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Doenças Cardiovasculares 2016.2

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ENFERMIDADES 
CARDIOVASCULARES
Fortaleza - 2016
Profa. Ms. Priscila Paiva
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
Doença Cardiovascular (DCV) é a principal causa
de morte no mundo, perfazendo 30% das mortes
globais, taxa praticamente idêntica à encontrada no
Brasil. Mais de 80% das mortes por DCV no mundo
ocorrem em países de média e de baixa rendas.
Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40 
ETIOLOGIA DAS DOENÇAS 
CARDIOVASCULARES
As mudanças que vêm ocorrendo
nas sociedades dos países em desenvolvimento,
dentre eles o Brasil, acompanham-se de
modificações importantes no perfil de morbidade e
de mortalidade.
O Brasil, além de enfrentar o problema ainda
não resolvido das doenças infecciosas e
parasitárias, defronta-se com as doenças crônicas,
de alto custo social e mais difícil prevenção.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Dislipidemia
• Doença arterial coronariana –
processo aterosclerótico,
• Síndrome Metabólica
• Hipertensão arterial sistêmica,
• Angina pectoris,
• Infarto agudo do miocárdio
• insuficiência cardíaca
• ataque isquêmico transitório
• acidente vascular cerebral
Mortalidade Proporcional por grupos de causa
4,5
16,88
30,69
11,6
13,35
20,81
Doenças infecciosas e
parasitárias
Doenças neoplásicas
Doenças do aparelho
circulatório
Doenças do aparelho
respiratório
Causas externas
Demais causas
DATASUS/ Brasil, 2011
Taxa de mortalidade no Brasil por DCV
http://www.cardiol.br/dados/mortalidade.html
• O excesso de peso atinge mais da metade da população brasileira
adulta (52,5%), apesar de os níveis de obesidade estarem estáveis
(17,9%);
• prevalência de hipercolesterolemia, destacam-se altos índices
entre as mulheres (22,2%) e pessoas entre 55 e 64 anos (35,5%);
•aumento significativo de 18% nos níveis de atividade física entre os
brasileiros;
RESULTADOS DO VIGITEL 2014
VIGITEL/ Brasil, 2014
•a dieta dos brasileiros apresenta mais frutas e hortaliças,
principalmente entre as mulheres (42,5% de consumo regular)
• 15,6% e 18,8% das pessoas relataram consumir sal em excesso e
substituir o almoço e/ou jantar por lanches, respectivamente
RESULTADOS DO VIGITEL 2014
VIGITEL/ Brasil, 2014
RESULTADOS DO VIGITEL 2014
VIGITEL/ Brasil, 2014
Fator de risco para doenças crônicas, como hipertensão,
diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. As doenças
crônicas respondem por 72% dos óbitos no país
RESULTADOS DO VIGITEL 2014
VIGITEL/ Brasil, 2014
ESTADO NUTRICIONAL X 
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
IMC
• Índice de Massa Corporal (IMC) (kg/m2) – acima de 25,
que caracteriza o sobrepeso, está associado a maior risco
de desenvolvimento de doenças crônicas não-
transmissíveis, sendo este gradativo e contínuo.
OBESIDADE 
CENTRAL
• A obesidade central estava associada com a hipertensão
arterial, importante fator de risco das doenças
cardiovasculares.
• O excesso de gordura na região abdominal (adiposidade
central) pode ter maior capacidade preditiva que a
massa corporal total para o infarto do miocárdio e o
acidente vascular cerebral.
CIRCUNFERÊNCIA 
DA CINTURA (NCEP)
• CC> 88 cm nas 
mulheres e> 102 
cm nos homens.
CIRCUNFERÊNCIA 
DA CINTURA (IDF)
• > 80 cm nas 
mulheres e> 94 cm 
em homens
Razão 
Cintura/Quadril
• A RCQ elevada 
(>1,0 nos homens e 
>0,85 nas 
mulheres) tem sido 
utilizada como 
medida clínica para 
avaliar indivíduos 
com acúmulo de 
gordura abdominal
OBESIDADE ABDOMINAL COMO FATOR 
PREDITIVOS DE DOENÇAS 
CARDIOVACULARES
Fatores de risco para doença arterial 
coronariana
 Idade
 História familiar de DCV prematura
Tabagismo
 Hipertensão arterial
 Diabetes
 Obesidade
 Estresse
 Aumento dos níveis de colesterol total e LDL 
Homens > 45 anos
Mulheres > 55 anos
CUPPARI, 2014
PREVENÇÃO E 
MONITORAMENTO DAS DCV
Prevenir
hipercolesterolemia
Prevenir
hipertrigliceridemia
Prevenir
hipertensão arterial
Dieta 
equlibrada
Atividade física
DISLIPIDEMIAS
• São alterações nas concentrações de lipídios na
corrente sanguínea
• Podem causar distúrbios no fluxo sanguíneo
•Tem comprovada relação com o aparecimento de
doença arterial coronariana (DAC)
• Estudo com pessoas de idade média de 35 ± 10 anos:
38% dos homens e 42% das mulheres apresentam
CT>200mg/dL
• Triglicerídeos, fosfolipídios, ésteres de colesterol e
colesterol livre.
FISIOPATOLOGIA DAS 
DISLIPIDEMIAS
PERGUNTAS IMPORTANTES
• Qual o destino metabólico dos lipídios dietéticos?
• Como ocorre a circulação de lipídios na corrente
sanguínea?
• Quais os mecanismos para a formação do processo
aterogênico?
