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Sistema de Custos Referenciais de Obras Sinctran3 2008

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DNIT 
 
 
MANUAL DE CUSTOS DE 
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES 
 
 
VOLUME 1 
METODOLOGIA E CONCEITOS 
 
SICRO 3 
 
SISTEMA DE CUSTOS REFERENCIAIS DE OBRAS 
(PROJETO SINCTRAN) 
 
2008 
 
 
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT 
 
 
 
 
 
1 
 
 
2 
 
 
 
Introdução 
 
1.1 - Objetivo 
O SINCTRAN visa a oferecer ao DNIT e às demais esferas governamentais e privadas envolvidas 
com a questão, um padrão nacional de referência de custos dos diferentes componentes da 
infra-estrutura de transportes nos modais rodoviário,ferroviário e aquaviário, bem como suas 
intermodalidades, de modo a facultar sua correta valoração, através de procedimentos racionais 
e cientificamente fundamentados. 
1.2 - Metodologia 
O presente manual define uma nova metodologia para a elaboração de composições de custos, 
com a finalidade de unificar práticas correntes na área rodoviária como as que se utilizam dos 
demais modais de transporte e no setor de construção civil de edificações. 
1.2.1 - Conceitos Gerais 
 
No trato das questões relativas a custos de obras de infra-estrutura de transportes, é 
recomendável que se definam, desde logo, alguns conceitos que foram incorporados à 
terminologia do setor, a fim de que o uso de determinados termos se faça sem ambigüidades. 
Tais conceitos são: 
¾ Preço da Obra - Os preços das obras e serviços de infra-estrutura de transportes podem 
ser determinados de várias formas. Em princípio, este é estabelecido com base nos custos 
de produção, aos quais o executor acrescenta as margens beneficiárias que pretende 
obter. No entanto, como parâmetro comercial, o preço também é função de quanto o 
contratante está disposto a pagar e, no final, será fruto de acordo negociado entre as 
partes. O executor procura maximizar o seu lucro e o contratante minimizar o valor a ser 
pago. 
 
¾ Custo – o custo de uma obra é constituído pelo somatório dos valores dos insumos - 
mão-de-obra, equipamentos e materiais - empregados em sua execução, dos custos 
indiretos incorridos. 
Os custos de execução ou de produção são parâmetros técnicos e podem ser obtidos de 
forma racional, isto é, através de seqüência lógica de operações, conhecendo-se os 
serviços que compõem a execução da obra, suas respectivas quantidades, bem como as 
quantidades de insumos necessários para a produção de cada unidade de serviço. 
 
¾ Custos Unitários dos Serviços - são aqueles necessários à execução de uma única 
unidade de serviço. O produto do Custo Unitário de um serviço pela quantidade deste a 
ser realizada, resultará no custo total do item de serviço. O somatório dos custos de todos 
os itens de serviço conduzirá ao custo total da obra. O valor do custo unitário é obtido 
mediante a elaboração de sua respectiva composição, em que se relacionam todos os 
insumos que dele participam, bem como suas respectivas quantidades necessárias para a 
produção de uma unidade de serviço. 
 
3 
 
¾ Custo de Referência – São custos unitários compostos de forma genérica, com base em 
pesquisas regionais de preços de insumos. Não levam em conta nenhum aspecto peculiar 
de qualquer obra em particular, atendo-se tão somente a condições regionais. São 
utilizados, como seu próprio nome indica, para a elaboração de tabelas e orçamentos de 
referência, como balizadores de preços de licitações. 
 
¾ Custo para Orçamento – São custos unitários compostos para orçar uma obra específica. 
Levam em conta, portanto, todas as condições locais particulares que possam afetar o 
valor da obra em questão. 
 
Entende-se por insumos os materiais, os equipamentos e a mão-de-obra que entram nas 
composições de cada serviço. Por utilizar quantidades de insumos necessários à produção de 
uma unidade de serviço, este procedimento é conhecido como Composição Unitária. É a forma 
de compor custos utilizada pelo SINCTRAN. 
Outra forma de proceder, que chega aos mesmos resultados, é através da produção horária de 
determinada equipe. Este procedimento é conhecido como Composição Horária, que foi a 
sistemática usada no SICRO2. 
 
a. Custos Diretos e Custos Indiretos 
 
Teoricamente, Custos Diretos são aqueles presentes na atividade, cujo valor pode ser a esta 
imputado sem ambigüidade. Já os Custos Indiretos são itens necessários à elaboração do 
produto, mas que não podem ser apropriados diretamente a uma única atividade, pois sua 
abrangência se estende a diversos itens e até à obra inteira. Normalmente, sua apropriação se 
faz por alguma forma de rateio sobre os Custos Diretos. 
 
Na prática, a classificação do custo de um serviço como direto ou indireto está apenas 
relacionada à sua inclusão ou não na respectiva planilha de preços, a serem cotados por ocasião 
da licitação da obra. Todos os itens da planilha de preços, para os quais são requeridas cotações 
específicas e cujo pagamento se fará de acordo com alguma forma de medição, são 
considerados como custos diretos. 
 
Em termos da realidade concreta dos empreendimentos da infra-estrutura de transportes, a 
distinção entre custos diretos e indiretos está, portanto, vinculada à relação de itens de serviço 
que o órgão responsável pela obra esteja disposto a fiscalizar e, conseqüentemente, a medir e 
pagar de forma individualizada. 
 
Existe outro aspecto importante a considerar, decorrente das ponderações acima: o fato que 
determinado item seja considerado como custo indireto não impede que seu valor seja orçado de 
forma analítica. Ao contrário, sempre que possível, devem ser buscados parâmetros que 
permitam chegar a seu valor através de procedimentos analíticos. 
 
Conseguido esse primeiro intento, nada impede que esses itens passem a ser tratados, para 
efeito de medição e pagamento, como se fossem custos diretos. Isso implica em que eles 
passariam a constituir um item específico da Planilha de Custos e não seriam mais rateados 
sobre os demais custos da obra. Esta é seguramente uma das grandes contribuições do 
SINCTRAN à sistemática de custeio das obras de infra-estrutura de transportes, pois desta forma 
evitam-se as distorções que decorrem de sua pura e simples inclusão no BDI. É sabido que toda 
vez que a norma adotada para o pagamento de determinado item se desvincula da lei de 
formação de seus custos, geram-se possibilidades de distorções que podem conduzir a valores 
finais, pagos por esse item, inteiramente inadequados, ou seja, inferiores ou superiores ao que 
corresponderia à sua justa remuneração. Esse desajustamento é provocado, basicamente, 
 
4 
 
porque nem todos os itens de serviço têm a mesma lei de formação de custos. Assim, sempre 
que se adotam formas de remuneração atreladas a quantidades de trabalho realizado para itens 
cujos custos sejam fixos ou cresçam com os prazos de execução da obra, está-se criando a 
possibilidade de uma inadequação no valor pago em relação a seu custo. É o que ocorre, por 
exemplo, quando se rateiam sobre os custos diretos - pagos segundo quantidades realizadas - 
os custos de mobilização e desmobilização de equipamento ou de construção de instalações de 
canteiros de obra que são itens que têm custos fixos. O mesmo acontece com os custos da 
administração local da empreiteira que são proporcionais ao tempo de duração da obra. Se 
ocorrerem variações, em relação ao inicialmente previsto, nas quantidades de serviços arrolados 
como itens do custo direto, a remuneração dos itens indiretos também variará, sem que 
necessariamente seus custos tenham-se alterado nas mesmas proporções. 
 
Conclui-se, portanto, que, por ocasião da elaboração do orçamento da obra e, posteriormente, 
do preparo das planilhas de preço a serem incluídas nos editais de licitação, todos os itens 
passíveis de serem tratados como custos diretos, independentemente de sua natureza, deverãoser classificados como tais. Cabe ao órgão contratante estabelecer esse enquadramento em suas 
Normas de Medição e Pagamento, em função de sua experiência, conveniência, capacidade de 
fiscalização, características da obra e das condições de sua realização. 
Esta nova ótica deverá recair sobre os itens que tradicionalmente são considerados indiretos tais 
como: 
ƒ Projeto 
ƒ Consultoria 
ƒ Sondagens e ensaios tecnológicos 
ƒ Ferramentas 
ƒ Equipamentos de pequeno porte 
ƒ Equipamentos de proteção individual 
ƒ Manutenção de equipamentos locados 
ƒ Material de consumo e de expediente 
ƒ Administração local 
ƒ Canteiro e acampamento 
ƒ Mobilização e desmobilização 
ƒ Serviços públicos 
ƒ Fiscalização 
ƒ Administração central 
 
Como a denominação da maior parte dos itens apresentados é auto explicativa, julgou-se 
oportuno fazer comentários apenas sobre alguns deles: 
 
Custo de Administração Local – representa todos os custos locais que não são diretamente 
relacionados com os itens da planilha e, portanto, não são considerados na composição dos 
custos diretos. Inclui itens como: Custo da Estrutura Organizacional (pessoal), Seguros e 
Garantias de Obrigações Contratuais e Despesas Diversas. O item Administração é facilmente 
mensurável, extremamente variável e dependente de diversos fatores. Não é função apenas do 
valor da obra e, sim, das particularidades de cada empresa e das facilidades de que a mesma 
dispõe. Admitir um percentual fixo sobre o custo pode conduzir a erros grosseiros. 
O custo de administração normalmente tem incidência inversamente proporcional ao valor da 
obra. Uma obra pequena tem o custo administrativo, percentualmente, maior que o de uma obra 
de vulto. Assim, a administração da obra vai passar a constituir um item próprio no orçamento, 
deixando, portanto, de figurar no BDI. 
 
 
 
 
5 
 
Mobilização e Desmobilização – a parcela de mobilização compreende as despesas para 
transportar, desde sua origem até o local onde se implantará o canteiro, os recursos humanos 
não disponíveis no local da obra, bem como todos os equipamentos e instalações (usinas de 
asfalto, centrais de britagem, centrais de concreto, etc.) necessários às operações que aí serão 
realizadas. Estão, também, aí incluídas as despesas para execução das bases e fundações 
requeridas pelas instalações fixas e para sua montagem, colocando-as em condição de 
funcionamento. 
 
 O SICRO 2 considerava que, como a desmobilização de equipamentos e instalações se faz a fim 
de transportá-los para uma nova obra, não seria conveniente sua remuneração, com vistas a 
evitar duplicidade de pagamento. As empresas construtoras, no entanto, por não receberam tal 
remuneração, vinham se sentindo desobrigadas de retirar, ao final da obra, os restos de 
instalações, como tanques usados, bases de usinas e outros, provocando assim agressão ao 
meio-ambiente. Ademais, o fato de uma desmobilização coincidir com a mobilização para uma 
nova obra é raro e só ocorre eventualmente, não podendo ser tomado como regra. Em vista 
disso, o entendimento atual é de que a parcela de desmobilização seja remunerada. Para tanto, 
o SINCTRAN apresenta composições de Mobilização e de Desmobilização, para diferentes 
equipes mecânicas. 
 
