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Dislexia: Dificuldades na Leitura e Escrita

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MANTENEDORA: FRANCK CENTRO EDUCACIONAL EIRELI
ESCOLA TÉCNICA JOSÉ GOMES
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A DISLEXIA E SUAS DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA
JULIANA AZAMBUJA FLORES
TE 16
São Borja, Setembro de 2017.
JULIANA AZAMBUJA FLORES
A DISLEXIA E SUAS DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA
Trabalho de Conclusão de Curso
São Borja, Setembro de 2017.
1.INTRODUÇÃO
A escolha do Tema do presente trabalho deu-se devido a ser um tema de grande importância para educação e devido a conviver no dia a dia com a dislexia, pois tenho uma filha com este distúrbio. A dislexia é um distúrbio que compromete a capacidade de leitura e de escrita. Instituições de ensino, professores, dentre outros relatam situações em que crianças do ensino fundamental séries finais e ensino médio das escolas públicas, supostamente inteligentes, não podem ou não conseguem ler, escrever e não possuem ortografia adequada para a idade. Será que as escolas, os professores e a família estão devidamente preparados para atuar com alunos disléxicos? O sistema educacional sofre com a falta de recursos para pesquisas e aperfeiçoamento de docentes para dar o suporte necessário aos educandos com esse distúrbio de aprendizagem.
O objetivo geral dessa pesquisa é analisar as características do aluno com dislexia e sua introdução no processo de desenvolvimento do ensino e aprendizagem, discutindo algumas dificuldades que a dislexia causa no processo de leitura e escrita, como trabalhar com a dislexia, pesquisar os fatores causadores e os sintomas da dislexia e analisar sobre o diagnóstico e o tratamento do disléxico. 
Justifica-se a relevância deste estudo, na necessidade entender a dislexia que ainda é um tema com certa complexidade, mostrando o despreparo dos profissionais em educação e instituições de ensino em trabalhar com alunos portadores de dislexia, pois toda a unidade de ensino deve atender aos princípios legais da educação, não excluindo ninguém, valorizando e respeitando as diferenças e as diversidades de cada um dentro da sala de aula, estimulando o prazer em aprender. 
Para atender o objetivo da pesquisa, serão citadas algumas ações que podem ser utilizadas para que ocorra uma mudança na aprendizagem de alunos disléxico,é como seus educadores irá desenvolvem suas aulas,o professor deve estar aberto para lidar com as diferenças, observar e conhecer o aluno, pois cada individuo tem o seu tempo, seu ritmo pode ser mais lento, apresentar dificuldades .Dessa forma, a pesquisa visa colaborar para que os professores das mais diversas áreas e pais possam refletir sobre suas práticas pedagógicas e o emprego de metodologias de aprendizagem especializadas preparando os alunos com dificuldades, dando a eles uma atenção, fazendo com que esse aluno tenha mais socialização, estabelecendo laços no ambiente escolar e na vida social.
Para isso, será relatado o que vem ser a dislexia, seus principais sintomas e formas de sanar essa dificuldade, abordando ainda a importância da qualificação profissional e a formação continuada no diagnóstico e na intervenção durante o processo educativo do disléxico. 
No que se refere aos seus procedimentos práticos, este trabalho é um estudo de natureza bibliográfica acerca da dislexia, o qual busca o entendimento das dificuldades da pessoa portadora desse distúrbio, visando alcançar os objetivos propostos. A pesquisa será realizada por meio da leitura em livros, revistas, artigos, sites e outras fontes eletrônicas as quais abordam o tema proposto.
2. A DISLEXIA E SUAS DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA
A leitura é uma aprendizagem de grande importância na vida de uma pessoa, abrindo acesso a outras áreas do saber, tanto a leitura quanto a escrita fazem parte do processamento linguístico. A aprendizagem acontece em um processo natural, mas complexo, pois para algumas pessoas é relativamente fácil aprender a ler, já pra outras é mais difícil e vagaroso, por isso essas dificuldades devem ser diagnosticadas o quanto antes, recebendo intervenções que auxiliam o aluno no avanço de seu aprendizado.