• Como as concentrações de lipídios séricos podem
contribuir para o surgimento das DCV?
LIPOPROTEÍNAS X DAC
LDL-c: fator de risco para DAC
HDL-c: fator de proteção
Lp: fator de risco independente
APO-B: fator de risco
APO-AI: fator de proteção
APOPROTEÍNAS
• Controlam as interações e o destino metabólico
das lipoproteínas
• Ativam enzimas lipolíticas – remoção dos lipídios
• Sítio reativo que os receptores celulares podem
reconhecer e usar no metabolismo das
lipoproteínas
• Defeitos genéticos em apoproteínas podem estar
envolvidos na hiperlipidemia e na aterosclerose
acelerada
• As lipoproteínas são sintetizadas no intestino
delgado e fígado
CARACTERIZAÇÃO DOS TIPOS DE 
DISLIPIDEMIAS
• Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dl); 
• Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TGs (≥ 150 mg/dl) que 
reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG, 
como VLDL, IDL e quilomícrons. 
• Hiperlipidemia mista: valores aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TG 
(≥ 150 mg/dl). Nesta situação, o colesterol não-HDL também poderá ser 
usado como indicador e meta terapêutica. 
•HDL-C baixo: redução do HDL-C (homens < 40 mg/ dl e mulheres < 50 
mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG. 
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
VALORES REFERENCIAIS DO PERFIL LIPÍDICO PARA
ADULTOS MAIORES DE 20 ANOS
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Abordagem Terapêutica no Paciente 
Dislipidêmico
Principais Fatores de risco: 
1. Tabagismo
2. HAS (PA> 140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos)
3. História familiar de DCV prematura (IAM ou morte
súbita) antes dos 55 anos para homem e 65 anos para
mulher, parente de 1° grau.
4. HDL-c < 40m/dL
5. Idade superior a 55 anos para homens e 65 anos para
mulheres.
JAMA 16; 285 (19): 2486-97, 2001
Abordagem Terapêutica no Paciente 
Dislipidêmico
 Avaliação pelo Escore Framingham
Arq. Bras.Cardiol - Volume 88, Suplemento I,2007
Estima o risco de homens e mulheres 
nos próximos 10 anos e separa
Indivíduos em três categorias
< 10%
10 a 20%
>20%
Idade Pontos
20-34 -9
35-39 -4
40-44 0 
45-49 3
50-54 6
55-59 8
60-64 10
65-69 11
70-74 12
75-79 13
HDL-colesterol
(mg/dL) 
Pontos
≥ 60 -1
50-59 0
40-49 1 
< 40 2
PA (sistólica, 
mm Hg)
não 
tratada
tratada 
< 120 0 0
120-129 0 1
130-139 1 2
140-159 1 2
≥ 160 2 3
Colesterol
Total, 
mg/dL
20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
< 160 0 0 0 0 0
160-199 4 3 2 1 0
200-239 7 5 3 1 0
240-279 9 6 4 2 1
≥ 280 11 8 5 3 1
Fumo 20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
Não 0 0 0 0 0
Sim 8 5 3 1 1
Escores de risco de Framingham (ERF) para cálculo do 
risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para homens
NCEP ATP III - NIH Publication No. 02-5215 Sep 2002
NCEP ATP III - NIH Publication No. 02-5215 Sep 2002
Idade Pontos
20-34 -735-39 -3
40-44 0 
45-49 3
50-54 6
55-59 8
60-64 10
65-69 12
70-74 14
75-79 16
PA (sistólica, 
mm Hg)
não 
tratada
tratada
< 120 0 0
120-129 1 3
130-139 2 4
140-159 3 5
≥ 160 4 6
Fumo 20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
Não 0 0 0 0 0
Sim 9 7 4 2 1
Colesterol
Total, 
mg/dL 
20-39 40-49 50-59 60-69 70-79
< 160 0 0 0 0 0
160-199 4 3 3 1 1
200-239 8 6 6 2 1
240-279 11 8 8 3 2
≥ 280 13 10 10 4 2
HDL-colesterol
(mg/dL) 
Pontos
≥ 60 -1
50-59 0
40-49 1 
< 40 2
Escores de risco de Framingham (ERF) para cálculo do 
risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para mulheres
Total de pontos
Homens
Risco absoluto 10 
anos (%)
<0 <1
0 1
1 1
2 1
3 1
4 1
5 2
6 2
7 3
8 4
9 5
10 6
11 8
12 10
13 12
14 16
15 20
16 25
≥17 ≥30
Total de pontos
Mulheres 
Risco absoluto 10 
anos (%)
<9 <1
9 1
10 1
11 1
12 1
13 2
14 2
15 3
16 4
17 5
18 6
19 8
20 11
21 14
22 17
23 22
24 27
≥ 25 ≥30
Escores de risco de Framingham (ERF) para cálculo do 
risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para homens
NCEP ATP III - NIH Publication No. 02-5215 Sep 2002
Como verificar o risco cardiovascular?
Homem, 58 anos, pressão sistólica não tratada de 135mmHg,
colesterol sérico de 280mg/dL, HDL de 35mg/dL e tabagista
Qual o risco deste paciente desenvolver doença cardiovascular com
iminência de infarto e óbito nos próximos 10 anos?
RISCO de 30 % 
Pontuação segundo Escores de risco de 
Framingham = 19 pontos!
PROTEÍNA C REATIVA DE ALTA SENSIBILIDADE
QUINTIL PCR
Resposta ao processo inflamatório e acima do quintil 3 é alto 
risco cardiovascular.
