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Apostila de Endodontia II

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Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
2015 
Helinaldo 
Universidade do Estado do Amazonas 
04/03/2015 
Endodontia II 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Helinaldo Correa nasceu em Manicoré Amazonas em 19-11-1985 
Cursou até o 3 º período de Matemática na UFAM Campos Humaitá – Am 
Foi monitor de Prótese Parcial Removível entre Agosto a Dezembro de 2014 
Atualmente cursa Odontologia na UEA Campos Manaus – Am. 
Curriculum Lattes: 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462273Y5 
Blogger: http://correamani.blogspot.com.br/ 
Wordpress: http://helinaldouea.wordpress.com 
Twitter: https://twitter.com/Aldohelinaldo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
Endodontia I 
1. Anatomia interna e cirurgia de acesso dos dentes anteriores 
2. Técnicas Radiográficas em Endodontia 
3. Odontometria e técnica de instrumentação do sistema de canais radiculares 
4. Soluções irrigadoras e técnicas de irrigação em Endodontia 
5. Obturação do sistema de canais radiculares. 
6. Anatomia interna e cirurgia de acesso dos dentes posteriores 
7. Tratamento emergencial em dentes molares 
Endodontia II 
1. Medicação intracanal 
2. Tratamento endodôntico em dentes vivos e necrosados 
3. Doenças da polpa dental 
4. Doenças do Periápice 
5. Traumatismo Dental 
6. Tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta 
7. Instrumentação de Molares 
8. Urgências e Emergências em Endodontia 
9. Técnicas anestésicas mais utilizadas em Endodontia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
(Aula I) Medicação intracanal 
A primeira linha de defesa do tecido pulpar é a dentina peritubular. A polpa secreta 
proteínas para obliterar os túbulos dentinários. Na periferia da câmara do tecido pulpar 
temos a camada odontoblástica. Ela secreta dentina reacional frente a um processo 
carioso e quando a bactéria é altamente patogênica, essa camada odontoblástica sofre o 
processo de necrose e passa a ser chamada de tratos mortos. Na polpa há as células 
mesenquimais indiferenciadas essas são células totipotentes e são capazes de se 
diferenciar em outras (odontoblastos), esses odontoblastos recém-diferenciados pelas 
células mesenquimais são responsáveis por formar dentina reacional diferente da 
dentina primária. A dentina reacional é uma camada de defesa é uma dentina a tubular 
justamente para obliterar os túbulos e evitar a invasão de bactérias da cárie para o tecido 
pulpar. Ás vezes essa dentina reacional causa uma alteração na morfologia da câmara 
pulpar. E a tal da queda no vazio quando o dente é acessado não vai existir. 
Sessão única => Polpa viva (dente com vitalidade pulpar) 
• Previne contaminação entre as sessões 
• Menor tempo 
• Sintomatologia pós-operatória 
• Sucesso a longo prazo 
Múltiplas sessões=> polpa necrosada 
Objetivos da Medicação Intracanal 
Promover a eliminação de bactérias que sobreviveram ao preparo químico-mecânico 
Ação antimicrobiana melhor reparo dos tecidos perirradiculares, maior sucesso. 
 
• Atuar como barreira físico-química 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
• Impedir a proliferação de bactérias remanescentes 
• Impedir infecção ou reinfecção por bactérias da saliva 
 
Incisivo central inferior 
 
 
1º pré-molar inferior 
 
 
2º pré – molar inferior 
 
Condições clínicas no momento da obturação 
Polpas vitais = Obturação imediata sempre que possível 
Necrose Pulpar = Medicação Intracanal 
Objetivos da Medicação Intracanal = Controlar a exsudação persistente 
Exsudato 
• Irritantes permanecem atuando sobre os tecidos perirradiculares 
• Impede adequado selamento do canal radicular 
Medicamentos 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
• Atividade antimicrobiana 
• Inibição da resposta inflamatória 
• Ação física de preenchimento 
• Ação Higroscópica 
Classificação 
• Derivados fenólicos 
Potencial bactericida: 
Ex: Eugenol, PMCC, PMC 
Agem por contato direto e pela liberação de vapores 
Irritantes 
Associados a cânfora 
Curta ação antimicrobiana (42 a 72 horas) 
• Aldeídos 
Potentes bactericidas 
Ex: Formocresol e Tricresol 
Agem por contato direto e pela liberação de vapores 
Curta ação antimicrobiana (42 a 72 horas) 
O Formocresol deixado por 5 min irá fixar superficialmente a polpa, deixado por 7 dias 
ele irá mumificar a polpa. 
• Halógenos 
São representados pelos compostos que contêm cloro ou iodo. 
• Bases ou Hidróxidos 
• Corticóides /Antibióticos 
IMPORTANTES‼‼ 
 
Veículos que podem ser associados ao Ca (OH)2 
Hidrossolúveis 
Aquosos: Soro fisiológico, anestésico, otosporim. 
Viscoso: Propilenoglicol, polietilenoglicol 400, glicerina. 
Oleosos: Azeite de Oliva, paramonoclorofenol. 
Com relação à polpa temos: 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
POLPA VIVA: Canal Parcialmente Instrumentado 
• Otosporim 
• Decadron colírio 
Levado em seringas ou mecha de algodão estéril na embocadura. 
POLPA VIVA: Canal Totalmente Instrumentado 
• Hidróxido de cálcio + veículo 
• Consistência de creme dental 
Levada ao canal com lima / seringa especial/ instrumentos endodônticos acionados a 
motor 
POLPA NECROSADA: Canal Parcialmente Instrumentado 
• Formocresol 
• Paramonoclorofenol Canforado 
• Tricresolformalina 
• Clorexidina Gel 
• NaOCl (Hipoclorito de sódio) 
Colocar com mecha de algodão estéril 
 
POLPA NECROSADA: Canal Totalmente Instrumentado / Retratamento 
• Pasta HPG – Hidróxido de cálcio + PMCC + Glicerina 
• Hidróxido de cálcio + veículo Biologicamente ativo (PMCC) + veículo 
Hidrossolúvel (Viscoso ou Aquoso) 
(Aula II) Tratamento endodôntico em dentes vivos e necrosados 
O dente pode está: 
• Bio: presença de polpa viva 
• Necro: presença de tecido necrosado (polpa morta) 
Objetivos da endodontia: 
• Limpeza (remoção de tecido presente no canal) 
• Desinfecção dos sistemas de canais (remover microrganismos) 
• Forma (dar forma, conicidade ao canal, cônico afunilado) 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Meios de obtenção de limpeza, desinfecção e forma: 
• Instrumentação manual 
• Instrumentação mecanizada (instrumentação usada: lima de níquel titânio 
movidos a motor) 
• Soluções irrigadoras ( hipoclorito de sódio, clorexidina, EDTA 17%) 
• EDTA por 3 minutos, e então, eram irrigados, novamente, com 3 ml de 
hipoclorito de sódio. Quanto à utilização do EDTA, na endodontia, ele tem o seu 
uso consagrado na eliminação da lama dentinária (smear-layer) após o preparo 
químico-mecânico dos canais radiculares (Moraes et al, 2000) 
 
Algumas terminologias dada para técnica da biopulpectomia: instrumentação, preparo 
químico-mecânico, preparo químico-cirúrgico ou microcirurgia, usamos mais o 
preparo bio-mecânico que é o preparo observando o lado biológico. 
Limite CDC (canal dentina-cemento 0,5mm) trabalhamos até o canal dentinário, por 
isso instrumentamos a até 0,5 mm do final do canal. 
Biopulpectomia ou Pulpectomia 
É indicada para dentes com vitalidade. Pulpectomia é a remoção da polpa sã, porém o 
dente tá hígido, sem doença nenhuma, o dente tá vivo, ou em dentes que está doendo a 
carie já atingiu a polpa. 
Indicações 
• Reação inflamatória irreversível 
• Finalidade protética 
• Finalidade periodontal (tratamentos: pastas com octaselato de potássio, 
dessensibilizantes e o lazer, caso nenhum resolva ai vc vai o tratamento 
endodôntico)• Trauma (exposição da polpa por carie) 
Característica de biopulpectomia é o sangramento pulpar, vamos ter duais técnicas para 
realizá-la: 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
• Em canais amplos e retos (usar-se a lima extirpa polpa) 
• Em canais atresiados e curvos (instrumentação normal) 
Técnica 
1. Raio-x inicial ( pra ver a raiz, se tem curvatura, se ela está totalmente formada) 
Encontrar o CTP, que é o tamanho do dente - 4mm de segurança. 
2. Cirurgia de acesso (objetivo da cirurgia de acesso é o acesso direto aos sistemas 
de canais radiculares, pra melhorar a limpeza a desinfecção e a obturação do 
canal). 
3. Isolamento absoluto 
4. Descolar a polpa (descolar os prolongamentos odontoblástico da parede do 
canal, usando uma lima 10 ou 15, coloco um stop no CTP entro e saiu com a 
lima, contra as paredes do canal) 
5. Uso da extirpa polpa (porém não se usa mais) 
Obs: dente bio o ideal é que seja feita em sessão única, pois não tem infecção. 
Já em canais atresico realiza-se a biopulpectomia, remoção da polpa através da 
técnica de instrumentação ou fragmentação dos canais. 
Na biopulpectomia no lugar de entrar com a extirpa polpa eu faço a instrumentação 
do canal, de que forma? eu entro com uma lima que trave na embocadura do canal e 
vou entrar com ela até o CTP e removo a polpa ainda viva, sem problema pois não 
tem bactéria, nem infecção, entro no CTP direto e faço a radiografia. Exemplo um 
dente que medi 23mm eu tiro 4 meu CTP é 19, então coloco o stop na lima que 
travou na embocadura do canal e entro 19mm direto, então quando é BIO entro 
direto no CTP, quando é necro entro da mais grossa pra mais fina até o CTP. 
Necropulpectomia ou penetração desinfetante 
No dente necrosado tem bactérias colonizando todo o sistemas de canais, então se 
eu entrar de uma vez só esses microrganismos que estão morando na parede pode 
ser empurrado pro ápice e pode levar um desconforto pro paciente, pode levar a dor, 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
edema, agudizar. Na necro instrumentamos por terços, primeiro coloco uma lima 
que trave na embocadura do: 
• Terço cervical 
• Terço médio 
• Terço apical 
Algumas terminologias dada para técnica da necropulpectomia: penetração 
desinfetante, esvaziamento ou desinfeção inicial. 
Técnica 
1. Raio-x inicial 
 Calculo r o CTP, que é o tamanho do dente - 4mm de segurança. 
2. Cirurgia de acesso 
3. Isolamento absoluto 
4. Selecionar um instrumento que trave na embocadura do canal 
 Exemplo: travou na #80—12mm 
 #70---14mm 
 #60---16mm 
 #55---19mm raio-x de comfirmação do CTP 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
5. Medir da ponta do instrumento no raio-x pra ponta do ápice, exemplo falta 
3 então coloco mais 3 e recuo 0,5, ou seja coloca só 2,5..deixando 
0,5(limite CDC). 
6. Uso das brocas Gates, é ela que vai preparar o terço cervical e o terço 
médio. 
Regra das Gates: sempre tem que ficar 4mm aquém do que será o CTR. 
7. continuar descendo 
 #50---21 
 #45—21,5 
Obs: Dentes BIO você pode deixar até 2 mm do ápice, mais na clinica deixar sempre 
com 0,5 assim como pra necro também. 
8. Instrumentação do terço apical 
 #50—21,5 
 #55---21,5 
 #60---21,5 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Lembrando sempre de irrigar, inundar e aspirar e deixa o canal inundado, pois o 
hipoclorito também serve como lubrificante. 
9. Realizar a patencia (é um ato obrigatório em dentes com lesão) 
Depois que vc instrumentou todo o canal, Entro com uma lima 10 ou 15 
entro 0,5 a mais do CTR entra e sai do canal, isso serve pra retirar bactérias 
que sobravam no terço apical. 
 
