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RESUMÃO DE CIVIL 3

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RESUMÃO DE CIVIL 3 – CÉSAR ROLIM
 COMPRA E VENDA - CLÁUSULAS ESPECIAIS
Cláusulas especiais à compra e venda: estas cláusulas modificam o contrato e são opcionais, podem ou não estar presentes nos contratos de CeV, a critério das partes:
PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA
Conhecida também como prelação, prevista nos artigos 513 e 520 do C.C..
Nessa clausula, as partes estabelecem uma relação de preferência na venda do bem, onde se uma parte for vender uma determinada coisa, uma pessoa deverá ser consultada primeiramente e terá preferência na compra desse bem, somente se essa pessoa não quiser comprar é que ela poderá ser ofertada a outra pessoa.
Essa preempção é a estipulada pelas partes, difere da preempção legal que é a preferência do inquilino para a compra de um imóvel.
Diferenciando da retrovenda, a cláusula da preempção será utilizada somente quando o possuidor for vender o bem, ao contrário da retrovenda, o ex possuidor (vendedor) poderá dentro de 3 anos, exigir a venda novamente para si.
Esse direito é personalíssimo, a morte da pessoa extingue a obrigação.
 RETROVENDA
É a cláusula pela qual o vendedor de um bem IMÓVEL resguarda o direito de resolver o negócio e retomar a propriedade da coisa vendida, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas tidas pelo comprador, inclusive com as benfeitorias necessárias e as outras que tenham sido expressamente autorizadas.
Art. 507 – o direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.
O direito de retrato pode ser vendido, cedido numa cessão de direitos. É também transmissível por herança. Se o vendedor morrer, por exemplo, no prazo estipulado no máximo de 3 anos, este direito de retrato é transmitido para o herdeiro. É também oponível a terceiros.
 VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO
Art. 521 – na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
A coisa móvel é o destaque, pois o art. 521 é claro ao dizer que a venda com reserva de domínio é para coisas móveis, portanto, não há venda com reserva de domínio para coisas imóveis.
Art. 523 – não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.
Apenas pode ser objeto de venda com reserva de domínio coisas fungíveis, perfeitamente individualizáveis.  
VENDA CONTENTO
Artigos 509 a 512 C.C.
Nessa modalidade, o comprador precisa experimentar e aprovar o bem antes de comprar, um exemplo disso é a degustação de um vinho, esse sendo aprovado, aperfeiçoa-se o contrato.
A contento, é aquele que exige a plena satisfação do comprador para se finalizar o contrato.
Esta cláusula funciona com uma condição suspensiva, até a aprovação pelo comprador, o contrato se mantém em suspenso, mesmo que a coisa tenha sido entregue (art. 509 do CC.).
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
A prova, requer a aprovação de suas qualidades, a pessoa compra se gostar, se a coisa tiver determinadas qualidades exigidas pelo cliente.
VENDA SOBRE DOCUMENTOS
Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega de seu título representativo ou documento.
Exemplo: tenho uma joia muito cara. Ela está num banco suíço, no cofre. Encontro alguém aqui no Brasil e quero vendê-la. Não tem lógica eu sair aqui do Brasil, ir até a Suíça, retirar a joia, trazê-la para o Brasil e vendê-la aqui. Eu, na verdade, tenho um documento, emitido por instituição confiável, que atestou o valor da joia em 4 milhões de dólares. Eu vendo a joia para uma princesa árabe. Ela me dá o dinheiro, e dou-lhe o papel. Se o papel estiver em ordem, então a venda foi feita em ordem, e está perfeita. Basta que o comprador acredite na instituição que atestou o valor da joia. 
EMPRÉSTIMO 
O mútuo se revela como empréstimo de consumo, ao passo que o comodato se consubstancia no empréstimo de uso. Outra diferença entre os institutos está no objeto: o mútuo alcança apenas bens fungíveis, e, o comodato bens infungíveis.
O mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, mas, o comodatário só se libera da obrigação restituindo a própria coisa emprestada. Além disso, o mútuo acarreta a transferência do domínio (o que não ocorre no comodato) e permite a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é proibido de transferir o bem a terceiro.

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