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TRABALHO PPPI 1º

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Licenciatura Em Pedagogia
Ariana Graciela Padilha Muniz Barretto 
Carolina Freitas Gonçalves Campos
Françlene Peixoto de Jesus
Liza do Amor Divino Cerqueira
Michele Pimenta Baraúna
PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA I
Santo Amaro - BA
16/04/2013
Ariana Graciela Padilha Muniz Barretto 
Carolina Freitas Gonçalves Campos
Françlene Peixoto de Jesus
Liza do Amor Divino Cerqueira
Michele Pimenta Baraúna
PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA I
Trabalho apresentado à disciplina: Pesquisa e Prática Pedagógica I, do curso de Pedagogia da Faculdade UNIFACS ead em Santo Amaro. Solicitado pela Orientadora: Tutora Adelaide Francisca Silva dos Santos Oliveira.
Santo Amaro - BA
16/04/2013
Este trabalho é dedicado exclusivamente a nossa tutora Adelaide Francisca, por estar sempre presente e prestativa a nossa turma de Licenciatura em pedagogia 2013.1.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos esposos e namorados de cada uma de nós pela compreensão, a nossa tutora Adelaide por ser prestativa sempre, e aos nossos livros e Google por serem nossas fontes de pesquisas.
“Tem de todas as coisas. Vivendo, se aprende; Mais o que se aprende mais é Só o fazer outras maiores perguntas.” (Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas).
RESUMO
A educação infantil é um complemento da educação da família. O pedagogo tem como objetivo desenvolver as áreas afetivas, cognitivas, psicomotora num ambiente mais rico. 
A criança deve desenvolver a aprendizagem, a socialização e o raciocínio. Esses critérios são importantes para o seu desenvolvimento intelectual e social. Além disso, a criança deve ser preparada para lidar com a vida e viver em sociedade, mediar conhecimento formal com o conhecimento que ela já traz em si.
A principal função da escola é a socialização, porque, na família, isto é muito restrito, a escola amplia. A socialização abrange o respeito mútuo, quando você socializa uma pessoa você inclui cidadania, aprender direitos e deveres.
Para formar a criança de uma forma global. A faixa etária mais importante é a de 0 a 5 anos, forma a personalidade, os valores sociais.
Este trabalho discute como surgiu e qual é o papel do coordenador pedagógico no cotidiano escolar frente sua atuação diversificada dentro da unidade escolar, local do exercício de liderança deste profissional, certamente se mostram pontuais na organização e desdobramento das atribuições do coordenador em relação ao seu papel, em relação ao seu compromisso teórico-metodológico, ao estabelecimento de ensino um clima organizacional propício ao desenvolvimento de um trabalho pedagógico que respeite as distintas vozes que se apresentam no âmbito escolar.
Onde podemos perceber que a pratica pedagógica se constrói pela contribuição de todos os atores sociais, cujo sujeito facilitador, pode ser materializado, dentre outros, na figura do coordenador pedagógico.
ABSTRACT
Early childhood education is a complement to the education of the family. The teacher aims to develop areas affective, cognitive, psychomotor in a richer environment.
The child must develop learning, socialization and reasoning. These criteria are important to their intellectual and social development. In addition, the child must be prepared to deal with life and live in society, mediate formal knowledge with the knowledge that she brings itself.
The main function of school is socialization because, in the family, it is very restricted, the school expands. The socialization encompasses mutual respect, when you socialize a person you include citizenship, learn rights and duties.
To educate the child holistically. The age group most important is 0-5 years, so the personality, social values.
This paper discusses how it emerged and what is the role of coordinator in the school routine pedagogical front diversified its activities within the school unit, site of this year leading professional, punctual certainly show up in the organization and deployment of the coordinator duties in relation to its role in relation to its theoretical and methodological commitment, the educational establishment an organizational climate conducive to a teaching job that respects the distinct voices that arise in the school.
Where can we see that pedagogical practice is built on contributions from all social actors, whose subject facilitator, can be materialized, among others, in the figure of pedagogical coordinator.
SUMÀRIO
Pg.
História Da Educação Infantil​__________________________________________9
A Educação Infantil__________________________________________________11
Educação Infantil: Uma Reflexão Preliminar______________________________12
O Ensinar E Aprender Na Educação Infantil______________________________13
Praticas Indissociáveis Na Educação De 0 A 5 Anos________________________16
A Indissociabilidade Entre O Cuidar E O Educar Na Educação Infantil__________18
Cuidar____________________________________________________________19
Educar____________________________________________________________21
Brincar____________________________________________________________22
Planejamento E Estratégias De Ensino Na Educação Infantil_________________23
O Papel Dos Professores De Educação Infantil Frente Às Ações Pedagógicas___25
Praticas Pedagogicas________________________________________________27
A Avaliação Na Educação Infantil______________________________________28
Histórico Da Coordenação____________________________________________29
O Coordenador Pedagógico Na Educação Infantil__________________________30
Papel Do Coordenador Pedagógico_____________________________________31
O Trabalho Do Coordenador Escolar____________________________________32
As Multifunções Do Coordenador Pedagógico____________________________34
O Que Os Coordenadores Devem Fazer_________________________________35
Como O Fazer Do Coordenador Pode Ajudar_____________________________36
A Função Do Coordenador Dentro Da Gestão Democrática__________________37
O Que Muda Com O Novo Pensar E Fazer Do Coordenador_________________38
Conclusão_________________________________________________________39
Referencias________________________________________________________40
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
As instituições de Educação Infantil nasceram na França, no século XVIII, em resposta à situação de pobreza, abandono e maus-tratos de crianças pequenas, cujos pais trabalhavam em fábricas, em fundições e minas, criadas pela Revolução Industrial. Todavia, os objetivos e formas de tratar as crianças dos extratos sociais mais pobres da sociedade não eram consensuais. 
Setores da elite defendia a ideia de que não seria bom para a sociedade como um todo, que se se educas as crianças pobres, era proposta à educação da ocupação e da propriedade (OLIVEIRA, 1995).
Durante muito tempo, as instituições infantis, incluindo as brasileiras, organizavam seu espaço e sua rotina diária em função de ideias de assistências, de custódia e de higiene da criança. A década de 80 passou por um momento de ampliação do debate a respeito das funções das instituições infantis para a sociedade moderna, que teve início com os movimentos populares dos anos 70 (WAJSKOP, 1995).
A partir desse período, as instituições passaram a ser pensadas e reivindicadas como lugar de educação e cuidados coletivos das crianças de 0 a 5 anos.
A abertura política permitiu o reconhecimento social desses direitos manifestados pelos movimentos populares e por grupos organizados da sociedade civil. 
“A constituição de 1988 (art. 208, incisoIV), pela primeira vez na história do Brasil, definiu como direito das crianças de 0 a 5 anos de idade e dever do Estado, o atendimento à infância (BRASIL, 1988).”
Muitos fatos ocorreram de forma a influenciar essas mudanças: o desenvolvimento urbano, as reivindicações populares, o trabalho da mulher, a transformação das funções familiares, as ideias de infância e as condições socioculturais para o desenvolvimento das crianças.
