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Resposta do Sistema Cardiovascular e Pulmonar ao Exercício Resposta ao Exercício Físico Respostas clínicas Respostas hemodinâmicas Respostas Clínicas • Boa perfusão periférica • Rubor da pele • Sudorese quente • Elevação proporcional da FC e PA RESPOSTA ADEQUADA DO DC Respostas Clínicas • Dor torácica (dor do miocárdio – opressão associado com formigamento do MMSS esquerdo, pescoço e mandíbula) • Dispnéia, fadiga, cansaço • Sudorese fria, palidez, cianose de extremidades, tontura, turvação visual • Fadiga de membros inferiores • Claudicação RESPOSTA INADEQUADA Respostas Hemodinâmicas • Frequência cardíaca • Pressão arterial • Débito cardíaco • Volume sistólico Quando começa um exercício há estimulação do SN simpático que vai liberar catecolaminas que vão estimular o nó sinusal ↑ o nº de estímulos elétricos. Frequência Cardíaca ↑ FC – linear e proporcional a intensidade Esforço Submáximo - ↑ FC até uma intensidade alvo e estabiliza Esforço Máximo - ↑ FC até uma exaustão do indivíduo e não há estabilização. 220 – idade Este ↑ se deve a 2 mecanismos: ↓ do tônus vagal sobre o coração, Ativação do componente simpático Frequência Cardíaca Quanto maior a FC menor é o tempo de sístole e diástole. Quando está no esforço máximo a diástole fica mais prejudicada, pois o tempo dela é menor, não dando tempo do ventrículo encher de sangue para uma outra contração. Frequência Cardíaca • Células marcapassos + estímulos neuronais pós-ganglionares simpáticos e parassimpáticos (SNA) ↑ FC acontece 1º pela inativação do parassimpático e depois pela ativação do simpático ↑ estimulação simpático ↑ FC ↑ adrenalina / noradrenalina Frequência Cardíaca Elevação desproporcional em relação a carga de trabalho • Sedentarismo • Repouso prolongado no leito (48h) • Ansiedade • Anemia • Hipertireoidismo Frequência Cardíaca Incompetência Cronotrópica: incapacidade do paciente elevar a FC a 85% da máxima prevista para a idade. • Coronariopatia • Miocardiopatia • Maior mortalidade Frequência Cardíaca Pós – Treinamento: Bradicardia de Repouso ↑ do tônus vagal no coração ↓ do tônus simpático ↓ FC intrínseca de marcapasso Pressão Arterial • PAS aumenta com a carga de trabalho (não ultrapassando 220 mmHg) • PAD permanece inalterada ou varia +- 10 mmHg Ainda não existe consenso sobre os valores normais de variação da PA durante o esforço. Varia de acordo com a idade, sexo e raça Volume Sistólico É bastante influenciado pelo exercício físico e junto com a FC garante um DC adequado. A regulação do VS ocorre por 3 variáveis: • Volume diastólico final – pré carga • Pressão arterial média – pós carga • Força de contração do miocárdio ↑ VS ↑ Retorno Venoso Vasoconstrição: constrição das vênulas. O simpático atua na musculatura da vênulas Ação dos músculos esqueléticos Bomba muscular Bomba respiratória: pressão negativa do diafragma. A pressão puxa o ar p/ dentro e do mesmo jeito o sangue vai para a cavidade abdominal ↑ Pré - carga ↑ Volume Diastólico Mecanismo de Frank - Starling↑ VS A bomba muscular. Quando os músculos esqueléticos se contraem, eles comprimem as veias das pernas e auxiliam o retorno venoso ao coração. As válvulas do interior das veias asseguram que o sangue volte ao coração. Débito Cardíaco • Durante o exercício há um ↑ DC para que haja um adequado suprimento de O2 para a musculatura ativa – “Volume de sangue ejetado por minuto” DC = VS x FC DC = PA x RVP • Distribuição do débito cardíaco durante o exercício: Para levar + O2 para os mm –↑ fluxo sangue nos músculos em exercício (substâncias vasodilatadoras locais) –↓ fluxo sangue nos músculos que não estão sendo exercitados, sist digestório e sist renal –↑ perfusão cutânea (determinado pelos centros termorreguladores centrais) • Distribuição do débito cardíaco durante o exercício: –Repouso: 3 a 4 ml/min/100g mm – Exercício intenso: 50 a 80 ml/min/100g mm • Fluxo de sangue nas coronárias: – Repouso: 225 ml, 0.7 a 0.9 ml/g mm – Exercício: 900ml (↑3 a 4x), 2.8 a 3.6 DC = FC x VS Repouso DC FC Volume Ejeção Destreinado 4970 ml 70 bpm 71 ml Treinado 5000 ml 50 bpm 100 ml Fatores neurais centrais (antecipação) Ativação simpática Fatores circulatórios (↓ pressão venosa) Fatores hormonais (adrenalina e noradrenalina) ↑ DC A PCO2 tende a ↑ durante o exercício, para eliminar o excesso de CO2 produzido pelo músculo esquelético. Ocorre o ↑ da ventilação. ↑ de DC a direita + ↓ da resistência pulmonar = maior perfusão (fluxo sanguíneo e relação V/Q homogênea, ↓ do espaço morto fisiológico). Menor afinidade da hemoglobina com O2, curva de dissociação da hemoglobina deslocada para