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Estudo Dirigido II Parasitologia

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Estudo Dirigido Para Prova
1. Cite três espécies de amebas de habitat intestinal e uma oral.
Quanto as amebas e seus habitats temos: a Lodamoeba bütschlli, E. nana, E. coli, E. hartmanni e E. histolytica, as quais habitam o intestino e Entamoeba gingivalis na cavidade oral.
2. Cite a morfologia das formas parasitárias das amebas.
TROFOZOÍTO: O termo ameba (a-não, sem; meba-forma) indica, não existe o trofozoíta, conformação espacial definida, já que a emissão de pseudópodes determina morfologia relativa ao momento cinético em que a mesma se encontra. Em conseqüência disto, sua medição é realizada na área de maior tamanho intra-citoplasmático, compreendendo ampla faixa que varia entre 10 a 60 um, com média de 20 a 30 um. Após coloração pela Hematoxilina Férrica (H.F) são visualizados: núcleo com cariossoma puntiforme e central, cromatina nuclear fina e distribuída de forma uniforme na membrana nuclear, vacúolos digestivos em casos invasivos contendo hemácias, e algumas vezes nítida diferença entre ectoplasma hialino e endoplasma finamente granular. 
PRÉ-CISTO: Apresenta uma forma mais arredondada e menor que o trofozoíto; o citoplasma não é bem diferenciado em endo e ectoplasma e costuma apresentar corpos cromatoides em forma de bastonetes ( charuto). O núcleo é igual ao do trofozoito.
METACISTO: é uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos.
CISTO: Forma esférica, com membrana de duplo contorno, porém, delgada, internamente. Após coloração pelo Lugol ou H.F. se apresentam na dependência de seu estágio de desenvolvimento com 1 a 4 núcleos, corpos cromatóides em forma de bastão e em alguns casos vacúolos de glicogênio.
3. Disserte sobre o ecossistema infectivo na amebíase.
Passivo oral por ingestão de cistos, veiculados por água, alimentos, ou mesmo por contato oral com mãos contaminadas pelos mesmos.
4. Que prováveis fatores fazem com que uma determinada amostra de E. histolytica, invada o tecido intestinal? Justifique.
Ao lado da virulência da amostra amebiana, a relação E. histolytica com a microbiota correspondente é fundamental para o entendimento de agressão amebiana. A seqüência invasiva intestinal se inicia com lesão lítica enzimática da mucosa , exemplificada pela produção amebiana de hialuronidase, associada a destruição por contato ameba-célula do hospedeiro, o que em seu conjunto propicia formação de pequenas úlceras superficiais e tunelização em gargalo de garrafa, até atingir a submucosa, onde é encontrado farto aporte nutricional, principalmente determinado por sua abundante vascularização que fornece hemácias em grande quantidade para os trofozoítas. Em decorrência qualitativa e quantitativa desta nutrição, os trofozoítas aumentam de tamanho e alguns autores passaram a denominar estas formas de “magnas”. Normalmente, o foco destrutivo por necrose enzimática, o principal substrato anatomopatológico nesta parasitose, progride, lateralmente nos tecidos, determinando drenagem de parte do material necrótico pela tunelização, aumentando o diâmetro da úlcera e facilitando invasões secundárias (bactéria e/ou fungos) por porta de entrada, o que ocorre raramente. Com a evolução do quadro, as úlceras tendem à confluência, formando erosões de maior porte, de contorno irregular. Em nível microscópico, na ausência de infecções secundárias, o infiltrado é escasso tanto em torno dos parasitas quanto das células necróticas. As localizações mais frequentes das lesões são em ceco, apêndice, sigmóide, reto e cólon ascendente em função da menor velocidade de transito nestes locais, porém, em casos graves, todo o segmento intestinal grosso e até íleo terminal podem ser atingidos de forma significativa. Por razões ainda não totalmente elucidadas, raramente ocorre evolução até a serosa com consequente perfuração da mesma, o que explica o pequeno número de casos de peritonite por E. histolytica. 
5. Descreva resumidamente os mecanismos patogênicos de E. histolytica.
A presença de colônias de trofozoítos de E. histolytica no ceco ou no colón indica doença. Esses trofozoítos podem estar presentes por longo período sem desencadear nenhuma manifestação clínica. Entretanto, por razões ainda desconhecidas, esses trofozoítos passam a agredir a mucosa e a submucosa, formando úlceras e outras alterações necróticas. Para que a E. histolytica se estabeleça, há a necessidade de interação da ameba com a microbiota bacteriana local e com produtos elaborados por essas, e deve existir um baixo potencial de oxidorredução. Seu processo invasivo pode demorar até um mês, ou apenas de 24 a 90 horas após a infecção pelos cistos, ou seja, o período é invariável. As ulcerações provocadas por elas são frequentemente encontradas no ceco, no sigmoide e no reto, regiões nas quais o bolo fecal tem um trânsito mais lento. A partir das ulcerações intestinais, as amebas podem alcançar o fígado e formar “abcessos” ou necrose coliquatitiva amebiana. 