Assim, de asilo para crianças excluídas a primeiro nível da Educação Infantil - primeira etapa da Educação Básica do Sistema Educacional Brasileiro – LDB de 1996, a creche sofreu inúmeras transformações, chegando hoje a uma definição legal que pretende pôr fim às discussões sobre o seu principal objetivo que juntamente com a pré-escola, visa “ao desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, 1996).
Além disso, esta mesma Lei – em seus artigos 17, parágrafo único e 18, incisos I e II – prevê a gradual incorporação da Educação Infantil aos sistemas municipais de ensino.
Às creches, como instituição da assistência social, cabia às funções de proteção, amparo e guarda das crianças filhas de mães trabalhadoras, em regime semi-integral, que ao acolherem a criança – afastando-as da rua, do trabalho servil, contribuindo para a diminuição da taxa de mortalidade infantil – visavam, primordialmente a, beneficiar as populações mais carentes e a sociedade em geral.
Às pré-escolas, por sua vez, como a própria nomenclatura sugere, desde o início são atribuídas funções educativas, organizadas em instituições de caráter escolar, com funcionamento em turno parcial e, regidas por professores.
A junção destas duas histórias e a concretização de objetivos comuns para as creches e as pré-escolas terá, ainda, um longo caminho a ser percorrido, tanto para que as pré-escolas preocupem-se com os aspectos relativos aos cuidados básicos da criança de quatro a seis anos, quanto para que as creches incluam propostas educativas articuladas aos cuidados básicos, por profissionais da educação, ou seja, professores.
Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão além dos aspectos legais. Envolve, principalmente, assumir as especialidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, às responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante de criança pequena. 
Embora haja um consenso sobre a necessidade de que a educação para as crianças pequenas deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança, considerando que esta é um ser completo e indivisível, as divergências estão exatamente no que se entende sobre o que seja trabalhar com cada um desses aspectos.
Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento, têm se constituído no pano de fundo sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil.
A EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação é vista como um fator transformador da sociedade, a partir da interação e intervenção dos indivíduos conscientes. Assim, é importante destacar a Educação Infantil, em que há o início da relação indivíduo-sociedade, onde se dá a inserção da criança no ambiente da educação formal, em um local privilegiado. Percebe-se que a infância e o atendimento a ela desenvolvido vêm passando por mudanças positivas, dessa forma, as práticas educativas desenvolvidas nesta etapa devem acompanhar o mesmo ritmo de mudança, e seguir as novas tendências, de forma a adequar-se ao que é exigido pela nova sociedade.
Deste modo, considerando que a Educação Infantil, é a base dos conhecimentos da criança. É primordial para o desenvolvimento das etapas subsequentes de sua vida escolar, faz-se necessário uma nova abordagem acerca desse assunto. Pensando nisso, questiona-se a dimensão e a importância de uma prática pedagógica coerente com o bom desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. A partir disso, firmou-se como objetivo geral: Analisar as Práticas Pedagógicas dos Professores da Educação Infantil dentro do contexto em que atuam. Para se chegar a essa análise, perpassou-se pelos objetivos específicos, os quais foram: relatar como é desenvolvido o trabalho pedagógico da Educação Infantil da escola observada; evidenciar a contribuição da prática pedagógica no processo de ensino aprendizagem; identificar as principais dificuldades subjacentes à prática pedagógica dos professores; observar como é feita a avaliação na Educação Infantil na escola e investigar a visão dos professores acerca de uma prática pedagógica para a nova sociedade.
A relevância da pesquisa se encontra no fato de que se torna necessário um olhar para as práticas desenvolvidas na educação das crianças, assim, posteriormente, os resultados obtidos podem vir a ser utilizados como forma de reflexão acerca do trabalho desenvolvido nessa etapa de ensino e contribuir para a melhoria das mesmas visando a uma educação de qualidade, para que as crianças possam desenvolver o processo de ensino aprendizagem de maneira satisfatória, sendo concebidas como um ser que pensa e que tem aspirações, tendo valorizadas suas identidade e perspectivas, cumprindo de fato o papel atribuído a essa etapa da educação.
EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA REFLEXÃO PRELIMINAR
Nos primeiros anos de vida a criança possui peculiaridades próprias da sua faixa etária, assim, ao ser inserido em ambiente educativo fora do contexto familiar, exige-se que sejam contemplados objetivos e formas de inserção social propícias à idade e aos momentos dessas crianças, tais como: seu bem estar, segurança, brincadeiras, movimentos e principalmente conhecimentos, enfim, uma gama de especificidades, pois é nesse contexto em que a criança irá desenvolver-se física, social e cognitivamente. São nessa fase que serão desenvolvidas as habilidades, pois os anos iniciais são decisivos, sendo que as bases dos conhecimentos começam a se estruturar nessa etapa da vida.
Nesse sentido, ao abordar a temática Educação Infantil, faz-se necessário uma retrospectiva acerca da história da criança, do seu reconhecimento enquanto ser social, sujeito de direitos, e ainda sobre como se efetivou o processo de desenvolvimento educacional das mesmas. 
O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalhar na Educação Infantil requer práticas significativas, que promovam uma aprendizagem efetiva, propiciando resultados satisfatórios na vida das crianças, desse modo, exige-se uma postura dinâmica no processo de ensino aprendizagem, procurando ter sempre como princípio conhecer os interesses e necessidades de cada criança, para que dessa forma possa ser desenvolvida uma prática educativa adequada, sempre observando que a relação educação/infância deve ser um processo cultural, na qual a educação, por meio dos métodos, didáticas e técnicas coerentes faça com que a criança desenvolva relações de respeito mútuo, justiça, solidariedade, igualdade e autonomia, para poder futuramente atuar na sociedade.
O ENSINAR E APRENDER NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, como é assim definida pela LDB 9.394/96, momento em que ocorre o desenvolvimento das primeiras aprendizagens, as crianças estão começando a descobrir o mundo e compreender certas ações. Possibilitar a elas práticas condizentes com suas realidades e a inserção em ambiente propiciado para essas aprendizagens é uma meta a ser atingida. Assim, propor o convívio com outras crianças sob orientação dos adultos contribui para o desenvolvimento de habilidades e é uma forma de as crianças estarem construindo seus próprios percursos e a partir deles iniciarem o desenvolvimento da autonomia. Nesse sentido:
Piaget, Vygotsky e Wallon tentaram mostrar que a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidasentre o sujeito e o meio. As teorias sociointeracionistas concebem, portanto, o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, pois as crianças não são passivas, meras receptoras das informações que estão à sua volta. [...]. (FELIPE, 2001, P.27).
As situações que envolvem interação entre as crianças e o meio social são bastante prazerosas e reveladoras de aprendizagens, pois as crianças nessa faixa etária correspondente de 0-5 anos de idade, desenvolvem as relações de compreensão, através de práticas dinâmicas no convívio com outras crianças. Assim, o saber se desenvolve a partir da reconstrução do que é compartilhado: é nesse ambiente que a criança vivencia experiências e descobertas e cada momento é importante para o desenvolvimento da aprendizagem.
