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Aula 02 Organização de Saúde

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ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 
Aula 2: Organização de saúde ....................................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) ...................................................................... 3 
Os escritórios regionais da OMS ..................................................................................... 3 
Declaração de Alma-Ata .................................................................................................. 5 
Objetivos da declaração de Alma-Ata ........................................................................... 5 
A Organização das Nações Unidas (ONU) e suas metas ........................................... 6 
Impacto de outras organizações mundiais relacionadas à área de saúde............. 7 
O Banco Mundial ............................................................................................................... 7 
A OMS no Brasil .................................................................................................................. 9 
A participação das diferentes esferas do governo nos processos primários do 
SUS ...................................................................................................................................... 10 
Níveis de organização de saúde ................................................................................... 11 
Tipos de unidades de saúde .......................................................................................... 12 
Qualidade de atendimento ............................................................................................ 13 
O processo de melhoria ................................................................................................. 17 
O modo de operação dos serviços de saúde ............................................................. 17 
A evolução histórico-social de gestão e da organização do trabalho em saúde 19 
A política de pessoal do SUS .......................................................................................... 20 
Atividade proposta .......................................................................................................... 22 
........................................................................................................................... 24 Referências
 ......................................................................................................... 25 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 29 
 ..................................................................................................................................... 29 Aula 2
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 29 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 
 
Introdução 
Nesta aula será apresentado como se deu o movimento público para a melhora 
dos serviços públicos, desde a Organização Mundial de Saúde (OMS) até os 
níveis das organizações encontradas hoje. A partir desse conjunto de 
informações você poderá orientar seus estudos de forma a aplicá-las à sua área 
de trabalho. 
 
Objetivo: 
1. Definir o conceito e os diferentes tipos de organização de saúde; 
2. Relacionar o histórico da rede com as barreiras que interferem na qualidade 
assistencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 
Conteúdo 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) 
O movimento mundial para a melhora dos serviços públicos vem sendo buscado 
há algumas décadas. A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) talvez 
tenha sido um ponto fundamental para essa evolução. Ela foi criada em 1º de 
janeiro de 1942 e seu nome foi dado pelo então presidente dos Estados Unidos, 
Franklin Roosevelt. Para a sua criação, foram necessários muitos anos de 
planejamento. 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência internacional que 
influencia monitora e avalia as políticas de saúde em todo o mundo. Dois 
momentos fundamentais da influência da OMS nas políticas de saúde 
internacionais foram identificados: o Programa Saúde para Todos (2000) e a 
política promovida pela gestão Gro-Brundtland (1998-2002) na direção da OMS, 
período em que foram realizadas profundas transformações nas políticas de 
saúde internacionais e, em especial, houve a necessidade de estabelecer nexos 
políticos com as estratégias de globalização da economia e com as políticas de 
saúde. 
 
Os escritórios regionais da OMS 
A participação de no mínimo três países na constituição e na sustentação 
financeira e política de uma organização e os estados nacionais que participam 
das agências internacionais são denominados países ou estados membros. 
 
Fazem parte da OMS 187 países membros, distribuídos em seis escritórios 
regionais (Tabela 1). Eles fazem uma assembleia em todo mês de maio, e o seu 
diretor geral, que é o responsável pela supervisão da política de financiamento, 
avalia e aprova as propostas orçamentárias. Fazem parte dessa organização 
ainda um grupo executivo composto por 32 membros técnicos, eleitos a cada 
três anos, com a função de efetivar as decisões políticas determinadas por 
assembleias. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 
Já o secretariado é formado por 3.500 especialistas das áreas de saúde, dentre 
outras áreas, que trabalham na sede ou nos escritórios regionais. Veja quais 
são os escritórios regionais da OMS: 
 
Tabela 1 - Escritórios Regionais 
OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde (Washington-DC, EUA); 
EURO - Escritório Regional para a Europa (Copenhague, Dinamarca); 
AFRO - Escritório Regional para a África (Harare, Zimbábue); 
SEARO - Escritório Regional para o Sudoeste da Ásia (Nova Déli, Índia); 
WPRO - Escritório Regional para o Pacífico Ocidental (Manila, Filipinas). 
Fonte: WHO (World Heath Organization). 
 
 
Atenção 
 No nosso contexto, a OPAS é a referência mais próxima ao 
nosso posicionamento geográfico, a qual o Ministério da Saúde 
utiliza como ponto focal de relacionamento com a OMS. 
Mas isso não impede que aproveitemos boas práticas e 
protocolos disseminados a partir de outros escritórios regionais. 
As orientações de todos os escritórios ficam abertas para 
consulta pública, bem como os diversos guidelines que a OMS 
dissemina. 
 
Agora conheça quais são os valores da Organização Mundial de Saúde: 
 
Equidade: lutar por igualdade e justiça mediante a eliminação das diferenças 
desnecessárias e evitáveis. 
 
Excelência: chegar ao mais alto padrão de qualidade naquilo que fazemos. 
 
Solidariedade: promover os interesses e as responsabilidades comuns e 
esforços para alcançar metas comuns. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 
Respeito: acolher a dignidade e a diversidade de indivíduos, grupos e países. 
 
Integridade: garantir um desempenho transparente, ético e confiável. 
 
 
Atenção 
 Nesse sentido, o esforço de cooperação técnica e científica é a 
principal estratégia para influir nos sistemas nacionais de saúde. 
Alguns pontos marcantes foram iniciados na década de 70, tais 
como a expansão do programa de imunização infantil, com 
ênfase na poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche, tétano e 
tuberculose. 
 