6. Quais as patologias que podem ser ocasionadas por amebas de vida livre? Cite exemplos
 Meningoencefalite amebiana primária; Encefalite amebiana granulomatosa; Ceratite por Acanthamoeba; 
7. As amebas comensais podem causar patologias aos humanos? Justifique sua resposta.
Não, porém as amebas comensais que podem ser encontradas no tubo digestivo humano e provocar, inclusive, diagnóstico falso positivo para E. histolytica. 
8. Correlacione os métodos de confirmação diagnóstica com a mais provável fase clínica e consistência fecal na amebíase. 
Em função da grande fragilidade dos trofozoitas de amebídeos, é utilizado como parâmetro de escolha da técnica diagnóstica a consistência fecal, tal como já citado na giardíase.
A. FEZES DIARREICAS (normalmente fase aguda e reagudização): Como as formas mais encontradas são os trofozoítas, a primeira técnica de opção o exame direto, sendo de grande importância que o mais rápido possível este material seja examinado, para não ocorrer degradação dos trofozoitas e posterior lise. Caso esse exame resulte em positivo para amebídeos ( existem outras espécies a nível intestinal), o material é em seguida corado pela hematoxilina férrica (H.F.) para exame pormenorizado da morfologia e dimensões desta forma.
 B. FEZES MOLDADAS (normalmente fase crônica): Neste caso as formas que predominam são as císticas que podem ser submetidas a “estresse” químico, podendo assim serem utilizadas técnicas de concentração como as de Faust e col. e Ritchie.
C. OUTROS MATERIAIS (fase crônica): Podemos ainda utilizar para pesquisa em casos particulares, material aspirado de lesões ulceradas pela retossigmoidoscopia, com posterior coloração pela H.F.
9. Disserte sobre a epidemiologia e profilaxia da amebíase.
 EPIDEMIOLOGIA: A infecção pela E. histolytica é cosmopolita, sendo mais encontrada em regiões de clima tropical e subtropical, onde como em outras parasitasses intestinais, predomina a falta de educação sanitária das populações residentes. O ecossistema parasitário da E. Histolytica é composto pelo hospedeiro humano que elimina os cistos nas fezes, normalmente, moldadas e ainda imaturos, que sofrem processo de divisão nuclear nestes locais, chegando ao estágio tetra nucleado no máximo em dois dias, tendo resistência em condições adequadas de temperatura e umidade, por meses nestes locais, a forma de infecção é passiva oral, por ingestão de cistos, tendo como principais veiculadores a água e alimentos e secundariamente contato oral com mãos, região perianal e outras partes cutâneas contaminadas. Apesar de poder existir transmissão mecânica por moscas e baratas coprófagas, a impôrtancia epidemiológica de tais elementos é baixa. Sua prevalência e gravidade, variam muito, quando são analisadas diferentes regiões, sendo a mortalidade mundial decorrente desta infecção de 40.000 a 110.000 casos por ano. A frequência de localização extra intestinal, também varia geograficamente, tendo no México, Índia e norte da África as mais elevadas taxas das mesmas. Apesar dos dadosdisponíveis em nosso pais serem dispersos e insuficientes, pode-se concluir com os existentes que a região norte apresenta o maior número de casos graves, sendo encontradas elevadas taxas de prevalência geral em Manaus, João Pessoa, Belém e Porto Alegre. No Estado do Rio de Janeiro, raramente ocorrem formas graves, e quando ocorrem, são normalmente casos importados de outros estados. A faixa etária, predominantemente atingida, compreende adolescentes e adultos, sendo comparativamente mais raro o parasitismo infantil. 
