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PROC PENAL II

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PROC. PENAL II
PROF. eugeniuszcruz@gmail.com
AV1 – 
Trazer o CC 5 e 8 manuscritos e com doutrina (não precisa jurisprudência)
Trazer comprovantes de postagens dos casos do 1 ao 8 (exceto o 7)
CC até a aula 8 (exceto a 7) 
Teoria geral da prova e Prova em espécie > será bastante cobrada (aulas 1 a 3) > ECD, Prova pericial, meios, fontes de prova, Interrogatório, Confissão (retratável, divisível, personalíssima)!!, Depoimento do acusado e da vítima
Prova testemunhal > menor e deficientes podem > saber os impedidos de depor
Estudar muito EMENDATIO e MUTATIO libelli (falar q tem q prestigirar os princ. da ampla defesa e contraditório)(magistrado q erra aqui comete error in procedendo)
Estudar muito princ. da correlação e adstrição
JEC > rito
AV2 – 
AULA - 28/02/2018
** anotar na matéria de penal: MP para denunciar só faz o juízo de TIPICIDADE (não faz o juízo de antijuridicidade e da culpabilidade) > se houver qq legítima defesa, etc, isso só será visto no processo
DOCUMENTÁRIO > o processo de Franz Kafka > cidadão é levado à prisão sem nenhuma informação e não teve o direito de provar nada em contrário > 
BIBLIOGRAFIA: (em ordem de preferência)
AURI LOPES JR (melhor de todos) > 
RENATO BRASILEIRO > segundo melhor > 
PAULO RANGEL (desembargador tjrj) > 
EUGENIO PACCIELLI
GERALDO PRADO: “O SISTEMA ACUSATÓRIO” (para entender o processo penal) > é livro de concurso 
HUMBERTO AVENA (é livro de concurso)
ROGÉRIO GRECO >
GUSTAVO BADARÓ 
I – TEORIA GERAL DA PROVA 
NOÇÃO
prova direta
prova indireta
indícios 
ELEMENTOS DE PROVA
FINALIDADED
OBJETO
Não são objeto de prova
PRESUNÇÃO (iuri et de iure e iuris tantum)
FONTES
MEIOS DE PROVA
MEIOS DE INVESTIGAÇÃO
2 – SISTEMA DE APRECIAÇÃO
ÍNTIMA CONVICÇÃO
PROVA TARIFADA
CONVENCIMENTO MOTIVADO ou PERSUAÇÃO RACIONAL (art. 93, IV CF88; Art. 155, CPP)
3 - ATOS PROCESSUAIS
PROCEDIMENTO (comum, sumário, dos JECS, e Juri)
SENTENÇA
4 - TEORIA GERAL DOS RECURSOS
RECURSOS EM ESPÉCIE
TEORIA GERAL DA PROVA
Defina Processo Penal e sua finalidade:
é forma de reconstrução histórica de um fato, p/ instruir julgador a concluir se houve crime ou não
Defina PROVA
É conjunto de atos q visam formar convicção do juízo sobre a existência de crime ou não
**Hj verdade real (material), chama-se processual, que é aquela construída para o processo 
Defina Prova Direta e Indireta:
Direta > aquela q recai diretamente sobre o fato a ser provado
ex testemunhas do fato > imagens de câmeras de vídeo
Indireta > (ou indícios) aquela q permite concluir o fato pela indução ou raciocínio lógico
ex mulher morta no apto, e câmeras de vídeo mostram ela subindo com outro elemento, que desce 1h depois, com outra camisa > dps acha-se a arma do crime na casa do indivíduo
Art. 239.  Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
** não é possível a condenação somente em indícios > é preciso haver provas diretas, como por exemplo, a pericial 
Defina Elementos de Informação:
São aqueles colhidos durante a fase de investigação, sem o contraditório (participação dialética das partes) > apenas q forem contraditados é que tornam-se provas
Defina Elementos de Prova:
É O CONJUNTO PROBATÓRIO inserido no processo que permitem ao juiz exercer sua atividade julgadora
Qual a finalidade da PROVA?
permitir a convicção do juízo)
resumo:
OBJETO de prova > são todos os fatos passíveis de prova e os objetos do crime (ex cadáver, potencialidade lesiva da arma de fogo, lei estadual ou municipal, portarias, direito estrangeiro, costumes no caso de furto noturno)
FONTES de Prova > pessoas (fontes pessoais) q presenciaram o crime e DOCUMENTOS sobre os objetos do crime (fontes reais)
MEIOS de Prova > é como as fontes de prova são carreadas ao proc (laudos, depoimentos da testemunha)
Defina OBJETO DA prova ou OBJETO DE prova?
São todos os FATOS q interessam à solução do caso e são passíveis de prova p/ atestar a verdade ou falsidade de determinada informação 
ex cadáver; arma de fogo; res furtivae; potencialidade lesiva da arma de fogo;)
ex lei estadual ou municipal, portarias, direito estrangeiro (todos precisam ser provados)
ex costumes (para configurar, por exemplo, furto noturno)
O QUE NÃO SÃO OBJETOS de Prova:
a) Fatos notórios > aqueles q é conhecido por todos (ex que 7 de setembro é feriado; que o Galeão fica na Ilha do Governador)
b) Presunções Legais > são duas:
Iuri et de Iuri (absoluta – não admite prova em contrário) 
	ex só preciso provar a idade do menor, mas não o fato de ele ser inimputável 
(não se trata de questão de 	consciência, mas de política criminal)
Iuris Tantum (relativa - admite prova em contrário) ex maiores de 18 anos são presumidamente imputáveis, mas admite-se prova em contrário por exame pericial
Defina FONTES de prova:
São todas as pessoas que presenciaram fatos e os objetos do crime
PESSOAIS > testemunhas ou o ofendido, peritos 
** interrogatório não é prova, mas meio de defesa (autodefesa)
REAIS > são documentos em sentido amplo 
ex laudo da escuta telefônica; filmagens; laudos; 
Defina MEIOS de prova
São os instrumentos pelos quais as fontes de provas são introduzidas no processo
ex laudos; depoimento escrito da testemunha (não é a testemunha, pq ela é fonte de prova); 
** qq documento é FONTE de prova, mas qdo é juntado aos autos passa a ser MEIO; se necessitar de perícia, essa será o MEIO de prova
Pq MEIO de prova é Atividade ENDOPROCESSUAL:
Pq ocorre DENTRO processo e se desenvolve perante o juiz e as partes
Defina MEIOS de INVESTIGAÇÃO:
São procedimentos extraprocessuais (previstos em lei), com FIM de obter FONTES de prova, Para manter o elemento surpresa, PODEM ser realizados sem a presença do juiz e da comunicação a parte contrária
ex trabalho dos peritos, dos agentes, etc, ECD
obs: MEIO de prova é endoprocessual, meio de investigação é extraprocessual
SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DA PROVA
Quais os 3 SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DA PROVA?
