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DIREITO EMPRESARIAL 1° Periodo

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FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES
2º ANO 							2013
DIREITO EMPRESARIAL I		PROF HENRIQUE NELSON FERREIRA
- 1º BIMESTRE -
06/02/2013
- hnelsonferreira@uol.com.br 
- APRESENTAÇÃO 
	- Pessoal.
	- Plano de Ensino: Ementa, Metodologia e Bibliografia.
	- Definição dos Critérios de Avaliação.
- EMENTA 
- Noções Gerais: Evolução Histórica e Interdisciplinaridade. 
- Teorias sobre a Atividade Econômica Privada: Teoria dos Atos de Comércio e Teoria de Empresa. 
- Empresários: O Exercício Individual da Empresa. 
- Sociedades: A Empresa Exercida Coletivamente. 
- BIBLIOGRAFIA BÁSICA
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial / Direito de Empresa. Vol. I e II. São Paulo: Saraiva.
FAZZIO, Waldo Júnior. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Atlas. x
REQUIÃO, Rúbens. Curso de Direito Comercial. Vol. I e II. São Paulo: Saraiva.
- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
	- Prova Escrita -> 4 pontos
	- Trabalho em Grupo -> 2 pontos
- Pesquisa Individual -> 2 pontos
- Exercícios Avaliativos ou Participação em Eventos -> 2 pontos
20/02/2013
Noções Gerais
Evolução Histórica
Origens do Direito Econômico Privado
O Direito Comercial como Disciplina dos Comerciantes
O Direito Comercial como Disciplina dos Atos de Comércio
O Direito Empresarial como Disciplina da Empresa
O Direito Comercial / Empresarial no Brasil
Economia = a medida da riqueza.
Maslow desenvolveu uma teoria citada até os dias atuais, na qual diz que as necessidades humanas podem ser demonstradas por uma pirâmide. 
Em sua base estão as NECESSIDADES FISIOLÓGICAS do homem (se alimentar, dormir...). 	
No segundo nível desta pirâmide estão as NECESSIDADES DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO.	
Em um terceiro nível, ainda mais complexo, estão as NECESSIDADES DE ESTIMA. Quando precisamos nos relacionar com o próximo, precisamos nos sentir valorizados e reconhecidos em nosso meio. 	
Em um nível ainda mais elevado estão as NECESSIDADES DE AUTO REALIZAÇÃO, precisamos buscar ser bem sucedidos naquilo que fazemos (constituir uma família, ter sucesso na profissão, adquirir determinado bem...). 
No entanto, não é possível exercer com sucesso todas estas nossas necessidades apenas com nossas aptidões.
Com o surgimento da tecnologia e o avanço da humanidade vão se surgindo novas necessidades.
Na antiguidade o homem se aproxima do outro para buscar bens da vida, nas quais sozinho não conseguiria obter, e isso caracterizou a economia da antiguidade como uma Economia de Escambo, na qual o objetivo era a troca. 
Obviamente, na Economia de Escambo também havia muitos problemas, uma vez que, em tempos antigos não havia tanta tecnologia como hoje. A busca era por necessidades básicas como a sobrevivência. Já que produtos pereciam, tudo era feito para a própria subsistência.
Mas como valorar os determinados bens? 
Assim começam a se buscar determinadas mercadorias padrões para se fazer as trocas (sal, gado, conchas, metais). A partir da utilização dos metais surge a moeda. A partir do surgimento da moeda, a economia de escambo evolui para uma economia monetária, que é a economia vigente até hoje no mundo inteiro. Hoje a atividade econômica tem a moeda como meio de troca.
A atividade econômica privada surge na antiguidade com a acumulação de moeda, quanto mais moeda, mais bens poderiam ser adquiridos. 
Nesta fase de evolução, conflitos também existiam e existem até hoje. Na antiguidade os primeiros conflitos começaram a ser regulados e codificados por leis muito antigas como o Código de Manu, Códigos de Hamurabi...
O Império Romano marcou a humanidade em todas as áreas e sentidos. A base do Império Romano (sociedade) era a propriedade (posse das terras, escravos, atividade agropastoril). Quanto mais terras e escravos, mais poder se tinha. 
Em face desta realidade, Roma elabora normas de Direito regulando a propriedade (direito de obrigações, direito das coisas) o chamado IUS CIVILE “o civil” que impacta o mundo até hoje. 
Na antiguidade quem exercia a atividade comercial não tinha como ter poder de propriedades. Neste contexto a atividade comercial era uma atividade que não trazia status, era uma atividade indigna, uma vez que o Direito Romano não elabora regras comerciais. Sendo assim introduz normas de Direito estrangeiro, como o comercial, chamadas de IUS GENTILI “direito especial”. Para isso existia até mesmo um juiz específico para aplicar o IUS GENTILI, chamado de Pretor Peregrino. Ele era especialmente destacado para aplicar este direito especial, estrangeiro. 
**DESENHO.
Com a queda do Império Romano, o cidadão romano passa a perceber que a atividade comercial era rentável. O território se divide entre os bárbaros (conquistadores), e isto dá origem à fase da humanidade conhecida como feudalismo. 
Nos feudos havia as feiras (mercado) com mercadorias de todo o mundo. Através da paz de mercado, com a ajuda da igreja, era possível realizar este mercado nas ruas. O comércio era uma atividade paralela à atividade de propriedade. 
Neste contexto surge as Corporações de Ofício como uma solução, eram cooperativas, sindicatos de pessoas que exerciam atividades comuns (corporações de artesãos, corporações de mercadores / comerciantes...) se reuniam para realizar um sistema de proteção mútua. As corporações de mercadores ou comerciantes eram as maiores, pois estes ganhavam muito dinheiro e eram bastante visados. O que caracterizava a realidade das Corporações de Ofício era a criação de normas para a segurança sobre o que eles faziam, mas acima de tudo a briga era por um Direito Consuetudinário (Direito Costumeiro) através de costumes que os mercadores tinham. 
EX: Os mercadores de Barcelona criaram o Direito Consuetudinário “CAPITULARE DEL MARE” (regras marítimas das Corporações de Oficio de Barcelona). 	
