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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS RESUMOS DE FILMES – GOVERNANÇAS CORPORATIVA Professor: Dani Suniga Autora: Joelma do Nascimento Duarte RA: 150501-7 CAMPINAS NOVEMBRO / 2016 RESUMOS FILMES – GOVERNANÇA CORPORATIVA 1 – WALL STREET, PODER E COBIÇA Filme que se passa em Nova York de 1985, baseada em uma historia real do especulador Michel Milken, que terminou preso depois que a Securites & Excechenge Comission, gigante do mercado acionário Norte Americano descobriu que ele usava uma rede secreta e manipulava informações para negociar suas ações na bolsa. Wall Street mostra a historia de um jovem, Bud Fox (Cherlie Sheen), filho de Carl Fox (Martim Sheen) um líder sindical de uma fabrica de aviação, Bud é um corretor da bolsa de valores onde, sua ambição o desafia todos os dias, tem como ídolo o Sr. Gordon Gekko um milionário do ramo, conhecido por seu sucesso no mercado de investimentos. Após inúmeras tentativas mal sucedidas de aproximações, Bud aproveita a data oportuna do aniversário de Gordon para fazer uma “visitinha” ao milionário, ganhando, assim, cinco minutos de sua atenção. Assim, aqueles “cinco minutos” em que o Bud conseguiu com o Gekko, fazer sua historia mudar, utilizou informações ditas por seu pai dias antes da empresa Bluestar, nas quais eram confidenciais, atitude essa que caracteriza uma ação ilegal no código de conduta do ambiente de bolsa de valores. Com isto, Gekko vê um potencial em Bud e investe em sua carreira de corretor e apresenta uma riqueza fácil, porém por caminhos ilícitos e nada éticos. Sua formula de enriquecer não se baseia no lucro sobre a venda de produtos, mas na valorização e na taxa de juros de ações de empresas na bolsa de valores. Lógica que tira da jogada o processo produtivo e, consequentemente, a necessidade do trabalhador. Para isso ele conta com quem tiver disposto a lhe ajudar na manipulação das informações sobre ações da bolsa e espionagem industrial. Mas, neste caminho de negócios e interesses, Bud se depara com seu pai Carl, em que faz um discurso oposto, enaltecendo o trabalho produtivo e a união entre os trabalhadores, onde logo se recusa oportunidade de fortuna oferecida pelo Gekko e seu filho e não se deixa enganar com seus jogos. Nesse emaranhado de informações ilícitas e uma ausência de moral, pode se notar que o milionário atual não é mais o dono da fábrica, mas o poderoso homem de negócios que calcula e não produz nada, como é citado em um momento por Gordon Gekko: “O dinheiro em si não se faz, é simplesmente transferido. Eu não crio nada”. Então, há um momento em que Bud Fox percebe a má fé de Gekko ao ao “calcular” sua lucratividade sobre o fechamento da fabrica onde seu pai trabalha, levando a demissão dos funcionários. "O principal sobre o dinheiro, Bud, é que ele faz com que você faça coisas que não quer fazer", aconselha Sr Mannheim, seu chefe na Bolsa. Com isto Buddy desperta e cai em si e o conflito de valores e de interesses se estabelece, levando a um desfecho em que a moral não permite a continuação da desonestidade. Após ver o seu pai hospitalizado, Buddy resolve da uma lição em Gekko, da mesma forma que ele vinha ganhando fortunas, agora perdem! Gordon Gekko se da mal. Mas, infelizmente, na realidade sua filosofia veio a dominar as praticas empresarial. 2 – A HISTORIA DE UMA FRAUDE: O CASO ENRON Fundada em 1985 a Enron se dedicava a exploração de gás natural e produção de energia de diversos tipos, dentre outras atividades como: frequência de internet, gerenciamento de risco e derivativo climático. Seu crescimento chegou assustar até que se tornou a sétima maior companhia norte-americana. Seus acionistas Comemoraram os expressivos lucros, sem saber que pouco tempo depois a companhia viria a se tornar uma referência em fraude do colarinho branco. Esclarecer como se desenvolveu uma fraude que acabou com a demissão de mais de 4.000 empregados, que ficaram também sem o seu fundo de pensão é uma tarefa complexa. Um dos procedimentos utilizados foi a utilização do método “mark to market” proposto por Jeffrey Skilling, chefe de operações financeiras. Esta era uma técnica usada por empresas de corretagem e importação e exportação. Com uma contabilidade desta, o preço ou valor de um seguro é registrado em uma base diária para calcular lucros e perdas. O uso deste método permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo como receita corrente. Este era dinheiro que não deveria ser recolhido por muitos anos. Acredita-se que esta técnica foi usada para aumentar os números de rendimento manipulando projeções para rendimentos futuros.. Ao reportar esses ingressos como capital na Companhia, os seus executivos inflaram os balanços para atrair novos investimentos e, por conseqüência, valorizar o preço de suas ações. Com ações mais altas, atraíram-se novos acionistas e assim sem se seguiu. Vale mencionar ainda que como as entradas de capital não eram reais a companhia pagava pouco em impostos, complicando ainda mais a situação real contábil e jurídica da companhia. Em 2001, quando o setor de comunicações iniciou uma série de perdas na bolsa de valores norte-americana, os movimentos da Enron começaram a ser analisados de forma mais cuidadosa pelas autoridades. Dentro e fora da empresa começaram a surgir boatos sobre a grande fraude que estava sendo conduzida pela companhia. Jeffrey Skilling e o então presidente, Ken Lay, deixaram os seus postos argüindo razões pessoais, protegendo os seus recursos pessoais através de operações de mercado de capitais. Quando divulgada a fraude a empresa se viu obrigada a divulgar perdas de 68 milhões de dólares em outubro de 2001, fazendo o preço de sua ação cair de 86 dólares para apenas 30 centavos. A SEC (US Securities and Exchange Commission), entidade que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos conduziu uma intensa auditoria na companhia e reconheceu que a Enron reportou durante vários anos lucros muito maiores do que os reais. Jeff Skilling e Ken Lay foram ambos indiciados em 2004 por suas participações da fraude. De acordo com o site da companhia à época, “a Enron está liquidando suas operações restantes e distribuindo suas posses a seus credores“. Em 25 de maio de 2006, um júri da corte federal em Houston, Texas, declarou tanto Skilling quanto Lay culpados. Jeff Skilling foi condenado por 19 casos de conspiração, fraude, comércio ilegal e declarações falsas. Estas acusações levam a uma sentença máxima de 185 anos combinados. Ken Lay foi condenado por seis casos de conspiração e fraude. Ele enfrenta o máximo de 45 anos na prisão. Em julgamento separado, Lay foi também declarado culpado por quatro casos de fraude bancária. Cada caso leva a sentenças máximas de 30 anos. Lay faleceu em julho de 2006 e Killing começou a cumprir a pena em dezembro do mesmo ano. Vale mencionar ainda que a Arthur Andersen, empresa de auditoria independente da Enron, desempenhou um papel fundamental para sustentar a ilusão do sucesso da Enron e acabou decretar a sua falência um tempo depois.
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