1 0,1 – 0,7 mg/L
2 0,7 – 1,1 mg/L
4 2,0 – 3,8 mg/L 
5 3,9 – 15,0 mg/L
3 1,2 – 1,9 mg/L
TRATAMENTO NUTRICIONAL NAS 
DISLIPIDEMIAS
OBJETIVOS DIETOTERÁPICOS NAS DISLIPIDEMIAS
• Reduzir valores de colesterol total, LDL-colesterol e
triglicérides aumentados
• Controlar fatores da dieta de risco cardiovascular e
doenças associadas
• Adequar o estado nutricional
• Promover educação alimentar
Recomendação nutricional para pacientes dislipidêmicos
Gordura total 20-35% das calorias totais
Ácidos graxos saturados ≤ 7% das calorias totais
Ácidos graxos poli-insaturados ≤ 10% das calorias totais
Ácidos graxos monoinsaturados ≤ 20% das calorias totais
Carboidratos 50-60% das calorias totais
Proteínas 15% das calorias totais
Colesterol ≤ 200 mg por dia
Fibras 20-30 g por dia
Calorias Ajustado ao peso desejável
Nutrientes Ingestão recomendada
DITEN, 2011
Recomendações dietéticas para o tratamento das 
hipercolesterolemias
IV DBD
2007
Recomendações dietéticas para o tratamento das
hipercolesterolemias
• Ácidos graxos polinsaturados:
 Promovem redução dos triglicérides plasmáticos pela diminuição
da síntese hepática de VLDL,
 Podem ainda exercer outros efeitos cardiovasculares, como
redução da viscosidade do sangue, maior relaxamento do endotélio
e também efeitos antiarrítmicos.
Arquivos Brasileitos de Cardiologia - Volume 88, Suplemento I, Abril 2007
ÔMEGA-6 
(ÁC. LINOLÉICO)
•Em grande quantidade,
possuem maior capacidade
de induzir estresse oxidativo
e inflamatório
• Fontes alimentares são os
óleos vegetais de soja, milho,
e girassol
• Ác. a- linolênico: essencial ao 
ser humano, presente nos 
vegetais
• EPA e DHA: peixes de água 
muito frias e profundas
• Reduzem níveis de TGL por 
inibir a síntese e secreção de 
VLDL
• São encontrados nos vegetais 
(soja, canola e linhaça) e em 
peixes de águas frias (cavala, 
sardinha, salmão, arenque).
ÔMEGA-3 
(ÁC. LINOLÊNICO)
METABOLISMO DO ω-3 e ω-6
 Ácido oléico (ômega-9): Suas principais fontes dietéticas são
o óleo de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate e
oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes, amêndoas)
 Redução do colesterol total e do LDL, efeito antitrombótico e
inibição da agregação plaquetária
 Dieta do mediterrâneo (azeite de oliva): redução de TGL
plasmáticos.
• Ácidos Graxos Monoinsaturados
Recomendações dietéticas para o tratamento das
hipercolesterolemias
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
• Ácidos Graxos Saturados
Para diminuir o consumo de ácidos graxos
saturados aconselha-se a redução da ingestão de
gordura animal (carnes gordurosas, leite e
derivados), de polpa e leite de coco e de alguns óleos
vegetais, como os de dendê.
•Ácidos Graxos Trans
 Principal fonte de ácidos graxos trans na dieta é a
gordura vegetal hidrogenada, utilizada no preparo de
sorvetes cremosos, chocolates, pães recheados,
molhos para salada, sobremesas cremosas, biscoitos
recheados, alimentos com consistência crocante
(nuggets, croissants, tortas), bolos industrializados,
margarinas duras e alguns alimentos produzidos em
redes de “fast-foods. A ingestão de gordura trans
deva ser menor que 1% das calorias totais da dieta”
Recomendações dietéticas para o tratamento das
hipercolesterolemias
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
• Fibras
A recomendação de ingestão de fibra alimentar
total para adultos é de 20 a 30 g/dia, 5 a 10g destas
devendo ser solúveis, como medida adicional para
a redução do colesterol
•Fitosteróis
 Os fitosteróis desempenham funções estruturais
análogas ao colesterol. A ingestão de 3 a 4 g/dia de
fitosteróis pode ser utilizada como adjuvante ao
tratamento hipolipemiante (redução de LDL).
Recomendações dietéticas para o tratamento das
hipercolesterolemias
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
• Proteína da soja
A ingestão de proteína da soja (25 gramas /dia) pode
reduzir o colesterol plasmático. As principais fontes de
soja na alimentação são: feijão de soja, óleo de soja,
queijo de soja (tofu), molho de soja (shoyo), farinha de
soja, leite de soja e o concentrado proteico da soja.
• Antioxidantes
 Os antioxidantes, dentre eles os flavonóides, presentes
na dieta podem inibir a oxidação das LDL, diminuindo sua
aterogenicidade e, conseqüentemente, o risco de doença
arterial coronária. Os flavonóides são antioxidantes
polifenólicos encontrados nos alimentos, principalmente
nas verduras, frutas (cereja, amora, uva, morango,
jabuticaba), grãos, sementes, castanhas, condimentos e
ervas e também em bebidas como vinho, suco de uva e
chá.