Na sociedade atual a competência leitora é uma das mais importantes competências cognitivas e comunicativas. A leitura é o veículo que permite o acesso a todos os outros saberes, quem não tiver um nível aceitável de letramento não poderá acompanhar a rápida evolução dos conhecimentos científicos e tecnológicos, a sua vida profissional e pessoal será seriamente prejudicada. A dificuldade tanto na leitura quanto na escrita, ou seja, dislexia e disortografia, afeta seriamente todas as áreas da vida pessoal, o conhecimento das suas causas, dos processos cognitivos envolvidos na sua aquisição e dos métodos de ensino mais eficientes, são um desafio urgente que se coloca a todos os responsáveis pelo ensino.
Ensinar as crianças a ler, a escrever e a expressar as suas ideias com clareza, são das mais importantes funções dos educadores e escolas. Contrariamente à linguagem oral, a aprendizagem da leitura não emerge naturalmente, necessita ser ensinada explicitamente. Quando as crianças iniciam a escolaridade as expectativas de todos os intervenientes envolvidos no processo de aprendizagem são enormes. A grande maioria das crianças realiza esta aprendizagem sem esforço e com prazer, porém, existe uma porcentagem significativa de crianças que manifestam dificuldades inesperadas e persistentes que geram sentimentos de surpresa, incompreensão e sofrimento que muitas vezes podem ser difíceis de serem percebidos.
Até a poucos anos a origem desta dificuldade era desconhecida, era uma incapacidade invisível, um mistério que gerou mitos, preconceitos e estigmas que acompanharam e ainda acompanham muitas crianças, jovens e adultos.
A tomada de consciência desta dificuldade, inesperada e incompreensível, incentivou a realização de inúmeras investigações com o objetivo de encontrar uma explicação cognitiva e neurocientífica para os processos mentais envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita. 
A educação precisa ser um elo no desenvolvimento pessoal, seja a nível individual ou social, não podendo favorecer apenas os mais capacitados.
Diante da necessidade em incluir alunos especiais na rede regular de ensino, precisamos entender sobre os distúrbios de aprendizagem a qual a dislexia faz parte. 
A dislexia é um distúrbio genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, é um transtorno de aprendizagem que bloqueia a capacidade de ler, escrever, soletrar e entender palavras escritas ou impressas. 
Muitos educadores, escolas e outras instituições de educação descrevem situações em que educandos ditos inteligentes tem muita dificuldade ou nem mesmo conseguem ler pequenos textos ou não tem ortografia correta para a idade. 
A dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, tendo várias características podendo ser percebida desde cedo em crianças com pouca idade.Os disléxicos sempre terão problemas relacionados com a leitura, podendo também ter dificuldades em outras áreas, como realizar algumas atividades que mexam com a coordenação motora, noções de espaço, tempo e organização dependendo de cada pessoa.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.A causa desse distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
Precisamos conhecer as principais características desse distúrbio, que cada vez mais se torna comum nas escolas, para que possamos passar uma educação de qualidade e igualdade a todos os educandos, pois a desmoralização, a baixa auto-estima e déficits nas habilidades sociais podem estar associados com os transtornosda aprendizagem, causando um aumento significativo na taxa de evasão escolar para crianças e adolescentes podendo chegar a aproximadamente 40%.
Os adultos com transtornos de aprendizagem podem ter dificuldades significativas no emprego ou no ajustamento social. Existem evidencias de que atrasos no desenvolvimento da linguagem podem ocorrer em associação com os transtornos de aprendizagem, como a dislexia, embora esses atrasos possam não ser suficientemente severos para indicarem o diagnóstico adicional de transtorno da comunicação.
3.DISLEXIA: UM POUCO DA HISTÓRIA E DEFINIÇÕES
O primeiro passo a ser dado em direção a solução de um problema é buscar sua definição. Conhecer o problema, então, é condição imprescindível para resolvê-lo. Por isso, iremos ver algumas definições acerca da dislexia, a palavra dislexia significa: DIS = distúrbio ou dificuldade; LEXIA = do latim “leitura” e/ou do grego “linguagem”. Assim, DISLEXIA é um distúrbio de linguagem.
A primeira definição importante sobre esse transtorno foi feita em 1937 pelo neurologista americano, Samuel Orton, o qual desenvolveu um trabalho de grande relevância, tendo as suas descobertas apresentado perspectivas inovadoras. 