Na França surgiu o “ROLES D’OLERON”. 	
Em Gênova, na Itália, criaram as “CONSUETUDINES”. 
O direito comercial nesta fase era um SISTEMA SUBJETIVO, pois abrangia apenas alguns comerciantes, de terminadas corporações. Cada corporação de cada lugar possuíam seus Direitos Consuetudinários. O juiz que aplicava esse Direito Consuetudinário era chamado de “Consul” ou juízo consular, geralmente era exercido pelo comerciante mais antigo, mais respeitado... 
Esta realidade também mudou. Do feudalismo se passa para a reunificação territorial. Na França em 1807, Napoleão desenvolve o Código Comercial Francês. Com a Revolução Francesa as Corporações de Ofícios foram abolidas. Com o código comercial foi determinado que qualquer um poderia ser comerciante. 
Na França, o comerciante era caracterizado como aquele que exercia atos de comércio e também existiam os Tribunais de Comércio que aplicavam o Código comercial para os comerciantes. Exerciam função jurisdicional e administrativa. Para ser comerciante era necessário ser matriculado no Tribunal de Comércio. Este código comercial foi copiado por todos os demais países e passam a aplicar também uma codificação de leis de comercio inspirado no direito francês, pois este foi o pioneiro. 
O sistema francês era um SISTEMA OBJETIVO, pois era aplicado a determinadas práticas chamadas de práticas comerciais não importando a pessoa, ao contrário do Sistema Subjetivo das Corporações de Ofício.
Como a lei caracterizaria quem era comerciante para aplicar suas normas próprias de leis de comércio? 
Diante desta realidade, na Itália em 1942, surge um novo código civil que previa um moderno direito empresarial com o surgimento de uma Disciplina de Empresa. O código civil italiano revoga o código comercial francês. Este direito empresarial é considerado um sistema subjetivo moderno. Ele sai do sistema objetivo da teoria de disciplina de atos de comercio a passa a tutelar a atividade econômica privada da empresa não importando o gênero dela. 
Até 1808 o Brasil era colônia de Portugal. Ele não possuía leis próprias, sendo aplicadas as leis portuguesas com ênfase nas ordenações reais que possuíam normas de direito comercial, mas nada de especifico. Em 1808 esta realidade do Brasil colônia mudou, com a vindada família real para o Brasil. Com isso, o Brasil passa a ser Reino Unido e é feita a abertura dos Portos do Brasil para a Inglaterra. Nesta época o Brasil começa a escancarar seus bens para a Inglaterra. Surgem fábricas, cursos de direito, bancos... 
Em 1822 é proclamada a Independência do Brasil. A partir da independência são criadas leis próprias. O código comercial brasileiro foi elaborado a partir do código francês de 1807. 
Em 1875 a lei 2.662 unifica a jurisdição, esta lei acabou com os tribunais de comércio no Brasil. A jurisdição foi estendida para o juiz comum com competências cíveis e criminais. A partir disto o juiz comum passou a ter também competência comercial. 
Em 1945 surge o decreto lei 7.661, nossa primeira lei de falências, ela revoga toda a terceira parte do código comercial brasileiro.
O Código Comercial possuía três fases:
 1ª parte - tratava do comercio terrestre. 
2ª parte – tratava do comercio marítimo. 
3ª parte – tratava da quebra do comerciante (falência). 
O código comercial passa então a ter apenas duas partes, comercio terrestre e marítimo. Em 1972 o governo encaminha para o congresso o projeto do novo código civil brasileiro. Este projeto de um novo código civil é feito por base do código civil italiano, introduzindo no Brasil a ideia de Empresa. Em 2002 surge o novo código civil brasileiro, baseado no código civil italiano, e revoga a primeira parte do código comercial (comercio terrestre). 
No Brasil, a partir de 1850 temos o código comercial e a partir de 2002 temos a introdução do direito empresarial no Brasil. 
27/02/2013
CONCEITOS E FONTES
O Direito Empresarial tem seu início na atividade comercial (troca de mercadorias) por isso a palavra comércio.
CONCEITO ECONÔMICO DE COMÉRCIO:
“O comércio é aquele ramo de produção econômica que faz aumentar o valor dos produtos pela interposição entre produtores e consumidores, a fim de facilitar a troca das mercadorias.”	(ALFREDO ROCCO)
CONCEITO JURÍDICO DE COMÉRCIO:
“É o complexo de atos de intromissão entre o produtor e o consumidor, que, exercidos habitualmente com o fim de lucros, realizam, promovem ou facilitam a circulação dos produtos da natureza e da indústria, para tornar mais fácil e pronta a oferta e a procura.”	(GIUSEPPE VIDARI)
ELEMENTOS ESSENCIAIS DE CONCEITUAÇÃO
Do conceito jurídico tira-se três elementos essenciais de conceituação:
MEDIAÇÃO = elemento essencial de conceituação do moderno Direito Empresarial. É uma interposição entre o produtor e o consumidor.
LUCRATIVIDADE = elemento também essencial de conceituação, uma vez que se não visar lucro pode-se ter relevância para qualquer outra área do Direito, menos Empresarial. O lucro é o retorno do investimento. LUCRO = MAIS VALIA.
HABITUALIDADE = só será relevante para o Direito Empresarial se esta atividade for exercida com habitualidade, se esta atividade for eventual terá relevância para as outras áreas do Direito. A ideia de habitualidade está implícita na noção de profissionalidade. Para exercer uma atividade habitual é necessário exercer fatores de produção (equipamentos, matéria prima, mão de obra).
DE QUE FORMA ESSES ELEMENTOS VIERAM PARA O DIREITO EMPRESARIAL? O artigo 966 é o primeiro artigo do Direito de Empresa e começa conceituando empresário.
CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Art. 966 CC - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
A partir do conceito de empresário presente no art. 966 do CC retira-se o conceito de empresa.
CONCEITO DE EMPRESA
EMPRESA = empresa é atividade econômica profissionalmente organizada para a produção e circulação de bens e serviços com finalidade lucrativa. 
Todo sistema jurídico se baseia nos elementos de conceituação, por isso seu carácter essencial.
