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Gestão Financeira

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
Ana Paula Padilha Custódio 
Fábio Ferreira Maia 
Pedro Vinícius Vasoler 
 
 
 
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE 
TRANSPORTE 
 
Transernestoliver Ltda. - ME 
Julio Mesquita - SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2010 
 
ANA PAULA PADILHA CUSTÓDIO 
FÁBIO FERREIRA MAIA 
PEDRO VINÍCIUS VASOLER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Ciências Contábeis, 
sob a orientação do Professor M.Sc. 
Everton Rodrigo Salvático Custódio e 
orientação técnica da Professora 
M.Sc.Heloisa Helena Rovery da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2010
 
 
Custódio, Ana Paula Padilha; Maia, Fabio Ferreira; Vasoler, Pedro 
Vinícius 
Gestão Financeira em uma empresa de transporte. / Ana Paula 
Padilha Custódio; Fábio Ferreira Maia; Pedro Vinícius Vasoler. – – Lins, 
2010. 
71p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium - UNISALESIANO, Lins–SP, para graduação em 
Ciências Contábeis, 2010 
Orientadores: Everton Rodrigo Salvático Custódio; Heloisa Helena 
Rovery da Silva 
 
1. Gestão Financeira. 2. Controle Financeiro. 3. Planejamento. 4. 
Lucratividade. I Título. 
 
CDU 657
 
 
 
 
C991g 
 
ANA PAULA PADILHA CUSTÓDIO 
FÁBIO FERREIRA MAIA 
PEDRO VINÍCIUS VASOLER 
 
 
GESTÃO FINANCEIRA EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
Aprovada em: ______ / ______ / ______ 
 
 
Banca Examinadora: 
 
Prof. M.Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio 
Mestre Profissional em Administração pela Universidade Metodista de 
Piracicaba - UNIMEP. 
Assinatura: _________________________________ 
 
 
1º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação: ______________________________________________________ 
 _______________________________________________________________ 
Assinatura: _________________________________ 
 
 
2º Prof(a): ______________________________________________________ 
Titulação: ______________________________________________________ 
 _______________________________________________________________ 
Assinatura: _________________________________ 
 
 
A Deus 
 
Pela vida. 
 
 
Aos meus pais Ercio e Maria 
 
Pelo amor, dedicação e incentivo. 
 
 
Aos meus irmãos Telma e Anderson 
 
Pelo carinho e por sempre estarem ao meu lado nos momentos de 
dificuldades. 
 
 
Aos meus colegas de equipe Fábio e Pedro 
 
Pelos momentos de aprendizagem que passamos juntos, pela 
confiança e amizade conquistadas ao longo deste trabalho. 
 
 
Ao meu marido Adilson 
 
Pelo apoio, incentivo e compreensão durante toda a execução 
deste trabalho. 
 
 
 
Ana Paula 
 
A Deus 
 
Rendo graça a Deus pelo fôlego de vida, a certeza que sempre 
está em todos os lugares, onipresente, tudo o saber, onisciente, todo 
poder, onipotente, sempre guiando e iluminando nossos passos. 
Por ter concedido força e oportunidade para concluir minha 
jornada acadêmica. 
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será 
contra nós? Romanos 8:31 
 
 
Aos meus pais Olegário e Nair 
 
Que me deram a vida e ensinaram-me os primeiros passos, 
forneceram-me educação e o respeito para com o próximo. 
Apoiam-me em minhas virtudes e aconselham-me em minhas 
falhas. 
Acreditaram em meu potencial e investiram em minha formação 
acadêmica. 
Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti 
mesmo. Mateus 19:19 
 
 
 
Fábio 
 
A Deus 
 
Agradeço pelo senhor nosso bom Deus por ele sempre estar ao 
meu lado. Somente ele sabe do sofrimento que tive para chegar até aqui, 
nas horas difíceis ele deu seu colo para eu chorar e nas alegres ele 
estava comigo a sorrir e com isso ele nunca me deixou desanimar, 
agradeço por ele ter me dado força e sabedoria para chegar até aqui. 
Senhor, quero agradecer por ter me ajudado, sem você comigo eu não 
sei o que seria. Aquilo que parecia ser impossível, aquilo que parecia 
não ter saída, aquilo que parecia ser minha morte, o Senhor mudou 
minha sorte, sou um milagre, estou aqui. 
Obrigado meu bom Deus por mais essa vitória. 
 
À minha mãe 
 
Essa pessoa sempre me apoiou para que eu estudasse, sempre me 
ajudou nas horas alegres e nas horas difíceis estava ali do meu lado me 
auxiliando. Para chegar até aqui tive muitas dificuldades, e graças a 
minha mãe, Teresa de Souza Vasoler, consegui superar todas essas 
dificuldades. Mãe, agradeço por ter me ajudado a chegar até aqui e o 
esforço que fez para que eu pudesse estudar, quero um dia retribuir por 
tudo que você fez por mim. 
Eu a amo muito!!!! 
 
A meu Pai 
 
Meu pai Antonio Donizete Vasoler sempre deu conselho para mim 
e para meus irmãos ensinando-nos o que é certo, dando-nos uma 
educação para sempre respeitar o próximo e com a graça de Deus 
nunca deixou nada faltar em casa. Agradeço por ter me ajudado a 
chegar até aqui. Espero um dia poder retribuir o que vez por mim. O 
que sou hoje devo à educação que me deu. 
 
A minha Família 
 
Agradeço meus irmãos Fiori Vasoler e Maira Cristina Vasoler ; 
meus sobrinhos Pietro Vasoler, Gabriel Augusto Vasoler Ortiz e 
Eduardo Ortiz Junior ; meus cunhados Eduardo Augusto Ortiz e 
Lucimar Cardoso Vasoler, por eles terem sempre me apoiado. 
 
Aos Mestres 
Só tenho a dizer que aprendi muito com todos os professores 
desta casa, excelentes pessoas que contribuíram para o meu 
crescimento profissional durante esta jornada. 
 
Ana Paula e Fábio 
 
A vida é meio engraçada, pois quando menos esperamos 
encontramos pessoas muito especiais, amigos que ficam eternamente 
em nosso coração. O tempo que passei em companhia dessas pessoas 
excelentes contribuíu imensamente para meu crescimento pessoal e 
profissional, graças ao companheirismo desses dois excelentes amigos: 
Fabio e Ana Paula. Agradeço a essas pessoas com quem aprendi muito. 
Desejo muito sucesso aos dois. Obrigado!!!! 
 
Ao nosso orientador M. Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio 
 
Por ele ser um excelente profissional, ético e determinado naquilo 
que faz. Pessoa que nos momentos mais difíceis nos deu força para 
nunca desanimar, sempre nos incentivando. 
Desejo muito sucesso em sua vida. Obrigado!!!! 
 
À professora orientadora M. Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva 
 
Essa pessoa tem o dom de passar uma energia positiva, ela é uma 
pessoa que está sempre nos apoiando e nos incentivando para que 
concluíssemos esse trabalho. Obrigado!!!! 
 
Pedro 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus 
 
Pela ajuda constante e pela oportunidade de concluirmos mais uma 
etapa de nossas vidas. 
 
Às nossas famílias pelos constantes apoios. 
 
Aos mestres por ter nos transmitido os conhecimentos necessários para 
a nossa formação acadêmica. 
 
Ao Prof. M.Sc. Everton Rodrigo Salvático Custódio por ter nos 
orientado e indicado o melhor caminho a seguir em todas as etapas do 
trabalho. 
 
À Profª. M.Sc. Heloísa Helena Rovery Silva pela dedicação e paciência 
nas orientações técnicas. 
 
À Transernestoliver Ltda. – ME pela colaboração e abertura para a 
realização desse trabalho com sucesso.Ana, Fábio e Pedro 
 
RESUMO 
 
 
O tema do presente trabalho parte da importância da gestão financeira 
em uma empresa de transporte, evidenciando a necessidade de um sistema de 
controle gerencial para garantir a integridade das informações financeiras 
utilizadas para atingir o desempenho desejável. A gestão financeira é um fator 
crítico para o sucesso da empresa e passa, necessariamente, pela elaboração 
do planejamento. Através do planejamento, os objetivos a serem atingidos são 
traçados e os meios efetivos, para torná-los reais, são estabelecidos. Os tipos 
de planejamento são o planejamento estratégico, com objetivos em longo 
prazo; o planejamento tático, que visa objetivos específicos buscando contribuir 
com a empresa como um todo e o planejamento operacional, que tem o foco 
nas atividades do dia-a-dia da empresa. As ferramentas de controle financeiro 
são de extrema importância para identificar antecipadamente as necessidades 
da empresa, bem como prever os resultados financeiros da mesma. A 
Transernestoliver Ltda. – ME é uma empresa do ramo de prestação de serviços 
de transportes rodoviário coletivo de passageiros em geral da cidade de Júlio 
Mesquita e atualmente procura, através da implantação da gestão financeira, 
obter mais controle financeiro sobre suas operações e expandir sua atuação no 
mercado. Foi realizado um estudo de caso nessa empresa com o objetivo de 
identificar quais os benefícios que a implantação de uma gestão financeira 
proporciona à mesma. A correta utilização dos controles financeiros 
implantados na empresa possibilita a visualização dos valores de custos e das 
despesas, assim como das entradas e das saídas, permitindo a melhor 
utilização dos recursos, reduzindo despesas desnecessárias e, 
consequentemente, possibilitando o aumento da lucratividade. 
 
