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P R O C E S S O S G R U P A I S P R O F . D R . V I L S O N C A R V A L H O TEORIA DOS GRUPOS OPERATIVOS P I C H Ó N R I V I È R E ENRIQUE PICHON RIVIÈRE: • Nasce em 1907 em Genebra (Suiça). Ainda criança se muda com os pais para Chako na Argentina (mudança brusca); • Médico Psiquiatra. • Atua no Hospital de Las Mercedes em Buenos Aires – Hospital Psiquiátrico; • Fundador da Escola Psicanalítica Argentina (1940). Pioneira no país; • Fundador do Instituto Argentino de Estudos Sociais (1953); • Falece em Buenos Aires em 1977 aos 70 anos. ENRIQUE PICHON RIVIÈRE: PRINCIPAIS OBRAS: • . SER RELACIONAL • Todo ser se relaciona ou interage através da assunção ou delegação de papéis criando expectativas de um em relação ao outro e determinando condutas sociais que são assinaladas desde o nascimento. GRUPO OPERATIVO: DEFINIÇÃO • Conjunto de indivíduos que ligados por constantes de tempo e espaço e articulados por sua mútua representação se propõem de forma explícita ou implícita a uma tarefa que constitui sua finalidade interatuanto através de complexos mecanismos de papéis; • Passagem do “Eu” para “Nós”. GRUPO OPERATIVO Origem GRUPOS OPERATIVOS Origem GRUPOS OPERATIVOS: • Se assemelham ao funcionamento de um grupo familiar e sempre visam operar em uma determinada tarefa e podem ser divididos em quatro subtipos: • A) Ensino-aprendizagem; • B) Institucionais; • C) Comunitários • D) Terapêuticos GRUPOS OPERATIVOS INSTITUCIONAIS: • Referem-se a grupos realizados em instituições em geral. Nas empresas, o psicólogo organizacional desenvolve trabalhos com colaboradores; nas escolas podem ser realizados grupos de pais, de alunos e/ou de professores (ZIMERMAN, 2000). GRUPOS OPERATIVOS COMUNITÁRIOS: • Um exemplo clássico são os grupos na área de saúde mental, como ilustra Zimerman (2000). Podem ser com adolescentes, gestantes, líderes comunitários, etc.; de caráter preventivo, de tratamento ou reabilitação. GRUPOS OPERATIVOS ENSINO- APRENDIZAGEM • Zimerman (2000) resume essa modalidade em “aprender a aprender” (p. 91). • Parte-se do pressuposto de que a finalidade é a de treinar o grupo para desenvolver uma tarefa comum. GRUPOS OPERATIVOS TERAPÊUTICOS • Grupos de autoajuda. • Assim como os demais, essa modalidade grupal apresenta benefícios terapêuticos. Segundo Zimerman (2000) possui esse nome porque consiste de pessoas que apresentam o mesmo tipo de necessidades, isto é, são considerados grupos homogêneos. Exs.: alcoólicos anônimos (A. A.), narcóticos anônimos (N.A.) e neuróticos anônimos (N.A.). GRUPOS OPERATIVOS TERAPÊUTICOS • Grupos psicoterápicos propriamente ditos: • Este item refere-se basicamente ao enfoque teórico-técnico ao qual cada abordagem teórica está fundamentada: psicanalítica, cognitivo-comportamental, psicodrama e sistêmica. GRUPOS OPERATIVOS: • É estabelecida uma articulação entre os sujeitos do grupo de modo que a comunicação possa ocorrer com maior facilidade. A comunicação é um fator fundamental para que ocorra a aprendizagem. O VÍNCULO: • O vínculo acontece quando o sujeito torna- se significativo para o outro. • O vínculo entre um sujeito e outro caracteriza uma relação biderecional. GRUPO OPERATIVO (FUNÇÕES): • Esse tipo de grupo possibilita ações voltadas para: A) Saúde; B) Ensino; C) Pesquisa; D) Trabalho GRUPO OPERATIVO (TAREFA PRINCIPAL): • A principal tarefa do grupo operativo se resume em: • Minimizar medos e romper com os estereótipos que dificultam os processos de aprendizagem e comunicação; • Promover mudanças e transformações. GRUPO OPERATIVO (TAREFAS) TAREFAS E ELEMENTOS CARACTERÍSTICAS: EXPLÍCITA Aprendizagem, diagnóstico e tratamento. IMPLÍCITA Modo como cada integrante vivencia o grupo. ELEMENTOS FIXOS Tempo, duração, frequência, função do coordenador e do observador PRÉ-TAREFA, TAREFA E PROJETO (Início, Meio e Fim) GRUPO OPERATIVO FUNCIONAMENTO MOMENTOS CARACTERÍSTICAS: 1. PRÉ-TAREFA Angustia inicial da tarefa, ansiedades e resistências entram em jogo para lidar com o novo. 1.1 DELEGAÇÃO DE PAPÉIS Tarefas delegadas a cada um segundo suas habilidades e competências 2. TAREFA 2.1 ATUAÇÃO DO LÍDER Autocrática ou democrática o que pode influenciar a criatividade. 3. PROJETO Estruturação das ações passo a passo (planejamento para a concretização da tarefa PAPÉIS NO GRUPO O Sujeito modificando-se a si mesmo para modificar o meio • O sujeito é ao mesmo tempo modificado pelo grupo e o modifica (agente de mudanças); • Papéis verticais: história pessoal de cada um (bagagem); • Papéis horizontais: história vivenciada no grupo (denominador comum); GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: LÍDER DE MUDANÇA Componente que provoca, instiga a mudança. LÍDER DE RESISTÊNCIA Componente que reage a mudança e prefere opções mais conservadoras e conhecidas As duas lideranças são importantes, pois é no interjogo entre o novo e o conhecido que as mudanças , as transformações e o crescimento individual e grupal ocorrem. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: PORTA VOZ Componente que traduz através de sua fala e ações os sentimentos e ideias que circulam no grupo aparentes ou não BODE EXPIATÓRIO Componente que recebe e aceita as cargas negativas do grupo deixando-o mais leve e produtivo já que o grupo está tendo onde projetá-las. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: SINTETIZADOR ou RADAR Participante que consegue, ouvir, receber e captar o que se passa no grupo expressando a síntese da discussão e integrando o que foi apresentado mesmo que tenham surgido ideias opostas o que é bem comum. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: SABOTADOR Papel executado por pessoas invejosas e narcísicas, que procuram criar obstáculos e prejudicam o bom andamento do grupo. O sabotador representa a resistência à mudança, característica esta que faz parte de qualquer processo psicoterápico, seja ele individual ou grupal. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: APAZIGUADOR É aquele papel conhecido como “colocar pano quente”. Como afirma Zimerman (2000) é desempenhado por pessoas que apresentam dificuldades de lidar com situações tensas, ou de agressividade. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS) PAPÉIS: CARACTERÍSTICAS: INSTIGADOR Executa o papel de instigador, conforme Zimerman (2000), aquele membro do grupo que costuma fazer intrigas e que acaba perturbando o campo grupal. GRUPO OPERATIVO (PAPÉIS FUNCIONAIS E DISFUNCIONAIS)
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