Recomendações dietéticas para o tratamento das
hipercolesterolemias
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
V DBD
2013
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Recomendações dietéticas para o tratamento
das hipercolesterolemias
V DBD
2013
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Recomendações dietéticas para o tratamento 
das hipercolesterolemias
Impacto de mudanças alimentares e de estilo de vida 
sobre a hipercolesterolemia (CT e LDL-C) 
V DBD
2013
Intervenção não medicamentosa Magnitude Nível de evidência 
Redução de peso + B 
Reduzir a ingestão de AG saturados +++ A 
Reduzir a ingestão de AG trans +++ A 
Ingestão de fitoesteróis +++ A 
Ingestão de fibras solúveis ++ A 
Ingestão de proteínas da soja + B 
Aumento da atividade física + A 
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Impacto de mudanças alimentares e de estilo de vida 
sobre a trigliceridemia 
V DBD
2013
Intervenção não medicamentosaMagnitude Nível de evidência 
Redução de peso +++ A 
Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas +++ A 
Reduzir a ingestão de açúcares simples +++ A 
Reduzir a ingestão de carboidratos ++ A 
Substituir os AGs sat por mono e poli . ++ B 
Aumento da atividade física ++ A
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Tratamento da Hipertrigliceridemia
Estratégias do tratamento
Dependem da causa e da severidade
 Limítrofes: 150-199mg/dL
 Redução Ponderal
 Atividade Física
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
Tratamento da Hipertrigliceridemia
200- 499 mg/dL (Alto Risco)
•Redução Ponderal
•Estimular Atividade Física
•Terapia Medicamentosa
> 500 mg/dL
•Prevenir o aparecimento de pancreatite aguda
•Consumo de gorduras <15% VCT
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
Tratamento da Hipertrigliceridemia
Na presença de resistência à insulina e
Intolerância à Glicose
Evitar o consumo de açúcares simples,
carboidratos refinados e gorduras
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007
ATEROSCLEROSE
Definição: doença inflamatória crônica de
origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão
endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de 
artérias de médio e grande calibre.
Ocorre principalmente em grandes artérias: aorta, 
pulmonar, carótidas e grandes vasos abdominais
ATEROS-
CLEROSE
Idade: Homens 
45 anos e 
Mulheres após 
a menopausa
Sexo: masculino 
> feminino
História familiar 
de evento 
prematuro: 
Homens antes dos 
55 anos e 
Mulheres antes 
dos 65 anos.
Tabagismo
Hipertensão 
arterial
Diabetes
Recomendações para prevenção da 
aterosclerose
• Reduzir a ingestão de colesterol e
AGS, deve-se restringir o consumo de
alimentos de origem animal (colesterol
e AGS) e de óleos de dendê e coco e
substituir por ácidos graxos insaturados
(cavala, sardinha, salmão (EPA e DHA)
e óleos de soja e canola).
• As principais fontes de gorduras trans
(margarinas duras, óleos e gorduras
hidrogenadas e gorduras industriais)
devem ser evitadas Ingestão de fibra
alimentar total para adultos é de 20 a
30 g/dia, sendo em torno de 25% (6g)
de fibra solúvel
DITEN, 2011
Recomendações para prevenção da 
aterosclerose
• A ingestão de 3 – 4 g/dia de fitosteróis promove a redução do LDL-
C em 10-15% e é opção para o tratamento da hipercolesterolemia
• Não há evidência de que a suplementação com antioxidantes
previna a doença coronária
• Pacientes com níveis muito elevados de TG e que apresentem
quilomicronemia, devem reduzir a ingestão de gordura total da
dieta.
• Na hipertrigliceridemia secundária à obesidade ou diabetes,
recomenda-se, respectivamente, dieta hipocalórica, restrição de
carboidratos e compensação do diabetes.
• Recomenda-se restrição total do consumo de álcool
DITEN, 2011
SÍNDROME METABÓLICA
SÍNDROME METABÓLICA
A Síndrome Metabólica é uma condição de risco para 
o desenvolvimento de doença aterosclerótica 
sistêmica, em especial a coronariana, e esta 
relacionada ao desenvolvimento do Diabetes tipo 2
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 2006:208-215
RISCO CARDIOMETABÓLICO
SÍNDROME METABÓLICA
 Pessoas com SM tem 3 vezes mais risco de terem um
ataque cardíaco, e o dobro da probabilidade de morrerem por
causa dele;
 Pessoas com SM possuem um risco 5 vezes maior de virem
a ter diabetes tipo 2;
 Até 80% dos 200 milhões de pessoas com diabetes no
mundo, morrerão de doença cardiovascular;
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 2006:208-215
RISCO CARDIOMETABÓLICO
Fisiopatologia da Síndrome Metabólica
Influências ambientaisInfluências genéticas
Resistência à insulina
• OBESIDADE
• TABAGISMO
• GORDURAS SATURADAS
• SEDENTARISMOHiperinsulinemia
Metabolismo 
de glicose
Metabolismo 
de Ác.úrico
Dislipidemia Hemodinâmica Hemostática
Intolerancia à 
glicose
Hiperuricemia
Gota
Urolitiase
Hiperatividade simpática
Retenção de Na
Hipertensão
PAI-1
Fibrinogênio
Doença coronariana
REAVEN, 1999; ECKEL et al., 2005
Hipertrigliceridemia 
Hipercolesterolemia
 HDL-c
 LDL densas
• ALTERAÇÕES RECEPTORES
• SINALIZAÇÃO (C-JUN)
• ENZIMAS METAB, CH
DISLIPIDEMIA ATEROGÊNICA E A
SÍNDROME METABÓLICA
• As causas podem ser, simultaneamente,
responsáveis por outros fatores de risco não-
lipídico (hipertensão, diabetes tipo 2, estado pró-
trombótico e pró-inflamatório)
• Resistência à insulina é uma anormalidade
subjacente responsável pela síndrome metabólica.