Muitas vezes, o processo de ensinar e aprender nas instituições educacionais são baseados em conteúdos prontos, construídos e acumulados ao longo da história. Daí a necessidade de se buscar alternativas e repassar esses conhecimentos de forma diferenciada, para que possa ser bem assimilado pelas crianças, assim a visão de que a função do professor é transmitir saberes ou ainda, proporcionar aos alunos o contato com o conhecimento envolve mais do que o simples domínio do que irá ser transmitido, tendo em vista que na Educação Infantil as metodologias devem ser diferenciadas e o professor tem que adquirir uma função polivalente, buscar sempre novas formas de se trabalhar, levando em consideração as especificidades do público infantil e considerando sempre que a construção da aprendizagem acontece a partir da troca de conhecimentos e vivências.
Vygotsky parte de uma concepção de indivíduo geneticamente social, o crescimento e o desenvolvimento da criança estão, nesta perspectiva, intimamente articulados aos processos de apropriação do conhecimento disponível em sua cultura – portanto, ao meio físico e social – ou seja, aos processos de aprendizagem e ensino. (MACHADO, 2010, p.30).
Desta maneira, o processo de desenvolvimento da aprendizagem está ligado aos meios de desenvolvimento pelos quais as crianças estarão em contato. A aprendizagem dependerá das experiências a que a criança será exposta. Cabendo ao professor, proporcionar momentos de interação com as outras crianças e o ambiente em que estão inseridos.
Já a visão de Piaget (1989) a respeito da aprendizagem, remete-se ao fato de que o conhecimento ocorre a partir de fatores biológicos, por aceitar que os fatores internos preponderem sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma sequência fixa e universal de estágios, acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. E o professor, nesse sentido teria a função de mediar o conhecimento.
Tomando o ponto de vista educacional, as duas teorias divergem. Embora Vygotsky e Piaget considerassem o conhecimento como uma construção individual, para Vygotsky toda construção era mediada pelos fatores externos sociais de forma que a criança constrói o seu próprio conhecimento interno a partir do que é oferecido. Atribui-se a isto, um processo de transmissão de cultura, em que o professor é o facilitador dessa aprendizagem. Já Piaget considerou a construção do conhecimento como um ato individual da criança através de fatores internos. O papel do professor é visto basicamente como o de encorajar, estimular e apoiar a exploração, a construção e invenção.
Entretanto, apesar das divergências as teorias são válidas ao abordar o desenvolvimento da aprendizagem e conceberem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o ambiente em que está inserido e que necessita de métodos adequados para que se desenvolva o conhecimento.
Finalmente, é preciso sublinhar que é da interação de diferentes tipos de conhecimentos, sua elaboração pelas crianças e em termos de conceitos nas distintas sociedades e, especialmente, nas instituições de caráter educativo, que se abrem novas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem individuais e sociais, de transformação e superação dos níveis anteriores destes conhecimentos. 
A elaboração dos conceitos pelas crianças irá depender da diversidade, não só quantitativa, mas especialmente, qualitativa, das experiências interacionais que vivenciará nos espaços institucionais nos quais se encontrar. (MACHADO, 2010, p.39)
Dessa forma, a organização do trabalho pedagógico visando alcançar os objetivos educacionais pode assumir várias formas, e serem expressas a partir de diferentes métodos, o importante é que principalmente, tem de ser fundamentada em uma postura de respeito à criança, ao seu ritmo de desenvolvimento, à sua origem social e cultural, às suas relações e vínculos afetivos, à sua expressão e às suas ideias, desejos e expectativas.
Nesse contexto, a definição do trabalho do professor como transmissor de saberes, envolve muito mais que isso, envolve um olhar reflexivo no sentido de se pensar formas de responder às expectativas das crianças e colocá-las no centro do processo educativo, promover a aprendizagem em um ambiente próprio, com interação entre as mesmas, para que se desenvolvam conhecimentos a partir de suas próprias ações, dessa forma, o professor tem o papel de mediar o processo de aprendizagem das crianças.
Segundo o RCNEI (1998), cabe às instituições de Educação Infantil, oferecer às crianças condições para aprendizagens que decorram de brincadeiras e de situações pedagógicas intencionais e orientadas por adultos. Assim, as ações educativas devem propiciar às crianças a aquisição de conhecimentos, levando em consideração que a aprendizagem nessa fase deve ser construída em um ambiente propício à sua faixa etária, através de atividades que envolvam brincadeira, jogos, enfim, atividades que promovam interação entre as crianças.
Dessa forma, a rotina das crianças na Educação Infantil se define como instrumento construtivo, pois permite o desenvolvimento de aprendizagens além de desempenhar um papel socializador. Nesse sentido Barbosa e Horn (2001), afirmam que:
O cotidiano da Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados, os livros de histórias, as atividades coordenadas pelos adultos. (BARBOSA e HORN, 2001 p. 68).
PRÁTICAS INDISSOCIÁVEIS NA EDUCAÇÃO DE 0 A 5 ANOS
Na última década e no início deste novo século, o tema da primeira infância tem recebido destaque em eventos internacionais e nacionais. Objeto de debates e discussões em fóruns mundiais, a primeira infância apresenta-se hoje como um dos principais objetivos e atendimento aos direitos sociais humanos.
No Brasil, temática ganhou força a partir da promulgação da Constituição (BRASIL, 1988) e da aprovação da LDB/96, que garantem o atendimento à criança pequena em creches e pré-escolas. Nesses textos legislativos, a primeira infância é referenciada como um impor de cuidado e de educação. Isto significa que tal compreensão deve orientar as práticas da educação infantil, caracterizadas da criança pequena.
Sendo assim, é possível supor que a prática de cuidado tem duplo sentido, um no campo da ação do pensamento, reflexão, e outro no campo da aplicação de espírito, materializando-se em atitudes para com o outro, reafirmando a explicação dada pelos etimólogos sobre vocabulário de imprecisão de significados, voltado para a objetividade e para a subjetividade. Tomando por base tais considerações pode-se ressaltar que a ação de cuidar abrange aspectos cognitivos e afetivos.
Wallon (1995) atribui às emoções, que são essencialmente sociais, a responsabilidade pela sobrevivência da espécie humana, ou seja, as emoções contribuíram para a consolidação da coletividade.
 “A emoção serviu para essa forma de adaptaçãoque consiste na ação comum, ajudou poderosamente na constituição do grupo” (WALLON, 1995. P. 100). 
As práticas de cuidado configuram uma atitude fundamental à sobrevivência da espécie. O bebê humano não teria como sobreviver e não recebesse a atenção necessária, o desvelo, a intervenção do adulto próximo, sendo que é exatamente por meio das expressões emocionais que ele recebe estes cuidados. Isso implica dizer que as emoções que são em essência, contagiantes, medeiam as práticas de cuidar/educar mais primitivas.
A expressividade emocional da criança possibilita uma intervenção especializada da professora ou do adulto próximo por meio da mímica facial, da respiração, da postura, cujo modo de funcionamento se constitui em pistas sutis e reveladoras dos estados internos da criança, inclusive da sua disposição cognitiva.
