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FICHAMENTO DIREITO DO TRABALHO

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DIREITO DO TRABALHO
CONCEITOS DO DIREITO DO TRABALHO
Pressupostos do trabalho:
- Empregador = Considera-se empregador a empresa (ou empresário), que assume os riscos da atividade econômica, que admite, direciona (dirige) e assalaria.
- Empregadores equiparados = são os que não assumem o risco da atividade econômica, sendo uma relação exclusiva na relação de emprego (são os profissionais liberais, instituições beneficentes, instituições sem fins lucrativos, etc.)
- Trabalho (todo esforço intelectual ou físico destinado à produção) é diferente de emprego (relação de espécie entre toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual ao empregador, sob dependência deste, mediante a pagamento de salário). Suas espécies: autônomo, eventual (que é designado para um evento e no fim, não haverá relação), avulsos (são eventuais, porém, só surgem através de terceiros), estagiários (sendo acordo trilateral - diferentemente do trabalho que é bilateral - entre empresa, estagiário e instituição de ensino, e que não passe de 2 anos), rural (que exerce função em casa, mas com fins para comércio, doméstico (que presta serviço de natureza continua a uma família ou uma pessoa, sem fins lucrativos), temporário (quando a empresa requer um substituto imediato, que, geralmente vem através de terceirizados) e aprendiz (jovem de 14-16 anos, que só poderá fazer as atividades descritas em contrato).
- Todo trabalho é emprego, mas nem todo emprego é trabalho (devido aos exemplos de empregadores equiparados, ou seja, aqueles que não recebem por exercer a atividade - trabalho voluntário).
- Empregado = pessoal natural (natureza pessoal), subordinada, de forma rotineira, dependência financeira (depender financeiramente daquilo). Requisitos: 1 - pessoalidade (pessoa física, podendo ser substituído por outro trabalhador), 2 - subordinação (através da hierarquia, da subordinação técnica e da condição econômica que o emprego proporciona), 3 - habitualidade (expectativa do empregador que seu empregado volte, rotina) e dependência financeira.
- Independente da atividade econômica ser legal, há vinculo empregatício se respeitar esses princípios do empregado. (ex.: o jogo do bicho, é uma atividade ilegal, porém, o trabalhador que anota as apostas é subordinado ao dono da banca, ou seja, há o vinculo).
- Múltiplos empregadores = contratos de administradores de condomínios
- Grupos empresarias = trabalhar numa empresa de uma mesma linha, mesclando o ramo, mas com os mesmos sócios. Ex.: engenheiros da odebretch, coca-cola, etc.
O salário (somente em dinheiro) tem natureza de sustento do trabalhador (verba alimentar), e, remuneração (soma do salário contratualmente estipulado com outras vantagens percebidas do contrato de trabalho) é um pagamento e não têm natureza alimentar, mas, após 2 anos sendo pagos os mesmos valores sem interrupção, pode tornar-se de natureza alimentar. São elas: horas extras, adicional noturno, comissão, etc.
Verbas indenizatórias (não integram o valor do salário) = vale transporte, refeição, auxilio creche, etc.
Não são considerados salários, as indenizações, ajudas de custos, que não excedam a 50% do valor do salário do empregado. Os pagamentos de natureza previdenciária, a participação nos lucros e as gratificações pagar por mera liberdade e sem habitualidade.
O salário é sempre remuneração, mas remuneração nem sempre é salário.
Verbas rescisórias = aviso prévio indenizado, 13º proporcional, férias vencidas e/ou proporcionais, saldo de salário, saldo do banco de horas, etc. Verbas indenizatórias = despesa de viagem, auxílio creche, alimentação, auxilio combustível, etc.