PROFILAXIA: baseia-se no controle da transmissão do parasita e inclui medidas de higiene pessoal e educação sanitária. Medidas como essas visam, basicamente, evitar a ingestão de água e de alimentos contaminados com os cistos do protozoário, bem como diminuir os riscos de contaminação do meio-ambiente. A lavagem das mãos após a evacuação e antes de alimentar-se e a manutenção das unhas curtas e limpas constituem as medidas de higiene pessoais mais destacáveis.A educação sanitária e o saneamento ambiental são os outros fatores para a profilaxia e o controle da amebíase. O acesso universal à educação facilita a compreensão da necessidade de tratamento da água para consumo e do destino adequado para as fezes humanas. Recomenda-se à população sem acesso à água tratada, a fervura ou filtragem da água a ser consumida ou utilizada na lavagem de vegetais crus. Destacam-se também a necessidade de excluir o uso das fezes humanas como adubo e o controle das moscas e baratas a fim de evitar o transporte de cistos para a água e alimentos. Outras medidas como o tratamento das redes de esgotos e das instalações sanitárias, bem como a identificação e o tratamento precoce dos indivíduos sintomáticos e assintomáticos infectados pela amebíase são também necessárias para a prevenção dessa parasitose.
10. Cite as espécies de plasmódios parasitas do homem, assinalando as encontradas em nosso país.
Os parasitos responsáveis pela Malária são pertencentes ao filo Apicomplexa, subordem Haemosporina e família Plasmodiidae. No Brasil são encontradas quatro espécies responsáveis pela transmissão da patologia: Plasmodium vivax; P. falciparum; P. malariae; P. ovale.
11. Disserte sobre o ecossistema infectivo da malária para o homem. 
Hospedeiro vertebrado (HOMEM): Reprodução assexuada- O vetor da doença ao realizar a hematofagia, o mesmo libera no organismo humano a forma parasitária denominada esporozoíto. O esporozoíto ao hepatócito (células encontradas no fígado) é transformado em trofozoíto, em que o acumulo dos trofozoítos dará a iniciação do esquizonte tecidual. O excesso de trofozoíto será liberado na corrente sanguínea, os mesmos se transformaram em merozoíto. Os merozoítos são altamente afins com os eritrócitos. Mediante a divisão constante dos merozoítos, haverá o rompimento dos eritrócitos, provocando ao individuo parasitado o quadro febril. Após constantes divisões alguns merozoítos se transformam em gametócitos (micro e macrogametócito).
12. Disserte sobre a patogenia na malária humana. 
O período de inoculação da doença irá variar de acordo com a espécie responsável pela transmissão da mesma. A malária é uma doença sistêmica, em que vários órgãos podem ser atingidos, isolada ou conjuntamente, ocorrendo desde casos benignos e crônicos até formas agudas e fatais. A evolução da doença depende de diversos fatores: espécie e cepa do plasmódio, constituição genética e imunologia do paciente. As formas fatais ocorrem em pacientes adultos ou jovens, não residentes em áreas malarígeneas. A patogenia da doença reside em dois pontos fundamentais: anóxia decorrente da anemia( destruição das hemácias) e processos imunológicos. Febre, anemia e acesso malárico são os sintomas patognômicos da malária. A febre tem como causa os pigmentos maláricos ( substâncias pirogênicas). Os sintomas grave da doença predispõem para o diagnóstico de vários tipos de malária: malária cerebral; anemia grave; insuficiência renal; edema pulmonar agudo e hemoglobinúria. Os órgãos afetados pela malária apresentam grandes alterações, os principais órgãos afetados são: o SFM, baço; fígado; medula óssea; cérebro e rins.
13. Cite os métodos de confirmação diagnóstica da malária humana.
 Fase Aguda: Pesquisa de parasitas em sangue periférico; esfregaço sanguíneo e Gota espessa (sangue periférico deve ser coletado durante, ou até 30 minutos após o acesso malárico, pois haverá maior número de parasitas no sangue periférico neste período); pesquisa de Ac; Ensaio Imunoenzimático (ELISA); Reação de Imunofluorescencia Indireta (RIFI); Pesquisa de ADN parasitário; reação em cadeia da polimerase (PCR).
 Fase Crônica: Pesquisa do parasita; punção de medula óssea e posterior coloração do material em lâmina; pesquisa de Ac e Ag ;ensaio Imunoenzimático (ELISA); Reação de Imunofluorescencia Indireta (RIFI); pesquisa de ADN parasitário; Reação em cadeia da polimerase (PCR).