Declaração de Alma-AtaNo ano de 1977, uma nova política da OMS foi lançada com objetivo de 
promover um novo padrão de saúde a fim de todos os indivíduos terem a 
oportunidade de levar uma vida social e economicamente produtiva. 
 
Esse projeto foi chamado de “Saúde para todos”, no ano de 2000, e lançado no 
período de 6 a 12 de setembro de 1978, quando aconteceu a Conferência 
Internacional sobre a Atenção Primária de Saúde, na Rússia, onde foi declarado 
um manifesto da Saúde chamado de Declaração Alma-Ata, a qual expressou a 
necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham 
nos campos de saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para 
promover a saúde de todos os povos do mundo. 
 
Objetivos da declaração de Alma-Ata 
A Declaração de Alma-Ata contém dez parágrafos cujos objetivos principais são: 
 
• Promover o conceito de atenção primária de saúde em todos países. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 
• Intercambiar experiências e informações acerca da organização da atenção 
primária de saúde no marco de sistemas e serviços nacionais de saúde 
completos. 
 
• Avaliar a situação da saúde e da assistência sanitária em todo o mundo, uma 
vez que guardam relações e podem ser melhoradas com a atenção primária de 
saúde. 
 
• Definir os princípios da atenção primária de saúde, assim como os meios 
operativos que permitam superar os problemas práticos que obstaculizem o 
desenvolvimento da atenção primária de saúde. 
 
• Definir a função dos governos e das organizações nacionais e internacionais 
na cooperação técnica e na ajuda para o desenvolvimento da atenção primária 
de saúde. 
 
• Formular recomendações para o desenvolvimento da atenção primária de 
saúde. 
 
A Organização das Nações Unidas (ONU) e suas metas 
Em 1978, no ano seguinte à Declaração de Alma-Ata, a ONU reafirmou que 
a saúde é a alavanca poderosa para o desenvolvimento socioeconômico e a paz 
e solicitou o apoio de outras organizações internacionais. Naquele momento, a 
ONU se consolidava como uma organização que prestava assistência a seus 
países membros, intervindo e propondo políticas sanitárias e sociais. 
 
As metas da Organização das Nações Unidas são: 
• Manter a paz e a segurança internacionais; 
• Desenvolver relações amistosas entre as nações; 
• Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de 
caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos 
direitos humanos e às liberdades fundamentais; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 
• Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução 
desses objetivos comuns. 
 
Impacto de outras organizações mundiais relacionadas à área de 
saúde 
Ao longo das últimas décadas, também tivemos impactos decorrentes de outras 
organizações de atuação mundial. Podemos destacar o Fundo das Nações 
Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial. 
 
A parceira com o UNICEF iniciou um pacote mundial para ações para a redução 
da mortalidade infantil, aglutinando muitos recursos do Banco Mundial e de 
entidades privadas. 
 
Dois momentos marcam a entrada do UNICEF e do Banco Mundial no cenário 
de estratégias mundiais de saúde. O primeiro foi o distanciamento do UNICEF 
das propostas abrangentes do “Saúde para todos”, fazendo opção por ações 
isoladas através de programas para a redução da mortalidade infantil e a 
imunização. 
 
 
Atenção 
 Essas ações obtiveram recursos de várias instituições 
internacionais, como o Banco Mundial, contratando profissionais, 
capacitando recursos humanos e fornecendo insumos. 
O segundo foi a divulgação do relatório do desenvolvimento 
mundial de 1993, conhecido como “Investindo em saúde”. 
 
O Banco Mundial 
Banco Mundial 
 
O grupo Banco Mundial é uma agência especializada que, independente do 
sistema das Nações Unidas, atua como uma fonte global de assistência para o 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 
desenvolvimento, proporcionando cerca US$ 60 bilhões anuais em empréstimos 
e doações aos 187 países membros. 
 
O objetivo principal dessa fonte global de desenvolvimento é disponibilizar seus 
recursos financeiros para reduzir a pobreza e as desigualdades. 
 
O trabalho do Banco Mundial em parceria com os países ressalta: 
 
• O investimento nas pessoas, especialmente por meio da saúde e da educação 
básicas; 
• A criação de um ambiente para o crescimento e a competitividade da 
economia; 
• A atenção ao meio ambiente; 
• O apoio ao desenvolvimento da iniciativa privada; 
• A capacitação dos governos para prestar serviços de qualidade com eficiência 
e transparência; 
• A promoção de um ambiente macroeconômico conducente a investimentos e 
planejamento de longo prazo; 
• O investimento em desenvolvimento e inclusão social, governança e 
fortalecimento institucional como elementos essenciais para a redução da 
pobreza. 
 
No Brasil, o Banco Mundial é um grande parceiro de programas inovadores, tais 
como: o “Bolsa Família”, que, por muitos, é considerado responsável pela 
redução de desigualdade no Brasil; o programa de DST-AIDS, referência 
mundial na luta contra a epidemia; os projetos comunitários de 
desenvolvimento rural voltados para a região nordeste; e o ARPA (Programa 
Áreas Protegidas da Amazônia), que é voltado para proteção da biodiversidade 
na Amazônia. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 
A OMS no Brasil 
E, sob a rubrica das Nações Unidas em associação com o Banco Mundial, a OMS 
atua no campo de saúde tanto em aspectos políticos quanto no apoio a 
construções de normas e consensos técnicos internacionais, visando às 
classificações de doenças e seu potencial epidêmico. 
 
No Brasil, a regulamentação atual do sistema de saúde foi estabelecida pela Lei 
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a partir do preconizado na Constituição 
Federal de 1988, quando foi regulamentado o Sistema Único de Saúde (SUS), 
formando alicerces legislativos da saúde. 
 