Canteiro e Acampamento – esta rubrica tem por finalidade cobrir os custos de construção das 
edificações e de suas instalações (hidráulicas, elétricas, esgotamento) destinadas a abrigar o 
pessoal (casas, alojamentos, refeitórios, sanitários, etc.) e as dependências necessárias à obra, 
(escritórios, laboratórios, oficinas, almoxarifados, balança, guarita, etc.), bem como dos 
arruamentos e caminhos de serviço. 
 
Administração Central – é a parcela do Preço Total que corresponde à quota parte do custo da 
Administração Central do Executor, a ser absorvida pela obra em tela. 
1.2.2 - Inovações Metodológicas Propostas por este Manual 
 
Como o presente Manual se propõe a introduzir uma série de inovações metodológicas nos 
procedimentos de custeio a serem adotados daqui por diante, julgou-se oportuno relacioná-las a 
seguir, com vistas a chamar a atenção do usuário do sistema para os aspectos que constituem 
características peculiares do SINCTRAN. 
 
¾ Composições unitárias: Com a finalidade de unificar os procedimentos nos diferentes 
modais de transportes, decidiu-se converter as composições de custos do SICRO2 de 
produção horária para unitária, uma vez que, no cenário nacional de transportes, apenas o 
setor rodoviário vinha utilizando composições horárias Os demais órgãos e empresas, bem 
como o SINAPI, utilizam composições unitárias. 
 
¾ Eliminação dos custos indiretos das composições: Considerando que não existe uma 
forma de mensurar exatamente a participação de cada item de serviço indireto nas 
atividades, optou-se por sua exclusão das composições, permanecendo apenas os insumos 
que participam diretamente dos serviços. Os insumos que participam indiretamente serão 
incluídos nos Serviços Gerais do Orçamento da Obra (ex: encarregado de turma, 
encarregado de pavimentação, de britagem, transporte de insumos, ferramentas manuais, 
alimentação e transporte de pessoal). Dessa forma, estes custos indiretos, alocados em 
local próprio, poderão ser considerados com sua verdadeira relevância. 
 Deixarão também de ser incluídos nas composições os itens que, mesmo participando 
diretamente, são de difícil mensuração ou proporcionalmente de pequeno valor, como é o 
caso dos transportes de insumos. 
 
 
6 
 
¾ Substituição da designação LDI por BDI: Por se tratar de uma designação consagrada 
em todo o âmbito da Engenharia, será utilizada a sigla BDI, expressa através de um 
percentual sobre os Custos Diretos, que engloba, além do lucro e das despesas indiretas, 
tudo o mais que deve ser executado e não consta da planilha de custos. 
 
¾ Alteração de tratamento de alguns custos indiretos: Conforme exposto 
anteriormente, o SINCTRAN preconiza o tratamento de certos custos que, por sua 
natureza, são tradicionalmente considerados indiretos, como se fossem custos diretos, 
para efeito de orçamento, medição e pagamento. 
 
¾ Inclusão de novos fatores no BDI (risco e escala): 
 Fator de risco: são vários os fatores não considerados no custo que podem interferir no 
processo construtivo de uma obra, no cronograma de execução ou nos gastos 
efetivamente feitos e que se traduzem em riscos para uma empresa ao assumir uma obra. 
Esses fatores podem ser assim listados: particularidades regionais referidas à localização 
da obra; natureza do relacionamento com o contratante; facilidades disponíveis; 
confiabilidade e presteza nos pagamentos. 
 Fator de escala: A execução dos serviços tende a ser otimizada conforme aumenta o 
número de repetições. Determinado percentual previsto para o lucro pode ser significativo 
para obras de grande porte e insuficiente para obras menores. Há necessidade de ajustar o 
percentual previsto para o lucro com a consideração de um fator de escala. 
 
¾ Eliminação do custo improdutivo dos equipamentos nas composições de custos e 
inclusão no custo horário como um percentual: Considerando que o valor da hora 
improdutiva dos equipamentos representa, em média, menos de 2% do valor dos serviços, 
entende-se que, sem prejuízo significativo para o valor final da obra, esse valor pode ser 
incluído na hora produtiva como um percentual. 
 
¾ Visualização dos insumos ocultos pelas recursividades: dentro de cada composição 
de custo será possível, através de um comando do sistema informatizado, visualizarem-se 
todos os insumos que compõem as atividades auxiliares presentes na composição. 
 
¾ Eliminação de generalização de atividades: Várias composições de custos consideram 
a existência de equipamentos ou atividades que podem estar presentes em determinadas 
circunstâncias e em outras não como, porexemplo, previsão de motoniveladora na 
atividade de Escavação, Carga e Transporte. Sua inclusão se deu para execução de 
serviços de limpeza e conservação dos caminhos de serviço. Ocorre, entretanto, que nem 
sempre há necessidade desta manutenção, como no caso de caminhos de serviço em 
rodovias pavimentadas ou, quando há, sua freqüência pode ser variável. 
 
 Outro exemplo é a necessidade de Limpeza da Camada Vegetal ou de Expurgo de Material 
de Jazida na composição de Produção de Material de Base. Quando se tratar de jazidas já 
exploradas esses serviços não são necessários. 
 
 Atividades deste tipo serão objeto de composições específicas. No caso da motoniveladora, 
sua utilização na conservação do caminho de serviço para a atividade Escavação, Carga e 
Transporte virá em composições com o título Manutenção de Caminhos de Serviço. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
¾ Eliminação da distinção entre composições de custos diferenciadas por tipo de 
obra: Atualmente apenas o fator de eficiência diferencia as composições de serviços de 
restauração rodoviária das de construção rodoviária. Essa diferenciação passará a ser feita 
no orçamento ao invés de na composição de custo, através do Fator de Interferência de 
Tráfego (FT), que será diferenciado em função das dificuldades de execução provocadas 
pelo volume de tráfego. A metodologia está descrita no Item 8.3 deste volume. 
 
¾ Diversificação de tipos de caminhos de serviços por pavimentos diferenciados: Os 
caminhos de serviço podem ter sua superfície de rolamento pavimentada, com 
revestimento primário ou em leito natural. As pavimentadas são aquelas que receberam 
revestimento com uma camada de material betuminoso, placas de concreto, 
paralelepípedos, elementos de concreto intertravados, ou outro material de acabamento. 
As de revestimento primário foram revestidas com camada de material selecionado, 
originário de jazida, de melhor qualidade que o solo natural, com vistas a elevar sua taxa 
de suporte. As de leito natural ou de terra tem sua pista de rolamento sobre o próprio solo 
originalmente existente no local, sem nenhum melhoramento. 
 
 O sistema atual considera que os caminhos de serviço são sempre em terra. No entanto, os 
transportes dos materiais oriundos das escavações podem ser realizados em rodovias com 
revestimento primário ou pavimentadas e, nesses casos, não há necessidade de limpeza. 
 
 Para caminhos de serviço em terra, serão produzidas composições de custo que 
considerarão as reais condições nas quais se encontram os pavimentos, que podem ser 
classificadas em péssimas, razoáveis, boas ou ótimas. 
 
¾ Adoção de faixas de distância para o transporte de materiais: Além da forma 
utilizada atualmente para pagamento de transporte de materiais (fator linear de momento 
de transporte), também foram produzidas composições de custo por faixas de distância, 
para transportes locais, com a finalidade de proporcionar maior comodidade ao usuário. As 
faixas utilizadas foram: de 200 em 200m até a distância de 2000m e de 1000 em 1000m 
de 2000 até 4000m. 
 
Foram considerados os seguintes veículos: 
ƒ caminhões basculantes de 6m³ e de 10m³ 
ƒ caminhões carroceria de 9 t e 15 t. 
operando em três tipos de faixa de rolamento: 
ƒ leito natural 
ƒ revestimento primário 
ƒ pavimentada 
 
¾ Pagamento de carga, descarga e manobras em itens específicos: Os tempos fixos 
relativos à carga, descarga e manobras foram retirados das composições onde estavam 
inseridos e deram lugar a itens de serviço próprios para orçamento e pagamento. 
 
¾ Aferição das composições de custos: A metodologia desenvolvida para a aferição dos 
dados de produção de equipamentos, produção de serviços manuais, consumo de materiais 
ou adequação de mão de obra, envolve o uso de simulações, observações em campo e 
pistas de testes. 
 
 
 
 
 
8 
 
 A simulação é a primeira ferramenta a ser utilizada para a produção de dados. É um processo 
computacional realizado em escritório. É simples, de baixo custo e eficiente. A principal 
finalidade de seu uso é o ajuste dos dados teóricos das composições de custo para as 
verificações no campo. 
Os resultados da simulação podem ser conclusivos para as composições de pequena 
importância ou o ponto de partida para a obtenção dos dados para observações e aferições no 
campo ou em pistas de testes. 
 
A observação de campo tem por finalidade colher informações de obras em andamento, sem 
interferir no processo executivo. Sua vantagem é de se basear num procedimento real. Sua 
desvantagem de ocorrer com os meios e condições existentes, que podem não ser os mais 
representativos. 
Para que a validação dos dados possa ser conclusiva, há necessidade de observação dos 
serviços em obras diferentes e em condições diversas. 
 
Nas pistas de teste são levantadas as produções dos equipamentos e as composições de custo 
mais representativas, em virtude da complexidade e do alto custo envolvido. 
Todos os insumos são previamente selecionados e alocados em ambientes adequados, para 
permitir a aferição das variáveis envolvidas de forma controlada. 
 
