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Estudo Dirigido Sustentabilidade

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Estudo Dirigido:
Nas últimas décadas, mais precisamente a partir dos anos 90, o termo sustentabilidade tem ganhado destaque em toda sociedade mundial. Governos, grandes multinacionais, órgãos e instituições não governamentais e a população em geral têm direcionado seus olhares para as mudanças climáticas e ambientais ocorridas nas últimas épocas e, desde então, novos conceitos vêm sendo inseridos no contexto atual. Um deles é o desenvolvimento sustentável.
Em 100 anos, a população global passou de 1,5 para 6,1 bilhões de habitantes. Esse salto populacional significou maior demanda por alimentos, água e bens de consumo. Outro fator significativo foi a Revolução Industrial, transformando a maneira como o homem produzia, porém, causando sérios danos ao meio ambiente. O crescimento das cidades, a demanda por petróleo, a intensa atividade industrial e o aumento cada vez mais acelerado do contingente populacional são algumas das inúmeras realidades que motivam a busca por um modelo socioeconômico e ambiental capaz de suprir as demandas atuais de forma menos impactante como tem ocorrido nos últimos dois séculos.
A idéia de “desenvolvimento sustentável” está centrada no “senso de responsabilidade que as presentes gerações devem ter relativamente às futuras, o que obriga o cientista a pesquisar de que maneira o uso dos recursos à disposição do homem deve ser feito para se preservar a capacidade de sustentação do ecossistema.” Isto significa que sustentabilidade pode ser tido como um valor voltado ao comprometimento que nós devemos ter para com a saúde e o bem-estar das gerações futuras. Assim, percebe-se que este modelo propõe mudar a rota da ênfase do incessante crescimento econômico para o compromisso com o meio ambiente.
Uma vez que o desenvolvimento sustentável é o conjunto de idéias sustentado pela verdadeira definição de crescimento (que não abrange apenas a questão econômica, mas o crescimento socioambiental), é prevista uma urgente necessidade de orientar as atividades econômicas às verdadeiras necessidades sociais, baseando-se na limitação dos recursos. ERIKSSON (1992, apud CAVALCANTI et al, 1994) afirma que um modelo sustentável tem que ser ajustado aos ciclos naturais, inspirado na ideia de que é o homem que deve se adaptar às condições da natureza e jamais o contrário.
Estratégias de sustentabilidade têm sido elaboradas e desenvolvidas com o objetivo de implantar o modelo baseado no tripé socioeconômico-ambiental, como propõe VEIGA. O Relatório Brundtland, organizado pela ONU, é um bom exemplo que ilustra essa visão integrada de três pilares tão diferentes, porém, interdependentes entre si.
O documento parte do pressuposto de que a solução para os problemas econômicos, sociais e ambientais é algo que deve ser feito conjuntamente. Dentre algumas das estratégias apresentadas estão a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, a redução do consumo de energias não-renováveis e o aumento da produção industrial nos países de Terceiro Mundo à base de tecnologias ecologicamente adaptadas.
É neste panorama e contexto atual que surge a figura do engenheiro ambiental, frente aos desafios da sustentabilidade. Este profissional tem o papel de agente na garantia das demandas atuais com responsabilidade ambiental, de forma integrada com as dimensões econômica, social e tecnológica, através do desenvolvimento sustentável. Também cabe à ele a avaliação e análise de riscos e impactos que possam ser ocasionados pela atividade humana, pondo em risco a vida de seres humanos, espécies animais e vegetais e os ecossistemas.
A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias que utilizem fontes de energia renováveis, o reúso de água e as formas de tratamento de redes de esgoto são algumas das inúmeras linhas de ação a qual se podem amenizar, respectivamente, os problemas de escassez de água e outros recursos, e o saneamento básico. Outra demanda se baseia no que diz respeito ao descarte incorreto de resíduos, que é a realidade de inúmeras cidades, não só no Brasil, e que vem afetando cada vez mais a qualidade do solo e da água e, além disso, a saúde dos seres vivos.
Perante este cenário, desde as mudanças climáticas e a escassez dos recursos até a implantação do desenvolvimento sustentável, o trabalho do engenheiro ambiental configura-se como um elemento-chave nas perspectivas dos próximos rumos da humanidade. A busca integrada pelo crescimento econômico, uma maior inclusão social e a preservação e conservação ambiental constitui um novo modelo, capaz de atender às necessidades atuais e sem prejudicar a sociedade futura, e essa busca será realizada pelos esforços em enfrentar os grandes desafios da atual crise ambiental.
Desta forma, com essa nova forma de desenvolvimento, que combina eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica, é inegável que há uma maior preocupação e consciência ambiental das organizações em todo o mundo; um exemplo disto é a ECO 92, que despertou o mundo para os perigos que o sistema econômico atual pode provocar ao planeta. Contudo, os recursos naturais ainda permanecem sendo usados exacerbadamente; a biodiversidade continua cada vez mais ameaçada e inúmeros poluentes ainda são eliminados para o ar, rios e mares.
Assim, se os padrões atuais de industrialização, poluição e uso intensivo e exploratório dos recursos naturais continuarem imutáveis, os limites de crescimento no planeta serão atingidos em pouco tempo. As conseqüências serão catastróficas e o resultado mais provável será um declínio, tanto da população quanto da capacidade industrial.
Mesmo assim, ainda é possível modificar estas tendências e formar uma condição de estabilidade ecológica e econômica que se possa manter, garantindo a existência de várias gerações. “Se a população do mundo decidir empenhar-se em obter este segundo resultado (...), quanto mais cedo ela começar a trabalhar para alcançá-lo, maiores serão suas possibilidades de êxito.” (CAVALCANTI, et AL, 1994).
BRAGA, B. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall. 2005.
CAVALCANTI, C. Desenvolvimento e Natureza: Estudos Para Uma Sociedade Sustentável. INPSO/FUNDAJ, Instituto de Pesquisas Sociais. Recife. 1994. Disponível em: http://www.ceap.br/material/MAT11082013193327.pdf#page=14
VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento Sustentável: O Desafio do Século XXI. São Paulo. 2005.

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