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NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
Página 0 de 38 
 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos 
 
NOVO CURSO DE PORTUGUÊS NA SAÚDE 
CONCORDÂNCIA VERBAL I 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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Concordância Verbal– Parte I 
Amiga (o), hoje, iniciamos o estudo dos temas relacionados à 
concordância verbal. Esse é um assunto que provoca muitas dúvidas, 
sobretudo para aqueles que não sabem estudá-lo de forma esquematizada e 
direcionada para provas de concursos públicos. 
Apenas de concordância verbal, são mais 40 regras específicas. Caso 
não abordemos o assunto da mesma forma pela qual as bancas o abordam, 
acabaremos dificultando o seu aprendizado. 
Esse é o objetivo desse e dos demais cursos elaborados pela Equipe 
Professor Rômulo Passos: o de oferecer-lhe um caminho efetivo ao domínio 
do conteúdo e à aprovação. 
Vamos lá  ! 
Professor Rômulo Passos e Ciro Passos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, a 
concordância é o processo sintático segundo o qual certas palavras se 
acomodam, na sua forma, às palavras de que dependem. 
O processo de concordância está implícito na forma de comunicação 
das pessoas. É um processo instintivo e ninguém, antes de falar, pensa e 
raciocina como deverá dispor das palavras, elas saem naturalmente: essa é a 
linguagem coloquial, a linguagem que utilizamos no nosso dia-a-dia. 
A linguagem informal aceita determinadas expressões e construções 
que a língua culta padrão desabona. É aqui que mora o perigo, as bancas 
costumam confundir os candidatos explorando justamente essa 
diferenciação. Observe: 
 
 
 
 
 
A concordância pode se dar com os nomes (concordância nominal) ou 
com os verbos (concordância verbal). Didaticamente, dividiremos o seu 
estudo para melhor compreensão das muitas especificidades que cercam a 
matéria. 
Veremos, a seguir, as principais regras de concordância verbal e 
nominal, sempre destacando a regra geral e, em seguida, as principais regras 
especificas, mantendo-se, é claro, o foco na metodologia da banca em estudo. 
 
 
 
 
Concordância
•Já é duas e meia e nada desse 
menino chegar. 
Linguagem 
informal
•Já são duas e meia e nada 
desse menino chegar. 
Norma culta 
padrâo
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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Observe as frases abaixo e preste atenção às formas verbais. Tente 
decifrar o que há de comum na flexão dos verbos. 
 
=> Ou hospitais universita rios representam uma nova e atraente 
oportunidade de carreira aos profissionais da sau de. 
=> Os brasileiros estão insatisfeitos com os servidos pu blicos prestados 
pelo Estado. 
=> Na o foram os cursinhos, nem mesmo os professores, elas foram 
aprovadas porque acreditaram que isso seria possí vel, acreditaram que 
eram capazes, e estudaram bastante para que a aprovaça o acontecesse. 
 
E aí, o que há em comum entre as formas verbais destacadas? Ora 
mais, todas estão no plural para concordar com o sujeito ao qual se referem. 
Vejamos: 
 
Os hospitais representam... / Os brasileiros estão... / Elas acreditaram... 
 
 A regra geral da concordância verbal é aquela em que o núcleo do 
sujeito determina a flexão verbal, conforme observada nos exemplos acima. 
 Mas se fosse assim tão simples, esse assunto não seria um dos mais 
temidos pelos estudantes, até mesmo os mais preparados. Acontece que há 
dois problemas que levam os candidatos ao erro: 
(1) Dúvidas no reconhecimento do sujeito, e, portanto, a qual termo o 
verbo deve concordar; 
(2) Dúvidas em relação aos casos especiais de concordância que fogem 
à regra geral. 
No primeiro caso, trata-se de uma situação muito fácil de ser evitada, 
desde que o candidato reserve um pouco mais de atenção à análise das 
orações e períodos. No segundo caso, das exceções à regra geral, torna-se 
necessário o estudo e memorização de algumas normas aplicáveis a casos 
particulares. 
 
Concordância Verbal
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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Catalogamos mais de 40 regras especificas, apenas de concordância 
verbal. Estudá-las minuciosamente seria impraticável, infrutífero e um erro 
de estratégia da nossa parte. Aliás, o estudo dirigido é que tem trazido tantos 
bons resultados aos nossos alunos nos últimos concursos. 
Dessa maneira, iremos apresentar o tema na forma como as bancas, o 
fizeram nos seus concursos recentes. 
 
 
O verbo concorda com seu sujeito simples em pessoa (1ª, 2ª e 3ª) e em 
número (singular e plural). Observe: 
 
=> Os alunos estudaram com motivaça o; 
=> O Senado Federal apreciará a lei de cotas para concursos pu blicos 
federais. 
 
Nos dois exemplos acima, as formas verbais “estudaram” e 
“apreciará” concordam com o núcleo “alunos” e “Senado Federal”. 
Professor, muito fácil. Será que tem gente que erra esse tipo de 
concordância? 
 Amiga (o), como tem! Mesmo se tratando de uma regra básica e 
elementar, há possibilidade da banca derrubar os candidatos mais 
desatentos. Vejamos: 
 
=> A Ca mara dos Deputados apreciarão o projeto de lei de regulamentaça o 
das 30 horas semanais; 
=> O espí rito revoluciona rio dos jovens e estudantes ainda sacudirão a 
alma conformada dos adultos. 
 
Você percebeu os erros de concordância nos períodos acima? Quem 
lesse desatentamente as sentenças, poderia julgar que as formas verbais 
foram corretamente flexionadas para concordar com os termos “deputados” 
e “jovens e estudantes”. No entanto, tais expressões não representam o 
sujeito da oração e consequentemente não interferem na concordância 
verbal. Corrigindo: 
 
A Regra Geral da Concordância Verbal 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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=> A Câmara dos Deputados apreciará o projeto de lei de regulamentaça o 
das 30 horas semanais; 
=> O espírito revoluciona rio dos jovens e estudantes ainda sacudirá a 
alma conformada dos adultos. 
 
Percebeu então a importância da correta identificação do sujeito da 
oração? Pois bem, quando o mesmo for simples, memorize: o verbo 
concordará com o seu núcleo em pessoa e número. 
 
Que tal praticarmos um pouco, com concordância é assim, só se 
aprende praticando. 
 
01. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA 
VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. 
Em “...determina forte inclinação para a dependência.” – o verbo sublinhado 
concorda com o seu sujeito, “drogas pesadas”. 
COMENTÁRIOS: 
Sendo o sujeito simples o termo “drogas pesadas”, o verbo 
“determina” está empregado erroneamente, pois deveria estar no plural, 
concordando com o sujeito da oração. Corrigindo teríamos: “Drogas 
pesadas determinam forte inclinação para a dependência.” 
 Essa é a regra básica de concordância verbal, uma regra simples que é 
explorada na maioria esmagadora de questões sobre o tema. 
Para não esquecer jamais: 
REGRA GERAL DE 
CONCORDÂNCIA 
SUJEITO SIMPLES
Verbo concorda com 
o núcleo do sujeiro 
em número e pessoa 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
NOVOCurso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas 
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.
 
 
Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta. 
 
02. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA 
VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. 
Em “Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas...” – o verbo 
sublinhado poderia também estar no plural e não caracterizaria 
desobediência às normas gramaticais. 
COMENTÁRIOS: 
 A regra básica de concordância verbal nos informa que o verbo 
concorda em número e pessoa com o seu sujeito simples. Portanto, para 
realizarmos a concordância verbal adequadamente, temos, antes de tudo, de 
identificar o sujeito, ou melhor, o núcleo do sujeito. 
 No caso em tela, quem tem a ver com o uso de drogas? A resposta é 
simples: UMA dessas certezas. Como podemos observar, o núcleo do sujeito 
é o vocábulo “UMA” e com ele que o verbo “ter” concordará. 
 O trecho “Uma dessas certezas tem a ver com o uso de drogas...” 
respeita integralmente as normas gramaticais, posto que o verbo encontra-
se na terceira pessoa do singular para concordar com o núcleo do sujeito 
“uma”. Ao contrário do sugerido pelo enunciado, traria incorreção 
gramatical o emprego do verbo no plural. 
Gabarito: Afirmativa incorreta. 
 