Prova Tarifada > relacionada ao sistema inquisitivo onde certas provas preponderam sobre outras ex confissão era a rainha das provas > 
Íntima Convicção > juiz possui total liberdade para valorar provas (até as q não constam no processo) > não é obrigado a fundamentar decisão > aplicado no júri
Convencimento Motivado ou Persuasão Racional (art. 93, IX CF88; Art. 155, CPP) > magistrado possui certa liberdade p/ valorar das provas dos autos e é obrigado a fundamentar sua decisão conforme art. 93, IX, CF88 > decisões não fundamentadas serão arbitrárias > 
ART. 93 CF88 > 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela EC nº 45, de 2004)
Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
3 - ÔNUS DA PROVA – ART. 156, cpc
Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Lei nº 11.690/08)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal (tem q ser mediante provocação em razão da inércia), a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Lei nº 11.690/08)
II – determinar,
no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Lei nº 11.690/08)
Defina ôNUS de forma geral:
é o encargo (facultativo) q as partes têm de provar pelos meios legais a veracidade de suas afirmações > a parte é livre para exercer ou não, mas se não exercer tem q estar ciente das consequências 
A quem incumbe o ÔNUS da prova no proc penal?
À acusação, pq vigora o P. da Presunção de Inocência, assim, ao réu não lhe incumbe provar nada ** A DEFESA terá DIREITO à contraprova
Defina os seguintes PRINCÍPIOS ligados à prova
P. da comunhão de prova > dps de produzida, a prova pertencerá ao processo
P. da Liberdade das Provas > há ampla liberdade na produção de provas, desde q em conformidade com a lei e à CF88 
EXCEÇÕES: 
prova do estado de pessoas - art. 155, § único, CPP - tem q juntar documentação –resquício da prova tarifada
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Lei nº 11.690/08)
Sigilo profissional ou ministerial – art. 207
Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho
Restrição de apresentação de documentos no júri
Art. 479.  Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Lei nº 11.689/08)
Obrigação de realizar AECD
Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
P. in dubio pro reo > a dúvida deve sempre beneficiar o réu
P. do Imediatismo > o juiz deve colher diretamente as provas (atenção, não pé com a participação das partes
P. do Contraditório > uma vez produzida a prova as partes têm o direito de apreciar e contra argumentar 
Quais os 5 limites do Direito a Prova?
Art. 5º, LVI CF88 - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
A) PROVA ILEGAL (é gênero, com duas espécies) 
1) ILEGÍTIMA > a q viola alguma regra de procedimento processual > ela pode ser repetida 
ex juiz, q antes de ouvir testemunha não faz seu compromissamento (art. 203) > esse depoimento será uma prova ilegítima 
ex MP não arrola testemunha na denúncia, não pode arrolá-la depois 
> OBS: a prova ILEGÍTIMA será desentranhada, mas PODE ser REPETIDA
2) ILÍCITA > a q fere NORMA DE DIREITO material, normalmente a CF88 
ex escuta telefônica não autorizada pelo juiz: 
ex busca e apreensão domiciliar sem ordem judicial; 
ex intervenção no corpo de alguém sem consentimento
	OBS: a prova ILÍCITA será desentranhada, e NÃO PODE ser REPETIDA
B) P. da PROPORCIONALIDADE/Razoabilidade > 
Admissibilidade da prova ilícita na proporcionalidade “pro reo” > ié, prova ilícita pode ser admitida e valorada somente p/ absolver réu (pela T. da exclusão da ilicitude)
PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO > a partir da prova ilícita, obtém-se outra provas lícitas 
Art. 157. (CPP)  São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Lei nº 11.690/08)
P. da CONTAMINAÇÃO > U.S. Corte, 1937 > T. dos frutos da árvore envenenada – Fruit of the poisonous tree (se a árvore está envenenada, os frutos tb estarão) > considerada a prova ilícita, deve-se verificar a contaminação das demais provas > ex na escuta telefônica não autorizada ouve-se q há instrumentos relacionados a um assassinato em determinado local > o juiz então determina A BUSCA e apreensão desses instrumentos
Teoria Da FONTE INDEPENDENTE > U.S., Caso Bynum, 1960 > se o órgão da acusação demonstrar que obteve as provas (novos elementos de informação) a partir de fonte independente, e q não decorra da prova ilícita, esta poda pode ser admissível
> o Caso Bynom foi a primeira mitigação da teoria da contaminação > Bynum estava sendo investigado e na investigação colheram as digitais dele de forma ilegal e essa prova foi considerada ilícita e retirada do proc. > num outro crime, identificaram o Bynom através de suas digitais > e a defesa arguiu a prova ilícita, mas a Corte aceitou a prova, pq a obtenção das digitais era de um outro banco de dados do FBI q já continha as digitais do Bynom de forma legal > e isso legitimou a condenação do Bynom 
Art.. 157, CPP, § 1o  São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Lei nº 11.690/08)
Teoria da DESCOBERTA INEVITÁVEL > caso se demonstre q a prova derivada da prova ilícita seria descoberta de qq forma, independentemente da prova ilícita, essa prova seria admissível
> surgiu no Caso Nickson, na Lousinana-EUA, onde ele estava sendo acusado de homicídio e a partir de uma confissão obtida por métodos não convencionais o indiciado disse onde estava o corpo, q estava em um determinado bosque > 200 voluntários fizeram uma busca no bosque > a Corte considerou a prova lícita pela T. da Descoberta inevitável, pois tendo sido organizado o grupo de 200 pessoas a descoberta seria inevitável e a partir disso, a prova foi considerada lícita (fiquei na dúvida sobre o caso)
AULA - 06/03/2018
Defina PROVA EMPRESTADA?
É a utilização em processo de prova produzida em outro
Qdo a prova emprestada será ou não admissível?
Será, desde que seja submetida a novo contraditório no novo processo
Não será, se ela puder ser reproduzida novamente no novo processo (ex depoimento)
Não será, se sua obtenção tiver Reserva de Jurisdição ex interceptação telefônica; quebra de sigilo bancário
PROVAS EM ESPÉCIE: arts 158, CPP
Defina PROVA PERICIAL 
É a prova técnica produzida no proc penal q exige o domínio de determinado saber técnico
ex perícia em livros contábeis – perito contador
ex exame do crime de lesão corporal - perito médico; 
ex exame de sanidade mental – perito psiquiatra
Defina PERITO:
é pessoa c/ conhecimento técnico-científico na área q o juiz necessite saber p/ solucionar determinado caso 
Defina LAUDO PERICIAL
É o laudo realizado por 1 perito Oficial ou, na falta deste, por 2 pessoas c/ de diploma superior c/ saber técnico naquela área
Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Lei nº 11.690/08)
§1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Lei nº 11.690/08)
§2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Lei nº 11.690/08)
§3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690/08)
§4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690/08)
Defina EXAME DE CORPO DE DELITO – ECD (art. 158, e ss)
Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, (CRIMES NÃO TRANSEUNTES) será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto (art. 167, abaixo), não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
É espécie de prova pericial, realizada sobre pessoa ou objeto relacionados ao crime, q constitua a própria materialidade
do crime investigado
Defina ECD direto e indireto?