Fica a cargo do IPR (Instituto de Pesquisas Rodoviárias) a aprovação 
dos métodos e processos a serem utilizados. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
10 
 
 
2 - CUSTOS DE OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES 
As composições de custos de infra-estrutura para os modais de transportes foram organizadas em 
quatro grandes grupos e reunidas num banco de dados único: 
• Custos de Obras Rodoviárias 
• Custos de Obras Ferroviárias 
• Custos de Obras Aquaviárias 
• Custos de Obras de Edificações 
 
2.1 - CUSTOS DIRETOS DE OBRAS RODOVIÁRIAS 
No modal Rodoviário, as composições de custos estarão agrupadas nas seguintes áreas, 
contemplando as seguintes categorias de serviços: 
 
• Projetos: projetos, levantamentos topográficos, sondagens; 
• Instalação da obra: montagem de canteiro, mobilização e desmobilização, instalação de 
usinas; 
• Serviços gerais: insumos que participam indiretamente nos serviços e que não estão no 
BDI ou em outros itens, como por ex. ferramentas manuais, equipamento de proteção 
individual, encarregados, ou ainda, equipamentos de pequeno porte pagos por aluguel 
mês, tais como betoneiras, geradores, serras e outros, que, no SINCTRAN não fazem 
parte das composições de serviços; 
• Terraplenagem: todos os serviços de movimento de terra e rocha para preparo do leito 
estradal, inclusive escavação de jazidas; 
• Drenagem: todos os dispositivos de drenagem superficial e profunda como valetas, 
sarjetas, meios-fios, drenos; 
• Obras de arte correntes: bueiros, pontilhões; 
• Obras em terra e rocha: escavações de valas em geral, desmonte de rochas; 
• Obras de contenção: muros de contenção, gabiões, cortinas, terra armada, 
enrocamentos; 
• Fundações: sapatas, estacas em geral, tubulões; 
• Estrutura: pontes, viadutos; 
• Pavimentação: bases, sub-bases, revestimentos; 
• Sinalização: sinalização horizontal, sinalização vertical, pórticos; 
• Obras complementares: cercas, defensas; 
• Proteção ambiental: gramagem, hidrossemeadura, plantio de árvores e arbustos, 
regularização de caixas de empréstimo; 
• Serviços de manutenção: roçada, limpeza, caiações, tapa-buracos, remoção de 
barreiras; 
• Transportes: transportes locais e comerciais; 
Serviços auxiliares: britagem de rocha, extração de areia; 
 
 
 
 
11 
 
 
2.2 - CUSTOS DIRETOS DE OBRAS FERROVIÁRIAS: 
Nas obras ferroviárias, os custos diretos serão classificados de acordo com as seguintes áreas, 
comportando, entre outros, os serviços exemplificados adiante; 
• Projetos: projetos, levantamentos topográficos, consultoria, sondagens, ensaios; 
• Instalação da obra – locação da obra, montagem de canteiro, mobilização e 
desmobilização; 
• Serviços gerais:insumos que participam indiretamente nos serviços e que não estão no 
BDI ou em outros itens, como por ex. ferramentas manuais, equipamento de proteção 
individual, encarregados, ou ainda, equipamentos de pequeno porte pagos por aluguel 
mês, tais como betoneiras, geradores, serras e outros, que, no SINCTRAN não fazem 
parte das composições de serviços; 
• Terraplenagem: todos os serviços de movimento de terra e rocha para preparo do leito 
estradal, inclusive escavação de jazidas; 
• Drenagem: todos os dispositivos de drenagem superficial e profunda, tais como valetas, 
sarjetas, meios-fios, drenos; 
• Obras de arte correntes: bueiros, pontilhões; 
• Obras em terra e rocha: escavações para bueiros, drenagem, pontes; 
• Obras de contenção: muros de contenção, gabiões, cortinas, terra armada, 
enrocamentos; 
• Fundações: sapatas, estacas em geral, tubulões; 
• Superestrutura ferroviária: assentamento de lastro, dormentes, trilhos, AMV; 
• Estruturas: pontes, viadutos; 
• Pavimentação – sub-leito, reforço do sub-leito, sub-base (sub-lastro); 
• Sinalização - marcos quilométricos e geométricos, passagens em nível; 
• Obras complementares - cercas, defensas, muros de vedação; 
• Proteção ambiental - gramagem, hidrossemeadura, plantio de árvores e arbustos; 
• Transportes - transportes locais e comerciais; 
• Serviços de manutenção - limpeza, substituição de pequena parcela de materiais, 
correção geométrica; 
• Serviços auxiliares - britagem de rocha, extração de areia; 
• 
2.3 - CUSTOS DIRETOS DE OBRAS AQUAVIÁRIAS: 
As obras aquaviárias comportam composições de custos que envolvem as seguintes categorias de 
serviços: 
• Projetos: projetos, levantamentos topográficos, sondagens, ensaios; 
• Instalação da obra: locação da obra, montagem de canteiro, mobilização e 
desmobilização, instalação de usinas; 
• Serviços gerais: insumos que participam indiretamente nos serviços e que não estão no 
BDI ou em outros itens, como por ex. ferramentas manuais, equipamento de proteção 
individual, encarregados, ou ainda, equipamentos de pequeno porte pagos por aluguel 
mês, tais como betoneiras, geradores, serras e outros, que, no SINCTRAN não fazem 
parte das composições de serviços; 
• Terraplenagem: preparação de terraplenos nos locais de portos e terminais; 
• Obras em terra e rocha: obras de contenção nas margens; 
• Obras de contenção: muros de contenção, gabiões, cortinas, terra armada, 
enrocamentos; 
• Fundações: sapatas, estacas em geral, tubulões; 
• Estruturas: estruturas portuárias, cais; 
• Transportes: transportes locais e comerciais; 
• Serviços de manutenção - limpeza, manutenção de estruturas; 
 
12 
 
• Serviços auxiliares: britagem de rocha, extração de areia; 
• Derrocagem: desmonte de rochas sub-aquáticas; 
• Dragagem: canais de acesso, áreas de manobra; 
• Molhe: quebra-mares, tetrápodes, enrocamentos; 
2.4 - CUSTOS DIRETOS DE EDIFICAÇÕES: 
Os serviços de edificações, por sua vez, comportam composições de custo que se distribuem pelas 
seguintes áreas de atividade: 
• Projetos: projetos, estudos topográficos, sondagens, ensaios; 
• Instalação da obra: locação da obra, montagem de canteiro, mobilização e 
desmobilização, instalação de usinas; 
• Serviços gerais: insumos que participam indiretamente nos serviços e que não estão no 
BDI ou em outros itens, como por ex; ferramentas manuais, equipamento de proteção 
individual, encarregados; 
• Drenagem: dispositivos de drenagem superficial como sarjetas, meios-fios, drenos; 
• Obras em terra e rocha: escavações para fundações; 
• Obras de contenção: muros de contenção, gabiões, cortinas, muros de divisa, 
enrocamentos; 
• Fundações: cravação de estacas, execução de sapatas isoladas ou corridas, de blocos de 
fundação, de tubulões, de blocos de coroamento, de vigas de equilíbrio, de vigas 
alavancas; 
• Estruturas: concretos, armações, formas, perfis metálicos; 
• Instalações elétricas: instalação de dispositivos elétricos 
• Instalações hidráulicas: instalação de dispositivos hidráulicos 
• Paredes: alvenarias, divisórias, painéis; 
• Coberturas: estruturas de madeira ou metálicas, telhamentos, calhas, cumeeiras, rufos; 
• Tratamentos: impermeabilizações, isolamentos térmicos; 
• Esquadrias: portas, janelas, gradis, caixilhos, guarda-corpos, escadas, corrimãos; 
• Revestimentos: emboço, reboco, revestimentos de paredes, forros; 
• Pavimentações: contra-pisos, cimentados, pisos, calçadas, meios-fios, degraus, decks; 
• Rodapés, soleiras e peitoris 
• Ferragens: dobradiças, fechaduras, fechos para portas e janelas; 
• Vidros: vidros liso, temperado, fantasia, aramado, cristal, espelhos; 
• Pinturas: preparos de superfície, emassamentos, pinturas, envernizamento, resinas; 
• Aparelhos: armários, lavatórios, bancadas, tanques, chuveiros, torneiras, cabides; 
• Urbanização: ajardinamento, plantio de arbustos, alambrados; 
• Limpeza: limpezas em geral e de peças; 
• Obras complementares: cercas, muros; 
• Sinalização: sinalização horizontal; 
• Transportes: transportes locais, transportes verticais; 
• Serviços de manutenção: retirada e recolocação de peças, manutenção de estruturas; 
• Serviços auxiliares: cortes de chapas. 
 
 
 
13 
 
 
14 
 
 
3 - DETERMINAÇÃO DO BDI 
Analisando os itens usualmente incluídos nos orçamentos de infra-estrutura de transportes como 
Custo Indireto verifica-se que alguns deles têm valor percentual fixo e obrigatório e são parte 
integrante da carga tributária que incide sobre o preço da obra; um segundo grupo apresenta 
variações percentuais que usualmente se limitam a uma faixa restrita e um terceiro pode apresentar 
variações bastante significativas com o tipo de obra e as circunstâncias em que são realizadas. 
O primeiro grupo é todo constituído por tributos, cuja aplicação é estabelecida e regulamentada por 
Lei. Inclui o PIS, a COFINS e a CPMF. A incidência desses tributos se dá sobre o Preço de Venda 
(PV), de acordo com as seguintes alíquotas: 
 
Itens de Valor Percentual Fixo e Obrigatório 
Itens de Custo Percentuais 
A – PIS 0,65% do PV 
B – COFINS 3,00% do PV 
C - CPMF 0,38% do PV 
 
O segundo grupo comporta tributos e outras despesas cujas incidências admitem alguma variação, 
sobre as quais cabem os seguintes comentários: 
 
• ISS (Imposto sobre Serviços) – é um tributo municipal; assim sendo, sua alíquota não é 
a mesma para todo o país. Ela varia, conforme o Município, desde aqueles que isentam a 
construção civil do tributo até os que a taxam com percentuais que variam na faixa de 2,0% 
a 5,0% sobre o valor das faturas correspondentes à prestação de serviços. Tendo em vista 
essa circunstância, o SINCTRAN adotará alíquota média de 1,75% para fazer face a esta 
despesa. A admissão desta incidência do ISS subentende que a prestação de serviços 
corresponde a 50% do valor da obra. Entretanto, caberá ao projetista, por ocasião da 
elaboração de um orçamento real, relativo a uma obra bem definida, verificar a alíquota real 
de ISS a ser paga. 
 
• Fator de Risco – Como seu próprio nome indica, trata-se de reserva para cobrir eventuais 
acréscimos de custos da obra não recuperáveis contratualmente. Evidentemente, pela sua 
própria natureza, os eventuais que possam ou não ocorrer numa obra vão depender 
fundamentalmente do tipo de contrato sob o qual ela está sendo realizada. Numa 
empreitada por preço global os riscos de que aconteçam fatos não previstos, com 
repercussão no custo da obra, que tenham que ser arcados pelo executante, são elevados. 
Outras formas de contratação minimizam tais riscos, principalmente quando as variações de 
custo por eles causadas têm outras formas de serem compensadas. Numa empreitada por 
preços unitários, que é a forma de contratação mais usual no DNIT, as variações para mais 
ou para menos nas quantidades de serviços são resolvidas pelasmedições, que aferem as 
quantidades efetivamente realizadas. As flutuações nos preços dos insumos são 
compensadas pelos índices de reajustamento das faturas e, finalmente, serviços novos não 
previstos inicialmente nos editais de licitação, como aqueles decorrentes de alterações de 
 
15 
 
projeto, são passíveis de aditivo através da inclusão de novos preços no contrato. Para 
efeito de custos de referência, estamos adotando um fator de risco de 5% para empreitada 
por preço global , quando houver, e de 0% para empreitada por preço unitário, que é como 
aparece no BDI usado como “default” do SINCTRAN. 
 