(Aula III) Doenças da polpa dental 
Pulpopatias são as doenças que envolvem a polpa e as periapicopatias são as que 
acometem o periápice. 
Para se estabelecer o diagnóstico das pulpopatias, se faz necessário conhecer os sinais e 
sintomas. Então, a gente tem que conhecer a doença, se dói, se dói muito pouco, se dói 
com quente, se dói com frio, quando dorme, quando levanta todo tipo de dor. Devemos 
conversar com o paciente para que ele fale como é essa dor, coletar sinais e sintomas 
para fechar o diagnóstico. 
As doenças da polpa se dão por alguns motivos. O principal é o microbiano. Ex.: cárie. 
É cheia de microrganismos, toxinas que agridem a polpa e aí começa a desenvolver a 
doença pulpar. 
Estímulo físico: trauma. 
 
Estímulo químico; cavidade muito profunda tirou o tecido cariado, não atingiu a polpa, 
mas fez o ataque ácido agrediu a polpa de maneira irreversível. 
fatores
microbianos
•Cárie dental;
•Infecção retrógada;
•Infecção via 
hematogênica;
•Fratura dental;
•Procedimentos
operatórios
iatrogênicos
fatores 
quimicos
•Materiais
forradores e 
restauradores
definitivos;
•Condicionamento
ácido da
polpa/dentina
fatores físicos
•Traumas;
•Térmicos;
•Mudanças
barométricas;
•Radiação
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Natureza da dor: provocada (ex.: quando morde) ou espontânea (dói a qualquer hora). 
Geralmente quando o paciente te procura no consultório é porque tá doendo, então 
devemos questionar sobre essa dor. Localizada (quando ele identifica o dente) ou difusa 
(dói numa região). Intermitente (dor que vai e volta) ou contínua (dói direto). Rápida ou 
lenta. 
Vou precisar dessas informações pra fechar o diagnóstico. Claro que preciso fazer os 
testes. Só de olhar numa radiografia, por exemplo, eu não tenho como afirmar. Se for 
uma cavidade muito profunda... será que expôs a polpa? Será que não expôs? Será que 
não é só uma sobreposição de imagem? Por isso preciso fazer os testes. 
Endoice: faz o isolamento relativo, seca o dente, faz a bolinha de algodão, aperta o 
spray e coloca a bolinha no dente (o mais cervical possível, se tiver cárie, põe lá). A 
técnica usada é dizer por paciente pra levantar o braço se sentir desconforto (nunca dizer 
“dor” pro paciente) e conforme esse desconforto for diminuindo, ele vai abaixar o 
braço. Se não sentir nada, é porque o dente já está necrosado. É bom fazer em outro 
dente, sadio, pra ver o limiar de dor. Se tiver vivo, TEM que doer. 
Percussão: com o cabo do espelho, bate na vestibular, na lingual, na incisal... vê se tem 
abaulamento, se sai pus, se tem fístula, vê mais ou menos onde seria o ápice da raiz. 
Comentário do Romilton: 
 
Sobre o limiar da dor. Tem um paciente que apresentava quatro dentes. Um 
traumatizado, uma lesão por trauma (nesse ele sentiu), um estava escuro (ele não sentiu 
nada, onde foi feito o tratamento) e dois que estavam hígidos, ele também não sentiu 
nada. 
Tudo isso conta. Se ele tem uma restauração muito extensa, aí ele não vai sentir tanto. 
Às vezes o limiar de dor é baixo, não é toda vez que ele vai sentir. A maioria das vezes 
é isso que acontece você coloca o estimulo e dói só que às vezes você coloca e o dente 
não vai doer, é quando você desconfia se esse dente está realmente necrosado. Aí você 
faz em outros dentes e também não dói, com isso, pode ser que o limiar de dor seja alto, 
a polpa pode estar bem atrésica e não responde com tanta velocidade como a outra 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
polpa, às vezes a pessoa sente um desconforto tão mínimo que ele nem diz que tá 
doendo. 
Também podemos abrir mão de fazer outros testes, o do calor por exemplo. Nesse teste 
eu aqueço a guta percha deixando ela bem molinha, passa vaselinano dente e encosto a 
guta percha e vamos ver se vai dor ou não. Tem o teste da cavidade, onde eu abro o 
dente sem anestesia, a medida que vai se aproximando da polpa, o normal é sentir dor 
mas as vezes você só descobre quando abre mesmo, que é quando o paciente não vai 
sentir nada. Esse teste é só em último caso. Aqui o que vamos fazer sempre é com o 
endo ice. 
 
Nas pulpopatias, nós temos as pulpopatias agudas e as crônicas. 
 
Na aguda, temos: 
• - Pulpite reversível. 
• - Fase de transição 
• - Pulpite irreversível sintomática 
Obs.: A fase de transição é só a nível didático. O que vai existir mesmo, na 
nomenclatura atual, é pulpite reversível e irreversível. 
Na crônica: 
• - Pulpite irreversível assintomática (agravamento da aguda) 
 
 Então vamos nos deparar com algumas questões, casos que precisa fazer endo 
e casos que não precisa fazer endo. 
PULPITE REVERSÍVEL 
Vou precisar fazer endo? Não, porque como o próprio nome diz, ela é reversível, ainda 
dá pra reverter o caso. O que é pulpite reversível? Basicamente é a cárie e como a cárie 
dói, vamos ter aquela dor aguda, localizada. 
 Como vou saber se vou fazer a endo ou não? Geralmente não tem exposição pulpar, 
então ela vai ser uma dor curta, que quando você põe o estímulo, ele sente que doeu e 
parou rápido, já é um quadro diferente. Então você olha e como não tem exposição 
pulpar e a dor é provocada (geralmente com gelo, e é uma dor curta) e localizada. Já 
vamos saber que é uma pulpite reversível. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
O tratamento aqui é a remoção da cárie, fazer um tratamento expectante se tiver muito 
profunda. Aqui o dente tá vivo, dor de curta duração, sem dor a palpação e percussão e 
finaliza com uma radiografia pra fechar o diagnóstico. 
Prognósticos da polpa e do dente são favoráveis. 
A pulpite reversível tem outro nome histológico, que é HIPEREMIA PULPAR, onde 
tem só uma dilatação e aumento de vasos dentro da polpa. 
Se não tratada a causa, evolui pra uma pulpite irreversível (pulpite serosa ou pulpite 
em fase de transição). Trata-se da fase inicial da pulpite aguda (irreversível). Dentro da 
polpa, além dos fenômenos vasculares, vai ter exsudato seroso, por isso o nome de 
pulpite serosa ( a nível histológico). Posso observar uma congestão, edema, infiltração 
moderada de neutrófilo e hemorragia, tudo isso dentro da polpa. O nome dessa 
pulpite na clínica vai ser pulpite irreversível sintomática e, a nível histológico, pulpite 
serosa. Ela é o inicio da pulpite irreversível e aqui a dor já é com um declínio lento. O 
uso de analgésico pelo paciente resolve no início, depois já não resolve. Tem que 
atuar na causa pra resolver o problema. 
LOCALIZADA: Fácil de estabelecer o dente envolvido, paciente sabe qual dente 
que está causando a dor; 
FREQUÊNCIA: 
o Intermitente: Vai e volta; possui intervalos assintomáticos. Difere da outra (a 
anterior), que é provocada. 
PROGNÓSTICO: 
o Desfavorável para a polpa. Dependendo do caso, pode ser favorável ou não para 
o dente, porque já é endodontia, não tem outro jeito. 
Nesse caso ainda continua sendo pulpite irreversível, a nível histológico já representa 
pulpite purulenta. Em alguns livros iremos ver pulpite purulenta, pulpite irreversível 
assintomática. 
É denominada purulenta, porque histologicamente já vai estar presente pus. 
Caracterizada por: 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
• Áreas de abscesso na polpa dental; 
• Evolução da fase de transição; 
• A polpa afetada encontra-se na cavidade pulpar fechada; 
• Alivia com o frio e piora com o calor. 
 