“SCIRE LEGES NON EST VERBAEARUM TENERE; SED VIN AC POTESTATEN” 
“SABER LEIS NÃO É TER VOCÁBULO; MAS A SUA FORÇA E O PODER.”
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
- CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, a respeito das fontes do Direito Empresarial: “Fontes do Direito são o meio técnico de realização do Direito Objetivo.”
O Direito Objetivo é a norma jurídica que vai tutelar as relações sociais. Então a fonte produz o direito.
A norma geral caracteriza as Fontes do Direito Empresarial como Fontes Imediatas e Fontes Mediatas:
FONTES IMEDIATAS – fontes primárias. As Fontes Imediatas são aquelas dotadas de obrigatoriedade plena, a partir de sua existência elas passam a produzir o Direito. No Direito Empresarial as Fontes Imediatas é a Lei, em seu sentido amplo. 
- CF/88; 	
- CCB/2002; 	
- Leis Ordinárias (Lei 6.404/1976; Lei 8.934/1994; Lei 11.101/2005); 	
- Atos Normativos.	
FONTES MEDIATAS – fontes secundárias. As Fontes Mediatas são aquelas que apenas em um segundo momento irá produzir o Direito. No Direito Empresarial são três as Fontes Mediatas:
- Usos e Costumes (usos convencionais, usos de direito);** 	
- Analogia; (juízo de equidade, aplicar ao caso presente uma decisão análoga)	
- Princípios Gerais do Direito; (princípios formadores do Direito, presentes em todo ordenamento jurídico).
** Usos Convencionais derivam de uma convenção das partes. Elas pactuam solução de conflitos.
Usos de Direito, diferentes dos Usos Convencionais, são aptos de produzir o Direito Empresarial como fonte secundária. 
“O uso deve ser mantido de modo uniforme por certo tempo, e é observado como se fosse uma regra de Direito, e, portanto com a convicção de que não se pode violá-lo impunemente.” 	(CÉSARE VIVANTE)
Desta fala de Vivante, obtém-se os elementos de definição do uso como um uso de Direito. Estabelece que o uso para ser Fonte de Direito Empresarial ele deve ter UNIFORMIDADE, CONSTANCIA E TEMPORARIEDADE. 
UNIFORMIDADE – a prática não pode se modificar ao longo do tempo. Na omissão ou falta de Lei usa-se a prática uniforme para suprir a lacuna da Lei.
CONSTÂNCIA – esta prática deve ser observada por certo tempo.
TEMPORARIEDADE – ao longo de um espaço de tempo na falta de Lei ele deve ser uma regra apta para produzir um Direito. 
“A LEI PODE QUEBRAR COSTUME, MAS O COSTUME NÃO PODE IR CONTRA A LEI.”
Na omissão de Lei pode-se recorrer aos Usos e Costumes. 
ANALOGIA - Na Analogia eu aplico no caso concerto a solução de um caso analógico – Juízo de Equidade. 	
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO – são princípios que emanam do ordenamento para provar o Direito. São formadores do Direito de forma ampla. EX: isonomia, legalidade...
O6/03/2013
RELAÇÃO COM OUTRAS DISCIPLINAS
A relação do Direito Empresarial com outras disciplinas tem como objetivo a compreensão entre a distinção e a sua interdisciplinaridade. A doutrina costuma falar em traços peculiares, distintivos, elementos que vão caracterizar este ramo do direito.
TRAÇOS PECULIARES
COSMOPOLITISMO = cosmopolita, direito cosmopolita. Direito universal global. Universalismo da atividade empresarial, onde a busca pelo lucro não tem fronteiras. Outra atividade é a globalização, onde os produtos comercializados vêm de diversas partes do mundo. Não há como pensar em atividade privada sem pensar em globalização.
INDIVIDUALISMO = o individualismo se explica pelo fato de que a atividade empresarial demanda alguém investir e quem tem o retorno do capital é o empreendedor. A busca pelo lucro em primeiro momento é individual, ainda que se tenha o Estado que venha temperar o lucro da iniciativa privada, mas o retorno maior é de quem investiu no primeiro momento.
ONEROSIDADE = pois a atividade empresarial não é uma atividade gratuita, ela é onerosa. Para investir deve-se entrar com dinheiro, patrimônio, bens. Se não é oneroso não é atividade empresarial. 
INFORMALISMO = não confundir com informalidade. Informalidade é uma atividade não formal. INFORMALISMO – C.C art. 107 define bem o informalismo.
Art. 107 - A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Se a lei não exige uma formalidade maior se prova a declaração de vontade de qualquer meio.Na atividade empresarial decisões devem ser tomadas com muita rapidez e a todo o momento. Se for preciso recorrer a muita formalidade poderia inviabilizara a atividade empresarial. Ganha assim uma dinâmica maior sendo que não é necessária tanta formalidade, salvo quando exigido em lei.
FRAGMENTARISMO = fragmentado, dividido. O direito empresarial não está contido em um único diploma. É um conjunto de regras encontradas tanto no Código Civil como em Leis Especiais. O que se exige do fragmentista é que ele não só conheça as fragmentações próprias do Direito Empresarial como também as outras obras do direito. 
O Direito Empresarial possui inúmeros microssistemas. Apesar dessa circunstância de traços distintivos ele se relaciona com outras disciplinas apesar de se diferenciar. Também se relaciona com praticamente todas as áreas do direito. É uma disciplina horizontal, um empresarialista tem que conhecer um pouquinho de tudo. 
- TEORIAS DO DIREITO ECONÔMICO PRIVADO	
- TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO		
O primeiro Código Francês surgiu na França e o Código Comercial Brasileiro segue o modelo Francês. Determinados usos e costumes são chamados Atos de Comércio, eles se constituíam em um Sistema Legislativo, era a lei que dizia o que era e o que não era um ato de comércio.
ATOS DE COMÉRCIO -> SISTEMA LEGISLATIVO 
TIPOS DE SISTEMA LEGISLATIVO:
ENUMERATIVO = uma relação que se enumerava o que eram os atos de comércio. 
EX: Código Francês (enumerava determinados atos que caracterizaria os comerciantes)
DESCRITIVO = ao contrário do enumerativo, ele não enumerava os Atos de Comércio, e sim descrevia de forma generalizada. 