• Margem – a rigor, a margem complementa a formação do Preço de Venda, sem que possa 
ser considerada como item de custo, ela é, na verdade, uma parcela destinada a remunerar 
os fatores da produção do Executor que intervêm na obra, tais como: custo de oportunidade 
do capital aplicado nos equipamentos mobilizados na obra; capacidade administrativa e 
gerencial para a administração do contrato e a condução da obra, representada pelas 
estruturas organizacionais da empresa e pelo conjunto de normas e procedimentos de que 
se utiliza; conhecimento tecnológico adquirido através de experiências pregressas e pelo 
investimento em formação, treinamento de pessoal e compra de “know how”. A margem é, 
assim, um excedente sobre o custo orçado, através do qual o Executor buscará realizar seu 
Lucro, bem como prover recursos para pagamento de impostos sobre o resultado. No 
presente manual partiu-se de uma taxa de lucro definida no valor de 5,00% de PV. Há que 
levar em conta, entretanto, que execução dos serviços tende a ser otimizada conforme 
aumenta o número de repetições. Determinado percentual previsto para o lucro pode ser 
significativo para obras de grande porte e insuficiente para obras menores. Há necessidade 
de ajustar o percentual previsto para o lucro com a consideração de um fator de escala, a 
ser adicionado ao lucro, conforme abaixo: 
 
Fescala = K (1-Vobra / Vlim) 
 
K = percentual estimado em 5% 
Vobra = Valor da Obra 
Vlim = 50 Vref 
Vref = Valor considerado para as licitações na 
modalidade de concorrência 
 
 
Pela expressão apresentada, as obras com valores inferiores ao Vlim recebem um acréscimo 
positivo do fator escala, até um máximo de 5%, a ser adicionado à taxa de lucro. As 
demais, com valores superiores, não recebem o acréscimo no percentual de lucro esperado 
relativo ao fator de escala. 
Quanto aos Itens Administração da Obra, tanto a Central quanto a Local, Instalações de 
Canteiro e Acampamento e Mobilização e Desmobilização, custos que se formam de maneira 
peculiar em cada obra, não é viável se tentar estabelecer faixas percentuais para enquadrá-
los, a menos que estas sejam tão largas que perderiam qualquer sentido prático. Por essa 
razão essas parcelas foram retiradas do BDI e constituirão itens de serviços específicos. 
 
• Custos Financeiros – Resultam da necessidade de financiamento da obra por parte do 
Executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem superiores às 
receitas acumuladas. Tais custos são calculados como um percentual equivalente à taxa de 
juros básicos do Banco Central (SELIC) aplicado sobre o Preço de Venda menos a Margem, 
durante um mês. As despesas financeiras decorrentes de inadimplência do Contratante, por 
serem eventuais, não podem ser consideradas na elaboração dos custos referenciais do 
DNIT. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3.1 - PREÇO TOTAL OU PREÇO DE VENDA: 
Tendo em vista as considerações acima, as fórmulas gerais dos Custos Diretos – (CD) e do 
Preço de Venda - (PV) assumirão as expressões: 
 
PV = CD + (A+B+C+D+E+F+G) 
 
onde os símbolos têm o seguinte significado: 
 
PV: Preço de Venda 
CD: Custo Direto Total 
A: PIS 
B: COFINS 
C: CPMF 
D: ISS 
E: Margem 
F: Risco 
G: Custos Financeiros 
 
 
3.2 - CONCEITO DE BDI: 
Com base nessas considerações foi construído o quadro a seguir, em que são demonstrados os 
valores das incidências dos diferentes itens sobre o Preço Total ou Preço de Venda da obra (PV) 
e sobre seu Custo Direto (CD). Além disso, procedeu-se, também, à abertura do valor 
considerado como Margem, destacando a carga tributária sobre ela incidente. 
A relação entre o Preço Total ou Preço de Venda (PV) e o Custo Direto (CD) constitui o fator de 
BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), que é expresso por: 
 
Fator de BDI = PV / CD 
 
BDI em percentagem é dado pela expressão: 
 
BDI (%) = (PV/CD - 1). 100 
 
Cabe observar que o BDI de 12,73% constante do quadro “COMPOSIÇÃO DO BDI (BENEFÍCIOS 
E DESPESAS INDIRETAS)” a seguir apresentado, foi calculado a partir de Impostos e Taxas 
vigentes à época da edição deste Manual. Considerou-se um Fator Escala = 0, correspondente 
a obras com valor acima do Vlim citado no item 1.2.2., contratadas por Empreitada de Preços 
Unitários, ou seja, obras cujo Fator de Risco também é nulo. Este percentual é apresentado 
apenas como referência, uma vez que o BDI no SINCTRAN será variável em função do tipo de 
obra, e será aplicado aos custos diretos da obra, para a determinação de seu preço, apenas na 
fase de elaboração do orçamento. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
ITENS DE VALOR PERCENTUAL 
FIXO E OBRIGATÓRIO 
% sobre PV % sobre CD 
A - PIS 0,65 % de PV 0.65 0.73 
B - COFINS 3,00 % de PV 3.00 3.38 
C - CPMF 0 % de PV 
Sub - total 3.65 4.11 
ITENS DE VALOR PERCENTUAL VARIÁVEL COM O 
TIPO DA OBRA OU SERVIÇO 
 
D - ISS 1,750 % de PV 1.75 1.97 
E - Margem 5,0 % de PV 5 5.64 
F - Risco 0% de PV 
G – Custos 
Financeiros 
Selic/12 . (PV-Margem) 
0.89 1.00 
Sub - total 7.64 8.61 
BDI 11.29 12.73 
Custos Diretos - CD 88.71 100 
Preço de Venda - PV 
 
 
100.00 
 
 
 
Tabela 3.1 - COMPOSIÇÃO DO BDI (BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS) 
 
PIS, COFINS – IN/SRF n° 306 de 12/03/2003 
SELIC Dez/2007 = 11,25% a.a. 
 
O IRPJ, no percentual de 15% s/ Margem, e a CSLL, de 9% s/(Margem – IRPJ), deixaram de 
ser incluídos no BDI por determinação do TCU através do Acórdão n° 325, de 29.06.2007. 
 
 
18 
 
 
 
19 
 
 
 
20 
 
 
21 
 
 
4 - CÁLCULO DOS CUSTOS DE MÃO DE OBRA 
 
4.1 - CUSTO DA MÃO DE OBRA 
4.1.1 - Salário 
 
Foi efetuado, junto aos Sindicatos da Construção Civil e da Construção Pesada, levantamento 
de salários médios e pisos salariais nos Estados, ensejando-se o estabelecimento de padrões 
salariais para as diversas categorias profissionais que integram as composições de custo do 
SINCTRAN: 
 
A partir desses valores são calculados da seguinte forma os custos referentes à mão-de-obra: 
 
salário horário = padrão salarial × 
salário mínimo 
220 
 
salário mensal = padrão salarial × salário mínimo 
 
• Para as categorias que têm o piso básico determinado pelas Convenções Coletivas de 
Trabalho em cada Estado, os padrões salariais serão periodicamente aferidos através de 
pesquisas junto aos Sindicatos (são elas servente, ajudante, ajudante especializado, 
oficial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Categoria PS 
MÃO DE OBRA HORISTA 
Motorista de veículo leve 2,0 
Motorista de caminhão 2,5 
Motorista de veículo especial 3,0 
Operador de equipamento leve 1 2,5 
Operador de equipamento leve 2 ou Operador de 
máquina leve de linha 
3,0 
Operador de equipamento pesado ou Operador de 
máquina média/pesada de linha 
3,5 
Operador de equipamento especial ou Operador de 
máquina pesada especial de linha 
4,0 
Blaster 4,1 
Oficial especializado 3,0 
Desenhista 4,0 
Mergulhador 6,0 
Pré-marcador / Pré-alinhador 3,0 
Sondador 2,5 
Perfurador de tubulão Trabalhador de ar comprimido 2,0 
Jardineiro/Serralheiro 2,0 
Consultor 72,3 
Engenheiroprojetista 20,0 
MÃO DE OBRA MENSALISTA 
Gerente * 25,0 
Engenheiro Chefe Seção Técnica * 20,0 
Engenheiro * 16,0 
Médico * 15,0 
Médico do trabalho 15,0 
Engenheiro auxiliar * 8,0 
Chefe * 7,0 
Encarregado geral * 6,0 
Encarregado especializado * 5,0 
Técnico especializado * 4,0 
Encarregado 3,5 
Almoxarife 2,5 
Operador de betoneira 2,5 
Operador de guincho 2,5 
Auxiliar * 2,0 
Apontador 1,9 
Vigia 1,2 
Tabela 4.1 - Padrão salarial da Mão-De-Obra 
(*) Ver tabela de mão-de-obra equivalente 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
Gerente 
• Gerente de Contrato 
• Gerente de Comercial 
• Gerente de Produção 
• Gerente de Planejamento 
• Gerente Administrativo 
• Gerente Financeiro 
• Gerente de Manutenção 
Engenheiro Chefe de Seção Técnica 
• Engenheiro Chefe de Seção Técnica 
• Engenheiro Supervisor 
• Engenheiro Projetista 
Médico 
• Clinico geral 
• Dentista 
Engenheiro 
• Engenheiro Fiscal de Obras 
• Engenheiro Executor de Obras 
• Engenheiro de Segurança 
Engenheiro Auxiliar 
• Engenheiro Adjunto 
• Engenheiro Auxiliar 
Chefe 
• Chefe de Laboratório 
• Chefe de Almoxarifado 
• Chefe de Escritório 
• Chefe de Equipe de Topografia 
• Chefe de Serviços Gerais 
• Chefe de Oficina 
Encarregado Geral 
• Mestre de Obras 
• Chefe de Campo 
• Mestre de Cabotagem 
• Supervisor Geral de Linha 
Encarregado Especializado 
• Encarregado de Pavimentação 
• Encarregado de Britagem 
• Supervisor de Linha 
• Laboratorista 
• Topógrafo 
Técnico Especializado 
• Almoxarife 
• Técnico de Segurança 
• Desenhista 
• Enfermeiro 
• Cozinheiro 
• Nutricionista 
• Contabilista 
• Mecânico 
• Secretária 
 
24 
 
Auxiliar 
• Zelador 
• Auxiliar de Escritório 
• Auxiliar de Almoxarifado 
• Auxiliar de Laboratório (horista ou mensalista) 
• Auxiliar de Topografia (horista ou mensalista) 
• Auxiliar de Oficina 
• Auxiliar de Compras 
• Telefonista 
• Digitador 
• Taifeiro 
Oficial 
• Pedreiro 
Oficial especializado 
• Eletricista 
• Ladrilheiro 
• Pastilheiro 
• Azulejista 
• Bombeiro 
• Soldador 
• Taqueiro 
• Armador 
• Carpinteiro 
• Pintor 
• Vidraceiro 
• Calceteiro 
• Montador 
• Gesseiro 
• Impermeabilizador 
• Marmorista 
• Encanador 
• Aplicador 
• Selecionador de material pétreo 
• Técnico de protensão 
Tabela 4.2 - Tabela de mão de obra equivalente 
 
Para a operação dos equipamentos aquaviários será adotado padrão salarial de 4,16, 
calculado a partir dos salários médios da tripulação das dragas que operam. O número 
de operadores varia para cada draga em função da sua capacidade e será explicitado 
no item 5.1.3.b – Mão-de-obra de Operação do capítulo 5 deste volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4.1.2 - Encargos Sociais – Horistas 
Os encargos sociais incidem sobre os salários de acordo com a legislação vigente e a prática 
usual da administração de pessoal, conforme indicado abaixo. 
 
