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ESTAGIO PAULISTA Parte Geral

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FACULDADE PAULISTA SÃO JOSÉ
CARLOS EDUARDO FOGANHOLO
Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes para as Disciplinas do Currículo do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação Profissional em Nível Médio em Filosofia – Resolução II de 26/06/97 CNE/MEC
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ENSINO MÉDIO: FILOSOFIA
SÃO PAULO, 2016
FACULDADE PAULISTA SÃO JOSÉ
CARLOS EDUARDO FOGANHOLO
 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ENSINO MÉDIO: FILOSOFIA
	Trabalho apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado no Ensino Médio: Filosofia, no Curso Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes para as Disciplinas do Currículo do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação Profissional em Nível Médio em Filosofia – Resolução II de 26/06/97 CNE/MEC da Faculdade Paulista São José 
SÃO PAULO, 2016
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO
	03
	2. DESENVOLVIMENTO
	04
	3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	07
	4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	08
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1. INTRODUÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado deverá ser um momento de crescimento profissional, constituindo-se numa atividade interativa e participativa.
A proposta do Estágio Curricular Supervisionado do Curso: Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes para as Disciplinas do Currículo do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação Profissional em Nível Médio em Filosofia – Resolução II de 26/06/97 CNE/MEC, busca a formação de um profissional capaz de entender os novos parâmetros da cultura como atividade humana, como prática de produção e de criação; compreender o processo de trabalho pedagógico que ocorre nas condições da escola, da educação formal e não formal e as condições de desenvolvimento da criança e do adolescente; compreender a dinâmica da realidade, utilizando-se das diferentes áreas do conhecimento para produzir a teoria pedagógica; identificar os processos pedagógicos que se desenvolvem na prática social concreta que ocorrem nas instituições escolares e também fora delas, nos movimentos sociais; vivenciar o trabalho coletivo e interdisciplinar no trabalho pedagógico de forma interrogativa e investigativa, contribuindo para a construção de saberes e conhecimentos no campo educacional. 
O Estágio Supervisionado deve ter como referencial o eixo curricular considerando a necessidade de desenvolver um trabalho coletivo e interdisciplinar a fim de que possa ocorrer a produção do conhecimento por parte do estudante e a formação do professor.
O Estágio Supervisionado é parte importante e imprescindível da formação do profissional. Compreende-se que é o momento que o aluno dispõe para refletir e intervir no seu campo de atuação profissional com a supervisão didática de outros profissionais já formados e com experiência suficiente para a discussão e orientação. 
O convívio com jovens adolescentes com idades entre 16 e 20 anos, no Colégio Estadual Iglea Grollman, em Cianorte, Estado do Paraná, foi marcante. 
Poder lecionar matérias deste curso que fiz com convicção. Isso comprova que fiz a escolha certa enquanto futuro profissional. 
Também está claro que é necessário realizar um constante aperfeiçoamento, seja com novas técnicas e muita leitura teórica, para poder satisfazer as dúvidas e curiosidades dos alunos e minhas enquanto futuro licenciado em Filosofia.
2. DESENVOLVIMENTO
Uma das situações mais interessantes que encontrei na atividade de Estágio Supervisionado foi a de permanente estudo e reciclagem de matérias e assuntos relevantes à filosofia. É fundamental estar atualizado, estar bem preparado para poder lecionar, isso quer dizer, preparar a aula, calcular bem o tempo de duração do período, examinar os termos e conceitos que serão usados, dominá-los com clareza e certeza, nunca esquecendo a diferença de conhecimento existente entre alunos e professor. Utilizar linguagem acessível e adequada, não se esquecendo de ser moderno. 
É necessário conhecer quem são os alunos, qual o perfil da turma dentro de uma análise geral, levando em conta a localização geográfica da escola, o nível sócio e econômico, a filosofia da escola e a época em que vivemos considerando os fatos mais relevantes para a sociedade e especificamente para eles, considerando seus objetivos e diferentes realidades e interesses. 