EX: Código Espanhol (são considerados Atos de Comércio quaisquer que estão nesse Código e outros análogos)
O Brasil adotou o SISTEMA LEGISLATIVO DESCRITIVO. Para o direito brasileiro com o sistema descritivo era comerciante quem se matriculava como comerciante e fazia da mercancia sua profissão habitual. 
Apenas no regulamento do código, chamado de regulamento nº 737/1850, art. 19 é que se encontra uma relação de comércio. Diante desta realidade, a doutrina teve que fazer o caminho inverso. Já que não se partiu de conceitos e princípios.
ALFREDO ROCCO = a partir do código francês ele agrupou os chamados Atos de Comércio em quatro grupos.
GRUPOS DE ATOS DE COMÉRCIO
ATOS DE COMPRA E VENDA PARA REVENDA = ou seja, quem fizesse qualquer ato de compra e venda para revender praticava um ato de comercio.
ATOS DE OPERAÇÕES BANCÁRIAS = na sua origem os bancos tem origem na atividade comercial, os primeiro bancos foram criados por comerciantes. Qualquer ato de operação bancaria era considerada atos de comercio.
ATOS DE EMPRESAS = empresas de manufaturas e transportes. 
ATOS DE SEGURO = operações de seguros, a exemplo das operações bancarias, estas também tem origem na atividade comercial. Como era necessário aplicar muito dinheiro nos atos de comércio o risco era muito grande, para isso cria-se as operações de seguro. Os atos de seguro eram também considerados atos de comercio
Com isso tudo, Alfredo Rocco busca um elemento comum, e ele percebe que nos atos de compra e venda havia a troca de dinheiro por bens. Nos atos de operações bancarias, se troca dinheiro presente por dinheiro futuro. Nos atos de empresas troca-se o risco do negocio pelo lucro. Resultado do investimento. Nos atos de seguros troca-se o risco individual pelo risco coletivo. E isto é assim até hoje. 
Alfredo Rocco percebe que em todos os atos o elemento comum era uma troca. Com base nisso ele elabora um conceito sobre atos de comercio.
ATO DE COMÉRCIO = Ato de comercio é tudo aquilo que realiza ou facilita uma interposição na troca. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS DE COMÉRCIO
REALIZA -> atos por natureza intrínseca. É da própria natureza daquele ato realizar uma troca. EX: compra e venda. ATOS OBJETIVOS / ABSOLUTOS
FACILITA -> atos de comércio por conexão. Atos que facilitam a troca, que não realizam, mas facilitam. EX: controle de conta corrente com o fornecedor de matéria prima. ATOS SUBJETIVOS / RELATIVOS
DIREITO COMPARADO
O Direito Francês e Italiano denomina os atos de natureza intrínseca de atos objetivos, enquanto os atos por conexão são chamados de atos subjetivos. 
O Direito Alemão chama os Atos Objetivos (atos de natureza intrínseca) de Atos Absolutos e chama os Atos Subjetivos (atos por conexão) de Relativos.
- TEORIA DE EMPRESA 	
- DISPOSIÇÃO NO DIREITO ITALIANO E BRASILEIRO
TEORIA DE EMPRESA = veio disposta no direito italiano e também incorporada no direito brasileiro. 
Ela veio acabar com a distinção que havia entre o que era comercial e o que não era comercial. O direito brasileiro caracteriza o empresário assim como direito italiano faz. A ideia de empresa consta no direito brasileiro até antes do C.C.
EMPRESA X EMPRESÁRIO
Assim como é preciso distinguir entre Sujeito de Direito de Objetivo de Direito, é preciso distinguir Empresa de Empresário.
SUJEITO DE DIREITO = todos nós somos sujeitos de direito.
OBJETO DE DIRETO = é o bem da vida que é tutelado, a atividade econômica é objeto de direito, a vida também.
EMPRESA = é Objeto de Direito. É uma atividade econômica organizada.
EMPRESÁRIO = é Sujeito de Direito.
PERFIS DE EMPRESA - ALBERRTO ASQUINI
PERFIL SUBJETIVO = empresa como sendo o empresário (sujeito do direito)
PERFIL PATRIMONIAL = empresa é o estabelecimento.
PERFIL CORPORATIVO = empresa é uma organização. É onde confluem os fatores de produção.
PERFIL FUNCIONAL = empresa é a atividade exercida.
Desses quatro, o Perfil Funcional é o que corresponde ao correto Conceito de Empresa como sendo Objeto do Direito e não como sendo o Sujeito do Direito.
13/03/2013
EMPRESÁRIOS – O EXERCÍCIO INDIVIDUAL DA EMPRESA 
“Empresa é a organização técnico-econômica que se propõe a produzir mediante a combinação dos diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens e serviços, destinados à troca (venda), com esperança de realizar lucros, correndo os riscos por conta do empresário, isto é, daquele que reúne, coordena e dirige esses elementos sob sua responsabilidade.” (JOÃO XAVIER CARVALHO DE MENDONÇA)
CARACTERIZAÇÃO JURÍDICA
EMPRESA -> ATIVIDADE -> OBJETO DE DIREITO	
QUEM EXERCE ESTA ATIVIDADE -> SUJEITO DE DIREITO (EMPRESÁRIO)
Em relação ao Efetivo Exercício da Empresa, vimos que Empresa corresponde à Atividade. Se empresa é a atividade exercida, empresa é um Objeto de Direito. Quem exerce esta atividade é que será o Sujeito de Direito. E quem exerce a empresa é chamado de Empresário. 
CARACTERIZAÇÃO JURÍDICA DE EMPRESÁRIO = Empresário é quem exerce a Empresa. 
É o empresário quem empregará o capital, tecnologia, máquinas e equipamentos, matéria-prima...O Empresário é quem exerce a Empresa sob sua própria responsabilidade, e por isso mesmo ele pode ser um Empresário Individual como também pode ser um Empresário Coletivo. 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL = uma pessoa só, pessoa natural que sozinha exerce a Empresa, não possui sócio algum.