 
REGRA GERAL DE 
CONCORDÂNCIA 
SUJEITO SIMPLES
Verbo concorda com 
o núcleo do sujeiro 
em número e pessoa 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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03. (UPE/ASSISTENTE SOCIAL/FUNASE) Em relação à CONCORDÂNCIA 
VERBAL, julgue a afirmativa seguinte. 
Em ““E os traficantes seduzem nossos filhos porque eles têm crescido 
fracos...” – o verbo sublinhado concorda com o seu sujeito, “os traficantes”. 
COMENTÁRIOS: 
 A forma verbal “têm”, corresponde ao verbo “ter” conjugado na 
terceira pessoa do plural do presente do indicativo. O verbo encontra-se no 
plural porque o núcleo do sujeito, “traficantes”, também se encontra no 
plural. 
 Gabarito: afirmativa correta. 
 
04. (EBSERH/SEDE/IADES) Com base na norma culta padrão, julgue a 
afirmativa seguinte. 
Em “... a redução do número de casos registrados em território nacional 
caiu...”, o verbo poderia ser substituído pela forma caíram para concordar 
em número e pessoa com “casos registrados”. 
COMENTÁRIOS: 
A questão abordou a regra básica da concordância verbal, ou seja, a 
concordância da forma verbal com o núcleo do sujeito simples. 
No entanto, a banca tentou confundi-la (o) empregando, no período, a 
expressão “do número de casos registrados”. Os mais desatentos 
acreditariam que a concordância se daria com essa expressão, sem perceber, 
contudo, que o núcleo do sujeito, na verdade, é o termo “a redução”, que 
obriga a flexão do verbo no singular. 
 
Gabarito: ao sugerir que a forma verbal em pauta poderia ser 
flexionada no plural a afirmativa encontra-se incorreta. 
 
Dica: sempre busque o sujeito ao qual o verbo se refere. Pergunte ao verbo “quem
ou o que” pratica a ação.
Por exemplo, na oração em tela, o que caiu?
Ficou fácil, nâo! A redução caiu. “Redução”, portanto é o núcleo do sujeito e com ele
o verbo deverá concordar.
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05. (EBSERH/SEDE/IADES/Adaptada) Com base na norma culta padrão, 
julgue a afirmativa seguinte. 
No trecho “... o engajamento de gestores, agentes de saúde e entidades 
parceiras também tem sido fundamental.”, o verbo deveria estar acentuado, 
já que se refere a um sujeito composto. 
COMENTÁRIOS: 
Mais do mesmo, a banca novamente explorou a regra geral de 
concordância verbal, pela qual o verbo concorda em número e pessoa com o 
núcleo do sujeito simples. 
A expressão “dos gestores, agentes de saúde e entidades parceiras” 
relaciona-se com o núcleo do sujeito “engajamento”, correspondendo, desta 
maneira, ao adjunto adnominal, que nesse caso não interfere na 
concordância verbal. 
Vamos novamente à nossa dica: pergunte ao verbo quem o que pratica 
a ação verbal? A resposta representa o sujeito da oração e com ele o verbo 
deve concordar. No caso, o que tem sido fundamental? “O engajamento”. 
Gabarito: ao sugerir que a forma verbal em pauta deveria ser 
acentuada (3ª pessoa do plural), a afirmativa encontra-se incorreta. 
 
06. (CFA /IADES) Com base nos elementos linguísticos empregados no 
fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. 
Foi empregado o acento circunflexo em “têm”, pois o verbo ter na terceira 
pessoal do plural é acentuado. 
Fragmento do Texto: 
Devido a suas limitações físicas, biológicas e psíquicas, as pessoas têm necessidade de 
cooperar com outras pessoas para, em conjunto, alcançar objetivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Primeiramente, cabe ressaltar algumas particularidades em relação 
aos verbos “ter”, “vir” e “ver”. A conjugação desses verbos é muito 
explorada pelas bancas devido às semelhanças que possuem quanto à 
conjugação nas terceiras pessoas do singular e do plural no presente do 
indicativo. 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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Vejamos: 
PRESENTE DO INDICATIVO 
 Verbos VIR/ VER / TER 
ele/ela vem Vê tem 
eles/elas vêm veem têm 
 
Os verbos “ter” e “vir” são acentuados na terceira pessoa do plural, 
para diferenciá-los da terceira pessoa do singular. Por sua vez, o verbo “ver”, 
na terceira pessoa do plural, perde o acento da sua forma no singular. Essa 
diferenciação é um dos tópicos preferidos das mais diversas bancas. 
Voltando à concordância, nada de novo na presente questão, a banca 
novamente explorou a regra geral de concordância verbal, pela qual o verbo 
concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito simples. 
O verbo “ter” foi empregado na 3ª pessoa do plural para concordar 
com o núcleo do sujeito simples “pessoas”, que se encontra no plural. 
Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se correta. 
 
07. (UPE/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/FUNAPE) Ao construir o pensamento 
no texto abaixo, o autor cometeu um erro gramatical. Assinale a alternativa 
que aponta CORRETAMENTE o erro nele existente. 
"Os jovens andam aos bandos, os adultos aos pares, e os velhos simplesmente andam sozinhos" 
(Autor desconhecido) 
 
 
A) Um erro de grafia em relação ao termo "sozinhos". 
B) Um erro de regência no tocante ao trecho "Os jovens andam aos bandos". 
C) Um erro em termos da omissão da vírgula no trecho "os adultos aos 
pares..." 
D) Um erro de concordância no trecho "e os velhos simplesmente andam 
sozinhos" 
E) Um erro de flexão verbal em "os jovens andam aos bandos" 
COMENTÁRIOS: 
Amigos, a questão aborda, além da concordância verbal, os assuntos: 
figuras de linguagem e pontuação. Esse tipo de questão é uma tendência das 
bancas de concursos. Exigem-se do candidato a habilidade interpretativa e o 
raciocínio rápido. Vamos às alternativas: 
Na alternativa “a”, não há erro de grafia em “sozinhos”. 
Em “b” temos a regência perfeitamente aceitável para a forma verbal 
“andam”. Igualmente correta seria a construção “em bandos”. 
O item “c” trata de uma figura de linguagem já vista em aulas 
anteriores, a zeugma, tipo especial de elipse. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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A Zeugma é a omissão intencional de uma palavra na oração, 
facilmente perceptível na hora da leitura.Ex.: “Ando devagar porque já tive 
pressa. Levo este sorriso porque já chorei demais.” Note que o pronome ”eu” 
foi omitido intencionalmente várias vezes. 
A zeugma consiste, portanto, em omitir um termo já utilizado. 
Vejamos mais um exemplo: “Eu gosto muito de melancia, você, de melão.”. 
Perceba que em “você, de melão” houve a omissão do verbo “gostar”, que já 
havia sido utilizado. 
Pois bem, quando ocorre a omissão de um termo já utilizado na frase, 
a zeugma (a omissão) é marcada na escrita por uma vírgula. Na frase “os 
adultos aos pares“, houve um erro, pois o autor não marcou a omissão do 
verbo “andam” com a vírgula. O correto seria: 
 
"Os jovens andam aos bandos, os adultos ANDAM aos pares...” 
 OU 
"Os jovens andam aos bandos, os adultos, aos pares...” 
 Zeugma marcada pela vírgula 
 
A alternativa “c”, ao informar corretamente o erro, que consiste na 
omissão da vírgula, encontra-se correta e é o nosso gabarito. Vamos às 
demais alternativas: 
Nas alternativas “d” e “e”, não houve erro de concordância, já que os 
termos estão concordando todos no plural. Trata-se, mais uma vez, da regra 
geral de concordância verbal, a mais frequente em questões de concursos. 
Não esqueça jamais! 
 
Gabarito: nesses termos, a única alternativa que aponta corretamente 
o erro gramatical no texto de referência é a letra “c”. 
 
