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ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 Aula 2: Organização de saúde ....................................................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo A Organização Mundial de Saúde (OMS) ...................................................................... 3 Os escritórios regionais da OMS ..................................................................................... 3 Declaração de Alma-Ata .................................................................................................. 5 Objetivos da declaração de Alma-Ata ........................................................................... 5 A Organização das Nações Unidas (ONU) e suas metas ........................................... 6 Impacto de outras organizações mundiais relacionadas à área de saúde............. 7 O Banco Mundial ............................................................................................................... 7 A OMS no Brasil .................................................................................................................. 9 A participação das diferentes esferas do governo nos processos primários do SUS ...................................................................................................................................... 10 Níveis de organização de saúde ................................................................................... 11 Tipos de unidades de saúde .......................................................................................... 12 Qualidade de atendimento ............................................................................................ 13 O processo de melhoria ................................................................................................. 17 O modo de operação dos serviços de saúde ............................................................. 17 A evolução histórico-social de gestão e da organização do trabalho em saúde 19 A política de pessoal do SUS .......................................................................................... 20 Atividade proposta .......................................................................................................... 22 ........................................................................................................................... 24 Referências ......................................................................................................... 25 Exercícios de fixação Chaves de resposta ..................................................................................................................... 29 ..................................................................................................................................... 29 Aula 2 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 29 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 Introdução Nesta aula será apresentado como se deu o movimento público para a melhora dos serviços públicos, desde a Organização Mundial de Saúde (OMS) até os níveis das organizações encontradas hoje. A partir desse conjunto de informações você poderá orientar seus estudos de forma a aplicá-las à sua área de trabalho. Objetivo: 1. Definir o conceito e os diferentes tipos de organização de saúde; 2. Relacionar o histórico da rede com as barreiras que interferem na qualidade assistencial. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 Conteúdo A Organização Mundial de Saúde (OMS) O movimento mundial para a melhora dos serviços públicos vem sendo buscado há algumas décadas. A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) talvez tenha sido um ponto fundamental para essa evolução. Ela foi criada em 1º de janeiro de 1942 e seu nome foi dado pelo então presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. Para a sua criação, foram necessários muitos anos de planejamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência internacional que influencia monitora e avalia as políticas de saúde em todo o mundo. Dois momentos fundamentais da influência da OMS nas políticas de saúde internacionais foram identificados: o Programa Saúde para Todos (2000) e a política promovida pela gestão Gro-Brundtland (1998-2002) na direção da OMS, período em que foram realizadas profundas transformações nas políticas de saúde internacionais e, em especial, houve a necessidade de estabelecer nexos políticos com as estratégias de globalização da economia e com as políticas de saúde. Os escritórios regionais da OMS A participação de no mínimo três países na constituição e na sustentação financeira e política de uma organização e os estados nacionais que participam das agências internacionais são denominados países ou estados membros. Fazem parte da OMS 187 países membros, distribuídos em seis escritórios regionais (Tabela 1). Eles fazem uma assembleia em todo mês de maio, e o seu diretor geral, que é o responsável pela supervisão da política de financiamento, avalia e aprova as propostas orçamentárias. Fazem parte dessa organização ainda um grupo executivo composto por 32 membros técnicos, eleitos a cada três anos, com a função de efetivar as decisões políticas determinadas por assembleias. