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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI Mecânica dos Fluidos para Engenharia Química FREIO DINAMOMETRICO Amanda Gomes RA: 11.116.364-8 Ana Beatriz RA: 11.115.931-5 Barbara Tezoto RA:11.115.381-3 Daniela Schiavon RA: 11.116.054-5 Patrick Wecchi RA: 11.116.473-7 Tamires Mercês RA: 11.116.425-7 São Bernardo do Campo, 2018 SUMÁRIO Resumo ................................................................................................................ 3 Introdução ............................................................................................................ 4 Revisão Bibliográfica .......................................................................................... 5 Procedimento experimental ................................................................................ 10 Resultados e discussões ..................................................................................... 11 Conclusões ......................................................................................................... 16 Referências Bibliográficas ................................................................................. 16 RESUMO O experimento baseia-se no estudo da forca provocada pelo giro do motor, porem abalizada pela sua reacao ( do estator do motor), por meio de uma celula de carga da bomba MARK-DE. Por meio da analise dessa forca pode-se levantar as tres curvas forncidas pelo fabricante. Ao se comparar as curvas obtidas com as fornecidas notou-se que houve um pequeno desgaste, pois as curvas sao parecidas. Constatou-se tambem que o rotor utilizado foi o de 7x. INTRODUÇÃO Com esta experiência deseja-se poder levantar as três curvas que normalmente são fornecidas pelo fabricante, sendo elas: HB f(Q), referente a carga manométrica; NB f(Q), referente a potência da bomba; e B = f(Q), referente ao rendimento da bomba, e assim, compará-las com as fornecidas pelo fabricante. Para isso é necessário fazer-se uma correção para a rotação de 3500 rpm. REVISAO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Leis de semelhança As leis de semelhança são obtidas da relação entre uma grandeza referente ao modelo e a mesma grandeza referente ao protótipo. A escala de semelhança é indicada pelo símbolo K e pode ser geométrica, de velocidade, viscosidade, manométrica e qualquer outra grandeza física do fenômeno analisado. Utilizada no cálculo da vazão e da carga do ensaio. Onde: HBn= carga da bomba normal; nn= rotação normal= 3500 rpm; n= rotação levantada do ensaio. Onde: Qn : vazão normal; Q: vazão do ensaio; nn= rotação normal= 3500 rpm; n= rotação levantada do ensaio. 2.2 Vazão (Q) A vazão nada mais é do que a quantidade volumétrica ou mássica (neste caso, trabalharemos com a vazão volumétrica) de fluido que atravessa a tubulação estudada num determinado intervalo de tempo. Para calculá-la, deve-se obter os valores de velocidade do fluido e o tempo de passagem do mesmo. Dessa forma, temos que: Onde: Q – vazão do fluido [m3/s] v – velocidade do fluido [m/s2] t – tempo gasto para passagem do fluido [s] 2.3 Carga Manométrica A carga manométrica de uma bomba é a altura que a mesma consegue levantar um fluido. Matematicamente falando, é a energia por unidade de peso que o fluido adquire ao passar por uma bomba ( de acordo com o professor Homero Soares da ufjf) Para calcular a altura manométrica de bombas, utiliza-se da fórmula de Bernoulli, assim como no cálculo geral de carga manométrica em tubulações. Considerando a saída da bomba como o ponto 2 e a entrada como ponto 1, temos: Onde: H : Altura útil de elevação [m] P1 : Pressão na entrada da bomba [Pa] P2 : Pressão na saída da bomba [Pa] V1 : Velocidade na entrada da bomba [m/s] V2 : Velocidade na saída da bomba [m/s] γ : Peso específico do fluido [N/m3] g : Aceleração da gravidade [m/s2] 2.4 Bombas São equipamentos que tem como objetivo o fornecimento de energia a um fluido a fim de transporta-lo de um ponto a outro. Exemplos: bombas centrifugas, bombas de deslocamento positivo, bombas axiais, etc. 2.4.1. Bombas de Deslocamento Positivo Bombas de deslocamento positivo são equipamentos que transmitem a mesma quantidade de fluido após uma rotação de seu eixo, independente do valor da pressão em sua saída. Também chamadas de bombas volumétricas, estas não permitem que o fluido recircule internamente, mantendo sempre um fluxo único da entrada para a saída. Seu funcionamento consiste na criação de um semi-vacuo em sua extremidade de entrada e uma compressão na extremidade de saída, fazendo com que a pressão atmosférica obrigue o fluido a entrar dentro da bomba, através da abertura de sucção, e, posteriormente, sair por meio da linha de descarga ( UNERJ, junho de 2007). 