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DIREITO CIVIL V DIREITO DE FAMÍLIA (1)

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DIREITO CIVIL V - DIREITO DE FAMÍLIA 
 
AULA 1 
 
PARENTESCO 
 
A) Natural ou Consangüíneo 
 
1 – Até o 4º grau em linha colateral (irmãos, tios, sobrinhos) 
2 – Grau infinito (linha descendente) 
3 – Segundo grau – linha ascendente 
 
B) Civil ou por adoção 
 
C) Afinidade 
 
D) Espiritual 
 - Bisavós não contam mais como sucessões legítimas, apenas de forma testamentária. 
 
FAMILÍA 
 
 ​- Strito Senso 
 
É aquela que decorre ou de casamento ou de união estável hétero afetiva ou relação de 
união estável homo afetivo, ou ainda de núcleos onde somente exista um pai ou uma mãe. 
E os filhos que decorram dessa relação 
 - Quem mora só, também é Strito senso 
 
 ​- Lato Senso 
 
É o que sobra da família (avós, tios, primos), logo; aqueles que não moram. 
Espécies de parentes. 
Marido / esposa / companheiro (a) não é parente, mas sogros são. 
 
2º tipo de parentesco 
 
Por afinidade​ – contando até o 2º grau (vem de casamento, união estável, hétero ou homo 
afetivo e até os agregados) 
 
Parentesco espiritual: 
 
Padrinhos e madrinhas, podem ser considerados eventualmente mais próximos que um 
parente consangüíneo. 
 
Podem pleitear eventualmente: 
 
- Guarda 
- Tutela 
- Curatela 
- Adoção 
 
 
AULA 2 
Rio, 26 de fevereiro de 2018. 
 
Princípios norteadores de direito de família 
 
a) Princípio da dignidade humana 
� A melhor condição, a mais digna para um ser humano sobreviver, humanidade, 
solidariedade. 
 
b) Princípio da solidariedade 
� O que se tem de obrigação solidária à nível jurídico - nível material - avós que 
cuidam de seus netos na falta, e no abandono moral e material dos pais do incapaz (acionar 
regressivamente) 
 
c) Princípio da pluralidade das entidades familiares 
� Princípio que reconhece outras formas de formação familiar. Hoje, união estável 
também é, mas na união estável a pessoa continua sendo solteira 
� Pais, separados que se divorciam e se casaram com outras pessoas dando assim 
novas origens de família 
 
d) Princípio da intervenção mínima do Estado 
� As relações entre as famílias são privadas, mas o Estado pode intervir se 
necessário, como no caso de abuso, violência, alienação parental, ou seja; para proteger a 
relação familiar. 
 
Bizu! 
Alienação parental envolve qualquer tipo de parente, qualquer um 
que, impeça outro de estabelecer contato. 
 
e) Da liberdade quanto ao planejamento familiar 
Dimensão (tamanho) da família não há nada que impeça de se ter vários filhos. 
 
Bizu! 
Reconhecimento de paternidade / maternidade de forma 
sócio-afetiva, já há um reconhecimento jurisprudencial nos 
tribunais. 
 
f) Isonomia entre filhos 
� Não há distinção entre filhos consangüíneos, adotados e até mesmo os filhos tidos 
fora do casamento (da “puladinha” de cerca) 
 
g) Princípio do melhor interesse em benefício do menor. 
 
h) Princípio da paternidade/ maternidade responsável 
 
� Financeira 
� Material 
� Psicologicamente 
 
i) Princípio da efetividade 
 
� Não importa se são do mesmo sexo ou oposto, o importante é o grau afetivo pelo 
amor. Sem importar raça, credo ou nível social 
� O afeto é a base para a estrutura. 
 
j) Princípio da Monogamia. 
 
 
AULA 3 
Aula em 05 de março de 2018. 
 
 
Do casamento 
 
Autoridades para celebrar um casamento: 
� Padres 
� Rabinos 
� Pastores 
� As culturas afro-brasileiras não têm autorização formal para celebrar casamento. 
 
Artigos 1.511 e seguintes: 
 
LIVRO IV 
DO DIREITO DE FAMÍLIA 
TÍTULO I 
DO DIREITO PESSOAL 
SUBTÍTULO I 
DO CASAMENTO 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1.511.​ O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de 
direitos e deveres dos cônjuges. 
 