Por que aqui é ao contrário? Porque logo no início é um fenômeno vascular, ocorre um 
aumento de vasos lá. Quando se coloca gelo, acontece a vasoconstrição e assim, a 
sensação de alívio. Paciente diz que o dente dói muito, mas quando toma água gelada 
passa, por isso que ele costuma fazer compressa de gelo. Por isso 
que é o contrario, quando ele toma alguma coisa quente piora, pois já tem pus, e quando 
você coloca ocorre a vasodilatação. 
As três pulpites são uma evolução uma da outra, a pulpite reversível começa só com a 
hiperemia pulpar por conta da cárie, tem um agente agressor, logo terá um sistema de 
defesa, ou seja, é só um fenômeno vascular, por isso que é hiperemia, mas o nome 
clínico é pulpite reversível. 
Pulpite reversível evolui para pulpite irreversível, isso clinicamente. Então, das pulpites 
agudas, na clinica só teremos pulpite reversível ou pulpite irreversível. 
 Pulpite reversível não é feito canal, só remove a carie, restaura, faz-se tratamento 
expectante. Quando eu vou fazer endodontia numa pulpite reversível? Porque às vezes, 
a cárie está muito profunda, e quando ela vai sendo removida, falta muito pouco para 
expor a polpa, e coloca-se Dycal®, forramento e sela. Esperam-se alguns dias para 
saber se vai ter reação dolorosa ou não. Caso tenha relato de dor, é porque já foram 
usadas brocas, o que já afetou a polpa, passando-a de reversível para irreversível. 
 Não é necessário que haja exposição pulpar para que se torne pulpite irreversível. Os 
prolongamentos odontoblásticos dos túbulos dentinários dentinários estão sendo 
afetados, o que vai afetar a polpa também. A cárie, mesmo na superfície, libera 
endotoxinas que vão afetar os túbulos dentinários, que às vezes irá afetar de forma 
irreversível o local. 
A pulpite irreversível possui início e fim. No inicio, ela é localizada, é uma dor que é 
longa, mas ainda é mais suportável, apesar de doer muito. Costuma doer e parar e 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
também cessa com analgésico e histologicamente é pulpite serosa, pois tem exsudato 
seroso, tem células de defesa. Já expôs a polpa, vai ter que realizar o canal. Alguém 
pergunta: Radiograficamente vai ter alguma lesão periapical? Não, pois para ter lesão 
periapical o dente tem que estar necrosado. Em todos esses aqui o dente está vivo, pois 
ele está respondendo. Se colocar o Endo-ice®, o dente vai doer. Deitado, aumenta a 
pressão intracraniana, o que pode fazer doer mais. 
DURAÇÃO DA DOR: prolongada, às vezes pode cessar com o gelo. Aqui, às vezes, dói 
tanto que o paciente não sabe dizer onde dói; 
QUANDO VAI TER DOR À PERCUSSÃO? Quando começa a envolver o periápice. 
Nesse caso o ligamento periodontal está tranquilo, quem esta sofrendo é a polpa, por 
isso o teste de percussão vertical vai dar negativo. 
Quando é que eu vou ter dor à percussão? Quando começa a envolver o periápice.. 
Então, DIFUSA, DIFÍCIL LOCALIZAÇÃO, A FREQUENCIA AQUI É 
CONTÍNUA, VAI DOER E NÃO VAI MAIS PARAR. O prognóstico para a polpa 
também não é favorável. 
Relembrando: tem a agressão (cárie, trauma) e atingiu a polpa, resultando em 
pulpite reversível (ou hiperemia pulpar), porque so há um aumento dos vasos 
sanguíneos. 
Essa fase de transição de pulpite aguda, isso aqui é pulpite irreversível. 
Então nós temos só duas pulpites agudas: reversível e irreversível. A irreversível tem 
um início, que também é chamado de fase de transição ou pulpite serosa e um fim 
que é a pulpite purulenta. 
Por que pulpite serosa? Porque tem exsudato seroso. 
Por que pulpite purulenta? Porque já tem áreas de micro abscesso na polpa. Já tem pus 
lá dentro. 
Na pulpite inicial (serosa) tem aquela dor um pouco mais amena, intermitente, cessa 
com analgésico, mas na purulenta é contínua. 
Aí é tudo uma evolução. Daqui, o dente "morre", a polpa até então estava resistindo, 
mas o dente necrosou. Esse processo é rápido. E como depois que a polpa necrosa o 
dente para de doer, o paciente geralmente não procura o dentista depois disso. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.comExistem três tipos de necrose: 
1. Necrose por coagulação 
2. Necrose por liquefação 
3. Necrose gangrenosa 
A necrose por coagulação ocorre por conta de uma congestão, quando por algum 
motivo ocorre a obliteração dos vasos que levam nutrientes para a polpa. (trauma) por 
exemplo. 
A necrose por liquefação se dá geralmente por conta de microrganismos e a polpa fica 
com um aspecto meio amolecido, meio líquido. 
 A necrose gangrenosa (mais comum na polpa) é a mistura das duas necroses anteriores. 
*Dente com mancha rosa pode ser reabsorção interna. 
PULPITES CRÔNICAS (OU IRREVERSÍVEL ASSINTOMÁTICA). 
Na aguda a gente tem a reversível e a irreversível sintomática. Na crônica e 
assintomática, porque não há dor. 
Divide-se em: 
Pulpite crônica hiperplásica: pulpite hipertrófica ou pólipo pulpar. É uma proliferação 
intensa de tecido cronicamente inflamado. A polpa inflamada fica exposta no meio oral, 
ela tem alta resistência e não dói. Reação de granulação rico em fibras com numerosos 
capilares sanguíneos. 
Polpa exposta com alta resistência, a polpa parecendo uma couve-flor exposta, 
inflamada e não dói. Tecido Hiperplásico, reação de granulação rico em fibras com 
numerosos capilares sanguíneos. Se for cortado, irá sangrar bastante. 
Ele fica mostrando no slide “aqui é polpa, polpa, polpa”. Acontece com individuo 
jovem, mais com criança 12-13 anos, tem a pulpite hiperplásica, a polpa cresceu, tecido 
de granulação, fibroso, número de vasos sanguíneos elevados. Quando vai doer? 
Quando ela morder alguma coisa em cima, ou cutucar com uma sonda, mas geralmente 
não dói, ausência de dor espontânea, apenas dor provocada. No momento que ela for 
pressionada, terá presença de dor. 
Pergunta: Tem que fazer canal?? 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Tem que fazer canal, o único caso que não se faz canal é a pulpite reversível, dá 
reversível em diante tem que ser feito o canal. Tem que tirar a polpa, fazer a 
pulpotomia, quando tira sangra bastante. 
Pulpite Crônica Ulcerativa 
 Uma inflamação crônica tem exposição pulpar ulcerada, também não dói e qualquer 
obstrução da cavidade impedindo a drenagem natural da polpa afetada, pode agudizar o 
processo. Nesse caso a polpa tem uma aparência de ulcerada, parece que ela está ferida, 
“quando a gente faz a pulpotomia quando é tirada apenas a polpa coronária e fica o 
vermelho na luz do canal, ela é desse mesmo jeito”, e ela não dói, o dente está aberto, 
ela tá com o aspecto de ferida, mas não dói. Quando ela vai doer? Dá o exemplo do 
cara no sitio que comeu a goiaba e a semente no dente, obstruindo o canal. Quando não 
tem nada obstruindo ela está fazendo a drenagem natural, obstruiu e começa a gerar 
pressão, gerando a dor. 
Normal ela não dói, mas pode agudizar, quando ela é obstruída “qualquer obstrução da 
cavidade impedindo a drenagem natural da polpa afetada, pode agudizar o processo”, no 
caso que era crônica com a obstrução pode agudizar. 
Nódulos de Calcificação 
Uma doença na polpa, esses nódulos aparecem na polpa, está relacionado com a idade, 
as pessoas mais velhas tem nódulos mais frequente. A etiologia não é conhecida, mais 
fator de idade, trauma, muita força mastigatória em determinado elemento onde a polpa 
acaba fibrosando, e calcifica, tendo os nódulos pulpares. Radiograficamente aparece 
dentro da polpa umas imagens radiopacas, a polpa tem que ser radiolúcida, mas aparece 
algumas imagens radiopacas. “Dói? Não! O que eu tenho com isso?” Se for preciso 
fazer o canal, e no momento de abrir o dente “tem uma pedra”, e não é fácil fazer o 
acesso, e com mais calculo pulpar fica mais difícil fazer a endo. Ela começa aqui, mas 
pode formar em todo o canal, vai da câmara pulpar para a raiz. 
Reabsorção Interna 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Etiologia desconhecida, alguns autores falam: as vezes a pessoa teve trauma. Todo o 
dente é coberto de cemento, quando não é tem esmalte, nenhuma parte da dentina está 
exposta para o meio. Quando se tem um trauma, e o cemento sai do seu lugar expondo 
pré-dentina, o organismo reconhece como se não fosse dele, então as células 
mesenquimais indiferencidas começam a se transformar em odontoblastos e começam a 
reabsorver, mecanismo de defesa, essa é uma das teorias. Etiologia ainda é 
desconhecida, mas na radiografia é possível ver a reabsorção interna. O que deve ser 
feito? O canal mais rápido possível, para tirar a polpa acabando com esse fenômeno 
inflamatório, para parar com a reabsorção. “Se a reabsorção fosse bem aqui”, aí aparece 
a mancha rosa, o dente fica rosado, e faço a endodontia normal, como deve ser feito, 
“instrumenta, prova do cone...CTP, CTR e obtura” Como obtura com condensação 
lateral? Não obtura, tem que pegar o compactador de Max Paden derreter e colocar 
tudo dentro ou o injetor de guta percha e vai condensando, e coloca guta percha 
amolecida e ela estabiliza, pois a polpa que desencadeava todo esse processo 
inflamatório, não está mais lá. 
Acho que é feito uma pergunta sobre a mancha rosa se é extravasamento, ele diz 
que não, mas sim a localização, no caso em questão ela está bem no meio, ela pode ser 
em algumas posições, e quando ela tá na região cervical, perto do colo do dente, da 
coroa, da a impressão de mancha rosa, porque a polpa aumenta e como o esmalte é 
translucido vai mostrar a cor da polpa. E no caso em questão não tem como a coroa 
estar rosa, pois a reabsorção está lá embaixo. 
Sintomatologia da Reabsorção Interna? Também não dói não. As vezes o paciente 
diz que o dente está rosa, mas muitas vezes ela vai tratar outra dente e viu, fez uma 
radiografia por algum motivo e viu. 
Se for uma lesão muito cervical e eu colocar a guta-percha na coroa, ela vai ficar 
escura? Pode ser que fique escuro, mas eu primeiro trato depois a parte estética, só não 
vai perder o dente. Mas pode fazer uma faceta de porcelana, uma coroa, faceta direta, 
desgasta e coloca uma lâmina de porcelana. 
(Aula IV) Doenças do Periápice 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Periapicopatias crônicas 
Processos supurativos que apresentam proliferação microbiana de pequena Intensidade, 
longa duração, reabsorção óssea e são geralmente assintomáticos. 
O macrófago apresenta o antígeno ao linfócito TCD4 que vai interpretar o agente 
agressor de baixa intensidade (crônico) se fosse de alta intensidade (agudo), neste caso 
de crônico a resposta é especifica, tem especificidade nessa patologia, o macrófago 
apresenta o antígeno ao TCD4 que vai interpretar, vai recrutar linfócito B para se 
diferenciar em plasmócitos e secretar imunoglobulina ou antígeno especifico a esse de 
baixa intensidade. 
As periapicopatias ocorrem devido: a progressão da inflamação pulpar (a polpa 
necrosou), todo tecido que necrosou entra em contato com o LPs. 
 