2.4.2 Bombas Vibratórias Também chamadas de “bombas-sapo”, são bombas submersas em reservatórios que funcionam a base de magnetismo/vibrações. Seu funcionamento consiste na atracao de um martelete, que acoplado a um outro conjunto gera ou interrompe o fluxo de agua dentro da bomba, com base na maxibombas. 2.5 Potência Bombas de deslocamento positivo são equipamentos que transmitem a mesma quantidade de fluido após uma rotação de seu eixo, independente do valor da pressão em sua saída. Também chamadas de bombas volumétricas, estas não permitem que o fluido recircule internamente, mantendo sempre um fluxo único da entrada para a saída. Seu funcionamento consiste na criação de um semi-vacuo em sua extremidade de entrada e uma compressão na extremidade de saída, fazendo com que a pressão atmosférica obrigue o fluido a entrar dentro da bomba, através da abertura de sucção, e, posteriormente, sair por meio da linha de descarga ( UNERJ, junho de 2007). Figura 1 curva de potencia X vazão A potência consumida pode ser calculada pela equação abaixo: Sendo, PotCons: Potência consumida [CV]; γ: peso específico do fluido [kgf/m³]; Q: vazão [m³/s]; H: carga [m]; η: rendimento da bomba. Também temos a potência hidráulica, além da potência consumida, que é a potência cedida ao fluido. Podemos efetuar os cálculos através da seguinte equação: Sendo, PotHIDR: Potência hidráulica [CV] γ: peso específico do fluido [kgf/m³]; Q: vazão [m³/s]; H: carga [m]; Outra curva característica de uma bomba é a de rendimento (η) x vazão. O rendimento é definido pela razão entre a potência hidráulica e a potência consumida pela bomba. E a curva é representada da seguinte forma: Figura 2 curva de rendimento X vazão PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Antes de ligar o equipamento, foi necessário encostar a bomba na célula de carga para que não danificasse a mesma. Feito isso, foi realizada a medição das pressões vacuométrica e manométrica, rotação (com o auxílio do tacômetro), força (através da célula de carga) e vazão para as situações de: válvula totalmente aberta e totalmente fechada. Após, foram definidos mais três pontos para a realização das mesmas medições, de forma a obter o gráfico de perda de carga, potência e do rendimento da bomba em função da vazão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela de dados A partir da experiência foram coletados dados como altura do piezômetro, tempo, pressões de sucção e recalque, rotação e força. Tabela de desenvolvimento. Freio Dinanométrico. Ensaios Δh t pms pme F n Unidades mm s kgf/cm2 mmHg kgf rpm 1 0 0 4,7 -205 9,57 3531 2 100 17,97 4 -245 10,20 3517 3 100 14,05 3 -285 10,43 3514 4 100 13,34 2 -325 10,70 3512 5 100 13,37 1,6 -340 10,96 3520 Tabela 1 – Dados coletados em laboratório no dia da experiência 4.1. Vazão – Q Primeiramente a vazão foi calculada através da equação: Onde: Q = vazão [m3/s]V = volume do tanque [m3] Δh = variação de altura no piezômetro [m] = constante = 100 mm Atanque = área do tanque [m2] = 0,681 m2 t = tempo [s] E foram obtidos os seguintes resultados: Q1=0L/s Q2=3,79 L/s Q3=4,85L/s Q4=5,10 L/s Q5=5,09 L/s 4.3. Velocidade do fluido A partir da vazão foi calculada a velocidade do fluido para cada resultado obtido, sendo que a área do cano de diâmetro igual a 20mm equivale a 3,142*10-4m² com a seguinte fórmula: Onde: v = velocidade [m/s] Q = vazão [m3/s] A = área da tubulação [m2] D = diâmetro da tubulação [m] Sabendo que: De = diâmetro de sucção = 40,9 mm (1 ½” ϕnom) Ds = diâmetro de recalque = 26,7 mm (1 ϕnom) Sendo obtidos os seguintes resultados: v1e=0m/s v1s=0m/s v2e=2,88m/s v2s=6,77m/s v3e=3,69m/s v3s=8,66m/s v4e=3,88m/s v4s=9,11m/s