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PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III Aula 10 - Entrega do Relatório de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática III Introdução O Estágio Supervisionado é instância privilegiada que permite a articulação entre o estudo teórico e os saberes práticos. No Estágio Supervisionado, deve ser dada ênfase à análise reflexiva da prática, por meio de observação em salas de aula de Matemática, incluindo atividades em que o estagiário possa analisar as formas de organização didática, identificando as que se contrapõem às práticas didáticas fragmentadas e desarticuladas e refletindo sobre a escolha de diferentes modelos tais como: projetos de trabalho, sequências didáticas etc. Destacam-se, a análise dos princípios e critérios para seleção e organização dos conteúdos matemáticos, os contextos de interdisciplinaridade, as formas usadas pelo professor no sentido de levantar e utilizar os conhecimentos prévios dos alunos e, a incorporação das tendências em Educação Matemática. Durante o Estágio Supervisionado é possível a aplicação e a concretização dos conhecimentos teóricos obtidos no curso. É a oportunidade para os professores em formação, exercitarem os princípios de cidadania e de responsabilidade social. Para que todas as atividades pedagógicas sejam desenvolvidas de forma coerente é fundamental a supervisão do professor orientador. A Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática favorece a descoberta, sendo um processo dinâmico de aprendizagens em diferentes áreas de atuação no campo profissional, em situações reais, de forma que o acadêmico possa conhecer, compreender e aplicar,, a união da teoria com a prática. Por ser um elo entre todas as disciplinas do curso que englobam os núcleos temáticos da formação básica do conhecimento didático- pedagógico, conhecimento sobre a cultura do movimento, tem por finalidade inserir o estagiário na realidade viva do mercado de trabalho, possibilitando consolidar sua profissionalização. Objetivos Desenvolver a consciência de que o Estágio Curricular Supervisionado é um momento singular na formação de professores, porque favorece a eles o contato com a realidade escolar, possibilitando assim articular os conhecimentos de sua formação, bem como construir novos saberes, além de ser ambiente fértil em experiências que colaboram com a constituição dos processos identitários dos docentes; Reconhecer a prática docente como um processo dinâmico, carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão, onde novos conhecimentos são gerados e modificados continuamente; Capacitar o licenciando em Matemática a elaborar a sistematização, o desenvolvimento e as considerações finais do Relatório Final. O estágio nas licenciaturas de matemática De acordo com a SBEM - Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM, 2003, p. 13), a construção de Cursos de Licenciatura em Matemática com identidade própria exige um projeto de formação inicial de professores que: O Parecer CNE/CES 1.302/2001, homologado em 04/03/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Matemática, Bacharelado e Licenciatura, prevê como PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III Contemple uma visão histórica e social da Matemática e da Educação Matemática, em uma perspectiva problematizadora das ideias matemáticas e educacionais; Promova mudanças de crenças, valores e atitudes prévios visando a uma Educação Matemática crítica; Propicie a experimentação e a modelagem de situações semelhantes àquelas que os futuros professores terão que gerir. competências e habilidades específicas do educador matemático: Elaborar e analisar criticamente propostas de ensino-aprendizagem para a educação básica; Analisar, selecionar e produzir materiais didáticos; Desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a autonomia e a flexibilidade do pensamento matemático dos educandos, buscando trabalhar com mais ênfase nos conceitos do que nas técnicas, nas fórmulas e nos algoritmos; Perceber a prática docente como um processo dinâmico, carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão, onde novos conhecimentos são gerados e modificados continuamente; Contribuir para a realização de projetos coletivos dentro da escola básica. A Resolução CNE/CP 02/2002, de 19 de fevereiro de 2002, que instituiu a duração e a carga horária dos cursos de formação de professores para a Educação Básica, em nível superior, estabelece que esses cursos deverão atender à carga horária mínima de 2800 horas, integralizando, no mínimo, 3 anos letivos, distribuídas da seguinte forma: - 400 horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; II - 400 horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; III - 1800 horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico cultural; IV - 200 horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. Fases da Prática de Ensino As atividades da Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática III objetivam a inserção do licenciando nos espaços de trabalho onde sua função será exercida - o magistério no Ensino Fundamental - com a finalidade de aproximar os saberes do campo de trabalho. Os estágios supervisionados são constituídos por fases, a serem desenvolvidas pelo estagiário, que representam etapas fundamentais na preparação do licenciando ao exercício do magistério. Fase 1 - Observação PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III A primeira fase compreende observação, e é importante para o estagiário inteirar-se mais diretamente da prática docente, pois, durante esse período, é possível traçar uma leitura crítica e reflexiva entre os dois pontos básicos do estágio: a teoria e a prática. O Estágio Supervisionado O Estágio Supervisionado é um eixo articulador entre teoria e prática. Portanto, a oportunidade em que o professor em formação entre em contato com a realidade profissional com todas as suas implicações, em que irá atuar, para conhecê-la e para desenvolver suas competências e habilidades necessárias à aplicação dos conhecimentos teóricos e metodológicos trabalhados ao longo do curso. No Estágio, é possível a aplicação e a concretização