Essas legislações criaram alicerces dispotos para promoção, proteção, 
recuperação da saúde, organização, funcionamento e participação da 
comunidade na gestão do SUS. 
 
Como já indicado anteriormente, é importante reforçar que a formulação do 
SUS criou algumas diretrizes: 
 
Universalidade 
Garantia ao atendimento de saúde para todos sem distinções, sem ônus 
financeiro e de acordo com a necessidade do cidadão. 
 
Integralidade 
Garantia ao atendimento à pessoa como um todo, a todas as necessidades do 
indivíduo e para sua comunidade. 
 
Equidade 
Garantia ao oferecimento de serviços de saúde de forma equilibrada dentro da 
diversidade social e econômica. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 
 
Atenção 
 É importante demonstrar os processos que estão a cargo das 
instâncias governamentais a partir dos processos primários do 
SUS, que são: 
• Formulação de políticas de saúde; 
• Planejamento e coordenação; 
• Execução; 
• Monitoramento; 
• Resultado; 
• Impacto e benefícios; 
• Processos gerenciais e avaliação do processo. 
 
A participação das diferentes esferas do governo nos processos 
primários do SUS 
Como as diferentes esferas de governo participam dos processos primários do 
SUS? Acompanhe: 
 
Federal 
Participa em quase todos os processos do SUS, ocupando a posição mais 
generalista. Da esfera federal exclui-se, por exemplo, o gerenciamento da 
execução do serviço de saúde. Talvez a ação mais importante seria o 
planejamento financeiro em todo território nacional. 
 
Estadual 
Tem uma posição intermediária na gestão da saúde, sendo responsável pelaexecução e desenvolvimento da saúde nos municípios. Além disso, os controles 
epidemiológicos e desenvolvimento de políticas públicas são funções do estado 
junto ao governo federal. 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 
Municipal 
Tem a função de regulamentar e gerenciar as ações de saúde em sua 
jurisdição. 
 
 
Atenção 
 Toda a operacionalização do SUS envolve a regionalização, 
hierarquização e integração, que definem os níveis de atuação, 
de acordo com os níveis de complexidade, para o atendimento 
em saúde. 
 
Níveis de organização de saúde 
Nível básico 
 
O nível básico é constituído pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que 
realizam atendimento para oferecer um auxílio essencial e imediato às 
necessidades individuais e sociais da região, sendo que tais atividades podem 
ser curativas ou preventivas. 
 
Essas unidades respondem pelo controle epidemiológico e sanitário, tais como 
programas de saúde e vacinação. As UBS são locais onde se pode receber 
atendimentos básicos e gratuitos em pediatria, ginecologia, clínica geral, 
enfermagem e odontologia. 
 
Os principais serviços oferecidos pelas UBS são: consultas médicas, inalações, 
injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento 
odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de 
medicação básica. 
 
Nível intermediário 
É voltado para uma saúde mais especializada, visando resolver problemas 
direcionados para clínicas especializadas. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 
Nível central 
Está presente nos grandes centros hospitalares e possui capacidade de atender 
às necessidades clínicas de alta complexidade. 
 
Tipos de unidades de saúde 
Posto de saúde 
 
Uma unidade que presta atenção a uma população estimada em torno de 2.000 
habitantes e que não dispõe, necessariamente, de profissionais de nível 
superior, sendo a assistência prestada por profissionais de nível médio ou 
elementar. 
 
As atividades realizadas são voltadas para orientação nas áreas de alimentação, 
nutrição materno-infantil, vacinas, educação para a saúde, liberação de 
medicamentos padronizados e colheita de exame para laboratório. 
 
Em algumas vezes, há a presença de médico periodicamente, de acordo com a 
necessidade da comunidade. 
 
Centro de saúde 
Unidade voltada para assistência de saúde com a presença de equipe de saúde 
multidisciplinar em caráter permanente. Essas unidades podem contar com 
atendimento de urgência e leitos de observação. 
 
Ambulatório de especialidades 
Essas unidades são instaladas em locais com população acima de 30.000 
habitantes e possuem perfil técnico de acordo com a epidemiologia e os 
recursos de cada região. 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 
Unidade mista 
A unidade é voltada à assistência a especialidades médicas e à urgência. Pode 
conter infraestrutura diagnóstica e estar presente em locais onde existe a 
dificuldade para locomoção ao hospital geral ou é onerosa a sua presença. Está 
presente em locais em torno de 15.000 habitantes. 
 
Hospital local 
Esse estabelecimento é voltado à assistência médica em regime de internação e 
urgência nas especialidades médicas básicas, tais como clínica médica, pediatria 
e gineco-obstretrícia. Normalmente, está montado em localidade com mais de 
20.000 habitantes e será a referência da localidade. 
 
Hospital regional 
É o estabelecimento de saúde voltado à assistência em regime de internação e 
emergência. 
 
Hospital especializado 
É a unidade de saúde que objetiva prestar uma assistência médica em uma só 
especialidade, em regime de internação e emergência, aos pacientes de menor 
complexidade. 
 
Hospital macrorregional 
É a unidade de saúde voltada à assistência de saúde especializada em alto grau 
de complexidade em regime de internação. 
 