As emoções são formar privilegiadas de comunicação da criança. As professoras devem compreender e ler tais expressões, assim como devem saber administrar o fluxo emocional no interior dos espaços pedagógicos infantis. A argumentação de Dantas (1992) é oportuna a esse respeito: para ela as emoções não são consideradas nas práticas pedagógicas, pois na maioria das vezes, apresentam um caráter contagiante e anárquico.
Contrapondo-se a tal pensamento, recomenda-se a inclusão da educação da emoção como um dos propósitos da ação pedagógica, o que supõe, em seu entender, o conhecimento íntimo do modo de funcionamento das mesmas.
As práticas de cuidar/educar implicam em atitudes e comportamentos que demandam conhecimentos, habilidades e até valores potenciados no sentido de contribuir para o desenvolvimento da criança. Isso significa que o foco deve ser o de ajudar o outro a se constituir enquanto pessoa, a melhorar a sua condição de vida enquanto cidadão. Sendo assim, subjaz a ideia de que as ações de cuidado além de racionais são, sobretudo, interativas, pois demandam o desvelo, a criação de vínculos, o acolhimento do outro apesar das diferenças, a construção de conhecimentos culturais e atitudes sociais.
O desenvolvimento psíquico da criança se traduz a partir de interações entre a criança e o seu contexto, físico e social, sendo que as interações sócias, com professoras, educadores em geral, e demais crianças assumem papel privilegiado na construção do conhecimento. Todavia, essa construção se dá de modo mais significativo se imbuída de ludicidade e afetividade, ou seja, se acontecer de forma prazerosa.
Considerando que a prática de cuidado e educação é essencialmente uma ação que envolve pessoas completas, em suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e sociais, urge acrescentar o caráter multifacetado deste atendimento que, por se constituir de relações com crianças pequenas, potencializa a constituição de vínculos entre a criança e os adultos que as ensinam.
O processo de cuidado e educação das crianças pequenas se torna mais efetivo e, por conseguinte, prazeroso quando há um envolvimento real, uma sintonia entre quem cuida e quem é cuidado, por meio da qual a professora é capaz de ler as múltiplas expressões das crianças, suas formas diferenciadas de comunicação e ação e intervém no sentido de acolher e envolver a criança no espaço educativo, contribuindo para o desenvolvimento integral da mesma, o que pressupõe a indissociabilidade de ambas as ações.
A INDISSOCIABILIDADE ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Como se pode observar nas considerações feitas, durante muito tempo, a Educação Infantil foi vista como um meio de somente cuidar das crianças, uma forma de assistencialismo. Com o passar do tempo houve a necessidade de além de cuidados, proporcionar às crianças formas de desenvolver aprendizagens, passando assim a ser vista como uma etapa educativa. Modificar essa concepção de educação assistencialista significa direcionar a visão para várias questões que vão além dos aspectos legais. Cabe então atentar-se às especificidades da Educação Infantil e rever concepções sobre a infância, de forma que as creches e pré-escolas enfatizem mais a educação em si, não apenas os cuidados, passando a não mais serem vistas como um local para se deixar as crianças enquanto os pais trabalham, mas um espaço em que ocorre o desenvolvimento de atividades educativas.
Hoje já não é possível desintegrar o cuidar e o educar, pois estes são o centro da Educação Infantil, e o desenvolvimento da criança depende desses fatores. A esse respeito, o RCNEI (1998), afirma que: “contemplar o cuidado na esfera da Educação Infantil significa compreendê-lo como parte integrante da educação.” Dessa forma sendo que é na Educação Infantil que as crianças iniciam a construção da sua identidade é imprescindível o comprometimento do profissional com seu trabalho, realizando-o de forma a auxiliar a criança no desenvolvimento de suas capacidades.
A indissociabilidade entre a relação cuidar/educar significa propor uma ação pedagógica integrada ao desenvolvimento da criança baseada em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade específica da infância. Tanto o cuidar como o educar é bem desenvolvido na ação pedagógica quando há a valorização da criança por parte do professor, que precisa interagir de forma criativa e dinâmica, respeitando os momentos e espaços característicos da infância, que favoreçam a construção da aprendizagem através de atividades lúdicas e interativas, adequando o tempo e o espaço às crianças, considerando as dimensões essenciais ao desenvolvimento, de modo que se desenvolva a aprendizagem face às múltiplas perspectivas da sociedade.
Vale ressaltar que de certo modo, toda forma de educação implica em um cuidado e ao cuidar o professor também está educando, porém o educar vai além de cuidar, é algo mais profundo e mais abrangente, é um processo que se constrói a partir de vários fatores. Cabe explicar que a instituição de Educação Infantil não é apenas um substituto da família, e sim  um local de desenvolvimento da criança em todos os aspectos, mas principalmente do cognitivo. Nesse ambiente ensina-se e aprende-se trocando experiências e praticando o cuidar e o educar nas mais diversas atividades que compõem a rotina.
CUIDAR
Na educação infantil o “cuidar” é parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica.
Cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a educação de vários campos de conhecimento e a compreensão de profissionais de diferentes áreas.
O mais importante, no cuidado humano, é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. 
Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio, que possui uma dimensão expressiva e implica procedimentos específicos (SIGNORETTE, 2002).
A forma de cuidar, muitas vezes, é influenciada por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil, embora as necessidades humanas básicas sejam comuns como, alimentar-se, proteger-se e vestir-se etc. As formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são construídas socialmente. As necessidades básicas podem ser modificadas e acrescidas de outras de acordo com o contexto sociocultural. Podemos dizer que além daquelas que preservam a vida orgânica, as necessidades afetivas são, também, base para o desenvolvimento infantil.
As ações relativas ao cuidar, por sua vez, são apresentadas de forma a ressaltar o desenvolvimento integral da criança, envolvendo aspectos afetivos, relacionados, biológicos, alimentares e concernentes à saúde. O contexto sociocultural aparece como determinante nas construções humanas e nas necessidades básicas de sobrevivência, diferentes em cada cultura. Desta forma, fica claro, no papel designado ao cuidar, a necessidade de envolvimento e comprometimento do professor com a criança em todos os seus aspectos, e a compreensão sobre o que ela sente, pensa e age, o que traz consigo, a sua história de vida e seusdesejos.
Para cuidar é preciso um comprometimento com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. É preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Devemos cuidar da criança como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades. Isso inclui interessarmos sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação desse conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos, a tornarão mais independentes e mais autônomas.
EDUCAR
É de suma importância que as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de cuidar e educar, não mais diferenciando, nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com crianças pequenas ou àqueles que trabalham com as de mais idade. As novas funções da educação infantil devem estar associadas a padrões de qualidade. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção da autonomia.
Podemos oferecer às crianças, condições para aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e àquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. Contudo, ressaltamos que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.
Para educar, é necessário que o educador crie situações significativas de aprendizagem, se quiser alcançar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e socioafetivas. Sobretudo é fundamental que a formação de criança seja vista como um ato inacabado, sempre sujeito a novas inserções, a novos recuos, a novas tentativas.