 
 
REGRA GERAL DE 
CONCORDÂNCIA 
SUJEITO SIMPLES
Verbo concorda com o 
núcleo do sujeiro em 
número e pessoa 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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08. (UPE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/PAULISTA) Se no texto abaixo, o verbo 
fosse conjugado na 2a. pessoa do singular (mantendo-se o mesmo tempo 
verbal) e o termo "gente" fosse substituído por "mulheres e homens", estaria 
CORRETO o texto indicado na alternativa 
 
"Já vi gente cansada de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheci alguém 
sinceramente cansado de dinheiro." 
(Millôr Fernandes) 
 
A) Já viste mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, 
de ideais. Jamais conheceste alguém sinceramente cansado de dinheiro. 
B) Já vistes mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, 
de ideais. Jamais conhecestes alguém sinceramente cansado de dinheiro. 
C) Já vereis mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, 
de ideais. Jamais conhecereis alguém sinceramente cansado de dinheiro. 
D) Já víeis mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, 
de ideais. Jamais conhecíeis alguém sinceramente cansado de dinheiro. 
E) Já vedes mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, 
de ideais. Jamais conheceis alguém sinceramente cansado de dinheiro. 
COMENTÁRIOS: 
Mais uma brilhante questão. Em uma única questão, exigiu-se do 
candidato o conhecimento da conjugação e da concordância verbal e 
nominal. 
Vamos entender o que enunciado exige: 
1º Busca-se o equivalente na 2ª pessoa do singular para as formas 
verbais “vi” e “conheci”, mantendo-se o mesmo tempo verbal (pretérito 
perfeito do indicativo). 
2º Busca-se a correta concordância nominal do termo “cansado”, caso 
o vocábulo “gente”, fosse substituído por “homens e mulheres”. 
Os verbos “ver” e “conhecer”, no 2ª pessoa do singular do pretérito 
perfeito do indicativo assumem as formas “viste” e “conheceste”. 
No que se refere ao adjetivo “cansado”, ao se referir a dois 
substantivos masculino e feminino respectivamente, flexiona-se em número 
(plural) mantendo-se o gênero masculino. Logo, a forma adequada, no caso, 
é “homens e mulheres cansados”. 
 
 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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Vamos às alternativas: 
Alternativa “a”: Esta frase se resolve pela aplicação das regras quanto 
à concordância de adjetivo com mais de um substantivo. Em “Já viste 
mulheres e homens cansados...”, o adjetivo “cansados”, que assume o papel 
de predicativo do objeto, está posposto aos substantivos “mulheres” e 
“homens”. Como vimos, deve, em tais casos, concordar com ambos no 
plural, prevalecendo o masculino. 
A concordância em 2ª pessoa também está correta nos verbos “viste” 
e “conheceste”. 
A construção trazida no item “a” respeita integralmente às regras 
gramaticais. Alternativa correta. 
Alternativa “b”: verificam-se alguns erros. A concordância se fez na 
2ª pessoa do plural, “vós vistes”. Ainda, há erro quanto à concordância 
nominal, pois o termo correto seria “cansadOS”, pelo motivo já explicado 
acima. 
Alternativa “c”: “Vereis” além de estar na 2ª pessoa do plural está em 
tempo verbal diferente, visto que está no futuro. O mesmo ocorreu com 
“conhecereis”. Eis os erros da alternativa. 
Alternativa “d”: “Víeis” e “conhecíeis” também estão em tempo 
diferente, já que se apresentam na 2ª pessoa do plural do pretérito 
imperfeito do indicativo. Ainda, o correto não é “cansadas”, mas sim 
“cansadOS”. Falsa. 
Alternativa “e”: Tanto “vedes” quanto “conheceis” estão no presente 
do indicativo, não mantendo o mesmo tempo proposto pelo enunciado: o 
pretérito perfeito do indicativo. Já o adjetivo “cansados” foi empregado 
corretamente. Falsa. 
Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa “a” encontra-se 
correta. 
 
09. (UPE/ENGENHEIRO CARTÓGRAFO/SUAPE) Assinale a alternativa cuja 
sequência completa CORRETAMENTE as frases abaixo. 
A lei ............. se referiu já foi revogada. 
Os cálculos matemáticos ................ se lembraram eram enormes. 
O emprego ................ aspiras é extremamente importante. 
O conto de Machado ................. gostou foi premiado. 
A peça teatral ................ assistimos foi de uma sutileza política fantástica. 
 
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A) que – que – que – que – que 
B) a que – de que – que – que – a que 
C) que – de que – que – de que – que 
D) a que – de que – a que – de que – a que 
E) a que – que – que – que – a que 
COMENTÁRIOS: 
O tema aqui é regência verbal, com ênfase nos casos do emprego do 
vocábulo “que”. Vamos preencher as lacunas ! 
 
A lei a que se referiu já foi revogada. 
Os cálculos matemáticos de que se lembraram eram enormes. 
O emprego a que aspiras é extremamente importante. 
O conto de Machado de que gostou foi premiado. 
A peça teatral a que assistimos foi de uma sutileza política fantástica. 
 
O verbo “referiu” exige a preposição a, logo o “que”, pronome relativo, 
rege-se por essa preposição. 
Já o verbo “lembrar” possui duas particularidades: Quando for 
pronominal – lembra-se – regerá a preposição de; quando não for pronominal 
– lembrar – não pedirá preposição. No nosso caso, ele é pronominal, regendo 
a preposição. Portanto está correta a oração “Os cálculos matemáticos de 
que se lembraram”. 
O verbo “aspirar” no sentido de desejar, almejar, é transitivo indireto, 
necessitando de preposição em seu complemento. 
O verbo “gostar” é transitivo indireto, regendo a preposição de. 
O verbo “assistir” no sentido de ver, olhar, é transitivo indireto, 
exigindo a preposição a. 
Gabarito: percebemos, assim, que o gabarito é a alternativa “d”, ao 
apresentar a sequencia correta do emprego adequado do pronome relativo 
“que”. 
 
10. (GDF/ IADES /Adaptada) Com base no fragmento textual abaixo, julgue 
a afirmativa seguinte. 
Nos vocábulos “têm” e “vêm” em destaque, são utilizadasas mesmas regras 
para o uso do acento gráfico, embora essas formas verbais apresentem 
sujeitos diferentes. 
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Fragmento do Texto: 
Hoje, a tradição e a religião, com seu enorme acervo de histórias, já não têm a mesma 
importância e, de certa forma, vêm sendo abandonadas. Como tudo muda tão rápido, o 
que pode nos emprestar uma identidade que diga o que somos? 
COMENTÁRIOS: 
Perceba o quanto as questões de uma determinada banca se parecem. 
A banca IADES, em certames diferentes, explorou a mesma regra de 
concordância. 
A regra básica de concordância verbal diz que o verbo concorda com 
o núcleo do sujeito ao qual se refere. Logo, o primeiro passo é reconhecer o 
sujeito, que muitas vezes pode estar distante do verbo ou envolto em meio 
a orações mais complexas e até mesmo oculto. 
Mas temos uma dica infalível para o reconhecimento do sujeito, não é 
mesmo? Pergunte ao verbo quem ou o que pratica a ação verbal. Simples 
assim! 
No caso em pauta, o que já não tem a mesma importância? O que vem 
sendo abandonada? 
A resposta está na ponta da língua: tradição e religião não têm a 
mesma importância; tradição e religião vêm sendo abandonadas. 
 Como o sujeito possui dois núcleos, o verbo, obrigatoriamente, vai 
para terceira pessoa do plural. Simples assim! 
Mas a questão foi além da concordância verbal. 
Quanto à acentuação, realmente os vocábulos foram acentuados com 
base na mesma regra, ou seja, correspondem a terceira pessoal do plural do 
presente do indicativo. 
Quanto à coesão e à coerência, vimos que o sujeito para as duas 
orações é o mesmo, “a tradição e a religião”, acontece que ele encontra-se 
subentendido na segunda oração. Observe: 
 
“Hoje, a tradiça o e a religia o, com seu enorme acervo de histo rias, ja na o 
te m a mesma importa ncia e, de certa forma, [a tradição e a religião] ve m 
sendo abandonadas.” 
 
Gabarito: afirmativa encontra-se incorreta quando informa que as 
duas formas verbais em pauta apresentam sujeitos diferentes. 
 
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11. (IDECI-CE/IBFC/adaptada) Com base no texto abaixo, compartilhado em 
redes sociais, julgue a afirmativa seguinte: 
Há um erro de concordância verbal. 
Fragmento do Texto: 
“Se os pais não impõe limites em seus filhos na infância, a vida se encarrega de fazer isso, 
e da pior maneira possível. Por isso EDUQUE passe valores e exemplos”. 
 
COMENTÁRIOS: 
Para o entendimento da questão, vamos reescrever a frase com as 
devidas correções. 
 