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 Já o secretariado é formado por 3.500 especialistas das áreas de saúde, dentre outras áreas, que trabalham na sede ou nos escritórios regionais. Veja quais são os escritórios regionais da OMS: Tabela 1 - Escritórios Regionais OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde (Washington-DC, EUA); EURO - Escritório Regional para a Europa (Copenhague, Dinamarca); AFRO - Escritório Regional para a África (Harare, Zimbábue); SEARO - Escritório Regional para o Sudoeste da Ásia (Nova Déli, Índia); WPRO - Escritório Regional para o Pacífico Ocidental (Manila, Filipinas). Fonte: WHO (World Heath Organization). Atenção No nosso contexto, a OPAS é a referência mais próxima ao nosso posicionamento geográfico, a qual o Ministério da Saúde utiliza como ponto focal de relacionamento com a OMS. Mas isso não impede que aproveitemos boas práticas e protocolos disseminados a partir de outros escritórios regionais. As orientações de todos os escritórios ficam abertas para consulta pública, bem como os diversos guidelines que a OMS dissemina. Agora conheça quais são os valores da Organização Mundial de Saúde: Equidade: lutar por igualdade e justiça mediante a eliminação das diferenças desnecessárias e evitáveis. Excelência: chegar ao mais alto padrão de qualidade naquilo que fazemos. Solidariedade: promover os interesses e as responsabilidades comuns e esforços para alcançar metas comuns. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 Respeito: acolher a dignidade e a diversidade de indivíduos, grupos e países. Integridade: garantir um desempenho transparente, ético e confiável. Atenção Nesse sentido, o esforço de cooperação técnica e científica é a principal estratégia para influir nos sistemas nacionais de saúde. Alguns pontos marcantes foram iniciados na década de 70, tais como a expansão do programa de imunização infantil, com ênfase na poliomielite, sarampo, difteria, coqueluche, tétano e tuberculose. Declaração de Alma-AtaNo ano de 1977, uma nova política da OMS foi lançada com objetivo de promover um novo padrão de saúde a fim de todos os indivíduos terem a oportunidade de levar uma vida social e economicamente produtiva. Esse projeto foi chamado de “Saúde para todos”, no ano de 2000, e lançado no período de 6 a 12 de setembro de 1978, quando aconteceu a Conferência Internacional sobre a Atenção Primária de Saúde, na Rússia, onde foi declarado um manifesto da Saúde chamado de Declaração Alma-Ata, a qual expressou a necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos de saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo. Objetivos da declaração de Alma-Ata A Declaração de Alma-Ata contém dez parágrafos cujos objetivos principais são: • Promover o conceito de atenção primária de saúde em todos países. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 • Intercambiar experiências e informações acerca da organização da atenção primária de saúde no marco de sistemas e serviços nacionais de saúde completos. • Avaliar a situação da saúde e da assistência sanitária em todo o mundo, uma vez que guardam relações e podem ser melhoradas com a atenção primária de saúde. • Definir os princípios da atenção primária de saúde, assim como os meios operativos que permitam superar os problemas práticos que obstaculizem o desenvolvimento da atenção primária de saúde. • Definir a função dos governos e das organizações nacionais e internacionais na cooperação técnica e na ajuda para o desenvolvimento da atenção primária de saúde. • Formular recomendações para o desenvolvimento da atenção primária de saúde. A Organização das Nações Unidas (ONU) e suas metas Em 1978, no ano seguinte à Declaração de Alma-Ata, a ONU reafirmou que a saúde é a alavanca poderosa para o desenvolvimento socioeconômico e a paz e solicitou o apoio de outras organizações internacionais. Naquele momento, a ONU se consolidava como uma organização que prestava assistência a seus países membros, intervindo e propondo políticas sanitárias e sociais. As metas da Organização das Nações Unidas são: • Manter a paz e a segurança internacionais; • Desenvolver relações amistosas entre as nações; • Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 • Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns. Impacto de outras organizações mundiais relacionadas à área de saúde Ao longo das últimas décadas, também tivemos impactos decorrentes de outras organizações de atuação mundial. Podemos destacar o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial. A parceira com o UNICEF iniciou um pacote mundial para ações para a redução da mortalidade infantil, aglutinando muitos recursos do Banco Mundial e de entidades privadas. Dois momentos marcam a entrada do UNICEF e do Banco Mundial no cenário de estratégias mundiais de saúde. O primeiro foi o distanciamento do UNICEF das propostas abrangentes do “Saúde para todos”, fazendo opção por ações isoladas através de programas para a redução da mortalidade infantil e a imunização. Atenção Essas ações obtiveram recursos de várias instituições internacionais, como o Banco Mundial, contratando profissionais, capacitando recursos humanos e fornecendo insumos. O segundo foi a divulgação do relatório do desenvolvimento mundial de 1993, conhecido como “Investindo em saúde”. O Banco Mundial Banco Mundial O grupo Banco Mundial é uma agência especializada que, independente do sistema das Nações Unidas, atua como uma fonte global de assistência para o ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 desenvolvimento, proporcionando cerca US$ 60 bilhões anuais em empréstimos e doações aos 187 países membros. O objetivo principal dessa fonte global de desenvolvimento é disponibilizar seus recursos financeiros para reduzir a pobreza e as desigualdades. O trabalho do Banco Mundial em parceria com os países ressalta: • O investimento nas pessoas, especialmente por meio da saúde e da educação básicas; • A criação de um ambiente para o crescimento e a competitividade da economia; • A atenção ao meio ambiente; • O apoio ao desenvolvimento da iniciativa privada; • A capacitação dos governos para prestar serviços de qualidade com eficiência e transparência; • A promoção de um ambiente macroeconômico conducente a investimentos e planejamento de longo prazo; • O investimento em desenvolvimento e inclusão social, governança e fortalecimento institucional como elementos essenciais para a redução da pobreza. No Brasil, o Banco Mundial é um grande parceiro de programas inovadores, tais como: o “Bolsa Família”, que, por muitos, é considerado responsável pela redução de desigualdade no Brasil; o programa de DST-AIDS, referência mundial na luta contra a epidemia; os projetos comunitários de desenvolvimento rural voltados para a região nordeste; e o ARPA (Programa Áreas Protegidas da Amazônia), que é voltado para proteção da biodiversidade na Amazônia. