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U.2 T.2 
ASPECTOS LEGAIS APLICADOS AO TERCEIRO SETOR
2 – A CF E AS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR
As entidades do terceiro setor podem ser amparadas pelos seguintes benefícios: imunidade tributária de e isenção fiscal, ou seja isenção de impostos e contribuições. Esses benefícios são concedidos pelo poder publico no sentido de reconhecer o trabalho realizado por essas entidades, alem de incentivar a criação de novas associações e fundações, permitindo a sobrevivência das q já estão atuando. A CF estabelece em seu art. 150 q é vedado a União, Estados, DF e Municípios instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Portanto, o item “c” do art. 150 aborda a questão da imunidade, enquanto q a isenção é abordada na CF, em seu art. 151, II, na qual é proibida a instituição de isenções de tributos pela União, relativas a tributos de competência do Estado, do DF e dos Municípios.
3 – TRIBUTAÇÃO DO TERCEIRO SETOR 
3.1 – IMUNIDADE
Imunidade, portanto, é uma limitação constitucional ao poder de tributar, estabelecida no art. 150, VI, “c” e art. 195, § 7º da CF.
Retomando o art. 150, VI, “c”
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
	De acordo com o disposto no art. 150 VI, c, são imunes aos impostos as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, não podendo o Governo instituir impostos sobre associações ou fundações q tenham por finalidade o ensino e a assistência social. Olak e Nacimento mencionam q os partidos políticos, suas fundações e entidades sindicais obedecem as leis q regem as respectivas espécies. Podemos acrescentar q a imunidade dessas instituições de educação e de assistência social, “sem fins lucrativos”. 
	O CFC menciona q a norma não é mto clara sobre a identificação do q seria uma instituição de educação e de assistência social, como acontece c/ as fundações instituídas por partidos políticos. Complementa ainda, esclarecendo q as instituições de educação q podem se beneficiar da imunidade são as q prestam serviços de educação de ensino fundamental, médio ou superior. Com relação ao termo “assistência social”, esse é amplo, podendo abranger saúde, previdência e assistência social, propriamente dito.
	Já o art. 195 § 7º, estabelece q “são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social q atendam as exigências estabelecidas em lei.
3.2 – ISENÇÃO 
	A Isenção é uma espécie de renuncia fiscal ou exclusão do credito tributário, cfe consta do art. 175, I, do Código Tributário Nacional. Araujo, explica q “a isenção tributaria ocorre qdo a não incidência de tributos decorre de lei infraconstitucional e depende, por isso, da vontade do instituidor do referido tributo. 
	Desta forma, de acordo com suas competências tributarias, cada esfera de governo pode determinar as isenções q entender necessária, devendo estar previstas em Lei.
3.3 – DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO
	Não devemos confundir imunidade com isenção, uma vez q imunidade está prevista na constituição, sendo uma limitação ao poder de tributar e isenção é temporária e precisa estar definida em lei.
	Tisel, tanto na imunidade qto na isenção, o resultado obtido é a exoneração tributaria concedida as entidades do terceiro setor, tendo em vista os relevantes serviços públicos prestados a sociedade.
	Ainda sobre as diferenças, podemos salientar q a imunidade tem caráter permanente, pois somente será alterada com modificações na CF, enqto q isenção é temporária, podendo no momento de sua concessão ser delimitado o prazo de vigência, pois decorre da lei. 
	A isenção pode alcançar todos os tipos de tributos, desde q cada esfera de Governo determine, pois são eles q possuem condições de legislar sobre a isenção de tributos q são de sua competência. 
	Custódio, Olak e Nascimento mencionam q: “As duas expressões não se confundem: a imunidade tem por fonte, sempre a Constituição; a Isenção provem de lei. Imune é aquele q se acha fora do alcance da entidade tributante, por expressa disposição constitucional, ao passo q isento é o q, abrangido pela esfera do poder tributante, onerável em principio, foi libertado da obrigação, por expressa disposição legal. 
	IMUNIDADE
	ISENÇÃO
	É qdo ao setor publico é vedado cobrar tributos de certa pessoa ou em determinada situação. As imunidades estão descritas na CF, não estando sujeitas a mudanças no Estados, DF ou Municípios, somente sendo alteradas mediante alteração na CF. 
	Ocorre qdo o governo decide incentivar uma atividade, deixando de exercer seu direito de tributar alguém ou alguma situação por meio de Lei Ordinária. Essa vontade do Estado torna vulneráveis os casos de isenções de tributação a mudanças politicas ou administrativas, pela simples mudança da lei q instituiu a isenção.
3.4 – REQUISITOS MÍNIMOS PARA OBTENÇÃO DA IMUNIDADE E ISENÇÃO 
	Para q as entidades do terceiro setor possam obter a imunidade ou isenção é necessário q sejam obedecidos alguns requisitos, na qual é preciso observar de forma conjunta os art. 9º e 14º do Código Tributário Nacional (CTN).
	O CTN em seu art. 9º, inciso IV, item c, menciona o q segue:
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65; 
II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda; 
III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais; 
IV - cobrar imposto sobre: 
a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. 
	O art. 14 tbm do CTN menciona os requisitos necessários para q as entidades elencadas no art. 9º inciso IV alínea c, possam obter a imunidade. 
	Cfe Araújo: 
* A instituição deve estar caracterizada como sendo de educação ou de assistência social;
* deve estar caracterizado ausência de fins lucrativos no exercício de suas atividades;
* a imunidade deve estar limitada aos impostos q incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços q se relacionem com as finalidades essenciais da entidade; 
* a entidade necessita aplicar todos os seus recursos integralmente no pais e em seus objetivos institucionais;
* no caso de encerramento das atividades, fusão, incorporação ou cisão a outra entidade q se enquadre nos requisitos para usufruir da imunidade;
* manter a escrituração contábil contábil regular de suas atividades e cumprimento das obrigações acessórias.
 Araújo menciona q os requisitos para obtenção de isenção são os mencionados nas normas infraconstitucionais concedentes de isenção. Dessa forma, no caso das isenções devem ser observadas as exigências definidas pelas esferas federal, estadual e municipal.

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