 
Tipo de Contrato Contratação Direta de Serviço 
Regime de trabalho Horista com horas normais de trabalho 
Percentual 126,30% 
Tabela 4.3 - Taxas De Encargos Sociais Sobre a Mão-De-Obra 
 
Os encargos são determinados e regulamentados por lei. Entretanto, os que se referem aos 
direitos dos empregados têm incidência variável de acordo com a freqüência com que são 
exercidos. Foram adotados os valores médios ocorridos no setor da Construção Rodoviária. 
Nos itens seguintes são detalhados os quatros grupos que compõem os encargos sociais: 
 
a) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo A 
 
Neste grupo estão incluídas as obrigações, que incidem diretamente sobre a folha de 
pagamento e que são regulamentadas de acordo com a legislação a seguir: 
 
 
Item Contribuição Legislação Percentual 
A1 INSS 
Lei 8212 Art. 22 de 24/07/9, Regulamentada pelo 
Art. 25, decreto 356 de 07/12/91 
20,00 
A2 FGTS 
Lei 5.107 Art. 2 Disciplinado pela. lei 8036 
de11/05/90 e regulamentada decreto 99.684 de 
08/11/90 
8,00 
A3 SESI 
Lei 5.107/66 art. 23º de 13/09/66, Art. 8 inciso II 
lei 8029/90 - redação dada pela Lei 8.154/90 de 
28/12/90 e reg Art. 1 e Decreto 99.570/90 
1,50 
A4 SENAI 
Art. 1º DL 6246/44, Lei 8.029/90, Lei 8.154 de 
28/12/90 
1,00 
A5 INCRA 
Art. 3, Decreto 60.446/67, 1º item I do Decreto 
lei nº 1.146/70,15, item II Lei Complementar nº 
11/71 1º DL 1867 /81 e lei 7.787/89 
0,20 
A6 
Salário 
Educação 
Art 3 do Decreto 60.446/67, item 1 do Decreto 
87.043 de 22/03/82 e lei 7787/89 
2,50 
A7 
Seguro contra 
acidente de 
trabalho INSS 
Art. 26 reg. Art. 22 item II, letra A da Lei 8.212 
de 24/07/91, regulamentada pelo Decreto 356 de 
07/12/91 art 26, item III. 
3,00 
A8 SEBRAE 
Art 8 °, parágrafo 3° Lei 8.029/90 modificada pela 
Lei 8.154/90, regulamentada pela Lei 99.570/90 
0,60 
O total de encargos do Grupo A é de 36,80% 
Tabela 4.4 - Encargos sociais referentes ao grupo A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
b) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo B 
 
Neste grupo são considerados os dias em que não há prestação de serviço, mas que o 
funcionário tem direito de receber sua remuneração. Sobre estes dias incidem também os 
encargos do grupo A. Antes de apresentar o demonstrativo do cálculo dos encargos do grupo B, 
calculam-se as horas efetivamente trabalhadas por ano de acordo com os seguintes 
parâmetros: 
 
 
Dias trabalhados por ano = 365 
Dias da semana = 7 
Dias trabalhados por 
semana 
= dias da semana - 1 dia de repouso = 6 
Meses por ano = 12 
Horas trabalhadas por 
semana 
= 44 
Semanas por mês = 365/ 12/ 7 = 4,3452 
Semanas por ano = 365/ 7 = 52,1429 
Horas trabalhadas por 
dia 
= 44/ 6 = 7,3333 
Horas remuneradas por 
semana 
= 7 x 7,3333 = 51,3331 
Horas remuneradas por 
mês 
= 51,3331 x 4,3452 = 223,0526 
Horas trabalháveis por 
ano 
= 365 x 7,3333 = 2.676,6545 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Das horas trabalháveis por ano, devem ser descontados os dias não trabalhados, previstos pela 
legislação, (conforme abaixo indicado) para se obter os dias efetivamente trabalhados: 
 
DIAS NÃO TRABALHADOS LEGISLAÇÃO 
Descanso remunerado (domingos) Art 67 CLT e Lei 605 de 5 de janeiro de 1949 
Feriados e dias Santificados (média de 
13dias/ ano) 
Art 70 da CLT 
Art 1° da Lei 605/ de 5/11/49 e Decreto Lei 86 de 
27/12/66 
São feriados federais: 
- Os dias de eleição de acordo com legislação específica 
- De acordo com as Leis: 662 de 06/04/49, 1266 de 
08/12/50 e 6802 de 30/06/80 os seguintes dias: 
1° de janeiro Dia da Confraternização Universal 
21 de abril Dia de Tiradentes 
1° de maio Dia do Trabalho 
7 de setembro Independência do Brasil 
12 de outubro Dia da Padroeira do Brasil 
15 de outubro Dia da Proclamação da República 
25 de dezembro Natal 
Os feriados municipais são determinados por 
leis próprias, sendo que, na maioria dos 
municípios nelas estão incluídos: 
3ª feira de Carnaval data móvel 
6ª feira Santa data móvel 
Corpus Christi data móvel – 5ª feira 
Finados 2 de novembro 
Férias - (30 dias) Art 129 a 148 da CLT, inciso XVII da CF 
Auxílio enfermidade 
 (15 primeiros dias) 
Lei 3.607/60 e 8213 de 24/07/91 
Auxílio de acidente de trabalho (15 primeiros 
dias) 
Lei 3607/60 e 8213 de 24/07/91 
Licença Paternidade 
 (5 dias consecutivos) 
Disposição Provisória da Constituição Federal de 88 
(Art 10, parágrafo 1°) 
Faltas justificadas 
Art 473 e 822 da CLT 
2 dias consecutivos por morte de ascendente, 
descendente ou cônjuge 
3 dias consecutivos em caso de casamento 
2 dia a cada 12 meses para doação voluntária de sangue 
2 dias para alistamento eleitoral 
período em queestiver cumprindo às exigências do 
serviço militar 
Lei 1060 de 05/03/1950 
- 1 dia por ano para internação de dependente 
- dias em que estiver a serviço da justiça como 
testemunha 
Por determinação de lei específica: 
- dias de greves devidamente reconhecidas por 
determinação judicial 
- dias reconhecidamente de calamidade pública (chuva, 
inundações, etc) 
Tabela 4.5 – Dias não trabalhados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Cálculo das horas correspondentes aos dias não trabalhados: 
 
Repouso semanal remunerado: 
ƒ 1 dia por semana de descanso (domingo), salvo no período de férias 
ƒ 30 dias de férias por ano 
 
(365 -30) x 7,3333 
= 350,9508 h /a 
7 
 
Feriados: 
ƒ 13 dias para o total dos feriados por ano; 
ƒ 2 dias com probabilidade de cair num domingo ou nas férias. 
 
11 x 7,3333 = 80,6663 h /a 
 
Férias 
30 dias de férias a cada ano. 
 
30 x 7,3333 = 219,9990 h/a 
 
Auxílio Enfermidade 
afastamento médio de 5 dias, por ano e por empregado. 
 
5 x 7,3333 = 36,6665 h/a 
 
Auxílio Acidente 
15 primeiros dias de licença sob a responsabilidade do empregador. 
Apenas 3% dos empregados utilizam este benefício. 
 
15 x 0,03 x 7,3333 = 3,3000 h/a 
 
Licença Paternidade 
a duração da licença é de 5 dias corridos; 
a probabilidade de um dia destes não cair no domingo é de 85,8%, a composição etária da 
população entre 18 a 59 anos é de 50% 
a taxa média de fecundidade, de acordo com o anuário do IBGE 1990-1995, é de 3% 
 
5 x 0,858 x 
0,03 
x 1,00 x 7,3333 = 1,8876 h/a 
0,50 
 
Faltas Justificadas 
considerou-se a média de 1,5 dias de faltas justificadas por ano, por trabalhador. 
 
1,5 x 7,3333 = 11,00 h/a 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Pelo demonstrativo acima se conclui que: 
 
o Total das horas não trabalhadas por ano: 704,4702 h/a 
o Total de horas efetivamente trabalhadas no ano: 
 
(2.676,6545 - 704,4702) = 1.972,1843 h/a 
 
Com o valor das horas efetivamente trabalhadas por ano chega-se aos percentuais de 
incidência dos encargos do Grupo B: 
 
• B1 - Repouso semanal remunerado 
 
350,9508 
x 100% = 17,80% 
1.972,1843 
• B2 - Feriados 
 
80,6663 
x 100 % = 4,09 % 
1.972,1843 
• B3 - Férias 
 
Além das horas não trabalhadas, há que considerar que o empregado tem direito de receber 
mais 1/3 do valor das férias 
219,9990 x 1,3333 x 100 % = 14,87 
% 1.972,1843 
 
• B4 - Auxílio Enfermidade 
 
36,6665 x 100% = 1,86 
% 1.972,1843 
 
• B5 - Auxílio Acidente 
 
3,3000 x 100% = 0,17 
% 1.972,1843 
 
• B6 - 13 ° Salário, de acordo com Lei 4090 de 13/07/62 
 
30 x 
7,3333 
x 100 % = 11,16 
% 
1.972,1843 
 
• B7 - Licença Paternidade 
 
1,8876 x 100% = 0,10 
% 1.972,1843 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
• B8 - Faltas Justificadas 
 
11,00 x 100 % = 0,56 
% 1.972,1843 
 
O total de encargos do Grupo B é de 50,61% 
 
 
 
 
c) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo C 
 
Neste grupo estão os encargos pagos diretamente aos empregados e, assim sendo, não 
incidem sobre eles os encargos do Grupo A 
Eles são previstos de acordo com a seguinte legislação: 
 
 LEGISLAÇÃO 
C1 
Multas por Rescisão sem Justa 
Causa 
Art 6°da Lei 5.107/66 alterada pelo art 
10°, Inciso I das Disposições 
Transitórias da Constituição Federal de 
88 
C2 Aviso Prévio Indenizado 
Art 487 CLT art7 , inciso XXI da 
Constituição Federal 
C3 Indenização Adicional 
Art 9° da Lei 7.238/84, Instrução 
Normativa 2 SNT de 12/03/92- multa 
por demissão sem justa causa nos 30 
dias antes da data base da Convenção 
Coletiva de Trabalho 
Tabela 4.6 - Encargos do Grupo C 
O cálculo dos itens deste grupo é feito da seguinte forma: 
 
C1 - Multa por Rescisão do Contrato de Trabalho sem Justa Causa 
 
Trata-se de indenização compensatória de 40%, sobre o saldo do fundo de garantia, devido à 
demissão sem justa causa. 
Sabendo-se que: 
• A freqüência de empregados demitidos sem justa causa = 95% 
• O período médio de permanência dos empregados = 9 meses 
• As horas remuneradas por mês = 223,0526 
• O percentual de contribuição para FGTS sobre o salário = 8% 
 
0,40 x 0,08 x 0,95 x 9 x 223,0526 
x 
12 
x 
100 % = 4,13 
% 1.972,1843 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
C2 - Aviso Prévio Indenizado 
 
Indenização equivalente ao salário de 30 dias do empregado dispensado sem justa causa. 
 