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22 
Fatores Metabólicos
O excesso de peso associado ao acúmulo de gordura na região 
central está associado a maior risco de doença aterosclerótica
Pressão arterial elevada;
Glicemia elevada
Arquivos Brasileitos de Cardiologia - Volume 88, Suplemento I, Abril 2007
triglicérides elevados, HDL-C baixo, partículas de LDL
pequenas e densas, hiperlipidemia pós prandial
Síndrome Metabólica
Tratamento Não-Medicamentoso da Síndrome Metabólica
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Suplemento I, Abril 2005
• Plano alimentar individualizado e redução de peso sustentável de 5% a 
10% de peso corporal inicial;
• Para obesos, a dieta deve ser hipocalórica, com uma redução de
500kcal a 1000kcal ou utilizar 20kcal a 25kcal/kg peso atual/dia
• Carboidratos 50% – 60% das calorias totais
• Proteína 0,8 g a 1,0 g/kg peso atual/dia ou 15%
• Gordura total 25% – 35% das calorias totais
• Ácidos graxos saturados (AGS) < 10% das calorias totais
• Ácidos graxos poliinsaturados (AGPI) Até 10% das calorias totais
• Ácidos graxos monoinsaturados (AGMI) Até 20% das calorias totais
• Colesterol < 300 mg/dia
• Fibras 20 g – 30 g/dia
Tratamento Não-Medicamentoso da Síndrome 
Metabólica
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Suplemento I, Abril 2005
• O plano alimentar deve prover a recomendação para o consumo
diário de duas a quatro porções de frutas, sendo pelo menos
uma rica em vitamina C (frutas cítricas) e de três a cinco
porções de hortaliças cruas e cozidas. Recomenda-se, sempre
que possível, dar preferência aos alimentos integrais;
• A adoção do modelo dietético DASH e da Dieta Mediterrânea;
• Além da implementação de um plano alimentar adequado e
realização de exercício físico, a inclusão de outros itens, tais
como, controle das situações estressantes, cessação do fumo e
controle na ingestão de bebida alcoólica.
Dietoterapia
na
Hipertensão
Arterial
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma 
condição clinica multifatorial caracterizada por 
níveis elevados e sustentados de pressão 
arterial (PA).
CONCEITUAÇÃO
Rev Bras Hipertens vol.17(1):7-10, 2010.
Associa-se freqüentemente a alterações
funcionais e/ou estruturais dos orgãos-alvo 
(coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) 
e a alterações metabólicas, com conseqüente 
aumento do risco de eventos cardiovasculares
fatais e não fatais
CONCEITUAÇÃO
Rev Bras Hipertens vol.17(1):7-10, 2010.
PRESSÃO NAS 24 horas
A pressão arterial (PA) varia em virtude da interação de 
fatores neuro-humorais, comportamentais e ambientais
ATIVIDADES PRESSÃO
SISTÓLICA
PRESSÃO 
DIASTÓLICA
Reuniões + 20,2 +15,0
Trabalho + 16,0 +13,0
Caminhar + 12,0 + 5,5
Vestir + 11,5 + 9,7
Tarefas domésticas + 10,7 + 6,7
Telefonar + 9,5 + 7,2
Conversar + 6,7 + 6,7
Assistir à TV + 0,3 + 1,1
Repouso 0 0
Dormir - 10,0 - 7,6
V Diretrizes Brasileiras de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e III Diretrizes 
Brasileiras de Monitorização Residencialda Pressão Arterial (MRPA), 2011
FISIOPATOLOGIA DAS 
HIPERTENSÃO
• Cefaléia
• Distúrbios visuais
• Sangramento nasal
• Zumbido
• Tontura
• Cansaço
• Palpitação
• Síncope
Quadro Clínico
• Idade
• Sexo e etnia
• Excesso de peso e obesidade 
• Ingestão de sal 
• Ingestão de álcool 
• Sedentarismo
• Fatores socioeconômicos 
• Genética
Fatores de risco para hipertensão arterial
CLASSIFICAÇÃO DA PA (> 18 ANOS)
TRATAMENTO DA 
HIPERTENSÃO
OBJETIVO
Diminuir a morbidade e a mortalidade 
cardiovasculares, por meio de 
modificações do estilo de vida que 
favoreçam a redução da pressão arterial
INDICAÇÕES
- Indivíduos hipertensos
- Indivíduos normotensos mas 
de alto risco cardiovascular
MEDICAMENTOSO
Para o manejo de indivíduos com comportamento limítrofe da PA, recomenda-se 
considerar o tratamento medicamentoso apenas em condições de risco cardiovascular 
global alto ou muito alto.
NÃO - MEDICAMENTOSO
As mudanças no estilo de vida são recomendadas na prevenção primária da HAS,
notadamente nos indivíduos com PA limítrofe, reduzem a PA, bem como a mortalidade
cardiovascular.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
MEDICAMENTOSO NÃO - MEDICAMENTOSO
DIRETRIZES DO TRATAMENTO
NÃO MEDICAMENTOSO
I
O tratamento não 
medicamentoso (TNM) 
da HA envolve controle 
ponderal, medidas 
nutricionais, prática de 
atividades físicas, 
cessação do 
tabagismo, controle de 
estresse, entre outros. 