Direto > o realizado por 1 perito oficial (ou 2 não oficiais), diretamente sobre o conjunto de vestígios deixados pela infração 
ex exame na vítima de estupro 
ex exame em porta arrombada
Indireto > a análise de outras fontes de prova, ante a impossibilidade da realização do ECD direto ex analisar câmeras de filmagem > o ECD indireto é exceção no ordenamento > somente admitida qdo desaparecem os vestígios do crime > nesse caso a prova testemunhal e/ou documental poderão suprir a falta do exame pericial
Defina CORPO DE DELITO
É o conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime 
ex fechadura arrombada; res furtivae; manchas de sangue no chão; faca deixada; corpos deixados no chão; arma apreendida, etc 
(VAI CAIR A DIFERENÇA ENTRE ECD e CORPO DE DELITO!!)
Mitos no processo penal 
> sem corpo não há homicídio
> 24hs depois do delito, não tem prisão em flagrante
Defina LAUDO COMPLEMENTAR
art. 168 ex do art. 129, §1º (qdo pessoa fica impossibilitada de exercer atividades habituais por + de 30 dias) 30 dias depois ela volta p/ realizar exame complementar > pois laudo não possui caráter prospectivo (para frente) 
Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o  A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
OUTROS EXAMES
AUTÓPCIA – art. 162, CPP
Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único.  Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
EXAME NO LOCAL DO CRIME
Art. 169.  Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos
Parágrafo único.  Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
(ainda dentro das PROVAS) - INTERROGATÓRIO 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Interrogatório não é meio de prova, mas está inserida no meio dos artigos relacionados à prova pq na época do Estado Novo o acusado era fonte e meio de prova > a confissão bastava para fundamentar condenação
Defina INTERROGATÓRIO:
Possui natureza jurídica de meio de defesa (não é mais meio de prova) (CF88 determinou a releitura do CPP): 
> é realizado na AIJ (art. 400, CPP)
objetivos do interrogatório:
> juiz escutar réu sobre fato criminoso a ele imputado 
> acusado contar sua versão dos fatos (direito a autodefesa)
> garantir ampla defesa (autodefesa)
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no Art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado (Lei nº 11.719/08).
> É REALIZADO na presença de defensor, ou será NULO
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o  O interrogatório do réu preso será  realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Lei nº 11.900, de 2009)
P/ Auri Lopes Jr > INTERROGATÓRIO não é meio de prova, mas pode ser uma FONTE DE PROVA
vai cair!!
Defina AMPLA DEFESA: 
Art. 5º, VL, CF88 (q prevê tb o contraditório)
é o direito de o acusado praticar AUTODEFESA (q ocorre normalmente no interrogatório); e apresentar DEFESA TÉCNICA (través de seu defensor)
DEFESA TÉCNICA > é a defesa exercida através de defensor, pois leigo não tem condições de atuar com paridade de armas (abaixo) > essa defesa é indisponível!!!
Direito a escolha > réu tem direito de escolher seu adv. (defensor público não)
Par conditio > princípio da paridade de armas > justifica obrigatoriedade da defesa técnica > direito de se defender em igualmente de condições diante de do MP
AUTODEFESA > é ter os seguintes direitos: (essa defesa é disponível em virtude do princípio constitucional q garante ao réu o direito de permanecer em silêncio - art. 5º!!!)
Direito a audiência (de interrogatório) com o juiz 
Direito a presença nos atos processuais > réu deve participar de todos os atos
Direito a entrevista prévia com defensor > direito a ser orientado > para saber o que deve ou não falar ao juízo
Direito ao silêncio > art. 186, CPP – abaixo > é amplamente majoritário q o direito ao silêncio não cabe quanto aos dados qualificativos
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. (Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. (Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
O que o juiz fará se vítima se sentir intimada pela presença do réu?
Art. 217.  Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. (Lei nº 11.690/08)
Como será feito INTERROGATÓRIO com preso em outro Estado?
a princípio Estado tem arcar com os custos da presença do réu
Como é chamado o sistema de interrogatório no BR?
Sistema presidencialista > o acusado é interrogado diretamente pelo magistrado q preside a audiência – art. 188, CPP
partes (defensor e MP) podem complementar com perguntas ao interrogado
Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. (L. nº 10.792, de 1º.12.2003)
Como é chamado o sistema de inquirição de testemunhas no BR?
Até 2008 era pelo sistema presidencialista, a partir da L11690/08 o sistema é acusatório > inquirição direta pelas partes – art. 212
Art. 212.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. (Lei nº 11.690/08)
Parágrafo único.  Sobre os pontos não
esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. (Lei nº 11.690/08)
Defina INTERROGATÓRIO POR VIDEO CONFERÊNCIA:
É forma excepcional de interrogatório de réu PRESO – art. 185, §2º e 3º e tem q ser fundamentada
§ 2o  Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Lei nº 11.900, de 2009)
I - prevenir risco à segurança pública, (entende-se o risco tem q concreto e fundamentado, pq risco sempre existe) quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa (não basta mera presunção ou fundamentação vaga e imprecisa de que integra organização criminosa) ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; (Lei nº 11.900, de 2009)
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Lei nº 11.900, de 2009) (circunstância pessoal ex réu jurado de morte)
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do Art. 217 deste Código; (Lei nº 11.900, de 2009) (ex testemunha com medo)
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública  (Lei nº 11.900, de 2009)
§ 3o  Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Lei nº 11.900, de 2009) (não cabe recurso sobre essa decisão do juiz)
§ 4o  Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. (Lei nº 11.900, de 2009)
§ 5o  Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso. (Lei nº 11.900, de 2009)
§ 6o  A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por sistema de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Lei nº 11.900, de 2009)
§ 7o  Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o interrogatório não se realizar na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Lei nº 11.900, de 2009)
§ 8o  Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber, à realização de outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou tomada de declarações do ofendido. (Lei nº 11.900, de 2009)
Valor da DA CONFISSÃO (art. 197, CPP)
Art. 197.  O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. (confissão tem valor relativo, permitindo prova em contrário)
> O interesse de confessar seria para reduzir pena (pois é circunstância atenuante genérica) > segunda fase da sentença 
> Confissão é ato personalíssimo, ié, advogado de defesa não pode confessar pelo réu
> ato tem q ser livre e espontâneo
> direito ao silêncio não importa em confissão 
Art. 198.  O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.
> confissão é DIVISÍVEL e RETRATÁVEL > ex confessar que matou mas não confessar que vítima era sua companheira (afasta o feminicídio) > ex confessar que concorreu para o crime de furto e não para o crime de estupro > ex retratar-se da confissão feita na delegacia 
Art. 200.  A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
AULA 13/03/2018
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (art. 201, e §§) (inseridos pela Lei n. 11.690/08)
Art. 201.  Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. 
A Oitiva do ofendido é imprescindível?
Não
Ofendido presta compromisso do art. 203?
Não, pois não é testemunha, já que é parcial e pode haver sentimento de vingança e revanchismo, e isso pode contaminar processo, logo, não responde por falso testemunho – art. 342, CP
Ofendido pode se recusar a depor em juízo?