Não esquecer a responsabilidade de estar à frente de uma classe, constituída por jovens em formação escolar, prestes a terminarem o ensino médio e iniciarem novos desafios, sejam eles profissionais ou universitários. Saber que o que é dito pelo professor, para muitos será a uma verdade que com o passar do tempo poderá ser contestada ou confirmada. Essa responsabilidade é gratificante, saber que estamos contribuindo para a socialização de outros, ao mesmo tempo em que fortalecemos as nossa, através das experiências e informações trazidas pelos alunos.
O primeiro dia de estágio, o momento de entrar em sala de aula e olhar que todos estão me olhando, uns momentos raros, onde a expectativa é mútua (dos alunos e minha) sobre o que irá ocorrer. O momento da apresentação que foi feita pelo professor titular e a minha posterior, o momento em que o professor titular sai da aula e me entregou a turma, uma situação em que procurei manter a calma para não transmitir insegurança. Agora a situação é inversa, de aluno passei a professor, pude descobrir o quanto algumas coisas “normais” que fiz enquanto aluno que perturba, quem esta dando a aula. 
O momento seguinte a minha apresentação, surgiram às perguntas, curiosos de onde eu estudava e de cunho pessoal, tudo soou como se fosse uma observação antropológica numa situação de estranhamento, de estudo por parte deles (alunos). Ao fazer a chamada pela primeira vez e poder identificar os nomes às pessoas, mantive minha postura, com expressão alegre e de quem estava realizando uma atividade que já fizera outras vezes. A passagem deste momento de formalismo de apresentações para o início propriamente da aula, onde apresentei o programa que seria ministrado, é algo inusitado, sair da cadeira do professor para ficar de pé em frente à turma olhando os olhares curiosos. Comecei a falar sobre a matéria que havia estudado todos os dias durante a semana que antecedeu, tive preocupação no momento em que fui ao quadro escrever, para não cometer algum equivoco, para a letra ser legível e a expressão de fácil entendimento. Falar enquanto outros falam é complicado, tive que me concentrar para não me desviar do assunto e não perde o nexo. Mas a aula aconteceu de forma tranqüila, à maior preocupação que tinha era não saber responder a algum questionamento ou mesmo se fosse contraditória a alguma outra informação que o professor titular havia dito. 
Ao final tive a sensação de alivio e orgulho, afinal todos os medos do começo se desfizeram com o transcorrer da aula. Ao termino a alegria pela maneira carinhosa que muitos se despediram perguntando se eu continuaria a dar outras aulas.
Em conjunto com o professor, elaboramos uma maneira diferenciada para as aulas seguintes, dividi a aula em dois tempos, o primeiro a aula expositiva do conteúdo previsto no planejamento e em conformidade com o professor titular e a segunda metade a um trabalho que consistiu em dividir a turma em grupos de três ou quatro alunos que deveriam apresentar músicas nacionais com temas sociais que se adequassem aos temas tratados em aula, transportando a teoria clássica trabalhada com, por exemplo, a obra de Nicolau Maquiavel – O Príncipe, Montesquieu – O espírito das leis, entre outros aos temas modernos. A técnica deu resultado muito bom, talvez o objetivo tenha sido alcançado para mim diferente que foi para eles, para eles causou certa descontração por poder escutarmos juntos suas músicas quem tem um significadodiferente em razão dos conhecimentos adquiridos. Para mim foi excelente, pois pude observar que eles cumpriram o que foi solicitado e com certeza a associação da matéria ficou mais fácil de entendimento de uma forma geral. 
A partir desse momento todas as aulas tiveram outro sentido pela expectativa que eles (alunos) tinham em apresentar seus trabalhos. Fizemos esse exercício até a penúltima aula, quando teve uma avaliação (prova) que não foi elaborada por mim e sim o professor titular, algo que me preocupo muito, será que eles apreenderam a matéria que eu expliquei. 
Minha ansiedade aumentou quando tive contato com a prova, que julguei ser feita dentro de outro foco a que eu estava trabalhando, porém foi amenizada, pois pude um dia antes da prova discutir os assuntos e salientar o que seria cobrado na avaliação.
Para minha alegria alguns acertaram toda a prova, o que prova que a matéria foi dada, a média ficou em 50% de acertos e a nota foi compensada pelo trabalho que foi realizado pelos alunos que teve peso 4 que somado ao peso 6 da prova constituía a nota do trimestre. Todos alcançaram a média seis da escola.