EMPRESÁRIO COLETIVO/SOCIEDADE = duas ou mais pessoas se associam e criam uma sociedade, neste caso há sócios. Neste caso o Empresário será a sociedade, e não apenas os sócios individualmente e sim tomar decisões coletivamente. A sociedade atua em nome próprio e os sócios individualmente não. EX: Viação Itapemirim
A Lei quando fala em Empresa se refere ao exercício individual da Empresa (Empresário Individual) e quando se refere à Sociedade faz menção aos Empresários Coletivos. 
Esta caraterização jurídica de Empresário está presente no artigo 966 do Código Civil: Art. 966, CC - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Art. 981, CC - Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Art. 966, CC, Parágrafo único - Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Os elementos que constituem a Empresa são: Mediação, Lucratividade e Habitualidade. Caso falte um não pode caracterizar como Empresa.
Apesar de exercer qualquer atividade que tenha natureza intelectual, científica, literária ou artística, caso tenha os elementos de Mediação, Lucratividade e Habitualidade, caracteriza-se sim como Empresa, ao contrário do que diz o artigo 966 – parágrafo único.
REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO
Para ser Empresário existem alguns requisitos:
CAPACIDADE CIVIL = quando se fala em Capacidade Civil é preciso distinguir entre Capacidade ou Incapacidade Civil Originária e Capacidade ou Incapacidade Civil Superveniente.
Art. 972, CC - Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
- (in) CAPACIDADE CIVIL ORIGINÁRIA = arts. 3º a 5º CC.	
- (in) CAPACIDADE CIVIL SUPERVENIENTE = superveniente é aquilo que vem depois. Art. 974, 975, 976 CC. Neste caso retrata uma incapacidade superveniente, ele era capaz e por algum motivo perdeu a capacidade civil.
Esta incapacidade superveniente pode ser suprida:
- POR REPRESENTANTE OU ASSISTENTE = dependendo da causa que o tornou incapaz. Art. 974, CC - Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
- AUTORIZAÇÃO JUDICIAL = Art. 974, § 1o, CC - Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
- PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO = Art. 974, § 2o , CC - Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
- NOMEAÇÃO DE GERENTES NOS CASOS DA LEI = Art. 975, CC - Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§ 2o - A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.
- REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL = Art. 976, CC - A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.
IMPEDIMENTOS LEGAIS - Além de ter a Capacidade Civil não pode incorrer Impedimentos Legais. Existem pessoas que tem impedimento legal para ser Empresário. Art. 95, CF § único, I; Art. 128 CF, § 5º, II, C; Lei 6880/80, art. 90; Lei 11.101/05, art. 102; Lei 6815/80, art. 98; art. 54 CF, II
EX: Os Magistrados, só podem exercer a Magistratura (juízes), Membros do MP, Militares, Falido, Estrangeiros com visto provisório no Brasil, Deputados e Senadores.
Quem exercer indevidamente deve responder em todas as esferas possíveis, não só apenas na esfera civil como até na esfera criminal.
REGISTRO PÚBLICO - Para ser Empresário além de ter que estar em gozo da capacidade civil e não decorrer de incapacidade legal ele também deve estar registrado.
Art. 967, CC – É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
O registro é o que confere regularidade à atividade. Se ele não realiza o registro ele está irregular. O pequeno empresário tem tratamento diferenciado, pagará taxas menores, contudo ele também deve ser registrado (art. 970 CC)
EXCEÇÃO: Com o Empresário Rural, seu registro é facultativo, não sendo obrigatório se registrar. Caso registre-se fica equiparado ao urbano. Já o urbano é obrigado a se registrar. 
Art. 971, CC - O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Art. 979, CC - Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Art. 980, CC - A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
20/03/2013
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA “EIRELI”
A Lei 12.441/2011 alterou o CC brasileiro – Artigo 44 – inserindo os incisos IV e V – organizações religiosas e partidos políticos. Esse Lei inseriu também o inciso VI – empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI)
1º) Art. 44, CC – São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;	
II - as sociedades;	
III - as fundações;	
IV - as organizações religiosas; 	
 V - os partidos políticos;	
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
A partir do momento que se constrói a sociedade quem vai exercer a empresa é a sociedade e não o sócio. Artigo 1033 CC. Essa Lei altera o CC para inserir a figura da EIRELI (artigo 980, A).
- Artigo 980, A 
1º CARACTERIZAÇÃO DA EIRELI – unipessoalidade, individualização, única pessoa. A junta comercial segue as regras do DNRC que aplica a regulamentação. Erro grave do legislador – capital social – social vem de sociedade, e a empresa é individual.
2º CARACTERÍSTICAS- § 3º - a EIRELI pode resultar de transformação societária.
3º CAPITAL MÍNIMO – caput – o capital será inferior a 100 salários mínimos. 
CAPITAL – COMPROMETIDO SUBSCRIÇÃO = subscreve o valor a pagar.	
	 INTEGRALIZAÇÃO – (disponibilizar o valor total) pagamento à vista.
4º TAMBÉM PARA ATIVIDADES DE NATUREZA INDIVIDUAL - § 5º. EX: cantor sertanejo, pintor, escritor. A atividade profissional de Natureza Intelectual pode ser através da AIRELI.
5º SUBSIDIARIEDADE DAS NORMAS DAS SOCIEDADES LIMITADAS - § 6º. 
Artigo 966 a 980 – empresário individual não é pessoa, não tem limitação ≠ da EIRELI que é individual, porém limitada e é sempre jurídica. 
OUTRO ERRO – é errado chamar Empresa Individual, o correto é Empresário Individual de Responsabilidade Limitada.
SOCIEDADES – O EXERCÍCIO COLETIVO DA EMPRESA	
- DISPOSIÇÕES GERAIS	
- CARACTERIZAÇÃO JURÍDICA E CLASSIFICAÇÃO
O CC de 1916 caracterizava a sociedade civil. O Código Comercial só regulava a sociedade. Artigo 981 CC: a sociedade tem que ter uma patrimônio próprio para as obrigações que contrair.
Existem sociedade que são empresárias e outras que não são atividade empresarial. Já que contribui para partilhar a sociedade tem que ter um retorno. Constituindo a sociedade e ela que vai exercer a atividade não mais eu.