Não, ele é obrigado e pode ser conduzido coercitivamente – art. 201, §1º (vide tb art. 260)
§1o  Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. 
Art. 260.  Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único.  O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no Art. 352, no que Ihe for aplicável.
Ofendido tem o direito ao SILÊNCIO?
majoritário (na doutrina) q não 
§2o  O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. 
§3o  As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de meio eletrônico. 
§4o  Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido.
§5o  Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do Estado.
§6o  O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. (para evitar muita exposição da vítima)
E se ofendido se sentir intimidado c presença do Réu?
Utiliza a mesma regra da testemunha – art. 217, CPP
Art. 217.  Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. 
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos que a determinaram. 
Depoimento do ofendido é suficiente para condenar o réu
Regral geral a jurisprudência não condena com base somente nas palavras da vítima/ofendido, não, mas há exceções nos crimes contra a dignidade sexual que geralmente não há testemunhas ou crimes de violência doméstica
Defina ACAREAÇÃO (art. 229)
É ato processual onde acusados/testemunhas/ofendidos c/ declarações divergentes são confrontados, p esclarecimentos de pontos relevantes
Art. 229.  A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Parágrafo único.  Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Qual a NJ da Acareação?
é MEIO DE PROVA
** doutrina e jurisprudência entendem q a acareação não é muito eficaz (por isso não é mto utilizada hj)
PROVA DOCUMENTAL – art. 231 ao 238
Defina Prova Documental:
em sentido estrito
É qq doc público ou particular anexado juntado aos autos ex certidão de nascimento; ex carteira de estudante da Estácio
em sentido lato
É qq doc (planilha, email, contrato, etc)
Qdo se pode apresentar prova DOCUMENTAL no proc penal?
Regra geral, em qq fase - art. 231 - (exceção júri – art. 479)
Art. 231.  Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. 
Art. 479.  Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. 
PROVA TESTEMUNHAL
Defina TESTEMUNHA
É qq pessoa desinteressada (inclusive menor, deficiente mental, etc), q seja capaz de depor em juízo e declarar sua percepção sensorial sobre os fatos relevantes ao proc.
*a incapacidade jurídica é irrelevante no proc penal
Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.
** Como ascendente/descententes podem ser testemunhas > eles seriam desinteressados ??
Defina compromisso da Testemunha:
É o compromisso de dizer a verdade, feito antes do início, sob pena de responder por crime de falto testemunho – art. 342, CP
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
Defina as seguintes CARACTERÍSTICAS do depoimento testemunhal:
Judicialidade > deve ser realizado em juízo (mesmo se já ouvido no IP ou CPI), p/ q seja observado o contraditório ou ampla defesa)
Oralidade > art. 204 > não pode ser por escrito, mas pode consultar apontamentos > exceto as pessoas do §1º do art. 221 (essas podem apresentar por escrito):
§ 1o  O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício. (Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Objetividade > testemunha não pode fazer considerações subjetivas sobre pessoas (ela não pode dar achismos, adjetivar pessoas, depreciar, fazer do caráter das pessoas, etc) > 
Incomunicabilidade > visando garantir a autenticidade do ato processual, testemunhas não podem combinar depoimento ou ouvir depoimento da outra
Art. 210.  As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho. (Lei nº 11.690/08)
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua realização, serão reservados espaços separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas.                ( Lei nº 11.690/08)
DEVER DE DEPOR – testemunha tem o DEVER de depor
Qual testemunha pode se RECUSAR a depor?
Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente (pai/mãe; avô/avó; bisavô/bisavó), o afim em linha reta, o cônjuge (inclui o companheiro), ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe (já está no ascendente), ou o filho adotivo do acusado (é qq filho), salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
** testemunha poderá ser conduzida coercitivamente (art. 201, §1º, c/c art. 260)
** se o crime for praticado no âmbito FAMILIAR elas não prestarão compromisso e serão ouvidas como informantes
Qual testemunha será PROIBIDA a depoir?
Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo (líder religioso, médico, psicólogo, etc), SALVO se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. (mas prestam compromisso de dizer a verdade e respondem por falso testemunho, mas estando desobrigadas pelo réu, não respondem pelo crime de revelação de segredo profissional) 
Quais as ESPÉCIES DE TESTEMUNHAS?
Numéricas > aquelas em q a lei estabelece número máximo p arrolamento (art. 401, 422 e 406, CPP)
Extranumerárias > as q extrapolam o nº máximo permitido, por isso são ouvidas por iniciativas do juiz como testemunhas do juízo, e não prestam compromisso (vide art. 209)
Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
Direta > a q visualizou/presenciou os fatos
Indireta > a q ouviu dizer a respeito dos fatos
Informante > quem não presta compromisso (por isso não comete crime de falso testemunho)
Quais os SISTEMAS DE INQUIRIÇÃO de testemunhas?
PRESIDENCIALISTA (revogado na reforma de 2008) > juiz interrogava diretamente a testemunha p/ colher a prova > partes formulavam perguntas ao juiz
ACUSATÓRIO > (sistema atual) partes perguntam diretamente à testemunha
formas de EXAME da testemunha (art. 212, CPP)
Direto > parte q arrolou testemunha formula diretamente a inquirição
Cruzado > qdo Parte inquire testemunha da parte adversa
Art. 212.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. 
Parágrafo único.  Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição 
Como se faz o Reconhecimento de pessoas? - art. 226, CPP
Art. 226.  Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: (será obrigatório fazer assim)
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela; (ex usa vidro fumê)
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único.  O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.
Como se faz o reconhecimento de objeto?
Art. 227.  No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável.
Art. 228.  Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.
BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI N. 9.296/06 (interceptação telefônica)
** É prova q só pode ser produzida com respeito à cláusula de reserva de jurisdição > Art. 1º ... dependerá de ordem do juiz competente > 
** sempre ocorre sobre SEGREDO DE JUSTIÇA > ié, o vazamento do conteúdo é crime do art. 325, CP > 
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
** art. 3º - juiz pode determinar a quebra de ofício, mas boa parte da doutrina entende que é inconstitucional essa parte , mas STF nunca declarou > 
** art. 5º - a decisão q decretar tem q ser FUNDAMENTADA sob pena de nulidade 
** PERÍODO DE DURAÇÃO > de 15d + 15d (só uma vez) > o prazo é curto pq estarão expostas tanto a intimidade do investigado qto de diversas pessoas q entrarem em contato com ele
Quais são os ATOS JURISDICIONAIS no Proc Penal?