Segundo a teoria de Samuel T. Orton, a dislexia, como o próprio termo indica não se enquadra na situação de doença, mas de distúrbio, sendo uma dificuldade no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores.Segundo essa definição, a criança não adquire a linguagem de forma correta, embora tenha inteligência suficiente e não apresente nenhum distúrbio cognitivo.Dessa forma, segundo o Dr. Orton pode-se dizer que esse distúrbio não é causado por falha intelectual, emocional ou cultural, mas por hereditariedade. Um fato importante é que os geneticistas do comportamento mostram que há até 50% de probabilidade de um menino nascer disléxico se seu pai for disléxico, e cerca de 40% se a mãe for disléxica. Já a probabilidade de uma menina desenvolver essa afecção é um pouco menor, e o que é herdado, neste caso, não é a deficiência de leitura, mas sim o processo da linguagem. No ano de 1949, em homenagem a Orton, foi fundada a Orton DyslexiaAssociation, percussora da atual Internacional DyslexiaAssociation, esta associação tem contribuído muito na investigação e divulgação dos conhecimentos científicos acerca desse distúrbio. 
Outra definição importante sobre dislexia que também se encontra na em obras importantes e de renome, é da International Dislexia Association, elaborada no Comitê de Abril de 1994. Segundo essa teoria, que é atualmente a mais usada nas pesquisas de neuroanatomia e neuropsicologia, dentre as várias dificuldades de aprendizagem, a dislexia é a que tem origem constitucional e é caracterizada pela dificuldade em decodificar palavras simples em uma idade em que isso não é mais aceitável. 
A criança apresenta uma insuficiência no processo fonológico e também um atraso na aquisição e uso da linguagem. A dislexia também pode ser chamada de dificuldade oculta ou dificuldade invisível, já que ela não está ligada a alterações físicas palpáveis e notada por qualquer pessoa. Estudos mostram que há uma pequena diferença na constituição cerebral de uma criança que apresenta essa dificuldade e outra que não apresenta. Entretanto, essa diferença é muito pequena e não pode ser detectada por técnicas de exames mais comuns. 
Existe a possibilidade de que a dislexia possa ter uma causa cerebral, embora ainda haja muitas dúvidas quanto a essa questão. Mas foi constatado que o volume do lobo temporal direito é maior que o esquerdo, atribuindo, assim, a existência de uma base neurológica e biológica para o distúrbio.
Nas últimas décadas os estudos realizados com as modernas tecnologias de imagem, Ressonância Magnética Funcional, permitiram observar o funcionamento cerebral durante as atividades de leitura. Os resultados desses estudos vieram proporcionar uma prova visível e incontornável, da existência de uma perturbação da leitura e escrita, ou seja, Dislexia e Disortografia, perturbação de génese neurobiológica, causada por um déficit no funcionamento das zonas cerebrais intervenientes nas atividades de leitura, um déficit fonológico.
Desde que a dislexia começou a chamar a atenção da comunidade científica, o próprio termo em si, bem como a sua definição, tem sido uma questão recorrente.
Uma perturbação que se manifesta por dificuldades na aprendizagem da leitura, apesar das crianças serem ensinadas com métodos de ensino convencionais, terem inteligência normal e oportunidades socioculturais adequadas. Os problemas são causados por déficits cognitivos básicos que são frequentemente de origem constitucional. 
Em 1994, o “Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais”, o DSM IV, incluiu pela primeira vez, a dislexia nas perturbações de aprendizagem, utilizando a denominação de Perturbação da Leitura e da Escrita e estabelece os seguintes critérios de diagnóstico: O rendimento na leitura e escrita, medidos através de provas normalizadas, situa-se substancialmente abaixo do nível esperado para a idade do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a sua idade, esse distúrbio interfere significativamente no rendimento escolar, ou atividades da vida diária que requerem aptidões de leitura e escrita.
A definição do DSM IV, é que a dislexia é uma dificuldade significativa na descodificação das palavras e na escrita que tem na sua origem um déficit a nível do sistema fonológico. Os estudantes com baixas capacidades cognitivas, déficits sensoriais, ou perturbações emocionais, também podem ter dislexia, nestes casos os déficits extras irão exacerbar os problemas de leitura.