direita FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • São dividas em 4 fases. • Primeira fase: • Ocorre em internamento hospitalar. • Cinesioterapia respiratória, mobilização articular, exercícios dinâmicos coordenados com a respiração. • PACIENTE DEVE ESTAR COMPENSADO FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Primeira fase: O tratamento fisioterapêutico na fase hospitalar baseia-se em procedimentos simples, como: Exercícios metabólicos de extremidades( para aumentar a circulação) Exercícios respiratórios para eliminar (obstruções respiratórias e manter os pulmões limpos) Exercícios ativos para manter a amplitude de movimento e elasticidade mecânica dos músculos Treino de marcha em superfície plana e com degraus (reduzindo os efeitos prejudiciais do repouso prolongado no leito) FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Primeira fase: Nessa fase a duração total dos exercícios devem ser em torno de 20 minutos, duas vezes ao dia. Durante o exercício, o aparecimento de alguns sinais e sintomas, tais como: fadiga, dispnéia, cianose, palidez, náuseas, 20 bpm acima da frequência cardíaca de repouso e pressão sistólica 20 mmhg acima dos níveis de repouso e ainda o índice de percepção de esforço de Borg, indica a interrupção do exercício. A hipotensão arterial indica grande comprometimento da função de bomba ventricular. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2: • Feita em ambulatório. • Estratifica- se o risco comprova de esforço e programação de exercício terapêutico, sob avaliação clínica e monitorização eletrocardiográfica. • Pode ser iniciada 24 h após a alta hospitalar. • Duração média de 2 a 3 meses. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 3: • Realiza-se em domicílio ou ambulatoriamente com supervisão direta de um profissional de educação física. • Objetiva evitar a progressão da enfermidade e ocorrência de eventos cardiovasculares. • A duração varia de 6 a 12 meses. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2 e 3: “O programa de exercício deve ser individualizado em termos de intensidade, duração, frequência, modalidade de treinamento e progressão” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDOLOGIA, 2005). Essa fase deve também ser realizada sob a supervisão do médico, como ato contínuo a fase 1. O período de exercícios pode ser iniciado 24h após a alta hospitalar, sempre considerando o estado clínico do paciente. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2 e 3: Esta fase tem como objetivo melhorar a função cardiovascular, a capacidade física de trabalho, endurance, flexibilidade, educar o paciente quanto à atividade física, modificação do estilo de vida, melhorar o perfil psicológico, preparar o paciente para o retorno de suas atividades. Após o término bem sucedido da fase 2, o paciente passa para a 3, quepode ser realizada em casa, clínicas especializadas, programas comunitários ou em outro local com supervisão. Durante a fase 3, a prescrição de exercícios deve ser revista periodicamente, incorporando os ganhos obtidos. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 2 e 3: O objetivo da fase 3 é promover adaptações no sistema cardiovascular, para que os pacientes retornem, o quanto antes, às atividades profissionais, esportivas e de lazer com maior segurança. A fase 3 é na maioria das vezes um programa supervisionado e intermitente monitorizado. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 4: • Longo prazo, sem data definida. • Avaliações que não devem passar de 1 ano. • Não necessita de supervisão de rotina. • Qualidade de vida e controle de fatores de risco. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 4: A fase IV é caracterizada por pacientes que optem realizar o tratamento domiciliar, ou em outro ambiente externo. O programa de exercícios deve ser prescrito por profissional especializado (médico, fisioterapeuta, educador físico), com a finalidade de se obter o benefício clínico e uma melhora contínua da função cardiorrespiratória. FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA • Fase 4: Essa fase é geralmente considerada um programa de manutenção, quando a maioria dos parâmetros físicos e fisiológicos estão estagnados. Esta fase é também apropriada para indivíduos sedentários sem doença cardíaca, cujo objetivo é melhorar a aptidão física e prevenir problemas de saúde associados à inatividade física. Para estes indivíduos, a fase IV destaca primeiro os ganhos funcionais, o condicionamento e a sua manutenção posteriormente. Fases da reabilitação cardíaca Etapas da Reabilitação cardíaca • Para Regenga (2010), o