Atos decisórios > sentença (cond, absolut. Própria e imprópria); decisão terminativa de mérito e decisão interlocutória
Atos Decisórios
Sentença (é o pronunciamento final do juízo monocrático q julga mérito da causa) > no proc penal se não julgar o mérito não há sentença
Condenatória > é o provimento judicial q julga procedente o pedido do MP, e atesta a responsabilidade penal do acusado pela prática de fato típico, antijurídico e culpável, impondo a ele uma PPL ou PRD
AULA 20/08/2018
Absolutória
Própria > a q julga improcedente a pretensão da acusação e reconhece o estado de inocência do acusado
Imprópria > é q a reconhece apenas a existência de Fato típico e Anti-jurídico, mas não o culpável, pq o réu é inimputável > e aplica MEDSEG > obs: se réu tivesse parcial consciência da ilicitude haveria condenação com certeza
Decisão Terminativa de Mérito > é sentença q põe fim à relação processual (extinguindo feito), julgando mérito, sem, contudo, condenar ou absolver réu (ex reconhecer causa de extinção de punibilidade como prescrição, morte do agente, deferimento de restituição de coisa apreendida)
Decisão Interlocutória > (pode ser simples ou mista) é toda decisão sem carga condenatória q pode acarretar extinção ou não do proc sem enfrentar o mérito , o apenas as que resguardam o andamento do processo 
> ex decidir admissibilidade da denúncia; determinar citação; determinar prisão preventiva; alvará de soltura; (pode ser simples ou mista)
SIMPLES > as q resolvem questões processuais controvertidas sem julgar mérito > ou as q resguardam o andamento do processo
> ex decretar prisão temporária ex converter prisão em flagrante em preventiva 
MISTA > 
Terminativa > a q põe fim ao proc sem enfrentar mérito
ex extinguir punibilidade pela prescrição 
ex resolver questões incidentais de forma definitiva
Não Terminativa > a q resolvem questões incidentes, relativa a uma etapa do processo, sem extingui-lo
ex decisão de pronúncia (q é o juízo de admissibilidade da denúncia, encaminhando processo à 2ª fase – julgamento no plenário do júri)
** As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.
Quais os Requisitos da Sentença? Explique-os?
Relatório, fundamentação e dispositivo
Art. 381.  A sentença conterá:
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; (relatório)
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; (relatório)
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; (fundamentação)
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; (dispositivo)
V - o dispositivo; (é a decisão)
VI - a data e a assinatura do juiz.
Relatório > é um resumo onde o juiz menciona as partes, explica suscintamente a demanda, as teses defensivas e os principais atos praticados no proc;
Fundamentação > onde juiz elenca as causas de fato e de direito q justificarão a decisão > vem da obrigatoriedade constitucional - art. 93 - IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, [...]; ( EC 45/04) – É uma exigência do Estado democrático de Direito p/ possibilitar o controle dos atos do judiciário 
Dispositivo > é a conclusão da sentença (condena ou absolve), indicando os arts. de lei aplicáveis e a decisão 
Classifique as sentenças penais qto à execução?
Executáveis, não executáveis e decisões condicionais (isso não está no CPP)
Executáveis > é a q tem aplicabilidade imediata ex sentença absolutória
(obs: no caso de sentença absolutória, o sarqueamento do alvará pode ser feito na hora no sistema INFOPEN) 
Não Executáveis > é a q depende de algum ato ou provimento futuro para ser executada 
ex sentença condenatória de 1ª instância, q fica condicionada ao trânsito em julgado para ser executada
Decisões Condicionais > as q dependem de evento futuro e incerto para produzir efeitos 
ex suspensão condicional do processo - L9099 (a sentença fica condicionada ao cumprimento do período de prova) 
ex decisão de ext. da pun. numa transação penal no JECrim, q fica condicionada aos requisitos da transação, como pagto de multa, pena alternativa, etc
(vai cair)!!
CORRELAÇÃO ENTRE SENTENÇA E ACUSAÇÃO:
Defina Princ.da Correlação (ou adstrição):
É a vinculação obrigatória q a sentença deve ter com os fatos delituosos imputados pela acusação, p/ não violar o princ. da ampla defesa e o próprio sistema acusatório
Defina EMENDATIO LIBELLI (art. 383, CPP):
Ocorre qdo juiz corrige apenas a tipificação dada pelo MP, sem alterar os fatos descritos 
> ex MP descreve subtração de coisa alheia móvel com violência ou grave ameaça, mas tipifica no art. 155, CP > juiz, de ofício, pode corrigir a imputação p/ art. 157
Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. (parece, mas não vai contra o princ. da correlação, pois esse trata de fatos, e não de capitulação) 
Regra geral, qual o momento para o EMENTATIO?
Via de regra, na sentença (mas pode fazer antes, desde q seja para beneficiar o réu, ex se for do 157 para 155, o q viabilizará estabelecer fiança ou suspensão cond. do proc.)
§ 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.
§ 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. 
Ex do §2º: denúncia tipifica lesão corporal leve (facada no braço) > juiz verifica q tratou-se de tentativa de homicídio e remete o processo para a vara do júri
Defina MUTATIO LIBELLI (*art. 384, CPP):
É qdo no curso do proc surge prova de elemento ou circunstância não descritos na denúncia; assim, ante a impossibilidade de condenação por fato delituoso diverso do que lhe foi imputado deve haver alteração da imputação pela acusação 
ex MP denuncia por furto simples; mas testemunhas informam q réu usou faca (violência, q é elementar do crime de roubo) > Juiz envia ao MP para a mnditar a denúncia
Art. 384. Encerrada a instrução probatória (ié, no interrogatório do réu, ao final da AIJ), se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
§1o  Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o Art. 28 deste Código. (se MP não aditar, juiz mandará ao PGJ) > 
§2o  Ouvido o defensor (DEFESA SE PRONUNCIA SOBRE O ADITAMENTO) do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas,
novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. 
§3o  Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do Art. 383 ao caput deste artigo. (IÉ, se vier definição jurídica menos grave, juiz pode suspender, fazer transação, etc) 
§4o  Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas (PODEM SER NOVAS), no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. (continua o princ. da correlação à denúncia aditada)
§5o  Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (QDO no aditamento MP erra novamente > aí, juiz não manda aditar de novo, e o processo segue e o réu, provavelmente será absolvido)
AULA 27/03/2018
ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL – art. 351 e ss
Defina CITAÇÃO:
E ato de comunicação processual q cientifica acusado de denúncia da prática de crime e viabiliza ao mesmo o exercício de direitos e garantias constitucionais como contraditório e ampla defesa (Art. 5º, VL, CRFB88) , comunicação prévia de acusação criminal (PSJCR art. 8,2, “b”, San Jose – Decr 678)
Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
O q gera a ausência de Citação válida?
Art. 564 ??? CPP > é hipótese de nulidade absoluta do processo
Quais EFEITOS da Citação Válida?
Se instaura a relação angular processual (actum trium personarum) > MP x JUIZ x ACUSADO > 363, CPP > em outras palavra: instaura A acusação, O juízo a quem é endereçada a demanda e A formal ciência do acusado
Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.
Em q momento se caracterizará a LITISPENDÊNCIA no proc penal?
momento do recebimento da segunda denúncia pelo juiz, ié, não é necessária a citação
Em q momento se caracteriza a PREVENÇÃO no proc penal?
momento da mera distribuição da demanda
Quais os GÊNEROS de Citação e as formas de efetivação?
