Buscar

HISTÓRICO DA HIGIENE DAS MÃOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRICO DA HIGIENE DAS MÃOS
Há mais de 02 mil anos um médico grego chamado Hipócretes reconheceu que a limpeza poderia evitar infecções. As cidades cresciam sem planejamento, a higiene pessoal era tão desconhecida que até mesmo os reis daquela época se banhavam somente em ocasiões especiais, pouco mais de 03 vezes ao ano. Em 1818 a prática de lavagem das mãos foi recomendada pelo médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis sendo considerado hoje o pai do controle infecção comprovando a importância da lavagem das mãos na prevenção da febre puerperal, demonstrando que os microrganismos podem estar presentes na matéria não-viva, sobre sólidos, líquidos e ar.
Por volta do século XIX, o Dr° Semmelweis iniciou sua pesquisa sobre a lavagem das mãos, e isso se deu ao fato de que muitas mulheres naquela época estavam morrendo se sepsi puerperal sem causa à vista. Naquela época as pessoas não tinham conhecimento sobre infecções bacterianas e nem microorganismos, os mesmos médicos e estudantes que faziam parte da autópsia, realizavam os partos, e diante disso as ocorrências de morte eram enormes entre recém nascidos e mulheres.
Então o Dr° Semmelweis adotou medidas de higiene das mãos para que todos os médicos e estudantes antes de entrarem na salas realizassem essa lavagem das mãos com água e sabão, porém os mesmos enxugavam as mãos com toalhas contaminadas, não realizando uma lavagem adequada das mãos, imediatamente corriam para a clínica para visitar as futuras mães e as que tinham acabado de dar à luz. E o que era pior, a mesma doente era visitada sucessivamente por vários estudantes na mesma ocasião. Na época, a microscopia não estava evidentemente em estado avançado. Todos falavam de germes, mas nunca ninguém os tinhas visto. A história, por outro lado, ainda não conhecia a técnica da coloração para identificar os microorganismos, Semmelweis tomou então uma decisão para tentar resolver a situação, ordenando a todos que lavassem as mãos, primeiro numa solução à base de cloro, e depois, como esta se revelasse muito caro, com uma de cloreto de cal. E demonstrou ter decidido bem, porque os resultados não se fizeram esperar foram eficazes e com resultados relevantes. De fato, quando as medidas de higiene ainda não haviam sido iniciadas, o índice de mortalidade devido à febre pós-parto nas mulheres que tinham acabado de dar à luz era de 12,2%. Porém, nos sete meses seguintes, graças à profilaxia, este patamar foi reduzido para 3%, o que era ainda uma percentagem muito elevada, mas já era um grande passo para o caminho da solução.
Assim, a partir daquele momento, a desinfecção com cloreto de cal tornou- se obrigatória antes de cada visita às doentes. Em seguida, e dado que, embora com menor frequência, muitas mulheres que estavam para parir continuavam a morrer, Semmelweis ordenou a todos que desinfetassem as mãos antes de cada visita, assim como todos os objetos que pudessem entrar em contato com a doente.
A consequência da tomada destas medidas foi extraordinária: até ao dia em que Semmelweis abandonou a Clínica, a mortalidade causada pela febre pós-parto havia atingido patamares inferiores a 0,5%considerado um percentual bom. Apesar dos resultados, a situação provocou uma série de discussões, incompreensões, críticas entre os colegas, que se opuseram à sistemática de higiene imposta, e se tornaram tão duras que levaram o jovem médico a abandonar Viena e a regressar à Hungria deixando sua marca sobre a higienização das mãos.

Outros materiais