Qualidade de atendimento 
Embora esses conceitos sejam voltados a unidades de saúde para atendimento 
do SUS, é importante frisar que o mercado de hospitais vem sofrendo grande 
concorrência; essa situação gera uma necessidade de qualificação técnica que 
resulta na necessidade de padronização. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 
A situação é tardia no Brasil, já que, nos EUA, a primeira avaliação de hospitais 
foi realizada em 1918, tendo sido avaliados alguns padrões que se referem a 
condições necessárias aos procedimentos médicos e ao processo de trabalho, 
não se levando em consideração outras coisas ou serviços como equipe de 
assistência e resultados conseguidos com pacientes. 
 
Alguns grupos nos Estados Unidos, tais como Associação de Médicos 
Americana, Colégio Americano de Clínicos e Associação Americana de Hospitais, 
conjuntamente à Associação Médica Canadense, criaram, em 1951, a Comissão 
Conjunta de Acreditação de Hospitais (CCAH), que, pouco depois, oficialmente 
demostrou o programa de acreditação hospitalar: a Joint Commission on 
Accreditation of Hospitals. Era essa iniciativa de constituição privada, portanto, 
que procurou introduzir uma cultura médico hospitalar de qualidade em nível 
nacional nos EUA. 
 
No Brasil, em maio de 1999, foi criado a Organização Nacional de Acreditação 
(ONA). A palavra acreditação se refere ao procedimento de avaliação dos 
recursos institucionais, voluntário, periódico, reservado e sigiloso, que tende a 
garantir a qualidade de assistência através de padrões previamente aceitos. 
Estes padrões podem ser mínimos, definidos o piso ou base ou mais elaborados 
e exigentes, definindo diferentes níveis de satisfação e qualificação. 
 
Para a OMS, a partir de 1987, esse processo passou a ser componente de uma 
estratégia de desenvolvimento da qualidade na America Latina. Em 1990 foi 
realizado um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS, a 
federação Latino Americana de Hospitais eo Ministério da Saúde elaboraram o 
Manual de padrões de acreditarão para a America Latina. 
 
O programa brasileiro de Qualidade e Produtividade -PBQP estabeleceu a 
Avaliação e Certificação de Serviços de Saúde como sendo o projeto estratégico 
prioritário do Ministério de Saúde, através do projeto conhecido como 
REFORSUS – Promoção de Inovações na Administração do Setor Saúde que é 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 
financiado através por acordos de empréstimo firmados pelo governo brasileiro 
com o Banco Mundial-BID. 
 
Esse projeto é estruturado em dois componentes: 
 
- Componente I-Apoio a melhoria da capacidade e eficiência do SUS; 
 
O componente I, visa fundamentalmente a recuperação da rede física de saúde 
a partir de subprodutos nas áreas de Programa de Saúde da Familia, melhora 
dos laboratórios da rede publica e da qualidade da rede hemoterápica. 
 
- Componente II- Promoção de inovações na administração do setor de saúde. 
 
O Componente II, visa aperfeiçoar a atuação de órgãos gestores do SUS 
mediante a estruturação Nacional de informação em Saúde e desenvolvimento 
da capacidade de formulação de políticas e de gestão descentralizada do SUS. 
 
Foram criadas Instituições Acreditadoras de direito privado, credenciadas pela 
Organização Nacional de Acre-ditação, criada em 1999, uma Instituição sem 
fins lucrativos e de interesse coletivo, que tem como objetivo a implantação e 
implementação nacional de um processo permanente de melhoria de qualidade 
de assistência de saúde, estimulando a todos os serviços de saúde a atingirem 
padrões mais elevados de qualidade, dentro do processo de acreditação. 
 
Dessa forma, observamos que a qualidade tem sido um foco importante, tanto 
em Instituições de saúdeprivadas quanto publicas e esta tem sido considerada 
um elemento diferenciados no processo de atendimentos das expectativas de 
clientes e usuários de serviços de saúde. 
 
É muito importante percebermos que toda a instituição de saúde e 
principalmente a hospitalar, dada a missão essencial em favor do ser humano, 
deva se preocupar com gestão e assistência de tal forma que se consiga uma 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 
integração harmônica das especialidades de saúde, tecnológicas, 
administrativas, econômicas, assistenciais e se se enquadrar no perfil, das áreas 
de docência e pesquisa. 
 
E tudo deve ser feito com razão a atenção ao paciente de forma adequada e 
completa. O Ministério da Saúde analisa que todo aumento da eficiência e 
eficácia nos processos de gestão e assistência hospitalar somente tem valor se 
estiver a serviço de uma atenção ao paciente mais digna e humanizada. Então 
as melhorias de qualidade vêm ao encontro as crescentes exigências e 
necessidades da população. 
 
Mesmo sabendo que existe a necessidade urgente de melhorias e adoção de 
medidas que tragam a real satisfação, sabemos que esse projeto é de longo 
prazo e que estes objetivos devem ser perseguidos a todo custo visando uma 
saúde mais respeitosa e que valorize mais o paciente. 
 
Esse programa que foi instituido em 2000, e foi agrupado em trabalho de 
assessoria e consultoria atendendo as áreas gerenciais e assistênciais dos 
hospitais. NA definição das áreas que deviam ser trabalhadas foi utilizado os 
manuais de acreditarão hospitalar e de normas técnicas para construção de 
estabelecimentos assistênciais de saúde, ambos editados pelo Ministério da 
Saúde. 
 