Art. 1.512.​ O casamento é civil e gratuita a sua celebração. 
 
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão 
isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob 
as penas da lei. 
 
Art. 1.513​. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na 
comunhão de vida instituída pela família. (intervenção mínima do Estado) 
 
Art. 1.514. ​(importante) O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher 
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os 
declara casados. 
 
Art. 1.515.​ O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do 
casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo 
efeitos a partir da data de sua celebração. 
 
Art. 1.516.​ O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos 
para o casamento civil. (exceção para pessoas empolgadas) 
 
§ 1º O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de 
sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa 
de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação 
regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. 
 
§ 2º O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá 
efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, 
mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 
1.532. (90 dias) 
 
§ 3º Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos 
consorciados houver contraído com outrem casamento civil. 
(Bigamia) 
 
CAPÍTULO II 
DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTO 
 
Art. 1.517​. (Somente com autorização dos pais de ambos, registrado em cartório) O homem 
e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou 
de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. 
 
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo 
único do art. 1.631. 
 
 ​Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder 
familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com 
exclusividade. 
 Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder 
familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do 
desacordo. 
 
 
Art. 1.518​. (entre 16 e 18 anos) Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou 
curadores revogar a autorização. 
 
Art. 1.519.​ A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. 
 
Art. 1.520.​ Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a 
idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso 
de gravidez. 
 
CAPÍTULO III 
DOS IMPEDIMENTOS 
 
Existem casos em que as pessoas não podem casar – O vício nunca vai sanar. 
Não devem casar – o vício pode ser sanado 
 
 
Art. 1.521.​ Não podem casar: 
 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
(o companheiro “a” da pessoa que adotou o adotado, não poderá se casar com aquele a 
quem foi adotado) 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio 
contra o seu consorte. (Caso do Euclides da Cunha) 
 
Art. 1.522​. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do 
casamento, por qualquer pessoa capaz. 
 
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de 
algum impedimento, será obrigado a declará-lo. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS CAUSAS SUSPENSIVAS 
 
Art. 1.523.​Não devem casar: 
 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos 
bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez 
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do 
casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou 
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, 
e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
(tutela ou curatela não substitui os pais ou responsáveis) 
 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as 
causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência 
de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada 
ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou 
inexistência de gravidez, na fluência do prazo. 
 
Art. 1.524​. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos 
parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos 
colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. 
 
CAPÍTULO V 
DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO 
 
Art. 1.525.​ O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os 
nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os 
seguintes documentos: 
 
I - certidão de nascimento ou documento equivalente; 
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato 
judicial que a supra; 
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e 
afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; 
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus 
pais, se forem conhecidos; 
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de 
anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. 
 
Art. 1.526.​ A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a 
audiência do Ministério Público. 
Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a 
habilitação será submetida ao juiz. 
 
Art. 1.527.​ Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará 
durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, 
obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. 
 
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a 
publicação. 
 
Art. 1.528. ​É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que 
podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de 
bens. 
 
Art. 1.529.​ Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em 
declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação 
do lugar onde possam ser obtidas. 
 
Art. 1.530​. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da 
oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. 
 
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos 
fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. 
 
Art. 1.531.​ Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de 
fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação. 
 
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a 
qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo. 
 
Art. 1.532​. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi 
extraído o certificado. 
 
CAPÍTULO VI 
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 
 
Art. 1.533.​ Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela 
autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem 
habilitados com a certidão do art. 1.531. 
 
Art. 1.534​. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas 
abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, 
querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou 
particular. 
 
§ 1º Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o 
ato. 
§ 2º Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos 
contraentes não souber ou não puder escrever. 
 
Art. 1.535​. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente 
com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a 
afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o 
casamento, nestes termos: 
"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes 
por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." 
 
Art. 1.536.​ Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de 
registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o 
oficial do registro, serão exarados: 
 
I – os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual 
dos cônjuges; 
II – os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência 
atual dos pais; 
III – o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento 
anterior; 
IV – a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento; 
V – a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro; 
VI – o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas; 
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi 
lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o 
obrigatoriamente estabelecido. 
 
Art. 1.537.​ O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na 
escritura antenupcial. 
 