 
Palavras-chave: Gestão financeira. Controle financeiro. Planejamento. 
Lucratividade. 
 
ABSTRACT 
 
 
The theme of this work stems from the importance of financial 
management at a trucking company, highlighting the need for a management 
control system to ensure the integrity of financial information used to achieve 
desirable performance. Financial management is a critical factor for business 
success and necessarily involves the preparation of planning. Through the 
planning objectives to be achieved are outlined and effective means to make 
them real is established. The types of planning are strategic planning, with long-
term goals, tactical planning, aimed at specific targets area for help with the 
company as a whole and operational planning, which has a focus on day-to-day 
the company. The tools of financial control are extremely important to identify in 
advance the company's needs as well as provide financial results for the same. 
The Transernestoliver Ltda. - ME is a company of the provision of collective 
passenger transport by road in the town of General Jules Mosque and is 
currently looking through the deployment of financial management, more 
financial control over their operations and expand their market performance. We 
conducted a case study in this company in order to identify the benefits that the 
implementation of financial management gives the same. The proper use of 
financial controls in place at the company lets you view the values of costs and 
expenses, as well as the inputs and outputs, allowing better use of resources, 
reducing unnecessary expenditure and, therefore, enabling increased 
profitability. 
 
 
Keywords: Financial Management. Financial control. Planning. Profitability. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Modelo de Fluxo de Caixa ................................................................ 32 
Figura 2: Fotos da frota da empresa Transernestoliver Ltda. - ME ................... 40 
Figura 3: Fluxo de Caixa ................................................................................... 53 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Características básicas da contabilidade financeira e gerencial ...... 26 
Quadro 2: Etapas do Processo de Gestão ....................................................... 27 
Quadro 3: Quadro de controle de despesas ..................................................... 48 
Quadro 4: Quadro de controle de custos .......................................................... 49 
Quadro 5: Quadro de controle de receitas ........................................................ 50 
Quadro 6: Quadro de controle da receita líquida .............................................. 51 
Quadro 7: Balanço Patrimonial ......................................................................... 54 
Quadro 8: Demonstração do Resultado do Exercício ....................................... 55 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
FASB – Financial Accounting Standards Board 
SEC – Securities and Exchange Commission 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 17 
 
 
CAPÍTULO I – A CONTROLADORIA E A GESTÃO FINANCEIRA ................ 19 
1 CONCEITOS ......................................................................................... 19 
1.1 Controladoria .......................................................................................... 19 
1.2 Contabilidade Gerencial ......................................................................... 20 
1.3 Contabilidade Financeira ........................................................................ 23 
1.4 Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira .............................. 24 
1.5 Conceito de Gestão ................................................................................ 26 
1.5.1 Gestão Financeira .................................................................................. 27 
1.5.2 Planejamento ......................................................................................... 28 
1.5.2.1 Planejamento Estratégico ................................................................. 29 
1.5.2.2 Planejamento Tático ......................................................................... 29 
1.5.2.3 Planejamento Operacional ................................................................ 30 
1.6 Ferramentas de Controle Financeiro ...................................................... 30 
1.6.1 Orçamento .............................................................................................. 31 
1.6.2 Fluxo de Caixa ....................................................................................... 31 
1.6.3 Tesouraria .............................................................................................. 33 
1.7 Custos .................................................................................................... 35 
1.7.1 Classificação dos Custos ....................................................................... 36 
1.7.1.1 Custos Diretos e Custos Indiretos .................................................... 36 
1.7.1.2 Custos Fixos e Custos Variáveis ...................................................... 37 
 
 
CAPÍTULO II - TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME .................................... 38 
2 HISTÓRICO DA EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME ..... 38 
2.1 Setores da empresa ............................................................................... 38 
2.1.1 Setor administrativo ................................................................................ 39 
2.1.2 Setor financeiro ...................................................................................... 39 
2.2 Objetivos gerais da empresa .................................................................. 40 
 
2.3 Frota ....................................................................................................... 40 
2.3.1 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde noTrabalho, na 
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
(NR31). ............................................................................................................. 41 
2.3.2 Código de Trânsito Brasileiro ................................................................. 42 
2.3.3 Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo ................................ 42 
2.4 Parceiros ................................................................................................ 43 
2.4.1 Bradesco ................................................................................................ 43 
2.4.2 Auto Posto Dias e Mira Ltda. .................................................................. 43 
2.4.3 Auto Mecânica Guaimbê Ltda. ............................................................... 44 
2.5 Clientes .................................................................................................. 44 
2.5.1 Louis Dreyfus Commodities S/A ............................................................. 44 
2.6 Concorrentes .......................................................................................... 45 
 
 
CAPÍTULO III – A GESTÃO FINANCEIRA E A EMPRESA 
TRANSERNESTOLIVER LTDA. – ME ............................................................. 46 
3 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 46 
3.1 Gestão financeira da Transernestoliver Ltda. – Me ................................ 47 
3.1.1 Controle de despesas da Transernestoliver Ltda. – ME ......................... 48 
3.1.2 Controle de custos da Transernestoliver Ltda. – ME .............................. 48 
3.1.2.1 Acompanhamento de custos de manutenção ................................... 49 
3.1.3 Controle de receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ............. 50 
3.1.4 Controle de contratos da Transernestoliver Ltda. – ME ......................... 51 
3.1.5 Controle de segurança da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ........ 51 
3.1.6 Fluxo de caixa da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ..................... 52 
3.1.7 Demonstrações contábeis da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ... 53 
3.1.7.1 Balanço Patrimonial da empresa Transernestoliver Ltda. – ME ....... 54 
3.1.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício da empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME ............................................................................ 55 
3.1.8 Parecer final sobre o caso ...................................................................... 56 
 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 57 
 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 58 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 59 
APÊNDICES .................................................................................................... 62 
ANEXOS ........................................................................................................... 69 
 
 
 17
INTRODUÇÃO 
 
 
 O tema abordado no presente trabalho é mostrar sobre a necessidade 
de um sistema de gestão financeira em uma empresa de transporte. 
 O crescimento da competitividade exige das empresas maior controle na 
gestão dos recursos financeiros, levando as empresas a adotarem um sistema 
de gestão financeira que auxilie no planejamento e utilização dos recursos 
financeiros. 
 A gestão financeira desempenha um papel importante nas tomadas de 
decisões da empresa sendo relevante no planejamento das necessidades, na 
inventariação dos recursos disponíveis, na obtenção de financiamentos de 
forma mais vantajosa, na aplicação criteriosa dos recursos financeiros e, 
principalmente, na análise econômica e financeira da mesma. 
 Os objetivos desta pesquisa foram de acompanhar os controles 
gerencias da empresa; pesquisar sobre ferramentas de gestão financeira; 
enfatizar a importância da controladoria, da contabilidade gerencial e da 
contabilidade financeira; verificar a utilização das ferramentas de gestão 
financeira na empresa estagiada; destacar as vantagens de uma empresa 
possuir um controle de gestão financeira e implantar uma gestão financeira na 
empresa Transernestoliver Ltda.- ME. 
 Baseando-se nestes fundamentos, foi levantada a seguinte questão: 
 Quais os benefícios que a implantação de uma gestão financeira 
proporciona à empresa? 
 A priori surgiu a seguinte hipótese: a utilização da contabilidade para 
uma gestão financeira proporciona crescimento econômico para a empresa? 
 Para buscar uma resposta clara e objetiva para tal questionamento foi 
realizada uma pesquisa na empresa Transernestoliver Ltda.- ME durante o 
período de fevereiro a outubro de 2010, cujos métodos e técnicas estão 
descritos no Capítulo III. 
 A Transernestoliver Ltda.-ME é uma empresa que presta serviços de 
transporte rodoviário coletivo de passageiros em geral. Está localizada na Rua 
Dr. Horácio Sabino, nº 247, na cidade de Júlio Mesquita – SP. 
O trabalho está assim estruturado: 
 18
Capítulo I – aborda teoricamente a controladoria, contabilidade 
financeira e gerencial, conceitos, ferramentas, objetivos e importância da 
gestão financeira. 
Capítulo II – descreve a Transernestoliver Ltda.-ME, seu histórico, seus 
setores, objetivos, parceiros e concorrentes. 
Capítulo III – demonstra a pesquisa realizada na Transernestoliver Ltda.- 
ME. 
Por fim, apresenta-se a proposta de intervenção e a conclusão. 
 19
CAPÍTULO I 
 
A CONTROLADORIA E A GESTÃO FINANCEIRA 
 
 
1 CONCEITOS 
 
 
Este capítulo apresenta alguns conceitos ligados à Gestão Financeira, 
tais como: Controladoria, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira, 
Ferramentas de Controle Financeiro e outros. 
 
