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aula DISSÍDIO COLETIVO 20 03 2018

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DISSÍDIOS COLETIVOS – aula 27-03-2018 – 9º e 8º semestres 
INTRODUÇÃO
De acordo com Cid José Sitrângulo, "quando o dissídio envolve interesses coletivos, não singulares, temos o dissídio coletivo. Este instituto de direito processual se caracteriza pelo fato de permitir que o conflito coletivo seja canalizado a um processo, por via do qual se busca a solução da controvérsia oriunda da relação de trabalho de grupos e não do interesse concreto de uma ou mais pessoas pertencentes aos mesmos grupos."
Os dissídios coletivos podem se destinar a criar novas condições de trabalho e/ou rever algumas constituídas anteriormente. Podem ainda, buscar a interpretação de outras normas de relevância coletiva.
Podem ser ajuizadas pelas próprias partes, ou pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.
A diretoria do sindicato deverá estar autorizada a propor o dissídio coletivo, por meio da Assembleia Sindical. Deve ainda demonstrar a tentativa de negociação com a parte contrária.
Caso a negociação não resulte em um acordo ou numa convenção coletiva, as partes, em comum acordo, ajuizarão o dissídio, através de petição inicial. 
A competência para julgar os dissídios coletivos é dos Tribunais Regionais do Trabalho.
No prazo de 10 (dez) dias, o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho designará audiência de conciliação. Não ocorrendo a conciliação, será designado o julgamento, onde as partes poderão fazer sustentação oral em até 10 (dez) minutos, se colhendo, então, os votos dos juízes. 
A sentença que põe fim ao dissídio coletivo é chamada de Sentença Normativa, e é aplicável no âmbito das partes envolvidas.
Assim, quando o que se pretende é a criação de normas e condições de trabalho, o dissídio terá caráter econômico. Por outro lado, quando os conflitos são fundados em normas preexistentes em torno da qual divergem as partes, quer na sua aplicação, quer na sua interpretação, estar-se-á diante de dissídio de natureza jurídica.
O dissídio de greve possui natureza de dissídio jurídico, uma vez que supõe a apreciação do caráter abusivo da greve (ação de natureza declaratória). Contudo, são discutidas também, no bojo do dissídio de greve, questões atinentes às condições de trabalho. 
Dissídios originários
Quando inexistentes ou em vigor normas e condições especiais de trabalho, com a criação de condições especiais de trabalho, conforme o art. 867, Consolidação das Leis do Trabalho;
De revisão
Destinados a rever normas e condições coletivas de trabalho preexistentes e que se tornaram ineficazes ou injustas de acordo com as circunstâncias (arts. 873 a 875, CLT);
De declaração
Sobre paralisação de trabalho em decorrência de greve;
De extensão
Visando estender as condições de trabalho a outros trabalhadores (art. 868 a 871 - CLT).
PRESSUPOSTOS
Além dos pressupostos genéricos, comuns a qualquer ação, o dissídio coletivo tem alguns pressupostos específicos:
Competência:
Competência originária dos Tribunais Trabalhistas. Se o conflito restringir-se à jurisdição de um TRT este é o competente para solucioná-lo (art. 677, CLT). Se o conflito excedeu à jurisdição do TRT a competência é do TST (art. 2º, I, letra “a” da lei 7701/88). Em SP - em razão da abrangência do conflito – se em todo o estado ou na sua jurisdição, será do TRT da 2ª Reg., se na jurisdição do TRT da 15ª Reg. é deste TRT (lei 9254/96). 
É de se observar que nos casos em que o dissídio envolva apenas a base territorial do Estado de São Paulo, compreendendo as jurisdições dos Tribunais Regionais do Trabalho da 2ª e da 15ª Regiões, a competência não será do Tribunal Superior do Trabalho, mas sim do Regional da 2ª Região, por previsão expressa contida na Lei de criação do TRT da 15ª Região.
Legitimação processual:
A capacidade processual de estar em juízo que é do sindicato, que tem a legitimidade ativa para suscitar o dissídio coletivo, representando a categoria numa dada base territorial. Legitimidade do MPT para o dissídio coletivo de greve (art. 114, § 3º, CF).
Negociação coletiva prévia: Deve ser demonstrada a tentativa de negociação, conforme previsão constitucional.
Inexistência de norma coletiva em vigor:
Havendo norma coletiva em vigor não poderá o sindicato pretender sua alteração pela via do dissídio coletivo. Época própria para o ajuizamento: 60 dias antes do término da vigência da norma coletiva anterior – art. 616, § 3º, CLT.
Comum acordo: Novidade prevista no art. 114, § 2º, da CF, introduzida pela EC/45. Prescreve a norma constitucional que, recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica.
PODER NORMATIVO
A sentença em dissídio coletivo produz efeito erga omnes, refletindo sobre todos os integrantes das categorias econômicas e profissionais, quando instaurado por sindicatos, com repercussão nos contratos individuais de trabalho. 
A priori, deve-se registrar o momento em que a sentença passa a vigorar, pois em havendo sentença normativa, acordo ou convenção coletiva, o dissídio deverá ser instaurado dentro dos sessenta dias que antecedem seu término, para que possa ter aplicação no dia imediato a seu termo, conforme dispõe artigos 616, § 3° e 867, par. único, ambos da CLT27. Contudo, caso não seja respeitado o limite temporal acima mencionado, bem como nos casos em que não exista sentença normativa anterior, terá vigência a partir do momento de sua publicação.
A sentença normativa terá como prazo máximo de validade quatro anos, conforme menciona art. 868, § único da CLT, todavia, a praxe vem estabelecendo o prazo de vigência de um ano.

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