Contrato de trabalho é o negocio jurídico pelo qual uma pessoa física se obriga, mediante a remuneração, a prestar serviços de forma habitual a outra pessoa ou entidade, subordinados e sob a direção desta. Contrato de trabalho pode ser expresso (escrito, verbal, sinalagmástico, ou seja, direitos e deveres para ambos os lados) ou tácito (implícito, algo subentendido, não formalizado e não expresso). É um acordo bilateral, entre empregado e empregador, com direitos e deveres para ambas as partes.
Tipos de contratos:
- determinado = aquele cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de precisão aproximada. Após o fim desse contrato, não receberá verbas rescisórias. (Só pode durar 2 anos, podendo ser prorrogada apenas 1 vez, mediante autorização do ministério do trabalho. O contrato de experiência é um tipo, mas só dura até 90 dias. Se dá com indicação o dia do término ou tempo de duração e só pode ser expresso, ou seja, escrito).
- trabalho temporário = aquele prestado por pessoa física à pessoa jurídica, com intuito de atender à uma necessidade passageira de substituição de uma pessoa regular e permanente, ou, acréscimo extraordinário de serviço. (A substituição se dá por doenças, férias, etc., e os acréscimo de mão de obra se dá pelos chamados "picos de vendas", tipo natal, dia das mães, etc.. Havendo rescisão antes do prazo, cabe o pagamento de todas as verbas rescisórias, que são os saldos dos salários, 13º proporcional, aviso prévio indenizado, etc.. trabalhador temporário não pode ser efetivado e não pode exceder 3 meses, porém, havendo necessidade explicita junto ao ministério do trabalho, pode ser renovado por mais 3 meses. A remuneração deverá ser igual aos seus semelhantes efetivados, nunca menor que o salário mínimo).
- indeterminado = é aquele que não há previsão para termino, podendo ser rescindido tanto pelo empregador quando pelo empregado, a qualquer momento, mediante o cumprimento ou indenização do prazo legal do aviso prévio, que irá poder ser cumprido até 90 dias. (Não precisa ser por escrito, somente suas alterações.)
- terceirizado = é semelhante ao temporário, mas diverge no ponto que, apesar de serem tripartite (funcionário, empresa e terceirizada), é uma relação de meio e não de atividade fim.
Existem ainda alguns outros conceitos que cerceiam o direito do trabalho:
- suspensão contratual = suspensão temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho no que diz respeito as parte, em que o empregador não está obrigado ao pagamento do salário ou a contar o tempo de serviço.
- interrupção contratual = é a suspensão temporária da principal obrigação do empregado no contrato de trabalho, em que o empregador remunera os dias de afastamento e conta o período de afastamento como tempo de serviço. (férias, licença maternidade, etc.)
Férias podem ser: gozadas (gozo das férias após 12 meses empregado) ou indenizadas (férias adquirida e não pagas, sendo indenizadas nas rescisões contratuais).
Período aquisito das férias, é o período de 12 meses em que o empregado adquire direito as férias. Período concessivo é o espaço de tempo que a empresa tem para liberar o empregado à gozar suas férias, nos 12 meses imediatos após o vencimento do período aquisitivo.
As férias são pagas até dois dias antes do gozo das férias. Pode durar até 30 dias corridos. Se calcula em base na remuneração do empregado, mais 1/3 deste valor (comissionados, tiramos a média das comissões nos 12 meses,e, em seguida acrescemos 1/3 dessa media).
Devemos distinguir alguns termos importantes:
- cargo = denomina a posição ou nível hierárquico que o empregado ocupa na estrutura organizacional de uma empresa, registrado em carteira.
- função = conjunto de tarefas e responsabilidades do cargo.
- tarefa = unidade de trabalho que exige conhecimento especifico.
No quesito de equiparação salarial, o termo "cargo" não se usará para diferenciar os salários e sim, o termo "função". A equiparação salarial se deve dar com a identificação da função, com a mesma produtividade e perfeição técnica, ao mesmo tempo e no mesmo local de trabalho.