14. Disserte sobre a epidemiologia e a profilaxia da malária humana. 
EPIDEMIOLOGIA: Pode ser encontrada em ordem de frequência na África, Asia, América do Sul, América central. e Europa Oriental. No Brasil temos como regiões endêmicas, a região norte (Amazônia legal), região centro-oeste (Mato-Grosso e Goiás). Na região sul e Sudeste existem casos isolados. O principal mecanismo de infecção é o passivo cutâneo, a forma infectante para o homem são os esporozoítas. A transmissão também pode se dar mais raramente por transfusão sanguínea e transplacentária. Podemos considerar como única fonte de infecção o próprio homem, exceto para o P. malariae, que pode ter como reservatórios não humanos os símios. Assim, os gametóforos (pessoas que possuem gametócitos em seu sangue circulante) são os que têm importância epidemiológica, uma vez que são a fonte de infecção para os mosquitos (gênero Anopheles) disseminarem a protozoose. Para que exista a malária numa região, são necessários três elos fundamentais: o gametóforo (parasita), o mosquito transmissor , e o homem suscetível.
PROFILAXIA: As medidas usuais de controle da malária podem ser de cunho individual ou coletivo (regional) Os níveis de controle da malária podem ser divididos em dois níveis: Individual - Visa proteger o indivíduo das as investidas dos insetos, ou, pelo uso de quimioprofiláticos, impedir o aparecimento das manifestações clínicas. Para proteger o indivíduo, usa-se repelentes, dormir com mosquiteiros ou telar janelas. Coletivo - É o método recomendado pela OMS, podendo ser realizado de duas formas distintas: controle e erradicação. O controle visa reduzir a incidência da doença em certas áreas ou minorar seus efeitos clínicos, desenvolvendo-se em áreas prioritárias e por tempo indeterminado (isto é, enquanto necessário).A erradicação visa extinguir a doença, eliminar os reservatórios (gametóforos) e impedir que ela recomece depois de erradicada, desenvolvendo-se as atividades dentro dos prazos determinados. Para que a erradicação obtenha sucesso é necessário, portanto, o conhecimento dos seguintes pontos: detalhes epidemiológicos da malária naquela região; escolha das operações de erradicação e possibilidade de avaliação posterior dos resultados. As medidas de erradicação devem ser muito bem estudadas, pois, em geral, por atingir ou cobrir grandes áreas, o custo é enorme, envolvendo grande quantidade de pessoal, viaturas, habitantes e podem variar de região para região na dependência do transmissor (ores) e hábitos da população entre outras. As fases necessárias para instalação dessas medidas são: Preparatória- planejamento, aquisição de verbas, levantamento epidemiológico e treinamento de pessoal; Ataque- execução das medidas escolhidas, tais como, aplicação de inseticida em todas as casas e medicação da população com cloroquina ou amodiaquina; Consolidação- faz-se o controle rigoroso da região, avaliando-se o número de insetos e os doentes porventura existentes; Vigilância ou manutenção- suspensão de todas as medidas, mantendo-se alerta para o caso de reintrodução de doentes. Avaliam-se osresultados mantendo se o esquema de vigilância por três anos.
15. Como deve ser feito plano de controle da malária em nosso país?
Desde o ano de 1993 o Brasil implantou o modelo assistencialista que visa \ prevenção da mortalidade e aliviar as perdas sociais e econômicas produzidas pela doença, através do fortalecimento dos níveis regionais e locais de atenção à saúde. A concretização desses objetivos parte dos pressupostos da agilidade a assistência prestada ao individuo malárico, bem como a agilidade do diagnóstico.
16. Descreva o ecossistema infectivo da esquistossomose, citando os seus possíveis hospedeiros definitivos e intermediários. 