30 x 7, 3333 x 
0,95 x 12 x 
100 % = 14,13 
% 
1.972,1843 9 
 
C3 - Indenização Adicional 
 
Trata-se de uma indenização equivalente ao salário de 30 dias para o empregado demitido sem 
justa causa, no período de 30 dias anteriores à data base da correção salarial. 
A ocorrência média de demissões nesta situação é de 15 % 
 
30 x 7,3333 x 
0,15 x 
100 % = 1,67 
% 
1.972,1843 
 
O total de encargos do Grupo C é de 19,93% 
 
d) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo D 
 
Neste grupo estão os encargos referentes à incidência sobre outros encargos, ou seja: 
 
• D1 - Incidência do Grupo A sobre B 
0,3680 x 0,5061 x 100 % = 18,62 % 
 
• D2 - Incidência de multa do FGTS sobre o 13° salário 
Corresponde à incidência do FGTS sobre o 13° salário, conforme determina o art 10, inciso I 
das disposições Transitórias da Constituição Federal de 88, para o caso da dispensa sem justa 
causa, ou seja: 
 
0,1116 x 0,08 x 0,40 x 0,95 x100 % = 0,34 % 
 
O total de encargos do Grupo D é 18,96% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Com os valores acima se obtêm o total de encargos sociais de 126,30 %, calculados sobre o 
valor do salário/hora efetivamente trabalhado. 
 
 
RESUMO DOS ENCARGOS SOCIAIS TRABALHISTAS 
Regime de Contratação: Contrato Direto dos Serviços 
Salário: Horário Regime de Trabalho: Normal 
GRUPO A 
INSS 20,00 
FGTS 8,00 
SESI 1,50 
SENAI 1,00 
INCRA 0,20 
Salário Educação 2,50 
Seguro Acidente de Trabalho 3,00 
SEBRAE 0,60 
TOTAL DO GRUPO A 36,80 
GRUPO B 
Repouso Remunerado 17,80 
Feriados e Dias Santificados 4,09 
Férias e 1/3 de Férias 14,87 
Auxilio doença 1,86 
Acidente de Trabalho 0,17 
13º Salário 11,16 
Licença Paternidade 0,10 
Faltas Justificadas 0,56 
TOTAL GRUPO B 50,61 
GRUPO C 
Multa por Rescisão Contrato 
Trabalho sem Justo Causa 
4,13 
Aviso Prévio Indenizado 14,13 
Indenização Adicional 1,67 
TOTAL GRUPO C 19,93 
GRUPO D 
Incidência do Grupo A sobre B 18,62 
Incidência da Multa FGTS sobre 
13º Salário 
0,34 
TOTAL GRUPO D 18,96 
TOTAL DOS ENCARGOS 126,30 
Tabela 4.7 - Resumo dos Encargos Sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
e) Observações Adicionais 
 
Foram ainda analisados, no cálculo do custo da mão-de-obra, os seguintes aspectos: 
Insalubridade 
O Art 189 a 197 da CLT trata do adicional ao salário devido ao trabalho 
insalubre. A aplicação deste acréscimo, o percentual a ser adotado e as 
proteções a serem fornecidas dependem das condições de trabalho, de acordo 
com perícia técnica. Assim sendo, não será considerada esta parcela. 
Periculosidade 
De acordo com Art 193 da CLT deve ser acrescido percentual de 40 % às 
categorias que trabalhem com risco de vida tais como: manuseio de explosivos 
ou locais sujeitos a desmoronamento. Foi incluído este percentual nas 
categorias de Blaster e trabalhadores em Tubulão. 
Licença 
Maternidade 
Prevista na Disposições Provisórias da Constituição Federal de 88 (Art 10, 
parágrafo 1°), este item não foi considerado tendo em vista que praticamente 
a totalidade da mão-de-obra dos trabalhadores horistas da construção 
rodoviária é de homens. 
Aviso Prévio 
Trabalhado 
Pelo Artigo 488 da CLT é facultado o aviso prévio trabalhado sendo, neste caso, 
reduzida a jornada de trabalho em2 horas. Este procedimento não foi 
considerado, tendo em vista que esta prática não é usual na construção civil 
pesada. 
PIS / PASEP 
Regulamentado de acordo com os Decretos Lei 2445 de 29 de junho de 1988 e 
2449 de 21 de julho de 1988 deve ser considerada como parte do BDI. 
COFINS 
Também deverá ser incluído no BDI já que este fundo incide sobre a receita 
bruta da empresa. 
Contribuição 
Sindical 
A contribuição sindical é facultativa, assim sendo não foi considerada 
Tabela 4. 8 - Encargos Sociais - Mensalistas (40 horas semanais) 
 
A - ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS (%) 
 
A 1 Previdência Social 20,00 
A 2 FGTS 8,50 
A 3 Salário Educação 2,50 
A 4 SESI 1,50 
A 5 SENAI 1,00 
A 6 SEBRAE 0,60 
A 7 INCRA 0,20 
A 8 
Seguro contra risco e acidente 
de trabalho (INSS) 
3,00 
A 9 SECONCI 1,00 
Total do Grupo A 38,30% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
B - ENCARGOS QUE RECEBEM INCIDÊNCIA DE A (%) 
 
B 1 13º Salário 12,65 
B 2 Férias 16,87 
B 3 Faltas Abonadas Legalmente 0,84 
B 4 Aviso Prévio 1,04 
B 5 Auxílio Enfermidade 0,27 
B 6 Licença Paternidade 0,28 
Total do Grupo B 31,95% 
 
 
C - ENCARGOS QUE NÃO RECEBEM INCIDÊNCIA GLOBAL DE A (%) 
 
C 1 
Depósito por despedida sem 
justa causa 
5,61 
C 2 
Indenização Adicional (Lei 
7.238 / 84) 
1,05 
Total do Grupo C 6,66% 
 
D - REINCIDÊNCIAS 
 
D 1 Reincidência de A sobre B 12,24 
Total do Grupo D 12,24% 
 
 
TOTAL DOS ENCARGOS 89,15% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
37 
 
 
5 - Custo horário de equipamentos 
Uma das parcelas componentes do custo dos serviços rodoviários é o custo horário de utilização dos 
equipamentos empregados em sua execução. Deste modo, será preciso estabelecer critérios que 
definam a forma como serão levados em conta os diferentes componentes desse custo. 
As despesas que são consideradas para o cálculo do custo horário de um equipamento são as 
seguintes: 
ƒ Custos de propriedade 
ƒ Depreciação 
ƒ Custo de oportunidade do capital 
ƒ Seguros e impostos 
ƒ Custos de manutenção 
ƒ Reparos em geral 
ƒ Material rodante / pneus 
ƒ Partes de desgaste (bordas cortantes, dentes de caçamba, ferramenta de penetração no solo, entre outras) 
ƒ Custos de operação 
ƒ Combustível 
ƒ Filtros e lubrificantes 
ƒ Mão-de-obra de operação 
 
O custo horário de um equipamento é a soma dos custos de propriedade, manutenção e operação 
referidos à unidade de tempo (hora). Ele é utilizado para o cálculo dos custos unitários dos serviços 
que o equipamento produz. 
 
5.1 - Critérios de cálculo do custo horário 
5.1.1 - Custos de Propriedade 
a. Depreciação 
 
Em termos genéricos, a depreciação é considerada como a parcela do custo operacional 
correspondente ao desgaste e à obsolescência do equipamento que ocorrem ao longo de sua vida 
útil. Assim sendo, seu valor total corresponde à diferença entre o preço do equipamento novo e o 
valor residual que ele ainda possui ao final de sua vida útil. 
 
A inclusão da depreciação como parcela de custo tem, portanto, a função de gerar um fundo, de 
tal forma que, ao final da vida útil do equipamento, o valor do fundo adicionado ao valor residual 
do equipamento seja suficiente para a aquisição de um equipamento novo, igual àquele que 
estaria sendo retirado da linha de produção. 
 
Esta conceituação é importante no sentido de desvincular a depreciação pelo uso (ou seja, 
relacionada ao número de horas em que o equipamento presta serviços efetivos) de outros dois 
conceitos que não se aplicam no caso do cálculo de seu custo horário: a idade cronológica do 
equipamento e a depreciação para fins contábeis, regulamentada por legislação específica. 
 
 
 
38 
 
O cálculo da depreciação para efeito de custeio depende, portanto, de alguns parâmetros, tais 
como: período de vida útil, valor de aquisição de equipamento novo e valor residual e, ainda, da 
definição da forma como imputar este ônus ao custo operacional horário. 
 
a.1 Valor de Aquisição 
 
Os valores de aquisição dos equipamentos, a serem utilizados nos cálculos do seu custo horário, 
serão sempre aqueles objeto de coleta pelo SINCTRAN em cada Estado, correspondentes às 
cotações de fabricantes ou grandes revendedores, para venda à vista de equipamentos novos, 
compreendendo a carga tributária que sobre eles incide (ICMS e IPI). 
 
a.2 Valor Residual 
 
Ao se pretender atribuir ao valor residual dos equipamentos um percentual de seu valor de 
aquisição, verifica-se que o mercado de máquinas usadas distingue tipos de equipamentos e 
marcas. Existem algumas de maior aceitação e procura, outras menos procuradas e, mesmo, as 
de interesse imediato nulo. Há, também, variação de valor, conforme a região em que se deseja 
negociar. Certos equipamentos, principalmente de pequeno porte, ao final de sua vida útil, têm 
apenas valor de sucata. A existência de mercado consumidor ativo melhora o valor residual do 
equipamento. Aqueles que tiverem procura nesse mercado, terão cotação mais elevada. Esses 
fatores são dinâmicos e variam ao longo do tempo. 
 