								Fonte:(Nova Escola).
4. A DISLEXIA SEUS SINAIS, CARACTERÍSTICAS E DIAGNÓSTICOS
Como há uma grande falta de recursos em boa parte das escolas, devido as salas de aula lotadas e os professores com dificuldades de atender os alunos individualmente,fica mais difícil detectar a dislexia em um aluno.
Crianças com dislexia confundem as letras com grande frequência e demonstram dificuldades das palavras e no reconhecimento dos fonemas e das letras.
De acordo com Salgado, Lima e Ciasca:
As principais características observadas na Dislexia são: alterações na velocidade de nomeação de material verbal e memória fonológica de trabalho, dificuldades em provas de consciência fonológica (rima, segmentação e transposição fonêmicas), nível de leitura abaixo do esperado para idade e nível de escolaridade, escrita com trocas fonológicas e ortográficas, bom desempenho em raciocínio aritmético, nível intelectual na média ou acima da média, déficits neuropsicológicos em funções perceptuais, memória, atenção sustentada visual (problemas na seleção e recrutamento de recursos cognitivos necessários para o processamento da informação visual) e funções executivas (planejamento, memória operacional, capacidade de mudança de estratégias cognitivas, auto percepção de erros). (LIMA, R. F.; SALGADO. C. A; CIASCA, S. M).
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os sintomas mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades: em ler, escrever e soletrar, entender textos escritos, identificar fonemas, associando-os às letras, reconhecendo-os em rimas e aliterações, também existem dificuldades em decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia), troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia). Junto a esses sintomas também se destacam:desempenho inconstante; demora na aquisição da leitura e da escrita; lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais; dificuldade com os sons das palavras e, consequentemente, como a soletração; dificuldade em associar o som ao símbolo, desconforto ao tomar notas e/ou relutância para escrever; persistência no mesmo erro, emboraconte com ajuda profissional. 
Além destes problemas acima citados, ainda existem, dificuldade para organizar coisas que sigam uma sequência, como, por exemplo, as letras do alfabeto, os meses do ano e a tabuada, também há uma dificuldade em se organizar, a maioria desses sintomas listados está ligada à memória de curto prazo também chamada de memória imediata, e a memória sequencial. A primeira, ou seja, a memória imediata é vital para o processamento de leitura, pois permite guardar informações pelo período de tempo necessário para serem processadas corretamente. Como os disléxicos possuem falhas em relação à memória de curto prazo, há lentidão no processamento de leitura e compreensão de sentido de uma frase ou parágrafo. A segunda, que a memória sequencial, é a responsável pela própria organização mental, por isso, muitas crianças disléxicas chegam atrasadas em encontros, festinhas ou até mesmo têm dificuldades para achar um endereço na lista telefônica, endereços de colegas, amigos e parentes.
O diagnóstico da dislexia é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar, contando com médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e especialistas em neurologia. Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem, o ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;
O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente, significa apenas que é portador de um distúrbio que pode ser corrigido ou atenuado, o tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda e de muita persistência tanto da própria pessoa com dislexia quanto da família e comunidade escolar, os disléxicos devem dar preferência a escolas preparadas para atender suas necessidades específicas.
Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social por isso é muito importante estabelecer um diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores desse transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre a autoestima e a vida social da pessoa com dislexia.
Segundo Torres et Fernandez (2001), em três tipos: a dislexia “disfonética” ou auditiva; a dislexia “diseidética” ou visual e a dislexia “aléxica” ou visuoauditiva.
Sendo a dislexia “disfonética” a mais frequente, tem como principal característica e a dificuldade de integração letra – som, isto é, a soletração não se assemelha à palavra lida. O erro mais visível é a substituição semântica, com alteração de uma palavra por outra de sentido semelhante (ex.: pasta por mala). A dislexia “diseidética” é caracterizada por uma deficiência primária na perceção de palavras completas. O erro mais comum é a substituição de uma palavra ou fonema por outra de sonoridade idêntica (ex.: apertar por apartar). Por fim a dislexia “aléxica” onde o indivíduo manifesta uma quase total incapacidade para a leitura. Esta verifica-se tanto na análise fonética das palavras como na percepção de letras e palavras completas.
