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RESUMO PARA PROVA DE SAÚDE COLETIVA

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RESUMO PARA PROVA DE SAÚDE COLETIVA
Saúde Coletiva é uma expressão que designa um campo de saber e de práticas referido à saúde como fenômeno social e, portanto, de interesse público.
Atenção a Saúde Coletiva: “É um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do sistema de saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de agravos tratamento e reabilitação, centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, levando em consideração o contexto histórico /estrutural da sociedade”.
O Sistema Único de Saúde - SUS- foi criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080/90 com o objetivo de alterar a circunstância de disparidade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatória a assistência de saúde, sem ônus a qualquer cidadão, não sendo permitida qualquer cobrança de dinheiro sob qualquer pretexto. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
O que é SUS?
Pode ser entendida, em primeiro lugar, como uma “Política de Estado”, materialização de uma decisão adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada Constituição cidadã, de considerar a Saúde como um “Direito de Cidadania e um dever do Estado”. É uma nova formulação política organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecidas pela Constituição de 1988. 
São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
 I - identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
 II - formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; 
III - assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Princípios do SUS
Universalidade: atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo a todo atenção necessária, sem qualquer custo;
Integralidade: oferecer a atenção necessária á saúde da população , promovendo ações contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e a comunidade, em quaisquer níveis de complexidade; 
Equidade: disponibilizar os recursos e serviços com justiça, de acordo com as necessidades de cada um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam;
Participação Social: é um direito e dever da sociedade participar das gestões públicas em particular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS;
Descentralização: é o processo de transferência de responsabilidade de gestão para os municípios, atendendo as determinações constitucionais e legais que embasam o SUS, definidor de atribuições comuns e competências especificas á União, aso estados, ao Distrito Federal e aos municípios.
Hierarquização: entendia como um conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema referência e contra- referência.
Os objetivos e as atribuições do SUS
• identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
• formular as políticas de saúde;
• fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
• executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica;
• executar ações visando a saúde do trabalhador;
• participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 
• participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde;
• realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar;
• participar das ações direcionadas ao meio ambiente;
• formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
• controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
• fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
• participação no controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
• incremento do desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde;
• formulação e execução da política de sangue e de seus derivados:
Antes de 1988
O sistema público de saúde atendia a quem contribuía para a Previdência Social. Quem não tinha dinheiro dependia da caridade e da filantropia. Centralizado e de responsabilidade federal, sem a participação dos usuários. Assistência médico-hospitalar. Saúde é ausência de doenças. 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares.
HOJE
O sistema público de saúde é para todos, sem discriminação. Desde a gestação, e por toda a vida, a atenção integral à saúde é um direito. Descentralizado, municipalizado e participativo, com 100 mil conselheiros de saúde. Promoção, proteção, recuperação e reabilitação. Saúde é qualidade de vida. 152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único acesso aos serviços de saúde.
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
- LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde {SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
LEIS ORGÂNICAS DOS SUS
As Leis Orgânicas da Saúde 8080/90 e 8142/90 foram criadas com o objetivo de fornecer a população o atendimento a saúde de qualidade, tornando-a obrigatória a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sobre qualquer pretexto.
A elaboração de leis que garantem a participação popular trouxe maior legitimidade e autonomia para aqueles que participassem do processo de saúde.
Lei Federal 8080/90
Lei aprovada em 19 de setembro de 1990 pelo Presidente Fernando Collor
Institui o Sistema Único de Saúde;
Define a organização, a direção e a gestão do SUS;
Competências e as atribuições das três esferas de governo;
Participação complementar dos serviços privados de assistência à saúde;
Recursos financeiros, gestão financeira, planejamento e orçamento.
Art. 5º → “Dos objetivos do SUS:
A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social;
“A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.”
Art. 6º → “Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS:
“A execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral.”