Art. 1.538​. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos 
contraentes: 
 
I - recusar a solene afirmação da sua vontade; 
II - declarar que esta não é livre e espontânea; 
III - manifestar-se arrependido. 
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa 
à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia. 
 
Art. 1.539.​ No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá 
celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas 
testemunhas que saibam ler e escrever. 
§ 1º A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á 
por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, 
nomeado pelo presidente do ato. 
§ 2º O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro 
dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. 
 
Art. 1.540.​ Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a 
presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o 
casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não 
tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. 
 
Art. 1.541.​ Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a 
autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a 
declaração de: 
 
I - que foram convocadaspor parte do enfermo; 
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; 
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se 
por marido e mulher. 
 
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências 
necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, 
ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. 
 
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade 
competente, com recurso voluntário às partes. 
 
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos 
interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos. 
 
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos 
cônjuges, à data da celebração. 
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo 
convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do 
oficial do registro. 
 
Art. 1.542​. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, 
com poderes especiais. 
 
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, 
celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da 
revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 
 
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no 
casamento nuncupativo. 
 
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. 
 
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato. 
 
 
 
AULA 4 
 
26/03/2018 
 
 
Regime de bens 
 
A) Comunhão Parcial de bens (forma legal/convencional) 
 
- ​no silêncio, inércia, é o regime aplicado ao casal. 
 
- não importa a origem da aquisição de bem, ou em nome de quem está, se foi adquirido de 
forma onerosa ser a dividido pelos dois no divórcio. 
 
- bens adquiridos de forma gratuita , graciosa(não onerosa) não serão divididos. 
(Doação...herança - pacificado pelo STF). 
 
- união estável (se não for formalizada por contrato - união estável informal), pode ser 
aplicado este regime. 
 
*Quando tiver contrato (união estável formal) observar o regime adotado no contrato. 
 
- nesse regime de bens o cônjuge é meeiro e herdeiro. (Art. 1829 do C. Civil) 
 
Ex: Guilherme e Joana adquiriram 20 milhões de forma onerosa na constância do 
casamento. 
 
O casal tem 4 filhos. 
 
Na morte de Guilherme: 
 
Joana terá direito a 10 dos 20 milhões (sua metade - meeira) 
 
+ 
 
E tera direito a 50% do restante (5 milhões) a título de herança. 
 
Os 5 milhões restantes Serão divididos entre os 4 filhos. 
 
 
B) Comunhão universal de bens 
 
Nessa hipótese, na dissolução, não pode ter herdeiro e meeiro. 
 
Será só meeiro. 
 
A pessoa não pode ser herdeira do que ja é dela. 
 
 
C) Separação convencional de bens 
 
- É a separação feita por opção. 
 
- Cada um tem seu patrimônio. 
 
- Nada que tinha antes nem o que constituir durante será do outro. Cada um administra o 
seu patrimônio. 
 
Patrimônio = bens móveis e imóveis. 
 
- Se um dois tiver dívida e o outro pagar. Segundo o STF, caso haja comprovante do 
pagamento (recibo de quitação e comprovante de saída da conta) , na separação o que 
pagou tera direito ao dinheiro que emprestou pagando a dívida. 
 
- caso de compra de apartamento em meu nome. Não tive mais como pagar e minha mulher 
pagou o restante. Ela tem direito, não pelo casamento, mas pelo reconhecimento da 
instituição societária entre os dois. 
 
- princípios do contrato: Boa boa fé objetiva, consensualismo, pacta sunt servanda (força 
dos contratos). 
 
- Em caso de divórcio cada um fica com o seu. (​O cônjuge não é meeiro​). 
 
- ​Em caso de morte, o conjugue é herdeiro. 
 
 
D) Separação obrigatória de bens 
 
- São as excepcionalidades previstas em lei; 
 
*Viúva (o) 
*Idosos acima de 70 anos. 
 
- O cônjuge não é meeiro e nem herdeiro. Não tem direito a nada. 
 
- Vide: arts 1521...1523...do código Civil. 
 