Os percentuais utilizados pelo SINCTRAN para estimar os valores residuais dos equipamentos, 
isto é, aqueles que o mercado estaria disposto a pagar por eles, no estado em que se encontram, 
após o transcurso de sua vida útil, foram apoiados em atualizações das pesquisas realizadas pelo 
SICRO2 junto ao mercado de máquinas usadas nas praças do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo-
se chegado aos seguintes valores: 
 
Tipo de Equipamento 
Valor Residual 
(%) 
Aquecedor de fluido térmico 10,0 
Balsa 10,0 
Bate-estaca com martelo hidráulico 20,0 
Bate-estaca de gravidade 15,0 
Batelão autopropelido 10,0 
Betoneira 10,0 
Bomba centrífuga 5,0 
Bomba de alta pressão p/ injeção nata de cimento 5,0 
Bomba de injeção de argamassa 5,0 
Bomba p/ lançamento de concreto 5,0 
Bomba para concreto projetado 10,0 
Bomba submersível 5,0 
Caldeira de asfalto rebocável 10,0 
Caminhão basculante 20,0 
Caminhão betoneira 20,0 
Caminhão carroceria 20,0 
Caminhão tanque 20,0 
Caminhão p/ pintura a frio - demarcação de faixas autoprop. 20,0 
Caminhão aplicador de material termoplástico 20,0 
Campânula de ar comprimido 10,0 
 
39 
 
Carregadeira de pneus 20,0 
Carreta de perfuração sobre pneus tipo jumbo 10,0 
Cavalo mecânico com reboque 20,0 
Central de ar comprimido 10,0 
Central de concreto (dosadora) 10,0 
Central de concreto (dosadora/misturadora) 10,0 
Cesta de inspeção de pontes montada em caminhão 20,0 
Chata - com rebocador 15,0 
Compactador manual - soquete vibratório 5,0 
Compactador manual - placa vibratória 5,0 
Compressor de ar 15,0 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão 5,0 
Conjunto de bomba e macaco prensa c/ mandíbula 5,0 
Conjunto de britagem 10,0 
Conjunto moto-bomba 5,0 
Desarenador 10,0 
Distribuidor de agregados 10,0 
Distribuidora / fresadora c/ controle de greide 10,0 
Draga de sucção e recalque 10,0 
Draga de sucção p/ extração de areia 10,0 
Draga Hopper auto-transportadora de sucção e arrasto 10,0 
Embarcação de apoio 10,0 
Embarcação de sondagem 20,0 
Embarcação empurradora multi-propósito 10,0 
Embarcação p/ transporte de pessoal 10,0 
Equipamento auxiliar p/ descarga de barra longa 0,0 
Equipamento de sondagem a percussão 10,0 
Equipamento distribuidor de asfalto montado em caminhão 20,0 
Equipamento distribuidor de lama asfáltica montado em caminhão 20,0 
Equipamento distribuidor de LARC (microflex) montado em caminhão 20,0 
Equipamento p/ alívio de tensão dos trilhos 10,0 
Equipamento p/ hidrossemeadura montado em caminhão 20,0 
Equipamento p/ solda/cortec/ oxi-acetileno 5,0 
Equipamento p/ varredura e aspiração, montado em caminhão 20,0 
Escavadeira hidráulica sobre esteiras 20,0 
Estação total 0,0 
Fábrica pré-moldados concreto 10,0 
Fresadora a frio 10,0 
Fresadora de pavimentos 10,0 
Furadeira de impacto 5,0 
GPS geodésico dupla freqüência 0,0 
Grade de discos rebocável 5,0 
Grupo vibrador/gerador 10,0 
Guindaste giratório de torre 10,0 
Guindaste s/ esteiras c/ Clamshell 10,0 
Jateador portátil 5,0 
Lixadeira manual de cinta 5,0 
Locomotiva diesel-elétrica 10,0 
 
40 
 
Macaco de protensão 5,0 
Máquina de bancada - guilhotina 15,0 
Máquina de bancada - prensa excêntrica 15,0 
Máquina de bancada - universal p/ corte de chapa 15,0 
Máquina de esmerilhar topo e lateral de boleto 10,0 
Máquina p/ furar dormente 10,0 
Máquina p/ furar trilho 10,0 
Máquina p/ lixar tacos 5,0 
Máquina p/ pintura - compressor de ar e filtro 15,0 
Máquina p/ serrar trilho 10,0 
Máquina p/solda elétrica 5,0 
Maquina policorte 5,0 
Martelete - perfurador/rompedor a ar comprimido p/ galeria 5,0 
Micro trator c/ roçadeira 20,0 
Mini carregadeira de pneus c/ vassoura 20,0 
Misturador de argamassa de alta turbulência 5,0 
Misturador de lama bentonítica 10,0 
Misturador de nata cimento - acoplado a bomba de alta pressão 5,0 
Moto-scraper 15,0 
Motoniveladora 20,0 
Nível ótico 0,0 
Ônibus c/ capacidade p/ 52 lugares 20,0 
Perfuratriz hidráulica off shore 10,0 
Plataforma p/ inspeção de pontes montada em caminhão 20,0 
Politriz p/ pisos 5,0 
Pontão flutuante 5,0 
Pórtico duplo de descarga e posicionamento de dormente 10,0 
Posicionadora de trilhos 10,0 
Pré-alinhadora de grade 10,0 
Rebarbadora de solda de trilho 10,0 
Rebocador 10,0 
Recicladora a frio 20,0 
Régua vibratória 5,0 
Reguladora e distribuidora de lastro 10,0 
Retroescavadeira de pneus 5,0 
Roçadeira mecânica costal 10,0 
Rolo compactador estático 15,0 
Rolo compactador vibratório 10,0 
Rosqueadeira para rosca cônica 5,0 
Seladora de juntas c/ motor à gasolina 10,0 
Serra de juntas para concreto 10,0 
Serra piso tipo Makita 10,0 
Socadora automática de chave 10,0 
Socadora automática de linha 10,0 
Soldadora de trilho 10,0 
Sonda rotativa (c/ motor, guincho, bomba d'água e hastes) 10,0 
Talha manual 5,0 
Tanque de estocagem de asfalto 10,0 
 
41 
 
Teodolito 0,0 
Texturizadora e lançadora com estação meteorológica 10,0 
Tirefonadora ou tirefonadora / parafusadora 10,0 
Trator agrícola (de pneus) 20,0 
Trator de esteiras acima de 200kW 15,0 
Trator de esteiras até 200kW 20,0 
Tripé-sonda - com motor 10,0 
Usina de asfalto a quente 10,0 
Usina de pré misturado a frio 10,0 
Usina misturadora de solos 10,0 
Vassoura mecânica rebocável 10,0 
Veículo leve - Pick Up 4x4 25,0 
Veículo leve até 40 kW 25,0 
Ventilador axial (p/ ventilação forçada) 5,0 
Vibro acabadora de asfalto - sobre pneus 10,0 
Vibroacabadora de asfalto - sobre esteiras 10,0 
Vibroacabadora de concreto - com formas deslizantes 10,0 
Tabela 5.1 - Percentuais de valores de aquisição adotados pelo Sinctran para representar o valor residual dos equipamentos 
 
a.3 Vida Útil 
A grande maioria dos equipamentos trabalha em condições razoavelmente uniformes, não sendo 
necessário, para cálculo do custo horário, estabelecer diferenciação das condições em que são 
utilizados. Neste caso enquadram-se, por exemplo, equipamentos de compactação, britagem, 
usinas de solos e asfalto, etc. 
Outros equipamentos, no entanto, podem sofrer expressiva variação de desgaste em função das 
condições de trabalho que lhes são impostas. Nestes casos, com o objetivo de melhor espelhar, 
no custo horário, esse maior desgaste, os fabricantes sugerem vincular sua vida útil às condições 
em que operam. Os equipamentos que normalmente requerem esse tipo de distinção são: 
ƒ tratores de esteiras; 
ƒ moto-scrapers; 
ƒ pás carregadeiras de rodas; 
ƒ pás carregadeiras de esteiras; 
ƒ escavadeiras hidráulicas; 
ƒ retro-escavadeiras; 
ƒ motoniveladoras; 
ƒ caminhões (em geral); 
 
Esta vinculação pode ser feita, de forma simplificada, estabelecendo-se para estes equipamentos 
3 níveis de condições de operação: leve, média e pesada. São dois os fatores que influem sobre a 
maior ou menor vida útil desses equipamentos: tipo de solo com que o equipamento está 
operando e condições da superfície de rolamento sobre a qual ele trabalha. 
 
Tipo de solo: os tipos de solo nas obras podem variar, em termos de facilidade de operação, 
desde argila levemente arenosa e de fácil rompimento até rocha fragmentada ou explodida. São 
os solos usualmente definidos como de 1ª, 2ª e 3ª categorias. Acrescenta-se, ainda, a categoria 
dos materiais úmidos, turfosos, etc. cujas dificuldades de manuseio são notórias. As 
características de cada um desses tipos de solos vão solicitar mais ou menos os equipamentos, 
em termos de motor, transmissão, chassi, desgaste do material rodante, bordas cortantes, dentes 
de caçamba, etc. 
 
 
 
 
42 
 
Superfície de operação: As superfícies em que os equipamentos operam também variam de 
firmes e lisas até irregulares, com matacões ou rocha explodida. Suas características influenciam 
o maior ou menor desgaste da estrutura e das peças componentes do equipamento, em função 
dos impactos e resistência ao rolamento. A combinação destes fatores, ou sua ação 
independente, determinarão o maior ou menor desgaste dos equipamentos, e, 
conseqüentemente, influirão sobre a vida útil dos mesmos. A variação do desgaste, e da vida 
útil, diferencia-se não apenas pelas condições de sua utilização, como também pelo tipo da 
máquina. O desgaste sofrido por um trator de esteiras operando em superfície pesada, é mais 
acentuado para sua estrutura que para a do moto-scraper, em que os pneus absorvem parte do 
impacto, não os transmitindo à estrutura. Por outro lado, a superfície de operação, no caso, 
estará provocando acentuado desgaste nos pneus do moto-scraper. 
 
Com base nessas considerações, classificaram-se as condições de trabalho em leves, médias e 
pesadas para os serviços de escavação, carga e transporte, que são justamente aqueles 
usualmente realizados pelos equipamentos em questão, conforme pode ser observado na tabela a 
seguir. No sistema informatizado SINCTRAN e nas composições apresentadas neste Manual os 
custos horários desses equipamentos foram calculados considerando-os operando em condições 
médias. 
 