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 A OMS no Brasil E, sob a rubrica das Nações Unidas em associação com o Banco Mundial, a OMS atua no campo de saúde tanto em aspectos políticos quanto no apoio a construções de normas e consensos técnicos internacionais, visando às classificações de doenças e seu potencial epidêmico. No Brasil, a regulamentação atual do sistema de saúde foi estabelecida pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a partir do preconizado na Constituição Federal de 1988, quando foi regulamentado o Sistema Único de Saúde (SUS), formando alicerces legislativos da saúde. Essas legislações criaram alicerces dispotos para promoção, proteção, recuperação da saúde, organização, funcionamento e participação da comunidade na gestão do SUS. Como já indicado anteriormente, é importante reforçar que a formulação do SUS criou algumas diretrizes: Universalidade Garantia ao atendimento de saúde para todos sem distinções, sem ônus financeiro e de acordo com a necessidade do cidadão. Integralidade Garantia ao atendimento à pessoa como um todo, a todas as necessidades do indivíduo e para sua comunidade. Equidade Garantia ao oferecimento de serviços de saúde de forma equilibrada dentro da diversidade social e econômica. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 Atenção É importante demonstrar os processos que estão a cargo das instâncias governamentais a partir dos processos primários do SUS, que são: • Formulação de políticas de saúde; • Planejamento e coordenação; • Execução; • Monitoramento; • Resultado; • Impacto e benefícios; • Processos gerenciais e avaliação do processo. A participação das diferentes esferas do governo nos processos primários do SUS Como as diferentes esferas de governo participam dos processos primários do SUS? Acompanhe: Federal Participa em quase todos os processos do SUS, ocupando a posição mais generalista. Da esfera federal exclui-se, por exemplo, o gerenciamento da execução do serviço de saúde. Talvez a ação mais importante seria o planejamento financeiro em todo território nacional. Estadual Tem uma posição intermediária na gestão da saúde, sendo responsável pelaexecução e desenvolvimento da saúde nos municípios. Além disso, os controles epidemiológicos e desenvolvimento de políticas públicas são funções do estado junto ao governo federal. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 Municipal Tem a função de regulamentar e gerenciar as ações de saúde em sua jurisdição. Atenção Toda a operacionalização do SUS envolve a regionalização, hierarquização e integração, que definem os níveis de atuação, de acordo com os níveis de complexidade, para o atendimento em saúde. Níveis de organização de saúde Nível básico O nível básico é constituído pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que realizam atendimento para oferecer um auxílio essencial e imediato às necessidades individuais e sociais da região, sendo que tais atividades podem ser curativas ou preventivas. Essas unidades respondem pelo controle epidemiológico e sanitário, tais como programas de saúde e vacinação. As UBS são locais onde se pode receber atendimentos básicos e gratuitos em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são: consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Nível intermediário É voltado para uma saúde mais especializada, visando resolver problemas direcionados para clínicas especializadas. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 Nível central Está presente nos grandes centros hospitalares e possui capacidade de atender às necessidades clínicas de alta complexidade. Tipos de unidades de saúde Posto de saúde Uma unidade que presta atenção a uma população estimada em torno de 2.000 habitantes e que não dispõe, necessariamente, de profissionais de nível superior, sendo a assistência prestada por profissionais de nível médio ou elementar. As atividades realizadas são voltadas para orientação nas áreas de alimentação, nutrição materno-infantil, vacinas, educação para a saúde, liberação de medicamentos padronizados e colheita de exame para laboratório. Em algumas vezes, há a presença de médico periodicamente, de acordo com a necessidade da comunidade. Centro de saúde Unidade voltada para assistência de saúde com a presença de equipe de saúde multidisciplinar em caráter permanente. Essas unidades podem contar com atendimento de urgência e leitos de observação. Ambulatório de especialidades Essas unidades são instaladas em locais com população acima de 30.000 habitantes e possuem perfil técnico de acordo com a epidemiologia e os recursos de cada região. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 Unidade mista A unidade é voltada à assistência a especialidades médicas e à urgência. Pode conter infraestrutura diagnóstica e estar presente em locais onde existe a dificuldade para locomoção ao hospital geral ou é onerosa a sua presença. Está presente em locais em torno de 15.000 habitantes. Hospital local Esse estabelecimento é voltado à assistência médica em regime de internação e urgência nas especialidades médicas básicas, tais como clínica médica, pediatria e gineco-obstretrícia. Normalmente, está montado em localidade com mais de 20.000 habitantes e será a referência da localidade. Hospital regional É o estabelecimento de saúde voltado à assistência em regime de internação e emergência. Hospital especializado É a unidade de saúde que objetiva prestar uma assistência médica em uma só especialidade, em regime de internação e emergência, aos pacientes de menor complexidade. Hospital macrorregional É a unidade de saúde voltada à assistência de saúde especializada em alto grau de complexidade em regime de internação. Qualidade de atendimento Embora esses conceitos sejam voltados a unidades de saúde para atendimento do SUS, é importante frisar que o mercado de hospitais vem sofrendo grande concorrência; essa situação gera uma necessidade de qualificação técnica que resulta na necessidade de padronização. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 A situação é tardia no Brasil, já que, nos EUA, a primeira avaliação de hospitais foi realizada em 1918, tendo sido avaliados alguns padrões que se referem a condições necessárias aos procedimentos médicos e ao processo de trabalho, não se levando em consideração outras coisas ou serviços como equipe de assistência e resultados conseguidos com pacientes. Alguns grupos nos Estados Unidos, tais como Associação de Médicos Americana, Colégio Americano de Clínicos e Associação Americana de Hospitais, conjuntamente à Associação Médica Canadense, criaram, em 1951, a Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais (CCAH), que, pouco depois, oficialmente demostrou o programa de acreditação hospitalar: a Joint Commission on Accreditation of Hospitals. Era essa iniciativa de constituição privada, portanto, que procurou introduzir uma cultura médico hospitalar de qualidade em nível nacional nos EUA. No Brasil, em maio de 1999, foi criado a Organização Nacional de Acreditação (ONA). A palavra acreditação se refere ao procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico, reservado e sigiloso, que tende a garantir a qualidade de assistência através de padrões previamente aceitos. Estes padrões podem ser mínimos, definidos o piso ou base ou mais elaborados e exigentes, definindo diferentes níveis de satisfação e qualificação. Para a OMS, a partir de 1987, esse processo passou a ser componente de uma estratégia de desenvolvimento da qualidade na America Latina. Em 1990 foi realizado um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS, a federação Latino Americana de Hospitais eo Ministério da Saúde elaboraram o Manual de padrões de acreditarão para a America Latina. O programa brasileiro de Qualidade e Produtividade -PBQP estabeleceu a Avaliação e Certificação de Serviços de Saúde como sendo o projeto estratégico prioritário do Ministério de Saúde, através do projeto conhecido como REFORSUS – Promoção de Inovações na Administração do Setor Saúde que é ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 financiado através por acordos de empréstimo firmados pelo governo brasileiro com o Banco Mundial-BID. Esse projeto é estruturado em dois componentes: - Componente I-Apoio a melhoria da capacidade e eficiência do SUS; O componente I, visa fundamentalmente a recuperação da rede física de saúde a partir de subprodutos nas áreas de Programa de Saúde da Familia, melhora dos laboratórios da rede publica e da qualidade da rede hemoterápica. - Componente II- Promoção de inovações na administração do setor de saúde. O Componente II, visa aperfeiçoar a atuação de órgãos gestores do SUS mediante a estruturação Nacional de informação em Saúde e desenvolvimento da capacidade de formulação de políticas e de gestão descentralizada do SUS. Foram criadas Instituições Acreditadoras de direito privado, credenciadas pela Organização Nacional de Acre-ditação, criada em 1999, uma Instituição sem fins lucrativos e de interesse coletivo, que tem como objetivo a implantação e implementação nacional de um processo permanente de melhoria de qualidade de assistência de saúde, estimulando a todos os serviços de saúde a atingirem padrões mais elevados de qualidade, dentro do processo de acreditação. Dessa forma, observamos que a qualidade tem sido um foco importante, tanto em Instituições de saúdeprivadas quanto publicas e esta tem sido considerada um elemento diferenciados no processo de atendimentos das expectativas de clientes e usuários de serviços de saúde. É muito importante percebermos que toda a instituição de saúde e principalmente a hospitalar, dada a missão essencial em favor do ser humano, deva se preocupar com gestão e assistência de tal forma que se consiga uma ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 integração harmônica das especialidades de saúde, tecnológicas, administrativas, econômicas, assistenciais e se se enquadrar no perfil, das áreas de docência e pesquisa. E tudo deve ser feito com razão a atenção ao paciente de forma adequada e completa. O Ministério da Saúde analisa que todo aumento da eficiência e eficácia nos processos de gestão e assistência hospitalar somente tem valor se estiver a serviço de uma atenção ao paciente mais digna e humanizada. Então as melhorias de qualidade vêm ao encontro as crescentes exigências e necessidades da população. Mesmo sabendo que existe a necessidade urgente de melhorias e adoção de medidas que tragam a real satisfação, sabemos que esse projeto é de longo prazo e que estes objetivos devem ser perseguidos a todo custo visando uma saúde mais respeitosa e que valorize mais o paciente. Esse programa que foi instituido em 2000, e foi agrupado em trabalho de assessoria e consultoria atendendo as áreas gerenciais e assistênciais dos hospitais. NA definição