 
1.1 Controladoria 
 
 
A Controladoria tem como função principal promover a eficácia das 
decisões desenvolvendo e analisando as alternativas disponíveis para as 
soluções dos problemas. 
“A função da controladoria é apoiar o processo de decisão através de 
sistemas de informações que possibilitem o controle operacional, visando o 
monitoramento das atividades da empresa”. (NASCIMENTO; REGINATO, 
2007, p. 2). 
Compreende as operações globais da empresa monitorando a execução 
dos objetivos estabelecidos, investigando e diagnosticando as razões para a 
ocorrência de eventuais desvios entre os resultados alcançados e os 
esperados. 
 
Pode-se entender Controladoria como o departamento responsável 
pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema 
integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de 
determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas, sendo 
considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da 
Contabilidade. (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2002, p.12). 
 
Pode-se entender como o conjunto de princípios, procedimentos e 
 20
métodos originados das ciências da Contabilidade, Administração, Economia e 
Estatística, relacionado às atividades econômicas da empresa. 
De acordo com Nascimento e Reginato (2007), a área da controladoria 
tem a função de interagir, constantemente com o processo decisório da 
empresa, buscando dados e informações econômico-financeiras em suas 
áreas de apoio utilizando-se, principalmente, dos sistemas de mensuração, 
informação e de controles internos. 
Na busca pela eficácia gerencial, os gestores utilizam o setor de 
controladoria para garantir informações adequadas ao processo decisório. 
Segundo Padoveze (2004), a Controladoria, por meio do sistema 
contábil gerencial, incorpora os conceitos de lucro econômico, dá as condições 
à empresa de avaliar todo o processo de geração ou criação de valor (geração 
de lucro para os acionistas). 
Noexercício da função contábil gerencial, a Controladoria pode 
monitorar o processo de geração de valor dentro da empresa por meio da 
adoção dos conceitos adequados de mensuração do lucro empresarial e por 
meio do apoio às atividades operacionais no processo de geração de valor 
através do sistema de informação contábil gerencial. 
 
 
1.2 Contabilidade Gerencial 
 
 
Pode-se entender a Contabilidade Gerencial como a ferramenta contábil 
que mede o desempenho econômico de unidades operacionais 
descentralizadas, como unidades de negócios, divisões e departamentos. 
Segundo Horngren, Sundem e Stratton (2006), a Contabilidade 
Gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, 
interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos 
organizacionais. 
A Contabilidade Gerencial é por sua vez um dos principais meios pelos 
quais trabalhadores, gerentes e executivos recebem retorno de seu 
desempenho, fazendo com que utilizem experiências passadas para melhorar 
o futuro. 
 21
Contabilidade gerencial é processo de produção de informações 
financeiras e operacionais para funcionários e gerentes. O processo 
deve ser orientado pelas necessidades de informação interna e deve 
dirigir suas decisões operacionais e de investimentos. (ATKINSON et 
al., 2008, p.36). 
 
As funções da Contabilidade Gerencial podem ser apontadas como: 
identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e 
comunicação das informações financeiras usadas pela administração. 
A identificação é o reconhecimento e a avaliação das transações 
empresariais e outros eventos econômicos. 
A mensuração é a quantificação, incluindo estimação das transações 
empresariais ou de outros eventos econômicos ocorridos ou as previsões sobre 
o que possa ocorrer. 
A acumulação é a sistematização de abordagens disciplinadas e 
consistentes para registrar e classificar as transações empresariais apropriadas 
e outros eventos econômicos. 
A análise é a determinação das razões para a atividade relatada e seu 
relacionamento com outros eventos e situações econômicas. 
A preparação e a interpretação são a coordenação da contabilidade e/ou 
planejamento dos dados para fornecer informações apresentadas de forma 
lógica, que inclui se apropriadas, as conclusões extraídas desses dados. 
A comunicação consiste na preparação de relatórios pertinentes à 
administração e a outros usuários internos e externos. 
As informações financeiras fornecidas aos administradores pela 
Contabilidade Gerencial servem para planejar, avaliar e controlar uma 
organização e assegurar o uso apropriado e a responsabilização por seus 
recursos e a elaboração de relatórios externos. 
O planejamento é a quantificação e interpretação dos efeitos das 
transações planejadas e de outros eventos econômicos sobre a organização. 
Este planejamento inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer 
que o contador forneça informações históricas quantitativas e prospectivas para 
facilitá-lo. Inclui também a participação no desenvolvimento do sistema de 
planejamento, no estabelecimento de metas alcançáveis e na escolha de meios 
apropriados para monitorar o cumprimento dessas metas. 
A avaliação é o julgamento das implicações dos eventos históricos e 
 22
esperados. A avaliação inclui transformar dados em tendências e 
relacionamentos; comunicação pontual e efetiva das conclusões extraídas das 
análises. 
O controle é a garantia da integridade das informações financeiras; 
monitoramento e mensuração do desempenho. Fornece informações aos 
executivos em suas áreas operacionais e funcionais que possam ser usadas 
para atingir o desempenho desejável. 
Assegurar recursos de responsabilização, trata-se da implementação de 
um sistema de relatórios que esteja alinhado às responsabilidades 
organizacionais que contribua ao uso efetivo dos recursos e que mensure o 
desempenho da administração; transmitir as metas e os objetivos da 
administração em toda organização na forma de atribuição de 
responsabilidades, base para identificar a responsabilização; fornecer um 
sistema contábil e de relatórios que acumule as receitas, as despesas, os 
ativos, as obrigações e relacione as informações quantitativas aos gerentes 
que terão melhor controle sobre esses elementos. 
Os relatórios externos são destinados à preparação de documentos 
financeiros baseados em princípios contábeis geralmente aceitos ou em outras 
bases apropriadas a grupos não administrativos, como: acionistas, credores, 
órgãos regulatórios e autoridades tributárias e participar no processo de 
desenvolvimento dos princípios contábeis que formam a base dos relatórios 
externos. 
Segundo Padoveze (2004), para se fazer Contabilidade Gerencial é 
necessário um Sistema de Informação Contábil Gerencial, um Sistema de 
Informação Operacional, que seja um instrumento dotado de características 
que preencham todas as necessidades informacionais dos administradores 
para o gerenciamento de sua entidade. 
O Sistema de Informação é um conjunto de recursos humanos, 
materiais, tecnológicos e financeiros que permite às organizações o 
cumprimento de seus objetivos. Classifica-se em Sistemas de Informação de 
Apoio às Operações, que têm como objetivo auxiliar os departamentos e 
atividades a executarem suas funções operacionais, como: compras, 
estocagem, produção, vendas, recebimentos, pagamentos e Sistemas de 
Informação de Apoio à Gestão, que se preocupam basicamente com as 
 23
informações necessárias à gestão econômica da empresa e têm como base de 
apoio informacional as informações de processo e quantitativas geradas pelos 
sistemas operacionais. 
De acordo com Padoveze (2004), o Sistema de Informação Contábil é 
um sistema de apoio à gestão, juntamente com os demais sistemas de 
controladoria e finanças. 
Os fundamentos de um Sistema de Informação Contábil são os 
seguintes: 
a) operacionalidade: significa que todos que utilizam e trabalham com a 
informação contábil devem saber e sentir que estão operando com 
dados reais, significativos, práticos e objetivos; 
b) integração: é quando todas as áreas necessárias para o 
gerenciamento da informação contábil estejam abrangidas por um 
único sistema de informação contábil, em outras palavras, todos os 
usuários do sistema de informação contábil receberão a mesma 
informação e falarão a mesma língua; 
c) custo da informação: é quando o Sistema de Informação Contábil é 
analisado na relação custo-benefício para a empresa. 
A Informação Gerencial é uma das principais fontes de controle e 
tomada de decisão nas organizações. 
 
Informação contábil gerencial são dados financeiros e operacionais 
sobre atividades, processos, unidades operacionais, produtos, 
serviços e clientes de uma organização; por exemplo, o custo 
calculado de um produto, de uma atividade ou de um departamento 
em período de tempo recente. (ATKINSON et al., 2008, p.36). 
 
As informações contábeis internas e externas são elaboradas pelos 
contadores gerenciais,os quais trabalham com os administradores analisando e 
apresentando dados relevantes no sentido de orientar as decisões. 
“O contador gerencial fornece dados que ajudam no desenvolvimento da 
estratégia, na construção de recursos e capacidades e na implementação da 
estratégia”. (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2008, p.3). 
 
 
1.3 Contabilidade Financeira 
 24
A Contabilidade financeira está relacionada ao fornecimento de 
informações para os proprietários, credores e outros que estão direta ou 
indiretamente ligados à empresa. 
“Contabilidade financeira refere-se à informação contábil desenvolvida 
para usuários externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agências 
regulatórias governamentais”. (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON, 2006, 
p.5). 
Tem comoobjetivo facilitar a análise financeira para as necessidades 
dos usuários externos, utilizando-se de relatórios financeiros, tais como: 
Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados, Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido e Fluxo de Caixa, entre outros. O processo contábil-financeiro está 
restrito às exigências obrigatórias de elaboração de relatórios por parte das 
autoridades regulamentadoras externas, como o Financial Accounting 
Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos 
Estados Unidos, bem como por órgãos governamentais de impostos. 
De acordo com Atkinson et al. (2008), Contabilidade Financeira é o 
processo de geração de demonstrativos financeiros para públicos externos, 
como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é 
fortemente limitado por autoridades governamentais que definem padrões, 
regulamentações e impostos, além de exigir o parecer de auditores 
independentes (contrasta com a contabilidade gerencial). 
 