REAL (pessoal) > feita na pessoa do acusado > são 3 espécies
Por Mandado > (351, CPP) > 
Por CARTA 
precatória > temos o juízo deprecante / deprecado > (353, CPP) > é ato de comunicação processual e colaboração entre juízos > qdo acusado está fora do território de competência do juiz
precatória itinerante > art. 355, §1º > 
Rogatória > idem, para acusado fora do país
Réu Preso > (art. 360, CPP) > é feita por mandado
Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado. (vide art.798, CPP)
Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória.
Art. 355 [...] § 1o  Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
AULA 03/04/2018
FICTA (ou presumida) > são 2 modalidades: edital e hora certa > são formas presumidas de que acusado tomará conhecimento da acusação > é modalidade excepcional:
Por EDITAL > (art. 361) > pressuposto: OJA não acha réu, q se mudou para lugar não sabido, etc > edital terá prazo de 15 dias > deve-se aguardar o término do prazo de 15 dias p/ presumir a citação > após os 15 dias, começa o prazo de 10 dias para resposta à acusação > L9099 > JECRIM não admite citação por edital – art. 66 (se réu não for encontrado, o proc é remetido à vara criminal, e tramitará pelo rito SUMÁRIO) > 
Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Por HORA CERTA > (art. 362 – surgiu na reforma de 2008) > pressupostos: OJA suspeita de ocultação do réu > OJA deve procurar réu por 2x > na segunda, OJA intimará pessoa da família ou vizinho para cientificar réu do dia e hora do retorno, e q dará réu por citado > se réu não comparecer, será nomeado Defensor Dativo (hj em geral é nomeado defensor público)
Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869/73, CPC (adota-se agora a redação equivalente do NCPC – art. 252/254)
Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer (leia-se, se o acusado não constituir advogado para apresentar resposta), ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (leia-se, defensor público)
Como corre os prazos processuais?
Art. 798.  Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. - a Súmula 310 do STF – “qdo a intimação tiver lugar na sexta-feira ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda feira imediata, salvo de não houver expediente” 
> ié, o prazo começa a correr no dia seguinte, não sendo necessário a juntada do mandado no processo > 
Quais os requisitos do MANDADO de citação?
Intrínsecos (art. 352) e extrínsecos (art. 357)
Intrínsecos > art. 352
Art. 352.  O mandado de citação indicará:
I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida;
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; (esse inciso está revogado tacitamente pq réu é citado não mais p/ comparecer ao interrogatório, mas para apresentar resposta à acusação)
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
Extrínsecos > art. 357
Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
O que indicará o EDITAL DE CITAÇÃO?
Art. 365.  O edital de citação indicará:
I - o nome do juiz que a determinar;
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;
III - o fim para que é feita a citação; (ié, a finalidade da citação)
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, (obs: hj acusado não mais é citado para comparecer, mas para constituir adv. e apresentar resposta preliminar à acusação) ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, (obs: no proc. penal não há revelia como no cível) podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no Art. 312. (redação alterada em 1996 e em 2008)
> tendo em vista que interrogatório, após 2008, não é mais 1º ato da instrução, a leitura do art. 366 é no sentido de quando o réu não constitui advogado para apresentar resposta 
Existe LIMITE de prazo p/ suspensão do proc e prescrição, no art. 366?
VAI CAIR!!
É pacífico que sim, pois as 2 únicas hipóteses de crimes imprescritíveis são as do art. 5º, XLIV e XLII – CF88: racismo e crimes praticados por grupos armados q atentem contra o Estado Democrático de Direito 
1º posicionamento > deve ficar suspenso pelo prazo máximo de prescrição previsto no art.109,CP = 20 anos > mas isso faz com q crimes de menor potencial ofensivo tivesse prescrição igual ao homicídio
2º posicionamento > deve ficar suspenso pelo prazo da pena máxima em abstrato do crime (art. 109, CP) previsto na denúncia (essa é mais razoável) posição consagrada pelo
STJ na Súmula 415 > “o período de suspensão do prazo prescricional é regulado elo máximo da pena cominada”
Diferencie INTIMAÇÃO vs NOTIFICAÇÃO
Notificação > é a comunicação q visa dar ciência de ato que será praticado e q ela deverá comparecer ou cumprir a providência
ex notificar réu ou testemunha para comparecer a AIJ;
Intimação > é a comunicação q visa dar ciência de ato que já foi praticado
ex intimação de decisão de pronúncia; intimação de sentença; 
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. 
FORMAS DE NOTIFICAÇÃO PARA:
ADVOGADOS > regra geral, é pelo D.O.
MP e DP > será sempre pessoal, por previsão expressa em suas leis orgânicas (DP terá prazo em dobro)
PROCEDIMENTOS
Diferencie PROCESSO vs PROCEDIMENTO
Processo > é o instrumento através do qual: 
o Estado exerce sua jurisdição
o Autor exerce seu direito de ação (MP ou querelante), e
o réu/acusado exerce seu direito de defesa em toda a sua amplitude
**Ressalte-se q relação de direito processual (direitos, obrigações) não se confunde com relação de direito material > o direito processual, por isso, é autônomo
Procedimento > é o rito ou ordem sequencial de atos processuais, determinados por lei, q vão indicar a forma de tramitação do processo e onde vai se realizar a jurisdição estatal
Quais os tipos de processo penal?
DE CONHECIMENTO > fase em q autor exerce direito de ação e réu, o direito de defesa, no intuito de convencer o estado-juiz
DE EXECUÇÃO > fase q ocorre após o trânsito em julgado > ocorre na Vara de Execuções Penais 
Quais os PROCEDIMENTOS – RITOS – do proc. penal?
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
ESPECIAL > é exceção > possui regras próprias de tramitação em conformidade c/ o delito (existem no CPP ou em lei especial) ex lei de drogas; crimes contra a honra; lei de imprensa
COMUM > é a regra > é o rito padrão do CP > art. 394, §2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial
Defina o Procedimento “COMUM”:
Art. 394, §2º - § 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
Como é subdividido o Procedimento COMUM:
ordinário, sumário e sumaríssimo
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.
