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TRABALHO COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA

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Disciplina: Comunicação Comunitária 
Atividade: Análise de Conteúdo de matéria do site www.rocinha.org 
Aluno: Charles Alves 
 
NOTÍCIAS 
 
Ex-mendigo constrói carro apenas com martelo e 
talhadeira 
 
Orismar de Souza, 35 anos, demorou quatro anos para concluir projeto na Paraíba. Ele disse que 
ainda tem sonho de ter um carro de verdade 
 
O ex-mendigo Orismar de Souza, 35 anos, morador de São José de Piranhas (PB), sempre teve o sonho de dirigir 
um carro. A paixão automobilística surgiu aos 9 anos, quando começou a construir carrinhos com lata de óleo, no 
sítio onde trabalhavam os pais, produtores rurais em Cajazeiras (PB). Aos 17 anos, ele viu um deficiente físico 
dirigindo um carro adaptado e teve o seguinte lampejo: "vou construir meu próprio carro". O sonho se tornou 
realidade em dezembro de 2010, quando ele concluiu o seu atual meio de transporte, o camarão móvel. 
 
Orismar de Souza disse que passou fome para juntar dinheiro e comprar chapas de aço 
(Foto:Divulgação/Wagner Batista da Silva/Arquivo Pessoal) 
 
Usando apenas uma talhadeira e um martelo, que foram presentes de um vizinho, Souza disse que começou a 
cortar as primeiras chapas de aço. "Virei piada. Lembro de quando vi um homem montando um portão em uma 
casa e perguntei onde ele comprava as chapas de aço. Ele riu da minha cara e disse que eu estava louco quando 
falei que queria construir um carro." 
 
Souza contou que chegou a passar fome para guardar dinheiro e conseguir comprar o material para a lataria do 
camarão móvel. "Deixava de comer para juntar todo o dinheiro necessário. Em quatro meses eu juntei R$ 450 e 
fui até a cidade comprar as chapas. Ninguém acreditava, todo mundo ria de mim. Fui muito humilhado por isso, 
mas eu venci e construí meu carro, sozinho, com minhas próprias mãos." 
 
Ele disse que a inexperiência em lidar com o aço quase o fez desistir do sonho. "Comecei a cortar o aço com a 
talhadeira e o aço foi ficando mole, não sabia mexer com isso e me assustei. Depois, quando fui dobrando as 
peças, ele voltou a ficar rígido. Foi Deus que me ajudou e consegui dar forma ao carro." 
 
A única habilidade que Souza disse ter era lidar com a terra, quando ajudava os pais na roça. "Comecei a fazer 
miniaturas com o metal das latas de óleo que minha mãe usava em casa. Trocava os carrinhos por galinha, ovo, 
comida e roupa. Era o jeito que eu conseguia ajudar meus pais. Eu fazia carro de polícia, trator e até picape. 
Quando meus pais viram aquilo, até compraram uma latinha de tinta para eu pintá-los." 
 
Para construir o camarão móvel, Souza disse que pedia muitas peças nas oficinas da região e também pegava 
tudo que era descartado no lixo. "Peguei um motor de motocicleta, de 125 cc, para mover o carro. Antes, a ligação 
era feita com pedal, igual ao de moto, na parte traseira. Agora, em dezembro, consegui fazer a ignição com chave 
e também coloquei câmbio com ré." 
 
 
 
 
 
Carro foi construído durante quatro anos em São José de Piranhas (PB) e roda com motor de motocicleta 125 cc (Foto: 
Divulgação/Wagner Batista da Silva/Arquivo Pessoal) 
 
Souza disse que o camarão móvel chega até 80 km/h na rodovia de asfalto. "Na cidade e no barro eu ando devagar, 
não passo dos 40km/h. Cabe duas pessoas, mas não tenho namorada. Quando ando na rua é aquela festa, porque 
muita gente me admira e acaba tirando foto." 
 
Apesar de ter conseguido construir seu próprio carro, o ex-mendigo, que faz bicos de faxineiro e cortador de cana, 
disse que espera um dia arrumar uma garagem fixa para seu camarão móvel. "Na verdade, na verdade, ainda 
sonho em ter um carro direitinho, com placa, documento e tudo, além de um lugar para guardá-lo com segurança." 
 
ANÁLISE DE CONTEÚDO 
 
O conteúdo aborda a experiencia de um homem de origem humilde que de maneira 
artesanal e com o uso de ferramentas rudimentares e peças de outros veículos 
encontradas em uma sucata conseguiu construir um automóvel que ficou 
conhecido no interior do estado da Paraíba como “camarão móvel”. 
 
A notícia foi que divulgada no site www.rocinha.org, embora o fato tenha ocorrido 
no nordeste, foi publicada pelo editor da página com a finalidade de inspirar os 
moradores da comunidade carioca sobre superação e utilização de recursos 
considerados inservíveis na realização de um sonho, haja vista que a pessoa 
ilustrada na matéria era um ex-morador de rua que sobrevivia através da 
mendicância. 
 
A linguagem utilizada foi a formal com características de texto jornalístico, o que 
demonstra que o redator do texto deve ter conhecimento no campo da 
comunicação dada a presença de lide e demais elementos característicos de texto 
jornalístico. 
 
A imagens utilizadas, foram de autoria de terceiros como demonstram as legendas, 
e são de boa qualidade, conseguindo transmitir ao leitor uma visão do objeto 
retratado no texto, onde os personagens envolvidos são o próprio Orismar de 
Souza e a comunidade de São José de Piranhas, no interior do estado da Paraíba.

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