivação dos atos judiciais, mas sobretudo, porque o cânone da presunção da não culpabilidade revela carga axiológica para prevalecer até o trânsito em julgado da condenação, de forma que o uso indiscriminado da prisão cautelar afronta diretamente o referido princípio constitucional. 2. Alegações genéricas no sentido de que o crime é grave e que merece pronta repulsa estatal, em nada se relacionam com a prisão cautelar, identificada pelo seu cunho instrumental. 3. Habeas corpus conhecido, em que se concede a ordem. (TJ-PE - HC: 3864648 PE, Relator: Humberto Costa Vasconcelos Júnior, Data de Julgamento: 02/07/2015, 1ª Câmara Regional de Caruaru - 2ª Turma, Data de Publicação: 14/07/2015).
AVENA (2013, p. 832 e 833) explica que as medidas cautelares, dentre outras características, devem ser fundamentadas em sua excepcionalidade, em suas duas formas, geral e restrita: 
As medidas cautelares devem ser aplicadas em hipóteses emergenciais, com o objetivo de superar situações de perigo à sociedade, ao resultado prático do processo ou à execução da pena. Portanto, é certo que sua utilização, no curso da investigação ou do processo, deve ocorrer como exceção, mesmo porque implicam, em maior ou menor grau, restrição ao exercício de garantias asseguradas na Constituição Federal. Especificamente em relação à prisão preventiva, o atributo da excepcionalidade deve ser visto sobre dois ângulos: excepcionalidade geral, significando que, assim como as demais cautelares, deve ser decretada apenas quando devidamente amparada pelos requisitos legais, em observância ao princípio constitucional da presunção da inocência, sob pena de antecipar a reprimenda a ser comprida quando da condenação, e, ainda, 
excepcionalidade restrita, isto é, aquela relacionada a sua supletividade diante das demais providências cautelares diversas da prisão, em face do que dispõe o art. 282, § 6º no sentido de que “a prisão preventiva será determinada (apenas) quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar. (destacamos)
Assim, ao se aplicar tal medida, como a cautelar preventiva, tem-se observar a NECESSIDADE, ADEQUAÇÃO (art. 282, I e II, do CPP) E PROPORCIONALIDADE, princípios estes que servem para delimitar o propósito a que se destina.
Segundo o artigo 310, do Código de Processo Penal, quando o juiz receber o auto de prisão em flagrante, este deverá relaxar a prisão, conceder a liberdade provisória ou converte-la em preventiva.
Sobre esta última, a necessidade da rigorosa providência, somente pode ser aplicada quando diante da existência de seus pressupostos, a necessidade da garantia da ordem pública, econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, expostos no artigo 312, do referido código. 
DO DEFERIMENTO DA CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA
Pelos fatos alegados, pede e espera de Vossa Excelência conceda: 
considerando a situação econômica da acusada (do lar), e os efeitos diretos que a medida trará à sua família, requer a concessão de liberdade provisória sem fiança, com arrimo no § 1º, I, do artigo 325; 
caso assim não se entenda, desde já postule também a concessão da liberdade provisória cumulada com as medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, uma vez que a prisão é a última ratio a ser seguida pelo julgador.
em respeito ao princípio da eventualidade, no caso de não concessão do pedidos supra, requer seja concedido a liberdade provisória com fiança, em seu patamar mínimo, previsto no artigo 325, I, do CPP, com imposição, se for o caso, de medidas cautelares diversas da prisão;
requer-se também a concessão do alvará de soltura em favor da acusada.
Nestes termos, pede deferimento.
Araguaína, 26 de abril de 2018
____________________________________
OAB/_____ ____________

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