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Estrutura Atômica da Matéria Desde a antiguidade o ser humano vem procurando saber mais sobre a matéria e usar esse conhecimento para viver melhor. Uma dúvida muita antiga é: Se tudo o que existe é feito de matéria, de que é feita a matéria? Há cerca de 2500 anos, os filósofos gregos Leucipo e Demócrito indagavam sobre a estrutura fundamental da matéria. Eles afirmaram que a água, então tida como um elemento fundamental de tudo o que existe, era composta por partículas indivisíveis que receberam o nome de átomos. A palavra átomo significa, em grego, “indivisível”. Porque alguns tipos de material, ao se misturarem se transformam em outro material? Como ocorrem essas transformações? Para explicar essas e outras questões práticas, surgiu a necessidade de saber de que é feita a matéria ou de que é constituída a menor partícula de água, do ferro e de tudo o que existe. | Demócrito 460~370 a.C. Dalton 1766~1844 | Radiatividade 1896 | O Atomismo e a teoria dos quatro elementos Apesar de errado, o conceito aristotélico de matéria, juntamente com toda a sua filosofia, foi aceito oficialmente durante mais de 2000 anos. John Dalton fez a primeira proposta para um modelo atômico baseado dados experimentais 3 Modelo Planetário Para Rutherford o átomo deveria ser um sistema semelhante ao solar: um núcleo central grande, com carga positiva, rodeado de partículas móveis, de carga negativa. Segundo o modelo atômico atual, em comparação com o espaço ocupado pelo núcleo, o espaço ocupado pelos elétrons é enorme, ou seja, cem mil vezes maior. Por outro lado, um próton tem massa aproximadamente 2000 vezes maior do que a massa do elétron. Na mesma época, o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), baseando-se também em conhecimentos sobre a radiação luminosa (espectros atômicos), propôs uma série de postulados que aprimoraram o modelo de Rutherford: ► os elétrons, no átomo, giram em órbitas determinadas, chamadas níveis de energia ou camadas eletrônicas; ► enquanto giram em determinada órbita, os elétrons não irradiam energia; ► em cada órbita, os elétrons têm uma quantidade de energia permitida: quanto mais próximos estiverem do núcleo, menor a energia dos elétrons em relação ao núcleo, e, quanto mais afastados, maior a energia em relação ao núcleo O modelo atômico de Bohr ► os elétrons podem passar de uma órbita para outra. Para que eles passem de uma órbita mais próxima do núcleo para uma mais afastada, é necessário absorver energia. Quando passam de uma órbita mais afastada para outra mais próxima do núcleo, há liberação de energia: Assim, o átomo seria formado por um núcleo e níveis de energia quantizada (onde estão os elétrons), num total de sete níveis energéticos. As ideias de Bohr permitiram entender a organização dos elétrons na eletrosfera A massa do átomo e a descoberta do nêutron Início do século XX espectrômetro de massas determinação da massa de um átomo. A massa de um átomo não é proporcional ao número de prótons: quando o número de prótons aumenta, a massa do átomo aumenta mais rapidamente. Nem todos os átomos de uma mesmo elemento, tem a mesma massa. Em uma amostra de neônio perfeitamente puro, por exemplo, a maior parte dos átomos tem massa de 3,32 x 10-26kg, isto é, são cerca de 20 vezes mais pesados que o hidrogênio. No entanto, alguns átomos de neônio são 21 vezes mais pesados que o hidrogênio e, outros, cerca de 22 vezes mais pesados. Neônio-20 (90,02%), Ne-21 (0,26%) e Ne-22 (8,82%) 20,183u Por volta de 1914, um jovem cientista, Henry Moseley, quando estudava os raios x, verificou experimentalmente ser possível associar a cada elemento um valor que representava a carga nuclear desse elemento, ou seja, o número de prótons do átomo do elemento, o qual foi chamado de número atômico. Levando isso em conta, pode-se definir elemento químico como conjunto de átomos de mesmo número atômico (z). O número atômico (Z) A questão da massa nuclear só foi resolvida em 1932, vinte anos depois das ideias apresentadas por Rutherford sobre a estrutura do átomo. O cientista James Chadwick, estudando o bombardeamento de átomos com partículas α, descobriu os nêutrons, partículas constituintes do núcleo atômico desprovidas de carga elétrica e com massa igual à do próton. A questão da massa nuclear apresentada por Rutherford havia, assim, sido solucionada. O total de prótons e nêutrons do núcleo é chamado número de massa (A). Nêutrons e prótons, juntos, também são chamados nucleons. O número de Massa (A) A notação AXZ tem sido adotada para representar os átomos. X é o símbolo do elemento químico; A, seu número de massa; e z, seu número atômico. Resumindo: No núcleo temos carga positiva e massa As cargas positivas são denominadas prótons Na eletrosfera temos carga negativa As cargas negativas são denominadas elétrons Os prótons tem uma massa aproximadamente duas mil vezes maior que a massa dos elétrons O número de cargas positivas (prótons) é igual ao número de cargas negativas (elétrons) Número atômico: caracteriza cada elemento químico e é determinado pelo número de prótons no núcleo (Z) No núcleo também são encontradas outras partículas, sem carga elétrica, mas com massa igual à massa do próton; essas partículas foram denominadas nêutrons. Número de massa: corresponde à massa do átomo e é dada pela soma do número de nêutrons e de prótons do núcleo (A) AXZ A (massa atômica = p+n) e Z (número atômico = p) No átomo neutro, o número de prótons é igual ao número de elétrons Para um elemento qualquer, o número atômico é sempre o mesmo, mas o número de massa pode variar, dando origem a ISÓTOPOS. Isto se deve à variação no número de nêutrons: Isótopos ”Nenhuma descoberta promoveu tanto o avanço da ciência do último século quanto à dos constituintes atômicos. Conhecer e entender as chamadas partículas subatômicas como elétrons e prótons foi fundamental para o desenvolvimento da química moderna, da eletrônica e mesmo da biologia.”
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