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1 - O que é o novo regionalismo e qual é sua importância para a integração Regional?
A partir do final dos anos 90, os países do Leste Asiático passaram a demonstrar maior interesse pela celebração de acordos comerciais, fenômeno chamado de “novo regionalismo asiático”. Suas características básicas são: 
1 ) A participação em negociações comerciais de países que antes não eram membros de áreas preferenciais de comércio; 
2) O fato de os países serem membros de mais de um acordo de comércio regional; 
3) o grande número de acordos inter-regionais; 
4) A característica bilateral de muitos desses novos acordos.
Identifica-se como as principais causas para o desenvolvimento de acordos comerciais na região: (i) a crise econômica asiática de 1997-1998; (ii) a perda de credibilidade de organismos regionais e do sistema multilateral de comércio; (iii) a ampliação dos blocos econômicos em outras regiões do mundo; e (iv) a competição entre os países da região asiática.
China, Japão e Coréia do Sul: principais atores do novo regionalismo asiático.
2- Descreva “ASEAN way” e seu papel nas RIs da Ásia.
Em 1976 os Estados membros da ASEAN começam a moldar a principal particularidade dessa organização que é a “ASEAN Way” e essa concepção de um regionalismo prático. O “ASEAN Way” surge como um conjunto de diretrizes de trabalho que estabelecem o procedimento pelo qual os conflitos seriam geridos pelas associações. O “ASEAN way” é um interessante passo para um modelo regional, e ao se colocar como uma série de “normas” informais é interessante como a ASEAN molda o regionalismo com uma nova base e com diferentes objetivos, sendo que os focos dos entendimentos da cooperação serão entre os chefes de governo participantes da instituição exclusivamente, não abrindo para o debate em outras instâncias. 
Além disso, um outro ponto em que o “ASEAN Way” se coloca como fundamental é o papel desse modelo no processo da construção de uma identidade comum do sudeste asiático, que com as lentes do regionalismo tenta forjar o ideal de uma cultura e pensamento político comum entre os membros. Goh (2003) mostra esse processo de construção de identidades como transcendente ao período da ASEAN, justamente pelo fato de os Estados da região nunca terem presenciado uma experiência histórica como a lei romana, que unia diversos povos sob o escopo das mesmas regras e o que acaba por fornecer bases históricas para relacionamentos menos formais e pautados exclusivamente aos olhos da lei. Assim, esse processo de uma “normatização sem normas” em que a formalidade dá espaço para um modelo bem menos rígido de regionalismo, é que coloca o “ASEAN Way” como uma relevante inovação na construção da cooperação no sudeste asiático e que vem sendo seguida constantemente como o método do regionalismo asiático e formação da identidade regional.
Com isso, podemos observar que o “ASEAN Way” enquanto método para a promoção dos relacionamentos regionais dificulta muito um aprofundamento e uma melhora na qualidade do regionalismo do sudeste asiático, mostrando que há uma necessidade de atualização dessas dinâmicas para uma melhor utilização da ASEAN. Os tempos os quais tais dinâmicas eram fundamentais e funcionavam de forma a potencializar as pretensões regionais terminaram, e o que se apresenta agora como necessário para resolver as dinâmicas que se abrem para esse novo século é um novo pensamento pautado nessas novas identidades e percepções para melhorar essas relações regionais.
3- Como a China Definiu a sua política para América Latina em Policy Paper (2008)?
Respeito, compreensão e apoio mútuos, cooperação econômica win-win, ligações entre povos e culturas, insistência no princípio “ uma China”
4- Cite e descreva dois obstáculos para a integração regional da Ásia do Sul.
A principal obstrução à integração e cooperação económica na Ásia do Sul prende-se com a problemática situação política entre a Índia e o Paquistão. A Índia pretende aplicar ao Paquistão o «modelo chinês», ou seja, de aceleração económica enquanto ferramenta de pacificação. Contudo, será difícil o Paquistão enveredar para uma integração económica saudável enquanto não houver uma resolução satisfató- ria para o contencioso relativo ao Caxemira. 
 Impedimentos económicos: a) a lógica de produção e exportação dos países da Ásia do Sul é mais competitiva que complementar; b) a sua integração no comércio mundial é marginal (um por cento das exportações mundiais, 1,3 por cento das importações mundiais); c) os níveis do comércio informal e do comércio formal são equiparáveis.

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