 
1.4 Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira 
 
 
A Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira são diferentes, 
embora tradicionalmente a informação contábil gerencial tenha sido financeira, 
entretanto, recentemente, a informação contábil gerencial expandiu-se para 
envolver a informação operacional ou física (não-financeira), como qualidade e 
tempos de processos, bem como uma informação mais subjetiva; já a 
informação contábil financeira deve ser objetiva, verificável e relevante. 
O objetivo da Contabilidade Financeira é facilitar a análise financeira 
 25
para as necessidades dos usuários externos, em contrapartida com o objetivo 
da Contabilidade Gerencial que é facilitar o planejamento, o controle, a 
avaliação de desempenho e a tomada de decisão internamente. 
 
A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de 
informações para os administradores – isto é, aqueles que estão 
dentro da organização e que são responsáveis pela direção e 
controle de suas operações. A contabilidade gerencial pode ser 
contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o 
fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros 
que estão fora da organização. (PADOVEZE, 2004, p.39). 
 
Os relatórios na Contabilidade Financeira são elaborados sob orientação 
histórica e os relatórios da Contabilidade gerencial são orientados para o futuro 
a fim de facilitar o planejamento, o controle e a avaliação de desempenho antes 
do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar 
os resultados reais (para o controle posterior do fato). 
 
Uma das principais diferenças entre contabilidade financeira e 
contabilidade gerencial é que a informação contábil financeira é 
prescrita ou exigida pelas autoridades que estabelecem os padrões 
dos relatórios externos. Em contraste, a informação contábil gerencial 
deve sempre ser justificada pelos benefícios que fornece à 
organização. (ATKINSON et al., 2008, p.92). 
 
continua 
Características básicas da contabilidade financeira e gerencial 
 Contabilidade 
Financeira 
Contabilidade 
Gerencial 
Audiência Externa: acionistas, credores, 
autoridades tributárias. 
Interna: funcionários, gerentes, 
executivos. 
Propósito Relatar o desempenho passado 
ao público externo, contratos com 
proprietários e credores. 
Informar as decisões internas 
tomadas por funcionários ou 
gerentes; dar feedback e 
controlar o desempenho 
operacional. 
Posição do Tempo Histórica; atrasada. Atual, orientada para o futuro. 
Restrições Regulamentada; orientada por 
princípios contábeis geralmente 
aceitos e por autoridades 
governamentais. 
Desregulamentada; sistemas e 
informações determinados pela 
administração para atender às 
necessidades estratégicas e 
operacionais. 
 26
conclusão 
Tipo de Informação Apenas mensurações financeiras. Mensurações financeiras, 
operacionais e físicas sobre 
processos, tecnologias, 
fornecedores, clientes e 
concorrentes. 
Natureza da 
Informação 
Objetiva, auditável, confiável, 
consistente, precisa. 
Mais subjetiva e sujeita a juízo de 
valor; válida, relevante, precisa. 
Escopo Altamente agregada; relatórios 
sobre a organização total. 
Desagregada; informa decisões e 
ações locais. 
 
Fonte: ATKINSON et al., 2008, p.38. 
Quadro 1: Características básicas da contabilidade financeira e gerencial 
 
 
1.5 Conceito de Gestão 
 
 
Gestão é o ato de gerir, administrar a organização conduzindo-a para a 
concretização de objetivos, através das seguintes fases: planejamento, 
execução e controle. 
 
O termo Gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência, 
administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar 
recursos, visando atingir determinado objetivo. Gerir é fazer as coisas 
acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos. Portanto, 
Gestão é o ato de conduzir para a obtenção dos resultados 
desejados. (OLIVEIRA; PEREZ; SILVA, 2002, p.136). 
 
O gestor é o responsável pela identificação, mensuração e controladoria 
do processo financeiro com funções e princípios norteadores definidos do 
modelo da gestão do sistema da empresa e com uma área de conhecimento 
humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras 
ciências. 
 
continua 
Etapas do Processo de Gestão 
Etapas Normas decorrentes dos princípios Elementos da 
Organização 
 27
conclusão 
Planejamento 
Formulação de objetivos organizacionais ótimos e 
de planos eficazes de apoio. 
Pessoas 
Tomadas de decisões para otimizar o 
desempenho organizacional. 
Pessoas 
Utilização de técnicas quantitativas para otimizar 
a qualidade das decisões. 
Pessoas e 
tecnologia 
Tomada de decisões socialmente responsáveis. Pessoas 
Antecipação das mudanças do ambiente por meio 
das previsões. 
Pessoas e 
Tecnologia 
Formulação de estratégias eficazes em resposta 
às previsões. 
Pessoas e 
Tecnologia 
Liderança 
Criação de cargos de desafio para estimular os 
empregados. 
Estrutura 
Criação de um ambiente agradável para otimizar 
o desempenho dos trabalhadores. 
Estrutura 
Integração das necessidades e objetivos 
individuais com os da organização. 
Estrutura 
 
Criação de um sistema de educação eficiente 
para transferência rápida de informações. 
Estrutura e 
Tecnologia 
Atribuição de recompensas baseadas no 
desempenho. 
Estrutura 
Organização 
Criação de atribuições de tarefas para maximizar 
a produção dos empregados; alterar a tarefa 
adaptando-a ao homem 
Estrutura, 
Tecnologia e 
Tarefas 
Estabelecimento de relações de autoridades 
claramente delineadas. 
Estrutura 
Delineamento claro das responsabilidades 
individuais. 
Estrutura 
Avaliação 
Instituição de avaliadores em pontos estratégicos 
da organização, de modo a receber informação 
rápida s/ o desempenho em áreas-chave. 
Estrutura e 
Tecnologia 
Medida de desempenho, comparação com 
padrões, correção de desvios. 
Estrutura e 
Tecnologia 
 
Fonte: NASCIMENTO; REGINATO, 2007, p. 44. 
Quadro 2: Etapas do Processo de Gestão 
 
 
1.5.1 Gestão Financeira 
 28
Atualmente uma Gestão Financeira eficaz é um fator crítico para o 
sucesso de uma empresa. 
A gestão financeira, para ser eficaz, precisa ser sustentada e orientada 
por um planejamento de suas disponibilidades, para isso, o gestor precisa de 
instrumentos confiáveis que auxiliem a otimizar os rendimentos dos excessos 
de caixa ou estimar as necessidades futuras de financiamentos, para que 
possa tomar decisões certas e oportunas. 
A Gestão Financeira necessariamente passa pela elaboração de seu 
planejamento. 
O Planejamento Financeirotorna-se uma ferramenta importante para 
quantificar em termos financeiros os anseios declarados no Planejamento 
Estratégico, nos Planos Táticos e Operacionais. Além disso, indica caminhos 
que levam a alcançar os objetivos da empresa, tanto em curto como em longo 
prazo, cria mecanismos de controle que envolvem todas as suas atividades 
operacionais e não-operacionais. 
 
 
1.5.2 Planejamento 
 
 
 Através do Planejamento, os gestores traçam os objetivos que serão 
atingidos no processo da execução, de modo que proporcione sucesso à 
empresa. 
É através do Planejamento que se dará a análise de como os objetivos 
serão atingidos, com o acompanhamento constante dos resultados obtidos, 
comparados ao que foi planejado. 
 
Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a 
habilidade com que esta função está sendo desempenhada 
determina o sucesso de todas as operações. Planejamento pode ser 
definido como o processo de reflexão que precede a ação e é dirigido 
para a tomada de decisão agora com vistas no futuro. (CATELLI, 
2002, p. 43). 
 
 O Planejamento pode ser dividido em três níveis: Planejamento 
Estratégico, Planejamento Operacional e Planejamento Tático. 
 29
1.5.2.1 Planejamento Estratégico 
 
 
 O Planejamento Estratégico tem o propósito de fazer com que a 
empresa tenha a possibilidade de modelar o futuro ao invés de apenas tentar 
antecipá-lo, ou seja, ele estabelece quais os caminhos a serem percorridos 
para atingir o objetivo desejado. 
 
O planejamento estratégico é o processo administrativo que 
proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor 
direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de 
interação com os fatores externos – não controláveis – e atuando de 
forma inovadora e diferenciada. (OLIVEIRA, 2007, p. 17). 
 
 Segundo Catelli (2002), a fase do planejamento estratégico tem como 
premissa fundamental assegurar o cumprimento da missão e da continuidade 
da empresa. 
A elaboração de um planejamento estratégico é uma tarefa que não é 
simples, pois requer sabedoria, sem a qual os seus resultados práticos podem 
vir a ser insípidos, com benefícios que não superam os custos de realização. 
 
De fato, no planejamento estratégico temos um conjunto de decisões. 
Algumas delas podem ser complexas e outras mais simples, mas o 
fato é que são interdependentes. Essa característica talvez seja a 
principal complexidade associada à elaboração do planejamento, pois 
requer um ajustamento perfeito dessa cadeia sistêmica de decisões e 
a avaliação de suas conseqüências. (NASCIMENTO; REGINATO, 
2007, p.128). 
 