§1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo. 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (envolve a maior parte dos delitos > ex homicídio culposo do CTB)
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4(quatro) anos de pena privativa de liberdade; (leia-se inferior a 4 e superior a 2, pois até 2 anos será o sumaríssimo ex homicídio culposo do CP; ex porte de arma de fogo de uso permitido) vide art. 531, CPP – q regula tal procedimento
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (esse procedimento tramita no JECrim > p/ crimes c/ pena de até 2 anos - art. 61 L9099 ex crimes contra a honra ex lesão corporal leve ex desacato contra servidor público ex ameaça)
Quais as FASES do Procedimento COMUM
POSTULATÓRIA > fase em q autor da demanda apresenta a sua pretensão
INSTRUTÓRIA > fase de produção em que produzirá provas e demais elementos de convicção
DECISÓRIA > exteriorizada pela sentença
RECURSAL > fase pós sentença
Defina Princ. do DEVIDO PROCESSO LEGAL:
Surgiu em 1.215 > ninguém deve ser privado da propriedade ou liberdade sem o devido processo legal > era um limite da atuação absolutista estatal (Rei João Sem Terra)
É princ.q garante o cumprimento do procedimento previsto em lei
Não se admite a inversão da ordem dentro do procedimento ou a troca por outro
Toda violação a direito processual violará tb o DPL
Auri Lopes Jr afirma q o procedimento é uma garantia indisponível e q sua violação acarretará nulidade absoluta do processo (pq o prejuízo é presumido)
A jurisprudência diverge de Auri afirmando que se não ficar comprovado prejuízo para a parte não haverá nulidade (é uma mitigação do prejuízo presumido)
AULA 10/04/2018
Cont. de PROCEDIMENTOS
Qual a relação entre DPL e Procedimento 
DPL traz a garantia de aplicação do procedimento adequado, previsto em lei 
> se não for adotado o procedimento legal haverá violação ao DPL
Há nulidade se não adotar o procedimento adequado?
divergente 
> doutrina majoritária entende q há nulidade absoluta, pois proc penal é direito público e juiz, como agente, deve observar as normas de direito público, por isso prejuízo da parte é presumido
> jurisprudência entende q pode haver nulidade relativa se comprovado prejuízo da parte 
Quais as 6 fases do procedimento COMUM ORDINÁRIO: 
1 Denúncia (art. 41, CPP)
2 Receb. Denúncia (art 395, CPP)
3 Citação 
4 Resposta à acusação 
5 Absolvição sumária ou não 
6 AIJ:
Oitiva ofendido 
Test. MP, test. Defesa (cada parte pode arrolar até 8)
	Esclarecimentos dos Peritos
	Acareações 
	Reconhecimento de coisa/Pessoas 
	Interrogatório do réu
	Alegações Finais
	Sentença
Defina DENÚNCIA (ou queixa):
É a peça inicial do processo penal
Quais as 4 hipóteses de REJEIÇÃO da denúncia ou queixa?
Inépcia, falta de pressuposto processual, falta de condição da ação e falta de justa causa
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual (se for de existência, gera inexistência do processo, não nulidade; se for de validade, gera nulidade) ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Quais são os 3 PRESSUPOSTOS processuais de EXISTêNCIA no proc penal?
Demanda (ação)
Partes capazes
Órgão investido de jurisdição
Quais são os 2 PRESSUPOSTOS processuais de VALIDADE no proc penal?
Demanda inédita
Ausência de vícios processuais (ex litispendência e coisa julgada)
Quais as CONDIÇÕES DA AÇÃO no proc penal? 
Legitimidade das partes
Interesse de agir e 
Justa Causa 
(há divergência AQUI, pq a reforma do CPP deixou justa causa no inciso III, separada das condições da ação do inciso II, mas a escola do RJ, RS e MG entendem q justa causa integra as condições da ação)
Defina JUSTA CAUSA:
É o lastro probatório mínimo q deve ter a denúncia; ié, indícios mínimos sobre a materialidade e autoria
Qdo denúncia ou queixa poderá ser INEPTA?
Qdo MP (ou querelante) não cumprir requisitos do art. 41, CPP, ou seja, não houver a correta narrativa dos fatos ou a formulação da correta imputação
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
O q MP ou Querelante podem fazer se juiz não receber denúncia?
Interpor RESEST - Recurso em Sentido Estrito
Para que o réu é CITADO?
Para apresentar “resposta à acusação” em 10 dias E POR ESCRITO nos procedimentos ordinário e sumário 
(tb usa o termo “resposta preliminar obrigatória” – não usar esse termo na prova)
Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por ESCRITO, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
INÍCIO DA Contagem dos prazos processuais 
> SÚMULA 710, STF > contam-se da data da intimação e não da juntada do mandado
TESTEMUNHAS
Cada parte Pode arrolar até 8 Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas
arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 
MP arrola na DENÚNCIA 
Defesa arrola na Resposta à Acusação 
O q ocorre se defesa não arrolar test. Na resposta à acusação?
ocorrera a preclusão temporal e, em tese, não poderá mais arrolar, mas poderá pedir que sejam ouvidas como test. do juízo para não prejudicar a ampla defesa - Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
O que réu pode alegar / apresentar na sua resposta à acusação?
Preliminares
Toda a matéria de defesa (se quiser)
Documentos
Justificações
Especificar provas, e
Arrolar testemunhas
Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa (mas nem sempre vale antecipar toda a matéria de defesa aqui, só se houver certeza de absolvição sumária > normalmente, arguem-se apenas preliminares), oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
O q gera ausência da resposta a acusação no Proc Penal?
NULIDADE absoluta do feito > Nesse caso o juiz nomeará defensor para oferecer, dando 10 dias – art. 396-A, § 2o  Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – art. 397
Pode cair!!
Qdo ocorrerá a Absolvição Sumária?
Qdo houver excludente de ilicitude/culpabilidade
Qdo fato não constitui crime
Qdo houver extinção da punibilidade
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no Art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (ex erro de proibição, obediência hierárquica, coação moral irresistível) (juiz não pode fundamentar na inimputabilidade pois não seria absolvição sumária, mas absolvição imprópria e deveria aplicar MEDSEG, assim, haveria error in procedendo e a sentença seria NULA)
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (conduta é atípica ex abordo culposo)
IV - extinta a punibilidade do agente. (ex morte, prescrição, decadência - vítima nao representou no prazo de 6 meses) – vide art .107, CP – causas de ext. da pun.
Qual o recurso cabível da sentença nos incisos dos incisos I, II, III e IV
I, II e III 	Apelação
IV 		Recurso em Sentido Estrito
 
Relembrando: Definição de CRIME:
é fato:
Típico
Conduta, resultado, nexo causal e tipicidade
Anti Jurídico
Excludentes de ilicitude e culpabilidade – art. 23, I, CP 
Culpável
Inimputábilidade
** Se juiz não absolver réu sumariamente, designará AIJ
AIJ – art. 400, CPP 
Em tese a AIJ será audiência única, onde se fará:
Oitiva ofendido 
Test. MP, test. Defesa (até 8 de cada parte )	
Esclarecimentos dos Peritos
Acareações 
Reconhecimento de coisa/Pessoas 
Interrogatório do réu
Alegações Finais
Sentença
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias (é prazo impróprio, ié, sem consequência), proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, NESTA ORDEM, (ou haverá nulidade) ressalvado o disposto no Art. 222 (casos de precatória) deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, (sobre os laudos) às acareações (não se faz muito) e ao reconhecimento de pessoas e coisas (art. 226,CPP), interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1o  As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. 
** O interrogatório é feito por último por ser ato de AUTODEFESA > por isso foi deslocado como primeiro, para último ato do processo, antes das alegações finais
Alegações Finais:
A IDÉIA DA REFORMA de 2008 era q as aleg. finais fossem orais (igual ao JURI - por 20 minutos) e a exceção fossem os MEMORIAIS (memoriais são em 5 dias)
Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
 § 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Sentença – já vimos - art. 381 ao 392,CPP
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO – art. 394, §1º, II
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Lei nº 11.719/08).	