 
“Se os pais na o impõem limites aos seus filhos na infa ncia, a vida se 
encarrega de fazer isso, e da pior maneira possí vel. Por isso EDUQUE, passe 
valores e exemplos”. 
 
Há um erro de concordância verbal, pois o verbo “impor” está se 
referindo ao seu sujeito "os pais", que esta no plural. Por conseguinte, o 
verbo também deve ser escrito no plural: "os pais não impõem". 
Além disso, outros erros podem ser observados: 
1. Há um problema de regência no verbo impor, que é transitivo direto e 
indireto. Quem impõe, impõe algo a alguém, logo o objeto indireto 
exige a preposição “a” e não “em” como trazido pelo texto. 
Corrigindo: “impõem limites (em) aos seus filhos” 
 
2. Também observamos problemas de pontuação. Após a palavra 
"eduque", deve ser colocada a vírgula, pois temos uma enumeração. 
Gabarito: além de um erro de concordância verbal, verificam-se erros de 
regência e pontuação no texto em pauta, por conseguinte a afirmativa 
encontra correta. 
 
 
 
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 Identificamos na obra dos grandes gramáticos quase 40 regras 
especificas de concordância verbal. Como já falamos, estudá-las 
isoladamente não nos traria benefícios nessa altura do campeonato. 
 Porém, após a análise de centenas de provas anteriores das mais 
diversas bancas de concursos, selecionamos as questões relacionadas ao 
nosso tema e através delas abordaremos as principais regras de 
concordância, na mesma ordem de sua relevância. 
1. A concordância com o sujeito composto: 
Quando o verbo encontra-se após o sujeito composto, na ordem direta 
(sujeito + verbo + complementos), geralmente se apresentará no plural, salvo 
algumas particularidades listadas na tabela a seguir. 
Por sua vez, quando o verbo está antes do sujeito composto, ele vai 
para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. 
Veja este esquema com a regra quanto à variação do verbo quando o 
sujeito for composto. 
 
Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Regras Especiais de Concordância Verbal
Tudo depende da posição do verbo, antes ou 
depois do sujeito. 
Verbo no Plural
• Sujeito composto + Verbo
• Ex.: Um cálice e um pão compõem a Ceia.
Verbo no Plural 
ou concordando 
com o primeiro 
núcleo
• Verbo + Sujeito composto
• Ex.: Compõem/Compõe a Ceia um cálice e um pão.
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Há, todavia, algumas particularidades: 
 
Situação Concordância 
Quando os núcleos do sujeito 
forem sinônimos (ou quase). 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: “A tranquilidade e a paz 
dominava/dominavam a imensa catedral” 
Núcleos do sujeito formam uma 
sequência gradativa. 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo 
conforta/confortam o coração aflito. 
Quando palavra resumitiva, como 
“nada”, “tudo”, “ninguém” etc. 
condensam o sujeito. 
O verbo deverá ficar no singular. 
Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o 
amedrontava.” 
Quando o sujeito apresenta a 
expressão “um e outro” 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. 
 
12. (UPE/FARMACÊUTICO INDUSTRIAL/LAFEPE) Sobre Concordância 
Verbal, assinale a alternativa CORRETA. 
A) "saem, junto com a água, hormônios, anti-inflamatórios, antibióticos" 
- se os termos sublinhados estivessem no singular, a forma verbal "saem" 
poderia ficar no singular ou no plural. 
B) "alertar a população do grande risco que ela corre quando descarta" - 
se o termo sublinhado estivesse no plural, estaria correto o trecho: 
alertar as populações do grande risco que ela corre quando descarta. 
C) "A iniciativa que tem o apoio do CRF/MS faz parte do XXII Muteco” - se 
o termo sublinhado estivesse no plural, estaria correto o trecho: As 
iniciativas que tem o apoio do CRF/MS fazem parte do XXII Muteco. 
D) "A lei aprovada por unanimidade e sancionada pela prefeitura ainda não 
foi regulamentada" - se ao termo "lei" fosse acrescido "artigo", estaria 
correto o trecho: A lei e o artigo aprovados por unanimidade e 
sancionados pela prefeitura ainda não foram regulamentadas. 
E) "explica o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão" - se ao termo 
"presidente" fosse acrescido "diretor", obrigatoriamente o verbo se 
flexionaria no plural, concordando com ambos os sujeitos. 
COKENTÁRIOS: 
 O tamanho da questão pode assustar os candidatos mais desatentos 
ou que não tenham ritmo de leitura, que não é o caso dos nossos alunos, não 
é mesmo ! 
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Vamos às alternativas. 
Alternativa“a”: Quando o verbo está antes do sujeito composto, 
como é o caso desta alternativa, ele vai para o plural ou concorda com o 
núcleo mais próximo. Assim, poderia tanto ficar no singular, quanto no 
plural. Estas duas maneiras estariam corretas, observe: 
 
"saem, junto com a água, hormônios, anti-inflamatórios, antibióticos" 
ou 
"sai, junto com a água, hormônio, anti-inflamatório, antibiótico" 
 
Esse é o único cuidado que você deve tomar no que se refere à 
concordância com o sujeito composto. A alternativa encontra-se correta. 
 
Alternativa “b”: a sugestão proposta traria incorreção gramatical, 
posto que, pela regra geral de concordância, o verbo concorda 
obrigatoriamente com o núcleo do sujeito simples. Assim, o termo 
“populações “ levaria obrigatoriamente o verbo para o plural, no caso, 
“alertar as populações do grande risco que elas correm quando descartas”. 
Alternativa “c”: O verbo “tem” se refere a “iniciativas”; deveria, 
portanto, estar no plural. Assim, se o termo “iniciativa” estivesse no plural, 
estaria correta a seguinte construção: “As iniciativas que têm o apoio do 
CRF/MS fazem parte do XXII Muteco”. 
Não se esqueça: os verbos “ter” e “vir” são acentuados na terceira 
pessoa do plural, para diferenciá-los da terceira pessoa do singular. Por sua 
vez, o verbo “ver”, na terceira pessoa do plural, perde o acento da sua forma 
no singular. Essa diferenciação é um dos tópicos preferidos das mais 
diversas bancas. Vejamos: 
PRESENTE DO INDICATIVO 
 Verbos VIR/ VER / TER 
ele/ela vem Vê tem 
eles/elas vêm veem têm 
 
Alternativa “d”: Pasmem os senhores, mas o sujeito desta oração é 
tudo isto: “A lei e o artigo aprovados por unanimidade e sancionados pela 
prefeitura.”. Assim, como o adjetivo “regulamentadas” está posposto ao 
verbo e na função de predicativo, ele deverá obrigatoriamente ir para o plural 
e fazer a concordância com o masculino plural, já que temos substantivos 
de gêneros diferentes como núcleo do sujeito. Deveria ser 
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“regulamentadOS”. Esse é o único erro da sugestão propostas pela 
alternativa, aliás, um erro de concordância nominal. 
Alternativa “e”: a sugestão proposta pela alternativa encontra-se 
incorreta. Caso fosse adicionado o termo “direto” ao termo “presidente”, 
teríamos a construção de um sujeito composto. 
Nesses casos, quando o sujeito composto vem após o verbo, em uma 
ordem inversa, ele poderá concordar com ambos, no plural, ou com o mais 
próximo. Assim, a forma verbal “explica” poderia ser substituída 
normalmente por “explicam”. 
 
Vejamos: 
 
" explicam o presidente e direto do CRF/MS..." 
ou 
" explica o presidente e o direto do CRF/MS ..." 
 
Gabarito: nos termos apresentados a única alternativa verdadeira é a 
letra “a”. 
 
