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MICOLOGIA GERAL Métodos Usados na Purificação, Identificação e Preservação de Fungos UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO Recife, 2017 Professora responsável: Dra. Cristina M. S. Motta (UFPE) Doutoranda: Marcela Alves Barbosa (UFPE) Purificação de Culturas Eliminar micro-organismos contaminantes do fungo em estudo a fim de se obter culturas puras. Aplicações em estudos de taxonomia, fitopatologia, bioquímica, fisiologia, genética, citologia. Purificação de Culturas 1. Técnica da Lamínula 2. Técnica do Abaixamento de pH 3. Técnica da Cultura Monospórica 4. Técnica do Meio Seletivo 5. Técnica da Adição de Inibidores Purificação de Culturas 1.Técnica da Lamínula Cultura de fungo contaminada por Bactérias Esporos ou fragmentos do micélio BDA Variação da Técnica da Lamínula Placa com meio de Cultura 3 mm Cultura contaminada com bactéria 3 mm Furador 2. Técnica do Abaixamento do pH Fungos Suportam melhor o pH ácido 3 a 5 gotas Ácido Lático a 25% 100 mL de Meio de Cultura Ajuste do pH do meio de cultura 3. Técnica da Cultura Monospórica Eliminar um fungo contaminante da cultura fúngica que se deseja trabalhar Água Destilada Esterilizada 3. Técnica da Cultura Monospórica Eliminar um fungo contaminante da cultura fúngica que se deseja trabalhar 4. Técnica do Meio Seletivo Fungos da ordem Mucorales Placa Contaminada com Rhizopus sp. Cultura de Mucor sp. Microestruturas de Rhizopus sp. Microestruturas de Mucor sp. 4. Técnica do Meio Seletivo Uso do Meio Malt-Salt Agar (MAS): Possui NaCl que possui as seguintes funções: Inibe o crescimento bacteriano; Retarda o crescimento de outros fungos, como os Mucorales; Retarda, mas não inibe completamente, o crescimento de muitos outros fungos permitindo, assim, o isolamento de espécies que crescem mais lentamente. 5. Técnica da Adição de Inibidores Culturas contaminadas com bactérias Uso de Antibióticos Método barato Rápido Eficiente Outros Agentes Químicos Inibidores Substância Organismo Característica Fungo Bactéria Clortetraciclina - + Inibe bactérias G+ e G-. Adicionar pós autoclavagem Cristal Violeta - + Inibe Bactérias G- Ciclo Heximida + - Inibe alguns fungos filamentosos e leveduras, mas pouco efeito sobre fungos patógenos humanos Ácido Lático - + Acidifica o meio Verde Malaquita + - Seleciona Fusarium sp Nistatina (micostatina) + - Inibe muitos fungos exceto Pytium sp. Penicilina ? + Inibe Bactérias G+ Polimixina (sulfato) - + Inibe Bactérias G- Rosa de Bengala ± + Inibe a maioria das Bactérias e reduz o crescimento fungico Estreptomicina - + Maioria das bactérias (meio neutro a ligeiramente alcalino). Pós autoclavagem * sinais +, -, ± e ? indicam,respectivamente, inibição, sem efeito, mais ou menos e sem informação. Identificação de Fungos Taxonomia - construção de um esquema de classificação conveniente para os organismos. A Taxonomia Envolve Identificação, atividade de reconhecer que um organismo, sob estudo, é similar a organismos previamente caracterizados; Classificação, arranjo dos fungos com características morfológicas similares, principalmente, em grupos, e Nomenclatura, denominação de um fungo de acordo com as regras estabelecidas no Código Internacional de Nomenclatura Botânica. Taxonomia Requer Conhecimento das Características Morfológicas Chaves de Identificação Identifica Classifica A taxonomia visa ordenar a diversidade e arranjar os inúmeros fungos em uma forma coerente, inteligível e útil. Identificação Exame direto das estruturas fúngicas, Cultivo em meios de cultura adequados, Uso de microscópio para verificar determinadas características morfológicas Dados da cultura e colônia fúngica, Chaves de identificação para fungos. Identificação Utilização de técnicas especiais para evidenciar algumas características morfológicas ou mesmo bioquímicas; Podem ser utilizados caracteres biológicos e/ou fisiológicos (capacidade de um fungo infectar hospedeiros, patogenicidade); Citológicos, genéticos, sorológicos, cromatográficos e eletroforéticos. Técnicas Utilizadas para