5. O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMILIA JUNTO AOS ALUNOS COM DISLEXIA
A Escola tem procurado buscar novos conceitos sobre o ensino dentro do ambiente escolar, para isso tem buscado conceitos e teorias que tentam descrever e explicar o modo de passar os conteúdos aos educandos, como o mesmo comporta-se em de aula e a maneira como o professor atua nela. Assim a escola funciona como um aparelho de reprodução, não só educacional como também sócio econômico e cultural, auxiliando na manutenção da vida escolar e pessoal dos seus alunos, incluindo, também, conceitos educacionais como a forma de ensinar, o processo pedagógico, a postura do professor e o próprio currículo que são relações de força e de poder efetivamente constituídos em uma sociedade. Segundo Carvalho: 
Remover barreiras à aprendizagem é pensar em todos os alunos como seres em processo de crescimento e desenvolvimento, que vivenciam o processo de ensino-aprendizagem de maneiras diversas, seja por suas diferenças individuais, seja por seus interesses e motivações (CARVALHO, 1998, p. 61).
A escola tem procurado formas de minimizar as diferenças entre os alunos, sejam essas diferenças sociais, culturais ou físicas, entre outras, buscando minimizar problemas de “exclusão” entre os alunos, no caso de alunos com dificuldades de aprendizagem, as escolas tem procurado dar mais atenção, embora que ainda difícil, pois existem muitos professores que ainda não estão capacitados e/ou preparados para atender alunos com certas dificuldades.
A função de educar, específica da escola, é proporcionar um conjunto de práticas planejadas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem, de maneira crítica e construtiva, de determinados conteúdos sociais e culturais, considerados essenciais ao desenvolvimento.
Ensinar, então, representa o uso de conhecimentos, técnicas e metodologias novas e úteis ao professor para que o mesmo possa receber e trabalhar com alunos com baixo rendimento, e dificuldades na leitura e na escrita, como são o caso de alunos com dislexia, essas novas técnicas desde que bem selecionadas com o propósito de mediar à relação entre o conhecimento e o aluno, podem transformar, uma criança com dislexia, por exemplo, em um adulto com maior capacidade de prosseguir e progredir nos estudos e na vida.
Todo esforço é válido para ensinar um aluno disléxico a ler e processar informações com muito mais eficiência. É preciso utilizar métodos adequados para que a dislexia possa ser abatida.
O papel dos professores e principalmente dos familiares é de identificar esse distúrbio e buscar entender a maneira como eles aprendem, pois a dislexia precisa de um tratamento apropriado. Em todo tratamento é importante destacar a identificação dos sons, lendo em voz alta com o auxílio de um adulto para corrigi-los repetidas vezes. Conforme Tavares: 
O professor deve ler as atividades da criança de tal maneira que ele não subestime a sua habilidade. Respostas orais são as melhores indicações de sua habilidade do que o trabalho escrito. A avaliação deve ser feita de acordo com o seu conhecimento e não com suas dificuldades e seus erros ortográficos. (TAVARES, 2008, p 22)
A ação do educador será necessária para a construção da aprendizagem do aluno disléxico, pois dessa forma, compreendem as especificidades de cada educando, avaliando-os de acordo com seus avanços, enfim, reconhecer passo a passo esses progressos·É importante destacar que os alunos recebam estímulos por todas as suas conquistas na aprendizagem, pois assim, os mesmos irão criar táticas para progredir em sua aprendizagem, conseguindo então se tornar bem mais confiantes de suas capacidades, evoluindo dia após dia.
É preciso também desenvolver outras estratégias para melhorar o desempenho do aluno como: respeitar o ritmo de aprendizagem, dizer sempre que a criança é inteligente e nunca dizer que ela é lenta ou não inteligente, trabalhar com atividades que desenvolva a consciência fonológica na sala de aula, independentemente do assunto, incentivar a autoconfiança e evitar que leia em voz alta na frente dos colegas para que eles não sejam constrangidos diante de todos.
Esse trabalho em conjunto entre a família, a escola e o educando merece muito amor e dedicação por parte do professor dentro da sala de aula, pois é preciso perceber no decorrer do caminho o avanço na construção do seu aprendizado do aluno, sob orientação, é claro, da prática pedagógica do docente que entenda a dislexia.