Na opinião de vocês para ter lesão eu preciso ter bactéria? 
Para ter lesão precisa ter bactéria opinião de vários autores. 
Etiologia 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
� Físico = instrumentação, trauma, sob obturação (cone de guta percha 
passando 1mm) 
� Químico = Medicação intracanal 
� Bacteriano = bactéria (baixa intensidade) 
� Progressão das inflamações pulpares 
� Sequela de um abscesso apical agudo 
� Tratamento inadequado do canal 
 
Quadro Clínico 
� Geralmente assintomático 
� Detectado pelo exame radiográfico 
� Pode estar associado a uma fístula 
Tipos de Patologia 
� Pericementite crônica 
� Abscesso apical crônico 
� Granuloma apical 
� Cisto apical 
Pericementite crônica 
Processo de evolução lenta e sintomatologia leve ( dor surda ). 
Excetuando as originadas a partir de condição traumáticaFase de transição – Granuloma apical. 
Abscesso apical crônico 
Condição inflamatória crônica, caracterizada pela intermitente formação de pus nos 
tecidos que circundam a porção apical de um dente. 
Presença de fístula “Sinus Tract” 
Parúlides (abscesso gengival) 
Granuloma apical 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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É uma massa de tecido conjuntivo neoformado com inflamação crônica, que se forma 
em resposta a estímulos nocivos de baixa intensidade oriundos do canal radicular. 
Infecção ou irritação ( decomposição ou necrose da polpa dental)... 
 Histopatologia: ↑ fibroblastos, fibras, vasos, células mononucleares inflamatórias e 
ilhotas epiteliais... 
Radiografia 
 
Área radiolúcida de forma circular ou ovoide. 
Diagnóstico 
 
Assintomático 
Reabsorção óssea circunscrita 
Podem chegar até 10 mm 
Percussão - Negativa 
Mobilidade - Negativa 
Palpação - Negativa 
Teste de vitalidade - Negativa 
 
Cisto apical 
É uma cavidade patológica fechada revestida de epitélio, contendo um material líquido 
ou semi-sólido. 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Cisto baia Cisto verdadeiro 
 
 
Cisto baia 
Simon denomina de cisto baia uma lesão inflamatória apical com epitélio tapizando uma 
cavidade interrompida pelo ápice, que se acha protruso no interior da cavidade. 
Cisto verdadeiro 
Uma lesão inflamatória com epitélio recobrindo completamente uma cavidade sem a 
abertura ou a conexão do forame apical e canal radicular. 
(Aula V) Traumatismo Dental 
Lesões de extensão, intensidade e gravidade variável, de origem acidental ou 
intencional. 
Urgência odontológica atendimento rápido 
4 a 30 % da população em geral 
Tratamento é complexo (prognóstico muitas vezes é duvidoso) 
Documentação minuciosa do caso radiografias, fotografias, anotações 
Etiologia 
Anatomia 
Convulsões 
Maloclusões 
Quedas/Colisões 
Espancamento 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Acidentes de transito 
Brigas 
* Há diversos motivos para que ocorram os traumatismos dentários 
Os principais mecanismos que caracterizam os impactos determinantes do traumatismo 
são: 
A energia do impacto = Força, intensidade. 
Resiliência = Consistência e textura. 
A forma = Objeto rombo, pontiagudo. 
A direção = Forma central, inclinado. 
Faixa etária de 1 a 3 anos de idade 
O trauma pode afetar um ou mais dentes, mas geralmente a prevalência maior é no sexo 
masculino. O lado direito e esquerdo pode ser igualmente afetados. 
As luxações apresentam o tipo de traumatismo mais comum na dentição decídua à 
prevalência é de 14 a 36 %. 
O que devemos saber no primeiro momento: 
� Quando ocorreu? (Principalmente) 
� Onde ocorreu? 
� Como ocorreu? 
Anamnese 
Se a área estiver contaminada (área da lesão), devemos fazer uma limpeza. 
Assepsia da região afetada com gazes e soro fisiológico para tentar promover uma 
hemostasia e desinfecção dos tecidos lacerados (podemos usar a clorexidina). 
Observe: O teste de sensibilidade pulpar não deve ser realizado neste momento. Pois 
pode causar um falso negativo. 
Injuria por luxação 
� Concussão=> Lesões que envolvem estruturas de suporte dentário, sem perda e 
sem ruptura do ligamento. Ex: Só um baque. Pois, não há mobilidade, 
sangramento e nem deslocamento. 
Teste 
No teste de percussão é positivo. 
O teste de mobilidade é ausente 
Teste de vitalidade pulpar é positivo 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Então, isso significa que a polpa esta vital. 
Radiografia 
Encontramos nada 
Tratamento 
Nada, no máximo um alívio oclusal se estiver em contato prematuro. Desaparece com 
até um dia, uma semana. 
Avaliação radiográfica: 
Um mês, dois meses, um ano. 
� Subluxação=> Envolve estruturas de suporte dentário, mas não temos perda de 
substância, porém já temos ruptura do ligamento. Então, temos: Sangramento e 
pode ter mobilidade leve. 
Teste 
Palpação – positiva 
Percussão – positiva 
Mobilidade – Ausente e/ou pode existir uma mobilidade leve. 
Sensibilidade pulpar – negativo inicialmente 
Tratamento 
Não há necessidade, no máximo alívio oclusal, evitar trauma e mastigação. 
Medicamento 
Analgésico e anti-inflamatório 
Contenção 
Em alguns casos deve ser feita a contenção com fios ortodônticos por 15 dias, mas 
geralmente não é necessário. 
� Luxação Lateral=> Ocorre deslocamento excêntrico do elemento dentário 
geralmente para palatino ou lingual. 
Observa-se: 
Sangramento Sulcular 
Há comprometimentos de fibras 
Há deslocamento 
Teste 
Percussão – Positiva 
Palpação – Positiva 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Mobilidade – Positiva 
Sensibilidade – Negativa inicialmente 
A chance de o dente necrosar é muito grande, porém se o paciente é jovem e fizermos a 
manobra correta, pode ser que esse dente mantem a vitalidade, e caso contrario, terá 
reabsorção no dente, calcificação e aumento do espaço periodontal. Também pode ter 
fratura alveolar. 
Tratamento: 
Manter o dente no local 
Manter a pressão digital ou fórceps durante pelo menos cinco minutos. 
Logo, em seguida, devemos fazer a contenção. 
Sem fratura alveolar – contenção flexível => 15 dias 
Com fratura alveolar – contenção rígida => 30 dias 
Devemos tirar todo e qualquer trauma, bem como, fazer o alivio oclusal. 
Medicação 
Analgésico e anti-inflamatório 
Tratamento Endodôntico 
Não deve ser feito de imediato 
Devemos fazer um controle de 15 dias, 1 mês, 2 meses, 3 meses, 6 meses, 1 ano até 5 
anos. 
Com 1 mês já podemos fazer o teste de vitalidade, porém podemos esperar uns 2 ou 3 
meses para fazer esse teste. 
� Luxação intrusiva=> Deslocamento dentário no sentido apical, ou seja, em 
direção ao alvéolo. 
É a que provoca maior dano, principalmente, quando ela vai de encontro ao germe 
dental. 
Ela pode provocar: 
Anquilose 
Calcificação 
Necrose 
Reabsorção 
• Inflamatória 
• Substitutiva 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Observe: Não só na dentição decídua como na permanente. 
Teste 
Percussão: Som metálico (pois há atrito entre o dente e o osso) 
Palpação – positiva 
Mobilidade – Negativa 
Sensibilidade – Negativa 
Observe: Ás vezes existe fratura na raiz. 
IMPORTANTE‼! 
DENTE COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA 
Posicionamento ortodôntico ou cirúrgico 
Fazer o tratamento endodôntico 
Fazer uso de medicação intracanal por 60 ou 90 dias (Hidróxido de cálcio) 
No dente com rizogênese incompleta não fazemos o tratamento endodôntico porque 
ainda pode ocorrer o fechamento do ápice (apicigênese). 
Apicigênese=> É o processo fisiológico de fechamento normal do ápice radicular de 
dentes vitais que permite o termino do desenvolvimento da dentina radicular e também 
a formação do canal cementário, permitindo assim, que o canal radicular adquira forma 
e comprimentos normais. 
Apicigênese é definida como um tratamento da polpa com vitalidade em dente imaturo 
para permitir a complementação da formação radicular. Nestes dentes com exposição 
pulpar por cáries ou traumatismos, deve-se permitir a continuidade da formação 
radicular através de uma pulpotomia. Em dentes permanentes jovens, com exposição e 
vitalidade pulpar a inflamação fica, por muito tempo, limitada à sua porção superficial, 
sendo que o sucesso depende da extensão do dano pulpar e da possibilidade do dente ser 
restaurado. 
As caraterísticas desta terapia são: manter a integridade da bainha de Hertwig, 
deposição de dentina nas paredes do dente e desenvolvimento radicular normal, 
anatômico e histológico. A indicação da apicigênese é em dente imaturo com formação 
radicular incompletae lesão da polpa coronária, mas com polpa radicular sadia. A coroa 
deve estar preservada e com condições de ser restaurada 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Apificação=> É o fechamento apical induzida do ápice radicular de dentes necrosados, 
pela formação posterior de tecido mineralizado, determinando ou não o aumento do 
comprimento radicular. Devemos usar medicação para intervir o fechamento do ápice. 
O índice de reabsorção externa é elevadíssimo, então, o uso de medicação intracanal é 
uma tentativa de evita-la. O tratamento endodôntico deve ser feito depois de 60 ou 90 
dias, mas devemos fazer avaliação periódica para sabermos se esta evoluindo para uma 
reabsorção, abscesso e fistula. 
As características desta terapia são: indução de barreira apical, canal amplo, paredes 
finas e friáveis e menor comprimento da raiz. A indicação de apicificação é para 
pacientes jovens, com incompleta formação radicular e com dente possível de ser 
restaurado. 
� Luxação extrusiva=> Há um deslocamento coronário do elemento dentário. 
Mobilidade e sangramento (abundante), ou melhor, “dente cresceu”. 
Teste 
Negativo 
Há aumento no espaço do ligamento periodontal, existem diferenças nas alturas dos 
elementos dentários, pois até 2 mm não precisamos reposicionar. Acima disso, devemos 
reposicionar fazendo uma pressão digital. Ex: contenção flexível. 
Depois de 4 horas se o dente teve um deslocamento acima de 4 mm, talvez exige um 
tratamento cirúrgico para reposicionar esse dente. 
Devemos extrair, limpar e reimplantar o dente segundo alguns autores. 
Avaliação 
15 dias, 2 meses, 6 meses. 
� Avulsão=> O dente sumiu (concurso) 
Avaliar o grau de envolvimento radicular e o meio de transporte 
DENTE COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA 
Ex: A mãe reimplantou o dente 
Verificamos se o dente estar bem reimplantado 
Fazer uso de anti-inflamatório e antibiótico 
Fazer uso de vacina antitetânica 
Tirar o dente de oclusão 
Pode ser que haja vascularização 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Pode ter canal pequeno e calcificação 
Ex: A mãe não reimplantou o dente 
O dente no leite e no soro é viável por 6 horas 
Pegamos o dente e limpamos com jato de soro fisiológico e removemos o coagulo do 
alvéolo. 
Contenção flexível 
Antibiótico 
Vacina antitetânica 
Esperar revascularizar 
O dente muito sujo=> deixar banhado no cloreto de sódio por 20 min. 
Remover os restos necróticos com jato de soro e reimplantar o dente. 
DENTE COM RIZOGÊNESE COMPLETA 
Tratamento endodôntico no máximo em 10 dias 
O prognostico é desfavorável (anquilose e reabsorção) 
O controle deverá ser feito anual. 
(Aula VI) Tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta 
Aspectos radiográficos 
Ápice aberto 
Aspectos histológicos 
 