das áreas que deviam ser trabalhadas foi utilizado os manuais de acreditarão hospitalar e de normas técnicas para construção de estabelecimentos assistênciais de saúde, ambos editados pelo Ministério da Saúde. Nesse mesmo programa, se instituiu algo muito interessante, que é o Premio de Qualidade Hospitalar, que foi criado com o objetivo de tornar publico o reconhecimento do Ministério de Saúde aquelas instituições integrantes do sistema SUS que tenham se destacado no ano pela qualidade de assistência prestada aos pacientes e estas informações são apuradas por meio de pesquisa de satisfação, o instrumento utilizado, é um cartão resposta anexado a uma carta enviado aos usuários que sofreram internação com cinco perguntas: 1-Avaliação das instalações físicas do hospital; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 2-Avaliação da equipe médica; 3-Avaliação da equipe de enfermagem; 4-Avaliação da maneira que foi tratado; 5-Pagou algum valor pelo atendimento ou tratamento que recebeu? Todas as quatro primeiras são avaliadas de péssimo a excelente e para a quinta a resposta possível é sim ou não. Para efeito do Premio, são avaliados momento os hospitais que tiveram mais de 100 internações faturadas e 10 % ou mais de respostas de usuários. O processo de melhoria Ao refletir sobre o processo de melhoria de qualidade em saúde, deve ser considerado que ele compartilha características comuns a outros processos de trabalho que se dão na indústria e em outros setores da economia. Evidencia-se a divisão social e técnica do trabalho, resultando em três dimensões básicas: - A natureza formativa dos profissionais de saúde; - Gestão e gerência dos serviços; - A produção propriamente dita dos serviços. Dessa forma, o profissional de saúde, durante o exercício de sua atividade, precisa manter uma relação “humanizada” com seus pacientes. O clínico depara-se com um ser pensante e igualmente desejante, assim como ele próprio o é. Nesse encontro entre dois sujeitos, o fluxo das emoções flui entre ambos, criando uma relação autêntica entre dois seres e não entre um técnico e uma patologia. O modo de operação dos serviços de saúde O modo de operar os serviços de saúde é definido como um processo de produção do cuidado. É um serviço peculiar, fundado numa intensa relação interpessoal, dependente do estabelecimento de vínculo entre os envolvidos ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 para a eficácia do ato. Por ser de natureza dialógica e dependente, constitui-se também num processo pedagógico de ensino-aprendizagem. O trabalho em saúde é um serviço que não se realiza sobre coisas ou sobre objetos, como acontece na indústria; dá-se, ao contrário, sobre pessoas, e, mais ainda, com base numa intercessão partilhada entre o usuário e o profissional na qual o primeiro contribui para o processo de trabalho, ou seja, é parte desse processo. Na definição clássica sobre o processo de trabalho, destacam-se os seguintes componentes: • Matéria-prima; • Instrumentos de trabalho; • Homem; • Produto. No caso do processo de trabalho em saúde, é possível sistematizar da seguinte forma: • Matéria-prima x usuário; • Instrumentos de trabalho x tecnologia (leve/dura/leve-dura); • Homem x trabalhador em saúde = operador do cuidado; • Produto x trabalho em saúde ⇒ atos de saúde = produção do cuidado. Qualquer processo de trabalho em saúde possui: Uma dimensão cooperativa que integraliza a ação e complementa o processo de produção de serviço, orientado a esse fim; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 Uma direcionalidade técnica que diz respeito aos conhecimentos científicos e ao uso de tecnologias que influenciam a produção específica do serviço de saúde. Quanto à relação entre práticas de saúde e o modelo assistencial, discute-se que o modelo assistencial cria missões diferenciadas para estabelecimentos de saúde aparentemente semelhantes, as quais se traduzem em diretrizes operacionais bem definidas. É importante lembrar que a organização e a divisão do processo de trabalho definem-se pelo objetivo final que se quer atingir. Nesse sentido, a lógica da produção dos serviços centrada na concepção médico-curativa tem como finalidade a cura, orientada pela fragmentação dos procedimentos, pela tecnificação da assistência e pela mecanização do ato em saúde. Assim, se desejamos pensar um novo modelo assistencial em saúde centrado no paciente, é fundamental ressignificar o processo de trabalho. Essa ressignificação exige a mudança da finalidade desse processo, que passa a ser a produção do cuidado, na perspectiva da autonomização do sujeito orientada pelo princípio da integralidade e requerendo, como ferramentas: a interdisciplinaridade, a intersetorialidade, o trabalho e a tecnologia (um conjunto de conhecimentos e modos de agir aplicados à produção de algo). A evolução histórico-social de gestão e da organização do trabalho em saúde Diferente de outras áreas de negócios, o trabalho em saúde e em educação depende fundamentalmente do recurso humano – por isto, a incorporação de tecnologias, a automatização e a informatização não têm diminuído a importância do desempenho pessoal e das equipes. Pode ser que esse fenômeno decorra do fato de, durante o exercício da clínica, o profissional desfrutar de importante grau de autonomia. Essa dificuldade em ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 padronizar e regular a medicina e a clínica em geral tem sido um pesadelo para a cultura gerencial hegemônica. De fato, possuímos um legado de modelos e pregressos de gestão centrados no controle do trabalho, os quais têm sido buscados tanto no setor público como no privado. Diferentes escolas e autores, contudo, já têm procurado enfrentar a acentuada divisão de trabalho. A