Identificação de Fungos 1. Técnica do Exame Direto 2. Técnica do Cultivo em Meio 3. Cultura em Lâmina (Método de Riddell) 4. Cultura em Gota Pendente 5. Cultura em Membrana de Diálise 6. Provas Bioquímicas 1. Técnica do Exame Direto Lactofenol-azul de algodão Azul de Amann Características Observadas Tamanho, forma e cor dos esporos, Presença ou ausência de septos nos esporos e no micélio, Tamanho, cor e forma dos conidióforos, Esporos formados dentro ou fora de determinadas estruturas, etc.. Presença de Estruturas Vegetativas Especializadas (Clamidósporo, Esclerócio, Estolões, Rizóides) Syncephalastrum sp. 1. Técnica do Exame Direto Lactofenol-azul de algodão Ou Solução de Glicerina a 5% Cultura de Levedura: (Rhodotorula sp.) A Técnica do Exame Direto Somente é feita quando o material permitir a visualização de crescimento fúngico ou, mesmo, quando o material doente apresentar características de infecção fúngica. Folha de Café com Ferrugem Pão Contaminado Pano Branco a) Colocar uma gota do corante Azul de Amann em uma lâmina seca; b) Pegar um pedaço de fita adesiva transparente de 9 cm e segurar entre os dedos com a face aderente para fora; c) Tocar a área contendo a colônia fúngica, para que ocorra a adesão das estruturas na fita adesiva; c) Transferir a fita adesiva, com a face aderente para baixo, para a lâmina com o Azul de Amann, ao mesmo tempo em que estica a fita e pressiona as suas extremidades para fixá-la na lâmina. A fita funciona como uma lamínula; d) Retirar o excesso do corante com papel de filtro e observar as estruturas fúngicas ao microscópio ótico; e) Para tornar a lâmina permanente, as suas margens devem ser vedadas com esmalte incolor. 1. Técnica do Exame Direto 2. Técnica do Cultivo em Meio Aspergillus sp. em Czapek’s Solution Agar (CZ) Determinadas espécies de fungos requerem meios específicos para a sua identificação. Dados significativos para identificação 1. Caracteres em meio sólido: a. período de tempo antes do crescimento ser notado b. velocidade de crescimento c. textura da cultura d. cor do micélio vegetativo e do corpo de frutificação e. crescimento superficial e/ou em profundidade f. modificações provocadas no meio de cultura g. morfologia e características do micélio, conidióforo e esporos 2. Caracteres em meio líquido: a. crescimento na superfície (anel ou película) b. crescimento em profundidade (turvação do meio) c. formação de sedimentos (nulo, abundante, escasso, etc.) 3. Cultura em Lâmina ou Microcultivo Apresenta Vantagem de permitir observar as estruturas, nas posições relativas que realmente ocupam durante o crescimento fúngico. Esquema de cultura em lâmina de acordo com Riddell. A – Adição da lamínula esterilizada sobre o inóculo do fungo em Ágar Czapek; B - Adição da lamínula esterilizada sobre o inóculo do fungo em Ágar Czapek; C – Cultura com 7 dias a temperatura ambiente (28 ± 2ºC). A B C 3. Cultivo de Penicillium aurantiogriseum sob lamínula 3. Cultivo de Penicillium aurantiogriseum sob lamínula Retirar a lamínula e invertê-la ao montar em lâmina contendo líquido de montagem ou, simplesmente, um corante. Inverter a Lamínula 4. Cultura em Gota Pendente Técnica muito utilizada para estudar a germinação de esporos,anastomose, brotamento, septação e outros caracteres. Placa de Petri Papel de Filtro Bastão de Vidro Lâmina Anel de Vidro Solução de Nutrientes Lamínula Vaselina 5. Cultura em Membrana de Diálise Membrana de diálise ou papel celofane são depositados em placa contendo água destilada e autoclavados. O fungo é inoculado em placa com meio de cultura e os quadrados de membrana/celofane são dispostos ao redor do ponto de inoculação. 6. Provas Bioquímicas Características mais importantes para identificação de leveduras Alterações produzidas no meio pela ação do fungo, no reconhecimento de metabólitos produzidos ou apenas na modificação provocada no meio de cultura. O valor taxonômico de cada uma destas provas isoladamente é por vezes limitado e, somente o resultado de várias provas, consideradas conjuntamente, permitem a identificação mais precisa dos fungos. 