	Foram momentos muito importantes durante o estágio, o qual descreve:
Observação e coparticipação
Um período onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para estagiários que ainda não têm ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois, é onde professores, estagiários e alunos estão se encontrando pela primeira vez, então é natural que haja um clima novo, de descoberta ou mesmo, de incertezas e dúvidas que ao longo do estágio vai se quebrando.
Regência
Todas as etapas do Estágio Supervisionado foram importantes e enriquecedoras, mas nenhuma delas se compara aos momentos mágicos vividos numa sala de aula.
Encarar frente a frente toda a dialética educacional, os problemas, como atrasos, o cansaço visível na face da maioria dos alunos (no caso do turno noturno).
Além disso, foi muito prazerosa a troca de conhecimentos, a atenção que disponibilizaram cada um do seu jeito, para melhor compreensão dos assuntos e dos temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, dois (02) ou três (03) alunos que em alguns momentos precisaram ser chamados a atenção.
 Pode-se também observar que o retorno foi satisfatório não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula, via-se que a recíproca era verdadeira.
Procurou-se elaborar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos mesmos; percebeu-se também o interesse cada vez maior, a interação com os assuntos abordados, explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. 
Nas aulas posteriores notava-se o explícito interesse e a interação fluíam cada vez melhor, os alunos se ofereciam para ajudar a buscar livros, televisores, papeis e outros matérias que fossem ou seriam utilizados na aula.
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o termino do estagio foi possível verificar as diversas finalidades da Filosofia na Unidade Escolar e também sua importância para o processo educacional e, não só sob o aspecto pedagógico como também seu caráter social, o que tramita entre as diversas áreas do conhecimento, com a ajuda dos diferentes profissionais envolvidos na comunidade escolar.
Diante da realidade sócio-cultural dos alunos, a escola passa a ter outras funções além do papel educativo, onde os profissionais adquirem encargos dentro da instituição, o que torna a escola a principal via de acesso para a compreensão dos problemas da comunidade.
A parceria entre o corpo docente e a direção faz com que a Unidade Escolar tenha uma administração democrática, onde a integração e a cooperação aprimoram o desenvolvimento do processo educacional e o atendimento as inúmeras questões referentes à gestão escolar.
A escola prima pela convivência sadia nas relações interpessoais levando em conta o respeito às diferenças sociais, políticas e culturais, assumindo direitos e deveres dos participantes do processo educativo, o que conclui o sucesso do desempenho dos alunos na satisfação dos funcionários desta comunidade escolar.
Segundo pudemos observar durante o estagio a Instituição possui uma Gestão é coerente e funcional, que promove a ação social. Como ponto positivo o que mais me chamou a atenção foram o diálogo e paciência apresentados pela Direção, coordenação e também do corpo docente da Unidade Escolar. Todos muito envolvidos e prestativos a resolverem os problemas que se apresentavam.
 O estágio da disciplina de Prática de Ensino em Filosofia foi relevante, consegui entender melhor o que é ser professor, com suas dificuldades e principalmente suas responsabilidades. 
Sem dúvida, foi a disciplina que mais me ensinou, talvez pelo objetivo do curso que faço (licenciatura), foi a experiência mais gratificante conviver com os alunos e no dia-a-dia das aulas poder por em prática alguns dos conhecimentos adquiridos durante a graduação. 
Nesse momento é tudo começa a fazer sentido de porque tantas teorias, tantas técnicas e tanta cobrança. Saio realizado com a disciplina e vejo que a expectativa foi superada, fiz o que melhor pude, sei que tenho muito que apreender para poder ensinar, mas tenho a convicção que alcançarei meus objetivos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENEVIDES, M. V. Cidadania e direitos humanos. In: Carvalho, J.S. (org.) Educação, cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes, 2004.
CORTINA, A. O fazer ético: guia para a educação moral. São Paulo: Moderna, 2003.
PUIG, J. M.; MARTÍN, X.; ESCARDÍBUL, S; NOVELLA, A. Democracia e participação escolar: Propostas de atividades. São Paulo: Moderna, 2000.
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