CLASSIFICAÇÃO – ARTIGO 985
NÃO PERSONIFICADAS – Sociedade Comum	
 Sociedade em Conta de Participação (não tem um registro)
PERSONIFICADAS – quando constitui ato jurídico (registro).	
 - Sociedade em nome coletivo		
 - Sociedade em comandita simples		
 - Sociedade Limitada		
 - Sociedade Anônima		
 - Sociedade em comandita por ações	
QUANTO Á NATUREZA DO ATO CONSTITUTIVO -	
- CONTRATUAIS -	contrato social. EX: Sociedade Limitada. O princípio da autonomia das partes tem mais atuação, mais liberdade.	
- ESTATUTÁRIAS – estatuto social – EX: Sociedade Anônima. Oprincípio da autonomia privada não dá tanta liberdade, atua menos.
QUANTO À SUA ESTRUTURA ECONÔMICA –
- DE PESSOAS – Sociedade INTUITO PERSONA, o vínculo que une os sócios é de natureza pessoal. EX: Sociedade Limitada, cônjuges, familiar, vínculos fraternos (amigos).
- DE CAPITAL – Sociedade INTUITO PECUNIA, o vínculo que une os sócios é o investimento comum, é o capital. EX: Sociedade Anônima. Inexiste vínculos de Natureza Pessoa, é impossível ter vínculos com a Petrobrás por conhecer o pessoal ou acionistas.
QUANTO Á RESPONSABILIDADE SOCIAL
- DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA – a Sociedade em nome coletivo. Todos os sócios respondem ilimitadamente, independente de quanto contribuíram com capital.
- DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – os sócios tem responsabilidades limitadas na participação no capital social. EX: Sociedade Limitada e Sociedade Anônima.
- MISTA – no mesmo tipo societário tem sócios com responsabilidades limitadas e ilimitadas. EX: comandita simples e por ações.
27/03/2013
SOCIEADADES 	
DISPOSIÇÕES GERAIS
Na plurilateralidade o ajuste ou contrato visa regular o relacionamento dos SÓCIOS ENTRE SI, dos SÓCIOS PARA COM A SOCIEDADE QUE CONSTITUÍRAM e ainda dos SÓCIOS E DA SOCIEDADE PERANTE TERCEIROS. 	
 			 PLURILATERALIDADE
 EXPLÍCITOS 
PRINCÍPIOS 				PERSONALIDADE JURÍDICA	
			IMPLÍCITOS
PLURILATERALIDADE -> Constituir Sociedade = Interesse é Convergente	
BILATERALIDADE -> A <---> B = Interesse é Oposto.	
PERSONALIDADE JURÍDICA -> TRIPLICIDADE JURÍDICA 	
TRIPLICIDADE JURÍDICA – 	Titularidade Negocial									Titularidade Patrimonial									Titularidade Processual
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS
PLURILATERALIDADE – visa regular o relacionamento dos SÓCIOS ENTRE SI, dos SÓCIOS PERANTE A SOCIEDADE QUE CONSTITUÍRAM e dos SÓCIOS E DAS SOCIEDADES PERANTE TERCEIROS. (constituir sociedade – o interesse é convergente).
BILATERALIDADE – (característica dos contratos em geral) o interesse das partes é oposto. EX: um quer comprar e o outro quer vender.	
PERSONALIDADE JURÍDICA (TRIPLICIDADE JURÍDICA) – (985 CC – confere as sociedades titulares) a sociedade adquire uma Tripla capacidade jurídica. Quando adquire o Ato Constitutivo é atividade econômica. 
- TITULARIDADE NEGOCIAL - A pessoa jurídica negociará em nome próprio. A sociedade que irá comprar e vender, possui titularidade para o negócio.
- TITULARIDADE PATRIMONIAL – Artigo 981 A principal obrigação que os sócios contraem ao organizar uma sociedade é contribuir com bens e serviçoes para que formem o patrimônio da sociedade. Ao contribuir, a soma da contribuição cria o capital social, e o capital social forma a sociedade. A sociedade passa a ter capital social através da soma da contribuição.
- TITULARIDADE PROCESSUAL - Adquirindo personalidade jurídica a sociedade passa a ter a capacidade de estar em juízo no polo passivo e no polo ativo. A pessoa jurídica pode demandar em juízo em nome próprio direito seu. A pessoa jurídica pode ajuizar uma ação para cobrar algo que o fornecedor ficou de entregar e não entregou, não serão os sócios que demandaram em nome dela. Isto decorre da Tripla Capacidade Jurídica. 
Lei 9.605/98, art. 4º - Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Sempre que a reparação do dano ambiental for dificultada devido à personalidade jurídica o juiz poderá desconsiderar para que os sócios respondam pela obrigação que é da sociedade. A titularidade sai da sociedade e passa aos sócios. A Sociedade enquanto pessoa jurídica tem esse três Titularidades. EM REGRA a sociedade responde pelas obrigações que ela contrair. Mas EM EXECEÇÃO é afastada a Pessoa Jurídica e os sócios são responsabilizados.
DISREGARD OF LEGAL ENTITY = Teoria da desconsideração a personalidade jurídica.
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Os Princípios Implícitos são princípios de conteúdo, que permeiam o ordenamento jurídico.
- PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA EMPRESA - Por esse principio a Lei deve ter meios para que a atividade empresarial não seja interrompida, pois ela gera riqueza, emprego, renda. Quando ela acaba tem repercussão na sociedade. Há um impacto social.
A Lei 11.101/2005 atual Lei de Falências, acabou com as concordatas no Brasil. Ela tinha ênfase no pagamento do credor, pouco importando se a empresa ia continuar existindo ou não. 
- PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AOS MINORITÁRIOS - Minoritário se diz respeito ao sócio minoritário que entrou com uma parcela menor. Ao constituir uma sociedade a principal obrigação que o sócio contrai é contribuir, muitas vezes os sócios entram com contribuições desiguais, um com mais e outro com menos. Se não houvesse esta proteção o majoritário poderia fazer o que quisesse e o minoritário não teria retorno de investimento. Lei 6404 – Cada acionista tem direito a comprar novas ações na proporção que ele tenha.