CAPÍTULO III 
DOS IMPEDIMENTOS 
 
Existem casos em que as pessoas não podem casar – O vício nunca vai sanar. 
Não devem casar – o vício pode ser sanado 
 
 
Art. 1.521.​ Não podem casar: 
 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; (o 
companheiro “a” da pessoa que adotou o adotado, não poderá se casar com aquele a quem foi 
adotado) 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu 
consorte. (Caso do Euclides da Cunha) 
 
Art. 1.522​. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por 
qualquer pessoa capaz. 
 
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum 
impedimento, será obrigado a declará-lo. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS CAUSAS SUSPENSIVAS 
 
Art. 1.523.​ Não devem casar: 
 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do 
casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses 
depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com 
a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas 
as respectivas contas. 
(tutela ou curatela não substitui os pais ou responsáveis) 
 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas 
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, 
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso 
do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do 
prazo. 
 
 
 
E) Participação final nos aquestos (bens comuns). 
 
-É um regime novo que não existia no comigo antigo. 
 
- É um regime híbrido. 
 
- Mistura comunhão e separação de bens. 
 
- cada um tem seu patrimônio individual, porém, tem alguns bens em comum, onde ambos 
contribuíram efetivamente de forma onerosa. (Cada um deu metade do valor de uma casa 
que é de ambos.) Ainda que cada um tenha seu apartamento próprio. 
 
- os aquestos são os bens comuns compartilhados pela família. 
 
- o conjugue é meeiro nos aquestos do casal e herdeiro no patrimônio individual do 
conjugue. 
 
Herdeiro integral / sucessão integral = não tem descendentes (filhos), ou, ascendentes 
(pais). 
 
 
 
 ​ Entidades familiares 
 
São 4 entidades: 
 
Reconhecidas por lei, são duas: 
 
- Casamento; (C. Civil) 
- União estavel. (C. Civil) 
 
Outras duas não são reconhecidas por lei, são elas: 
 
- Poliamorismo; (STF) 
- Monoparental. (STF) 
 
Essas duas não são reconhecidas pela constituição Federal porém ambas são 
reconhecidas pelo STF. 
 
 ​Poliamorismo 
 
Tem relacionamento com duas ou mais pessoas, com todos envolvidos na relação cientes 
disso. 
 
 ​Monoparental 
 
Pai solteiro/Mãe solteira. 
 
Um único genitor. 
 
Precisa ter condições de prover sozinho(a) a família. 
 
Se forma originariamente assim, normalmente. 
 
Semana que vem: 
 
União estável e fecha entidades familiares.AULA 5 
 
02/04/2018 
 
 
União estável 
 
Concubinato Puro 
 
Pessoas que vivem junto como um casal de forma monogâmica. 
 
Possibilidade de ​audiência de justificação​ para comprovar o vínculo. 
 
 x 
 
Concubinato impuro 
 
Pessoas que de fato tinham 2 ou 3 famílias. 
 
Sendo uma esposa a titular e as outras eram as concubinas. 
 
Chamadas de ​concubinas impuras​, por ter que dividir o companheiro com a titular. 
 
Não havia nesse caso possibilidade de audiência de justificação para comprovar o vínculo. 
 
Era um caso fortuito. 
 
 
 ​ ***​Audiência de justificação 
 
Audiência para reconhecimento do vínculo. 
 
Era uma audiência pública realizada em vara cível. 
 
 
1994 - 1ª lei de união estável 
 
Requisitos: 
 
- Concubinato puro 
 
Ser viúva(o), divorciada(o) ou solteira(o) 
 
- Gerar prole eventual (filhos) 
 
- relacionamento reconhecido a partir de no mínimo 5 anos juntos, com: publicidade, 
monogâmia, testemunhas, filhos, coabitação (morar juntos). 
 
Obs: há precedentes em casos de infertilidade de uma das partes, em que comprovado a 
incapacidade física, o que era uma constrangimento muito grande, o juiz comprovada a 
incapacidade, reconhecia a União estável mesmo com a ausência de prole (filhos). 
 
 
1996 - 2ª lei de união estável 
 
Requisitos: 
 
- Concubinato puro 
 
Ser viúva(o), divorciada(o) ou solteira(o) 
 
- Não há mais a necessidade de ter filhos. 
 
- relacionamento reconhecido a partir de no mínimo 2 anos juntos, com: publicidade, 
monogâmia, testemunhas, coabitação (morar juntos). 
 
 
Código Civil de 2002 - União estável. (Artigos 1723 a 1727). 
 
