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PRÁTICA 04 AULA 02

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Braz silveira Duarte
Matrícula: 200702092587
 CASO CONCRETO AULA 02 
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA__ VARA DE FAMÍLIA
ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº, inscrita no CPF nº, domiciliada e residente a Rua, nº, Bairro, cidade, UF vem por seu advogado, com endereço profissional na Rua, bairro, cidade, UF que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor:
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
Em face do PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da identidade nº, inscrito no CPF nº, domiciliado e residente a Rua, n, Bairro, cidade, UF, pela lide e fundamentos que passa a expor:
DA TUTELA CAUTELAR
A Autora é casada com o Réu há 30 anos, sendo que dessa união tiveram 2 filhos, maiores e ambos capazes, Joaquim e Maria das Dores.
A Autora descobriu que o Réu estava em relacionamento extraconjugal, o que lhe despertou a vontade de proceder com o divórcio.
Ao descobrir a vontade da Autora, ora sua esposa, o Réu começou a dilapidar o patrimônio, a ser, 2 automóveis que foram doados para a irmã do Réu, Isabel, descritos a baixo, e a efetuar saques nas contas conjuntas do casal, que foram confirmadas posteriormente pela Autora.
Para tanto, fumus boni iuris está evidenciado ante a atitude do Réu em proceder na doação dos veículos a sua irmã Isabel, além dos saques nas contas conjuntas do casal. Tal medida denota a intenção do Réu em dilapidar, senão fraudar, os bens comuns ao casal, os quais a Autora tem direito a parte.
E o periculum in mora também é factível no perigo da Autora ter diminuída sua parte a ser amealhada. Como a Autora não sabe ao certo o valor total do patrimônio aferido na constância da relação, se a medida cautelar não for aplicada gerará grave dano ou de difícil reparação. 
Destarte, ante a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, demonstra-se imperiosa a concessão da liminar inaudita altera pars pretendida para que sejam arrolados os bens do casal para salvaguardar futura partilha decorrente do divórcio, tendo em vista a Autora não ter ciência do total do patrimônio do casal.
DA LIDE
	A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes.
	Constituíram vasto patrimônio juntos, fruto do esforço mutuo do casal.
	Ocorre que a Autora, descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu divorciar-se do deste.
	O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, A senhora Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal.
	A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprou juntamente ao Banco ao qual possuem conta tais saques do Réu.
DOS FUNDAMENTOS
	Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis:
							
								“Art 2º - A Sociedade Conjugal termina:
 								IV - pelo divórcio.
								Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.”
	Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimônio que também cabe a Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há o periculum in mora, por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis: 
		“Art. 301 – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
		Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.”
	Ainda podemos citar o artigo 1.658 do código civil que nos traz:
“No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes”
	Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, senão vejamos: 
 					MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da medida cautelar de seqüestro de bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o cumprimento da sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o seqüestro dos bens até que se efetive o registro da partilha procedida nos autos da ação divórcio. (TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG , Relator: Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 02/06/2014)
	
	A Autora quer que seja efetivado o arrolamento dos bens para que ao final da lide tenha garantido seu direito
	Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário.
DOS PEDIDOS
	Pelo exposto requer:
a) Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal;
b) Intimação do Réu para ciência da decisão;
c) Que seja marcada com a anuência do Réu audiência de conciliação;
d) Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia;
e) Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
f) Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha dos bens;
g) Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob o valor da condenação.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do NCPC, em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$....
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogada
OAB/UF

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