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
MODIFICAÇÕES NO ESTILO DE VIDA NO 
CONTROLE DA PA
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Peso corporal 
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
• O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da
PA tanto em adultos quanto em crianças;
• A relação entre sobrepeso e alteração da PA já pode ser observada
a partir dos 8 anos;
• O aumento da gordura visceral também é considerado um fator de
risco para HA;
Reduções• de peso e de CA correlacionam-se com reduções da PA
e melhora metabólica.
Aspectos nutricionais
DIETA DASH
• O padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop
Hypertension é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e
contém quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e
saturada. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA
DIETA 
MEDITER-
RÂNEA
• A dieta do Mediterrâneo também é rica em frutas, hortaliças e
cerais integrais. Apesar da limitação de estudos, a adoção dessa
dieta parece ter efeito hipotensor.
DIETA 
VEGETA-
RIANA
As dietas vegetarianas preconizam o consumo de alimentos de •
origem vegetal. Essas dietas têm sido associadas com valores 
mais baixos de PA
Enfatiza o consumo de:
 frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de
gordura;
inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e
frutas oleaginosas;
preconiza a redução da ingestão de carne vermelha,
doces e bebidas com açúcar.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
DIETA MEDITERRÂNEA
• É rica em frutas, hortaliças e
cerais integrais, porém possui
quantidades generosas de
azeite de oliva (fonte de
gorduras monoinsaturadas) e
inclui o consumo de peixes e
oleaginosas, além da ingestão
moderada de vinho
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Redução do consumo de sódio 
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
• O aumento do consumo de sódio está relacionado com o
aumento da PA;
• Alguns estudos sugerem que o consumo muito baixo eleva o
risco de DCV, enquanto outros sustentam que a diminuição de
sódio diminui o risco CV
• O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à
diminuição da PA.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Ácidos graxos insaturados 
Os• ácidos graxos ômega-3 provenientes dos óleos de peixe
(eicosapentaenoico – EPA e docosaexaenoico - DHA) estão
associados com redução modesta da PA
• a ingestão ≥ 2g/dia de EPA+DHA reduz a PA e que doses menores
(1 a 2 g/dia) reduzem apenas a PAS;
• O consumo de ácidos graxos monoinsaturados também tem sido
associado à redução da PA.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Fibras 
A ingestão de fibras promove discreta diminuição da PA, destacando-
se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada.
As fibras solúveis são representadas pelo farelo de aveia, pectina
(frutas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão-de-
bico, lentilha e ervilha), e as insolúveis pela celulose (trigo),
hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças).
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Oleaginosas 
• O consumo de oleaginosas auxilia no controle de
vários FRCV, mas poucos estudos relacionam esse
consumo com a diminuição da PA.
• O consumo de diferentes tipos de castanha pode
diminuir a PA
Laticínios e vitamina D 
• A ingestão de laticínios, em especial os com
baixo teor de gordura, reduz a PA (Ca, K,
peptídeos bioativos);
• Níveis séricos baixos de vitamina D se
associaram com maior incidência de HA.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Alho 
Café e chá verde 
Chocolate amargo
Diminuiç• ão da PA tem sido relatada com a suplementação
de várias formas do alho;
• O alho possui inúmeros componentes bioativos, como a
alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína
(encontrada no alho processado).
• O café, apesar de rico em cafeína, substância com efeito
pressor agudo, possui polifenóis que podem favorecer a
redução da PA;
Recomenda• -se que o consumo não exceda quantidades
baixas a moderadas
• O chá verde, além de ser rico em polifenóis, em especial as
catequinas, possui cafeína. Recomenda-se o consumo em
doses baixas
• O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover
discreta redução da PA, devido às altas concentrações de
polifenóis.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
• O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo
excessivo associa-se com aumento na incidência de HA;
Estima• -se que um aumento de 10 g/dia na ingestão de álcool eleve a PA
em 1 mmHg
Álcool
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
• A inatividade física tem sido considerada “o maior problema de saúde
pública”;
• A prática regular de atividade física pode ser benéfica tanto na prevenção
quanto no tratamento da HA.
No• tratamento da HA, benefícios adicionais podem ser obtidos com
exercícios físicos estruturados, caracterizando um treinamento
individualizado.
Atividade física/exercício físico 
Para todos os hipertensos - Recomendação
populacional – Prática de atividade física Fazer, no
mínimo, 30 min/dia de atividade física moderada, de
forma contínua (1 x 30 min) ou acumulada (2 x 15 min
ou 3 x 10 min) em 5 a 7 dias da semana.
• O hábito de fumar é apontado como fator
negativo no controle de hipertensos;
No• entanto, não há evidências que a cessação
do tabagismo reduza a PA.
Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
Cessação do tabagismo
Respiração lenta
A respiração lenta ou guiada requer a redução da frequência respiratória para
menos de 6 a 10 respirações/ minuto durante 15-20 minutos/dia para
promover redução na PA casual.
Controle do estresse 
Estudos apontam a importância das psicoterapias
comportamentais e das práticas de técnicas de meditação,
biofeedback e relaxamento no tratamento da HA.
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR HAS 
Manutenção• do peso ideal
Prática• regular de atividade física
• Redução da ingestão de sal e aumento da de
potássio
Evitar• a ingestão de bebidas alcoólicas
Seguir• dieta saudável que deve conter baixo teor de
gordura, principalmente saturadas, baixo teor de
colesterol, elevado teor de potássio e baixo teor de
sódio
• O valor calórico total deveser ajustado para obtenção
e manutenção do peso ideal.