dos conhecimentos teóricos obtidos durante o curso. É a oportunidade para que os professores em formação exercitem os princípios de cidadania e de responsabilidade social; para que todas as atividades pedagógicas sejam desenvolvidas de forma coerente e fundamental sob a supervisão do professor orientador. Fase 2 - Coparticipação A segunda fase compreende a coparticipação, na qual o estagiário deve auxiliar o professor regente sempre que solicitado e naquilo em que estiver apto. Essa é mais uma atividade que possibilita o amadurecimento profissional e a afirmação da vocação ao magistério. Fase 3 – Planejamento de regência Nesta fase, o estagiário deve elaborar um plano de aula, em conjunto com o professor regente e com o professor supervisor de estágio. Esse é um instrumento no qual o aluno- estagiário contempla o conteúdo, dimensiona o tempo, elenca procedimentos e recursos para dar consistência à sua aula-teste. Fase 4 - Regência A quarta fase compreende a regência que será avaliada pelo professor regente e pelo professor supervisor de estágio. Vale destacar que a aula-teste não está limitada a uma aula, com 2 ou 4 horas, e, sim, à possibilidade de exercitar a regência de sala em momentos diversos ou sequenciais, conforme decisão da equipe responsável pelo estágio e pelo acompanhamento do estagiário na unidade escolar. ATENÇÃO! A Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática favorece a descoberta,sendo um processo dinâmico de aprendizagens em diferentes áreas de atuação no campo profissional, dentro de situações reais, onde o acadêmico possa conhecer, compreender e aplicar a união da teoria com a prática. Por ser um elo entre todas as disciplinas do Curso de Matemática, que englobam os núcleos temáticos da formação básica do conhecimento didático-pedagógico, conhecimento sobre a cultura do movimento, tem por finalidade inserir o estagiário na realidade viva do mercado de trabalho, possibilitando consolidar sua profissionalização. Normas para elaboração do relatório do estágio: SISTEMATIZAÇÃO As atividades do Estágio Supervisionado em Matemática devem ser relatadas contemplando os seguintes pontos: PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III descrição com interpretação, discussão e análise de dados; pesquisa bibliográfica; quantidade e qualidade das atividades executadas; participação em desenvolvimento de projetos e planejamento; desenvolvimento de produtos, novas técnicas e pesquisas; normas de segurança e procedimentos ecológicos; equipamento e material utilizado; orientação ou modificação no plano de execução; importância do trabalho no contexto da concedente; experimentos em laboratório (identificar se só acompanhou ou se executou); apreciações e observações. Normas para elaboração do relatório do estágio: DESENVOLVIMENTO É a parte mais extensa do trabalho e visa a comunicar os resultados do Estágio Supervisionado em Matemática. Deve ser subdividido em capítulos, de forma a refletir o Plano de Estágio executado. Desse modo, um roteiro razoável para este item segue os passos: Anotação metódica da rotina de trabalho e da coleta de dados; Exposição do trabalho realizado de maneira descritiva ou agrupada em gráficos e/ou tabelas; Discussão dos dados apresentados no passo anterior. Atenção! Na discussão, o estagiário de Matemática deve: Agrupar os casos sempre que houver repetição; Estabelecer relações entre causa e efeito; Deduzir generalizações e princípios básicos que tenham comprovação nas observações; Esclarecer exceções, modificações, teorias e princípios relativos ao trabalho; Indicar as aplicações teóricas ou práticas dos resultados obtidos; Elaborar uma teoria para explicar as observações e os resultados obtidos; Revisar literatura, referindo-a no texto conforme orientação da ABNT; Discutir as ocorrências como um todo, avaliando causas, procedimentos e resultados e apresentando sua própria opinião. Considerações finais É o resultado de uma análise crítica do Relatório de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Matemática, e de sua validade como auxílio à formação profissional. Relacionar os resultados, interpretá-los e apresentar as conclusões de forma lógica, clara e concisa. Atividades Propostas 1. Os estágios supervisionados são constituídos de quatro fases, a serem desenvolvidas pelo estagiário, que representam etapas fundamentais na preparação do licenciando para o exercício do magistério. Essas fases são: PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III A) Observação; intuição; planejamento de regência; regência. B) Observação; coparticipação; planejamento de regência; regência. C) Observação; coparticipação; intuição; regência. D) Observação; coparticipação; decoreba; regência. E) Observação; decoreba; planejamento de regência; regência. 2. A Resolução CNE/CP 02/2002, de 19 de fevereiro de 2002, que instituiu a duração e a carga horária dos cursos de formação de professores para a Educação Básica, em nível superior, estabelece que esses cursos deverão atender à carga horária mínima de _________ horas: A) 2600. B) 2700. C) 2800. D) 2900. E) 3000. 3. A Resolução CNE/CP 02/2002, de 19 de fevereiro de 2002, que instituiu a duração e a carga horária dos cursos de formação de professores para a Educação Básica, em nível superior, estabelece que esses cursos deverão atender à carga horária mínima de _______ horas de estágio curricular supervisionado. A) 360. B) 380. C) 400. D) 420. E) 440. Resumo do conteúdo Nesta aula, você: Reconheceu que a prática de ensino e Estágio Supervisionado em Matemática favorece a descoberta, sendo um processo dinâmico de aprendizagens em diferentes áreas de atuação no campo profissional, dentro de situações reais de forma que o acadêmico possa conhecer, compreender e aplicar, na realidade escolhida, a união da teoria com a prática; Estabeleceu que quando se trabalha integramente teoria e prática, permitindo que a primeira seja o ponto de reflexão crítica sobre a realidade a fim de poder transformá-la, o estágio constitui um elo, que certamente culminará numa proposta significativa de interferência com vistas à mudança e à busca da qualidade de ensino.
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