 
Condições Leves Condições médias Condições pesadas 
Para escavação e carga 
• camada de solo superficial • argila arenosa • pedras freqüentes ou 
afloramento de rochas 
• materiais de baixa 
densidade 
• argila com alguma 
umidade 
• cascalho grosso (sem 
finos) 
• argila com baixo teor de 
umidade 
• mistura de solos diferentes 
como areia e cascalho fino 
• escarificação pesada em 
rocha. 
• material retirado de pilhas • produção de aterros (trator 
de esteiras) 
• trabalho em pedreiras 
• operação de lâmina em 
aterro solto 
• carregamento em rocha 
bem fragmentada 
• carregamento contínuo em 
solos compactados como 
xisto argiloso, cascalho 
consolidado, etc. 
• reboque de scrapers (trator 
de esteira) 
• valetamento em solo 
médio a pesado até 3,00m 
de profundidade 
• valetamento em 
profundidades superiores a 
3m. 
• espalhamento e 
nivelamento de materiais 
• escavação em barranco de 
material facilmente 
penetrável 
• carregamento em rocha 
escarificada (para scrapers) 
• valetamento em solo leve 
até 2m de profundidade 
(retro-escavadeira) 
• material bem escarificado • restrições constantes no 
comprimento ou largura, de 
operação. 
 • desmatamentos 
 • unidades carregando em 
terreno nivelado (“scrapers”) 
 
Tabela 5.2.1 - Condiçõesde trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Para transporte 
• superfícies com apoio total 
às sapatas e baixo teor de 
areia. 
• distâncias irregulares 
(longas e curtas) 
• deslocamento contínuo em 
terreno rochoso 
• superfícies firmes, sem 
material solto. 
• aclives e declives 
constantes 
• piso úmido ou irregular 
• superfícies conservadas por 
motoniveladoras 
• resistência ao rolamento 
entre 4% a 7% 
• freqüentes aclives 
• rodovias de curvas 
moderadas 
• pouca patinagem do 
material rodante. 
• piso de areia frouxa e seca 
sem aglutinante 
• resistência ao rolamento 
(Rr) menor que 4% (*) 
 • resistência ao rolamento 
(Rr) maior que 7% 
 • piso em pedras soltas e 
lamelares. 
Rr = kg de força necessário / 
peso do veículo 
 
Tabela 5.2.2 - Condições de trabalho 
 
• Período de Vida Útil do Equipamento 
 
O conceito de vida útil de um equipamento é eminentemente econômico. Existe um momento 
em que a economia de custo de manutenção e de ganhos de produtividade que se pode obter 
pela utilização de um equipamento novo é suficiente para cobrir a diferença para mais no custo 
de depreciação. Este seria o ponto ideal de troca, pois embora nesse preciso instante, os custos 
totais das duas opções sejam os mesmos, o equipamento antigo entrará, daí por diante, em 
regime de custos crescentes e o novo em regime de custos decrescentes. 
 
A vida útil de um equipamento é influenciada por dois fatores preponderantes: os cuidados com 
sua manutenção e as condições de trabalho sob as quais opera. Quanto à manutenção, admitiu-
se que a mesma obedeça às recomendações do fabricante, visto que os orçamentos devem ser 
neutros em relação ao maior ou menor zelo que os possíveis executantes venham a ter com o 
seu equipamento. No que respeita às condições de trabalho, o assunto foi enfocado no parágrafo 
anterior. 
 
Como vemos, a determinação da vida útil do equipamento é complexa, pois envolve vários 
fatores. Os fabricantes de equipamentos sugerem valores, a partir dos quais fazem estimativas 
de custos de depreciação e dos reparos. Considerando as condições médias de aplicação e 
operação dos equipamentos, optou-se por considerar a vida útil sugerida pelos fabricantes, 
conforme Tabela apresentada a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
DESCRIÇÃO 
POT 
(kW) 
TIPO 
DE 
COMB. 
VU 
(ANOS) 
HTA 
Aquecedor de fluido térmico 8 E 8 2500 
Balsa de 15x30x1.8m – cap. 500 t - - 30 2000 
Bate-estaca com martelo hidráulico 400 D 7,5 2000 
Bate-estaca de gravidade p/ 3,5 a 4,0 t 160 D 10 1500 
Batelão autopropelido c/ cap. 300 m³ D 30 2000 
Batelão autopropelido c/ cap. 500 m³ D 30 2000 
Betoneira de 320 l (diesel) 7 D 6 1750 
Betoneira de 580 l (gasolina) 10 G 6 1750 
Bomba centrífuga - cap. 8,1 a 35,4 m³/h 2,2 E 5 2000 
Bomba centrífuga - cap. 8,6 a 22 m³/h 3,7 E 7 2000 
Bomba de alta pressão p/ injeção nata de cimento 33 
l/min. 
10 E 5 2000 
Bomba de injeção de argamassa - cap. máx. 340 
l/min. 
11 E 5 2000 
Bomba p/ concreto c/ lança sobre chassis cap. 
90m³/h 
515 D 5 2000 
Bomba p/ lançamento de concreto cap. de 6m³/h 7,5 E 4 2000 
Bomba para concreto projetado cap. 24 m³/h 30 E 5 2000 
Bomba submersível - cap. 75 m³/h 3,6 E 8 2000 
Caldeira de asfalto rebocável - cap. 600 l 1 D 10 1250 
Caminhão basculante - cap.10 m³ - 15 t 170 D 6 2000 
Caminhão basculante - p/ rocha - cap.12m³ 279 D 6 2000 
Caminhão basculante c/ caçamba estanque - cap.10 
m³ - 15 t 
170 D 6 2000 
Caminhão basculante c/ caçamba estanque – cap. 6 
m³ - 9 t 
150 D 6 2000 
Caminhão basculante – cap. 6m³ - 9 t 130 D 6 2000 
Caminhão basculante - cap. 14m³ - 20 t 279 D 6 2000 
Caminhão basculante - cap. 4m³ - 7.1 t 110 D 6 2000 
Caminhão basculante - cap. 5m³ 125 D 6 2000 
Caminhão basculante para rocha - cap.8m³ - 13 t 170 D 6 2000 
Caminhão betoneira - cap.11.5 t 160 D 6 2000 
Caminhão carroceria - cap.15 t 170 D 6 2000 
Caminhão carroceria - cap.4 t 110 D 6 2000 
Caminhão carroceria - cap. 9 t - 130 kW 150 D 6 2000 
Caminhão carroceria com guindauto - cap. 6 t 180 D 6 2000 
Caminhão tanque - cap. 13000 l 170 D 6 2000 
Caminhão tanque - cap. 8000 l 130 D 6 2000 
Caminhão tanque - cap.10000 l 130 D 6 2000 
Caminhão tanque - cap.6000 l 150 D 6 2000 
Caminhão p/ pintura a frio - demarcação de faixas 150 D 6 2000 
Caminhão aplicador de material termoplástico 150 D 6 2000 
Campânula de ar comprimido - cap. 3 m³ - - 11 1250 
Carregadeira de pneus - cap. 1,70m³ 78 D 5 2000 
Carregadeira de pneus - cap. 2,0 m³ 115 D 5 2000 
 
45 
 
Carregadeira de pneus - cap. 2,9m³ 135 D 5 2000 
Carregadeira de pneus - cap. 3,1m³ 136 D 5 2000 
Carregadeira de pneus - cap. 5,6 m³ 321 D 5 2000 
Carregadeira de pneus - cap.1,33 m³ 79 D 5 2000 
Carreta de perfuração sobre pneus tipo jumbo 135 E 6 2000 
Cavalo mecânico com reboque - cap. 29,5 t 265 D 12 1000 
Cavalo mecânico com reboque - cap. 45 t 358 D 12 1000 
Central de ar comprimido - cap. 3800 m³/h 596 D 5 2000 
Central de concreto - dosadora - cap. 30 m³/h 25 E 10 1500 
Central de concreto - 270 m³ / h 
(dosadora/misturadora) 
149 E 10 1500 
Cesta de inspeção de pontes montada em caminhão - 
cap. 270 kg 
130 D 6 2000 
Chata - 25m³ - com rebocador 100 D 5 2000 
Compactador manual - soquete vibratório 2 G 9 1000 
Compactador manual de placa vibratória 3 D 10 1000 
Compressor de ar - 762 PCM 200 D 7 1750 
Compressor de ar -200 PCM 59 D 7 1750 
Compressor de ar de 400 PCM 89 D 7 1750 
Compressor de ar portátil: 360 PCM 89 D 7 1750 
Compressor de ar XAS 356 - 146 kW 146 D 7 1750 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 115 t 
5 E 7 2000 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 200 t 
5 E 7 2000 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 25 t 
3 E 7 2000 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 250 t 
7 E 7 2000 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 400 t 
10 E 7 2000 
Conjunto bomba e macaco hidráulico p/ protensão - 
cap. 540 t 
10 E 7 2000 
Conjunto de bomba e macaco prensa c/ mandíbula 
até 20mm 
7 E 7 2000 
Conjunto de bomba e macaco prensa c/ mandíbula de 
22,5 a 32mm 
7 E 7 2000 
Conjunto de britagem - 80 m³/h 292 E 8 1750 
Conjunto de britagem de 30 m³/h 74 E 8 1750 
Conjunto de britagem p/ rachão - 80 m³/h 292 E 8 1750 
Conjunto moto-bomba 11 G 5 2000 
Desarenador 15 E 5 2000 
Distribuidor de agregados - autopropelido 40 D 8 1750 
Distribuidor de agregados - rebocável - - 10 1250 
Distribuidora / fresadora - c/ controle de greide 243 D 5 2000 
Draga de sucção e recalque de 1200 HP - cortador de 
110 kW 
993 D 20 4000 
Draga de sucção e recalque de 1600 HP - cortador de 
170 kW 
 
1347 D 20 4000 
 
46 
 
Draga de sucção e recalque de 2400 HP - cortador de 
276 kW 
2041 D 20 4000 
Draga de sucção e recalque de 300 HP - cortador de 
30 kW 
251 D 20 4000 
Draga de sucção e recalque de 3800 HP - cortador de 
450 kW 
3245 D 20 4000 
Draga de sucção e recalque de 600 HP - cortador de 
52 kW 
493 D 20 4000 
Draga de sucção p/ extração de areia 6" 100 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade até 750 m³ 1375 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade de 1001 até 2000 m³ 3000 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade de 2001 até 3000 m³ 4400 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade de 3001 até 4000 m³ 5800 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade de 4001 até 5000 m³ 7200 D 25 4000 
Draga Hopper c/ capacidade de 751 até 1000 m³ 1700 D 25 4000 
Embarcação de apoio motor 40 HP 30 D 20 2000 
Embarcação de sondagem - 120 HP 120 D 20 2000 
Embarcação empurradora multi-propósito 2x150 HP 224 D 20 2000 
Embarcação p/ transporte

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