6. Provas Bioquímicas Prova de Assimilação (Auxanograna para carbono) Prova de Fermentação (Zimograma) Requerimentos Vitamínicos Redução de Nitratos Crescimento em Etanol Outras Provas Bioquimicas Prova de Assimilação (Auxanograna para carbono) M L G D R S A D- dextrose R- rafinose G- galactose L- lactose S- sacarose M- maltose Meio Yeast Nitrogen Base (YNB, meio completo sem fonte de carbono Prova de Assimilação (Auxanograna para carbono) Várias fontes de nitrogênio (nitrato, nitrito ou amônia) da mesma forma descrita para os açúcares. Neste caso, é utilizado o meio Yeast Carbon Base (YCB, meio completo sem fonte de nitrogênio). S N B S- sulfato de amônio N- nitrato de potássio Prova Fermentação (Zimograma) Verificar a ocorrência de fermentação de vários açúcares, com produção de gás, CO2, e de substâncias que podem alterar o pH do meio de cultura. Para este teste o meio utilizado é o YNB com 2% de glicose. Requerimentos Vitamínicos O crescimento de alguns fungos em meio sem a adição de vitaminas é considerado uma característica importante para a sua identificação. Solução de Vitamin-Free Yeast Base (VFYB). O Após 4 a 7 dias o crescimento pode ser avaliado de acordo com uma escala de turbidez. Reinoculação em (VFYB). Avaliação da capacidade em produzir suas próprias vitaminas Redução de Nitratos Alguns fungos podem reduzir o nitrato a nitrito, amônia ou nitrogênio livre. Teste de Urease Crescimento em Etanol Tubos contendo YNB com 4% de etanol são inoculados com a levedura a ser testada, para determinar a capacidade de crescer utilizando etanol como única fonte de carbono. O crescimento é verificado de acordo com uma escala de turbidez. Verifica- se, também, a ocorrência de formação de película, anel ou sedimentos. Outras Provas Bioquímicas Algumas reações químicas podem ser utilizadas para determinar diferenças entre basidiomicetos que apresentam basidiomas grandes. Entre os reagentes utilizam-se ácidos (H2SO4, HCl, HNO3), base (KOH), reativos iodados (lugol, reativo de Melzer), solução de sulfato ferroso a 10% e outros. Métodos de Preservação de Fungos Meio de cultura Deve ser específico para cada cultura de fungo EX: Espécies de Aspergillus e Penicillium - Ágar Czapek EX: Espécies de Fusarium e Dematiacaeo - Ágar Batata Dextrose EX: Mucorales - Ágar Malte e Ágar Batata Dextrose Condições ótimas de crescimento das culturas Temperatura Deve ser adequada para cada cultura de fungo Mesofílicos - 15 a 30ºC Termofílicos – ≥45ºC Psicrofílicos - ≤20ºC Condições ótimas de crescimento das culturas Luz Com luminosidade Sem luminosidade Algumas culturas esporulam próximo a luz ultra violeta Algumas culturas para esporular requerem períodos com e sem luminosidade Condições ótimas de crescimento das culturas Aeração Condições ótimas de crescimento das culturas A maioria dos fungos são aeróbios, obtendo em cultura, o oxigênio disponível dentro dos tubos ou garrafas. pH A maioria dos fungos crescem bem numa faixa de pH entre 3 e 7. Condições ótimas de crescimento das culturas Atividade de Água A maioria dos fungos necessitam de água disponível; Algumas espécies crescem bem em baixa atividade de água. Ex: Espécies de Eurotium, Xeromyces bisporus. MÉTODOS DE PRESERVAÇÃO Liofilização Imersão em óleoSubcultivo CriopreservaçãoDesidratação Imersão em água SUBCULTIVO ou Repique contínuo Transferência para um meio sólido ou líquido Estoque em condições favoráveis Cultura REATIVAÇÃO Remover uma pequena porção da cultura para outro meio de cultura e aguardar crescimento DESVANTAGENS Perigo de variação Perda da patogenicidade Perda das características fisiológicas ou morfológicas Contaminações por esporos do ar ou levadas por ácaros Supervisão constante VANTAGENS Método barato Rápido crescimento da cultura Viabilidade da Coleção por muitos anos IMERSÃO EM ÓLEO MINERAL – Sherf, 1943 Cultura viável Imersa em óleo mineral esterilizado Reativação Deve cobrir a colônia e o meio de cultura Remoção de parte da colônia Para placa de Petri com meio sólido específico Para caldo glicosado Meio sólido específico Cultura