BRINCAR
Através das brincadeiras a criança: aprende, exercita suas novas habilidades, percebe (fascinada) coisas novas, dirige medos e angústias, repete sem para o que gosta, explora e pesquisa o que há de novo ao seu redor
MALDONADO, 2003.
Através do jogo, da brincadeira ou do brinquedo, podemos observar: o comportamento das crianças (a brincadeira propriamente dita), no que diz respeito às atividades físicas e mentais envolvidas; as características de sociabilidade que o jogo propicia (trocas, competições etc.); as atitudes, reações e emoções que envolvem os jogadores; e os objetos utilizados (brinquedos, outros).
Ao passar para uma interpretação dos dados, fornecidos por essas observações, surgem diferentes perspectivas de análise do comportamento de brincar: afetiva, cognitiva, social, moral, cultural, linguística etc. 
O jogo infantil pode ser, assim, analisado sob diferentes enfoques:
- Sociológico: A influência do contexto social no qual os diferentes grupos de crianças brincam.
- Educacional: A contribuição do jogo para a educação; desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
- Psicológico: O jogo como meio para compreender melhor o funcionamento o psique das emoções e da personalidade dos indivíduos; na clínica ele é utilizado basicamente para a observação das diversas condutas e para recuperação (ludo terapia).
- Antropológico: Analisando o jogo como refletem, em cada sociedade, os costumes e a história das diferentes culturas.
- Folclórico: Analisando o jogo como expressão da cultura infantil através das diversas gerações, bem como as tradições e costumes através dos tempos nele refletidos.
Partindo da ideia de que o jogo é uma necessidade para a criança, constatamos que o tempo para ela brincar tem se tornado cada vez mais escasso tanto dentro como fora da creche ou da pré-escola.
Muitos professores afirmam e enfatizam a “falta de tempo” para brincar e que tem que se dar conta de um programa.
Há evidentemente um programa de ensino a ser cumprido e objetivo a serem atingidos, para cada faixa etária. Com isso o brincar fica relegado ao pátio ou destinado a “preencher” intervalos de tempo entre aulas.
Entretanto, o brincar pode e deve fazer partes das atividades curriculares, sobretudo nas creches, nos níveis pré-escolares e nas séries iniciais do ensino fundamental, e ter um tempo preestabelecido durante o planejamento, na sala de aula.
Nesse sentido, para que o currículo seja coerente para as crianças precisa está conectado às suas experiências atuais considerando suas aspirações e interesse. O currículo coerente reconhece ambiguidade e respeita a diversidade, que é a forma como o organizam e proporcionam sentido a coisas a partir das suas experiências.
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O planejar sempre esteve presente no dia-a-dia, ou seja, as pessoas pensam em planejar o seu dia, em organizar sua rotina, planejar a ação para atingir os objetivos. E na Educação deve ocorrer da mesma forma, o planejamento deve ser algo presente na prática do professor.
Assim sendo, o planejamento na Educação Infantil compreende a reflexão acerca do que fazer, como fazer e com o que fazer, considerando ainda quem vai receber a ação, ou seja, significa traçar as ações que serão desenvolvidas e a intencionalidade de todas as atividades. O planejamento se constitui como uma bússola que possui a finalidade de orientar o trabalho do professor na sala de aula.
É importante salientar que o planejamento deve estar atento às diversas situações de aprendizagens, assim, uma característica marcante é a flexibilidade, a qual permite adequar as ações às necessidades cognitivas dos alunos. Planejar nestas condições é dar sentido às atividades, pôr intenção educativa nos momentos na sala de aula.
O professor ao planejar o ensino antecipa de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os objetivos que pretende atingir, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos. (TURRA, Apud HAIDT, 1999, p. 98).
Pode-se compreender a dimensão do processo de planejar as ações educativas, planejar é entendido como a organização dos momentos do processo de ensino aprendizagem, em se tratando de Educação Infantil, é a organização de todas as atividades e materiais da rotina escolar, sem desconsiderar as características próprias da faixa etária e as dimensões de seu desenvolvimento, ou seja, as atividades devem ser elaboradas de acordo com a contribuição que podem oferecer ao desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos.
A Instituição de Educação Infantil deve assim dispor de diversas atividades como atividades livres, em que as crianças possam escolher o que querem fazer, desde que seja compatível com o ambiente e materiais disponíveis e, sempre, sob acompanhamento do professor. Nessa fase a criança tem necessidade de estarem em contato com esse tipo de atividade, em que se encaixam as brincadeiras, as pinturas, os desenhos, as músicas são formas de trabalhar com as crianças, porém estas atividades não devem substituir as atividades de finalidade pedagógica.
Passeios, conversas, leituras com as crianças são também ótimas estratégias para se trabalhar. O ideal é utilizar todo o espaço da instituição a favor da aprendizagem. Para que se possam desenvolver boas estratégias de ensino, é necessário “que haja, por parte dos adultos, uma vontade de experimentar, criar outra forma de ver, entender, conviver com as crianças”. [...] (Barbosa e Horn, 1998, p.79),
 Ou seja, uma boa estratégia de ensino aprendizagem vai depender da vontade e compromisso do professor para com aquela atividade. Assim oprofessor precisa ter conhecimento do que deve ser desenvolvido com a criança, respeitando as necessidades e os níveis de desenvolvimento intelectual, físico e emocional, a fim de que não se cometa equívocos e nem se elabore práticas que possam desrespeitar a infância.
Cabe ao professor individualizar as situações de aprendizagem oferecidas às crianças, considerando suas capacidades afetivas, emocionais, sociais, cognitivas assim como conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas. Isso significa que o professor deve planejar e oferecer uma gama variada de experiências que responda, simultaneamente, as demandas do grupo e as individualidades de cada criança. (BRASIL, 1999, p.32)
Como se pode perceber, deve-se considerar a diversidade de cada criança, os ritmos de aprendizagens e a promoção de estratégias que se baseiam nessas condições de aprendizagem, considerando as singularidades. O bom uso das estratégias de ensino é o que irá determinar uma aprendizagem satisfatória.
O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE ÀS AÇÕES PEDAGÓGICAS
O professor exerce função tão importante quanto à dos pais no desenvolvimento da educação formal da criança, pois nas suas práticas não oferece apenas aquilo que sabe, mas também aquilo que é, através das interações com os alunos, na observação e compreensão, na ação e na configuração do pensamento. Seu papel não se restringe a transmitir uma informação, mas propõe desafiar a criança a continuar pensando, a encontrar sua identidade. Principalmente na educação infantil, a criança vai passar boa parte de seu tempo na companhia do professor; é ele que será o exemplo para a mesma.
O professor precisa avivar em si mesmo o compromisso de uma constante busca do conhecimento como alimento para o seu crescimento pessoal e profissional. Isto poderá gerar-lhe segurança e confiabilidade na realização do seu trabalho docente. (ANGOTTI, 2010, p.69)
Nestas condições, exige-se uma postura polivalente por parte do professor, ou seja, cabe a ele desenvolver diversas formas de aprendizagem, em que possa abranger as diversas áreas do conhecimento, considerando cada criança individualmente. Assim, uma ação pedagógica capaz de contemplar todas as dimensões da criança é um desafio para os educadores, que devem possuir uma vasta bagagem de conhecimentos e uma formação capaz de lhes assegurar que tais ações alcancem resultados favoráveis.