13. (UPE/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/PAULISTA) Observe o texto abaixo: 
"Temo a tua natureza; ela está demasiado cheia do leite da ternura.” 
(William Shakespeare) 
 
Sobre ele, assinale a alternativa CORRETA. 
A) O verbo sublinhado exige complemento regido de preposição. 
B) Nesse texto, o leitor é tratado na 2a. pessoa do singular. Caso fosse 
tratado na 2a. pessoa do plural, estaria correto o trecho: Temo a sua 
natureza. 
C) O autor cometeu um erro de concordância nominal. O correto seria: ela 
está demasiada cheia do leite da ternura. 
D) Se o termo "ela" estivesse no plural, estaria correto o trecho: Elas estão 
demasiados cheias do leite da ternura. 
E) Se o sujeito do verbo "temer" fosse "Eu e tua família", o correto seria: Eu 
e tua família tememos a tua natureza. 
COMENTÁRIOS: 
 Mais uma questão que envolve diversos temas. Acostumem-se, essa é 
a tendência em concursos públicos. Vamos direto às alternativas, ok ! 
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Alternativa “a”: O verbo “temer” é transitivo direto, não exigindo 
preposição, pois quem teme, teme algo ou alguém. Falsa. 
Alternativa “b”: Caso a concordância se realizasse em 3ª pessoa do 
plural, o correto seria: “temo a VOSSA natureza”. Falsa. 
Alternativa “c”: Nenhuma coisa nem outra. O termo “Demasiada” foi 
usado como advérbio, pois intensifica a ação do verbo “está”. 
Os advérbios são invariáveis, logo não admitem flexão de gênero 
(masculino/feminino) ou pessoa (singular/plural). Corrigindo temos: “...ela 
está demasiadamente cheia do leite da ternura.” Alternativa incorreta. 
Alternativa “d”: Mais uma vez, o erro foi usar o termo “demasiado” 
como adjetivo. Aqui nesta frase, está sendo empregado como advérbio 
atribuindo um circunstância de intensidade a ação verbal. 
Se o termo “ela” estivesse no plural, como sugerido na alternativa, 
teríamos: “Elas estão demasiadamente cheias do leite da ternura”. Observe 
que o verbo “estar” passou para o plural para concordar com o sujeito 
simples “elas”. O adjetivo “cheias” também foi flexionado no plural 
acompanhando o sujeito da oração. Alternativa incorreta. 
Alternativa “e”: Chegamos ao nosso gabarito, alternativa correta. 
Quando o verbo vem depois do sujeito composto, via de regra, ele vai para 
o plural. O verbo, todavia, poderá ficar no singular nas seguintes situações: 
 
Situação Concordância 
Quando os núcleos do sujeito 
forem sinônimos (ou quase). 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: “A tranquilidade e a paz 
dominava/dominavam a imensa catedral” 
Núcleos do sujeito formam uma 
sequência gradativa. 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo 
conforta/confortam o coração aflito. 
Quando palavra resumitiva, como 
“nada”, “tudo”, “ninguém” etc. 
condensam o sujeito. 
O verbo deverá ficar no singular. 
Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o 
amedrontava.” 
Quando o sujeito apresenta a 
expressão “um e outro” 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. 
 
Gabarito: nos termos apresentados a alternativa correta é a letra “e”. 
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14. (UPE/PROFESSOR DE MÚSICA/SECRETARIA DA EDUCAÇÃO) Em relação 
à concordância verbal e nominal, assinale a alternativa que contém uma 
afirmação que CONTRARIA as normas gramaticais. 
A) Os professores de música foram tomados de uma emoção, de uma 
alegria, de um entusiasmo arrebatadores. 
B) A extraordinária Marilyn Monroe e Grace Kelly são atrizes inesquecíveis 
e não, professores. 
C) O aluno está meio desconfiado. Não acredita nas histórias que contam às 
professoras. 
D) Não compareceu à votação um por cento dos eleitores. 
E) Eu e você devemos ser muito cuidadosos com relação às informações 
que seremos chamados para dar sobre o desaparecimento da 
gravação. 
COMENTÁRIOS: 
A questão exige dos candidatos os conhecimentos a respeito da 
concordância verbal e nominal. Vamos às alternativas: 
Alternativa “a”: Quando o verbo vem depois do sujeito composto, via 
de regra, ele vai para o plural. O verbo, todavia, poderá ficar no singular nas 
seguintes situações: 
Situação Concordância 
Quando os núcleos do sujeito 
forem sinônimos (ou quase). 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: “A tranquilidade e a paz 
dominava/dominavam a imensa catedral” 
Núcleos do sujeito formam uma 
sequência gradativa. 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um olhar, um sorriso, um gesto amigo 
conforta/confortamo coração aflito. 
Quando palavra resumitiva, como 
“nada”, “tudo”, “ninguém” etc. 
condensam o sujeito. 
O verbo deverá ficar no singular. 
Ex.: “A ameaça, o terror, a agressão, nada o 
amedrontava.” 
Quando o sujeito apresenta a 
expressão “um e outro” 
Verbo no plural ou no singular. 
Ex.: Um e outro gostava/gostavam do UFC. 
 
É o que podemos observar em “emoção”, “alegria” e “entusiasmo”, 
ou seja, ocorre uma gradação, que permite que o verbo fique no singular ou 
no plural. Correta. 
 
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Alternativa “b”: A concordância da palavra “extraordinária” com 
“Marilyn Monroe e Grace Kelly” está perfeita, pois a regra aplicada aqui é a 
do adjetivo anteposto a uma sequência de substantivos, situação em que 
deve fazer a concordância com o substantivo mais próximo. Igualmente, 
poderia ter ocorrido a concordância com ambos os substantivos, neste caso, 
empregando “extraordinárias”. 
O erro da alternativa foi usar o termo “professores”, ao contrário de 
“professoras”. Alternativa falsa, logo o nosso gabarito. 
Nas demais alternativas, “c”, “d” e “e”, não verificamos nenhum erro 
gramatical. Não oferecem nenhuma complexidade. 
Gabarito: a única alternativa incorreta é a letra “b”, logo o nosso 
gabarito. 
2. A concordância com a palavra SE: 
A concordância com o vocábulo “SE” é de longe o tópico mais 
explorado pelas bancas quando tratam das regras especiais de concordância 
verbal. 
Portanto daremos uma atenção especial a essa palavrinha de uma 
silaba só, mas que provoca tanta confusão no mudo da gramática. Referimo-
nos a ela como o “Diabinho da Tasmânia” da língua portuguesa. 
Agora, vejamos como esse tópico caiu nas provas. 
 
15. (CRO-AL/IDECAN) Assinale a opção em que a concordância NÃO está 
plenamente em acordo com a norma culta. 
a) Vendem-se casas com garagem. 
b) Precisam-se de bons atendentes. 
c) Compra-se este imóvel. 
d) Alugam-se carros de passeio. 
e) Definiu-se o seu destino na reunião. 
COMENTÁRIOS: 
A questão explorou o vocábulo “SE” quanto às suas funções de 
pronome apassivador ou índice de indeterminação do sujeito. Para essa 
diferenciação temos uma regra básica relacionada à transitividade verbal, 
vejamos: 
 
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Isso posto, voltemos às alternativas: 
Na letra [a], em “Vendem-se casas com garagem”, o verbo vender é 
transitivo direito, pois quem vende, vende algo. Nessa situação, o “SE” é 
pronome apassivador e o verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo do 
sujeito paciente “casas”. 
A mesma relação é observada nas alternativas [c], [d] e [e], nas quais 
se verificam os verbos transitivos diretos “vender”, “definir” e “alugar”. Em 
todas elas o verbo foi flexionado corretamente para concordar com o 
respectivo núcleo do sujeito. 
Já na alternativa [b], tem-se um verbo transitivo indireto (quem 
precisa, precisa DE algo ou alguém). Nessa hipótese, o vocábulo “SE” exerce 
o papel de índice indeterminador do sujeito, obrigando que o verbo fique 
invariável na terceira pessoa do singular. Aqui está o item incorreto ao qual 
o enunciado se refere. Corrigindo temos: “Precisa-se de bons atendentes”. 
 Gabarito: a alternativa incorreta é a letra [b]. 
 
16. (CFA /IADES/Adaptada) Com base nos elementos linguísticos 
empregados no fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. 
Fragmento do Texto: 
No trecho “Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam ‘padrões’ 
de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os 
próprios indivíduos.”, assinale a alternativa correta em relação aos aspectos gramaticais. 
 
O uso da forma verbal “se formam” no plural, atende às exigências de 
concordância com o termo “padrões” e seriam mantidas a coerência entre os 
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no 
singular. 
 