programa de RC envolve três etapas: aquecimento, treinamento e desaquecimento. • Segundo o autor é necessário registrar diariamente as respostas de frequência cardíaca e pressão arterial e dos sinais e sintomas apresentados durante as sessões de tratamento. Etapas da Reabilitação cardíaca • O aquecimento deve ter duração de 5 à 10 minutos, sendo efetuados exercícios de alongamentos dinâmicos e aeróbicos e de coordenação associados a exercícios respiratórios. • Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas musculoesquelético e cardiorrespiratório para a fase de condicionamento. Etapas da Reabilitação cardíaca • Na etapa do condicionamento são realizados exercícios aeróbicos e exercícios de resistência muscular; com duração de 40 minutos dependendo da capacidade do indivíduo. A frequência cardíaca deve ser aferida durante esse período, bem como a pressão arterial. Etapas da Reabilitação cardíaca • Marques (2008) defende que o condicionamento visa estimular o paciente a uma frequência cardíaca programada a fim de obter efeito de treinamento. • A intensidade do esforço deve ser aumentada gradualmente até o nível de treino programado. • Os exercícios aeróbicos, rítmicos e dinâmicos são enfatizados e planejados de maneira a exercitar os grupos musculares das extremidades superiores e inferiores. Etapas da Reabilitação cardíaca • Os exercícios aeróbicos envolvem os grandes grupos musculares, têm duração típica entre 20 e 40min, e são capazes de elevar o consumo de oxigênio acima do nível de repouso. • Este tipo de treino melhora significativamente o funcionamento do coração, pulmões e todo o sistema cardiovascular contribuindo para uma entrega de oxigênio mais rápida por todo o corpo. Etapas da Reabilitação cardíaca • Sequencialmente aos exercícios aeróbicos são realizados os exercícios de resistência muscular, que constituem-se de contrações dinâmicas realizadas em três séries com o máximo de repetições possíveis, sem ou com baixa resistência e intensidade, longa duração predominando o fator aeróbico. • Não visam hipertrofia muscular, mas sim o aumento no fluxo sanguíneo local e uma melhora ou neoformação vascular. Etapas da Reabilitação cardíaca • Quando exercícios intensos são subitamente interrompidos, principalmente se o indivíduo permanece de pé, há uma tendência do sangue acumule nos membros inferiores, resultando em uma diminuição do retorno venoso ao coração. • Em consequência disso há elevação da frequência cardíaca e aumento da demanda miocárdica de oxigênio. Hipotensão arterial, hipofluxo cerebral com cefaléia, tonteira ou desmaio também podem ocorrer como consequência. Etapas da Reabilitação cardíaca • Por esta razão, com o objetivo de retornar o organismo às condições de repouso com valores de pressão arterial e frequência cardíaca próximo aos basais e prevenir o aparecimento de lesões musculares, • Regenga (2000) defende a realização de cinco minutos de caminhada de baixa intensidade utilizada para prevenir a estagnação do sangue nas extremidades, particularmente nas pernas, três minutos de alongamento associado aos exercícios respiratórios. Reabilitação cardíaca • Aquecimento de 5 a 10 minutos. • Condicionamento por cerca de 20 a 40 minutos: • A) Aeróbio. • B) Resistido. • Relaxamento de 5 a 10minutos. O papel do profissional fisioterapeuta nos programas de RC • A fisioterapia tem sido considerada um componente fundamental na reabilitação de pacientes cirúrgicos cardiovasculares com o intuito de melhorar o condicionamento cardiovascular e evitar ocorrências tromboembólicas e posturas antálgicas, oferecendo maior independência física e segurança para alta hospitalar e posterior recuperação das atividades de vida diária. O papel do profissional fisioterapeuta nos programas de RC • As ações do profissional fisioterapeuta nos programas de reabilitação cardíaca concentram- se principalmente nos aspectos físicos da recuperação, “minimizando os efeitos da perda de condicionamento prejudicado pelo repouso no leito e intensificando o funcionamento cardiovascular e musculoesquelético” (PRYOR e WEBBER, 2008). O papel do profissional fisioterapeuta nos programas de RC A avaliação, condução de exercícios respiratórios e assistidos ou ativos, deambulação supervisionada subida de escadas e outras, são algumas das atividades que devem ser realizadas pelo profissional fisioterapeuta, sempre de acordo com as condições do paciente. Outras funções importantes se destinam à orientação ao exercício, a automonitorização e a descrição das atividades para serem realizadas em casa, pelo paciente.
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