Mais adiante com outros conceitos, temos:
- Jornada de trabalho = período diário durante o qual o trabalhador permanece à disposiçãodo seu empregador. (Não excederá 08h diárias e 44h semanais. Variações no registro de ponto, que não passem de 10 minutos, não são contabilizadas como horas extras. O tempo de deslocamento não é computado, salvo quando a empresa fornece meios de transporte. As horas extras não podem exceder 02h e sendo ela excedida das 08h, o excesso poderá ser pago com a redução da carga trabalhada do dia posterior)
- Regime de trabalho parcial = jornada semanal que não ultrapasse 25h semanais (não recebem horas extras e recebem salários proporcionais).
- jornada de turnos ininterruptos = aquele que o empregado, durante determinado período, trabalha em constante revezamento (turno não é a continuidade em dias, mas sim o revezamento. Trabalhador em turno diferente com enorme desgaste da sua suade, trabalhando 06h por dia sem descanso.)
Jornada de trabalho é diferente de horário de trabalho, que inclui o intervalo intrajornada (período de intervalos para refeição e repouso). Essa intrajornada deverá ser computada como:
- 04h trabalhadas por dia = não tem direito.
- 06h trabalhadas por dia = até 15 minutos.
- Acima de 06h trabalhadas por dia = no mínimo 01h e no máximo 02h.
- não pode ser reduzida, e, caso seja, deverá ser paga totalmente mais 50% da hora normal.
Entre uma jornada e outra de trabalho, deverá haver a interjornada, que é o intervalo de 11h entre elas, em dias subsequentes e 24h em dias de folga.
As convenções coletivas preveem escalas de 12x36, sendo a 11º e 12º não são contabilizadas como horas extras e, feriados, serão pagos em dobro.
FOLHA DE PAGAMENTO
O que incide sobre o salário?
- INSS, FGTS (8%); IRRF (dependendo do valor do salário, da tabela)
O que incide sobre as férias gozadas (11,11% sobre o salário)?
- INSS; FGTS;IRRF.
O que incide sobre o 13º salário (8,33% sobre o salário)?
- INSS; FGTS; IRRF
INSS; FGTS e o Imposto de renda são encargos sociais. Férias e 13º salário são encargos trabalhistas.
As verbas principais são salário, férias e 13º. As verbas acessórias (que acompanham a principal) são as horas extras, adicional noturno, insalubridade, etc. Sobre essas verbas acessórias também índice os encargos sociais.
Existem algumas exceções na regra do que incide: a única possibilidade das férias serem pagas em dinheiro (abono pecuniário) é a sua conversão em 1/3 das férias (com a reforma trabalhista, isso não é mais possível).
A CLT, no seu artigo 462, veda qualquer desconto em folha de pagamento, à não ser os citados anteriormente, exceto: contribuições previdenciárias, sindicais, imposto de renda, pensão alimentícia (determinada por ordem judicial) e adiantamento de transporte (até 6% de desconto, não podendo este, ultrapassar o valor pago).
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Possui natureza tributaria e é recolhida obrigatoriamente (a reforma trabalhista não mais obriga essa contribuição) pelos empregadores em janeiro e pelos trabalhadores em abril, e, refere-se a um dia de trabalho de março.
BENEFÍCIOS
São facilidades fornecidas, de forma espontânea, pelo empregador ao empregado, sem que haja exigência legal (exigência essa que vêm através dos acordos coletivos e convenções): vale-refeição, assistência médica, etc.
CONVENÇÃO COLETIVA E ACORDOS COLETIVOS
As negociações do trabalho podem sofrer intervenções do sindicato, judicial, TRT, etc.
Dentro dos acordos coletivos devemos observar os direitos sociais (abonos de faltas por funeral, casório, etc.), financeiros (salário, remuneração direta, benefícios) e econômicos.
O acordo coletivo é facultado aos sindicatos das categorias profissionais com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho aplicáveis nas empresas.