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: 
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelousuário; 
VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; 
UNIVERSALIDADE
Reconhecimento da saúde como um direito fundamental do ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade.
Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se interpõem entre a população e os serviços.
EQUIDADE
Diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas.
Em saúde, especificamente, as desigualdades sociais se apresentam como desigualdades diante do adoecer e do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de redução dessas desigualdades, de modo a garantir condições de vida e saúde mais iguais para todos. 
INTEGRALIDADE
Considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações de:
Promoção da saúde;
Prevenção/Proteção de riscos e agravos;
Recuperação/Tratamento a doentes.
DESCENTRALIZAÇÃO
Implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal (MS) para os estados (SES) e municípios (SMS). Esta transferência ocorre a partir da redefinição das funções e responsabilidades de cada nível de governo com relação à condução político-administrativa do sistema de saúde em seu respectivo território (nacional, estadual, municipal), coma transferência, concomitante, de recursos financeiros, humanos e materiais para o controle das instâncias governamentais correspondentes.
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas).
Regionalização: constituição de regiões de saúde considerando as características semelhantes, e também considerando a rede de atenção à saúde, características populacionais, situação de saúde, indicadores e outros fatores objetivando a melhor gestão do sistema e favorecendo ações mais localizadas para minimizar os problemas da comunidade.
Hierarquização: estabelece a organização da rede de atenção à saúde em serviços de níveis de complexidade: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária de saúde.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
	Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde. Além do dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.
Competência da União:
Coordenar ações de vigilância epidemiológica, sanitária, alimentação e nutrição;
Formular políticas sanitárias e de meio ambiente;
Elaborar o planejamento estratégico nacional e coordenar a avaliação financeira em cooperação com estados, municípios e Distrito Federal;
Competência do Estado:
Promover a descentralização para os municípios por meio da organização de uma rede regionalizada e hierarquizada;
Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios;
Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;
Divulgar os indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da UF.
Competência do município:
Gerir, planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde;
Executar serviços de vigilância epidemiológica, sanitária, alimentação e nutrição;
Formar consórcios administrativos intermunicipais;
Celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde
LEI FEDERAL 8142/90
Lei aprovada em 28 de dezembro de 1990, pelo presidente Fernando Collor
Cria as seguintes instâncias colegiadas:
Conferência de Saúde que reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes;
Conselho de Saúde composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
	Cada esfera de governo deve contar com instâncias colegiadas com participação da comunidade: 
Conselho de Saúde é o órgão que vai fiscalizar a implementação e utilização dos recursos de forma geral;
Conferências de Saúde é responsável pela formulação de novas propostas para o Sistema Único de Saúde, que acontece a cada 4 anos. 
	Essa lei também trata a questão do financiamento do Sistema Único de Saúde. Diz respeito à transferência regular e automática de recursos do Governo Federal para Estados e Municípios e Distrito Federal.
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:
	I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
	II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
	III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;
	IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
	Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
Niveis de Prevenção
O conceito de prevenção definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença” (Leavell & Clarck, 1976:17). A prevenção apresenta-se em três fases: primária secundária e terciária. A prevenção primária é a realizada no período de pré-patogênese. O conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária, definido como “medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima” . Um segundo nível da prevenção primária seria a proteção específica “contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente”.
A fase da prevenção secundária também apresenta-se em dois níveis: o primeiro, diagnóstico e tratamento precoce e o segundo, limitação da invalidez. Por fim, a prevenção terciária que diz respeito a ações de reabilitação(Leavell & Clarck, 1976).
A Prevenção Primária, pode ser dividida em: promoção da saúde e proteção específica, segundo Leavell & Clarck (1976).
Promoção da Saúde:
Educação sanitária;
Bom padrão de nutrição, ajustado às várias fases de desenvolvimento da vida;
Atenção ao desenvolvimento da personalidade;
Moradia adequada, recreação e condições agradáveis de trabalho;
Aconselhamento matrimonial e educação sexual e genética;
Exames seletivos periódicos.