Verbo Transitivo 
Direto 
SE = pronome 
apassivador 
O verbo sempre 
varia com o sujeito
Verbo Transitivo 
Indireto, intransitivo 
ou de ligação 
SE = índice de 
indeterminação do 
sujeito. 
O verbo não varia e 
fica na 3ª pessoa do 
singular
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COMENTÁRIOS: 
 Primeiramente, identifiquemos o trecho ao qual o enunciado se refere: 
 
“naturalmente se formam ‘padro es’ de uso” 
 
A banca novamente explorou a concordância dos verbos transitivos 
diretos acompanhados da palavra “SE”. Já sabemos que essa situação 
caracteriza a voz passiva sintética, na qual o “SE” classifica-se como 
pronome apassivador e o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo 
do sujeito paciente. 
Sendo assim, devemos identificar quem é o sujeito e o seu respectivo 
núcleo. Para isso, temos uma regrinha básica, lembra-se? Vejamos: 
 
Gabarito: corretamente, o uso da forma verbal “formam” no plural, 
atende às exigências de concordância com o termo “padrões”, no entanto 
não seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção 
gramatical do texto se fosse usado o termo no singular. Por conseguinte, a 
afirmativa encontra-se incorreta. 
 
17. (FCS-MG/ /IBFC) Considere o período seguinte e julgue a afirmação 
abaixo. 
Na atualidade, percebe-se grande preocupação dos órgãos oficiais com 
relação ao grafite e à pichação. 
Se o substantivo “preocupação” fosse colocado no plural, o verbo ficaria 
“percebem-se”. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Dica: Pergunte ao verbo “quem ou o que” pratica a ação.
Por exemplo, na oração em tela, o que se formam?
Ficou fácil! Padrões de uso são formados. “Padrões”, portanto é o núcleo do sujeito e
com ele o verbo deve concordar.
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Grave a seguinte regra: 
 
 
 
O verbo “perceber” é transitivo direto, pois exige um complemento sem 
preposição (Quem percebe, percebe alguma coisa). No caso apresentado, o 
verbo deve concordar com o núcleo do sujeito simples "preocupação". 
Ora, se o sujeito for colocado no plural, o verbo também deverá ficar 
no plural. Portanto a frase seria reescrita corretamente da seguinte forma: 
 
“Na atualidade, percebem-se grandes preocupaço es dos o rga os oficiais 
com relaça o ao grafite e a pichaça o. 
 
Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se correta. 
18. (MP-SP/IBFC) Considere o período abaixo e julgue a afirmativa seguinte. 
Comentou-se os novos casos de corrupção no estado. 
Nesse sentido, há erro de concordância verbal? 
COMENTÁRIOS: 
Não custa repetir: 
 
 
 
Isso posto, voltemos ao enunciado: 
Na oração “Comentou-se os novos casos de corrupção”, o verbo 
comentar é transitivo direto, pois exige um complemento sem preposição 
(Quem comenta, comenta algo). Nesse sentido, o verbo sempre varia com o 
sujeito, e o “SE” classifica-se como pronome apassivador. 
Pois bem, o verbo comentar deve concordar com o núcleo do sujeito 
"novos casos". Corrigindo a oração em pauta temos: “Comentaram-se os 
novos casos de corrupção no estado”. 
Verbo Transitivo 
Direto + SE
Sujeito Apassivador 
O verbo sempre 
varia com o sujeito
Verbo Transitivo 
Indireto, intransitivo 
ou de ligação + SE
Sujeito 
Indeterminado
O verbo não variae 
fica na 3ª pessoa do 
singular
Verbo Transitivo 
Direto + SE
Sujeito Apassivador 
O verbo sempre 
varia com o sujeito
Verbo Transitivo 
Indireto, intransitivo 
ou de ligação + SE
Sujeito 
Indeterminado
O verbo não varia e 
fica na 3ª pessoa do 
singular
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Gabarito: a afirmativa encontra-se correta, posto que há evidente erro 
de concordância verbal na oração trazida pelo enunciado. 
 
19. (INEP/IBFC) Considere o período e as afirmações abaixo. 
Não obedeceu-se todos os itens do regulamento. 
I. Deveria ter sido usada a próclise. 
II. Há um erro de concordância, pois o verbo deveria estar no plural. 
III. Há um erro de regência verbal. 
Está correto o que se afirma somente em 
a) I b) II c) III d) I e II e) I e III 
 
COMENTÁRIOS: 
Antes, vamos reescrever a frase do enunciado corretamente: 
 
 
“Na o se obedeceu a todos os itens do regulamento. 
 
 
Quanto à colocação pronominal, realmente a próclise deveria ter sido 
empregada, pois o advérbio "não" atrai o pronome obliquo para perto de si 
e antes do verbo. Vimos, detalhadamente, essas regras em nossa segunda 
aula relativa aos pronomes. O item, portanto, verifica-se correto. 
No que se refere à concordância verbal, não se observa erro algum, 
pois o verbo obedecer, como verbo transitivo indireto que é, quando 
acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito “SE”, não varia, 
posto que o sujeito é indeterminado. Permanece, então, invariável na terceira 
pessoa do singular. O item encontra-se incorreto. 
Tratando-se do tema regência verbal, aqui se observa uma incorreção: 
o verbo obedecer é transitivo indireto e exige a preposição “a” antes do seu 
complemento, o objeto indireto. Mais um item correto. 
Gabarito: nessa tela, considerando que apenas o segundo item 
encontra-se incorreto, o gabarito da questão é a letra [e]. 
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20. (SECULT-PB/IBFC/Adaptada) Na oração “Devem-se avaliar todos os 
aspectos do problema”, há um erro de concordância verbal, pois o correto é 
“deve-se avaliar”? 
COMENTÁRIOS: 
No enunciado da questão, temos uma locução verbal formada pelo 
verbo principal "avaliar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar 
"Devem". Veja que nas locuções verbais o verbo principal não pode variar, 
pois se encontra em uma das formas nominais (infinitivo, particípio ou 
gerúndio). 
O verbo auxiliar é quem varia, ou seja, é ele quem concorda com o 
núcleo do sujeito, no entanto é comandado pelas características e 
transitividade do verbo principal. Mesmo permanecendo invariável, o verbo 
principal transmite a sua transitividade ao verbo auxiliar. 
No caso em pauta, o verbo principal "avaliar"é transitivo direto, pois 
exige um complemento sem preposição (Quem avalia, avalia algo). Os verbos 
transitivos diretos quando acompanhados do pronome apassivador “SE” 
concordam em número e pessoa com o núcleo do sujeito paciente, que na 
oração em pauta encontra-se no plural. Dessa forma, o verbo auxiliar também 
vai para o plural. 
Gabaritos: nos termos apresentados, não se verifica qualquer erro na 
oração “Devem-se avaliar todos os aspectos do problema”, portanto o 
enunciado encontra-se incorreto. 
 
21. (FUNED-MG/IBFC) Considere as orações abaixo. 
I. Não se tratam de questões relevantes. 
II. Não se devem considerar problemas pessoais no trabalho. 
De acordo com a norma culta, 
a) somente I está correta. 
b) somente II está correta. 
c) I e II estão corretas. 
d) nenhuma está correta. 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
Vamos revisar mais uma vez a nossa regra básica: 
 
Agora vamos resolver a questão. 
O verbo “tratar” é transitivo indireto, pois exige um complemento com 
preposição (Quem trata, trata de alguma coisa). No primeiro item, o verbo 
deve ficar obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular, pois a oração não 
apresenta sujeito. A oração possui incorreção gramatical e deve ser reescrita 
da seguinte forma: “Não se trata de questões relevantes”. 
Já no segundo item, o verbo “dever”, como transitivo direto que é, exige 
um complemento sem preposição e concorda com o núcleo do sujeito 
"problemas". Ora, se o sujeito for colocado no plural, o verbo também 
deverá acompanhá-lo, conforme observado. A redação da oração “Não se 
devem considerar problemas pessoais no trabalho” encontra-se, pois, 
correta. 
Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa correta é a letra [b]. 
 
22. (ILSL-MG/IBFC) Considere as orações abaixo. 
I. Devem-se pensar em todos os aspectos do problema. 
II. Devem-se analisar todos os aspectos do problema. 
A concordância está correta em 
a) somente I. 
b) somente II. 
c) I e II. 
d) nenhuma. 
 
