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Leishmaniose: Agente, Ciclo e Formas Clínicas

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Prof.ª MsC. Alessa C.P. de Vasconcelos
Parasitologia Básica para Enfermagem
Unidade 2:
Protozoários Teciduais e Sanguíneos
Gênero: Leishmania
1. Introdução
Digenéticos (heteróxenos)
Formas promastígota e paramastigota: flagelados livres ou aderidos ao trato digestivo dos hospedeiros invertebrados
Forma amastígota: forma intracelular
Replicação clonal (divisão binária)
Mais comum entre roedores e canídeos
Fêmeas de insetos hematófagos (flebotomíneos): únicos hospedeiros invertebrados responsáveis pela transmissão do agente
2. Morfologia
Forma Amastígota:
Ovais, esféricos ou fusiformes
Núcleo grande e arredondado
Cinetoplasto
Vacúolos
Invaginação com bolsa flagelar
2. Morfologia
Forma Promastígota:
Flagelo livre e longo (2x comprimento do corpo)
Núcleo arredondado ou oval
Cinetoplasto
É a forma infectando do hospedeiro vertebrado
Forma Paramastígota:
Flagelo curto
Hemidesmossomos (para adesão ao epitélio do trato digestivo do vetor)
Cinetoplasto
3. Ciclo Biológico
3. Ciclo Biológico
Promastígotas metacíclicos são inoculados pelas fêmeas de flebotomíneos durante o repasto sanguíneo.
Flebotomíneos: aparelho bucal curto e rígido, dilacera tecidos com saliva anticoagulante, vasodilatadora (maxadilan) e antiagregador plaquetário.
Promastígota metacíclica resistente à lise pelo complemento, devido LPG (lipofosfoglicano) e gp63 (metaloprotease).
3. Ciclo Biológico
Internalização se faz por opsonização , também como mecanismo de defesa.
Se transformando rapidamente em amastígota no vacúolo fagocitário.
Amastígota se divide sucessivas vezes até a lise dos macrófagos.
O inseto se infecta durante o repasto em indivíduo ou animal infectado. No intestino do flebotomíneo ocorre a transformação de amastígota para promastígota. Mas uma vez o LPG e a GP63 auxiliam o parasito a não ser destruído no intestino do inseto e ao flagelo aderir-se às microvilosidades intestinais.
3. Ciclo Biológico
A migração do parasito até a probócide do inseto é seguida pelas formas: promastígotas curtas e largas na luz do intestino; paramastígotas arredondadas, fixadas pelo flagelo à cutícula através de hemidesmossomos; promastígotas metacíclicas.
4. Classificação Taxonômica
Leishmania donovani: causadora das formas de leishmaniose visceral em todo o mundo
Leishmania braziliensis: 05 subespécies responsáveis pelas diferentes formas clínicas da leishmaniose tegumentar americana.
Leishmania tropica:02 subespécies, responsáveis pelas formas cutâneas de leishmaniose do Velho Mundo.
Leishmaniose Tegumentar Americana
1. Introdução
Enfermidade zoonótica polimórfica de pele e de mucosas:
FORMA CUTÂNEA
FORMA CUTANEOMUCOSA
FORMA DISSEMINADA OU DIFUSA
Doença antiga, conhecida como botão-do-oriente (Leishmania tropica). No Brazil era conhecida como Úlcera de Bauru. 
Gaspar Viana (1911) nominou a L. braziliensis.
1. Introdução
OMS (2010): 12 milhões de casos no mundo e 350 milhos de pessoas em áreas de risco.
Uma das 06 doenças mais importantes do mundo.
Dos 88 países onde a doença ocorre, 76 são subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
2. Aspectos Biológicos
Agente Etiológico:
Diferentes espécies do gênero Leishmania, entre elas: L. braziliensis; L. guyanensis; L. amazonensis.
Morfologia:
Forma Amastígota
Forma Promastígota
Forma Paramastígota
2. Aspectos Biológicos
Reprodução:
Divisão binária: primeiro flagelo, depois núcleo em seguida o cinetoplasto.