 O Planejamento Estratégico deve refletir o conjunto dos planos de todas 
as áreas da empresa, ou seja, devem-se entender os objetivos pretendidos 
pela empresa como um todo e suas repercussões em cada uma de suas áreas, 
através da análise da natureza do problema que deseja resolver com a sua 
adoção. 
É um conjunto de diretrizes estratégicas que busca nortear o 
desenvolvimento do Planejamento Operacional. 
 
 
1.5.2.2 Planejamento Tático 
 30
O Planejamento Tático é utilizado para traduzir os objetivos gerais e as 
estratégias da alta diretoria em objetivos e atividades mais específicas. 
 
O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de 
resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com 
decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no 
planejamento estratégico. (OLIVEIRA, 2007, p.18). 
 
O principal desafio neste nível é promover um contato eficiente e eficaz 
entre o nível estratégico e o nível operacional. 
De acordo com Oliveira (2007), o Planejamento Tático é desenvolvido 
pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a 
utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos 
previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as 
políticas orientativas para o processo decisório da empresa. 
 
 
1.5.2.3 Planejamento Operacional 
 
 
 O Planejamento Operacional é a base de controle e avaliação de 
desempenho, pois é o parâmetro para qualificar a eficácia atingida pela 
execução das operações realizadas. 
 
De forma mais específica, ele é a representação quantitativa das 
diretrizes emanadas do planejamento estratégico e embasado nas 
premissas operacionais que redundaram da opção escolhida na fase 
do pré-planejamento operacional como a melhor alternativa de 
viabilizar operacionalmente aquelas diretrizes. (NASCIMENTO; 
REGINATO, 2007, p.139). 
 
É nessa fase que se identificam e escolhem as alternativas operacionais 
que vão viabilizar as diretrizes estratégicas esboçadas no Planejamento 
Estratégico. 
 
 
1.6 Ferramentas de Controle Financeiro 
 
 
 As Ferramentas de Controle Financeiro são fundamentais para a 
 31
empresa, já que permitem a ela acompanhar o dia-a-dia da mesma, planejar o 
futuro, acompanhar as diretrizes de mudança e rever, quando necessário, as 
metas já estabelecidas. 
 A seguir destacam-se algumas ferramentas de controle. 
 
 
1.6.1 Orçamento 
 
 
 O Orçamento corresponde ao detalhamento das operações planejadas, 
normalmente abrangendo o período de um ano. 
“O orçamento é um instrumento importante para o planejamento e 
controle das empresas a curto prazo. Geralmente, um orçamento operacional 
cobre um ano e inclui as receitas e as receitas previstas para esse”. 
(ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2002, p. 461). 
 O orçamento possui as seguintes características: 
a) estima o potencial de lucro; 
b) é apresentado em termos monetários, embora as cifras possam ser 
fundamentadas em valores não monetários como, por exemplo, as 
unidades vendidas ou produzidas; 
c) cobre geralmente o período de um ano; 
d) é um compromisso gerencial, pois os executivos comprometem-se a 
aceitar a responsabilidade de atingir os objetivos do orçamento; 
e) a proposta orçamentária é aprovada por autoridade mais alta do que 
os responsáveis pela execução do orçamento; 
f) uma vez aprovado, só pode ser alterado sob condições especiais; 
g) o desempenho financeiro real é comparado com o orçamento e com 
as variações analisadas e explicadas. 
 
 
1.6.2 Fluxo de Caixa 
 
 
 O Fluxo de Caixa constitui uma ferramenta de fundamental importância 
 32
para a boa administração e avaliação das empresas. 
 Tem por objetivo principal a projeção das entradas e das saídas dos 
recursos financeiros da empresa em um determinado período de tempo. 
 
O fluxo de caixa é um instrumento (planilha) pelo qual o administrador 
financeiro planeja e administra os numerários da empresa, isto é, as 
entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. Funciona como 
uma agenda sofisticada onde são registrados todos os recebimentos 
esperados e despesas programadas, num certo período. (TÓFOLI, 
2008, p. 69). 
 
 De acordo com Assaf Neto; Silva (1997), o Fluxo de Caixa é um 
instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos 
monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo. A 
partir da elaboração do Fluxo de Caixa é possível prognosticar eventuais 
excedentes ou escassez de caixa, determinando – se medidas saneadoras a 
serem tomadas. 
 A seguir apresenta-se um modelo de fluxo de caixa: 
 
Fonte: Modelo...,2010. 
Figura 1: Modelo de Fluxo de Caixa 
 
 A sua adoção possibilita uma boa gestão dos recursos financeiros, 
evitando situações de insolvência ou falta de liquidez que representam sérias 
ameaças à continuidade das organizações. 
 33
Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a 
obtenção de resultados positivos para a empresa, devendo ser 
focalizada como um segmento lucrativo para seus negócios. A melhor 
capacidade de geração de recursos de caixa promove, entreoutros 
benefícios à empresa, menor necessidade de financiamento dos 
investimentos em giro, reduzindo seus custos financeiros. (ASSAF 
NETO; SILVA, 2002, p. 41). 
 
 Há dois tipos de Fluxo de Caixa: o Fluxo de Caixa Planejado e o Fluxo 
de Caixa Real. 
 
Normalmente, devem ser elaborados dois fluxos de caixa por período: 
o Fluxo de Caixa Planejado (ou projetado) e o Fluxo de Caixa Real. O 
primeiro trata de planejar, antever, os fluxos de dinheiro num período 
futuro e o segundo, registra os acontecimentos efetivos de 
movimentação de numerários da empresa. (TÓFOLI, 2008, p. 69). 
 
 O Fluxo de Caixa Planejado fornece, antecipadamente, informações 
sobre a liquidez do caixa em determinado período, permitindo a avaliação 
periódica e, com isso, avaliando a necessidade de captar recursos ou aplicar 
os excedentes de caixa. 
 No Fluxo de Caixa Real devem ser registradas todas as entradas e 
saídas de dinheiro do caixa. Ele é uma ferramenta de comparação entre tudo o 
que foi planejado e o que foi realizado. 
 O Fluxo de Caixa Planejado deve ser comparado com o Fluxo de Caixa 
Real com a finalidade de observar se há diferenças entre ambos. Caso tenham 
diferenças, é preciso detectar as causas dessas variações e aplicar as devidas 
adequações. 
 
É importante essa confrontação entre os dois fluxos de caixa 
(planejado e real), primeiro para avaliar as fontes de informações 
utilizadas e os critérios de planejamento e aprimorá-los, se preciso e 
em segundo detectar falhas de comunicação entre áreas e falta de 
envolvimento geral. (TÓFOLI, 2008, p. 79). 
 
 
1.6.3 Tesouraria 
 
 
 Na hora de pensar em abrir o próprio negócio, independente do meio 
comercial onde se pretenda atuar, o indivíduo deverá pensar em todos os 
setores que deverão compor essa nova empresa, em todos os seus pequenos 
 34
detalhes e, mesmo que seja necessário um mesmo funcionário exercer mais de 
uma função. 
 Dentre os setores mais importantes de uma companhia, com certeza, 
encontra-se a tesouraria, justamente por ser o setor responsável por todo o 
controle financeiro da empresa – daí a importância de se contratar uma pessoa 
de extrema confiança e que tenha experiência comprovada para exercer essa 
função. 
 A tesouraria de uma empresa pode funcionar em qualquer espaço, até 
mesmo fora do espaço onde funciona todo o resto dos setores que compõem a 
companhia, porém é muito importante que este local seja dedicado apenas 
para esse fim e que igualmente seja um ambiente organizado e limpo, a fim de 
poder facilitar o trabalho das pessoas que compõem este setor. 
 Esse controle financeiro é absolutamente primordial para que a empresa 
possa diagnosticar problemas, estabelecer metas e buscar soluções. Uma 
tesouraria eficiente exerce esse controle financeiro, gerenciando os recursos 
financeiros da empresa, estabelecendo regras para o uso racional dos recursos 
disponíveis e sugerindo formas de aumentar as receitas e diminuir as 
despesas, inclusive com o investimento de recursos financeiros do caixa ou 
com a captação de recursos no mercado para suprir déficits. 
 Os processos de controle financeiro exercidos pela tesouraria devem ser 
transparentes e embasados em conhecimento técnico e atualizado, auxiliando 
a gestão da empresa. 
 A tesouraria deve ser capaz de gerenciar de forma eficaz contas a 
receber e contas a pagar, crédito, cobrança, controles bancários, conciliação 
de caixa, controle de numerário, aplicações financeiras, empréstimos, 
financiamentos e controle/acompanhamento de contratos, ou seja, ela é 
responsável pela administração de todas as contas a receber e a pagar da 
empresa. 
 De acordo com Tófoli (2008), a administração de valores a receber de 
uma empresa, sob a rubrica de Duplicatas a Receber ou de clientes assume 
papel importante na administração do capital de giro. 
 As contas a pagar representam os compromissos da empresa para com 
terceiros, são aquelas resultantes de compras feitas junto aos fornecedores, 
empréstimos e outras despesas a pagar. 
 35
A boa gestão de contas a pagar sugere que a empresa não pague 
duplicata indevidamente, não quite a mesma dívida duas vezes, 
realize pagamentos com cheques nominativos, contra-recibo 
(duplicata, guia do tributo) e pague as contas no vencimento. Não 
deve se influenciar com o crédito fácil e ter em mente o seu grau de 
solvência, ao planejar qualquer endividamento. (TÓFOLI, 2008, p.89). 
 