Nesse mesmo programa, se instituiu algo muito interessante, que é o Premio de 
Qualidade Hospitalar, que foi criado com o objetivo de tornar publico o 
reconhecimento do Ministério de Saúde aquelas instituições integrantes do 
sistema SUS que tenham se destacado no ano pela qualidade de assistência 
prestada aos pacientes e estas informações são apuradas por meio de pesquisa 
de satisfação, o instrumento utilizado, é um cartão resposta anexado a uma 
carta enviado aos usuários que sofreram internação com cinco perguntas: 
 
1-Avaliação das instalações físicas do hospital; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 
2-Avaliação da equipe médica; 
3-Avaliação da equipe de enfermagem; 
4-Avaliação da maneira que foi tratado; 
5-Pagou algum valor pelo atendimento ou tratamento que recebeu? 
 
Todas as quatro primeiras são avaliadas de péssimo a excelente e para a quinta 
a resposta possível é sim ou não. Para efeito do Premio, são avaliados 
momento os hospitais que tiveram mais de 100 internações faturadas e 10 % 
ou mais de respostas de usuários. 
 
O processo de melhoria 
Ao refletir sobre o processo de melhoria de qualidade em saúde, deve ser 
considerado que ele compartilha características comuns a outros processos de 
trabalho que se dão na indústria e em outros setores da economia. Evidencia-se 
a divisão social e técnica do trabalho, resultando em três dimensões básicas: 
 
- A natureza formativa dos profissionais de saúde; 
- Gestão e gerência dos serviços; 
- A produção propriamente dita dos serviços. 
 
Dessa forma, o profissional de saúde, durante o exercício de sua atividade, 
precisa manter uma relação “humanizada” com seus pacientes. O clínico 
depara-se com um ser pensante e igualmente desejante, assim como ele 
próprio o é. Nesse encontro entre dois sujeitos, o fluxo das emoções flui entre 
ambos, criando uma relação autêntica entre dois seres e não entre um técnico 
e uma patologia. 
 
O modo de operação dos serviços de saúde 
O modo de operar os serviços de saúde é definido como um processo de 
produção do cuidado. É um serviço peculiar, fundado numa intensa relação 
interpessoal, dependente do estabelecimento de vínculo entre os envolvidos 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 
para a eficácia do ato. Por ser de natureza dialógica e dependente, constitui-se 
também num processo pedagógico de ensino-aprendizagem. 
 
O trabalho em saúde é um serviço que não se realiza sobre coisas ou sobre 
objetos, como acontece na indústria; dá-se, ao contrário, sobre pessoas, e, 
mais ainda, com base numa intercessão partilhada entre o usuário e o 
profissional na qual o primeiro contribui para o processo de trabalho, ou seja, é 
parte desse processo. 
 
Na definição clássica sobre o processo de trabalho, destacam-se os seguintes 
componentes: 
 
• Matéria-prima; 
• Instrumentos de trabalho; 
• Homem; 
• Produto. 
 
No caso do processo de trabalho em saúde, é possível sistematizar da seguinte 
forma: 
 
• Matéria-prima x usuário; 
• Instrumentos de trabalho x tecnologia (leve/dura/leve-dura); 
• Homem x trabalhador em saúde = operador do cuidado; 
• Produto x trabalho em saúde ⇒ atos de saúde = produção do cuidado. 
 
Qualquer processo de trabalho em saúde possui: 
 
  Uma dimensão cooperativa que integraliza a ação e complementa o 
processo de produção de serviço, orientado a esse fim; 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 
  Uma direcionalidade técnica que diz respeito aos conhecimentos 
científicos e ao uso de tecnologias que influenciam a produção específica 
do serviço de saúde. 
 
Quanto à relação entre práticas de saúde e o modelo assistencial, discute-se 
que o modelo assistencial cria missões diferenciadas para estabelecimentos de 
saúde aparentemente semelhantes, as quais se traduzem em diretrizes 
operacionais bem definidas. 
 
É importante lembrar que a organização e a divisão do processo de trabalho 
definem-se pelo objetivo final que se quer atingir. Nesse sentido, a lógica da 
produção dos serviços centrada na concepção médico-curativa tem como 
finalidade a cura, orientada pela fragmentação dos procedimentos, pela 
tecnificação da assistência e pela mecanização do ato em saúde. 
 
Assim, se desejamos pensar um novo modelo assistencial em saúde centrado 
no paciente, é fundamental ressignificar o processo de trabalho. Essa 
ressignificação exige a mudança da finalidade desse processo, que passa a ser 
a produção do cuidado, na perspectiva da autonomização do sujeito orientada 
pelo princípio da integralidade e requerendo, como ferramentas: a 
interdisciplinaridade, a intersetorialidade, o trabalho e a tecnologia (um 
conjunto de conhecimentos e modos de agir aplicados à produção de algo). 
 
A evolução histórico-social de gestão e da organização do 
trabalho em saúde 
Diferente de outras áreas de negócios, o trabalho em saúde e em educação 
depende fundamentalmente do recurso humano – por isto, a incorporação de 
tecnologias, a automatização e a informatização não têm diminuído a 
importância do desempenho pessoal e das equipes. 
 
Pode ser que esse fenômeno decorra do fato de, durante o exercício da clínica, 
o profissional desfrutar de importante grau de autonomia. Essa dificuldade em 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 
padronizar e regular a medicina e a clínica em geral tem sido um pesadelo para 
a cultura gerencial hegemônica. 
 
De fato, possuímos um legado de modelos e pregressos de gestão centrados no 
controle do trabalho, os quais têm sido buscados tanto no setor público como 
no privado. Diferentes escolas e autores, contudo, já têm procurado enfrentar a 
acentuada divisão de trabalho. 
 