O professor deve ter bastante claro que os princípios que regem seu fazer estão diretamente relacionados com os princípios de cidadania que estarão sendo construídos pelas crianças. Desta maneira é fundamental buscar a coerência entre o ideal de formação que se quer alcançar e os procedimentos assumidos pelo docente enquanto ser individual, social, profissional e político na efetivação de seus objetivos (…). (ANGOTTI, 2010 p. 72).
Dessa forma, o professor deve ter consciência de que exerce grande influência sobre a personalidade da criança como um todo e assim procurar desenvolver seu trabalho o mais coerente possível com o tipo de pessoa que ele pretende formar e ainda manter essa postura, ou seja, o professor é visto como exemplo para as crianças. É necessário, portanto,  que mantenha uma boa postura, coerente com os princípios defendidos em sala de aula.
Ainda acerca dos papéis a serem desenvolvidas pelos professores na Educação Infantil, cabe destacar que se faz imprescindível nesta etapa à contribuição para a formação dos valores. É de extrema importância que todo educador tenha a consciência de transmitir princípios para seus alunos, visto que esse serão norteadores de sua própria vida, inclusive colocando seu ponto de vista diante de uma determinada situação e é essencial que essa prática tenha início nesta fase, em que as crianças estão em processo de desenvolvimento. A relação professor-aluno se faz essencial nessa transmissão de princípios. A esse respeito, Gonçalves (2010) diz:
A relação professor-aluno, como qualquer relação entre pessoas não é unidirecional, nem mesmo quando se trata de crianças pequenas como em uma pré-escola. A relação supõe participação ativa de ambas as partes, o que envolve acordos e desacordos. É através deste embate entre parceiros que a criança vai construindo sua visão de mundo, conforme os significados que ela já vem elaborando, desde que nasceu (sentimentos, interpretações, valores) são confrontados com os significados que circulam pela escola. (GONÇALVES, 2010 p. 175)
Nesta visão, percebe-se que o professor se constitui na ponte mais importante da passagem do mundo infantil para o mundo adulto, pois junto com os pais, eles são responsáveis pelo encorajamento ao crescimento e independência das crianças e por influenciar na formação do caráter, da personalidade e dotá-las de valores e conhecimentos, não só pedagógicos, mas também preparar para a convivência na sociedade. A prática educacional deve despertar os alunos e direcioná-los para caminhos mais solidários, considerando suas relações em convívio com a sociedade. É necessário que esses profissionais tenham compromisso ético ao dar limites à criança, não as expondo a situações constrangedoras. Todas devem receber tratamento igualitário já que a Educação Infantil é local de desenvolvimento, portanto é um espaço de liberdade de expressão das crianças.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Nas últimas décadas observou-se uma grande preocupação em relação às linhas pedagógicas adotadas pelas instituições escolares. Na Educação Infantil não é diferente. O que se verifica nas creches e pré-escolas são tendências bastante distintas, que, no entanto, podem-se mesclar na prática do dia-a-dia da instituição. Parte significativa das práticas pedagógicas em Educação Infantil tem dificuldade de considerar a criança pequena como um ser capaz e competente. Por isso, afastam o menino e a menina do mundo em que vivem e da cultura em que estão inseridos. Muito difundidas, essas práticas tentem a simplificar os conteúdos e a desconsiderar aquilo que a criança já sabe,imaginando que ela é um receptáculo vazio, que precisa receber as informações lentamente, a conta gotas. Um exemplo é o repertório musical de instituições de Educação Infantil, pois muitos educadores, ignorando o rico cancioneiro popular brasileiro, ensinam músicas pobres e simplistas para as crianças. Associa-se também a concepção ultrapassada de "pedagogia da prontidão”, que compreende a pré-escola somente como uma preparação para a alfabetização e cálculo. Não leva em conta que a criança tem uma maneira lúdica de interagir com o mundo e que a infância é um tempo em si. No outro extremo estão às práticas pedagógicas que idealizam a criança, considerando que ela tudo pode e tudo sabe. Segundo essa concepção, a criança é protagonista, e o professor não deve interferir no processo de aprendizagem. Não se valorizam as aprendizagens específicas e de conteúdos. Assim, observa-se a mesma limitação de outra prática, ou seja, não se atua no potencial de aprendizagem da criança. Uma terceira via de ação pedagógica adotada pelas instituições assenta-se sobre a compreensão da importância das funções de "cuidar e educar" como aspectos indissociáveis no trabalho com crianças de 0 a 5 anos de idade. Os professores devem construir outras formas de atuar: organizar e planejar suas ações a partir do brincar, por considerá-lo uma forma privilegiada de a criança ser e estar no mundo; desenvolverem suas múltiplas linguagens-corporal, plástica, musical, oral, escrita, faz de conta, virtual (computador); considerar a importância nesta faixa etária, sem conteúdo, organizando projetos transdisciplinares envolvendo temáticas relativas à natureza e à cultura. Esse trabalho acontece em sintonia com as necessidades básicas da criança-sono, higiene, alimentação, saúde e proteção, e volta-se para o aprendizado do autocuidado por parte das crianças. Essa forma de atuar não se encontra pronta, com todas essas características, mas tem sido, uma busca permanente de muitas instituiçõesde Educação Infantil. Independentemente da concepção sobre a qual se estrutura o trabalho na instituição, é preciso entender que a criança é um ser pleno de potencialidade e que uma boa proposta pedagógica pode estimular suas capacidades e proporcionar à criança oportunidades de conhecimento e de desenvolvimento, ampliando as possibilidades de compreensão do mundo que acerca. Dessa forma, a escola deve propor situações que tenham sentido e significado para a criança. O professor passa a trabalhar com a resolução de problemas, tendo claro que não há uma resposta única para eles e que as crianças encontrarão caminhos e soluções individuais.
A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
            A avaliação funciona como uma forma de o professor verificar o andamento das suas ações educativas, bem como o efeito causado na aprendizagem de seus alunos. Assim deve ser realizado de maneira processual, o que irá permitir uma visão individual de cada criança.