 TÍTULO III 
 DA UNIÃO ESTÁVEL 
 
Art. 1.723.​ É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a 
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o 
objetivo de constituição de família. 
 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se 
aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato 
ou judicialmente. 
 
 ​ ​-> Art. 1.521. Não podem casar: 
 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio 
contra o seu consorte. 
 
 
§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. 
 
 ​ -> Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos 
bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez 
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do 
casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou 
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, 
e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as 
causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência 
de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada 
ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou 
inexistência de gravidez, na fluência do prazo. 
 
 
Art. 1.724. ​As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de 
lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. 
 
Art. 1.725.​ Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às 
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. 
 
Art. 1.726​. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos 
companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. 
 
Art. 1.727.​ As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, 
constituem concubinato. 
 
(Quando mais de duas partes estão envolvidas numa relação e tem 
conhecimento disso, segundo doutrina minoritária e posicionamento do STF, 
leia-se, jurisprudência,entende se esse relacionamento como POLIAMOR. 
 
Na forma da lei, esse tipo de relação ainda é ilegal e seria classificado como 
concubinato impuro, art.1727 - DEVE CAIR NA PROVA.). 
 
 
 ​Observação: 
 
Art. 1829: 
 
"A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 
646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694) 
 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este 
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens 
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não 
houver deixado bens particulares; 
 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
 
IV - aos colaterais." 
 
 
 
 ​Aula 6 
 
 09/04/2018 
 
 
 
Da proteção da pessoa dos Filhos 
 
Filhos não estão associados a nenhuma entidade familiar, nem a casamento, nem a União 
estável. 
 
Não importa a origem dos filhos, serão reconhecidos como filhos para direitos e deveres. 
 
Filhos espúrios - filhos nascidos com reprovação social e moral (filhos de sacerdotes que 
se comprometeram com o celibato, por exemplo). 
 
Filhos incestuosos - filhos que provém dos impedimentos previstos no art. 1521 do 
Código Civil, derivam de incesto. (Pai com filha, mãe com filho, irmão com irmã, por 
exemplo). 
 
 ​-> Artigo 1.521 
 
Não podem casar: 
 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa ​de homicídio 
contra o seu consorte. 
 
 
Filho adotivo​ - filho que se obtém de uma sentença positiva que determina a adoção. 
 
A partir desse momento, não há mais que se falar em filho(a) adotivo(a) e esta pessoa 
torna-se-a filho(a) legítimo(a). 
 
Filho de criação (família socio-afetiva) ainda não tem reconhecimento legal. Já existem 
jurisprudências e há uma corrente "minoritária" inclusive endossada pelo ministro FUX 
(STF) de que o filho de criação deve ser entendido com os mesmos direitos do filho 
co-sanguíneo no caso de sucessão. 
 
 ​Questão de prova: 
 
​1 - A, B, C, D e E são filhos co-sanguíneos de Y. F é filho de criação de Y. 
Legalmente, com a morte de Y, como se dará essa sucessão?! 
 
Resposta: 
 
No nosso atual ordenamento jurídico, A, B, C, D e E serão herdeiros de Y. 
 
2 - Poderia F pleitear direitos sucessórios sendo filho de criação? 
 
Resposta: 
 
F poderia pleitear suceder visto que a família socio-afetiva ja é reconhecida por parte da 
doutrina, embora, não tenha certeza do êxito no pleito, pois, ainda não há reconhecimento 
legal. 
 
3 - Se F, fosse filho adotivo, poderia pleitear direitos sucessórios?! 
 
Resposta: 
 
Sim, poiscom a sentença positiva no processo de adoção, F tornou-se filho legítimo de Y, 
inclusive para fins sucessórios. 
 
 ​Guarda 
 
Existem três modalidades: ​compartilhada, unilateral​ e ​alternada​ (​Artigo 1.583​) 
 
Guarda unilateral – É o tipo de guarda atribuída a apenas um dos genitores, sendo que a 
outra parte mantém o direito de visitas e o de acompanhar e supervisionar as decisões 
quanto à criação do filho. Neste caso, quem não estiver com a guarda deverá contribuir 
para o sustento do filho, mediante o pagamento de pensão alimentícia. 
 