DITEN, 2011
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR HAS 
DITEN, 2011
Recomendações dietéticas
Preferir
Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados.
Temperos naturais: limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha.
Verduras, legumes, frutas, grãos e fibras.
Peixes e aves preparadas sem pele.
Produtos lácteos desnatados.
Limitar
Sal.
Álcool.
Gema de ovo: no máximo três/semana.
Crustáceos.
Margarinas, dando preferência às cremosas, alvarinas e ricas em fitosterol.
Evitar
Açúcares e doces.
Frituras. Derivados de leite na forma integral, com gordura.
Carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras.
Alimentos processados e industrializados: embutidos, conservas, enlatados, 
defumados e salgados
de pacote.
INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO
Caracteriza-se pela morte de células de uma região do
músculo cardíaco por causa da ausência ou insuficiência
da irrigação sanguínea. Normalmente é causado pela
oclusão de uma artéria coronária em razão da formação
de um trombo, mas também pode ocorrer devido a um
espasmo coronário (como no abuso de cocaína) ou de
embolia coronária (rara), porém são menos freqüentes.
INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO
FISIOPATOLOGIA
• É a principal causa de morte nos países
industrializados.
• A principal causa do IAM é a limitação do fluxo
coronário, que leva à necrose do músculo cardíaco.
• Placa aterosclerótica deposição de colágeno
adesão e agregação plaquetária com ativação da
cascata de coagulação formação do trombo.
• Processo aterosclerótico causa estreitamento da luz
coronária, reduzindo fluxo cardíaco para miocárdio =
Infarto Agudo do Miocárdio
Herança 
genética
Idade > 45 
anos 
homens e > 
55 anos 
mulheres
Obesidade
HAS
DM
Dislipidemias
Sexo 
masculino
Estresse
FATORES DE RISCO PARA IAM
SINTOMAS
• O sintoma mais freqüente é a angina (dor no peito),
que pode se irradiar para o pescoço, a mandíbula, os
membros superiores e o dorso
• Sudorese, náusea, vômito, palidez, taquicardia
• Elevação de enzimas (creatinofosfoquinase, troponina)
COMPLICAÇÕES
• Arritmias
PREVENÇÃO
• Dieta
• Exercício
• Controle da pressão arterial
• Redução do estresse
• Evitar o fumo
INFARTO DO MIOCÁRDIO
TRATAMENTO
O tratamento inicial inclui a utilização de analgésicos,
oxigenoterapia, e fluídos intravenosos .
Drogas utilizadas: antiarrítmicos, diuréticos e beta-
bloqueadores
TRATAMENTO DIETÉTICO
• Todo o cuidado é direcionado para proporcionar o
descanso cardíaco.
• A dieta é modificada no valor energético, na textura e no
conteúdo de gordura e sódio.
DIETOTERAPIA NO INFARTO DO MIOCÁRDIO
•Energia: É aconselhável pequeno período de
subnutrição. Se o paciente é obeso, a dieta deve
promover a perda de peso.
Cálculo pela fórmula de Harris Benedict ou oferta de 20
a 30kcal/kg/dia
• Fracionamento de 4 a 6 refeições dias em pequenos
volumes
• Textura: Preferir alimentos macios (líquidos-pastosos)
e de fácil digestão
• Evitar temperaturas extremas (quente - frio)
• Fibras para melhorar funcionamento intestinal
• Verificar necessidade de suplementos orais
• Lipídeos: Controlar a quantidade e espécie de gordura
• Hipossódica (cuidado com o teor de sódio nos
medicamentos)
• Cuidado com os diuréticos – Hipocalemia (estimular
consumo de frutas e hortaliças ricas em potássio).
• Evitar café, chá, cacau, chocolate, bebida a base de
cola, bem como bebida alcoólica.
DIETOTERAPIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• Prevenção do Tabagismo, HAS, DM e
Dislipidemia
• Controle da Obesidade
• A dieta recomendada para prevenção pós- IAM é
da AHA com restrição calórica de acordo com o
IMC, ajustada para perda de peso de 10% em 6
meses.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo 
do Miocárdio,2009
• IMC entre 25 e 27, reduzir 500 a 1000kcal.
• IMC mais elevado: reduzir 1000 a 1500kcal
• Pode ser utilizada fórmula de redução de peso pela DRI
(ver no fim da aula)
• Síndrome metabólica: controle da dislipidemia aterogênica,
HC a 50%, lipídios a 35% com ênfase em gordura
monoinsaturada e redução da saturada a < 7% do VET
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2004
IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo 
do Miocárdio,2009
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
É o estado no qual o coração perde a capacidade
de bombear a quantidade de sangue suficiente
para suprir as necessidades metabólicas do
momento.
CAUSAS:
• Subjacentes
Congênita ou adquirida
Valvar ou coronária
Pericárdica ou miocárdica
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
A IC crônica tem sido classicamente categorizada com base
na intensidade de sintomas em 4 classes:
Classe I - ausência de sintomas (dispneia) durante
atividades cotidianas. A limitação para esforços é
semelhante à esperada em indivíduos normais;
Classe II - sintomas desencadeados por atividades
cotidianas;
Classe III - sintomas desencadeados em atividades
menos intensas que as cotidianas ou pequenos esforços;
Classe IV - sintomas em repouso.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Insuficiência cardíaca X Desnutrição
• Por anorexia
• Por hipermetabolismo
• Por má absorção
• Por maior perda de nutrientes
Débito Cardíaco
Fluxo sangüíneo para o rim
Reabsorção tubular de sódio e água
EDEMA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Insuficiência cardíaca X Desnutrição
• Os músculos vão se consumindo, mas o peso é mascarado
pelo edema.