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término do presente estudo, pode-se concluir que todosos objetivos foram alcançados. Na prática entende-se que é possível a criança a compreender e assimilar bem as matérias desde que haja preparação por parte do educador, na teoria fala-se em garantir o acesso do aluno à escola é dever da instituição governamental, mas a permanência dele no ambiente escolar tanto depende do governo quanto da própria escola e da atuação do professor em sala de aula apoiado também pelos pais desse aluno. E se a criança apresentar alguma necessidade especial, mais preparação vai ser requerida do educador. O compromisso da escola não é somente ensinar, mas proporcionar meios para a aprendizagem aconteça, buscando entender, compreender como lidar com tais distúrbios de aprendizagem.
Este estudo permitiu concluir que não é simples o trabalho do educador, mas em conjunto com a família o trabalho vai se tornar muito mais eficiente, portando conclui-se o quão gratificante foi pesquisar e entender sobre o tema dislexia, tanto para a minha futura formação, quanto para a minha vida pessoal, por ter uma filha com este distúrbio, nos tornando mais unidas e fortes para vencer todos os obstáculos da vida.
REFERÊNCIAS
CAFARO, Sonia. Todas as crianças são especiais. In: Educação. Ano 26. N° 2/19. Julho, 1999.
CARVALHO, Rosita Edler. Integração e inclusão: do que estamos falando? IN: Brasil. MEC. Salto para o futuro. Educação Especial: tendências atuais. Brasília: 1998.
DE ALMEIDA, Giselia S. dos S. Almeida. Dislexia: o grande desafio em sala de aula. Disponível em: <http://www.faculdadedondomenico.edu.br/> Acesso em 14 de julho de 2017.
DISLEXIA- APRENDER A APRENDER.Disponível em:http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/2933/Tese%20Dislexia%20%20Aprender%20a%20Aprender%20%20%20S%C3%B3nia%20Abreu%20Doc%20Fina.pdf?sequence=1.Acesso em 02 de Setembro de2017.
NOVA ESCOLA,Dislexia-no-cerebro.Disponível em:<http://rede.novaescolaclube.org.br/files/dislexia-no-cerebrojpg>.Acesso em 30 de agosto de 2017. Acesso em 30 de agosto de 2017.
FERNANDES, Patricia P. Dislexia um dos entraves da educação. Disponível em: <http://pedagogiaaopedaletra.com/monografia-dislexia-um-dos-entraves-da-educacao/>Acesso em 30 de julho de 2017.
LIMA, R. F.; SALGADO. C. A; CIASCA, S. M.Atualidades na dislexia do desenvolvimento.Disponível:<http://portalcienciaevida.uol.com.br/esps/edicoes/38. Acesso em:12 de agosto de 2017.
LANHEZ, Maria Eugência; NICO, Maria Angela. Nem sempre é o que parece: como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. 11 ed.. Rio de Janeiro: Elseiver, 2002. Acesso em 10 de agosto de 2017.
REVISTA NOVA ESCOLA. Distúrbios de aprendizagem. Ano XIV n°123, junho de 1999, página 16, visto em 26 de agosto de 2017.
REVISTA NOVA ESCOLA. Inclusão: todos juntos sem preconceito. Ano XVIII n°165, setembro de 2003, página 46. Visto em 26 de agosto de 2017.
SHIRMER, Carolina R. FONTOURA, Denise R. NUNES, Magda L. Magda L. Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n2s0/v80n2Sa11.pdf>. Acesso em 18 de julho de 2017. 
TAVARES, H. V. Apoio pedagógico às crianças com necessidades educacionais especiais. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.crda.com.br/tccdoc/43.pdf>. Acesso em 20 de agosto de 2017.
PETRONILO, B. Andréa, DE OLIVEIRA, Lima Douglas, DE OLIVEIRA, P.T Lessandra.Dislexia nas séries iniciais do ensino fundamental: como facilitar o aprendizado. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br> Acesso em 12 de julho de 2017.
VARELLA, Drauzio. Distúrbios de linguagem - DISLEXIA. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br>. Acesso em 18 de julho de 2017.

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