Proteção Específica:
Uso de imunizações específicas;
Atenção à higiene pessoal;
Hábito de saneamento do ambiente;
Proteção contra riscos ocupacionais;
Proteção contra acidentes;
Uso de alimentos específicos;
Proteção contra substâncias carcinogênicas;
Evitação contra alérgenos.
No que tange a Prevenção Secundária, esta pode ser dividida da seguinte forma:
Diagnóstico e tratamento precoce:
Medidas individuais e coletivas para descoberta de casos;
Pesquisa de triagem e exames seletivos, a fim de curar e evitar o processo de doença;
Evitar a propagação de doenças contagiosas;
Evitar complicações e sequelas;
Encurtar o período de invalidez. 
Limitação da Invalidez:
Instituir tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e sequelas;
Provisão de meios para limitar a invalidez e evitar a morte.
No que se refere à Prevenção Terciária, é importante dizer que envolve a reabilitação, sob os seguintes aspectos:
Prestação de serviços hospitalares e comunitários para reeducação e treinamento, a fim de possibilitar a utilização máxima das capacidades restantes;
Educação do público e indústria, no sentido de que empreguem o reabilitado;
Emprego tão completo quanto possível;
Colocação seletiva;
Terapia ocupacional em hospitais;
Utilização de asilos.
A Prevenção Quaternária visa “evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico” associado a atos médicos desnecessários ou injustificados; por outro lado, pretende-se capacitar os pacientes, ao fornecer- lhes a informação necessária e suficiente para poderem tomar decisões autônomas, sem falsas expectativas, conhecendo as vantagens e os inconvenientes dos métodos diagnósticos ou terapêuticos propostos (Gérvas e Férnandez, 2003).
Este nível mais elevado de prevenção em saúde consiste na «detecção de indivíduos em risco de sobretratamento (overmedicalisation) para os proteger de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir- -lhes alternativas eticamente aceitáveis» (Jamoulle, 2000).
VISITA DOMICILIAR
De acordo com a RESOLUÇÃO COFEN Nº 0464/2014
Art. 1º Entende-se por atenção domiciliar de enfermagem as ações desenvolvidas no domicílio da pessoa, que visem à promoção de sua saúde, à prevenção de agravos e tratamento de doenças, bem como à sua reabilitação e nos cuidados paliativos.
§1º A Atenção Domiciliar compreende as seguintes modalidades:
I – Atendimento Domiciliar: compreende todas as ações, sejam elas educativas ou assistências, desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem no domicilio, direcionadas ao paciente e seus familiares.
II – Internação Domiciliar : é a prestação de cuidados sistematizados de forma integral e contínuo e até mesmo ininterrupto, no domicilio, com oferta de tecnologia e de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos, para pacientes que demandam assistência semelhante à oferecida em ambiente hospitalar.
III – Visita Domiciliar: considera um contato pontual da equipe de enfermagem para avaliação das demandas exigidas pelo usuário e/ou familiar, bem como o ambiente onde vivem, visando estabelecer um plano assistencial, programado com objetivo definido.
A atenção às famílias e a comunidade é o objetivo central da visita domiciliar. 
A família e comunidade são entidades influenciadoras no processo de adoecer dos indivíduos, os quais são regidos por suas relações nos contextos em que estão inseridos. 
Compreender o contexto da vida dos usuários e suas relações familiares impacta nas formas de atuação dos profissionais de saúde.
Isto irá permitir um planejamento terapêutico adequado, integral, pois considera o modo de vida e os recursos de que as famílias dispõem.
Conceito
A visita domiciliar é uma “forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo, à família ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos diversos recursos sociais locais, visando a maior equidade da assistência em saúde” (Ceccim e Machado, s/d, p.1)
A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que acontecem no domicílio da família (Mattos, 1995).
A visita domiciliar “é vital para a educação em saúde” (Tyllmann e Perez, 1998, p. 2).