Guarda compartilhada – Nessa modalidade, todas as decisões que digam respeito à 
criação do filho devem ser compartilhadas entre as partes. Diferente do que se imagina, no 
entanto, não há, obrigatoriamente, a necessidade de que o período de permanência com 
cada um dos genitores seja exatamente o mesmo. Na guarda compartilhada, a criança não 
tem moradia alternada, ou seja, mora com um dos genitores e o outro tem livre acesso ao 
filho. Ambos os pais compartilham todas as responsabilidades, tomam decisões conjuntas e 
participam de forma igualitária do desenvolvimento da criança, mas é importante para o seu 
crescimento saudável que ela tenha uma moradia principal como referência, para que possa 
estabelecer uma rotina e para que exista estabilidade em suas relações sociais (vizinhos, 
colegas de escola, etc.). Neste caso, mantém-se a necessidade de fixação de pensão 
alimentícia a ser paga pelo genitor que não mora com o filho. 
 
Com fundamento nos artigos 1.583 e 1.584 do CCCB, temos que: 
 
“Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. 
 
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém 
que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta 
e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, 
concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.(...) 
 
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: 
 
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma 
de separação, de divórcio, de dissolução de união​ ​estável ou em medida cautelar; (...)” 
 
Mais uma vez, WALDIR GRISARD FILHO defende que a exigência de consenso para se 
deferir a guarda compartilhada “dá foco distorcido à problemática, pois se centra na 
existência de litígio e se ignora a busca do melhor interesse do menor.” (idem) 
 
A 7ª Câmara Cível do TJRS (Apelação Cível nº 70018528612/2007) tem o seguinte 
entendimento, acerca do tema: 
 
"A guarda conjunta não significa a divisão de horas da criança com os genitores, o que em 
tese já ocorre com a visitação acordada. Neste modelo, a criança convive de forma 
ampliada com ambos os genitores e, embora resida com um deles, ambos participam 
ativamente de sua educação, o que significa contatos diários, assíduos, obrigando-os a 
partilhar decisões.” 
 
Toda a legislação pátria direciona-se no sentido de que a guarda deve ser concedida ao 
genitor que melhor atender ao interesse dos filhos, sendo que este posicionamento, de 
defesa dos interesses do menor, encontra-se resguardado desde a Constituição Federal, 
passando pelo Estatuto da Criança e Adolescente até a recente Lei 12.318, de 26/8/2010. 
 
No entanto, quando se esta diante da inviabilidade da guarda compartilha, temos a 
unilateral, que possui algumas diferenças, quanto a anterior. 
 
Estatui a recente Lei 12.318, de 26/8/2010, em seu artigo 7º: 
 
“atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva 
convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja 
inviável a guarda compartilhada.” 
 
Sabe-se que tal modalidade de guarda pode ser fixada por consenso ou litígio (quando 
existem interesses contrários), sendo que em caso de disputa, a lei diz que a guarda será 
fixada em favor daquele que reunir melhores condições para exercê-la, e mais aptidão para 
oferecer afeto, integração familiar, saúde, segurança e educação. 
 
A lei não faz quaisquer distinções de preferência que prestigie o pai ou a mãe como 
guardião, como erroneamente alguns operadores do direito insistem em fazer. 
 
Neste sentido, colaciona-se precedentes do TJRJ: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. DEFERIMENTO DE 
GUARDA UNILATERAL PELO PRAZO DE SEIS MESES. PRETENSÃO DE 
MODIFICAÇÃO. ART.227 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, ART.3º USQUE ART.6º E 
ART.19 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 8069 DE 13 DE JULHO 
DE 1990) 1. O artigo 1.589 do Código Civil dispõe: "O pai ou a mãe, em cuja guarda não 
estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com 
o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação; 2. 
Os artigos 1.583 e 1.584, I e II do Código Civil prevêem a guarda unilateral ou a modalidade 
compartilhada, cabendo ao magistrado adotar critério diferenciado de visitação, diante da 
situação concreta, notadamente os superiores interesses do menor que se sobrepõem a 
qualquer outro juridicamente tutelado. Precedentes. RECURSO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO, ART.557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.” (AGRAVO DE 
INSTRUMENTO N. 003563-50.2012.8.19.0000, rel: DES. CARLOS AZEREDO DE 
ARAUJO, Julgamento: 24/07/2012, OITAVA CÂMARA CÍVEL - destacamos) 
 
Guarda alternada - ​esta é uma criação doutrinária e jurisprudencial, eis não há previsão 
deste instituto no código civil, que prevê apenas a guarda unilateral ou a guarda 
compartilhada. 
 