preservada em óleo mineral REATIVAÇÃO DAS CULTURAS Cultura em caldo glicosado (28º±2ºC) com até 10 dias Cultura em meio de cultura adequado VANTAGENS Diminui a atividade metabólica Reduz a desidratação Viabilidade longa em algumas espécies Algumas espécies só sobrevivem a este método Não requer equipamentos As culturas não são infestadas por ácaros DESVANTAGENS Seleção natural devido às condições adversas Contaminação por esporos do ar Crescimento lento na reativação Estoque em óleo mineral sob ágar inclinado (Smith & Onions, 1994). IMERSÃO EM ÁGUA Castellani (1939) Suspensões de células Blocos de 6mm da cultura Discos de cultura Imersos em água destilada esterilizada contida em tubos de McCartney Cultura viável REATIVAÇÃO Cultura viável CULTURAS ESTOCADAS SOB ÁGUA DESTILADA ESTERILIZADA Remover um bloco de aproximadamente 6 mm da cultura Transferir o bloco para água destilada esterilizada e lacrar o tubo REATIVAÇÃO Cultura sob água destilada esterilizada CULTURAS ESTOCADAS SOB ÁGUA DESTILADA ESTERILIZADA Remover um bloco e colocar com o micélio para baixo, em um meio de cultura específico e aguardar crescimento Transferir para meio de cultura específico contido em tubo de ensaio VANTAGEM Baixo custo DESVANTAGEM Viabilidade Perda da patogenicidade em algumas culturas Adicionar a suspensão (± 1ml) de esporos ao gel gelado e agitar; DESIDRATAÇÃO Distribuir cristais de sílica gel em frascos com tampa de rosca e esterilizar por calor seco (170ºC/1h); Sílica gel – Perkins, 1962 Preparar uma suspensão de esporos, de culturas com boa esporulação, em leite desnatado a 5% (w/v) gelado (4ºC); Recuperar a cultura espalhando alguns cristais sobre a superfície de um meio. Resfriar os frascos em banho de gelo por 30 a 40 minutos; Manter em banho de gelo por 2 a 4 dias para secagem dos cristais; Rosquear as tampas dos frascor e manter a 4ºC; REATIVAÇÃO Cultura sob sílica gel CULTURAS ESTOCADAS SOB SÍLICA GEL Transferir poucos cristais de sílica para a superfície de um meio específico e aguardar crescimento Transferir para meio de cultura específico contido em tubo de ensaio Evita ataque de ácaros pelas condiçõessecas Vários inóculos podem ser obtidos de um único tubo Estabilidade das culturas VANTAGENS Método barato e simples Ampla variedade de fungos esporulantes incluindo representantes dos Basidiomycota DESVANTAGENS Contaminações por esporos do ar por repetidas repicagens Limitado para fungos esporulantes não sendo indicado para Pythium, Phytophthora e outros Oomycota, fungos micelianos e com esporos delicados DESIDRATAÇÃO Solo autoclavado por 2 vezes; Suspensão de esporos (1ml) em água destilada esterilizada; Incubação a 20-25ºC/5-10 dias; Tubos são guardados em refrigerador (4-7ºC). 1 mL da suspensão para solo autoclavado por 2 vezes; Tubos são guardados em refrigerador (4-7ºC) Suspensão de esporos em água destilada esterilizada Fechamento dos tubos REATIVAÇÃO Cultura em solo CULTURAS ESTOCADAS EM SOLO Espalhar poucos grãos de solo contendo o fungo sobre a superfície de um meio de cultura específico e aguardar crescimento Transferir para meio de cultura específico contido em tubo de ensaio O ataque de ácaros é limitado Vários inóculos podem ser obtidos de um único tubo Estabilidade das culturas VANTAGENS Método barato e simples Viabilidade das culturas DESIDRATAÇÃO DESVANTAGENS Os fungos que não resistem a desidratação, não sobrevivem bem Variação após estoque Contaminações por esporos do ar por repetidas repicagens DESIDRATAÇÃO DESIDRATÃÇÃO POR CONGELAMENTO LIOFILIZAÇÃO – Raper & Alexander, 1945 Distribuir 1 mL da solução: leite desnatado 10% (w/v) + glutamato de sódio 5% (w/v) esterilizado por vapor fluente por 30 minutos por dois dias em tubos de penicilina; Adicionar a estes tubos esporos dos fungos; Pré-congelamento por 12 horas; Congelamento a - 40ºCLiofilizador Secagem a vácuo Leite+fungo Esquema do processo de liofilização Tampas dos tubos de penicilina evidenciando a abertura Antes e depois da liofilização A B Fontes: www.phase-technologies.com/ html/figure.html; muse.widener.edu/ ~rpj0001/lyo/ REATIVAÇÃO Cultura liofilizada CULTURAS ESTOCADAS SOB LIOFILIZAÇÃO Adicionar água destilada esterilizada (≈1 mL) e aguardar 20 min Espalhar sobre a superfície de meio de cultura sólido específico e aguardar crescimento Transferir para meio de cultura específico contido em tubo de ensaio VANTAGENS Não há contaminação Estabilidade Longa viabilidade Fácil postagem das culturas DESVANTAGENS Culturas jovens não devem ser liofilizadas Processo complexo e caro Pode ocorrer danos genéticos Alguns fungos não sobrevivem bem CRIOPRESERVAÇÃO (Hwang, 1996) Cultura Nitrogênio líquido Temperaturas -100ºC a -190ºC 0,5 ml Suspensão de células de fungos em glicerol a 10% esterilizado Tubos de polipropileno de 2ml Congelamento gradual (-10º min -1)até -50ºC em um congelador programável VANTAGENS Não há contaminação Longa viabilidade principalmente abaixo de -130ºC DESVANTAGENS Culturas jovens não devem ser liofilizadas Processo complexo Pode ocorrer danos genéticos Evaporação do nitrogênio líquido Vários fungos sobrevivem bem Alto custo Conservação do vasilhame Tanques de nitrogênio líquido Cuidados ao retirar as culturas preservadas em nitrogênio líquido OOMYCOTA SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO A escolha do método de preservação depende das exigências do organismo. Nitrogênio líquido (-10ºC min-1); Óleo mineral (para algumas culturas que não sobrevivem ao estágio de congelamento), até 6 meses; Água destilada esterilizada, até 2 anos. * ZYGOMYCOTA Nitrogênio líquido; Água destilada esterilizada SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO ASCOMYCOTA Nitrogênio líquido; Sílica gel, poucas espécies sobrevivem: Ex: Neurospora crassa Aspergillus nidulans Penicillium griseoroseum SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO BASIDIOMYCOTA . Criopreservação abaixo de -130ºC (melhor); Transferência seriada sobre ágar com ou sem óleo; Nitrogênio líquido; Liofilização As espécies com parede espessa, porém a viabilidade é baixa; Lascas de madeira: micélio das espécies que habitam a madeira. SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Ferrugens Nitrogênio líquido (sobre o hospedeiro ou os esporos podem ser coletados); Liofilização (quando os esporos podem ser coletados) SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Anamorfos (Fungos imperfeitos) Liofilização; Aspergillus, Paecilomyces e Penicillium, em ágar inclinado a -18ºC por 6 meses a 2 anos; Solo: Fusarium, de 10 a 20 anos; Silica gel para Hyphomycetes (menos indicado, baixa viabilidade); Alguns dermatófitos; Nitrogênio líquido (mais indicado). SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Leveduras Liofilização; Sílica gel (baixa viabilidade); Nitrogênio líquido (mais indicado). Fungos que formam líquens Nitrogênio líquido com taxa de resfriamento -10 a -20ºC min-1 em glicerol a 10% (v/v). LIMPEZA E PREVENÇÃO DE ÁCAROS Ácaros dos gêneros Tyroglyphus e Tarsonemus; Procedência: solos, plantas, corpo de frutificação de fungos, sapatos, insetos ou culturas recebidas de outros laboratórios; Danos: se alimentam das culturas de fungos; Transferem estruturas de fungos e bactérias, contaminando outras culturas. LIMPEZA E PREVENÇÃO DE ÁCAROS Exame do material recebido no laboratório em ambiente separado; Selar as culturas que chegam, estocá-las em refrigerador enquanto estão em observação; Limpeza das superfícies de trabalho; Proteger as culturas contra contaminação aérea e poeira; Limpeza regular das bancadas e armários com acaricida (Ex: Actellic 25EC, Fargro Ltd). HIGIENE LIMPEZA E PREVENÇÃO DE ÁCAROS Envolve o uso de substâncias químicas acaricidas (cânfora e paradiclorobenzeno – PDB, nos armários e caixas; Cypro e Kelthane, nos tampões dos tubos, que são tóxicas aos fungos, portanto as culturas não afetadas devem ser preservadas ou removidas; Método de vaporização de óleo, impede a infestação por ácaros, porém não os matam; Método usado como último recurso ou quando houver uma mudança para novo local; Quando envolver um grande número de culturas. FUMIGAÇÃO
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