A motivação dos trabalhadores se daria, segundo essas concepções, por meio 
de formas distintas, dependendo de como o ser humano se comporta em cada 
um dos modelos. Percebemos que, de toda forma, sempre se tenta enquadrar o 
ser humano em “algum tipo”.Atualmente, no setor privado, a valorização da produtividade (remuneração 
mediante padrões de produção, geralmente com base em procedimentos) é 
prática comum, com forte fundamentação no modelo taylorista. 
Na área pública, as características mais marcantes da organização do trabalho 
são o baixo controle sobre o trabalho e a sua excessiva divisão em tarefas 
fragmentadas. Muitas vezes, percebemos a óptica da segregação de 
planejamento versus execução (questão amplamente abordada em Introdução 
à Administração, no primeiro período). 
 
A política de pessoal do SUS 
A própria política de pessoal para o SUS é muito restrita. No Brasil, hoje, 
observa-se um padrão de gestão que não favorece o trabalho em equipe, e 
ainda não se desenvolveu uma cultura de avaliação de desempenho. Estudos 
realizados pelo Observatório de Recursos Humanos, vinculado ao Ministério da 
Saúde e à OPAS, apontam que as categorias de otimização da alocação e de 
utilização da força de trabalho não são suficientes para lidar com a 
complexidade do desafio de se fazer tal tipo de gestão, ainda que raramente 
utilizadas no campo da gestão pública de pessoas, apesar de fundamentais. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 
O conceito de "recursos humanos" ainda é dominante na elaboração de 
metodologias de gestão em saúde, sugerindo uma concepção que reduz 
pessoas a um recurso supostamente administrável conforme a racionalidade 
dos projetos administrativos. 
 
O conceito de "recursos humanos" ainda é dominante na elaboração de 
metodologias de gestão em saúde, sugerindo uma concepção que reduz 
pessoas a um recurso supostamente administrável conforme a racionalidade 
dos projetos administrativos. 
 
Essas dimensões têm sido desconsideradas pela maioria dos gestores e 
gerentes no campo da saúde; donde se deduz que, no imaginário desses 
gestores/gerentes, os trabalhadores de saúde ainda são os recursos que devem 
a priori viabilizar as ações por eles traçadas. 
 
Os trabalhadores, por seu lado, também se relacionam com os gestores e com 
o próprio trabalho na mesma perspectiva, não se reconhecendo como autores 
do trabalho executado e não se comprometendo além do papel de mero 
recurso, o que resulta em uma diminuição da responsabilidade pelo trabalho e 
do cuidado percebido pelo profissional. 
 
Observa-se que o padrão gerencial do setor público tem uma baixa capacidade 
de lidar com pessoas e os mecanismos de incentivos são insuficientes, quando 
não inexistentes; a política salarial e de evolução profissional por meio de 
carreiras, em geral, são desvinculadas de resultados e compromissos; as 
sanções administrativas são pouco utilizadas e também pouco eficazes devido 
ao alto grau de burocratização e lentidão para o seu desfecho, culminando com 
análises descontextualizadas dos acontecimentos que as geraram. 
 
Os avanços teóricos acerca de novos modelos para as políticas de pessoal não 
têm sido acompanhados por mudanças práticas em escala suficiente para 
gerarem um novo padrão de governança para o SUS. A Política Nacional de 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 
Humanização tem trazido alguns referenciais à gestão do trabalho em saúde, 
propondo a atuação em dois eixos: 
 
  Transformar a forma de produzir e prestar serviços de saúde (novos 
arranjos organizacionais); 
  Alterar as relações sociais que envolvem os trabalhadores e gestores em 
sua experiência cotidiana de organização e condução dos serviços. 
 
Outro empecilho relevante para uma adequada organização do trabalho no 
Estado brasileiro é a ultrapassada ordem jurídica das organizações de saúde. A 
reforma sanitária brasileira não realizou uma reforma administrativa e da 
legislação organizacional do SUS. 
 
Outro aspecto essencial da vida das organizações são as relações políticas 
inerentes a ela, expressas por meio do processo de tomada de decisões e da 
gestão de conflitos. 
 
A existência da dimensão política nas organizações, em várias concepções, é 
vista muitas vezes como algo disfuncional, e não como um aspecto essencial, 
como instrumento para reconhecer os diferentes interesses e gerar negociações 
e consensos possíveis, com a finalidade de pactuar uma ordem institucional não 
coercitiva e possibilitar o melhor desempenho organizacional. 
 
O processo de tomada de decisões permanece centralizado tanto no campo 
público como no privado, sendo que nesse último até o trabalho médico, 
tradicionalmente objeto de grande autonomia na sua prática, tem sido 
submetido a maiores controle e normatização, buscando-se maior eficiência, 
algumas vezes, com foco excessivo nos custos. 
 
Atividade proposta 
Leia os dois trechos abaixo. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 
“A Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de 
saúde pública com um século de experiência, dedicado a melhorar as condições 
de saúde dos países das Américas. A integração às Nações Unidas acontece 
quando a entidade se torna o Escritório Regional para as Américas da 
Organização Mundial da Saúde. A OPAS/OMS também faz parte dos sistemas 
da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações 
Unidas (ONU).” Fonte: 
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=88
5:opas/oms-brasil 
 
“Entende-se como Cooperação Técnica entre Países (CTP) a execução e a 
gestão de projetos e atividades de desenvolvimento entre países, com o 
compartilhamento de experiências e capacidades técnicas mútuas e de seus 
recursos. A CTP visa a contribuir para o desenvolvimento da capacidade de um 
ou mais países, fortalecer suas relações, aumentar o intercâmbio, a geração, 
disseminação e utilização do conhecimento técnico e científico, bem como a 
capacitação dos recursos humanos e o fortalecimento de suas instituições.” ( 
Fonte: 
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layo
ut=blog&id=1041&Itemid=60 
 
Agora, discorra sobre a importância dos organismos internacionais relacionados 
à saúde nas estruturações de organizações de saúde no Brasil. 
 
