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NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 0 de 38 Equipe Professor Rômulo Passos NOVO CURSO DE PORTUGUÊS NA SAÚDE CONCORDÂNCIA VERBAL I Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 1 de 38 Concordância Verbal– Parte I Amiga (o), hoje, iniciamos o estudo dos temas relacionados à concordância verbal. Esse é um assunto que provoca muitas dúvidas, sobretudo para aqueles que não sabem estudá-lo de forma esquematizada e direcionada para provas de concursos públicos. Apenas de concordância verbal, são mais 40 regras específicas. Caso não abordemos o assunto da mesma forma pela qual as bancas o abordam, acabaremos dificultando o seu aprendizado. Esse é o objetivo desse e dos demais cursos elaborados pela Equipe Professor Rômulo Passos: o de oferecer-lhe um caminho efetivo ao domínio do conteúdo e à aprovação. Vamos lá ! Professor Rômulo Passos e Ciro Passos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 2 de 38 Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a concordância é o processo sintático segundo o qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às palavras de que dependem. O processo de concordância está implícito na forma de comunicação das pessoas. É um processo instintivo e ninguém, antes de falar, pensa e raciocina como deverá dispor das palavras, elas saem naturalmente: essa é a linguagem coloquial, a linguagem que utilizamos no nosso dia-a-dia. A linguagem informal aceita determinadas expressões e construções que a língua culta padrão desabona. É aqui que mora o perigo, as bancas costumam confundir os candidatos explorando justamente essa diferenciação. Observe: A concordância pode se dar com os nomes (concordância nominal) ou com os verbos (concordância verbal). Didaticamente, dividiremos o seu estudo para melhor compreensão das muitas especificidades que cercam a matéria. Veremos, a seguir, as principais regras de concordância verbal e nominal, sempre destacando a regra geral e, em seguida, as principais regras especificas, mantendo-se, é claro, o foco na metodologia da banca em estudo. Concordância •Já é duas e meia e nada desse menino chegar. Linguagem informal •Já são duas e meia e nada desse menino chegar. Norma culta padrâo Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 3 de 38 Observe as frases abaixo e preste atenção às formas verbais. Tente decifrar o que há de comum na flexão dos verbos. => Ou hospitais universita rios representam uma nova e atraente oportunidade de carreira aos profissionais da sau de. => Os brasileiros estão insatisfeitos com os servidos pu blicos prestados pelo Estado. => Na o foram os cursinhos, nem mesmo os professores, elas foram aprovadas porque acreditaram que isso seria possí vel, acreditaram que eram capazes, e estudaram bastante para que a aprovaça o acontecesse. E aí, o que há em comum entre as formas verbais destacadas? Ora mais, todas estão no plural para concordar com o sujeito ao qual se referem. Vejamos: Os hospitais representam... / Os brasileiros estão... / Elas acreditaram... A regra geral da concordância verbal é aquela em que o núcleo do sujeito determina a flexão verbal, conforme observada nos exemplos acima. Mas se fosse assim tão simples, esse assunto não seria um dos mais temidos pelos estudantes, até mesmo os mais preparados. Acontece que há dois problemas que levam os candidatos ao erro: (1) Dúvidas no reconhecimento do sujeito, e, portanto, a qual termo o verbo deve concordar; (2) Dúvidas em relação aos casos especiais de concordância que fogem à regra geral. No primeiro caso, trata-se de uma situação muito fácil de ser evitada, desde que o candidato reserve um pouco mais de atenção à análise das orações e períodos. No segundo caso, das exceções à regra geral, torna-se necessário o estudo e memorização de algumas normas aplicáveis a casos particulares. Concordância Verbal Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 4 de 38 Catalogamos mais de 40 regras especificas, apenas de concordância verbal. Estudá-las minuciosamente seria impraticável, infrutífero e um erro de estratégia da nossa parte. Aliás, o estudo dirigido é que tem trazido tantos bons resultados aos nossos alunos nos últimos concursos. Dessa maneira, iremos apresentar o tema na forma como as bancas, o fizeram nos seus concursos recentes. O verbo concorda com seu sujeito simples em pessoa (1ª, 2ª e 3ª) e em número (singular e plural). Observe: => Os alunos estudaram com motivaça o; => O Senado Federal apreciará a lei de cotas para concursos pu blicos federais. Nos dois exemplos acima, as formas verbais “estudaram” e “apreciará” concordam com o núcleo “alunos” e “Senado Federal”. Professor, muito fácil. Será que tem gente que erra esse tipo de concordância? Amiga (o), como tem! Mesmo se tratando de uma regra básica e elementar, há possibilidade da banca derrubar os candidatos mais desatentos. Vejamos: => A Ca mara dos Deputados apreciarão o projeto de lei de regulamentaça o das 30 horas semanais; => O espí rito revoluciona rio dos jovens e estudantes ainda sacudirão a alma conformada dos adultos. Você percebeu os erros de concordância nos períodos acima? Quem lesse desatentamente as sentenças, poderia julgar que as formas verbais foram corretamente flexionadas para concordar com os termos “deputados” e “jovens e estudantes”. No entanto, tais expressões não representam o sujeito da oração e consequentemente não interferem na concordância verbal. Corrigindo: A Regra Geral da Concordância Verbal Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 5 de 38 => A Câmara dos Deputados apreciará o projeto de lei de regulamentaça o das 30 horas semanais; => O espírito revoluciona rio dos jovens e estudantes ainda sacudirá a alma conformada dos adultos. Percebeu então a importância da correta identificação do sujeito da oração? Pois bem, quando o mesmo for simples, memorize: o verbo concordará com o seu núcleo em pessoa e número. Que tal praticarmos um pouco, com concordância é assim, só se aprende praticando. 01. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. Em “...determina forte inclinação para a dependência.” – o verbo sublinhado concorda com o seu sujeito, “drogas pesadas”. COMENTÁRIOS: Sendo o sujeito simples o termo “drogas pesadas”, o verbo “determina” está empregado erroneamente, pois deveria estar no plural, concordando com o sujeito da oração. Corrigindo teríamos: “Drogas pesadas determinam forte inclinação para a dependência.” Essa é a regra básica de concordância verbal, uma regra simples que é explorada na maioria esmagadora de questões sobre o tema. Para não esquecer jamais: REGRA GERAL DE CONCORDÂNCIA SUJEITO SIMPLES Verbo concorda com o núcleo do sujeiro em número e pessoa Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVOCurso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 6 de 38 . Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta. 02. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. Em “Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas...” – o verbo sublinhado poderia também estar no plural e não caracterizaria desobediência às normas gramaticais. COMENTÁRIOS: A regra básica de concordância verbal nos informa que o verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito simples. Portanto, para realizarmos a concordância verbal adequadamente, temos, antes de tudo, de identificar o sujeito, ou melhor, o núcleo do sujeito. No caso em tela, quem tem a ver com o uso de drogas? A resposta é simples: UMA dessas certezas. Como podemos observar, o núcleo do sujeito é o vocábulo “UMA” e com ele que o verbo “ter” concordará. O trecho “Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas...” respeita integralmente as normas gramaticais, posto que o verbo encontra- se na terceira pessoa do singular para concordar com o núcleo do sujeito “uma”. Ao contrário do sugerido pelo enunciado, traria incorreção gramatical o emprego do verbo no plural. Gabarito: Afirmativa incorreta. REGRA GERAL DE CONCORDÂNCIA SUJEITO SIMPLES Verbo concorda com o núcleo do sujeiro em número e pessoa Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 7 de 38 03. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. Em ““E os traficantes seduzem nossos filhos porque eles têm crescido fracos...” – o verbo sublinhado concorda com o seu sujeito, “os traficantes”. COMENTÁRIOS: A forma verbal “têm”, corresponde ao verbo “ter” conjugado na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. O verbo encontra-se no plural porque o núcleo do sujeito, “traficantes”, também se encontra no plural. Gabarito: afirmativa correta. 04. (EBSERH/SEDE/IADES) Com base na norma culta padrão, julgue a afirmativa seguinte. Em “... a redução do número de casos registrados em território nacional caiu...”, o verbo poderia ser substituído pela forma caíram para concordar em número e pessoa com “casos registrados”. COMENTÁRIOS: A questão abordou a regra básica da concordância verbal, ou seja, a concordância da forma verbal com o núcleo do sujeito simples. No entanto, a banca tentou confundi-la (o) empregando, no período, a expressão “do número de casos registrados”. Os mais desatentos acreditariam que a concordância se daria com essa expressão, sem perceber, contudo, que o núcleo do sujeito, na verdade, é o termo “a redução”, que obriga a flexão do verbo no singular. Gabarito: ao sugerir que a forma verbal em pauta poderia ser flexionada no plural a afirmativa encontra-se incorreta. Dica: sempre busque o sujeito ao qual o verbo se refere. Pergunte ao verbo “quem ou o que” pratica a ação. Por exemplo, na oração em tela, o que caiu? Ficou fácil, nâo! A redução caiu. “Redução”, portanto é o núcleo do sujeito e com ele o verbo deverá concordar. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 8 de 38 05. (EBSERH/SEDE/IADES/Adaptada) Com base na norma culta padrão, julgue a afirmativa seguinte. No trecho “... o engajamento de gestores, agentes de saúde e entidades parceiras também tem sido fundamental.”, o verbo deveria estar acentuado, já que se refere a um sujeito composto. COMENTÁRIOS: Mais do mesmo, a banca novamente explorou a regra geral de concordância verbal, pela qual o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito simples. A expressão “dos gestores, agentes de saúde e entidades parceiras” relaciona-se com o núcleo do sujeito “engajamento”, correspondendo, desta maneira, ao adjunto adnominal, que nesse caso não interfere na concordância verbal. Vamos novamente à nossa dica: pergunte ao verbo quem o que pratica a ação verbal? A resposta representa o sujeito da oração e com ele o verbo deve concordar. No caso, o que tem sido fundamental? “O engajamento”. Gabarito: ao sugerir que a forma verbal em pauta deveria ser acentuada (3ª pessoa do plural), a afirmativa encontra-se incorreta. 06. (CFA /IADES) Com base nos elementos linguísticos empregados no fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. Foi empregado o acento circunflexo em “têm”, pois o verbo ter na terceira pessoal do plural é acentuado. Fragmento do Texto: Devido a suas limitações físicas, biológicas e psíquicas, as pessoas têm necessidade de cooperar com outras pessoas para, em conjunto, alcançar objetivos. COMENTÁRIOS: Primeiramente, cabe ressaltar algumas particularidades em relação aos verbos “ter”, “vir” e “ver”. A conjugação desses verbos é muito explorada pelas bancas devido às semelhanças que possuem quanto à conjugação nas terceiras pessoas do singular e do plural no presente do indicativo. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 9 de 38 Vejamos: PRESENTE DO INDICATIVO Verbos VIR/ VER / TER ele/ela vem Vê tem eles/elas vêm veem têm Os verbos “ter” e “vir” são acentuados na terceira pessoa do plural, para diferenciá-los da terceira pessoa do singular. Por sua vez, o verbo “ver”, na terceira pessoa do plural, perde o acento da sua forma no singular. Essa diferenciação é um dos tópicos preferidos das mais diversas bancas. Voltando à concordância, nada de novo na presente questão, a banca novamente explorou a regra geral de concordância verbal, pela qual o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito simples. O verbo “ter” foi empregado na 3ª pessoa do plural para concordar com o núcleo do sujeito simples “pessoas”, que se encontra no plural. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se correta. 07. (UPE/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/FUNAPE) Ao construir o pensamento no texto abaixo, o autor cometeu um erro gramatical. Assinale a alternativa que aponta CORRETAMENTE o erro nele existente. "Os jovens andam aos bandos, os adultos aos pares, e os velhos simplesmente andam sozinhos" (Autor desconhecido) A) Um erro de grafia em relação ao termo "sozinhos". B) Um erro de regência no tocante ao trecho "Os jovens andam aos bandos". C) Um erro em termos da omissão da vírgula no trecho "os adultos aos pares..." D) Um erro de concordância no trecho "e os velhos simplesmente andam sozinhos" E) Um erro de flexão verbal em "os jovens andam aos bandos" COMENTÁRIOS: Amigos, a questão aborda, além da concordância verbal, os assuntos: figuras de linguagem e pontuação. Esse tipo de questão é uma tendência das bancas de concursos. Exigem-se do candidato a habilidade interpretativa e o raciocínio rápido. Vamos às alternativas: Na alternativa “a”, não há erro de grafia em “sozinhos”. Em “b” temos a regência perfeitamente aceitável para a forma verbal “andam”. Igualmente correta seria a construção “em bandos”. O item “c” trata de uma figura de linguagem já vista em aulas anteriores, a zeugma, tipo especial de elipse. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 10 de 38 A Zeugma é a omissão intencional de uma palavra na oração, facilmente perceptível na hora da leitura.Ex.: “Ando devagar porque já tive pressa. Levo este sorriso porque já chorei demais.” Note que o pronome ”eu” foi omitido intencionalmente várias vezes. A zeugma consiste, portanto, em omitir um termo já utilizado. Vejamos mais um exemplo: “Eu gosto muito de melancia, você, de melão.”. Perceba que em “você, de melão” houve a omissão do verbo “gostar”, que já havia sido utilizado. Pois bem, quando ocorre a omissão de um termo já utilizado na frase, a zeugma (a omissão) é marcada na escrita por uma vírgula. Na frase “os adultos aos pares“, houve um erro, pois o autor não marcou a omissão do verbo “andam” com a vírgula. O correto seria: "Os jovens andam aos bandos, os adultos ANDAM aos pares...” OU "Os jovens andam aos bandos, os adultos, aos pares...” Zeugma marcada pela vírgula A alternativa “c”, ao informar corretamente o erro, que consiste na omissão da vírgula, encontra-se correta e é o nosso gabarito. Vamos às demais alternativas: Nas alternativas “d” e “e”, não houve erro de concordância, já que os termos estão concordando todos no plural. Trata-se, mais uma vez, da regra geral de concordância verbal, a mais frequente em questões de concursos. Não esqueça jamais! Gabarito: nesses termos, a única alternativa que aponta corretamente o erro gramatical no texto de referência é a letra “c”. REGRA GERAL DE CONCORDÂNCIA SUJEITO SIMPLES Verbo concorda com o núcleo do sujeiro em número e pessoa Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 11 de 38 08. (UPE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/PAULISTA) Se no texto abaixo, o verbo fosse conjugado na 2a. pessoa do singular (mantendo-se o mesmo tempo verbal) e o termo "gente" fosse substituído por "mulheres e homens", estaria CORRETO o texto indicado na alternativa "Já vi gente cansada de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheci alguém sinceramente cansado de dinheiro." (Millôr Fernandes) A) Já viste mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheceste alguém sinceramente cansado de dinheiro. B) Já vistes mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecestes alguém sinceramente cansado de dinheiro. C) Já vereis mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecereis alguém sinceramente cansado de dinheiro. D) Já víeis mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecíeis alguém sinceramente cansado de dinheiro. E) Já vedes mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheceis alguém sinceramente cansado de dinheiro. COMENTÁRIOS: Mais uma brilhante questão. Em uma única questão, exigiu-se do candidato o conhecimento da conjugação e da concordância verbal e nominal. Vamos entender o que enunciado exige: 1º Busca-se o equivalente na 2ª pessoa do singular para as formas verbais “vi” e “conheci”, mantendo-se o mesmo tempo verbal (pretérito perfeito do indicativo). 