Apresenta 3 diferenças do Comum Ordinário:
AIJ será realizada em 30 dias (art. )
Máximo de 5 testemunhas por parte (art. 532)
Não há previsão de Aleg. Finais ESCRITAS (mas juiz aplica, por analogia, o art. 403, §3)
AULA 17/04/2018
PROCEDIMENTO ESPECIAL:
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. 
§ 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
ex crimes praticados por funcionário público (previsto no CPP)
ex lei de droga (previsto na lei de drogas)
ex lei 8038 (crimes q tramitam nas cortes superiores – prerrogativa de função)
PROCEDIMENTO DA L.9099 – JECrim – art. 98, I, CRFB88 e Art. 61, L9099
Os JECs tiveram origem no art. 98, I da CRFB88 e, posteriormente, na L9099/95
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e LEIGOS, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
L9099
Art. 60.  O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.
Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
2.COMPETÊNCIA E CAUSAS DECLINADORAS
Existem os JECrins Estaduais e Federais
Qual a COMPETÊNCIA dos jecrim Federal:
Processar e julgar crimes de menor potencial ofensivo qdo houver interesse da UNIÃO 
(ex desacatar policial federal)
Quais os LIMITES de competência dos JECRINS?
Crimes têm de ser de menor potencial ofensivo;
E crimes de ação penal pública condicionados a representação (condição específica de procedibilidade da ação penal)
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Havendo concurso de crimes, podem os crimes continuarem no JECRIM?
- Sim, desde q soma das penas máximas (já c/ causas de aumento, se houver) NÃO ultrapassem 2 anos > Súmulas 723, STF e 243, STJ > se ultrapassar 2 anos, ocorrerá uma CAUSA DECLINADORA da competência levando proc. p/ Vara Criminal comum (q aplicará o procedimento SUMÁRIO)
Sumula 723, STF > não se admite suspensão condicional do proc por crime continuado se a soma da pena mínima da infração mais grave, ou com aumento mínimo for superior a 1 ano 
Súmula 243, STJ > o benefício da suspensão do proc não e aplicável
as infrações cometidas em concurso material e formal com continuidade delitida se a pena mínima com incidência da majorante ultrapassar o limite de 1 ano
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. 
3.FASE POLICIAL E TERMO CIRCUNSTANCIADO
Há prisão em flagrante nos crimes de menor potencial ofensivo?
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Resp> Sim, com a seguinte observação. O flagrante se divide em 2 momentos:
1º momento (CONDUÇÃO OU FLAGRANTE CAPTURA) > e 
2º momento (DOCUMENTAÇÃO) > lavratura de IP ou APF 
> nos caso dos crimes de menor potencial ofensivo, não se admite o segundo momento, que é substituído pela lavratura do TERMO CIRCUNSTANCIADO conforme § único do art. 69 da L9099/95
Condução (OU flagrante de CAPTURA) > art. 302, CPP
Documentação > LAVRATURA DO APF > é qdo ocorre a documentação do titulo prisional
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima (lembrar que no caso do art. 33 da lei de droga, que não tem PPL não haverá prisão)
4. DA FASE PRELIMINAR 
Qdo o JECRIM recebe Termo Circunstanciado, cartório NOTIFICARÁ autor do fato e vítima p/ comparecerem à audiência preliminar
DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR
Defina Audiência PRELIMINAR?
É audiência presidida pelo CONCILIADOR, realizada no JECRIM ANTES de iniciado processo penal, q visa 2 coisas: 1) composição dos danos civis (realizar acordo CIVIL entre autor e vítima) ou 2) Transação Penal
Qual a NJ da Audiência Preliminar?
Qdo é possível a realização da CDC?
Só nas ações penais privadas ou nas públicas condicionadas a representação
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.
Quais os 3 efeitos da COMPOSIÇÃO DE DANOS CIVIS (art. 74)?
extinguir a punibilidade
inviabilizar prosseguimento da ação penal 
formar título executivo judicial para ser executado no juízo cível competente
Defina TRANSAÇÃO PENAL (art. 76):
É uma mitigação ao princ. da obrigatoriedade da ação penal (q só cabe na ação penal pública condicionada ou incondicionada**) MP PODE negociar com autor do fato propondo, ao invés de DENÚNCIA, a aplicação de PRD (ex prestação de svç a comunidade, ou trabalhar em hospital, etc) ou MULTA (atualmente multa pode ser compra de gases e entregar em hospital, pagar cesta básica, etc ) > qdo for cumprida acarretará a extinção da punibilidade
** OBS: A jurisprudência tem aceitado transação penal na ação penal privada
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
Quais os requisitos que IMPEDEM a aplicação da Transação Penal
não ser reincidente, 
não ter recebido transação penal nos últimos 5 anos 
o requisito subjetivo da análise da antecedência, conduta social ou personalidade do agente
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; (não ser reincidente)
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; (não ter recebido outra transação penal nos últimos 5 anos)
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. (aqui é muito subjetivo, pois aqui MP ofereceria se quisesse ou não, por isso é muito criticado na doutrina)
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no Art. 82 desta Lei.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
Qual a NJ da Transação Penal?
Doutrina entende q é direito público subjetivo do acusado (presentes os requisitos MP deve oferecer a proposta de transação)
MP defende que é uma discricionariedade regrada (o seja, regulada pela lei)
E se MP não apresentar a proposta?
Divergente:
1ª corrente > juiz aplica o art. 28, CPP, por analogia (íe, se juiz entender que é caso de transação, encaminhará o inq. ao PGR/PGJ)
2ª corrente > Eugenio Pattielli, e Aury Lopes Jr > juiz aguarda a denúncia e a rejeita, exercendo seu controle jurisdicional, sob fundamento de falta de JUSTA CAUSA (caso sejam preenchidos os requisitos), pois nesse caso a lei permite solução mais simples e adequada ao caso, que é a transação penal, 
** Juiz fiscaliza se o acordo foi cumprido, para extinguir a punibilidade
Quais as consequências do descumprimento da Transação Penal?
MP oferece denúncia ou requisita instauração de IP > Súmula vinculante 35 > a homologação da transação penal prevista no art. 76 da L9099 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior possibilitando-se ao MP a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de IP
Quais os 3 requisitos P/ SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art.89 L9099)
> qq crime TENHA pena mínima de até 1 ano
> acusado não esteja sendo processado
> acusado não tenha sido condenado anteriormente 
> Art. 89. Nos crimes em que a pena MÍNIMA cominada for IGUAL ou INFERIOR A UM ANO, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
Qual a consequência do cumprimento ou descumprimento do PERÍODO PROVA da susp?
Se cumprir ocorrerá a Extinção da Punibilidade do Acusado
Se descumprir (ex cometer outro crime) o processo suspenso voltará a tramitar e ainda responderá pelo outro crime (sem fazer jus à nova suspensão)
5.PROCEDIMENTO NO JECRIM
AUDIÊNCIA PRELIMINAR
AIJ (art.

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