Chave de resposta: Com base nos dois trechos, podemos perceber que a 
atuação de uma organização internacional voltada à saúde impacta a 
formulação e a execução das políticas públicas no país, em decorrência da 
possibilidade de mexermos na estruturação dos serviços de saúde para 
adequarmos as estruturas às mudanças das políticas públicas. Por outro lado, 
como percebemos no segundo trecho, o mesmo impacto potencializa a 
ampliação de cooperação em níveis internacionais, o que auxilia a própria busca 
da integralidade dos serviços. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre a política de pessoal do SUS, acesses os 
textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. 
 
 
Referências 
BEHRING, E R; BOSCHETTI, I. – . 
ed. São Paulo: ortez, 2009. 
BRASIL. 
 . Brasília: Ministério da Saúde, 200 . 
BRASIL. . Brasília: Senado 
Federal, 2005. 
BRASIL. Informações de saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: 
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/cnes/tipo_estabelecimento.htm. Acesso em: 12 
de nov. de 2014. 
BRASIL. . Brasília: Ministério da Saúde, 
2009. 
BRASIL. Sobre o REFORSUS. Brasília: Diário Oficial da União. Disponível em: 
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/286695/pg-144-secao-3-diario-oficial-da-
uniao-dou-de-15-03-2004. Acesso em: 12 de nov. de 2014. 
CARDOSO I M. , v. 21,supl. 1, p. 18-28, 2012. 
 ON A E , E. . Estrutura organizacional do hospital moderno. RAE - 
Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 3 , n. 1, p. 0-90, 
jan./mar. 1998. 
MATTA, G. C. The world health Organization: from controlling epidemics to 
struggling for hegemony. Trabalho, Educação e Saúde, v. 3, n. 2, p. 371-
396, 2005. 
NOVAES, H. M.; Paganini J. M. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 
 : padrões e indicadores de qualidade para hospitais (Brasil). ashington 
(D ): Organização Panamericana de Saúde, 199 . 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é por muitos considerada 
um marco fundamental para a evolução da saúde em todo o mundo. Qual a 
real função da OMS? 
a) Desenvolver programas idênticos para todo o mundo, visando à 
restauração e à proteção sanitária. 
b) Desenvolver, monitorizar e avaliar as políticas de saúde em todo mundo. 
c) Avaliar a abrangência do sistema de saúde desenvolvendo-o de acordo 
com os limites territoriais. 
d) Gerenciar os hospitais em todos os países que estejam interligados com 
a ONU. 
 
Questão 2 
Os processos que estão a cargo das instâncias governamentais a partir dos 
processos primários do SUS são: 
a) Para que a população do país tenha acesso ao atendimento público de 
saúde, no sentido emergencial. 
b) Prestação de serviços e busca de investimentos privados voltados à 
saúde, não se preocupando com a avaliação do processo de 
gerenciamento. 
c) Formulação de políticas de saúde, planejamento e coordenação, 
execução, monitoramento, resultado, impacto e benefícios, processos 
gerenciais e avaliação do processo. 
d) Os processos primários que englobam apenas o governo federal que 
expressam a importância do planejamento financeiro em todo território 
nacional e da repartição de recursos para a saúde. 
 
Questão 3 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 
Em relação às estratégias de desenvolvimento da saúde ocasionadas pela 
participação da ONU em conjunto com a OMS, considere as assertivas a seguir: 
I - Houve a criação do programa DST-AIDS, que é uma referência mundial na 
luta quanto a epidemia. 
II - O combate em favor da hegemonia no campo de saúde, tanto em aspectos 
políticos quanto no apoio a contrições de normas técnicas internacionais, 
visando classificar doenças e seu potencial epidêmico. 
III - A saúde é a alavanca poderosa para o desenvolvimento socioeconômico. 
IV - A Declaração de Alma-Ata não obteve um impacto importante frente a 
epidemias e mudança de aspecto de globalidade na saúde. 
Marque a única opção que corresponde às assertivas verdadeiras. 
a) I, II, III e IV 
b) Apenas I e II 
c) Apenas I, III e IV 
d) Apenas I, II e III 
e) Apenas II, III e IV 
 
Questão 4 
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários aconteceu no final da 
década de 70, em Alma-Ata (Cazaquistão), e tinha como meta "Saúde para 
todos no ano 2000", reforçando a proposta da atenção primária em saúde e 
enfatizando que: 
a) A saúde é um direito de alguns grupos sociais. 
b) As desigualdades existentes no estado de saúde das populações devem 
ser alvo dos países em desenvolvimento. 
c) O desenvolvimento econômico e social deve ser baseado numa ordem 
econômica internacional, da qual a população deve participar no 
planejamento e na execução dos cuidados de saúde, não como uma 
exceção, mas como um direito e dever. 
d) A responsabilidade dos governos com a saúde da população se dá 
através de adoção de medidas locais que favoreçam grupos menos 
favorecidos economicamente. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 
e) A atenção primária é o segundo nível de contato de indivíduos, família e 
comunidade com o Sistema Nacional de Saúde. 
 
Questão 5 
O Ministério da Saúde disponibiliza a todos os cidadãos em seu site: 
a) A listagem dos salários dos profissionais de toda a rede hospitalar. 
b) Fotos de todas as unidades hospitalares. 
c) Informações dos principais programas que suporta e links para acesso 
mais detalhado a eles. 
d) A listagem com os profissionais atuantes em cada unidade. 
e) Formulários para agendamento de consultas ambulatoriais na rede 
hospitalar. 
 