 
1.7 Custos 
 
 
 Os Custos são os recursos usados pela organização para fornecer 
produtos ou serviços. É o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens ou serviços, ou seja, são todos os gastos relativos à 
produção, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da 
utilização de fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um 
produto ou execução de um serviço. 
 “O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como 
custo, no momento da utilização de fatores de produção (bens e serviços), para 
a fabricação de um produto ou execução de um serviço”. (MARTINS, 2003, 
p.18). 
 A Gestão Financeira é de fundamental importância no processo de 
tomada de decisão. Nesse momento tem que se levar em consideração as 
informações de todos os setores da organização. 
 Essas informações fornecidas pela Contabilidade Gerencial podem ser 
entendidas como o equilíbrio entre os custos e os benefícios da Informação 
Contábil. 
 “Tomada de decisão – a decisão com propósito de selecionar entre um 
conjunto de cursos alternativos de ação projetados para atingir algum objetivo – 
é o núcleo do processo de gestão”. (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON, 
2006, p.8). 
 O processo de gestão compreende uma série de atividades em um ciclo 
de planejamento e controle. Outras informações de valor relevante no momento 
de tomar uma decisão são os custos, pois a Contabilidade de Custos é um 
fator essencial no processo gerencial de tomada de decisão. 
 
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a 
 36
contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata 
informações financeiras e não-financeiras relacionadas ao custo de 
aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui 
aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, 
em que as informações de custos são coletadas e analisadas 
(HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2008, p. 2). 
 
 É muito importante não confundir custos com despesas, pois enquanto 
os custos são gastos relativos à produção, as despesas são os relativos à 
administração, às vendas e aos financiamentos. 
 Conforme Martins (2003), despesa é um bem ou serviço consumido 
direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. 
 Segundo Atkinson et al. (2008), realizar as mesmas coisas com menos 
recursos e, assim, reduzir os custos significa que a organização está tornando-
se mais eficiente. 
 A apropriação dos custos, além de ser importante para a tomada de 
decisão, é fundamental para verificar a lucratividade da empresa. 
 De acordo com Horngren, Foster e Datar (2000), custos podem também 
ser apropriados ao produto ou ao cliente para facilitar a análise de lucratividade 
por produto ou por cliente. 
 
 
1.7.1 Classificação dos Custos 
 
 
Os Custos podem ser classificados em Custos Diretos e Custos Indiretos 
e também como Custos Fixos e Custos Variáveis. 
 
 
1.7.1.1 Custos Diretos e Custos Indiretos 
 
 
 Para classificar os custos é necessário saber quando eles têm um 
relacionamento direto ou indireto com um determinado objeto de custo, que é o 
produto ou serviço. 
 Os Custos Diretos são aqueles diretamente apropriados aos produtos, 
 37
como os custos de matérias – primas. 
“Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão 
relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados 
com este demaneira economicamente viável (custo efetivo)”. (HORNGREN; 
FOSTER; DATAR, 2000, p. 20). 
 Os Custos Indiretos são aqueles que não oferecem condição de medir e 
qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada. São os 
custos que não estão ligados diretamente à produção, como por exemplo,o 
aluguel. 
“Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que estão 
relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser 
identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo)”. 
(HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000, p. 20). 
 
 
1.7.1.2 Custos Fixos e Custos Variáveis 
 
 
 Além da classificação em custos diretos e indiretos, de acordo com 
Martins (2003), outra classificação usual (e mais importante que todas as 
demais) é a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo 
e o volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os 
Custos em Fixos e Variáveis. 
 Os Custos Fixos são os que não mudam em função das oscilações na 
atividade e os Custos Variáveis variam de acordo com essas oscilações. 
Para Horngren; Foster e Datar (2000), um Custo Fixo é um Custo que 
não se altera em montante, apesar de alterações num direcionador de custo. 
 Ainda de acordo com Horngren; Foster e Datar (2000), um Custo 
Variável é um Custo que se altera em montante em proporção às alterações 
num direcionador de custo. 
 38
CAPÍTULO II 
 
TRANSERNESTOLIVER LTDA. - ME 
 
 
2 HISTÓRICO DA EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. - ME 
 
 
 A empresa Transernestoliver Ltda. – ME foi constituída em 17 de março 
de 1994 pelos sócios Ernesto de Oliveira e Maria Ivete dos Santos de Oliveira.
 O Sr. Ernesto de Oliveira possuía uma pequena propriedade agrícola, 
precisava de mão-de-obra da zona urbana para trabalhar nela, daí surgiu a 
ideia de fundar uma empresa de transporte de funcionários. Juntamente com 
sua esposa Maria Ivete dos Santos de Oliveira constituiu a empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME. 
 A empresa está localizada na cidade de Júlio Mesquita – SP, na Rua Dr. 
Horácio Sabino, nº 247, devidamente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica sob nº 74.540.550/0001-30 e NIRE nº 35212160396. 
 Em 11 de junho de 2010 houve a alteração social nº 01 da sociedade 
limitada, onde a sócia Maria Ivete dos Santos Oliveira, não desejando mais 
permanecer na sociedade retirou-se da mesma, vendendo a quota que possuía 
ao sócio remanescente, ficando o mesmo com a totalidade das quotas. A 
sociedade tornou-se unipessoal, devendo recompor seu quadro societário no 
prazo de 180 dias a contar a partir da data da alteração social. A partir desta 
data, também, a sociedade que tinha por objeto a exploração do ramo de 
atividade de comércio varejista de máquinas e equipamentos para o uso na 
agropecuária, peças e acessórios passou para o ramo de prestação de 
serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros em geral. 
 A sociedade é administrada somente pelo sócio Ernesto de Oliveira com 
poderes e atribuições de representá-la junto aos órgãos Municipais, Estaduais 
e Federais. 
 
 
2.1 Setores da empresa 
 39
 A estrutura física da empresa é constituída por um espaço dividido entre 
a garagem que possui cerca de 500 m² e uma sala para desenvolver atividades 
administrativas, sendo que sua administração conta com os seguintes 
setores/bases de acompanhamento: 
 
 
2.1.1 Setor administrativo 
 
 
 A gerência administrativa fica sob a responsabilidade do Sr. Ernesto de 
Oliveira. Cabe a ele também a responsabilidade financeira e todos os demais 
atos que se tornarem necessários para a mais ampla representação da 
sociedade, tais como assinar cheques e contratos, saques e contratação de 
funcionários e de créditos em geral. 
 O setor administrativo é responsável também pela gerência de 
transporte, que inclui recursos humanos, segurança e manutenção da frota. 
O quadro de recursos humanos conta com dois motoristas que 
transportam funcionários do perímetro urbano para o perímetro rural de Júlio 
Mesquita, através de duas linhas diárias nos seguintes horários: 06h15m e 
16h45m. 
Os motoristas da Transernestoliver Ltda. – ME possuem habilitação e 
curso exigido pela legislação para transporte de passageiros e passaram por 
treinamento na empresa Criativo Cursos Ltda., localizada na cidade de Marília 
– SP. 
 
 
2.1.2 Setor financeiro 
 
 
O setor financeiro é composto pela contabilidade que é terceirizada e 
realizada por um escritório contábil localizado na Praça Júlio Mesquita nº 545, 
na cidade de Júlio Mesquita – SP, através da supervisão do contador 
Aguinaldo Vicente Ferreira que é responsável por realizar o controle e a gestão 
financeira da empresa. 
 40
2.2 Objetivos gerais da empresa 
 
 
 O proprietário da empresa trabalha com o objetivo de transportar os 
passageiros com qualidade, segurança, pontualidade e respeito. 
 Possui como meta obter a satisfação dos clientes e o reconhecimento do 
mercado e, assim, conquistar novos clientes e expandir sua atuação. 
 
 
2.3 Frota 
 
 
 A frota da empresa é composta por dois ônibus, um ano 1996 e outro 
ano 1998 e cada um deles possui quarenta lugares. 
São ônibus que possuem banheiro com sanitário e caixa d’água, dando 
ao usuário a privacidade e higiene adequada. Esses ônibus passam por 
manutenção preventiva nos pneus e peças mecânicas, possuem kit de 
primeiros socorros e extintores. Os ônibus da frota não possuem seguro. 
A frota da empresa está adequada à norma NR 31 que especifica regras 
quanto ao transporte de passageiros, ao Código de Trânsito Brasileiro e à 
portaria SUP/DER nº17, do Estado de São Paulo. 
 