Ausência de dentina apical revestida por cemento
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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(Figura I) (Figura II) 
Diferença 
Pulpectomia=> Iremos remover toda a porção de tecido, no caso, a polpa. Se quisermos 
remover apenas uma parte, ou seja, somente em um terço, chamamos de pulpectomia 
parcial (remoção em parte do terço cervical ou médio do dente) no modo emergencial. 
Pulpotomia=> Tratamento para rizogênese incompleta a princípio a extirpação do 
tecido pulpar coronário e depois a colocação de um material sobre esse remanescente. 
(Figura I) 
Paciente jovem chega ao consultório com dor e no teste de sensibilidade o dente está 
vital, esse paciente sofreu no parque uma queda e fraturou esmalte e dentina (fratura 
simples) do elemento 21. Radiograficamente o ápice não se encontra fechado 
completamente. 
Vitalidade – positiva 
Percussão – Negativa 
Observe: Estágio de Nolla 
Tratamento: 
Pulpotomia, pois o dente está vital, ou seja, devemos induzir a apicigênese, ou 
melhor, formação do ápice. (apicigênese) 
(Figura II) 
Paciente estava com cárie e foi procurar atendimento odontológico para fazer uma 
restauração. Então, anteriormente ele estava com uma cárie, fez restauração e não sentiu 
mais nada. A polpa estava muito próxima do corno pulpar e acabou necrosando o dente. 
Vitalidade – Negativa 
Percussão – Positiva 
Observe: O dente esta Necrosado 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Pulpectomia (apicificação), ou seja, colocar o material que entre em contato com o 
ligamento periodontal para que estimule a formação do tecido mineralizado, na região 
para posteriormente fazer a obturação. 
 
 
(Figura III) Primeiro molar superior 
 
Lima Hedströem 
Chamadas de limas H, são torneadas a partir de uma haste circular com uma canaleta. 
São muito eficazes de seu bordo cortante sobre a dentina. Não deve ser giradas, pois são 
ineficazes e podem fraturar. Estão indicadas na instrumentação de canais retos e na 
preparação do terço cervical antecedendo o uso de limas de Gates-Glidden ou do uso do 
Orifice Shapers. 
 
(Lima Hedströem) 
 
Observe: O movimento da lima Hedströem é a limagem para cima e para baixo 
raspando contra as paredes. Se eu utilizo essa lima para fazer a instrumentação em um 
canal de um dente permanente, principalmente, em um dente com necrose pulpar 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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associado a uma lesão periapical, o movimento de limagem faz com que o remanescente 
da limagem vá para a região periapical. Por isso, não usamos esse tipo de lima para 
fazer a instrumentação. A lima ideal seria a lima K, pois o movimento dela é esquerda, 
direita e tração. 
 
Diagnostico e conduta clínica 
Quando um dente sofre um trauma, a vascularização é rompida, ele não recebe mais 
suprimento sanguíneo e dessa forma, os odontoblastos não conseguem formar dentina e 
os cementoblastos não conseguem formar cemento e a formação do dente é 
interrompida. Então, quando vamos tratar um dente que tem rizogênese incompleta 
devemos ter um cuidado maior porque é um dente que tem paredes mais frágeis, esses 
dentes não podem ser submetidos a processos de instrumentação normal, com o uso de 
Gates-Glidden, por exemplo, porque ela pode destruir todo o dente, já que a estrutura 
dele é mais frágil que o normal. 
Professor dá exemplo de um paciente, cuja radiografia mostrava que o dente em 
questão não tinha formação apical completa, os testes de vitalidade foram negativos e o 
paciente relatou que tinha sofrido trauma no elemento, sendo esse trauma bastante 
próximo à polpa. Então o trauma impossibilitou que houvesse a formação radicular 
completa. 
Então na rizogênese incompleta devemos observar os aspectos: o primeiro é o 
radiográfico, observamos o ápice radicular aberto e o segundo é o histológico que 
seria ausência de dentina apical e de revestimento de cemento no final da raiz. 
Características dos casos de rizogênese incompleta: 
Paredes radiculares extremamente finas e frágeis (por isso, não conseguimos, por 
exemplo, usar a Gates-Glidden, pois ela pode “rasgar” a raiz). Então tratamento 
endodôntico em dentes assim você usa uma ou duas limas, sem muito vigor na 
instrumentação. Você vai tentar desinfetar da melhor maneira possível. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Abertura apical com diâmetro superior ao do canal radicular. A abertura é 
divergente, portanto é difícil definir o CTR. 
Para o diagnóstico, observaremos a idade do paciente (geralmente pacientes jovens) e a 
radiografia, que deve ser de boa qualidade. O paciente pode ter sofrido um trauma, ou 
ter uma cárie muito extensa, que atingiu a polpa, enfim, todos esses casos que ocorrem 
antes que a formação apical estivesse completa. 
Na hora que iremos realizar um tratamento desse tipo, há essa grande dificuldade que é 
a divergênciado canal na porção final, então nesses casos selecionamos a 
odontometria na parte anterior à divergência. O CTR vai ser ali no limite da 
divergência (1 mm antes). 
Como se dá a instrumentação? 
Iremos usar limas de grosso calibre (terceira série, por exemplo) e entrar 
gradativamente, muitas vezes sem uso de Gates. Faremos a penetração desinfetante. 
Pegamos uma lima que se adapte a embocadura do canal e entramos devagar com ela. 
Muitas vezes, mesmo limas maiores não se adaptam, então o que terá que ser feito? 
Pressão lateral contra as paredes. (Entrar um pouquinho com a lima, jogar contra a 
parede, às vezes até lançar mão do movimento de limagem). Como que se define o 
movimento de limagem? Introdução da lima, pressão lateral contra as paredes e 
tração. 
Outro cuidado que temos que ter é com a solução irrigadora. A irrigação deve ser 
cautelosa, com bastante cuidado, às vezes lançar mão até da clorexidina; dependendo do 
caso, usar o hipoclorito menos concentrado (diluir água sanitária na água destilada 1:1, 
aí cai a concentração). Dá pra usar hipoclorito 2,5%? Dá, porém com bastante cuidado, 
porque pode ter extravasamento e causar complicações. 
Para tratarmos, estaremos diante de duas situações: Apicigênese e apicificação. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Apicigênese é o tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta em 
dentes com vitalidade pulpar. Então o paciente tem uma cárie muito extensa, aí 
quando vamos remover expomos a polpa e o dente ainda não tinha completado sua 
formação. 
BISHOP et ai (2001 ), concluíram que os problemas com as técnicas de apicigênese 
incluem reabsorção interna, calcificações distróficas no canal que podem complicar uma 
endodontia de sucesso, e necrose pulpar. Após três meses a um ano, o tratamento é 
considerado de sucesso senão houver sinais de doença clínica ou radiográfica e se a raiz 
se desenvolveu de um modo apical e engrossou lateralmente. 
Na apicigênese propiciaremos a manutenção da polpa pra que os odontoblastos 
continuem formando o terço apical. Então realizaremos uma manobra chamada 
pulpotomia (remoção da porção coronária da polpa). Então, a apicigênese é a formação 
fisiológica da polpa por meio da pulpotomia. 
FRANK (1966) em seu artigo, acredita que fazendo um preparo químico mecânico nos 
dentes não-vitais e com ápices incompletos, retirando todo tecido necrosado, fazendo 
uma boa irrigação com hipoclorito de sódio, secando e obturando provisoriamente com 
hidróxido de cálcio junto com paramonoclorocanforado, o ápice desse dentes sofrem um 
processo fisiológico e terminam sua formação apical. 
Apicificação é o tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta 
portadores de necrose pulpar. 
A apicificação é conseguida por meio de trocas de hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e MTA 
(Mineral Trioxide Aggregate). O Ca(OH)2 em contato com o tecido periapical favorece 
a formação de tecido mineral, então forma uma barreira ali. Como não tem mais polpa 
viva, onde o Ca(OH)2 está tocando fecha por mineralização, ocorre uma necrose 
química e vai ter formação de tecido cemento-osteóide. 
Na apicificação eu propicio o ápice a continuar se formando. Na apicigênese fecha onde 
está. 
Na apicificação eu realizo várias trocas de curativo até ocorrer àquela formação. Como 
vou verificar isso? Com um cone de guta percha! 
Você coloca Ca(OH)2 e pede para o paciente retornar depois de sete dias. Quando ele 
voltar, tira o Ca(OH)2 e irriga de novo, pra melhorar a limpeza. Aí você pega um cone 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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de guta percha e bater ali. Se vc sentir que ta tocando em tecido duro, tá bom teve a 
formação. Se não, se bater tipo em um colchão é a região periapical. O tratamento pode 
durar de 3 meses a 2 anos. Pode levar o Ca(OH)2 ao canal com lima, espiral de Lentulo, 
McSpadden, pode levar o Ca(OH)2 um pouquinho mais duro e condensar com 
condensador de Paiva. 
PITIFORD et ai (1996) fizeram um estudo examinando as respostas das polpas dentais 
de macacos, onde foram realizados capeamentos com MTA e hidróxido de cálcio. Após 
três meses, os autores não notaram nenhuma inflamação pulpar em cinco das seis 
amostras com MTA, e os seis dentes deste grupo tiveram uma ponte de dentina 
completa. Em contraste, todas as amostras capeadas com hidróxido de cálcio mostraram 
inflamações e a formação de ponte de dentina só ocorreu em duas amostras. Baseado 
neste estudo nota-se que o MT A tem grande potencial para ser usado como material de 
capeamento pulpar, durante a terapia da polpa vital. 
 