Como se acontece a guarda alternada? É a alternância de residências, o menor então, teria 
duas residências, permanecendo uma semana com cada um dos pais. 
 
Francamente, acredito que não é aconselhável a guarda alternada, pois a criança não tem 
rotina e este também é o entendimento dos Tribunais, posto que é prejudicial à saúde e 
higidez psíquica da criança, tornando confusos certos referenciais importantes na fase 
inicial de sua formação, como, por exemplo, reconhecer o lugar onde mora, identificar seus 
objetos pessoais e interagir mais constantemente com pessoas e locais que representam 
seu universo diário (vizinhos, amigos, locais de diversão etc.). 
 
Veja-se, na guarda compartilhada o menor mora com um dos genitores, na alternada, mora 
com os 2. 
 
Para conhecimento mais aprofundado​: 
 
https://www.conjur.com.br/2016-ago-28/processo-familiar-guarda-menores-conceito-unitario-
direito-brasileiro 
 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6538/Guarda-compartilhada-Lei-11698-08 
 
Alienação parental​: proibição da convivência entre as pessoas do mesmo seio familiar. 
 
Hoje, dependendo da gravidade, pode ​destituir​ a guarda inclusive o poder familiar. 
 
É uma característica da Guarda unilateral a inimizade entre os pais. Podendo o não 
detentor da Guarda pedir, inclusive pela via judicial, prestação de contas sobre o 
andamento da vida dos filhos. 
 
 
A Guarda, independente da ruptura da relação , deve ser requerida judicialmente e 
determinada por sentença. 
 
Este procedimento não pode ser pleiteado pela via administrativa,somente judicial. 
 
Art. 1585 - em qualquer tipo de transferência de guarda (inclusive entre avós, por exemplo) 
será realizada a oitiva das partes. 
 
Salvo em casos excepcionais. Por exemplo, pedofilia comprovada do pai. Nesse caso não 
há necessidade de escutá-lo. 
 
Art. 1587 - No caso de invalidade do casamento, havendo filhos comuns, observar-se-a o 
disposto nos ​arts. 1584 e 1586. 
 
Ler até o ​artigo 1590​. 
 
 ​Aula 7 
 
 16/04/2018 
 
 
Att. 1596 - Da filiação. 
 
"Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos 
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à 
filiação." 
 
Família/paternidade/maternidade sócio afetiva - não tem força de lei. Apenas doutrinas e 
alguns julgados que apoiam o tema. 
 
A adoção de não for judicialmente realizada, continua a ser estranha. 
 
Art. 1597 - Das Relações de Parentesco 
 
"Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
 
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência 
conjugal; 
 
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por 
morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de 
concepção artificial homóloga; 
 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do 
marido." 
 
Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do 
art. 1.523, a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do 
primeiro marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste 
e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo a que se 
refere o inciso I do art. 1597. 
 
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a 
presunção da paternidade. 
 
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção 
legal da paternidade. 
 
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua 
mulher, sendo tal ação imprescritível. 
 
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de 
prosseguir na ação. 
 
Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade. 
 
 -> obs: a presunção de paternidade gera obrigação de fazer (alimentos gravidicos), 
porém não gera a obrigação de paternidade pela mera presunção. 
 
Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro 
Civil. 
 
Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de 
nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. 
 
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por 
qualquer modo admissível em direito: 
 
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou 
separadamente; 
 
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos. 
 
Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos 
herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz. 
 
Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se 
julgado extinto o processo. 
 
Lei 11.924/2009 - Lei Clodovil 
 
" Altera o art. 57 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, para autorizar o enteado ou 
a enteada a adotar o nome da família do padrasto ou da madrasta." 
 
CAPÍTULO III 
Do Reconhecimento dos Filhos 
 
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou 
separadamente. 
 
Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento do filho, a mãe só 
poderá contestá-la, provando a falsidade do termo, ou das declarações nele contidas. 
 