motivação dos trabalhadores se daria, segundo essas concepções, por meio de formas distintas, dependendo de como o ser humano se comporta em cada um dos modelos. Percebemos que, de toda forma, sempre se tenta enquadrar o ser humano em “algum tipo”.Atualmente, no setor privado, a valorização da produtividade (remuneração mediante padrões de produção, geralmente com base em procedimentos) é prática comum, com forte fundamentação no modelo taylorista. Na área pública, as características mais marcantes da organização do trabalho são o baixo controle sobre o trabalho e a sua excessiva divisão em tarefas fragmentadas. Muitas vezes, percebemos a óptica da segregação de planejamento versus execução (questão amplamente abordada em Introdução à Administração, no primeiro período). A política de pessoal do SUS A própria política de pessoal para o SUS é muito restrita. No Brasil, hoje, observa-se um padrão de gestão que não favorece o trabalho em equipe, e ainda não se desenvolveu uma cultura de avaliação de desempenho. Estudos realizados pelo Observatório de Recursos Humanos, vinculado ao Ministério da Saúde e à OPAS, apontam que as categorias de otimização da alocação e de utilização da força de trabalho não são suficientes para lidar com a complexidade do desafio de se fazer tal tipo de gestão, ainda que raramente utilizadas no campo da gestão pública de pessoas, apesar de fundamentais. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 O conceito de "recursos humanos" ainda é dominante na elaboração de metodologias de gestão em saúde, sugerindo uma concepção que reduz pessoas a um recurso supostamente administrável conforme a racionalidade dos projetos administrativos. O conceito de "recursos humanos" ainda é dominante na elaboração de metodologias de gestão em saúde, sugerindo uma concepção que reduz pessoas a um recurso supostamente administrável conforme a racionalidade dos projetos administrativos. Essas dimensões têm sido desconsideradas pela maioria dos gestores e gerentes no campo da saúde; donde se deduz que, no imaginário desses gestores/gerentes, os trabalhadores de saúde ainda são os recursos que devem a priori viabilizar as ações por eles traçadas. Os trabalhadores, por seu lado, também se relacionam com os gestores e com o próprio trabalho na mesma perspectiva, não se reconhecendo como autores do trabalho executado e não se comprometendo além do papel de mero recurso, o que resulta em uma diminuição da responsabilidade pelo trabalho e do cuidado percebido pelo profissional. Observa-se que o padrão gerencial do setor público tem uma baixa capacidade de lidar com pessoas e os mecanismos de incentivos são insuficientes, quando não inexistentes; a política salarial e de evolução profissional por meio de carreiras, em geral, são desvinculadas de resultados e compromissos; as sanções administrativas são pouco utilizadas e também pouco eficazes devido ao alto grau de burocratização e lentidão para o seu desfecho, culminando com análises descontextualizadas dos acontecimentos que as geraram. Os avanços teóricos acerca de novos modelos para as políticas de pessoal não têm sido acompanhados por mudanças práticas em escala suficiente para gerarem um novo padrão de governança para o SUS. A Política Nacional de ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 Humanização tem trazido alguns referenciais à gestão do trabalho em saúde, propondo a atuação em dois eixos: Transformar a forma de produzir e prestar serviços de saúde (novos arranjos organizacionais); Alterar as relações sociais que envolvem os trabalhadores e gestores em sua experiência cotidiana de organização e condução dos serviços. Outro empecilho relevante para uma adequada organização do trabalho no Estado brasileiro é a ultrapassada ordem jurídica das organizações de saúde. A reforma sanitária brasileira não realizou uma reforma administrativa e da legislação organizacional do SUS. Outro aspecto essencial da vida das organizações são as relações políticas inerentes a ela, expressas por meio do processo de tomada de decisões e da gestão de conflitos. A existência da dimensão política nas organizações, em várias concepções, é vista muitas vezes como algo disfuncional, e não como um aspecto essencial, como instrumento para reconhecer os diferentes interesses e gerar negociações e consensos possíveis, com a finalidade de pactuar uma ordem institucional não coercitiva e possibilitar o melhor desempenho organizacional. O processo de tomada de decisões permanece centralizado tanto no campo público como no privado, sendo que nesse último até o trabalho médico, tradicionalmente objeto de grande autonomia na sua prática, tem sido submetido a maiores controle e normatização, buscando-se maior eficiência, algumas vezes, com foco excessivo nos custos. Atividade proposta Leia os dois trechos abaixo. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 “A Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de saúde pública com um século de experiência, dedicado a melhorar as condições de saúde dos países das Américas. A integração às Nações Unidas acontece quando a entidade se torna o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde. A OPAS/OMS também faz parte dos sistemas da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU).” Fonte: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=88 5:opas/oms-brasil “Entende-se como Cooperação Técnica entre Países (CTP) a execução e a gestão de projetos e atividades de desenvolvimento entre países, com o compartilhamento de experiências e capacidades técnicas mútuas e de seus recursos. A CTP visa a contribuir para o desenvolvimento da capacidade de um ou mais países, fortalecer suas relações, aumentar o intercâmbio, a geração, disseminação e