Como o Hidróxido de Cálcio age? 
Ele libera íons hidroxila, que são extremamente básicos. Quando eles entram em contato 
com o tecido, essa alcalinidade forma uma necrose no tecido e essa necrose de contato 
induz a mineralização. 
O Ca(OH)2 tem a mesma radiopacidade da dentina, mas pra ver na radiografia podemos 
misturar com substâncias radiopacificadora, como Óxido de Zinco, na proporção de 2:1, 
iodofórmio, entre outros. 
 
Nós iremos levar o Ca(OH)2 ao canal em veículos aquosos (água destilada, soro 
fisiológico, solução anestésica) ou oleosos(glicerina, paramono, azeite de oliva). 
 
Professor fala da Pasta Calen, que foi desenvolvida pelo professor Mário Leonardo. 
Ela é composta por Ca(OH)2, Paramonoclorofenol canforado e Polietilenoglicol, você 
compra na dental. Como usa? Tem um tubete de glicerina e a seringa ML (Mario 
Leonardo), aí você tira o embolo, coloca a agulha e enche com glicerina pra lubrificar 
a saída da agulha. Depois tira o tubete de glicerina, coloca a pasta e preenche todo o 
canal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Sequência do tratamento de dentes com rizogênese incompleta: 
• Abertura coronária 
• Cateterismo 
• Preparo cervical (lima mais grossa pra mais fina) 
• Determinar o CTR (1 mm aquém da divergência) 
• Colocar curativo de demora 
 
Obs: o localizador apical não é indicado em casos de rizogênese incompleta. 
Outras opções pra tratar dentes com rizogênese incompleta portadores de necrose 
pulpar: 
• Obturação imediata com pasta LC (pasta com Ca(OH)2, agente 
radiopacificador em veículo oleoso). É conhecida como pasta milagrosa. Ela 
libera ‘ions hidroxila de forma mais lenta devido à presença do veículo 
oleoso. 
• Tampão com Ca(OH)2 ou MTA (mais indicado hoje em dia, tem 
propriedades melhores que o Ca(OH)2, ele é mais biocompatível, tem 
melhor vedamento das paredes, não dissolve tão fácil). 
• Trocas de curativo com Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) (MAIS ACEITO) 
 
O cone de guta não vai travar no ápice, então temos que ter a barreira com Ca(OH)2 ou 
fazer um tampão de MTA pra fazer o limite. 
MTA 
 
Confecção do tampão apical: 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
Desinfecção inicial e irrigar, coloca medicação e manda o paciente pra casa ou faz logo 
o tampão apical e obtura. Depende da experiência do profissional. Você mistura o 
Ca(OH)2 com veiculo aquoso ou oleoso e vai levando ao ápice, condensando, formando 
uma barreira de 2 a 4 mm. 
Perguntaram se pode obturar com a pasta LC em dentes normais. Sim, mas o cimento 
tem melhor adesividade. A pasta LC também pode ser usada em casos de lesão muito 
extensa e infecção persistente, além da rizogênese incompleta. 
 
Apicigênese (pulpotomia) cai em concurso‼! 
Devem ser observados os seguintes aspectos: 
• Consistência firme da polpa 
• Hemorragia suave 
• Sangue com coloração vermelho vivo 
• Polpa rosa avermelhada 
Não tem muitos casos, mas é relatado na literatura. PODE dar certo. 
Você remove a polpa coronária e coloca HC na embocadura do canal. 
Técnicas: 
Imediata: Remoção da polpa com broca ou cureta + otosporim por 10 minutos, depois 
suga e irriga com soro e faz tampão com HCe restaura o dente 
Mediata: Remove a polpa + curativo de demora com otosporim + selamento provisório. 
Na outra sessão coloca hidróxido de cálcio e restaura 
Outra técnica: remove a polpa, irriga com agua de cal, por hidróxido de cálcio e restaura 
o dente. 
Pulpotomia alta: remove polpa só na exposição pulpar. 
Professor fala que proteção pulpar só é em caso de rizogênese incompleta. Quando 
expõe em dente permanente normal, eh pulpectomia. 
Após pulpotomia, proservar e radiografar. 
 
(Aula VII) Instrumentação de Molares 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
# 10 
# 15 
#20 
Largo I para o preparo cervical 
# 15 
#20 
S1 
S2 
F1 
F2 (opcional) 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO EM DENTES MOLARES 
Valem lembrar que molar, é dente difícil mesmo. Senão ia ser dente moleza e não 
molar. É difícil a posição dele, a localização dos canais, é complicado. Então molar é 
pra especialista, na minha opinião. 
 