 
Verbo Transitivo 
Direto + SE
Sujeito Apassivador 
O verbo sempre 
varia com o sujeito
Verbo Transitivo 
Indireto, intransitivo 
ou de ligação + SE
Sujeito 
Indeterminado
O verbo não varia e 
fica na 3ª pessoa do 
singular
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COMENTÁRIOS: 
Quando dois ou mais verbos têm valor de um, eles formam uma locução 
verbal, expressão que é sempre composta por um verbo auxiliar e um verbo 
principal. 
Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo 
principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio 
ou particípio. 
Entendido o que representa uma locução verbal, passemos à analise dos 
itens. 
Na oração “Devem-se pensar em todos os aspectos do problema”, 
presente no item I, temos uma locução verbal formada pelo verbo principal 
"pensar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". 
Saiba que nas locuções verbais o verbo principal não pode variar. O 
verbo auxiliar é quem concorda como o sujeito conforme a transitividade do 
verbo principal. Melhor dizendo, muito embora o verbo principal não varie, 
a sua transitividade é quem determina a flexão do verbo auxiliar. 
Voltando à primeira oração, o verbo “pensar” é transitivo indireto e 
exige um complemento com preposição, pois quem pensa, pensa em algo ou 
em alguém. Sabemos que os verbos transitivos indiretos, quando 
acompanhados do vocábulo “SE”, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do 
singular, posto que o sujeito, no caso, é indeterminado. 
Se o verbo principal está impedido de flexionar-se em número e pessoa, 
como observamos no caso, ele transmite essa condição para o verbo auxiliar, 
que também passa a não variar, mantendo-se na terceira pessoa do singular. 
Corrigindo a frase temos: “Deve-se pensar em todos os aspectos do 
problema”. 
No segundo item, muito embora se observe o mesmo verbo auxiliar, 
temos uma situação oposta à apresentada no item I. 
Na oração “Devem-se analisar todos os aspectos do problema”, o 
verbo principal é transitivo direto e exige um complemento sem preposição, 
pois quem analisa, analisa algo. 
Sabemos que os verbos transitivos diretos, quando acompanhados do 
pronome apassivador “SE”, variam de acordo com o núcleo do sujeito 
paciente. 
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No caso,o verbo principal obriga o seu verbo auxiliar a concordar com 
o núcleo do sujeito "aspectos". Não vemos, portanto, qualquer incorreção 
na redação do item II. 
Gabarito: considerando que apenas a oração presente no segundo 
encontra-se correta, a letra [b} corresponde ao nosso gabarito. 
 
3. Orações sem sujeito ou sujeito inexistente: 
Aqui, cabe fazermos uma breve revisão sobre os casos de orações sem 
sujeito. Elas representam as orações formadas exclusivamente pelo 
predicado, que não se refere a sujeito algum. Como os verbos são 
impessoais, o sujeito é inexistente. 
Hipóteses de ocorrência do sujeito inexistente: 
1º. Verbo haver com valor semântico de existir ou de tempo 
passado: 
 Havia dezenas de questões complicadas na prova; 
 Há horas que venho tentando convencê-lo. 
 
2º. Verbos indicando fenômeno da natureza: 
 Trovejou a noite inteira. 
 
3º. Verbos fazer com valor semântico de tempo decorrido ou 
metrológico: 
 Faz anos que não o vejo. 
 Faz muito frio em São Paulo, nesta época do ano. 
 
Todos os verbos destacados acima, por serem impessoais, encontram-
se na terceira pessoa do singular. Essa, aliás, é uma regra de concordância 
verbal muito importante e recorrente em provas de concursos públicos. 
Vejamos outros exemplos: 
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Em todos os exemplos acima, os verbos são impessoais e encontram-
se na terceira pessoa do singular obrigatoriamente. 
Mas professor, o verbo deveria concordar com o sujeito, não? 
Amiga (o), isso mesmo, no entanto, nos casos indicados, as orações 
não possuem sujeito, melhor dizendo, o sujeito é inexistente, e por esse 
motivo é que os verbos, ditos impessoais, não variam permanecendo na 
terceira pessoa do singular. 
Parece simples, e de fato é, porém muitos erram. Vamos fazer um 
teste, verifique se há algum erro de concordância nas frases abaixo: 
 
 
=> “Se houverem muitos candidatos, na o se preocupe, voce s esta 
preparado”. 
=> “Fazem meses que ele saiu de casa”. 
 
 
Os verbos em destaque estão no plural em flagrante erro de 
concordância verbal. O verbo haver, quando no sentido existir, e o verbo 
fazer exprimindo tempo decorrido, são impessoais e deveriam permanecer 
na terceira pessoa do singular. 
Corrigindo: 
 
=> “Se houver muitos candidatos, na o se preocupe, voce s esta preparado”. 
=> “Faz meses que eles saiu de casa”. 
 
Quando presentes nas locuções verbais, os verbos impessoais 
“haver”e “fazer”transmitem sua impessoalidade aos verbos auxiliares, que 
Choveu muito nos Estados Unidos no 
último ano.
Verbo indicando fenômeno 
meteorológico
Haverá dificuldades, mas vocês se 
darão bem na prova. 
Verbo haver empregado no sentido 
de existir 
Havia meses que não saia de casa. 
Verbo haver indicando tempo 
transcorrido
Faz dois anos que nos casamos. 
Verbo fazer no sentido de tempo 
transcorrido
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também passam a não variar, mantendo-se na 3ª pessoa do singular. Observe 
os exemplos abaixo: 
 
=> Va o fazer quatro dias que saiu o gabarito definitivo (errado). 
=> Vai fazer quatro dias que saiu o gabarito definitivo (certo). 
=> Podem haver mais de uma questa o anulada (errado). 
=> Pode haver mais de uma questa o anulada (errado). 
 
Vejamos como essa parte da matéria foi explorada pelas bancas de 
concursos. 
23. (HU-UFPI/IADES/Adaptada) Em relação ao texto abaixo, julgue o item a 
seguir. 
O verbo “haver”, em destaque, está empregado incorretamente, pois deveria 
concordar com o sujeito da oração principal. 
Fragmento do Texto: 
O Sistema representa um desejo há muito aspirado por todos que utilizam as 
informações de saúde como base para elaboração do seu trabalho, tanto no aspecto 
operacional quanto gerencial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Antes, vejamos à qual trecho o enunciado se refere: 
 
O Sistema representa um desejo há muito aspirado por todos 
 
O verbo haver está empregado no sentido de tempo passado e, 
portanto, é impessoal. Deve, pois, permanecer invariável na terceira pessoa 
do singular. 
Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta, posto que o verbo haver 
foi empregado adequadamente no texto. 
24. (UPE/ENGENHEIRO CARTÓGRAFO/SUAPE) “Sei que ainda há muitos 
descontentes.” A seguir, apresentam-se várias reconstruções da frase, 
ora com o verbo haver, ora com o existir. Uma construção, entretanto, é 
inadmissível quanto à concordância. Assinale-a. 
A) Sei que ainda existirão muitos descontentes. 
B) Sei que ainda deverão haver muitos descontentes. 
C) Sei que ainda podem existir muitos descontentes. 
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D) Sei que ainda existem muitos descontentes. 
E) Sei que ainda vai haver muitos descontentes. 
 
COMENTÁRIOS: 
O verbo haver no sentido de “existir” é impessoal, assim como quando 
empregado indicando tempo passado ou a transcorrer, não possuindo 
sujeito e apresentando-se na terceira pessoa do singular. Ele transmite essa 
impessoalidade para o verbo que o acompanha quando componente de 
locução verbal. Simples assim ! 
Já o verbo existir não possui essas particularidades. Ele deve ser 
conjugado normalmente como qualquer outro verbo. Vamos às alternativas: 
Alternativa “a”: Correta, pois o verbo está flexionado normalmente e 
concordando com o seu sujeito “muitos descontentes”, que está no plural. 
Trata-se da regra básica de concordância verbal. Vamos relembrá-la  ! 
.
 
Alternativa “b”: Na norma culta, não se aceita a forma “deverão 
haver”, já que o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, passando a 
impessoalidade para o verbo auxiliar. Assim, o correto seria “deverá haver”. 
Falsa. 
Alternativa “c” e “d”: Correta, pois o verbo está flexionado 
normalmente. 
Alternativa “e”: Correta, pois o verbo haver está indicando tempo a 
transcorrer, situação na qual ficará na terceira pessoa do singular e 
transmitirá a impessoalidade para o verbo auxiliar, fazendo com que ambos 
fiquem no singular. 
Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa “b” está incorreta, 
logo é o nosso gabarito. 
 