A técnica mais apropriada para avaliar na educação infantil é a observação. Antes de observar, será necessário pensar o que queremos observar e para quê. Será de grande utilidade elaborar uma escala descritiva para coletar as informações de uma maneira sistemática e precisa. (ALCUDIA, 2002 p.82)
Desta forma, na Educação Infantil a melhor forma de avaliar se dá através da observação, por meio de anotação de avanços conseguidos pelas crianças. A própria LDB em seu artigo 31 faz referência à avaliação: “Art. 31. Na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.” (BRASIL, 1996). Ou seja, nesta etapa da educação não se deve considerar os aspecto mensurável da avaliação, e sim observar o desenvolvimento, a evolução da criança em todos os aspectos do conhecimento. Com isso, não há seletividade e, portanto, as crianças não podem ser reprovadas. De acordo com Hoffmann (2000):
É preciso re-significar a avaliação em Educação Infantil como acompanhamento e oportunização ao desenvolvimento máximo possível de cada criança, assegurando alguns privilégios próprios desta instância educativa, tais como: o não atrelamento ao controle burocrático do sistema oficial de ensino em termos de avaliação e autonomia em relação à estrutura curricular. (HOFFMANN, 2000)
Nestas condições, a avaliação na Educação Infantil deve ser vista como uma forma de acompanhar o desenvolvimento da criança, respeitando as especificidades de cada uma. Nesta etapa de educação, não faz sentido os modelos de avaliação tradicionais, o desempenho de cada criança deve ser observado a cada atividade proposta e o professor trabalhar melhor os aspectos que merecem uma maior atenção.  A avaliação é tida também como uma forma de o professor refletir com relação aos seus métodos de ensino, a partir da observação do desenvolvimento das crianças ele pode estar fazendo uma reflexão sobre a forma que tem trabalhado e assim procurar aperfeiçoar sua prática para uma melhor aprendizagem. Conforme cita o RCNEI:
(…) a avaliação é entendida, prioritariamente, como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas crianças. É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e direcionar esse processo como um todo. (BRASIL, 1998, p.59)
Então, observa-se que nessa fase a prioridade é a reflexão sobre a própria prática, em que a forma tradicional de avaliar, buscando os erros, deve ser substituída por uma dinâmica de avaliação capaz de trazer elementos de crítica e transformação ativa para o trabalho docente.
Há diversas formas de estar avaliando, a principal delas, de acordo com o RCNEI, é a observação e os registros. Por meio delas, o professor faz anotações dos avanços das crianças para posterior intervenção. Ainda segundo o documento, as crianças devem acompanhar suas conquistas ao longo do processo, assim, o professor deve compartilhar as observações realizadas.
HISTÓRICO DA COORDENAÇÃO
A Função do coordenador pedagógico surgiu no estado da Guanabara no período de 1961, inicialmente sendo chamado de coordenador distrital. Em 1965, passou a chamar-se orientador pedagógico. Nesta fase, ele atuava em varias escolas e, posteriormente, em 1969 em apenas uma escola, prestando assistência técnica aos professores do ensino primário, orientando os docentes, estimulando ou corrigindo, com sua instrução, a aplicação de planos e programas elaborados pelos serviços técnicos e dos métodos por eles sugeridos, sem prejuízo da autonomia didática do professor, respeitando os princípios básicos da educação.
COMO SURGIU E COMO É O DIA DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO
A figura do coordenador pedagógico surgiu com as transformações na educação entre as décadas, de 70 a 90. A partir das transformações sociais, políticas, econômica a mudança de valores, a fragilidade da educação, resultado das políticas educacionais formatadas e despejada nas escolas sem um planejamento, sem a participação dos professores. O coordenador professor pedagógico surge em meios a essas inovações educacionais voltadas para projetos diferenciados, mudanças, porem se nenhuma qualificação o que comprometeu o bom desempenho da sua função. A figura do coordenador foi fruto de uma concepção progressista, onde as novas formas de gestão escolar e processo de ensino aprendizagem foram postos em pratica.
Leva-se em consideração que o atual cenário educacional na gestão democrática busca desenvolver uma gestão participativa, tendo o gestor e coordenador como o mediador das ligações entre escolas-comunidade-família, onde há relações orgânicas entre a direção e a participação dos membros da equipe escolar.
O COORDENADOR PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
É na infância que aprendemos a lidar com nossos medos, desejos, regras, limites, a valorizar a prática da leitura, a ter gosto pelo pensamento matemático, a brincar, desenhar, a nos cuidarmos com higiene e a conversar e expressar nossos sentimentos sem medo de represálias.
O papel do coordenador é o de qualificar as práticas desenvolvidas pelos educadores, exercendo o trabalho de formador para toda a equipe escolar com avaliações permanentes de seu próprio trabalho em relação à direção e aos educadores e aos trabalhos da equipe escolar. A escola no papel do coordenador  e gestor é responsável pela formação da equipe na construção da identidade das crianças, que muitas vezes são pouco assistidas pelas famílias pela expansão do trabalho da mulher (mãe) para contribuir com a renda familiar ou ser a própria mantenedora de seu lar.
É necessário, portanto que o coordenador tenha a sensibilidade de ver e rever  junto a sua equipe, a organização dos espaços ocupados pelas crianças e da intencionalidade dos educadores quanto a qualidade de ensino oferecido a elas, a reflexão e o diálogo  na formação garante que a criança obtenha maior êxito na construção de sua identidade, autonomia, no relacionamento com os adultos da escola e com a família. O cuidar e o educar na educação infantil devem contemplar a multiplicidade de dimensões da pessoa humana, privilegiando a escuta e favorecendo a reflexão, cultivando a permanente busca do autoconhecimento e da percepção de si e do mundo, assumindo postura de formador que sirva como referência para o educador que é o responsável direto pelo educar da criança, articulando saberes, teorias e práticas entre os educadores e a equipe escolar.
PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Educação de qualidade é uma busca constante das instituições de ensino, para que isso se torne realidades são necessárias ações que sustentem um trabalho em equipe e uma gestão que priorize a formação docente contribuído para um processo administrativo dequalidade conforme. 
Chiavenato (1997, p.101), “não se trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com as pessoas. As organizações cada vez mais precisam de pessoas proativas, responsáveis, dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar decisões”.
 Nessa perspectiva devemos identificar as necessidades dos professores e com eles encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade esse trabalho é desenvolvido pelo coordenador pedagógico. 
Esse profissional tem que ir além do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática como nos fala. 
NOVOA (2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a formação”.
 Com esse pensamento ainda é necessário destacar que o trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o coordenador não pode perder seu foco. 
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória, cabe ao coordenador refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem. O trabalho em equipe é fonte inesgotável de superação e valorização do profissional.
O TRABALHO DO COORDENADOR ESCOLAR
O trabalho pedagógico deve ser orientado, um bom projeto e a execução do mesmo é a intenção e a certeza de que a escola e seus profissionais realizem um trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus profissionais sobre o que é a escola hoje e o que poderá a vir a seu.
Visando, a inovação da prática pedagógica da escola para elevar a qualidade de ensino.
O trabalho do coordenador deve ser orientado e isso, exige um compromisso muito amplo, não somente com a comunidade na qual se está trabalhando, mas consigo mesmo. Trata-se de um compromisso político que induz a competência profissional e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças almejadas. Todavia a tarefa do coordenador é muito difícil de ser realizada, exige participação para a integração em sua complexidade.
Segundo Gandin (1983, p.89), está ação não é fácil, por que:
Exige compromisso pessoal de todos;
Exige abertura de espaços para a participação;
Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades;
Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados, mas é constante);
Distribuição de autoridade;
Igualdade de oportunidades em todas as decisões;
Democratização do saber.
AS MULTI FUNÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO.
Nesse meio encontra a figura do coordenador se desdobrando em multi funções em seu dia escolar.