• Há redução plasmática de albumina, hemoglobina, folatos,
tiamina, potássio, cálcio e magnésio.
• A falta de apetite pode indicar uma via alternativa de
alimentação.
• Perda ponderal progressiva levando à CAQUEXIA
CARDÍACA com déficit de peso até 20%.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Insuficiência cardíaca X Desnutrição
• Pacientes com ICC podem ter aumentado gasto energético
calórico, especialmente aqueles com caquexia cardíaca, que
ocorre em até 15% dos doentes com insuficiência cardíaca.
• A caquexia cardíaca pode ser sugerida quando perda de 6% do
peso magro (ausência de edema) em seis meses. Colesterol total
diminuído pode marcar o paciente com ICC que cursa com
desnutrição moderada
DITEN, 2011
OBJETIVOS NUTRICIONAIS
Insuficiência Cardíaca Congestiva
• Manutenção do peso seco adequado e tratamento das
condições pre-existentes (dislipidemia, DM, HAS, etc);
• Correção da obesidade ou recuperação do peso magro;
• Na caquexia cardíaca: uso de suplementos (BCAA, arginina,
creatina, antioxidantes);
• Restrição de sal;
Na• presença de anorexia: TNE oral ou por sonda
DITEN, 2011DITEN, 2011
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Energia - 28kcal/kg de peso para pacientes com estado nutricional
adequado e 32kcal/kg de peso para pacientes nutricionalmente
depletados, considera-se o peso do paciente sem edemas;
• Proteína - 15 a 20% do valor calórico total da dieta;
• Carboidratos - 50 a 55% da ingestão energética, priorizando os
carboidratos integrais;
Gordura• - 30 a 35%, com ênfase às gorduras mono e polinssaturadas;
• Sódio - De 2 a 3g/dia, principalmente nos estágios mais avançados da
doença e na ausência de hiponatremia ou na dificuldade para
alimentação com baixo teor de sódio.
Arq Bras Cardiol 2009; 93(1 supl.1): 1-71
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Álcool - Há a necessidade de completa abstinência, entretanto,
quantidades limitadas diárias (20- 30ml de álcool em vinho tinto) em
pacientes estáveis, classes I-II, poderiam ser de benefício na presença de
doença coronariana;
• Suplementação nutricional - nos pacientes com suporte calórico
inadequado;• Restrição hídrica - Em média a ingestão de líquidos sugerida é de 1.000
a 1.500 ml em pacientes sintomáticos com risco de hipervolemia;
• Monitoramento do peso corporal - O paciente deverá ser instruído a
verificar diariamente o seu peso (perdas e ganhos).
Arq Bras Cardiol 2009; 93(1 supl.1): 1-71
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC
Acidente vascular cerebral é o
resultado da interrupção ou
diminuição do transporte de
sangue ao cérebro em
consequência da obstrução de
um vaso. A ausência de
irrigação impede a oxigenação
e nutrição das células
provocando morte celular e
danos às funções
neurológicas.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC
TIPOS DE AVC’s:
Acidente• vascular cerebral isquêmico - Ocorre devido à formação de
um trombo que bloqueia ou diminui a passagem de sangue. Cerca de
80% dos AVCs são causados por isquemia.
Acidente• vascular cerebral hemorrágico – Ocorre quando há ruptura
de um vaso sanguíneo.
SINTOMAS:•
Os sinais mais comuns são déficit sensitivo, alterações na coordenação
motora, dificuldade para focar a visão, para deglutir, paralisia facial,
distúrbios da fala e outros.
DIETOTERAPIA NO AVC
Tratamento• inicial: jejum com hidratação intravenosa
Pode• ser necessário a utilização de sonda (recomendado a
gastrostomia ou jejunostomia)
Progredir• da dieta zero para líquidos (com espessantes) pastosa a
branda lentamente (usar colher em vez de garfo)
Se• disfagia, evita alimentos que possam causar engasgos
Umedecer• alimentos com líquidos em caso de problemas com a
produção de saliva
Limitar• a ingestão de gorduras saturadas, trans e colesterol
Preferir• alimentos desnatados, pobre em gordura e em sódio
Aumentar• a ingestão de fibras e líquidos
Necessidades• calóricas podem variar de 25 a 45kcal/dia e proteínas de
1,2 a 1,5g/kg/dia
Escott-Stump, 2007 
Diretriz Prevenção Cardiovascular (2013) 
Resumo das recomendações para obesidade e sobrepeso na prevenção 
primária da doença cardiovascular. 
Três• refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches
saudáveis por dia
Ficar• atento aos rótulos dos alimentos e escolher aqueles com
menores quantidades de gorduras trans
Evitar• refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e
recheados, sobremesas doces e outras guloseimas
Dar• preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições
Fazer• pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias
Aqueles• com tendência a obesidade ou com perfil familiar, devem
fazer 45-60 minutos de atividade física de intensidade moderada por
dia; os que foram obesos e perderam peso devem fazer 60-90 minutos
para evitar recuperar o peso
Evitar• o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(6Supl.2): 1-63 
I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e 
Saúde Cardiovascular (2013) 
I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde 
Cardiovascular (2013) 
I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde 
Cardiovascular (2013) 
FIM!

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