A convenção coletiva difere do acordo coletivo, pois, o acordo é pactuado entre sindicato dos trabalhadores e uma ou mais empresas e, a convenção coletiva, é pactuado de sindicato para sindicato.
Os sindicatos não podem se negar à negociar essas relações coletivas (principio da inescusabilidade negocial). Ambas as partes da negociação devem ser leais e transparentes e, os sindicatos tem o direito de participar.
Com a reforma trabalhista, convenções e acordos coletivos poderão prevalecer (antes não) sobre a legislação, mas não necessariamente num patamar de melhorar para os funcionários (antes era), o que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho (antes era) e a vigência das convenções terem um mínimo período para poder ser negociado novas, agora não tem mais, deixando as datas flexíveis para "quando bem entenderem que precisam mudar".
EMPREGO X EMPREGABILIDADE 
Emprego: relação contratual que o trabalhador oferece por prazo determinado suas qualificações/especialidades, em troca de dinheiro. Trata-se das vagas, oportunidades (curto prazo) oferecidas, os salários e a busca de segurança e conveniência, pelo trabalhador.
Empregabilidade: Ser valioso e deter habilidades, tendo capacidade de se manter empregado. Busca de uma carreira, planejamento (a longo prazo), desafio, aprendizados, busca pelos desafios e diferenciais que tornam o raro.
FUNÇÃO ATIVIDADE E FUNÇÃO DE CONFIANÇA
Função atividade é a função que o empregado foi designado no momento do contrato de trabalho, função para que foi contratado.
Cargo de confiança é algo que se adquire ao longo dos anos de trabalho, e, essa pessoa que ocupa esse cargo tem o mesmo poder do titular da empresa para tomada de decisões. Lembrando que, se houver mais de um cargo de confiança, exercendo a mesma atividade, desconfigura essa relação.
REFORMA TRABALHISTA
A reforma trabalhista trouxe algumas mudanças bem importantes:
- As férias agora podem ser fracionadas até 3 períodos (antes eram somente 2) contanto que um dos períodos não seja menor que 15 dias (antes eram 10 dias).
- A jornada diária pode ser de até 12h (antes, no máximo 10h), com 36h de descanso, respeitando sempre as 44h semanais. O tempo na empresa não é mais considerado como hora trabalhada, ou seja, não leva em consideração a intrajornada (descanso, estudo, etc.), e, também, as intrajornadas (tempo de deslocamento até o trabalho). Os intervalos agora podem ser negociados, desde que tenham ao menos 30 minutos e, a multa para empregadores que não dessem o intervalo era de 50% do valor total do intervalo e agora, passou a ser 50% pelo valor que não foi tirado.
- A remuneração por produção não é mais obrigatório ser baseado no piso salário ou salário mínimo (antes era) e não compõe mais os salários.
- Os planos de carreiras das empresas não precisam mais ser homologados nos ministérios do trabalho, ameaçando assim o principio da equidade salarial (igualdade) que, as empresas vão poder alegar que as diferenças fazem parte de um plano de carreira, visto que, não serão mais registrados.
- Agora, o trabalho intermitente é reconhecido e o trabalhador poderá ser pago pelo período trabalhado, recebendo pelas horas e diárias que trabalhou. Têm direito a férias, fgts, previdência e 13º proporcionais. O contrato deverá estabelecer o valor da hora de trabalho, sem poder ser menor que o salário mínimo ou inferior ao valor pago à um trabalhador que exerça mesma função na empresa. A convocação deste funcionário deverá ser feita com mínimo de 3 dias corridos de antecedência e, nos dias que não seja convocado, pode prestar serviços para outras empresas.
- Home Office agora é considerado e, os equipamentos (luz, computador, internet, etc.), são contabilizados como mecanismos de trabalho.
- Houve também mudança na modalidade de trabalho parcial, que antes era de 25h semanais e agora poderá ser 30h semanais.
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