utilização do conhecimento técnico e científico, bem como a capacitação dos recursos humanos e o fortalecimento de suas instituições.” ( Fonte: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layo ut=blog&id=1041&Itemid=60 Agora, discorra sobre a importância dos organismos internacionais relacionados à saúde nas estruturações de organizações de saúde no Brasil. Chave de resposta: Com base nos dois trechos, podemos perceber que a atuação de uma organização internacional voltada à saúde impacta a formulação e a execução das políticas públicas no país, em decorrência da possibilidade de mexermos na estruturação dos serviços de saúde para adequarmos as estruturas às mudanças das políticas públicas. Por outro lado, como percebemos no segundo trecho, o mesmo impacto potencializa a ampliação de cooperação em níveis internacionais, o que auxilia a própria busca da integralidade dos serviços. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 Material complementar Para saber mais sobre a política de pessoal do SUS, acesses os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Referências BEHRING, E R; BOSCHETTI, I. – . ed. São Paulo: ortez, 2009. BRASIL. . Brasília: Ministério da Saúde, 200 . BRASIL. . Brasília: Senado Federal, 2005. BRASIL. Informações de saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/cnes/tipo_estabelecimento.htm. Acesso em: 12 de nov. de 2014. BRASIL. . Brasília: Ministério da Saúde, 2009. BRASIL. Sobre o REFORSUS. Brasília: Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/286695/pg-144-secao-3-diario-oficial-da- uniao-dou-de-15-03-2004. Acesso em: 12 de nov. de 2014. CARDOSO I M. , v. 21,supl. 1, p. 18-28, 2012. ON A E , E. . Estrutura organizacional do hospital moderno. RAE - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 3 , n. 1, p. 0-90, jan./mar. 1998. MATTA, G. C. The world health Organization: from controlling epidemics to struggling for hegemony. Trabalho, Educação e Saúde, v. 3, n. 2, p. 371- 396, 2005. NOVAES, H. M.; Paganini J. M. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 : padrões e indicadores de qualidade para hospitais (Brasil). ashington (D ): Organização Panamericana de Saúde, 199 . Exercícios de fixação Questão 1 A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é por muitos considerada um marco fundamental para a evolução da saúde em todo o mundo. Qual a real função da OMS? a) Desenvolver programas idênticos para todo o mundo, visando à restauração e à proteção sanitária. b) Desenvolver, monitorizar e avaliar as políticas de saúde em todo mundo. c) Avaliar a abrangência do sistema de saúde desenvolvendo-o de acordo com os limites territoriais. d) Gerenciar os hospitais em todos os países que estejam interligados com a ONU. Questão 2 Os processos que estão a cargo das instâncias governamentais a partir dos processos primários do SUS são: a) Para que a população do país tenha acesso ao atendimento público de saúde, no sentido emergencial. b) Prestação de serviços e busca de investimentos privados voltados à saúde, não se preocupando com a avaliação do processo de gerenciamento. c) Formulação de políticas de saúde, planejamento e coordenação, execução, monitoramento, resultado, impacto e benefícios, processos gerenciais e avaliação do processo. d) Os processos primários que englobam apenas o governo federal que expressam a importância do planejamento financeiro em todo território nacional e da repartição de recursos para a saúde. Questão 3 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 Em relação às estratégias de desenvolvimento da saúde ocasionadas pela participação da ONU em conjunto com a OMS, considere as assertivas a seguir: I - Houve a criação do programa DST-AIDS, que é uma referência mundial na luta quanto a epidemia. II - O combate em favor da hegemonia no campo de saúde, tanto em aspectos políticos quanto no apoio a contrições de normas técnicas internacionais, visando classificar doenças e seu potencial epidêmico. III - A saúde é a alavanca poderosa para o desenvolvimento socioeconômico. IV - A Declaração de Alma-Ata não obteve um impacto importante frente a epidemias e mudança de aspecto de globalidade na saúde. Marque a única opção que corresponde às assertivas verdadeiras. a) I, II, III e IV b) Apenas I e II c) Apenas I, III e IV d) Apenas I, II e III e) Apenas II, III e IV Questão 4 A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários aconteceu no final da década de 70, em Alma-Ata (Cazaquistão), e tinha como meta "Saúde para todos no ano 2000", reforçando a proposta da atenção primária em saúde e enfatizando que: a) A saúde é um direito de alguns grupos sociais. b) As desigualdades existentes no estado de saúde das populações devem ser alvo dos países em desenvolvimento. c) O desenvolvimento econômico e social deve ser baseado numa ordem econômica internacional, da qual a população deve participar no planejamento e na execução dos cuidados de saúde, não como uma exceção, mas como um direito e dever. d) A responsabilidade dos governos com a saúde da população se dá através de adoção de medidas locais que favoreçam grupos menos favorecidos economicamente. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 e) A atenção primária é o segundo nível de contato de indivíduos, família e comunidade com o Sistema Nacional de Saúde. Questão 5 O Ministério da Saúde disponibiliza a todos os cidadãos em seu site: a) A listagem dos salários dos profissionais de toda a rede hospitalar. b) Fotos de todas as unidades hospitalares. c) Informações dos principais programas que suporta e links para acesso mais detalhado a eles. d) A listagem com os profissionais atuantes em cada unidade. e) Formulários para agendamento de consultas ambulatoriais na rede hospitalar. Questão 6 Falar sobre o processo de trabalho em saúde remete à compreensão sobre ele compartilhar características comuns a outros processos de trabalho que se dão na indústria e em outros setores da economia. Das alternativas abaixo, indique aquela que possui uma das dimensões básicas estudadas. a) Do projeto dos equipamentos tecnológicos utilizados nos procedimentos. b) Natureza social dos profissionais de saúde. c) Gestão e gerência dos serviços. d) Das condicionantes de acesso aos serviços. e) Das políticas públicas não incorporadas aos modelos em funcionamento. Questão 7 Na definição clássica sobre o processo de trabalho, destacam-se alguns componentes. Das alternativas abaixo, indique aquela que não possui um desses componentes. a) Governo b) Matéria-prima c) Instrumentos de trabalho d) Homem ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 e) Produto Questão 8 Qualquer processo de trabalho em saúde possui uma dimensão cooperativa e uma direcionalidade técnica. Indique abaixo a alternativa que contém uma dimensão cooperativa. a) Conhecimento científico. b) Uso de tecnologias na produção específica do serviço. c) Existência de insumos materiais. d) O custo do procedimento. e) Integralização da ação. Questão 9 O processo de produção do cuidado, indispensável nas organizações de saúde atuais, possui as seguintes características, exceto: a) É fundado numa intensa relação interpessoal. b) Depende do estabelecimento de vínculo entre os envolvidos para a eficácia dos atos. c) É um processo de natureza dialógica. d) Baseia-se, exclusivamente, numa sequência de processos técnicos pré- definidos. e) Constitui-se também num processo pedagógico de ensino-aprendizagem. Questão 10 Com relação à sistematização do trabalho na área de saúde e à relação entre instrumentos de trabalho x tecnologia, o gestor deve considerar os seguintes aspectos para a tomada de decisão, exceto: a) O tempo de retorno que a tecnologia trará em relação ao investimento global de sua aquisição. b) A existência de recursos humanos disponíveis ou possíveis de estarem disponíveis para utilizar ou operar tais tecnologias. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 c) O valor agregado à imagem da unidade e, por conseguinte, o potencial de atração de novos clientes ou de fidelização dos clientes existentes. d) A real necessidade de aquisição da tecnologia em estudo. e) A possibilidade de a tecnologia não ser dominada pelo paciente. Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - B Justificativa: O movimento mundial para a melhora dos serviços públicos tem ocorrido há algumas décadas, e a criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) talvez tenha sido um ponto fundamental para essa evolução. Ela foi criada em 1º de janeiro de 1942 e seu nome foi dado pelo então presidente dos Estados Unidos, Fran lin Roosevelt. A OMS é uma agência internacional que influencia, monitora e avalia as políticas de saúde em todo o mundo. Questão 2 - C Justificativa: É importante demonstrar os processos que estão a cargo das instâncias governamentais a partir dos processos primários do SUS, que são: formulação de políticas de saúde, planejamento e coordenação, execução, monitoramento, resultado, impacto e benefícios, processos gerenciaise avaliação do processo. Questão 3 - D Justificativa: São verdadeiras: I, II e III. A afirmativa IV está errada porque o manifesto da saúde chamado de Declaração Alma-Ata expressou a necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos de saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo; e um de seus objetivos principais foi promover a atenção primária e a ajuda técnica para o desenvolvimento de ações que impactaram na globalidade da saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 Questão 4 - C Justificativa: Destaca-se que a participação social da população era algo já vislumbrado no final da década de 70 que foi incorporado à nossa legislação atual a partir da Constituição de 1988. Questão 5 - C Justificativa: Percebemos que a legislação de saúde é dinâmica e que os diversos programas são contextualizados como desdobramentos de políticas públicas vigentes. Assim, mesmo quando focamos nas estruturas das organizações de saúde, elas decorrem de um desdobramento macro de políticas públicas em vigor, e, para isso, devemos acompanhar o que se desdobra, pelas informações emanadas a partir do Ministério da Saúde. Questão 6 - C Justificativa: As estruturas de organizações de saúde se formam a partir dos processos de trabalhos que decorrem das políticas públicas em andamento, notadamente da gestão dos serviços de saúde. Questão 7 - A Justificativa: A questão aborda de forma específica a construção do processo de trabalho, que vai gerar os elementos para possibilitar a estruturação das organizações. No caso, o governo por si só não representa um desses elementos diretamente relacionados ao processo de trabalho. Questão 8 - E Justificativa: A dimensão cooperativa integraliza a ação e complementa o processo de produção de serviço orientado a esse fim. As demais alternativas representam exemplos relacionadas à dimensão da direcionalidade técnica. Questão 9 - B Justificativa: O processo não se baseia exclusivamente em uma sequência de processos técnicos; consideramos também a dimensão cooperativa. Além disso, ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 os processos técnicos não são estritamente pré-definidos, mas sim interdependentes e em constante evolução tecnológica. Questão 10 - E Justificativa: Na sistematização dos processos de trabalho, o domínio da tecnologia deve estar relacionado ao grupo social que atua na organização de saúde, podendo ser transparente para o paciente.
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