Molar inferior 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
 
Molar superior 
Então a grande dificuldade desse dente é a sua complexa anatomia. Ele tem um sistema 
de canais dentro de si que dificulta bastante à limpeza. Se você for fazer um dente molar 
hoje, tem que ter níquel-titânio. Se for fazer um dente molar com a lima manual não dá. 
Além de ser cientificamente errado você está fazendo um procedimento atrasado. Por 
quê? Por causa das curvaturas fisiológicas da raiz dele. E isso dificulta a ação do 
instrumento manual. A partir da lima 25 atuando no molar, você já tem desvio nas 
raízes mesiais dos molares inferiores e nos canais vestibulares dos molares 
superiores, o palatino é um incisivo central e o canal distal quando se encontra 
apenas um também é um incisivo. Ou seja, a lima 25 é a última que pode atuar no 
molar. A 30 já desvia porque o aço dela é muito resistente. Não tem flexibilidade. 
Outra dificuldade dos molares é a presença de deltas-apicais, várias forâmens apicais. E 
isso exige uma técnica de obturação mais apurada. Se você for pela técnica de 
condensação lateral e se for um dente necrosado, muitas vezes você não consegue 
obliterar essas áreas de ramificação. Se tiver bactéria ai, o responsável pela desinfecção 
vai ser a solução irrigante e depois a obturação com cimento endodôntico, que só é 
possível com uma técnica que derreta a guta percha. A mais usada é a max paden que 
é uma broca que você liga no seu contra-ângulo normal e ai pelo atrito ela derrete 
a guta percha. Essa é a técnica indicada pra fazer molar. 
Mas aqui vamos aprender a técnica com a protaper manual. Chamamos isso de técnica 
híbrida. Uma técnica que a gente mesmo desenvolveu. Então a técnica é a seguinte: 
primeira coisa, bom e velho CTP, se você sabe o comprimento médio do dente, esse 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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CTP é uma maneira didática. O comprimento médio do molar é 21 ou 22, legal, acha o 
CTP desconta 2 mm por margem de segurança, ai você vai pra cirurgia de acesso. É 
complicado, na endodontia gente, você não vê mesmo! Na endodontia você VIAJA! 
Você não consegue enxergar que nem em outras disciplinas, então você tem que 
imaginar. Você imagina a anatomia, por quê? Os canais sempre estão no mesmo lugar. 
Por exemplo, tem a cúspide distovestibular, o canal distovestibular está sempre abaixo 
dessa cúspide. Então é uma coisa previsível. Igual às mulheres né?! 
Então vamos acessar, o quê que é importante na hora de acessar? Raio-x inicial pra você 
ter uma documentação, você vai realizar a abertura coronária visualizando primeiro o 
ponto de eleição. O ponto de eleição do molar é bem no centro do dente, com a broca 
esférica até cair no vazio. Depois vamos lembrar a direção de trepanação, qual que é 
essa direção? Paralelo ao longo eixo do dente. Diferente dos incisivos e caninos que 
você entra perpendicular ao longo eixo do dente num ângulo de 45 graus ou 90 graus. 
No molar SEMPRE É PARALELO. Pra quem está começando é bom sempre medir na 
radiografia pra verificar quanto deve entrar com a broca. Quando eu caio no vazio, o 
que proporciona? TETO. Teto são áreas que podem conter contaminação ou polpa 
necrosada, então eu tenho que remover isso. Eu começo removendo com a própria broca 
esférica, jogo ela um pouquinho para o lado e vou removendo de dentro pra fora. Então 
faço isso em todas as paredes. Pego o explorador para verificar se ainda tem teto, se 
travar ainda tem teto. Então continuo removendo. Depois disso uso uma broca tronco-
cônica pra dar divergências às paredes , deixando elas todas lisas sem irregularidades. 
Podemos optar pelo endo-Z (endo-zecria) a desvantagem dessa broca é o preço. Então 
podemos usar uma 2082 que é diamantada, e ela não tem corte na ponta. Mas com o 
tempo você vai precisar do corte na ponta. No molar, ainda tem uma característica 
anatômica que vai dificultar nossa instrumentação, que é uma área que seria a cópia da 
região do ligamento para dentro da raiz (da junção cemento-esmalte pra dentro da raiz) 
essa área é determinada constrição cervical. E isso dificulta a entrada da lima, essa 
“barriguinha” vai jogar minha lima para o outro lado. Eu entro no canal mesial e a 
minha lima esta para a distal, entenderam? Então eu tenho que tirar essa constrição com 
o meu preparador cervical: uma gattes ou um largo, pra que a minha lima entre reto no 
canal. Outra situação é que as outras paredes vão sendo prejudicadas em relação à 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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limpeza e modelagem. Isso ai você tira automático. Na hora que você entra com a gattes 
ela remove isso. 
A forma final do molar inferior é trapezoidal, com a base maior para mesial. Então 
tenho 2 canais na mesial e 1 na distal, posso ter dois na distal também. 
Então vamos lá, acesso do molar inferior, temos o canal disto vestibular, canal mesio 
vestibular temos: o rostrum canalis que é uma linha que leva você ao canal. E temos 
também o canal distal. O molar inferior pode ter 4 canais também, mesio vestibular 
,mesio lingual, disto vestibular e distolingual. 
E o molar superior? Como que ele é? A mesma coisa. Ponto de eleição no mesmo local. 
Tem autor que manda você preservar a ponte de esmalte, mas você tem que fazer o 
canal, se a ponte de esmalte não ficar beleza...DANE-SE. Você tem que acessar, a lima 
deve entrar reta no canal independente de ponte de esmalte. Broca esférica paralela ao 
longo eixo dos dentes. Cair no vazio, dar forma de conveniência e fazer desgaste 
compensatório, remoção da constrição cervical. Alguns autores mandam você fazer uma 
leve inclinação pra palatina, por quê? Porque o canal palatino é o maior. Uso meu 
explorador pra ver se eu retirei todo teto, ele deve passar liso. E no final passo uma 
tronco-conica ou uma endo Z pra deixar lisa a parede. O primeiro molar superior que é 
o bixo, por que ? 4 canais. O quarto canal esta na raiz mesial que é mais grossa. Vou 
cair no vazio,inclino um pouquinho pra palatina e acho o canal palatino,o outro canal 
que eu tenho que localizar é o mesiovestibular, então eu vou desgastando a mesio 
(cúspide). Numa linha reta entre o mesio e o palatino eu tenho o quarto canal ou 
mesiopalatino. Ai depois eu faço um semicírculo entre o mesial e o palatino, o canal 
distovestibular pode estar em qualquer lugar neste semicírculo, então eu vou cutucando 
ate achar.eles estão bem pertinho um do outro. Nunca estão longe um do outro. No 
máximo 2 ou 3 mm de distância. A forma final é triangular com base maior pra 
vestibular, que é onde estão os dois canais (mesio e o disto). 
Vou fazer agora o cateterismo, com uma lima fina pra conhecer o canal, oscilando e 
forçando pra baixo. Isso é super importante, porque vai mostrar pra você asdificuldades 
que você vai ter no tratamento do molar. Verificar se ta entrando reto. Entrar com a #10 
até o CTP. Fazer a mesma coisa com a #15. (antes disso você já fez isolamento) a #15 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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também deve chegar legal no CTP. Faz a mesma coisa com a #20, mas essa não tem a 
obrigação de chegar no CTP, porque dependendo do tamanho da região apical onde ela 
chegou , ela pode levar bactéria pra região periapical. A #10 e a #15 entram no meio da 
bactéria , sem leva-las para o periápice. A #20 como já é mais gordinha pode levar. Por 
isso ela não tem a obrigação de chegar onde a #10 e a #15 chegaram anteriormente. Isso 
para canal atresico. Então coloquei aqui didaticamente, CTP-2, só pra vocês terem uma 
medida. Pra facilitar o aprendizado. Então a 10 e a 15 podem entrar legal, e a 20 na 
medida menos 2. Se ela entrar todo não tem problema. E por fim cateterismo com a #25. 
A 25 tem menos obrigação ainda de entrar ate onde as outras chegaram. A 25 entra só 
pra delimitar a embocadura do canal , pra gattes entrar sem forçar muito, sem desviar o 
canal. Então didaticamente a #25 entra em ctp-3mm. Agora você vai fazer o preparo 
cervical com a broca largo 1 e 2 de 28mm. Como ela é pequenininha, você pode entrar 
com ela inteira, então na hora que o contra-ângulo tocar na cúspide você já sabe que ta 
bom, sem precisar medir (se o dente tiver coroa). No canal distal do inferior ou no 
palatino do superior você pode usar a 3 pra definir a região cervical. A largo também 
faz desinfecção e favorece a irrigação. Depois de usar a gattes ou a largo, você vai fazer 
a odontometria, você vai colocar as limas no canal até o CTP e radiografar. Confirmou a 
odontometria, vai preparar o terço apical. Com as mesmas limas...15,20,25. Por quê? 
Porque a 25 é a ultima a ter elasticidade aceitável para atuar no molar. Então você vai 
instrumentar o terço apical com essas limas no CTR. A partir da 30 pode ter desvio. 
Usamos o aço porque é mais resistente que o níquel-titânio, a parte mais fragio do 
níquel – titânio é a ponta. No distal inferior ou palatino dos superiores, por ele serem 
retos e volumosos eu tenho que continuar. Então uso a 30,35 e 40. Por quê? Porque eles 
são retos e amplos. As raízes curvas dos molares são? A mesial do inferior, e as 
vestibular do superior. Então como elas são retas posso usar aço-inox (distal do inferior 
e palatina do superior). Na raiz mesial eu vou utilizar o sistema protaper, então eu vou 
usar a branca que é a S2 e a ponta 19, a ponta dela parece uma lima 19. Porém esse 
sistema tem uma característica especial, ele tem conicidade variada. Não que nem a 
nossa lima manual que tem uma conicidade fixa de taper 2. Sobe de dois em dois até o 
cabo. Essa não, no começo é taper 2 , depois taper 5 , isso tudo pra você usar menos 
lima na instrumentação. É o único instrumento do mercado que tem conicidade variada, 
todos os outros têm conicidade fixa. Então pra finalizar a instrumentação eu uso a s2 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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que é o branquinho e a F1 que são limas de preparo apical. S=shaper (limas pra preparo 
cervical) e F=finish (limas pra preparo apical). Então terminamos com a F1. Essa é a 
técnica hibrida que a gente preconiza aqui na universidade. SÓ A GENTE NO MUNDO 
FAZ ASSIM! NINGUÉM MAIS. 
 
Limas Protaper e suas cores 
O sistema protaper são 8 instrumentos. Ele faz a modelagem com limas especiais, eles 
têm cone de papel especial com o mesmo diâmetro da lima e cones de guta-percha 
especial com o mesmo diâmetro da lima. Você usa só 1 então. Poe o cone lá e está 
obturado o canal. Corta e condensa. Você não precisa ficar enchendo de acessório. 
Lembrar sempre da manobra de patência. O quê que é a potência? Passar um 
pouquinho do CTR pra desobstruir a área que pode não ter sido instrumentada. 
As limas de potência universais são 10 e 15. Dente com lesão apical é obrigatório. 
E por fim, obturação. A técnica que utilizamos pra obturar é a técnica da compressão 
hidráulica que esta descrita do hélio pereira Lopes. Vocês devem dar uma lida nisso. 
Essa compressão é você pegar um cone M , se você terminou na F1. No canal distal o 
palatino você vai colar um cone M + 2 ou 3 acessórios. E na raiz mesial técnica hibrida. 
Então a sequencia da protaper é: cateterismo com a 10 e 15, preparo cervical com a s1 
tem a mesma função da largo e depois odontometria e vai direto no CTR com a S1 S2 E 
F1 . Os cones usados são M ou FM, pois é a técnica do cone único. 
(Aula VIII) Urgências e Emergências em Endodontia 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
“Uma Emergência verdadeira rompe o equilíbrio do paciente e o impede de executar 
atividades rotineiras” (Torabinejad, 2010) 
Endodontia em 90% dos casos. 
Na maioria dos casos, o paciente está com dor, e o que gera dor é a polpa, ou região 
perirradicular, então vai ter que fazer uma intervenção endodôntica. Não quer dizer que 
será feito o tratamento de canal. Às vezes vai precisar fazer, às vezes não vai, mas 
alguma coisa eu vou ter que fazer. Não adianta só passar uma dipirona na veia, porque a 
dor vai passar por um momento, mas uma hora depois vai voltar à dor. Então, resolveu? 
Não né. Então, se a pessoa só medicar não vai resolver, tem que haver alguma 
intervenção. E em qualquer doença, pra resolvê-la, tem que remover a causa e cessar o 
efeito. Por exemplo, se houver um espinho no meu dedo, eu vou tomar uma 
dipirona?não né, eu vou remover o espinho. A mesma coisa ocorre com o dente.( Gente, 
o prof fala várias vezes: não, né?) 
Qual a diferença de urgência e emergência? 
Emergência é quando há risco de morte. Dificilmente nós vamos pegar um paciente com 
risco de morte, eu nunca ouvir dizer que um cara morreu por estar com dor de dente. A 
pessoa sente muita dor, porque já está interferindo na vida do cara, então temos que 
intervir. Claro que infecções cruzadas, generalizadas podem levar a óbito mas não uma 
dor dente. 
Na urgência, não tem aquela questão de atender a pessoa naquele momento. Você pode 
marcar outra consulta, quando a pessoa quebrou a restauração por exemplo, claro que 
está incomodando, machucando a gengiva e a língua, entrando alimento, dando mau 
cheiro, porém é algo que dar pra esperar. Mas quando o cara chega desesperado de dor, 
e não conseguiu dormir, nem comer, nem dirigir, nesse caso já é uma situação que eu 
tenho que intervir o mais rápido possível. 
Torabinejad dá uma dica de fazer algumas perguntas pra você saber diferenciar quando 
vai ser uma urgência ou emergência: 
1. Seu problema está interferindo no sono, alimentação, trabalho, na concentração 
e em outras atividades diárias? 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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2. Há quanto tempo esse problema o aflinge? 
3. Precisou tomar algum medicamento para aliviar a dor? Ele foi eficaz? 
 