Hospedeiros:
Invertebrado:
Flebotomíneos do gênero: Lutzomyia
Vertebrado:
Roedores, canídeos, primatas...
3. Ciclo Biológico (Vetor)
Infecção da fêmea do flebotomíneo durante do repasto sanguíneo.
Entram no estômago do vetor na forma amastígota (dentro do macrófago) sofrendo divisão binária e transformando-se em promastígotas antes do rompimento da membrana peritrófica.
Ciclo completo em aproximadamente 5 a 7 dias.
3. Ciclo Biológico (Vertebrado)
Durante a alimentação do flebotomíneo infectado, em 08 horas os flagelados não interiorizados pelos macrófagos da pele. E, em 24 horas já é possível existir amastígotas.
Ocorre uma reação inflamatória no local da picada.
4. Mecanismo de Transmissão
Mosquito-palha, birigui, tatuquira.
4. Mecanismo de Transmissão
5. Patogenia
Células destruídas pela probóscida e saliva do inseto atraem macrófagos para a derme.
Apenas histiócitos não estimulados estabelecem a infecção.
Lesão inicial é um infiltrado inflamatório composto de linfócitos e de macrófagos.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
02 semanas a 03 meses.
6. Formas Clínicas
Leishmaniose cutânea: L. braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis
Leishmaniose mucocutânea:
	 L. braziliensis
Leishmaniose cutânea difusa: 
	L. amazonensis
6. Formas Clínicas
Leishmaniose cutânea: L. braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis
	- Infecção confinada na derme, com epiderme ulcerada
	- Lesão indolor
	- Úlceras de bordas elevadas e fundo granuloso e úmido.
6. Formas Clínicas
Leishmaniose Mucocutânea:
Infecção na derme (ulceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem mucocutânea:
6. Formas Clínicas
Leishmaniose Cutânea Difusa:
Infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o corpo.
Associado a deficiência imunológica do paciente.
7. Diagnóstico
• Exame direto de preparações coradas:
	Mais apropriado nos casos de leishmaniose cutânea causada pela L. (L.) amazonensis Amastigotas
	As amostras de lesão podem ser obtidas por:
	- Escarificação
	- Biópsia com impressão por aposição
	- Aspiração (punção)
• Exame histopatológico HE
• Cultura: Meios NNN ou LIT (27ºC), 1 semana Promastigotas
 Métodos bioquímicos e imunológicos identificação de espécie
• Inoculação de animais (hamsters) observar aparecimento de
lesões (~ 1 mês)
7. Diagnóstico
Intradermorreação de Montenegro (IRM)
	Princípio: teste de hipersensibilidade
	Técnica: inoculação de um extrato antigênico de promastigotas na face anterior do antebraço
	Leitura: após 48 horas medir o diâmetro da induração
	Interpretação:
	• Reação Negativa: ausência de qualquer sinal no local de inoculação ou presença de uma pápula com diâmetro < 5 mm
	• Reação Positiva: presença de pápula ou nódulo com diâmetro > ou = 5 mm
8. Tratamento
Droga de primeira escolha:
Antimoniais pentavalentes (Glucantime, Pentostam)
Aplicação: i.v. ou i.m. diária (20 a 28 dias)
Mecanismo de ação: inibem a via glicolítica e a oxidação de ácidos graxos amastigota
Contra-indicações: mulheres gestantes e pacientes cardíacos
9. Profilaxia
Profilaxia
Uso de repelentes, telas de proteção
Borrifação frequente de ambientes
Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos
Educação Sanitária
Combater o inseto
Tratar o doente
Leishmaniose Visceral Americana
1. Introdução
Definição:	
	- É uma antroponose crônica e infecciosa, causada por um protozoário do gênero Leishmania (L.) infantum chagasi.
Epidemiologia:
	- Incidência no Brasil: 3000 casos/ano. O Nordeste possui 70 a 90% da população brasileira infectada.
1. Introdução
Visceralização das amastígotas para órgãos linfóides.