2º Busca-se a correta concordância nominal do termo “cansado”, caso o vocábulo “gente”, fosse substituído por “homens e mulheres”. Os verbos “ver” e “conhecer”, no 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo assumem as formas “viste” e “conheceste”. No que se refere ao adjetivo “cansado”, ao se referir a dois substantivos masculino e feminino respectivamente, flexiona-se em número (plural) mantendo-se o gênero masculino. Logo, a forma adequada, no caso, é “homens e mulheres cansados”. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 12 de 38 Vamos às alternativas: Alternativa “a”: Esta frase se resolve pela aplicação das regras quanto à concordância de adjetivo com mais de um substantivo. Em “Já viste mulheres e homens cansados...”, o adjetivo “cansados”, que assume o papel de predicativo do objeto, está posposto aos substantivos “mulheres” e “homens”. Como vimos, deve, em tais casos, concordar com ambos no plural, prevalecendo o masculino. A concordância em 2ª pessoa também está correta nos verbos “viste” e “conheceste”. A construção trazida no item “a” respeita integralmente às regras gramaticais. Alternativa correta. Alternativa “b”: verificam-se alguns erros. A concordância se fez na 2ª pessoa do plural, “vós vistes”. Ainda, há erro quanto à concordância nominal, pois o termo correto seria “cansadOS”, pelo motivo já explicado acima. Alternativa “c”: “Vereis” além de estar na 2ª pessoa do plural está em tempo verbal diferente, visto que está no futuro. O mesmo ocorreu com “conhecereis”. Eis os erros da alternativa. Alternativa “d”: “Víeis” e “conhecíeis” também estão em tempo diferente, já que se apresentam na 2ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo. Ainda, o correto não é “cansadas”, mas sim “cansadOS”. Falsa. Alternativa “e”: Tanto “vedes” quanto “conheceis” estão no presente do indicativo, não mantendo o mesmo tempo proposto pelo enunciado: o pretérito perfeito do indicativo. Já o adjetivo “cansados” foi empregado corretamente. Falsa. Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa “a” encontra-se correta. 09. (UPE/ENGENHEIRO CARTÓGRAFO/SUAPE) Assinale a alternativa cuja sequência completa CORRETAMENTE as frases abaixo. A lei ............. se referiu já foi revogada. Os cálculos matemáticos ................ se lembraram eram enormes. O emprego ................ aspiras é extremamente importante. O conto de Machado ................. gostou foi premiado. A peça teatral ................ assistimos foi de uma sutileza política fantástica. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 13 de 38 A) que – que – que – que – que B) a que – de que – que – que – a que C) que – de que – que – de que – que D) a que – de que – a que – de que – a que E) a que – que – que – que – a que COMENTÁRIOS: O tema aqui é regência verbal, com ênfase nos casos do emprego do vocábulo “que”. Vamos preencher as lacunas ! A lei a que se referiu já foi revogada. Os cálculos matemáticos de que se lembraram eram enormes. O emprego a que aspiras é extremamente importante. O conto de Machado de que gostou foi premiado. A peça teatral a que assistimos foi de uma sutileza política fantástica. O verbo “referiu” exige a preposição a, logo o “que”, pronome relativo, rege-se por essa preposição. Já o verbo “lembrar” possui duas particularidades: Quando for pronominal – lembra-se – regerá a preposição de; quando não for pronominal – lembrar – não pedirá preposição. No nosso caso, ele é pronominal, regendo a preposição. Portanto está correta a oração “Os cálculos matemáticos de que se lembraram”. O verbo “aspirar” no sentido de desejar, almejar, é transitivo indireto, necessitando de preposição em seu complemento. O verbo “gostar” é transitivo indireto, regendo a preposição de. O verbo “assistir” no sentido de ver, olhar, é transitivo indireto, exigindo a preposição a. Gabarito: percebemos, assim, que o gabarito é a alternativa “d”, ao apresentar a sequencia correta do emprego adequado do pronome relativo “que”. 10. (GDF/ IADES /Adaptada) Com base no fragmento textual abaixo, julgue a afirmativa seguinte. Nos vocábulos “têm” e “vêm” em destaque, são utilizadasas mesmas regras para o uso do acento gráfico, embora essas formas verbais apresentem sujeitos diferentes. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 14 de 38 Fragmento do Texto: Hoje, a tradição e a religião, com seu enorme acervo de histórias, já não têm a mesma importância e, de certa forma, vêm sendo abandonadas. Como tudo muda tão rápido, o que pode nos emprestar uma identidade que diga o que somos? COMENTÁRIOS: Perceba o quanto as questões de uma determinada banca se parecem. A banca IADES, em certames diferentes, explorou a mesma regra de concordância. A regra básica de concordância verbal diz que o verbo concorda com o núcleo do sujeito ao qual se refere. Logo, o primeiro passo é reconhecer o sujeito, que muitas vezes pode estar distante do verbo ou envolto em meio a orações mais complexas e até mesmo oculto. Mas temos uma dica infalível para o reconhecimento do sujeito, não é mesmo? Pergunte ao verbo quem ou o que pratica a ação verbal. Simples assim! No caso em pauta, o que já não tem a mesma importância? O que vem sendo abandonada? A resposta está na ponta da língua: tradição e religião não têm a mesma importância; tradição e religião vêm sendo abandonadas. Como o sujeito possui dois núcleos, o verbo, obrigatoriamente, vai para terceira pessoa do plural. Simples assim! Mas a questão foi além da concordância verbal. Quanto à acentuação, realmente os vocábulos foram acentuados com base na mesma regra, ou seja, correspondem a terceira pessoal do plural do presente do indicativo. Quanto à coesão e à coerência, vimos que o sujeito para as duas orações é o mesmo, “a tradição e a religião”, acontece que ele encontra-se subentendido na segunda oração. Observe: “Hoje, a tradiça o e a religia o, com seu enorme acervo de histo rias, ja na o te m a mesma importa ncia e, de certa forma, [a tradição e a religião] ve m sendo abandonadas.” Gabarito: afirmativa encontra-se incorreta quando informa que as duas formas verbais em pauta apresentam sujeitos diferentes. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 15 de 38 11. (IDECI-CE/IBFC/adaptada) Com base no texto abaixo, compartilhado em redes sociais, julgue a afirmativa seguinte: Há um erro de concordância verbal. Fragmento do Texto: “Se os pais não impõe limites em seus filhos na infância, a vida se encarrega de fazer isso, e da pior maneira possível. Por isso EDUQUE passe valores e exemplos”. COMENTÁRIOS: Para o entendimento da questão, vamos reescrever a frase com as devidas correções. “Se os pais na o impõem limites aos seus filhos na infa ncia, a vida se encarrega de fazer isso, e da pior maneira possí vel. Por isso EDUQUE, passe valores e exemplos”. Há um erro de concordância verbal, pois o verbo “impor” está se referindo ao seu sujeito "os pais", que esta no plural. Por conseguinte, o verbo também deve ser escrito no plural: "os pais não impõem". Além disso, outros erros podem ser observados: 1. Há um problema de regência no verbo impor, que é transitivo direto e indireto. Quem impõe, impõe algo a alguém, logo o objeto indireto exige a preposição “a” e não “em” como trazido pelo texto. Corrigindo: “impõem limites (em) aos seus filhos” 2. Também observamos problemas de pontuação. Após a palavra "eduque", deve ser colocada a vírgula, pois temos uma enumeração. Gabarito: além de um erro de concordância verbal, verificam-se erros de regência e pontuação no texto em pauta, por conseguinte a afirmativa encontra correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 16 de 38 Identificamos na obra dos grandes gramáticos quase 40 regras especificas de concordância verbal. Como já falamos, estudá-las isoladamente não nos traria benefícios nessa altura do campeonato. Porém, após a análise de centenas de provas anteriores das mais diversas bancas de concursos, selecionamos as questões relacionadas ao nosso tema e através delas abordaremos as principais regras de concordância, na mesma ordem de sua relevância. 1. A concordância com o sujeito composto: Quando o verbo encontra-se após o sujeito composto, na ordem direta (sujeito + verbo + complementos), geralmente se apresentará no plural, salvo algumas particularidades listadas na tabela a seguir. Por sua vez, quando o verbo está antes do sujeito composto, ele vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. Veja este esquema com a regra quanto à variação do verbo quando o sujeito for composto. Observe: As Regras Especiais de Concordância Verbal Tudo depende da posição do verbo, antes ou depois do sujeito. Verbo no Plural • Sujeito composto + Verbo • Ex.: Um cálice e um pão compõem a Ceia. Verbo no Plural ou concordando com o primeiro núcleo • Verbo + Sujeito composto • Ex.: Compõem/Compõe a Ceia um cálice e um pão. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 17 de 38 Há, todavia, algumas particularidades: Situação Concordância Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos (ou quase). Verbo no plural ou no singular. Ex.: “A tranquilidade e a paz dominava/dominavam a imensa catedral” Núcleos do sujeito formam uma sequência gradativa. Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo conforta/confortam o coração aflito. Quando palavra resumitiva, como “nada”, “tudo”, “ninguém” etc. condensam o sujeito. O verbo deverá ficar no singular. Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o amedrontava.” Quando o sujeito apresenta a expressão “um e outro” Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. 12. (UPE/FARMACÊUTICO INDUSTRIAL/LAFEPE) Sobre Concordância Verbal, assinale a alternativa CORRETA. A) "saem, junto com a água, hormônios, anti-inflamatórios, antibióticos" - se os termos sublinhados estivessem no singular, a forma verbal "saem" poderia ficar no singular ou no plural. B) "alertar a população do grande risco que ela corre quando descarta" - se o termo sublinhado estivesse no plural, estaria correto o trecho: alertar as populações do grande risco que ela corre quando descarta. C) "A iniciativa que tem o apoio do CRF/MS faz parte do XXII Muteco” - se o termo sublinhado estivesse no plural, estaria correto o trecho: As iniciativas que tem o apoio do CRF/MS fazem parte do XXII Muteco. D) "A lei aprovada por unanimidade e sancionada pela prefeitura ainda não foi regulamentada" - se ao termo "lei" fosse acrescido "artigo", estaria correto o trecho: A lei e o artigo aprovados por unanimidade e sancionados pela prefeitura ainda não foram regulamentadas. E) "explica o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão" - se ao termo "presidente" fosse acrescido "diretor", obrigatoriamente o verbo se flexionaria no plural, concordando com ambos os sujeitos. COKENTÁRIOS: O tamanho da questão pode assustar os candidatos mais desatentos ou que não tenham ritmo de leitura, que não é o caso dos nossos alunos, não é mesmo ! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 18 de 38 Vamos às alternativas. Alternativa“a”: Quando o verbo está antes do sujeito composto, como é o caso desta alternativa, ele vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. Assim, poderia tanto ficar no singular, quanto no plural. Estas duas maneiras estariam corretas, observe: "saem, junto com a água, hormônios, anti-inflamatórios, antibióticos" ou "sai, junto com a água, hormônio, anti-inflamatório, antibiótico" Esse é o único cuidado que você deve tomar no que se refere à concordância com o sujeito composto. A alternativa encontra-se correta. Alternativa “b”: a sugestão proposta traria incorreção gramatical, posto que, pela regra geral de concordância, o verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo do sujeito simples. Assim, o termo “populações “ levaria obrigatoriamente o verbo para o plural, no caso, “alertar as populações do grande risco que elas correm quando descartas”. Alternativa “c”: O verbo “tem” se refere a “iniciativas”; deveria, portanto, estar no plural. Assim, se o termo “iniciativa” estivesse no plural, estaria correta a seguinte construção: “As iniciativas que têm o apoio do CRF/MS fazem parte do XXII Muteco”. Não se esqueça: os verbos “ter” e “vir” são acentuados na terceira pessoa do plural, para diferenciá-los da terceira pessoa do singular. Por sua vez, o verbo “ver”, na terceira pessoa do plural, perde o acento da sua forma no singular. Essa diferenciação é um dos tópicos preferidos das mais diversas bancas. Vejamos: PRESENTE DO INDICATIVO Verbos VIR/ VER / TER ele/ela vem Vê tem eles/elas vêm veem têm Alternativa “d”: Pasmem os senhores, mas o sujeito desta oração é tudo isto: “A lei e o artigo aprovados por unanimidade e sancionados pela prefeitura.”. Assim, como o adjetivo “regulamentadas” está posposto ao verbo e na função de predicativo, ele deverá obrigatoriamente ir para o plural e fazer a concordância com o masculino plural, já que temos substantivos de gêneros diferentes como núcleo do sujeito. Deveria ser Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 19 de 38 “regulamentadOS”. Esse é o único erro da sugestão propostas pela alternativa, aliás, um erro de concordância nominal. Alternativa “e”: a sugestão proposta pela alternativa encontra-se incorreta. Caso fosse adicionado o termo “direto” ao termo “presidente”, teríamos a construção de um sujeito composto. Nesses casos, quando o sujeito composto vem após o verbo, em uma ordem inversa, ele poderá concordar com ambos, no plural, ou com o mais próximo. Assim, a forma verbal “explica” poderia ser substituída normalmente por “explicam”. Vejamos: " explicam o presidente e direto do CRF/MS..." ou " explica o presidente e o direto do CRF/MS ..." Gabarito: nos termos apresentados a única alternativa verdadeira é a letra “a”. 13. (UPE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/PAULISTA) Observe o texto abaixo: "Temo a tua natureza; ela está demasiado cheia do leite da ternura.” (William Shakespeare) Sobre ele, assinale a alternativa CORRETA. A) O verbo sublinhado exige complemento regido de preposição. B) Nesse texto, o leitor é tratado na 2a. pessoa do singular. Caso fosse tratado na 2a. pessoa do plural, estaria correto o trecho: Temo a sua natureza. C) O autor cometeu um erro de concordância nominal. O correto seria: ela está demasiada cheia do leite da ternura. D) Se o termo "ela" estivesse no plural, estaria correto o trecho: Elas estão demasiados cheias do leite da ternura. E) Se o sujeito do verbo "temer" fosse "Eu e tua família", o correto seria: Eu e tua família tememos a tua natureza. COMENTÁRIOS: Mais uma questão que envolve diversos temas. Acostumem-se, essa é a tendência em concursos públicos. Vamos direto às alternativas, ok ! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 20 de 38 Alternativa “a”: O verbo “temer” é transitivo direto, não exigindo preposição, pois quem teme, teme algo ou alguém. Falsa. Alternativa “b”: Caso a concordância se realizasse em 3ª pessoa do plural, o correto seria: “temo a VOSSA natureza”. Falsa. Alternativa “c”: Nenhuma coisa nem outra. O termo “Demasiada” foi usado como advérbio, pois intensifica a ação do verbo “está”. Os advérbios são invariáveis, logo não admitem flexão de gênero (masculino/feminino) ou pessoa (singular/plural). Corrigindo temos: “...ela está demasiadamente cheia do leite da ternura.” Alternativa incorreta. Alternativa “d”: Mais uma vez, o erro foi usar o termo “demasiado” como adjetivo. Aqui nesta frase, está sendo empregado como advérbio atribuindo um circunstância de intensidade a ação verbal. Se o termo “ela” estivesse no plural, como sugerido na alternativa, teríamos: “Elas estão demasiadamente cheias do leite da ternura”. Observe que o verbo “estar” passou para o plural para concordar com o sujeito simples “elas”. O adjetivo “cheias” também foi flexionado no plural acompanhando o sujeito da oração. Alternativa incorreta. Alternativa “e”: Chegamos ao nosso gabarito, alternativa correta. Quando o verbo vem depois do sujeito composto, via de regra, ele vai para o plural. O verbo, todavia, poderá ficar no singular nas seguintes situações: Situação Concordância Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos (ou quase). Verbo no plural ou no singular. Ex.: “A tranquilidade e a paz dominava/dominavam a imensa catedral” Núcleos do sujeito formam uma sequência gradativa. Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo conforta/confortam o coração aflito. Quando palavra resumitiva, como “nada”, “tudo”, “ninguém” etc. condensam o sujeito. O verbo deverá ficar no singular. Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o amedrontava.” Quando o sujeito apresenta a expressão “um e outro” Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. Gabarito: nos termos apresentados a alternativa correta é a letra “e”. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 21 de 38 14. (UPE/PROFESSOR DE MÚSICA/SECRETARIA DA EDUCAÇÃO) Em relação à concordância verbal e nominal, assinale a alternativa que contém uma afirmação que CONTRARIA as normas gramaticais. A) Os professores de música foram tomados de uma emoção, de uma alegria, de um entusiasmo arrebatadores. B) A extraordinária Marilyn Monroe e Grace Kelly são atrizes inesquecíveis e não, professores. C) O aluno está meio desconfiado. Não acredita nas histórias que contam às professoras. D) Não compareceu à votação um por cento dos eleitores. E) Eu e você devemos ser muito cuidadosos com relação às informações que seremos chamados para dar sobre o desaparecimento da gravação. COMENTÁRIOS: A questão exige dos candidatos os conhecimentos a respeito da concordância verbal e nominal. Vamos às alternativas: Alternativa “a”: Quando o verbo vem depois do sujeito composto, via de regra, ele vai para o plural. O verbo, todavia, poderá ficar no singular nas seguintes situações: Situação Concordância Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos (ou quase). Verbo no plural ou no singular. Ex.: “A tranquilidade e a paz dominava/dominavam a imensa catedral” Núcleos do sujeito formam uma sequência gradativa. Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo conforta/confortamo coração aflito. Quando palavra resumitiva, como “nada”, “tudo”, “ninguém” etc. condensam o sujeito. O verbo deverá ficar no singular. Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o amedrontava.” Quando o sujeito apresenta a expressão “um e outro” Verbo no plural ou no singular. Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. É o que podemos observar em “emoção”, “alegria” e “entusiasmo”, ou seja, ocorre uma gradação, que permite que o verbo fique no singular ou no plural. Correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 22 de 38 Alternativa “b”: A concordância da palavra “extraordinária” com “Marilyn Monroe e Grace Kelly” está perfeita, pois a regra aplicada aqui é a do adjetivo anteposto a uma sequência de substantivos, situação em que deve fazer a concordância com o substantivo mais próximo. Igualmente, poderia ter ocorrido a concordância com ambos os substantivos, neste caso, empregando “extraordinárias”. O erro da alternativa foi usar o termo “professores”, ao contrário de “professoras”. Alternativa falsa, logo o nosso gabarito. Nas demais alternativas, “c”, “d” e “e”, não verificamos nenhum erro gramatical. Não oferecem nenhuma complexidade. Gabarito: a única alternativa incorreta é a letra “b”, logo o nosso gabarito. 2. A concordância com a palavra SE: A concordância com o vocábulo “SE” é de longe o tópico mais explorado pelas bancas quando tratam das regras especiais de concordância verbal. Portanto daremos uma atenção especial a essa palavrinha de uma silaba só, mas que provoca tanta confusão no mudo da gramática. Referimo- nos a ela como o “Diabinho da Tasmânia” da língua portuguesa. Agora, vejamos como esse tópico caiu nas provas. 15. (CRO-AL/IDECAN) Assinale a opção em que a concordância NÃO está plenamente em acordo com a norma culta. a) Vendem-se casas com garagem. b) Precisam-se de bons atendentes. c) Compra-se este imóvel. d) Alugam-se carros de passeio. e) Definiu-se o seu destino na reunião. COMENTÁRIOS: A questão explorou o vocábulo “SE” quanto às suas funções de pronome apassivador ou índice de indeterminação do sujeito. Para essa diferenciação temos uma regra básica relacionada à transitividade verbal, vejamos: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 23 de 38 Isso posto, voltemos às alternativas: Na letra [a], em “Vendem-se casas com garagem”, o verbo vender é transitivo direito, pois quem vende, vende algo. Nessa situação, o “SE” é pronome apassivador e o verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo do sujeito paciente “casas”. A mesma relação é observada nas alternativas [c], [d] e [e], nas quais se verificam os verbos transitivos diretos “vender”, “definir” e “alugar”. Em todas elas o verbo foi flexionado corretamente para concordar com o respectivo núcleo do sujeito. Já na alternativa [b], tem-se um verbo transitivo indireto (quem precisa, precisa DE algo ou alguém). Nessa hipótese, o vocábulo “SE” exerce o papel de índice indeterminador do sujeito, obrigando que o verbo fique invariável na terceira pessoa do singular. Aqui está o item incorreto ao qual o enunciado se refere. Corrigindo temos: “Precisa-se de bons atendentes”. Gabarito: a alternativa incorreta é a letra [b]. 16. (CFA /IADES/Adaptada) Com base nos elementos linguísticos empregados no fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. Fragmento do Texto: No trecho “Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.”, assinale a alternativa correta em relação aos aspectos gramaticais. O uso da forma verbal “se formam” no plural, atende às exigências de concordância com o termo “padrões” e seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no singular. Verbo Transitivo Direto SE = pronome apassivador O verbo sempre varia com o sujeito Verbo Transitivo Indireto, intransitivo ou de ligação SE = índice de indeterminação do sujeito. O verbo não varia e fica na 3ª pessoa do singular Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 24 de 38 COMENTÁRIOS: Primeiramente, identifiquemos o trecho ao qual o enunciado se refere: “naturalmente se formam ‘padro es’ de uso” A banca novamente explorou a concordância dos verbos transitivos diretos acompanhados da palavra “SE”. Já sabemos que essa situação caracteriza a voz passiva sintética, na qual o “SE” classifica-se como pronome apassivador e o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente. Sendo assim, devemos identificar quem é o sujeito e o seu respectivo núcleo. Para isso, temos uma regrinha básica, lembra-se? Vejamos: Gabarito: corretamente, o uso da forma verbal “formam” no plural, atende às exigências de concordância com o termo “padrões”, no entanto não seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no singular. Por conseguinte, a afirmativa encontra-se incorreta. 