- PRINCÍPIO DA TUTELA DAS PEQUENAS EMPRESAS - Este Princípio está alçado ao nível constitucional (artigo 170, CF), realiza o principio da isonomia, dar um tratamento desigual para os desiguais na medida em que eles se desigualam para igualá-los perante a Lei. Tratamento diferenciado aos pequenos Empresários. A pequena Empresa pode ter um custo menos para se manter no mercado.
- PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SOCIETÁRIA - Responsabilidade Societária é diferente da Responsabilidade Social, esta decorre da função social da empresa, aquela é uma responsabilidade interna dos SÓCIOS ENTRE SI, dos SÓCIOS PERANTE A SOCIEDADE e dos SÓCIOS PERANTE TERCEIROS. 
ELEMENTOS DO CONTRATO DE SOCIEDADES
O contrato de sociedades vai ter elementos que são ELEMENTOS COMUNS AO DEMAIS CONTRATOS e ELEMENTOS ESPECÍFICOS DO CONTRATO DE SOCIEDADES.
- ELEMENTOS COMUNS AOS DEMAIS CONTRATOS – os Elementos Comuns são CONCENSO, OBJETO LÍCITO e FORMA LEGAL.
CONSENSO – ter capacidade civil e não pode ocorrer impedimento legal. Existem sociedades que o estrangeiro tem impedimento legal para contratar sociedade no Brasil. EX: Art. 176, § 1º, CF - mineração; Art. 199, § 3º CF – assistência à saúde; art. 222 CF – empresa jornalística, rádio.
OBJETO LÍCITO – observar a forma que a Lei determina.
FORMA LEGAL – Observar a forma que a Lei determina.
- ELEMENTOS ESPECÍFICOS DO CONTRATO DE SOCIEDADES – tem elementos específicos como a PLURALIDADE DE SÓCIOS, CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL, AFFECTIO SOCEITATIS, PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E PERDAS.
PLURALIDADE DE SÓCIOS – (ART. 981 CC) Deve-se ter pluralidade para se ter sociedade. Uma pessoa apenas não faz sociedade. A sociedade decorre da existência de sócios. O art. 1033, IV, CC – Lei da Conservação de Empresas – prevê a pluralidade de sócios e dá 180 dias para conseguir mais um sócio para restaurar a sociedade.
Art. 1.033, IV, CC - Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:	
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias.
CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL – soma da contribuição dos sócios. Para haver sociedade é necessário constituir capital, cláusula do capital social onde está escrito o quando cada um empregou.
AFFECTIO SOCIETATIS – afeto sociedade. Para haver sociedade deve haver um vínculo comum que una os sócios. Este vínculo pode ser de natureza pessoal (marido e mulher) ou pode ser de natureza de capital, investimento comum (associação anônima).
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E PERDAS – (art. 981, CC) Se a empresa não der lucro se devem suportar os prejuízos também. Art. 1008 CC.
03/04/2013
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS X SOCIEDADE PERSONIFICADAS
Quando se fala em Sociedades é preciso primeiro fazer uma distinção entre Sociedades Não Personificadas e as Sociedades Personificadas. O que determina se a Sociedade é Personificada ou Não Personificada está no artigo 985 do CC.
Art. 985, CC - A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS 
- SOCIEDADE EM COMUM- (enquanto não escritos os Atos Constitutivos) se não há um contrato registrado não se pode fazer prova por escrito da Sociedade. O terceiro pode fazer prova em comum, mas não por escrito. Art. 987, 988, 990, 989. 
Art. 986, CC - Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Enquanto não inscrito pode tanto dizer respeito a uma SITUAÇÃO PROVISÓRIA como também pode traduzir uma SITUAÇÃO PERMANENTE. 
SITUAÇÃO PROVISÓRIA 
Na questão da Situação Provisória a Sociedade em Comum vem regular as Sociedades que estão em fase de organização. Qualquer relação jurídica que advir nesta sociedade que ainda não formalizou sua organização, enquanto não for formalizado seu contrato ela será tratada como uma Sociedade em Comum, isto EM REGRA.
EXCEÇÃO: Exceto por ações em organização. O principal tipo das sociedades por ações são as sociedades anônimas. As sociedades por ações tem um regramento especifico o regramento jurídico das sociedades por ações é a Lei 6404/1976.
SITUAÇÃO PERMANENTE
 É o caso das Sociedades de Fato. A sociedade em comum que surge com o novo código em 2002 também regula estas sociedades de fato. 
Art. 987, CC - Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
A prova da existência da sociedade nas relações entre si, somente pode ser feita por escrito. 
Art. 989, CC - Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. (PACTO LIMITATIVO DE PODERES – quando num ajuste escrito que eu só respondo por 25% das obrigações e vocês por 75%. Somente terá eficácia por terceiro que conheça ou deva conhecer.)
Na sociedade em comum os sócios respondem solidariamente. 
Art. 990, CC - Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
Art. 1.024, CC - Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
BENEFÍCIO DE ORDEM - O beneficio de ordem significa subsidiariedade, o patrimônio dos sócios só é executado depois que se executam os patrimônios da sociedade. Só pode invocar o beneficio de ordem aquele que não contratou em sociedade. Aquele sócio que contrata em nome da sociedade não pode invocar o beneficio de ordem. 
- SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Segundo tipo de Sociedade Não Personificada. Tipo impróprio de sociedade. Em contrario à Sociedade em Comum é um dos tipos societários mais antigos, ela já existia no Direito Romano. 
Art. 991, CC - Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
A sociedade em conta de participação tem dois tipos de sócios: SOCIO OSTENSIVO e outro que é SOCIO PARTICIPANTE.
SÓCIO OSTENSIVO - é o empreendedor. É o que vai exercer a atividade sozinho, em nome dele e sob única e exclusiva responsabilidade.
SÓCIO PARTICIPANTE - é o investidor. Também chamado de sócio oculto, não aparece, apenas participa do resultado.
A sociedade em conta de participação é na verdade uma conta de investimento comum, apenas um exerce a atividade em nome próprio e sob sua única e exclusiva responsabilidade. 
Parágrafo único, art. 1º, CC - Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Parágrafo único, art. 993, CC - Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
A dissolução desta sociedade tem um procedimento especÍfico. 