 
Fonte: Transernestoliver Ltda. - ME. 
Figura 2: Fotos da frota da empresa Transernestoliver Ltda. - ME. 
 41
2.3.1 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho, na 
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura (NR 31) 
 
 
 Essa norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos 
a serem observados na organização e no ambiente de trabalho; de forma a 
tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da 
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e agricultura com a 
segurança, saúde e meio ambiente no trabalho. Essa lei entrou em vigor 90 
dias após sua publicação (04/06/05). 
 De acordo com a NR 31(31.16.1), o transporte coletivo de passageiros 
deve observar os seguintes requisitos: 
a) possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito competente; 
b) transportar todos os passageiros sentados; 
c) ser conduzido por motorista habilitado e devidamente identificado; 
d) possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das 
ferramentas e materiais, separado dos passageiros. 
 Quanto ao transporte de trabalhadores, também de acordo com a NR 
31(31.16.2), em veículos adaptados somente ocorrerá em situações 
excepcionais, mediante autorização prévia da autoridade competente de 
trânsito, devendo o veículo apresentar as seguintes condições mínimas de 
segurança: 
a) escada para acesso, com corrimão, posicionada em local de fácil 
visualização pelo motorista; 
b) carroceria com cobertura; barra de apoio para as mão;proteção 
lateral rígida com dois metros e dez centímetros de altura livre, de 
material de boa qualidade e resistência estrutural que evite o 
esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com 
veículo; 
c) cabina e carroceria com sistemas de ventilação, garantida a 
comunicação entre o motorista e os passageiros; 
d) assentos revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança; 
e) compartimento para materiais e ferramentas, mantido fechado e 
separado dos passageiros. 
 42
2.3.2 Código de Trânsito Brasileiro 
 
 
 O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) estabelece exigênciasbásicas relacionadas ao tipo e estado do veículo, existência de registrador 
instantâneo de velocidade, bancos, portas e escada de acesso, compartimento 
separado para ferramentas e a habilitação do motorista. 
 
 
2.3.3 Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo 
 
 
 A Portaria SUP/DER nº 17, do Estado de São Paulo estabelece que todo 
veículo utilizado no transporte rural de passageiros, para obter a licença, deve 
ser submetido a pelo menos uma inspeção anual. 
 A inspeção deve ser transcrita em documento próprio que deve ser 
acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida por 
engenheiro. Para a demonstração de que o empregador atende às exigências, 
devem existir veículos com as seguintes características e acessórios: 
a) compartimento de passageiros coberto, com porta e escada de 
acesso, assentos para todos os ocupantes e iluminação; 
b) ferramentas sendo transportadas em compartimento separado dos 
passageiros; 
c) registrador instantâneo de velocidade; 
d) bom estado físico e de funcionamento dos pneus, freios, sistema de 
iluminação, sinalização e direção; 
e) o motorista deve possuir habilitação categoria “D” e curso de 
capacitação de condutor de veículo de transporte coletivo de 
passageiros. 
O empregador deve possuir ainda: 
a) licença de transporte emitida pelo órgão competente, dentro do 
período de validade; 
b) documentação que demonstre o controle de inspeção e manutenção 
periódica dos itens de verificação obrigatória; 
 43
c) relatório periódico com resumo de verificações dos equipamentos de 
registro instantâneo de velocidade (tacógrafo ou computador de 
bordo); 
d) registro no prontuário de motoristas que infringiram as regras, 
comprovando a tomada de medidas administrativas. 
 
 
2.4 Parceiros 
 
 
Os parceiros da empresa Transernestoliver Ltda. – ME são aquelas 
empresas que prestam a ela algum tipo de serviço. 
A empresa possui diversos parceiros, tais como Bradesco Leasing, o 
posto de combustível Dias e Mira Ltda., onde abastece e a oficina Auto 
Mecânica Guaimbê Ltda., onde faz a manutenção de sua frota. 
 
 
2.4.1 Bradesco 
 
 
 A frota da empresa é financiada através do Leasing Bradesco. Neste tipo 
de financiamento, a empresa escolheu o veículo e negociou com o fornecedor 
um melhor preço de venda à vista. 
O Bradesco Leasing (arrendador) adquiriu o bem e disponibilizou para o 
uso da empresa por meio de contrato de arrendamento mercantil, com prazo e 
condições de pagamento favoráveis. Após a quitação do contrato, será 
realizada a transferência de propriedade à empresa Transernestoliver Ltda. – 
ME. 
 
 
2.4.2 Auto Posto Dias e Mira Ltda. 
 
 
O Auto Posto Dias e Mira Ltda., localizado na cidade de Júlio Mesquita, 
 44
é responsável pelo abastecimento, troca de óleo e lubrificação, garantindo 
qualidade, bom funcionamento e rendimento da frota. 
 
 
2.4.3 Auto Mecânica Guaimbê Ltda. 
 
 
 A oficina Auto Mecânica Guaimbê Ltda., localizada na cidade de 
Guaimbê – SP, que é de propriedade do Sr. Urbano Martins Garcia, presta 
serviços à empresa Transernestoliver Ltda. – ME. Os serviços prestados são 
preventivos, como verificar: o óleo de câmbio, óleo do diferencial, pastilha de 
freio, nível do óleo do motor, ou seja, a oficina faz uma revisão completa nos 
ônibus. 
 
 
2.5 Clientes 
 
 
 Atualmente a empresa Transernestoliver Ltda. – ME presta serviço de 
transporte de funcionários exclusivamente para a empresa Louis Dreyfus 
Commodities Agroindustrial S/A. 
 Os clientes para os quais a empresa já prestou serviços são os 
seguintes: José Abílio Baggio, Fazenda Cambará; Maria Cristina Marion, 
Fazenda Santa Helena; ST Agrícola Ltda., Fazenda Chantembleb; Milton de 
Assis, Chácara 4 Estrelas; Usina Equipav; Usina Paredão; Usina Guaricanga; 
Coimbra Industrial S/A, Fazenda União; Coimbra Industrial S/A, Fazenda 
Canãan e Coimbra Industrial S/A e Fazenda São Joaquim. 
 
 
2.5.1 Louis Dreyfus Commodities S/A 
 
 
 A Louis Dreyfus Commodities S/A, empresa brasileira do grupo francês 
Luis Dreyfus, de capital fechado e origem familiar desde sua fundação em 
 45
1851, atua no comércio, transporte, armazenagem, processamento e 
exportação de commodities agrícolas. 
 A empresa está entre as líderes nos negócios em que atua e é uma das 
maiores processadoras e comercializadoras globais de commodities e 
derivados agrícolas. Presente em mais de 50 países, com mais de 75 
escritórios no mundo, o grupo é mundialmente reconhecido e classificado como 
um dos maiores negociadores de grãos e sementes oleaginosas, açúcar, café 
e arroz. 
 A Louis Dreyfus Commodities S/A ocupa a primeira posição no ranking 
mundial de comércio de algodão e é uma das maiores produtoras de suco de 
laranja. Está presente no promissor mercado mundial de biocombustíveis e é 
uma das líderes no mercado de açúcar e etanol brasileiro. 
 No Brasil, a Louis Dreyfus Commodities S/A também está entre as 
maiores empresas exportadoras e atua nas principais regiões produtoras de 
soja, milho, laranja, café, algodão e cana-de-açúcar. 
 A empresa Transernestoliver Ltda. – ME presta serviço de transporte 
levando os funcionários da zona urbana da cidade de Júlio Mesquita para a 
fazenda da Louis Dreyfus Commodities, também em Júlio Mesquita. 
 
 
2.6 Concorrentes 
 
 
 A concorrência no transporte terceirizado de passageiros é muito 
grande, por isso as empresas precisam possuir qualidade, comprometimento, 
segurança e respeito aos usuários para se destacar nesse segmento. 
 Existem diversas empresas que atuam no ramo de transporte de 
passageiros, inclusive na região onde está localizada a Transernestoliver Ltda. 
– ME. Seus principais concorrentes são: Aparecido Pereira da Silva Locação 
de Automóveis – ME (Guaimbê/SP), Massami Ibaraki (Júlio Mesquita/SP), 
Edvaldo Estrubi Transportes (Alvinlândia/SP), Oliver Tur (Uru/SP), Ovidio de 
Freitas Reboio Transportes – ME (Pirajuí/SP), José Daniel Soares (Álvaro de 
Carvalho/SP) e Maria de Lourdes Soares (Álvaro de Carvalho/SP).
 46
CAPÍTULO III 
 