17. (FCS-MG/ /IBFC) Considere o período seguinte e julgue a afirmação abaixo. Na atualidade, percebe-se grande preocupação dos órgãos oficiais com relação ao grafite e à pichação. Se o substantivo “preocupação” fosse colocado no plural, o verbo ficaria “percebem-se”. COMENTÁRIOS: Dica: Pergunte ao verbo “quem ou o que” pratica a ação. Por exemplo, na oração em tela, o que se formam? Ficou fácil! Padrões de uso são formados. “Padrões”, portanto é o núcleo do sujeito e com ele o verbo deve concordar. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 25 de 38 Grave a seguinte regra: O verbo “perceber” é transitivo direto, pois exige um complemento sem preposição (Quem percebe, percebe alguma coisa). No caso apresentado, o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito simples "preocupação". Ora, se o sujeito for colocado no plural, o verbo também deverá ficar no plural. Portanto a frase seria reescrita corretamente da seguinte forma: “Na atualidade, percebem-se grandes preocupaço es dos o rga os oficiais com relaça o ao grafite e a pichaça o. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se correta. 18. (MP-SP/IBFC) Considere o período abaixo e julgue a afirmativa seguinte. Comentou-se os novos casos de corrupção no estado. Nesse sentido, há erro de concordância verbal? COMENTÁRIOS: Não custa repetir: Isso posto, voltemos ao enunciado: Na oração “Comentou-se os novos casos de corrupção”, o verbo comentar é transitivo direto, pois exige um complemento sem preposição (Quem comenta, comenta algo). Nesse sentido, o verbo sempre varia com o sujeito, e o “SE” classifica-se como pronome apassivador. Pois bem, o verbo comentar deve concordar com o núcleo do sujeito "novos casos". Corrigindo a oração em pauta temos: “Comentaram-se os novos casos de corrupção no estado”. Verbo Transitivo Direto + SE Sujeito Apassivador O verbo sempre varia com o sujeito Verbo Transitivo Indireto, intransitivo ou de ligação + SE Sujeito Indeterminado O verbo não variae fica na 3ª pessoa do singular Verbo Transitivo Direto + SE Sujeito Apassivador O verbo sempre varia com o sujeito Verbo Transitivo Indireto, intransitivo ou de ligação + SE Sujeito Indeterminado O verbo não varia e fica na 3ª pessoa do singular Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 26 de 38 Gabarito: a afirmativa encontra-se correta, posto que há evidente erro de concordância verbal na oração trazida pelo enunciado. 19. (INEP/IBFC) Considere o período e as afirmações abaixo. Não obedeceu-se todos os itens do regulamento. I. Deveria ter sido usada a próclise. II. Há um erro de concordância, pois o verbo deveria estar no plural. III. Há um erro de regência verbal. Está correto o que se afirma somente em a) I b) II c) III d) I e II e) I e III COMENTÁRIOS: Antes, vamos reescrever a frase do enunciado corretamente: “Na o se obedeceu a todos os itens do regulamento. Quanto à colocação pronominal, realmente a próclise deveria ter sido empregada, pois o advérbio "não" atrai o pronome obliquo para perto de si e antes do verbo. Vimos, detalhadamente, essas regras em nossa segunda aula relativa aos pronomes. O item, portanto, verifica-se correto. No que se refere à concordância verbal, não se observa erro algum, pois o verbo obedecer, como verbo transitivo indireto que é, quando acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito “SE”, não varia, posto que o sujeito é indeterminado. Permanece, então, invariável na terceira pessoa do singular. O item encontra-se incorreto. Tratando-se do tema regência verbal, aqui se observa uma incorreção: o verbo obedecer é transitivo indireto e exige a preposição “a” antes do seu complemento, o objeto indireto. Mais um item correto. Gabarito: nessa tela, considerando que apenas o segundo item encontra-se incorreto, o gabarito da questão é a letra [e]. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 27 de 38 20. (SECULT-PB/IBFC/Adaptada) Na oração “Devem-se avaliar todos os aspectos do problema”, há um erro de concordância verbal, pois o correto é “deve-se avaliar”? COMENTÁRIOS: No enunciado da questão, temos uma locução verbal formada pelo verbo principal "avaliar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". Veja que nas locuções verbais o verbo principal não pode variar, pois se encontra em uma das formas nominais (infinitivo, particípio ou gerúndio). O verbo auxiliar é quem varia, ou seja, é ele quem concorda com o núcleo do sujeito, no entanto é comandado pelas características e transitividade do verbo principal. Mesmo permanecendo invariável, o verbo principal transmite a sua transitividade ao verbo auxiliar. No caso em pauta, o verbo principal "avaliar"é transitivo direto, pois exige um complemento sem preposição (Quem avalia, avalia algo). Os verbos transitivos diretos quando acompanhados do pronome apassivador “SE” concordam em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente, que na oração em pauta encontra-se no plural. Dessa forma, o verbo auxiliar também vai para o plural. Gabaritos: nos termos apresentados, não se verifica qualquer erro na oração “Devem-se avaliar todos os aspectos do problema”, portanto o enunciado encontra-se incorreto. 21. (FUNED-MG/IBFC) Considere as orações abaixo. I. Não se tratam de questões relevantes. II. Não se devem considerar problemas pessoais no trabalho. De acordo com a norma culta, a) somente I está correta. b) somente II está correta. c) I e II estão corretas. d) nenhuma está correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 28 de 38 COMENTÁRIOS: Vamos revisar mais uma vez a nossa regra básica: Agora vamos resolver a questão. O verbo “tratar” é transitivo indireto, pois exige um complemento com preposição (Quem trata, trata de alguma coisa). No primeiro item, o verbo deve ficar obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular, pois a oração não apresenta sujeito. A oração possui incorreção gramatical e deve ser reescrita da seguinte forma: “Não se trata de questões relevantes”. Já no segundo item, o verbo “dever”, como transitivo direto que é, exige um complemento sem preposição e concorda com o núcleo do sujeito "problemas". Ora, se o sujeito for colocado no plural, o verbo também deverá acompanhá-lo, conforme observado. A redação da oração “Não se devem considerar problemas pessoais no trabalho” encontra-se, pois, correta. Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa correta é a letra [b]. 22. (ILSL-MG/IBFC) Considere as orações abaixo. I. Devem-se pensar em todos os aspectos do problema. II. Devem-se analisar todos os aspectos do problema. A concordância está correta em a) somente I. b) somente II. c) I e II. d) nenhuma. Verbo Transitivo Direto + SE Sujeito Apassivador O verbo sempre varia com o sujeito Verbo Transitivo Indireto, intransitivo ou de ligação + SE Sujeito Indeterminado O verbo não varia e fica na 3ª pessoa do singular Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 29 de 38 COMENTÁRIOS: Quando dois ou mais verbos têm valor de um, eles formam uma locução verbal, expressão que é sempre composta por um verbo auxiliar e um verbo principal. Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Entendido o que representa uma locução verbal, passemos à analise dos itens. Na oração “Devem-se pensar em todos os aspectos do problema”, presente no item I, temos uma locução verbal formada pelo verbo principal "pensar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". Saiba que nas locuções verbais o verbo principal não pode variar. O verbo auxiliar é quem concorda como o sujeito conforme a transitividade do verbo principal. Melhor dizendo, muito embora o verbo principal não varie, a sua transitividade é quem determina a flexão do verbo auxiliar. Voltando à primeira oração, o verbo “pensar” é transitivo indireto e exige um complemento com preposição, pois quem pensa, pensa em algo ou em alguém. Sabemos que os verbos transitivos indiretos, quando acompanhados do vocábulo “SE”, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular, posto que o sujeito, no caso, é indeterminado. Se o verbo principal está impedido de flexionar-se em número e pessoa, como observamos no caso, ele transmite essa condição para o verbo auxiliar, que também passa a não variar, mantendo-se na terceira pessoa do singular. Corrigindo a frase temos: “Deve-se pensar em todos os aspectos do problema”. No segundo item, muito embora se observe o mesmo verbo auxiliar, temos uma situação oposta à apresentada no item I. Na oração “Devem-se analisar todos os aspectos do problema”, o verbo principal é transitivo direto e exige um complemento sem preposição, pois quem analisa, analisa algo. Sabemos que os verbos transitivos diretos, quando acompanhados do pronome apassivador “SE”, variam de acordo com o núcleo do sujeito paciente. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 30 de 38 No caso,o verbo principal obriga o seu verbo auxiliar a concordar com o núcleo do sujeito "aspectos". Não vemos, portanto, qualquer incorreção na redação do item II. Gabarito: considerando que apenas a oração presente no segundo encontra-se correta, a letra [b} corresponde ao nosso gabarito. 3. Orações sem sujeito ou sujeito inexistente: Aqui, cabe fazermos uma breve revisão sobre os casos de orações sem sujeito. Elas representam as orações formadas exclusivamente pelo predicado, que não se refere a sujeito algum. Como os verbos são impessoais, o sujeito é inexistente. Hipóteses de ocorrência do sujeito inexistente: 1º. Verbo haver com valor semântico de existir ou de tempo passado: Havia dezenas de questões complicadas na prova; Há horas que venho tentando convencê-lo. 2º. Verbos indicando fenômeno da natureza: Trovejou a noite inteira. 3º. Verbos fazer com valor semântico de tempo decorrido ou metrológico: Faz anos que não o vejo. Faz muito frio em São Paulo, nesta época do ano. Todos os verbos destacados acima, por serem impessoais, encontram- se na terceira pessoa do singular. Essa, aliás, é uma regra de concordância verbal muito importante e recorrente em provas de concursos públicos. Vejamos outros exemplos: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 31 de 38 Em todos os exemplos acima, os verbos são impessoais e encontram- se na terceira pessoa do singular obrigatoriamente. Mas professor, o verbo deveria concordar com o sujeito, não? Amiga (o), isso mesmo, no entanto, nos casos indicados, as orações não possuem sujeito, melhor dizendo, o sujeito é inexistente, e por esse motivo é que os verbos, ditos impessoais, não variam permanecendo na terceira pessoa do singular. Parece simples, e de fato é, porém muitos erram. Vamos fazer um teste, verifique se há algum erro de concordância nas frases abaixo: => “Se houverem muitos candidatos, na o se preocupe, voce s esta preparado”. => “Fazem meses que ele saiu de casa”. Os verbos em destaque estão no plural em flagrante erro de concordância verbal. O verbo haver, quando no sentido existir, e o verbo fazer exprimindo tempo decorrido, são impessoais e deveriam permanecer na terceira pessoa do singular. Corrigindo: => “Se houver muitos candidatos, na o se preocupe, voce s esta preparado”. => “Faz meses que eles saiu de casa”. Quando presentes nas locuções verbais, os verbos impessoais “haver”e “fazer”transmitem sua impessoalidade aos verbos auxiliares, que Choveu muito nos Estados Unidos no último ano. Verbo indicando fenômeno meteorológico Haverá dificuldades, mas vocês se darão bem na prova. Verbo haver empregado no sentido de existir Havia meses que não saia de casa. Verbo haver indicando tempo transcorrido Faz dois anos que nos casamos. Verbo fazer no sentido de tempo transcorrido Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 32 de 38 também passam a não variar, mantendo-se na 3ª pessoa do singular. Observe os exemplos abaixo: => Va o fazer quatro dias que saiu o gabarito definitivo (errado). => Vai fazer quatro dias que saiu o gabarito definitivo (certo). => Podem haver mais de uma questa o anulada (errado). => Pode haver mais de uma questa o anulada (errado). Vejamos como essa parte da matéria foi explorada pelas bancas de concursos. 23. (HU-UFPI/IADES/Adaptada) Em relação ao texto abaixo, julgue o item a seguir. O verbo “haver”, em destaque, está empregado incorretamente, pois deveria concordar com o sujeito da oração principal. Fragmento do Texto: O Sistema representa um desejo há muito aspirado por todos que utilizam as informações de saúde como base para elaboração do seu trabalho, tanto no aspecto operacional quanto gerencial. COMENTÁRIOS: Antes, vejamos à qual trecho o enunciado se refere: O Sistema representa um desejo há muito aspirado por todos O verbo haver está empregado no sentido de tempo passado e, portanto, é impessoal. Deve, pois, permanecer invariável na terceira pessoa do singular. Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta, posto que o verbo haver foi empregado adequadamente no texto. 24. (UPE/ENGENHEIRO CARTÓGRAFO/SUAPE) “Sei que ainda há muitos descontentes.” A seguir, apresentam-se várias reconstruções da frase, ora com o verbo haver, ora com o existir. Uma construção, entretanto, é inadmissível quanto à concordância. Assinale-a. A) Sei que ainda existirão muitos descontentes. B) Sei que ainda deverão haver muitos descontentes. C) Sei que ainda podem existir muitos descontentes. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 33 de 38 D) Sei que ainda existem muitos descontentes. E) Sei que ainda vai haver muitos descontentes. COMENTÁRIOS: O verbo haver no sentido de “existir” é impessoal, assim como quando empregado indicando tempo passado ou a transcorrer, não possuindo sujeito e apresentando-se na terceira pessoa do singular. Ele transmite essa impessoalidade para o verbo que o acompanha quando componente de locução verbal. Simples assim ! Já o verbo existir não possui essas particularidades. Ele deve ser conjugado normalmente como qualquer outro verbo. Vamos às alternativas: Alternativa “a”: Correta, pois o verbo está flexionado normalmente e concordando com o seu sujeito “muitos descontentes”, que está no plural. Trata-se da regra básica de concordância verbal. Vamos relembrá-la ! . Alternativa “b”: Na norma culta, não se aceita a forma “deverão haver”, já que o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, passando a impessoalidade para o verbo auxiliar. Assim, o correto seria “deverá haver”. Falsa. Alternativa “c” e “d”: Correta, pois o verbo está flexionado normalmente. Alternativa “e”: Correta, pois o verbo haver está indicando tempo a transcorrer, situação na qual ficará na terceira pessoa do singular e transmitirá a impessoalidade para o verbo auxiliar, fazendo com que ambos fiquem no singular. Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa “b” está incorreta, logo é o nosso gabarito. REGRA GERAL DE CONCORDÂNCIA SUJEITO SIMPLES Verbo concorda com o núcleo do sujeiro em número e pessoa Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 34 de 38 25. (UPE/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO/TÉCNICO EDUCACIONAL) Sobre CONCORDÂNCIA NOMINAL e VERBAL, analise os itens abaixo. I. “Essa idéia, aliás, é errada” – se o termo sublinhado fosse substituído por comentários, estaria correto o período: Esses comentários, aliás, são errados. II. “...a escola tem que compactuar ...” – pluralizando-se o termo sublinhado, tem-se como correto o período: As escolas têem que compactuar. III. “Quase não existe mais espaço para aquela didática...” substituindo-se o primeiro termo sublinhado pelo verbo haver, e o segundo termo sublinhado, por chances, estaria correto o trecho: Quase não hão mais chances para aquela didática. IV. “Não há colégio separado do que está acontecendo...” – se fosse substituído o primeiro termo sublinhado por existir, e o segundo termo sublinhado, por escolas, estaria correto operíodo: Não existe escolas separadas do que está acontecendo. Somente está CORRETO o que se afirma em A) II e IV. B) II e III. C) I. D) III. E) I, III e IV. COMENTÁRIOS: Item I: O verbo está concordando com o sujeito “esses comentários”, ficando por isso no plural. Correto. Item II: Não existe a forma verbal “têem”. Para marcar a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ter”, usamos a forma “têm”. Anote na sua agenda: revise a conjugação verbal dos verbos “ter”, “ver” e “vir”, os mais frequentes em provas de concursos. No final desta aula apresentamos as referidas conjugações. Para não esquecer jamais: PRESENTE DO INDICATIVO Verbos VIR/ VER / TER ele/ela vem Vê tem eles/elas vêm veem têm Item III: O verbo “haver” está sendo empregado no sentido de “existir”, devendo ficar na 3ª pessoa do singular, visto que é impessoal (não possui Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 35 de 38 sujeito). Outros casos em que esse verbo se torna impessoal é quando indica tempo passado ou a transcorrer. Falso. Item IV: Mais uma vez, o verbo “haver” no sentido de “existir” é impessoal, ao contrário do próprio verbo EXISTIR, que conjugamos normalmente no singular e no plural. Assim, o correto seria: “Não existeM escolas separadas do que está acontecendo.”. O verbo está concordando com o termo “escolas separadas”, que está no plural. Falso. Temos falsos os itens II, III e IV. Por correto somente o item I. Gabarito: a alternativa correta é a letra “c”. 26. (CRO – AL/IDECAN) Em relação à concordância, marque o item INCORRETO. a) Havia sérios problemas naquele prédio. b) Espera-se dias mais propícios. c) Os vizinhos ficaram alerta. d) A porta se encontrava meio aberta. e) Ela anda meio aborrecida. COMENTARIOS: As alternativas [a], [c], [d] e [e], encontram-se redigidas corretamente. Na letra [a], o verbo “haver” permanece invariável na terceira pessoa do singular, já que é empregado no sentido de existir. Nos demais casos, as formas verbais concordam com o seu respectivo núcleo do sujeito. A letra [b], por sua vez, não observou às regras de concordância verbal. Vimos que os verbos transitivos diretos, quando acompanhados do “SE”, caracterizam a voz passiva sintética na qual o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente. Corrigindo a oração temos: “Esperam-se dias mais propícios”. Gabarito: nesses termos, a letra [b] é a alternativa incorreta. 27. (FCS/IBFC) Leia as orações abaixo e assinale a alternativa correta. I. Fazia mais de quatro anos que as amigas frequentavam as aulas de espanhol. II. No último feriado, registraram-se vários acidentes, mas houveram poucas ocorrências fatais. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 36 de 38 a) Há equívocos nas redações das orações I e II. b) Há equívoco apenas na redação da oração I. c) Não há equívocos nas redações das orações I e II. d) Há equívoco apenas na redação da oração II. COMENTÁRIOS: O item I encontra-se redigido corretamente, já que o verbo “fazer” está se referindo a tempo. Nessa situação, deve ficar na 3ª pessoal do singular, pois é invariável. No item II, temos o verbo transitivo direto “registrar”, acompanhado do pronome apassivador "SE", nesse caso foi empregado corretamente concordando com o núcleo do sujeito paciente "vários acidentes". Todavia, a forma verbal “houveram” está no sentido de acontecer, existir, ocorrer. Logo, como verbo impessoal, deveria estar na 3ª pessoa do singular. Não se esqueçam: verbo haver no sentido de existir, ocorrer, acontecer ou tempo decorrido é invariável e permanece 3ª pessoa do singular. Corrigindo a frase presente no segundo item: No último feriado, registraram-se vários acidentes, mas houve poucas ocorrências fatais. Gabarito: considerando que apenas o item II foi redigido incorretamente, a alternativa correta é a letra [d]. 28. (INEP/IBFC) Considere as orações abaixo. I. Devem haver muitos interessados no cargo. II. Devem-se analisar todos os aspectos da questão. III. Tratam-se de problemas graves. A concordância está correta somente em a) I b) II c) III d) I e II e) I e III COMENTÁRIOS: Para melhor entendimento da questão, vamos analisar cada item isoladamente. No item I, na oração “Devem haver muitos interessados no cargo”, temos uma locução verbal formada pelo verbo principal "haver", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". Veja que o verbo principal Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 37 de 38 não pode variar, pois está no infinitivo. O verbo auxiliar é quem concorda com o sujeito conforme transitividade do verbo principal (este é quem manda). O verbo principal “haver” está empregado no sentido de existir, desta forma classificando-se como verbo impessoal o que impede sua flexão em número e pessoa. Como o verbo principal, aqui impessoal e invariável, transmite suas características ao verbo auxiliar, ele (o auxiliar), também permanecerá invariável na 3ª pessoa do singular. Corrigindo: (Devem) Deve haver muitos interessados no cargo. No segundo item, temos a oração “Devem-se analisar todos os aspectos da questão”. Na frase, temos uma locução verbal formada pelo verbo principal "analisar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". Como o verbo principal não pode variar, pois se encontra no infinitivo, o verbo auxiliar é quem concorda com o sujeito, obedecendo, é claro, a transitividade do verbo principal (já vimos que nas locuções verbais o verbo principal empresta as suas características ao verbo auxiliar). O verbo principal “analisar” é transitivo direto e exige um complemento sem preposição, pois quem analisa, analisa alguma coisa. Os verbos transitivos diretos, quando acompanhados do pronome apassivador “SE”, concordam com o núcleo do sujeito paciente. No caso apresentado, o verbo principal obriga o seu verbo auxiliar a concordar com o núcleo do sujeito "todos os aspectos”. Isto posto, temos que a frase “Devem-se analisar todos os aspectos da questão” foi corretamente redigida, respeitando inteiramente as regras de concordância verbal. Por fim, no item III, observa-se o verbo “tratar”, transitivo indireto, acompanhado do indicie de indeterminação do sujeito “SE”. Nesse caso, o verbo deveria ter permanecido obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular, pois a oração não possui sujeito determinado. Corrigindo a frase: Trata-se de problemas graves. Gabarito: apenas a redação do item II está adequada, dessa forma a alternativa correta é a letra [b]. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 38 de 38 Chegamos ao final de mais um encontro rumo à aprovação. Temos convicção de que a quantidade de aulas já disponibilizadas proporcionou aos nossos alunos uma bagagem incomparável frente aos seus concorrentes. Motivem-se, vocês estão no caminho certo. Agora é a hora de intensificarmos os estudos. Professor Rômulo Passos, Ciro Passos e Equipe. www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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