Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON Centro Universitário do Vale do Ipojuca Farmacologia Humana P r o f . D r. O d a i r A l v e s osilva@unifavip.edu.br 2 Objetivos 1. Definir o tratamento farmacológico para os principais transtornos de saúde, reconhecendo o caráter preventivo, curativo ou de alívio da terapia medicamentosa indicada. 2. Prever os possíveis efeitos adversos resultantes do uso de cada grupo de drogas, considerando a sua farmacodinâmica, o efeito sobre o alvo, além dos efeitos colaterais. Plano de aula UNIFAVIP Fisiopatologia da doença de Parkinson3 A doença de Parkinson (DP), descrita por James Parkinson em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns e intrigantes. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Pode ser o resultado de alterações hereditárias ou fatores adquiridos, como isquemia cerebral, encefalite viral, intoxicação, etc. Manifestações Clínicas da DP • Tremor em repouso • Rigidez muscular • Supressão dos movimentos voluntários (hipocinesia) • Acinesia • Instabilidade postural UNIFAVIP Fisiopatologia da doença de Parkinson4 Do ponto de vista patológico, a DP é uma doença degenerativa caracterizada por: Morte de neurônios dopaminérgicos da via nigroestriatal. Inclusões intracitoplasmáticas destes neurônios, conhecidas como Corpúsculos de Lewy. UNIFAVIP Fisiopatologia da doença de Parkinson6 A dopamina é formada a partir do aminoácido tirosina. A Monoamina oxidase B (MAO-B) é a principal enzima que degrada a dopamina UNIFAVIP Tratamento farmacológico da doença de Parkinson7 Todos os tratamentos atualmente disponíveis são sintomáticos e, em sua maioria, visam à restauração dos níveis de DA no SNC. Em geral, as medicações empregadas no manejo da doença de Parkinson podem ser divididas em: • Levodopa Precursores da DA • Selegilina, rasagilina Inibidores da degradação de DA • Amantadina, triexifenidil e a benztropina Outros fármacos UNIFAVIP Tratamento farmacológico da doença de Parkinson8 Precursores da DA A levodopa é o único fármaco desta classe e o tratamento mais efetivo para a doença. Para reforçar os níveis de levodopa disponíveis para o cérebro ela é quase sempre administrada em combinação com carbidopa (um inibidor da enzima dopa-descarboxilase). Seu uso contínuo induz tolerância e efeitos ambíguos de hipocinesia (“desliga”) e discinesia (“liga”). Efeitos adversos • Discinesias • Hipotensão ortostática • Transtorno psicótico UNIFAVIP Tratamento farmacológico da doença de Parkinson9 Inibidores do Metabolismo da DA A selegilina e a rasagilina inibem seletivamente a MAO-B. Podem ser utilizados em combinação com a carbidopa para estender ainda mais a meia-vida da levodopa e facilitar a sua entrada no cérebro. Efeitos adversos • Bloqueio de ramo, hemorragia gastrintestinal, Hipotensão ortostática, discinesia. • A selegilina é metabolizada a anfetamina. UNIFAVIP Tratamento farmacológico da doença de Parkinson10 Outros Fármacos A amantadina é usada no tratamento das discinesias induzidas pela levodopa que surgem tardiamente na evolução da doença. Bloqueia receptores de glutamato no SNC. O triexifenidil e a benztropina são antagonistas dos receptores muscarínicos e reduzem o tônus colinérgico no SNC. Atuam melhorando especialmente os tremores. Efeitos adversos • Amantadina - exacerbação do transtorno mental. • Triexifenidil e a benztropina - aumento da pressão intraocular, psicose. UNIFAVIP Referências bibliográficas GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. Porto Alegre: ArtMed, 2012. PENILDON SILVA, Tratado de Faromacologia. 8.ed Guanabara Koogan. 2010, pp. 474-491. GOLAN D.E. PRINCÍPIOS de FARMACOLOGIA - A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia, 2ª edição. Guanabara Koogan. 2009, pp 131-145. RANG, DALE & RITTER. Farmacologia - (3ª e 4a e 5a ed) Português. KATZUNG, B. G. Farmacologia: básica e clínica. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. 11
Compartilhar