Art. 996, CC - Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
No Código de Processo Civil existe um procedimento de jurisdição voluntária chamado de Ação de Prestação de Contas.
17/04/2013
SOCIEDADES PERSONIFICADAS SIMPLES
O que determina se a Sociedade é Personificada ou não é o Registro dos Atos Constitutivos. Porém não basta o registro de acordo com o artigo 985 do CC.
Art. 985, CC - A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
CARACTERIZAÇÃO
As Sociedades Personificadas podem ser EMPRESÁRIAS ou SIMPLES. A diferença de uma para outra é o seu Objeto Social (atividade exercida pela sociedade).
EMPRESÁRIA = de acordo com o artigo 982 do CC obtém-se a característica de Sociedade Empresária. A diferença entre a Sociedade Simples é o seu Objeto, também chamado de Objeto Social por que é o Objeto da Sociedade. Objeto Social é a atividade que é exercida pela Sociedade. No caput do artigo 966 do CC caracteriza-se quem é Empresário. Se o objeto social se enquadra no artigo 966 caput que diz quem é empresário se tem um Sociedade Empresária.
Art. 982, CC - Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Art. 966, CC - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
SIMPLES = O parágrafo único do artigo 966 do CC caracteriza quem não é Empresário. Se o Objeto está enquadrado no parágrafo único do artigo 966 do CC se tem uma Sociedade Simples.
Art. 966, CC - Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Dois arquitetos que decidem fazer uma sociedade para fazer projetos de arquitetura e decoração de ambientes, sendo uma atividade intelectual é uma Sociedade Personificada Simples. EM REGRA. A atividade exercida em primeiro momento é uma atividade intelectual uma atividade não caracterizada como própria de Empresário. 
A Sociedade Simples não existia antes de 2002. DE ONDE SURGIU? Devido a isso o parágrafo único não faz sentido nos tempos atuais. Mas toda REGRA tem uma EXCEÇÃO.
O Brasil trouxe do Direito Italiano as Sociedades Simples que por sua vez foi criado pelo Direito Suíço para fazer distinção. Qualquer atividade que seja de natureza intelectual, artística, literária ou científica num primeiro momento é caracteriza por sociedade Simples.
A EXCEÇÃO à regra está no parágrafo único do artigo 982. 
Art. 982, CC - Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
EM REGRA o que determina é o Objeto.
EM EXCEÇÃO, independentemente da atividade a ser exercida, se for Cooperativa ela sempre será Sociedade Simples. Sociedade Anônima é sempre Empresária, pois sempre vai ter os Elementos de Empresa (Mediação, Habitualidade e Lucratividade). A Lei presume que as Cooperativas nunca têm os Elementos de Empresa.
Há 30 anos Cooperativas tinham uma expressão econômica pequena, hoje em dia não faz sentido imaginar que só porque é Cooperativa não seja Sociedade Empresária. A Selita, exemplo de Cooperativa, compete com igualdade no comércio, assim como o Sicoob que oferece os mesmos produtos que um Banco Comercial. A Unimed em sua área de atuação é concorrente como São Bernardo que não é Cooperativa. Então como negar caráter Empresarial a essas Cooperativas, por isso o parágrafo único do artigo 982 assim como o parágrafo único do artigo 966 não fazem sentido hoje em dia dada a amplitude de Cooperativismo no Brasil.
Art. 983, CC - A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
Apesar da Sociedade Simples não ser Empresária pode se constituir na forma de ser Empresária, caso não o faça ela se submete às subordinações próprias da Sociedade Simples. A Sociedade Simples por seu CONTEÚDO não é Sociedade Empresária, mas sua FORMA pode ser Empresária, caso não tome forma de Empresária ela segue as regras que lhe são próprias.
Os arquitetos que se unem para formar a Sociedade “Vieira e Almeida projetos arquitetônicos LTDA”. Eis uma Sociedade Simples como FORMA de Empresária. É no contrato que diz se a Sociedade Simples tomará forma de Empresária ou se será pura.
REGISTRO DA SOCIEDADE SIMPLES
Art. 998, CC - Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
A Sociedade Simples é registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, quem faz este Registro é o Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica.
Art. 1.150, CC - O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
Na primeira parte do artigo 1.150 os Empresários e as Sociedades Empresárias vinculam-se na Junta Comercial, Registro Público de Empresas Mercantis. Já a Sociedade Simples registram-se em Cartório.
Se a Sociedade Simples tomar forma de Empresária ela é registrada na Junta Comercial, caso no tome forma de Sociedade Empresária ela será registrada em Cartório. Apesar da Sociedade Simples não ser Empresária suas normas são aplicadas subsidiariamente à maior parte das Sociedades Empresárias.
Art. 996, CC - Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Art. 1.040, CC - A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente (Sociedade Simples).
Art. 1.053, CC - A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.	
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
RESPONSABILIDADE SOCIETÁRIA
Art. 997, CC - A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
Art. 1.023, CC - Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
Na Sociedade Simples, se seus bens ao bastarem para cumprir dividas não é necessário desconsiderar a pessoa jurídica, o sócio já responde com seu patrimônio.
Art. 1.025, CC - O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão.
Ao entrar em sociedade Simples já constituída o sócio se responsabiliza pelas dividas anteriores a sua admissão.
Art. 1.030, CC - Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente. (Exclusão Judicial de Sócios)
É no processo judicial que se averigua se o sócio cometeu crime grave e se esta incapaz.
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026. (Exclusão Extrajudicial de Sócios)
Aquele que é falido ou que teve sua cota liquidada sua exclusão é extrajudicial.
1.004, CC - Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.032, CC - A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.
A primeira parte fala de três casos, retirada de sócio, exclusão de sócio, e morte de sócio. Retirada quando ele voluntariamente se retira exclusão quando ele é excluído. Neste três primeiros casos, incluindo os herdeiros do falecido respondem pelas obrigações sociais anteriores até dois anos depois da alteração do contrato.
Segunda parte, nos casos de retirada e exclusão o sócio ficará responsável pelas obrigações posteriores da saída do sócio enquanto não registre a alteração do contrato.

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