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Resposta a Acusação Aula 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE 
... 
 
 
 
 
Processo criminal nº 
 
 
MATHEUS, já qualificado nos autos do processo em epígrafe por seu 
advogado regularmente constituído , conforme procuração em anexo, vem 
respeitosamente a presença de V. Exª, no prazo legal apresentar 
 
 
 
RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
 
 
Com fundamento no art. 396 e 396-A CP P, pelos fatos abaixo expostos: 
 
1. DOS FATOS 
 
O acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso 
nas penas previstas no art. 213, c/c art. 224, alínea b, do código Penal, por crime 
praticado contra Maisa, de 19 anos de idade. 
 
Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi 
narrada nos seguintes termos: “ No mês de agosto de 20 10 , em dia não 
determinado, o réu dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela 
televisão, a um jogo de futebol. 
 
Naquela ocasião, aproveitando -se do f ato de estar a sós com a 
vítima , o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato 
que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo d e exame de corpo de delito. 
 
Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou 
de grave ameaça para constranger a vítima com ele a manter conjunção carnal, 
o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência 
aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, 
visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 
 
Ocorre que o acusado não sabia que a vítima era deficiente mental, 
quejá a namorava havia algum tempo, que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, 
Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que 
manteve com a vítima eram consentidas. 
 
Insta salientar que nem a vítima nem a família dela quiseram dar 
ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. 
 
Por fim, o acusado informa que não havia qualquer prova da 
debilidade mental da vítima. 
 
3. DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
 
Trata-se a hipótese de a tipicidade em razão inequívoca de 
ausência de dolo do agente. 
O acusado atuou em erro de tipo por ter uma falsa percepção 
da realidade, uma vez que não tinha consciência e vontade de praticar todos 
os elementos do tipo penal. 
Não sabia e nem tinha como saber que tratava -se de pessoa 
portadora de doença mental e que tal doença lhe retirava tal capacidade de 
discernimento. 
Cuida-se, portanto, de e vidente situação de absolvição sumária, uma 
vez que o fato narrado não constitui crime. 
 
 
3. DO PEDIDO 
 
Por todo o exposto espera que respeitosamente de V. EXª a absolvição 
sumária, na forma do art. 397, III do CPP. Caso assim não entenda V. Ex.ª, o réu provará 
sua inocência no curso da instrução. 
 
Por oportuno, requer a oitiva das testemunhas abaixo arroladas para 
prestarem esclarecimento a respeito dos fatos narrados. 
 
 
Rol de testemunhas 
Olinda 
Alda 
 
Pede deferimento, 
Local e Data 
 
___________________ 
Advogado 
Inscrição OAB n

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