Então, após isso, você vai fechar o diagnóstico. Se for uma emergência, ele vai ter que 
fazer um tratamento imediato, quando o paciente está com muita dor . Se for urgência, 
eu vou marcar uma consulta( conveniência), em pacientes que precisam de atendimento 
mas podem esperar para serem atendidos em outra consulta, está incomodando mas 
pode esperar. 
Existem situações que não requerem terapia endodôntica: 
Hipersensibilidade dentinária ( na globo aparece a propaganda do colgate sensitive, de 
alguém tomando água gelada e sente dor, e após passar colgate sensitive alivia a dor). É 
uma dor aguda ( forte), pode até ser comparada com uma dor de quem já fez 
clareamento, fugaz ( bate o vento e dói), localizada, e provocada após estímulos 
mecânicos, osmóticos, térmicos( açaí, sorvete, café muito quente) e bacterianos. Muitas 
vezes é associada a recessão gengival promovendo a exposição dentinária na região 
cervicaldo dente. As vezes, o paciente se queixa de dor e você faz o teste com endoice e 
ele sente dor, e você faz o acesso, mas precisava abrir o dente?não .não precisava, era 
apenas sensibilidade dentinária pois o paciente tinha recessão gengival e tinha dentina 
exposta; não vai ser uma recessão enorme, as vezes é uma recessão muito discreta, de 1 
a 2 mm, já é o suficiente pra incomodar bastante.Em casos em que a pessoa tem 3mm 
de raíz pra fora, a pessoa nem sente mais, mas 1 mm de dentina exposta dói muito, pois 
já expos os túbulos dentinários. Então não tem necessidade de abrir o dente, se o mesmo 
está hígido. O quê que faz?recomenda-se colgate sensitive ( alívio temporário), pois 
essas pastas sensodyne, colgate sensitive vem com umas partículas, que quando você 
esfrega ou escova, essas partículas entram nos túbulos dentinários e vedam, então por 
isso a pessoa sente aquele alívio imediato. Outras alternativas de aliviar ou cessar a dor 
desse paciente com sensibilidade, seria fazer restaurações ( resina, ionômero de vidro), 
verniz fluoretado, laser terapia, pode passar adesivo também, mas ele pode ficar um 
pouco menos de tempo. A dor não cessa pra sempre, mas fica um bom tempo sem dor, 
se surgir dor um tempo depois, repete-se o método. Pode até jogar um jato de ar, pra 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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saber se o paciente ainda sente dor. Então, é importante lembrar que ninguém vai fazer 
logo a endodontia em um dente logo de cara, muito menos a exodontia. Por exemplo, 
quando eu corto o meu pé, eu vou amputar logo de cara?não né?vou passar methiolat, se 
não resolver, eu passo rifocina, se não resolver, eu dou um ponto, ou dois, ou vários, e 
se não der jeito aí tem que amputar mesmo. 
Pulpite Reversível: A dor é semelhante a descrita para hipersensibilidade dentinária. Os 
exames revelam cárie profunda ou recidivante( que são restaurações com cárie, e isso 
acontece ou porque o paciente não escovou os dentes, ou porque o dentista não removeu 
toda a cárie, por ter receio de expor a polpa). Lembrando que não é porque a cárie é 
profunda que o tratamento vai ser a endodontia, pois a pulpite pode ocorrer em 
restaurações extensas, recentes ou fraturadas sem exposição pulpar. O quê que acontece 
muito?o paciente fala que sua restauração de amálgama não é estético e quer mudar pra 
um material da cor do dente, então o dentista retira aquela restauração enorme de 
amálgama, ficando muito próximo da polpa, e por isso, o condicionamento ácido pode 
agredir a polpa pela grande proximidade, nesse caso pode gerar uma pulpite reversível. 
O tratamento é a remoção do tecido cariado ou restauração defeituosa e aplicação de um 
curativo a base de hidróxido de zinco e eugenol em dentes posteriores e em restaurações 
com resina é conveniente aplicar o cimento de hidróxido de cálcio e selar a cavidade 
com ionômero de vidro e restaurar de forma definitiva após duas semanas se o dente 
estiver assintomático. 
• Condições que requerem terapia endodôntica: 
Pulpite irreversível sintomática. Nesse caso, já atingiu a polpa, e as principais 
características são : dor espontânea, e de longa duração, pulsátil, exarceba a noite. Na 
pulpite irreversível, será feito o tratamento endodôntico e eu tenho que observar em 
relação : se eu estou com tempo disponível ou com limite de tempo. 
Tempo Disponível: faz-se o tratamento endodôntico 
Limite de tempo: 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Em dentes unirradiculares( incisivos centrais, laterais, caninos, e alguns pré-molares): 
faz-se a pulpectomia( remoção total da polpa) e depois medicação com o corticosteróide 
( Otosporin) pois é um antiinflamatório e a polpa ainda está viva e as vezes pode ficar 
um restinho de polpa lá no ápice, ou no corno pulpar e se ficar resto de polpa o paciente 
pode sentir dor. 
Em dentes multirradiculares( molares): faz-se a pulpectomia do canal mais amplo e 
medicação com corticosteróide. Em molares inferiores tem-se geralmente 3 canais, mas 
pode ser que tenha 4 ou 2, mas geralmente são 3. Os dois canais estão na mesial, sendo 
que um vai estar na vestibular, e chama-se mésio-vestibular , e o outro vai estar na 
lingual, e chama-se mésio-lingual, e outro canal vai estar na distal. O canal mais amplo 
é o distal. 
Já em molares superiores, há 2 canais na vestibular, e 1 canal na palatina, sendo que o 
canal mais amplo é a palatino 
Selamento coronário( provisório= cotosol, CIV, óx. de zinco e eugenol) e prescrição de 
analgésicos/antiinflamatórios (ibuprofeno) 1 ou 2 dias, e pra pacientes com intolerância 
a AINES recomenda-se o paracetamol. 
Dor de Origem perirradicular: 
Já tem agressão microbiana( liberação de mediadores químicos), compressão de fibras 
nervosas sensoriais, lig. periodontal que possui espaço limitado para se expandir, 
gerando a dor de origem perirradicular. 
OBS Importante : A cárie chegou na polpa, a polpa então necrosou, e se encheu de 
microorganismos e estes vão se proliferar no sistema de canais radiculares, liberando 
mediadores químicos até chegarem no periápice; e encontrarem o nosso sistema de 
defesa e nessa interação de microorganismos e macrófagos há formação de pus que é o 
exsudato, e esse exsudato vai comprimir as fibras nervosas, pois o mesmo não tem 
espaço para escoar pois ele fica entre o osso e o dente, por isso o paciente sente dor, e 
sente o dente crescido em alguns casos. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
helinaldouea@gmail.com 
 
 
 
O lig. periodontal possui espaço limitado para se expandir, gerando a dor de origem 
perirradicular. 
O tratamento: eliminção ou pelo menos a redução da população bacteriana intracanal ( 
através da instrumentação). Além disso, tem a patência, permitindo a drenagem, 
eliminação da causa principal da agressão, isto é, bactérias alojadas no 1/3 apical do 
canal, em íntimo contato com o lig. periodontal. 
Necrose Pulpar com periodontite apical aguda: 
� Dor intensa; 
� Test positivo de percussão e as vezes palpação; 
� Dor ao toque, o paciente sente o dente crescido; 
� Radiograficamente pode haver ou não o espessamento do lig. 
periodontal 
OBS: Como o conteúdo tóxico do canal é o responsável pela inflamação perirradicular, 
então a limpeza completa do canal em toda a sua extensão, por meio de técnicas 
progressivas de instrumentação, é o melhor procedimento de escolha para alívio da dor. 
Tratamento: Opção 1: Instrumentação completa do sistema de canais, irrigação com 
NaOCL A 2,5%), selamento coronário e prescreve analgésico/ antiinflamatório, alívio 
da oclusão. 
Opção 2: Quando há limitação da técnica, do tempo e da anatomia). Instrumentação dos 
1/3 cervical e médio, irrigando com NAOCL a 2,5%, colocação de uma mecha de 
algodão embebido em NAOCL na câmara pulpar impedindo a proliferação microbiana( 
máx. 7 dias), selamento coronário e prescrição de analgésicos/antiinflamatório, alívio da 
oclusão. 
OBS: Deve-se tomar cuidado com pré-molar, na hora de usar o cotosol, pois ele toma 
presa por expansão e quando ele entra em contato com a umidade ele vai começar a 
tomar presa, aí ele expande. Se o pré-molar estiver só com a parede vest. e ling. e vc põe 
o cotosol, na outra consulta o paciente volta sem a coroa. Então deve-se usar CIV. 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
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Abcesso Perirradicular agudo: 
� Dor espontânea, pulsátil, e dor a mastigação; 
� Teste de percussão e palpação é positivo; 
� Pode haver mobilidade e também envolvimento sistêmico como febre; 
� O tratamento evolui conforme o estágio de evolução do abcesso. 
Estágio inicial : sem tumefação, a dor é excruciante. O diagnóstico clínico é usualmente 
confundido com a periodontite apical aguda e só é confirmado quando há visualização 
de exsudato purulento drenado pelo canal após abertura

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