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será 
feito: 
 
I - no registro do nascimento; 
 
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; 
 
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
 
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja 
sido o objeto único e principal do ato que o contém. 
 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao 
seu falecimento, se ele deixar descendentes. 
 
Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em 
testamento. 
 
Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá 
residir no lar conjugal sem o consentimento do outro. 
 
Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o 
reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor 
atender aos interesses do menor. 
 
Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho. 
 
Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor 
pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à 
emancipação. 
 
Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de 
investigação de paternidade, ou maternidade. 
 
Art. 1.616. A sentença que julgar procedente a ação de investigação produzirá os mesmos 
efeitos do reconhecimento; mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da 
companhia dos pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade. 
 
Art. 1.617. A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda 
mesmo sem as condições do putativo. 
 
CAPÍTULO IV 
Da Adoção 
 
Art. 1.618. A adoção de crianças e adolescentes será deferida na forma prevista pela Lei 
no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. 
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
 
Art. 1.619. A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da assistência efetiva do 
poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as regras gerais da 
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. 
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
 
Ler art . 1620. 
 
DO PODER FAMILIAR 
 
Não é a mesma coisa que guarda. 
É o poder que os pais tem sobre os filhos. 
 
É inerente aos pais. 
 
Uma vez caçado o poder familiar, não poderá ser revertido. 
 
Leitura dos artigos do 1.630 e 1.634. 
 
Aula 8 
 
 30/04/2018 
 
 ​Aula antes da AV1 
 
Caso concreto aula 3 
 
Resposta: 
 
Abaixo de 16 anos independente dos pais consentirem é necessário um suprimento judicial, 
que é composto de uma autorização do MP e confirmação do magistrado do estado e 
sentença. 
 
Em regra só é autorizado quando há família em formação. (Gravidez) 
 
- Ver Capacidade especial para contrair núpcias 
 
Objetiva: letra E. 
 
Caso concreto aula 4 
 
Resposta: 
 
A)Não, somente mediante nova habilitação no registro Civil. 
 
*Poderia ser feito, se houvesse no local, um juiz de direito togado. 
 
B)Não, pois, não houve a declaração exposta no artigo 1535. 
 
Objetiva: 
 
Verdadeiro; 
Verdadeiro; 
Verdadeiro; 
Falso. 
 
Caso concreto aula 5 
 
Resposta: 
 
- Não podem casar (art. 1521) 
- São parentes por afinidade. 
- Esse impedimento pode ser imposto até o momento da celebração do casamento (art. 
1522) 
- O MP é legítimo pra propor essa ação. (Art. 1549) 
 
Objetiva: letra D e letra E estão certas. 
 
Caso concreto aula 6 
 
Resposta: 
 
Erro essencial quanto a pessoa (artigo 1557, inicisoI) 
 
Objetiva: letra D. (É nulo) 
 
Caso concreto aula 7 
 
Resposta : 
 
Sim, a qualquer tempo. 
 
Objetiva: 
 
Falso 
Verdadeiro 
Falso 
Verdadeiro 
 
Letra B e D estão certas. 
 
 
 ​Prova 
 
Trazer pra prova uma doutrina (segundo o autor...livro, volume, pag, entende-se que o 
casamento para menor de 16 anos é...) e uma jurisprudência (N• e Ementa) relacionado ao 
caso concreto da aula 3. 
 
Pode ser escrito ou digitado. 
 
 
 ​Revisão para av1 
 
Bases principiologicas que não podem ser esquecidas: 
 
- reconhecidas no texto constitucional, no código Civil e moralmente e socialmente -> 
casamento e União estável. 
 
- Para fins sucessórios, é previsto a união estável entre dois homens ou duas mulheres. 
 
- princípios da fidelidade, convivência, assistência psicológica e econômica. 
 
- proclamas matrimoniais (é a publicidade do ato) quem deseja se habilitar a casar. 
 
- tempo válido pra celebração do casamento uma vez ocorrido os proclamas matrimoniais 
90 dias. 
 
- casamento numcumpativo - prazo de 10 dias para convolação (art. 1541.) - 6 
testemunhas. 
 
- deveres do conjugyr/companheiro (art. 1566) 
 
- Fidelidade 
- Vida em comum ( atividade sexual ) 
- mútuo a assistência 
- respeito mútuo 
- sustento, guarda e educação dos filhos (caso houver).

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