A GESTÃO FINANCEIRA E A EMPRESA TRANSERNESTOLIVER LTDA. - 
ME 
 
 
3 INTRODUÇÃO 
 
 
 Com o objetivo de demonstrar a influência da implantação de uma 
gestão financeira em uma empresa de pequeno porte, foi realizada uma 
pesquisa de campo na empresa Transernestoliver Ltda. – ME, localizada na 
rua Dr. Horácio Sabino, nº 247, da cidade de Júlio Mesquita – SP, no período 
de fevereiro a novembro de 2010. 
 A empresa Transernestoliver Ltda. – ME é uma empresa que tem por 
objetivo a prestação de serviços de transporte rodoviário coletivo de 
passageiros em geral, com qualidade, segurança, pontualidade e respeito. 
 Sua meta é satisfazer os clientes e, com isso, ser reconhecida no 
mercado, conquistando novos clientes e expandindo sua atuação. 
 A empresa possui uma gestão financeira em fase de implantação. O 
proprietário entende a necessidade do controle financeiro, gestão de contratos, 
controle de custos e trabalha para sua implantação, com o objetivo de 
demonstrar os benefícios econômicos e financeiros que esses controles 
gerenciais, através da gestão financeira, podem proporcionar à empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME. 
 Atualmente implantam na empresa os seguintes controles contábeis: 
a) controle de despesa; 
b) controle de custos; 
c) controle de contratos; 
d) acompanhamento de manutenção; 
e) fluxo de caixa. 
Para que a pesquisa fosse realizada dentro dos padrões científicos, 
utilizaram-se os seguintes métodos: 
 47
a) estudo de caso: foi realizado estudo de caso na empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME, localizada na Rua Dr. Horácio Sabino, 
nº 247, na cidade de Júlio Mesquita – SP, analisando aspectos 
voltados à gestão financeira a ser implantada na empresa; Método deObservação Sistemática: foram observados, analisados e 
acompanhados os procedimentos aplicados na prestação de serviços 
de transporte realizados pela empresa Transernestoliver Ltda. – ME, 
como suporte para desenvolvimento do estudo de caso; 
b) método histórico: foram observados os dados e a evolução histórica 
da gestão financeira na empresa, como suporte para 
desenvolvimento do estudo de caso. 
As técnicas utilizadas foram: 
a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); 
b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B); 
c) Roteiro do Histórico da Empresa (Apêndice C); 
d) Roteiro de Entrevista com o proprietário da empresa 
Transernestoliver Ltda - ME (Apêndice D); 
e) Roteiro de Entrevista com o contador (Apêndice E). 
 
 
3.1 Gestão financeira da Transernestoliver Ltda. – Me 
 
 
 A empresa Transernestoliver Ltda. – ME está em fase de implantação de 
um sistema de gestão financeira e, para isso, está desenvolvendo ferramentas 
de controles gerenciais com objetivo de ter maior eficiência no 
acompanhamento das informações contábeis e financeiras da empresa para 
alcançar melhores resultados e avaliar os benefícios econômicos que uma 
gestão financeira pode proporcionar a ela. 
Os controles gerenciais que estão sendo desenvolvidos na empresa são: 
controle de receitas, controle de despesas, controle de custos, 
acompanhamento de manutenção, controle de contratos e fluxo de caixa. 
A gestão financeira tem como função principal assegurar que a empresa 
saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter o dinheiro de que necessita 
 48
e como empregar esse dinheiro de uma forma responsável e lucrativa. 
 
 
3.1.1 Controle de despesas da Transernestoliver Ltda. – ME 
 
 
As despesas representam o consumo de bens ou serviços no processo 
de obtenção de receitas. 
O controle de despesas que está sendo implantado na empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME tem como objetivo mensurar o quanto esta gasta 
no processo para obter receitas. Este controle leva em consideração, para 
calcular as despesas por Km rodado, despesas como impostos: ISS, PIS, 
COFINS e INSS, despesas operacionais e com pessoal,como: telefone, 
energia elétrica, despesas com materiais de limpeza e pró-labore. 
 
DESPESAS DESPESAS 
Ônibus 1996 Ônibus 1998 
ISS R$ 110,00 ISS R$ 110,00 
PIS R$ 28,60 PIS R$ 28,60 
COFINS R$ 132,00 COFINS R$ 132,00 
Telefone R$ 83,77 Telefone R$ 83,77 
Energia Elétrica R$ 5,15 Energia Elétrica R$ 5,15 
Despesas com Materiais de Limpeza R$ 70,00 Despesas com Materiais de Limpeza R$ 70,00 
Pró-labore R$ 465,00 Pró-labore R$ 465,00 
INSS R$ 93,00 INSS R$ 93,00 
TOTAL R$ 987,52 TOTAL R$ 987,52 
KM RODADO / MÊS 670 KM RODADO / MÊS 680 
DESPESA DO KM RODADO R$ 1,47 DESPESA DO KM RODADO R$ 1,45 
 
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010. 
Quadro 3: Quadro de controle de despesas 
 
A inexistência deste controle gera uma série de problemas financeiros, 
como por exemplo, não saber corretamente o valor das despesas fixas e 
variáveis da empresa, por não fazer separação adequada das despesas 
pessoais dos sócios em relação às despesas da empresa, ou seja, deixa de 
levar em conta o princípio da entidade. 
 
 
3.1.2 Controle de custos da Transernestoliver Ltda. – ME 
 49
 O custo representa o que foi usado direta ou indiretamente na produção 
ou prestação de serviço (material, recursos humanos). 
 O controle de custos é um sistema que permite a formação de um preço 
de venda e de prestação de serviço com maior exatidão. 
 A empresa Transernestoliver Ltda.– ME pretende, com a implantação de 
um sistema de controle de custos, gerar informações necessárias para 
identificar eventuais ineficiências, desperdícios e excessos, tendo com isso 
uma redução de custos e, consequentemente, aumento de lucratividade. 
 Tem como objetivo satisfazer os clientes enquanto continuam reduzindo 
e controlando os custos. 
 Na elaboração da planilha de controle de custos, levam-se em 
consideração todos os custos ligados diretamente à prestação de serviços, 
como financiamentos e custos de manutenção dos veículos. O custo é 
calculado mensalmente por KM rodado como demonstra a planilha a seguir. 
 
CUSTOS CUSTOS 
Ônibus 1996 Ônibus 1998 
Financiamento R$ 1.765,34 Financiamentos R$ 1.843,88 
Despesas Operacionais R$ 716,92 Despesas Operacionais R$ 716,93 
Consórcio Pneu R$ 112,57 Consórcio Pneu R$ 112,57 
Combustível R$ 463,35 Combustível R$ 412,54 
Borracharia R$ 25,00 Borracharia R$ 20,00 
Lubrificantes R$ 18,00 Lubrificantes R$ 18,00 
Material de Uso e Consumo R$ 10,30 Material de Uso e Consumo R$ 9,15 
TOTAL R$ 3.111,48 TOTAL R$ 3.133,07 
KM RODADO / MÊS 670 KM RODADO / MÊS 680 
CUSTO DO KM RODADO R$ 4,64 CUSTO DO KM RODADO R$ 4,61 
 
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010. 
Quadro 4: Quadro de controle de custos 
 
 
3.1.2.1 Acompanhamento de custos de manutenção 
 
 
 A manutenção é essencial para um controle de custos eficaz. 
 Nos veículos utilizados para prestação de serviços da empresa 
Transernestoliver Ltda. – ME ela tem como objetivo manter a frota em 
 50
condições e dentro das especificações necessárias para prestação de serviços 
de transporte de passageiros, além de evitar a deteriorização e falhas no 
transporte, principalmente aquelas ocultas. 
 Para isso, utiliza-se a planilha para Requisição de Troca de óleos/filtros, 
apêndice F, que tem como objetivo acompanhar a manutenção e o controle de 
gastos. 
 
 
3.1.3 Controle de receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME 
 
 
 Considera-se como receita de uma empresa o dinheiro que esta recebe 
ou tem direito a receber, proveniente da venda de produtos ou prestação de 
serviços. 
 As receitas da empresa Transernestoliver Ltda. – ME são originadas da 
prestação de serviços de transporte de passageiros realizadas através de dois 
ônibus pertencentes a ela. 
 O controle de receitas implantado, na empresa, é feito através do cálculo 
das mesmas por Km rodado por viagem, como especificado no quadro abaixo. 
 
RECEITAS RECEITAS 
Ônibus 1996 Ônibus 1998 
Prestação de Serviços - 22 
Viagem R$ 4.400,00 
Prestação de Serviços - 22 
Viagem R$ 4.400,00 
KM RODADO / VIAGEM 30,4 KM RODADO / VIAGEM 30,9 
RECEITA POR KM RODADO R$ 6,58 RECEITA POR KM RODADO R$ 6,47 
 
Fonte: Transernestoliver Ltda. – ME, 2010. 
Quadro 5: Quadro de controle de receitas 
 
A implantação de um controle de despesas, custos e receitas na 
empresa faz com que se calcule com precisão a receita líquida por Km rodado 
mensalmente e, a partir daí, a empresa pode utilizar-se destes dados para 
planejar o que precisa ser feito para melhorar e também elaborar as 
demonstrações financeiras, que são essenciais na implantação de uma gestão 
financeira. 
 51
RECEITA LIQUIDA POR KM RODADO RECEITA LIQUIDA POR KM RODADO 
Ônibus 1996 Ônibus 1998 
Receitas (+) R$ 6,58 Receitas (+) R$ 6,47 
Custos (-) R$ 4,64 Custos (-) R$ 4,61 
Despesas (-) R$ 1,47 Despesas (-) R$ 1,45 
Receita Liquida por KM Rodado (=) R$ 0,46 Receita Liquida por KM Rodado (=) R$ 0,41 
Receita Liquida por Viagem (=) R$ 14,02 Receita Liquida por Viagem (=) R$ 12,76 
Receita Liquida por Mês (=) 
22 – Viagens R$ 308,34 
Receita Liquida por Mês (=) 
22 – Viagens R$ 280,62 
Fonte: Transernestoliver

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