FALCÃO (1994:42) afirma: Problemas ligados às características de vida do aluno, o seu ambiente familiar, às suas relações com os pais, às suas condições de saúde e nutrição; igualmente aspectos ligados à sua história escolar, seu aproveitamento em outras séries e outras matérias, suas relações com outros professores e com colegas; todos esses aspectos, ligados à vida do discente fora da sala de aula, interferem no seu aproveitamento e, consequentemente no trabalho do professor.
Desde conflitos, sociais, econômicos, familiares, amorosos, violência, drogas, gêneros entre tantos outros... Como substituir o professor que faltou organizar e agendar os horários de uso da biblioteca, ajudar os funcionários da Secretaria na época da matrícula, controlar a entrada e a saída dos alunos e Infelizmente o cotidiano do coordenador pedagógico passa bem longe do ideal, estamos tentando resgatar o que deveria ser um coordenador, na atual condição onde nos desdobramos para segurar a peteca de uma escola viva como a nossa de ensino fundamental, onde os alunos estão passando por um processo de metamorfose típico da faixa etária de nossos educando,onde estão se descobrindo,deixando os hábitos de crianças para entrar na adolescência, temos que trabalhar não só a aprendizagem, mas de uma forma geral tudo ainda conversar com os pais daquele garoto que vive brigando com os colegas ou mesmo pais que nunca vem nas reuniões quando convocados. Várias demandas vão parar nas mãos dos coordenadores pedagógicos. O resultado é que, atolados em afazeres, muitos acabam não dando conta de sua função prioritária na escola: a formação contínua, em serviço, dos professores. E a atuação se torna sem foco nem é uma questão de falta de experiência, mas pelo grande numero de afazeres como ser: o braço direito do diretor, não só para os assuntos pedagógicos, mas também para os burocráticos e financeiros; dos professores, que costumam elegê-lo como o melhor porta-voz para tratar com a direção sobre todos os temas da categoria; dos pais, que não sabe direito qual é a função dele; e das secretarias, que às vezes fazem convocações em excesso e o obrigam a mal parar em seu local de trabalho.
O QUE OS COORDENADORES DEVEM FAZER
Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo;
Organizar encontros de docentes por área e por serie;
Dar entendimento individual aos professores;
Fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre praticas;
Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas.
O QUE NÃO FAZER
Conferir se as classes estão organizadas e limpas antes das aulas
Fiscalizar a entrada e a saída de alunos
Visitar empresas do entorno para fechar parcerias
Substituir professores que faltam
Cuidar de questões administrativas, financeiras e burocracias em geral.
O PODER DA ESCOLA
Para que a escola possa cumprir com este papel, será necessário investir na mudança de atitude do seu professor, do coordenador, no sentido de criar condições que favoreçam este elo, tendo como objetivo a valorização e a cultura.
Sem dúvida, é imprescindível a presença do coordenador, como investigador da capacitação docente, destacando a necessidade de adquirir conhecimento e condições de enfrentar as dificuldades próprias de sua profissão, como também, estar preparado para administrar as constantes mudanças, no contexto escolar.
COMO O FAZER DO COORDENADOR PODE AJUDAR
O coordenador tem a possibilidade de transformar a escola no exercício de uma função realmente comprometida. Com uma proposta política e não com o cumprimento de um papel alienado assumido. Deve antes de tudo, estar envolvido nos movimentos e lutas justas e necessárias aos educadores. Semear boas sementes, onde a educação se faz presente e acreditar veemente que estas surtirão bons frutos.
O coordenador deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; devera ser capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não dependentes diferentes de muitos daqueles que vem sendo empregados com o modelo, pois um modelo de coordenação escolar no serve a todos as realidades. 
O coordenador possui uma função globalizadora do conhecimento através da integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o aluno recebe informações soltas, sem elação uma das outras, muitas vezes inócua. É preciso que os conteúdos sejam trabalhados por áreasde conhecimento, sendo assim todos estarão interligados ou seja o conhecimento não se da como se fosse uma caixa de fósforo, abre para historia e fecha para português. No planejamento pedagógico, o foco do trabalho deverá estar na maneira como se dará a sequencia de aprendizagem dos conteúdos ao longo da escolaridade é preciso fazer a adequação dos conhecimentos que precisam ser trabalhados de uma forma articulada aos de outras áreas de conhecimento. É preciso que se tenha uma sequencia lógica dos conteúdos que darão continuidade aos da fase anterior, garantindo ao aluno uma aprendizagem articulada e eficaz e ao professor, a possibilidade de ações interdisciplinares.
A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Esse profissional tem que ir alem do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua pratica. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas, o coordenador não pode perder o foco. 
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, esse caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória, cabe ao coordenador refletir sobre sua própria pratica para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino-apredizagem. O trabalho em equipe é fonte inesgotável de superação e valorização do profissional.
Assim, conseguiremos formar o novo cidadão dotado de capacidades e habilidades para ser inserido na sociedade em que vive, mas para que isso acorra, as escolas devem se organizar em cima do que já tem, ou seja, conhecendo a realidade de seus docentes, pois as escolas participam dos mesmos problemas sociais, no entanto não há receituário para solução dos mesmos, pois cada realidade escolar é diferente, embora os problemas sejam parecidos.
O QUE MUDA COM O NOVO PENSAR E FAZER DO COORDENADOR
-Plano de trabalho
O primeiro passo é montar um bom plano de trabalho onde as ações devem ser coordenados e flexíveis de acordo com a realidade escolar, estimular o trabalho em equipe, lembrar que temos um novo papel e por mais que estejamos um ovo papel e por mais que estejamos ligados por laços de efetividade com os colegas temos deveres a cumprir, ou seja, nosso trabalho deve ser voltado para orientação e cobranças de resultados satisfatório de aprendizagem. A primeira tarefa do coordenador é tentar mobilizar os colegas a desenvolver um trabalho de equipe, pois essa é uma condição essencial para a melhoria do fazer pedagógico em sala de aula; deixar claro os objetivos comuns de escola, rememorando o compromisso assumido na elaboração do Projeto Pedagógico e do “Plano Escolar”.
CONCLUSÃO
A prática pedagógica requer que se pense de forma dialética e que se faça educação para toda a sociedade, ainda que, através de diferentes meios e em diferentes espaços sociais. À medida que esta sociedade se torna tão complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessária ao exercício pleno da cidadania. Espera-se, pois, que o Coordenador Pedagógico conheça plenamente o seu espaço de trabalho, compartilhe ideias e conhecimentos, construa o seu papel na escola, tornando-se assim, a ligação fundamental, traçando o seu caminho transformador, formador e articulador. Certamente que a inexistência de respostas prontas, acabadas e definitivas fazem com que o trabalho pedagógico do coordenador seja uma reelaboração do caminho e a apresentação de algumas das pistas possíveis para a continuação desses “caminhar”.
REFERÊNCIAS
Unopar-Universidade Norte do Paraná 1º Ed.(português) Londrina, editora CDI 2008 pag.31-46
Qualidade da Educação infantil 1º Ed.(português) São Paulo, editora Cortez, 2006
WWW.fonteseducacaoinfantil.org.br
http://monografias.brasilescola.com/educacao/a-importancia-coordenador-pedagogico-na-escola.htm

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