v5e=3,87m/s v5s=9,09m/s 4.4. Carga manométrica – HB A partir dos dados acima obtidos, foi calculada a carga manométrica pela seguinte equação: Onde: HB = carga manométrica da bomba [m] pms = pressão manométrica de saída [kgf/m2] pme = pressão manométrica de entrada [kgf/m2] γ = peso específico [kgf/m3] vs = velocidade de saída [m/s] ve = velocidade de entrada [m/s] g = aceleração da gravidade [m/ss] E foram obtidos os seguintes resultados: HB1=49,70m HB2 = 45,25m HB3= 37,01m HB4= 27,88m HB5= 24,07m 4.5. Potência da bomba – NB Em seguida é calculada a potência da bomba através da dedução, retirada da apostila de laboratório de Sérgio Lopes: Onde: NB = potência da bomba [CV] F = força [kgf] n = rotação da bomba [rpm] Com isso, é obtido que: NB1 = 3,78 CV NB2 = 4,02 CV NB3 = 4,10 CV NB4 = 4,21 CV NB5 = 4,32 CV Encontra-se em seguida a potência que passa para o fluido: Onde: N = potência passada da bomba para o fluido [CV] γ = peso específico do fluido [kgf/m3] Q = vazão [m3/s] HB = carga manométrica da bomba [m] E é tido que: N1 = 0 N2 = 2,29 CV N3 = 2,39 CV N4 = 1,90 CV N5 = 1,63 CV 4.6. Rendimento da bomba – η Feito isso, encontra-se o rendimento da bomba através da fórmula: E são obtidos os seguintes resultados: η1 = 0 η2 = 0,57 η3 = 0,58 η4 = 0, 45 η5 = 0, 38 4.7. Correção da rotação – Xn Em seguida são corrigidos os valores de carga manométrica (HB), Vazão (Q) e potência (NB) para valores normais através das leis de semelhança: Onde os indicadores “n” servem para apontar que os valores referem-se as medidas corrigidas e nn é a rotação corrigida para 3500 rpm. HBn (m) Qn (L/s) NBn (CV) 1 48,56 0 3,68 2 44,81 3,77 3,96 3 36,72 4,83 4,05 4 27,69 5,08 4,17 5 23,80 5,06 4,25 Tabela 2 – Correções de carga manométrica da bomba, vazão e rotação. A partir desses dados é construída a curva da bomba pelo gráfico de Carga Manométrica (m) x Vazão (m3/h): Gráfico 1 – Gráfico composto pela curva característica da bomba e o rendimento da mesma, ambos em função da vazão. É importante salientar que os eixos se cruzam para um valor em que a vazão tem um valor de 12,63 m3/h Por fim, construiu-se um gráfico de Potência x Vazão: Gráfico 2 – curva da potencia da bomba em função da vazão. Gráfico 3 – curva característica da bomba, curva de rendimento da bomba e curva de potencia da bomba fornecidas pelo fabricante Para a primeira curva de bomba do gráfico do fabricante, nota-se que o ponto de encontro das curvas de curva característica da bomba e rendimento da bomba são pontos próximos tanto para o fabricante como para a parte experimental realizada em laboratório, sendo o valor da vazão do gráfico do fabricante próximo ao valor encontrado experimentalmente de 12,63 m3/h. CONCLUSÃO A bomba Anauger é feita para usos simples, como o bombeamento de caixas de água, sendo assim o seu desgaste é pequeno. As curvas traçadas experimentalmente são semelhantes as fornecidas pelo fabricante, com única diferença no último ponto (provavelmente medido de forma imprecisa). O uso do freio dinanométrico teve por finalidade o cálculo da potência da bomba, sendo utilizado para análise do equipamento e não é utilizado na indústria. Além disso, pela comparação dos gráficos observa-se que o rotor utilizado é 164 de 7x, o que proporciona maior carga manométrica dentre os três tipos existentes para o modelo de bomba. BIBLIOGRAFIA UFJF.BR. Maquinas Hidraulicas. Disponível em: <http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/HGHTEO__Cap4_Aula-1_-10012013_V2.pdf> Acessado em: 20/04/2018 SITES.POLI.USP.BR. Bombas Hidraulicas. Disponivel em: <http://sites.poli.usp.br/d/pmr2481/Hid_Bombas_hidraulicas.pdf> Acessado em: 20/04/2018 PT.SLIDESHARE.NET. Bombas de deslocamento positivo Disponivel em: <https://pt.slideshare.net/sasr2013/bombas-deslocamento-positivo> Acessado em: 20/04/2018 SANTOS, Sergio Lopes. Laboratorio de maquinas hidraulicas. Disponivel em: <file:///C:/Users/user/Downloads/Exp02_Anauger%20(1).pdf> Acessado em: 20/04/2018 ENGBRASIL.ENG.BR. Mecanica dos fluidos: equacao da energia na presenca de uma maquina. Disponivel em: <http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula13.pdf> Acessado em: 20/04/2018
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