Questão 6 
Falar sobre o processo de trabalho em saúde remete à compreensão sobre ele 
compartilhar características comuns a outros processos de trabalho que se dão 
na indústria e em outros setores da economia. Das alternativas abaixo, indique 
aquela que possui uma das dimensões básicas estudadas. 
a) Do projeto dos equipamentos tecnológicos utilizados nos procedimentos. 
b) Natureza social dos profissionais de saúde. 
c) Gestão e gerência dos serviços. 
d) Das condicionantes de acesso aos serviços. 
e) Das políticas públicas não incorporadas aos modelos em funcionamento. 
 
Questão 7 
Na definição clássica sobre o processo de trabalho, destacam-se alguns 
componentes. Das alternativas abaixo, indique aquela que não possui um 
desses componentes. 
a) Governo 
b) Matéria-prima 
c) Instrumentos de trabalho 
d) Homem 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 
e) Produto 
 
Questão 8 
Qualquer processo de trabalho em saúde possui uma dimensão cooperativa e 
uma direcionalidade técnica. Indique abaixo a alternativa que contém uma 
dimensão cooperativa. 
a) Conhecimento científico. 
b) Uso de tecnologias na produção específica do serviço. 
c) Existência de insumos materiais. 
d) O custo do procedimento. 
e) Integralização da ação. 
 
Questão 9 
O processo de produção do cuidado, indispensável nas organizações de saúde 
atuais, possui as seguintes características, exceto: 
a) É fundado numa intensa relação interpessoal. 
b) Depende do estabelecimento de vínculo entre os envolvidos para a 
eficácia dos atos. 
c) É um processo de natureza dialógica. 
d) Baseia-se, exclusivamente, numa sequência de processos técnicos pré-
definidos. 
e) Constitui-se também num processo pedagógico de ensino-aprendizagem. 
 
Questão 10 
Com relação à sistematização do trabalho na área de saúde e à relação entre 
instrumentos de trabalho x tecnologia, o gestor deve considerar os seguintes 
aspectos para a tomada de decisão, exceto: 
a) O tempo de retorno que a tecnologia trará em relação ao investimento 
global de sua aquisição. 
b) A existência de recursos humanos disponíveis ou possíveis de estarem 
disponíveis para utilizar ou operar tais tecnologias. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 
c) O valor agregado à imagem da unidade e, por conseguinte, o potencial 
de atração de novos clientes ou de fidelização dos clientes existentes. 
d) A real necessidade de aquisição da tecnologia em estudo. 
e) A possibilidade de a tecnologia não ser dominada pelo paciente. 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: O movimento mundial para a melhora dos serviços públicos tem 
ocorrido há algumas décadas, e a criação da Organização Mundial de Saúde 
(OMS) talvez tenha sido um ponto fundamental para essa evolução. Ela foi 
criada em 1º de janeiro de 1942 e seu nome foi dado pelo então presidente dos 
Estados Unidos, Fran lin Roosevelt. A OMS é uma agência internacional que 
influencia, monitora e avalia as políticas de saúde em todo o mundo. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: É importante demonstrar os processos que estão a cargo das 
instâncias governamentais a partir dos processos primários do SUS, que são: 
formulação de políticas de saúde, planejamento e coordenação, execução, 
monitoramento, resultado, impacto e benefícios, processos gerenciaise 
avaliação do processo. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: São verdadeiras: I, II e III. A afirmativa IV está errada porque o 
manifesto da saúde chamado de Declaração Alma-Ata expressou a necessidade 
de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos 
de saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a 
saúde de todos os povos do mundo; e um de seus objetivos principais foi 
promover a atenção primária e a ajuda técnica para o desenvolvimento de 
ações que impactaram na globalidade da saúde. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 
Questão 4 - C 
Justificativa: Destaca-se que a participação social da população era algo já 
vislumbrado no final da década de 70 que foi incorporado à nossa legislação 
atual a partir da Constituição de 1988. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: Percebemos que a legislação de saúde é dinâmica e que os 
diversos programas são contextualizados como desdobramentos de políticas 
públicas vigentes. Assim, mesmo quando focamos nas estruturas das 
organizações de saúde, elas decorrem de um desdobramento macro de políticas 
públicas em vigor, e, para isso, devemos acompanhar o que se desdobra, pelas 
informações emanadas a partir do Ministério da Saúde. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: As estruturas de organizações de saúde se formam a partir dos 
processos de trabalhos que decorrem das políticas públicas em andamento, 
notadamente da gestão dos serviços de saúde. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A questão aborda de forma específica a construção do processo de 
trabalho, que vai gerar os elementos para possibilitar a estruturação das 
organizações. No caso, o governo por si só não representa um desses 
elementos diretamente relacionados ao processo de trabalho. 
 
Questão 8 - E 
Justificativa: A dimensão cooperativa integraliza a ação e complementa o 
processo de produção de serviço orientado a esse fim. As demais alternativas 
representam exemplos relacionadas à dimensão da direcionalidade técnica. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: O processo não se baseia exclusivamente em uma sequência de 
processos técnicos; consideramos também a dimensão cooperativa. Além disso, 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 
os processos técnicos não são estritamente pré-definidos, mas sim 
interdependentes e em constante evolução tecnológica. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: Na sistematização dos processos de trabalho, o domínio da 
tecnologia deve estar relacionado ao grupo social que atua na organização de 
saúde, podendo ser transparente para o paciente.

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