 Sinais gerais1 		 Sinais viscerais2
						 ÓBITO
1. Febre, anemia, leucopenia, enfraquecimento, etc. (detecção de amastigotas na medula óssea)
2. Hepatomegalia e esplenomegalia.
2. Ciclo Biológico
3. Patogenia
CÉLULA T
Ta = CD 4
Tc = CD 8
Ta1 = Th1
Ta2 = Th2
Ativação de macrófagos
Hipersensibilidade tardia
Linfócitos B
Imunoglobulinas
Resposta celular viral
IL-2 e INF- γ
IL-4 e IL-10
IL-12
4. Quadro Clínico
Período de incubação: 10 dias a 24 meses (média 2 a 6 meses)
Manifestações Clínicas:
Febre irregular e de longa duração
Hepatoesplenomegalia (↑ volume abdominal)
Linfoadenopatia
Emagrecimento
Edema 
Palidez
Astenia
Anorexia
Caquexia e morte se não for tratado
Cílios longos e cabelos secos
4. Quadro Clínico
Infecção assintomática:
30% adultos em áreas endêmicas tem teste intradémico deMontenegro positivo.
Forma oligossintomática
Forma mais comum da doença (pouco diagnosticada)
Sinais e sintomas inespecíficos (febrícula, tosse seca, adinamia, diarréia, sudorese, hepatomegalia discreta)
60 a 70% evoluem com resolução espontânea do quadro.
4. Quadro Clínico
FORMA AGUDA:
Manifesta-se com febre alta, calafrios, diarréia, tosse
História imprecisa não ultrapassando 2 meses de evolução
Hemograma tende para pancitopenia (HG <10g/dL, leucometria entre 2000-4000/mm³, plaquetometria <200000/mm³).
Elevação de globulinas com grande quantidade de Ac específicos IgM e IgG anti-leishmania
Parasitismo hepatoesplenico intenso
4. Quadro Clínico
FORMA CRÔNICA:
Predomina em pacientes < 10 anos ou imunodeprimidos.
Curso prolongado e insidioso (período de incubação médio 3-8 meses).
Febre, tosse seca, mal estar, astenia, sintomas gastrointestinais, perda ponderal.
Palidez, desnutrição, alteração na coloração da pele, abdome volumoso ( hepatoesplenomegalia maciça) edema mãos e pés.
Epistaxes, gengivorragias, amenorréia.
4. Quadro Clínico
FORMA CRÔNICA:
Achados laboratoriais:
Pancitopenia em grau variado: HG <9 g/dL, leucometria <3000/mm³, plaquetometria <100000mm³.
VHS elevado
Hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia
Discreta elevação das transaminases
4. Quadro Clínico
Fase Aguda			Fase Final
4. Quadro Clínico
CALAZAR E HIV:
70% casos de calazar em adultos associados ao HIV
Indivíduos infectados ou recém infectados
90% casos a contagem CD4 inferior a 400/mm³
Febre, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfoadenomegalia (60%)
Não é incomum comprometimento pulmonar, pleural, gastrointestinal, cutâneo
4. Quadro Clínico
Laboratório:
		-Pancitopenia 
		-Hipergamaglobulinemia
		-Hipoalbuminemia
		-Aumento do VHS
		-Diminuição da atividade de protrombina 	-Aumento de TGO e TGP
 Complicações:
		Infecções bacterianas secundárias (PNM, sepse, otite média, dermatite infecciosa, diarréia) 
5. Diagnóstico
Epidemiologia e quadro clínico;
Pesquisa do parasita: hemocultura (30% são positivas), mielograma (75% são positivas) e aspirado de baço;
Pesquisa do anticorpo, por meio de IFI ou ELISA.
6. Tratamento
→ Antimonial pentavalente (Glucantime) primeira escolha
→ Anfotericina-B: casos de falha terapêutica com antimônio
7. Profilaxia e Controle
Diagnóstico e tratamento dos doentes.
Eliminação dos cães com sorologia positiva.
Vacinação dos cães com sorologia negativa.
Combate às formas adultas do inseto vetor.

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