Objetivos
Conhecer o ambiente familiar 
Prestação de cuidados no domicílio. 
Orientação e educação.
Supervisão dos cuidados delegados à família.
Orientações à família, quando o serviço de saúde não for o mais indicado. 
Coleta de informações sobre as condições socioeconômica da família
Vantagens
Proporcionar o conhecimento sobre o indivíduo para possibilitar a prestação da assistência integral ao paciente; 
Visualização do contexto familiar (habitação, higienização etc); 
Melhor relacionamento profissional-paciente-família;
Melhor relacionamento do grupo familiar com o profissional de saúde, por ser sigiloso e menos formal;
Maior liberdade para expor os mais variados problemas, tendo-se um tempo maior do que nas dependências do serviço de saúde. 
Metodologia
Coleta de dados: o profissional deverá obter dados sobre a família e ou seus membros (prontuários e/ou profissionais)
Plano de visita: o visitador deverá ter um roteiro que inclua os dados essenciais para execução da visita;
Preparo do material: de acordo com o objetivo da visita (educativa ou de tratamento)
Abordagem: inclui apresentação à família, com identificação do nome e função do profissional, além da explicação dos objetivos da visita. A abordagem deve ser informal e agradável.
Ao final da visita o profissional deverá fazer um resumo das principais orientações e esclarecimento de dúvidas
Ao se despedir da família, o visitador deve deixar bem claro que procurará atender em outras ocasiões, sempre que puder ou for solicitado.
Princípios para Execução
Deixar que as pessoas exponham seus problemas mesmo que de natureza diferente dos planejados
Respeitar e manter a neutralidade a cerca de opiniões, comportamentos, religião, cultura, costumes e experiências da família. 
Caso seja prejudicial à saúde, o visitador deverá sutilmente explicar cientificamente os malefícios que poderão ocorrer.
Promover orientações objetivando o autocuidado: o profissional deverá evitar tomar decisões por eles e orientá-los a utilização de recursos da própria família e da comunidade.
Utilizar de vocabulário adequado e dosar as informações a serem transmitidas
A visita deve ser encarada de forma profissional e não social
Registro
O registro de dados da visita visa fornecer e orientar a continuação do trabalho;
Deve ser registrado apenas as informações objetivas descrevendo a situação ou fato como foi apresentado ou aconteceu durante a visita;
Devem ser evitadas anotações julgamento feito pelo visitador
Caso seja necessário, colocar entre aspas as falas dos familiares;
O registro deve ser claro, com letra legível e sem abreviações particulares
Deve mostrar continuidade a relatórios anteriores para que sirva de instrumento de avaliação do trabalho realizado
Deve ser resumido e ter sequência lógica para facilitar leitura e compreensão;
Deve-se evitar a descrição dos fatos na sequência em que ocorreu: seguir um roteiro para registro;
Deve-se evitar fazer anotações durante a visita, se necessário explicar o porquê das anotações.;
Roteiro
Nome do usuário e nº do registro;
Motivo básico da visita;
Endereço com referência;
Identificação e características dos membros da família;
Para cada membro deverá constar: nome, idade, sexo, estado civil, escolaridade,principais ocorrências de saúde e respectivos tratamentos, resultados e exames;
Objetivos e/ou atividades a serem desenvolvidos.
Planejamento
1º) Estabelecer critérios epidemiológicos e populacionais. 
2º) Seleção das pessoas, famílias ou micro áreas que serão visitadas (observando as prioridades). 
3º) Planejamento específico: definido o objetivo da visita, deve-se analisar as informações referentes ao sujeito da VD no serviço de saúde. 
4º) Execução: início, desenvolvimento e encerramento.
 5º) Registro: em prontuário. 
6º) Avaliação: do profissional que realizou a VD.
 7º) Discussão: em reunião com a equipe, referente aos problemas encontrados pelo visitador.

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