 
REGRA GERAL DE 
CONCORDÂNCIA 
SUJEITO SIMPLES
Verbo concorda com o 
núcleo do sujeiro em 
número e pessoa 
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25. (UPE/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO/TÉCNICO EDUCACIONAL) Sobre 
CONCORDÂNCIA NOMINAL e VERBAL, analise os itens abaixo. 
I. “Essa idéia, aliás, é errada” – se o termo sublinhado fosse 
substituído por comentários, estaria correto o período: Esses 
comentários, aliás, são errados. 
II. “...a escola tem que compactuar ...” – pluralizando-se o termo 
sublinhado, tem-se como correto o período: As escolas têem que 
compactuar. 
III. “Quase não existe mais espaço para aquela didática...” 
substituindo-se o primeiro termo sublinhado pelo verbo haver, 
e o segundo termo sublinhado, por chances, estaria correto 
o trecho: Quase não hão mais chances para aquela didática. 
IV. “Não há colégio separado do que está acontecendo...” – se 
fosse substituído o primeiro termo sublinhado por existir, e 
o segundo termo sublinhado, por escolas, estaria correto operíodo: Não existe escolas separadas do que está acontecendo. 
Somente está CORRETO o que se afirma em 
A) II e IV. 
B) II e III. 
C) I. 
D) III. 
E) I, III e IV. 
COMENTÁRIOS: 
Item I: O verbo está concordando com o sujeito “esses comentários”, 
ficando por isso no plural. Correto. 
Item II: Não existe a forma verbal “têem”. Para marcar a 3ª pessoa do 
plural do presente do indicativo do verbo “ter”, usamos a forma “têm”. Anote 
na sua agenda: revise a conjugação verbal dos verbos “ter”, “ver” e “vir”, os 
mais frequentes em provas de concursos. No final desta aula apresentamos 
as referidas conjugações. 
Para não esquecer jamais: 
 PRESENTE DO INDICATIVO 
 Verbos VIR/ VER / TER 
ele/ela vem Vê tem 
eles/elas vêm veem têm 
 
Item III: O verbo “haver” está sendo empregado no sentido de “existir”, 
devendo ficar na 3ª pessoa do singular, visto que é impessoal (não possui 
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sujeito). Outros casos em que esse verbo se torna impessoal é quando indica 
tempo passado ou a transcorrer. Falso. 
Item IV: Mais uma vez, o verbo “haver” no sentido de “existir” é 
impessoal, ao contrário do próprio verbo EXISTIR, que conjugamos 
normalmente no singular e no plural. Assim, o correto seria: “Não existeM 
escolas separadas do que está acontecendo.”. O verbo está concordando com 
o termo “escolas separadas”, que está no plural. Falso. 
Temos falsos os itens II, III e IV. Por correto somente o item I. 
Gabarito: a alternativa correta é a letra “c”. 
26. (CRO – AL/IDECAN) Em relação à concordância, marque o item 
INCORRETO. 
a) Havia sérios problemas naquele prédio. 
b) Espera-se dias mais propícios. 
c) Os vizinhos ficaram alerta. 
d) A porta se encontrava meio aberta. 
e) Ela anda meio aborrecida. 
COMENTARIOS: 
 As alternativas [a], [c], [d] e [e], encontram-se redigidas corretamente. 
Na letra [a], o verbo “haver” permanece invariável na terceira pessoa do 
singular, já que é empregado no sentido de existir. Nos demais casos, as 
formas verbais concordam com o seu respectivo núcleo do sujeito. 
 A letra [b], por sua vez, não observou às regras de concordância verbal. 
Vimos que os verbos transitivos diretos, quando acompanhados do “SE”, 
caracterizam a voz passiva sintética na qual o verbo concorda em número e 
pessoa com o núcleo do sujeito paciente. Corrigindo a oração temos: 
“Esperam-se dias mais propícios”. 
Gabarito: nesses termos, a letra [b] é a alternativa incorreta. 
27. (FCS/IBFC) Leia as orações abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. Fazia mais de quatro anos que as amigas frequentavam as aulas de 
espanhol. 
II. No último feriado, registraram-se vários acidentes, mas houveram poucas 
ocorrências fatais. 
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a) Há equívocos nas redações das orações I e II. 
b) Há equívoco apenas na redação da oração I. 
c) Não há equívocos nas redações das orações I e II. 
d) Há equívoco apenas na redação da oração II. 
COMENTÁRIOS: 
O item I encontra-se redigido corretamente, já que o verbo “fazer” está 
se referindo a tempo. Nessa situação, deve ficar na 3ª pessoal do singular, 
pois é invariável. 
No item II, temos o verbo transitivo direto “registrar”, acompanhado 
do pronome apassivador "SE", nesse caso foi empregado corretamente 
concordando com o núcleo do sujeito paciente "vários acidentes". 
Todavia, a forma verbal “houveram” está no sentido de acontecer, 
existir, ocorrer. Logo, como verbo impessoal, deveria estar na 3ª pessoa do 
singular. Não se esqueçam: verbo haver no sentido de existir, ocorrer, 
acontecer ou tempo decorrido é invariável e permanece 3ª pessoa do 
singular. 
Corrigindo a frase presente no segundo item: No último feriado, 
registraram-se vários acidentes, mas houve poucas ocorrências fatais. 
Gabarito: considerando que apenas o item II foi redigido 
incorretamente, a alternativa correta é a letra [d]. 
28. (INEP/IBFC) Considere as orações abaixo. 
I. Devem haver muitos interessados no cargo. 
II. Devem-se analisar todos os aspectos da questão. 
III. Tratam-se de problemas graves. 
A concordância está correta somente em 
a) I b) II c) III d) I e II e) I e III 
COMENTÁRIOS: 
Para melhor entendimento da questão, vamos analisar cada item 
isoladamente. 
No item I, na oração “Devem haver muitos interessados no cargo”, 
temos uma locução verbal formada pelo verbo principal "haver", que se 
encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". Veja que o verbo principal 
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não pode variar, pois está no infinitivo. O verbo auxiliar é quem concorda 
com o sujeito conforme transitividade do verbo principal (este é quem 
manda). 
O verbo principal “haver” está empregado no sentido de existir, desta 
forma classificando-se como verbo impessoal o que impede sua flexão em 
número e pessoa. 
Como o verbo principal, aqui impessoal e invariável, transmite suas 
características ao verbo auxiliar, ele (o auxiliar), também permanecerá 
invariável na 3ª pessoa do singular. 
Corrigindo: (Devem) Deve haver muitos interessados no cargo. 
No segundo item, temos a oração “Devem-se analisar todos os aspectos 
da questão”. Na frase, temos uma locução verbal formada pelo verbo 
principal "analisar", que se encontra no infinitivo, e o verbo auxiliar "Devem". 
Como o verbo principal não pode variar, pois se encontra no infinitivo, o 
verbo auxiliar é quem concorda com o sujeito, obedecendo, é claro, a 
transitividade do verbo principal (já vimos que nas locuções verbais o verbo 
principal empresta as suas características ao verbo auxiliar). 
O verbo principal “analisar” é transitivo direto e exige um 
complemento sem preposição, pois quem analisa, analisa alguma coisa. Os 
verbos transitivos diretos, quando acompanhados do pronome apassivador 
“SE”, concordam com o núcleo do sujeito paciente. No caso apresentado, o 
verbo principal obriga o seu verbo auxiliar a concordar com o núcleo do 
sujeito "todos os aspectos”. 
Isto posto, temos que a frase “Devem-se analisar todos os aspectos da 
questão” foi corretamente redigida, respeitando inteiramente as regras de 
concordância verbal. 
Por fim, no item III, observa-se o verbo “tratar”, transitivo indireto, 
acompanhado do indicie de indeterminação do sujeito “SE”. Nesse caso, o 
verbo deveria ter permanecido obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular, 
pois a oração não possui sujeito determinado. 
Corrigindo a frase: Trata-se de problemas graves. 
Gabarito: apenas a redação do item II está adequada, dessa forma a 
alternativa correta é a letra [b]. 
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Chegamos ao final de mais um encontro rumo à aprovação. Temos 
convicção de que a quantidade de aulas já disponibilizadas proporcionou 
aos nossos alunos uma bagagem incomparável frente aos seus concorrentes. 
Motivem-se, vocês estão no caminho certo. Agora é a hora de intensificarmos 
os estudos. 
Professor Rômulo Passos, Ciro Passos e Equipe. 
www.romulopassos.com.br 
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