O S. mansoni, em sua fase adulta é encontrado como parasita na luz dos vasos sanguíneos preferencialmente as vênulas do plexo hemorroidário (plexo mesentérico) e as ramificações mais finas das veias mesentéricas, particularmente, a mesentérica do hospedeiro definitivo (HOMEM) onde a fêmea faz sua oviposição, tendo seus ovos em consequência, transporem o tecido intestinal. Na fase inicial, tais ovos se apresentam embrionados, que após evoluírem em quatro estágios embrionários, evoluindo finalmente para a formação de larva conhecida como miracidio. Depois de romperem a mucosa intestinal, facilitados pelo movimento intestinal, associado a própria reação inflamatória, os ovos são eliminados com as fezes e caso consigam chegar viáveis em coleção hídrica de água doce, libertam o miracídio, que se locomove por movimento ciliar, suprido por reserva de glicogênio que possibilita sua vitalidade no máximo por 24 a 48 horas, na tentativa de encontrar seus hospedeiros intermediários específicos, que são algumas espécies de moluscos do gênero Biomphalaria. Penetrando nos tecidos do hospedeiro intermediário, os miracídios transformam-se em esporocistos primários que, por poliembrionia, geram esporocistos-filhos (secundários) que migram principalmente para as glândulas digestivas do caramujo, gerando uma ou mais gerações de esporocistos, que finalmente produzem em seu interior cercarias. Pode ocorrer a partir de cada miracídio a formação de até 200.000 cercarias, que são liberadas paulatinamente em pequenos grupos por longo período de tempo, muitas vezes por toda vida do molusco, esta emergência geralmente se dá por estímulos relacionados ao aumento da temperatura da água e luminosidade, o que coincide com as horas do dia onde ocorre maior atividade humana em contato com a água. Voltando ao meio líquido, as cercárias que abandonaram o hospedeiro invertebrado ficam nadando na água, quase sempre em direção à superfície, enquanto não tem oportunidade de entrar em contato com a pele do hospedeiro vertebrado através da qual penetram ativamente. Após penetração ativa cutânea, ou mais raramente por ingestão acidental de água contendo cercarias, que neste caso penetra na mucosa do sistema digestivo, a cercária se transforma em esquistossômulos no tegumento do local de entrada, se transformando em forma parasitária conhecida como esquistossômulo. As que não são destruídas localmente, buscam a circulação geral e consequentemente, chegam ao coração, circulação pulmonar e, em seguida, ao sistema porta intra-hepático, onde alcançam a maturidade e se diferenciam sexualmente. As fêmeas se alojam permanentemente no canal ginecóforo do macho, onde ficam contato com o líquido espermático liberado no local, gerando casais em cópula durante toda suas vidas. Instintivamente, os casais migram para as vênulas da parede intestinal, contra a corrente sanguínea até alcançarem no homem as veias mesentéricas, onde iniciam a ovipostura, podendo viver a longos períodos, já sendo descrido sua vida por 20 anos, completando assim seu ciclo vital. 
17. Disserte sobre a patogenia da esquistossomose na: 
2.1 Fase aguda: podem ser encontradas alterações em vários tecidos, que variam em sua intensidade em função do número de formas e das reações orgânicas às mesmas. No local de penetração das cercarias, pode surgir exantema, prurido e outras manifestações locais da dermatite cercariana. Porém, por serem as mesmas comuns a várias afecções, não podem servir como forma diagnóstica clínica desta infecção. Após alguns dias depois da penetração, as formas em esquistossômulo caem na circulação e passam para os pulmões, se localizam posteriormente no sistema porta hepático. Durante a etapa de migração pela circulação, os parasitas podem desencadear uma reação pulmonar, que pode determinar um espectro de manifestações clínicas que variam desde tosse produtiva, dificuldade respiratória tolerável e febre, até insuficiência respiratória aguda que pode levar à morte, quadro este em decorrência da carga parasitária migrante e/ou hipersensibilidade aos Ag parasitários. Além das manifestações clínicas já descritas, poderemos encontrar sinais e sintomas gerais, representados por febre, mal estar, exantemas e hepato e esplenomegalia, a que alguns denominam de fase toxêmica.
2.2 Fase crônica: inicia-se a partir do sexto mês de infecção. A forma crônica apresenta outras formas: Esquistossomose intestinal - os sintomas mais comuns incluem dor abdominal crônica ou intermitente, perda do apetite, diarreia, fezes sanguinolentas, ulcerações crônicas que podem levar a anemia por deficiência de ferro secundária; Hepatoesplênica - principais causas de morbidade e mortalidade incluem a formação de ascite, varizes esofágicas, circulação colateral e hemorragias; Hepatoesplenomegalia - anemia, leucopenia, plaquetopenia, infantilismo, hemorragias digestivas, edemas, derrame cavitário (ascite). 
18. Como é feita a confirmação diagnóstica da esquistossomose?
MÉTODOS COPROPARASITALÓGICOS: Dos 200 a 300 ovos eliminados por dia, somente 20 a 30% deles conseguem chegar à luz intestinal e consequentemente, 70 a 80% restantes, ficam retidos nos diferentes tecidos do hospedeiro definitivo. Em consequência disto, o número de ovos que chegam às fezes é muito pequeno dificultando o coprodiagnóstico. Portanto, são solicitadas de 3 a 5 amostras diferentes de fezes. Os mais sensíveis métodos diagnósticos são: método de Lutz ( Hoffmann, Pons e Janer ), que tem como fundamento a sedimentação espontânea e o método de Kato, que se constitui numa tamisação em malha ultra-fina, seguida de clarificação pelo verde-malaquita glicerina.
BIÓPSIA RETAL: Trata-se da retirada de fragmentos de tecido retal, que potencialmente podem conter ovos ou fragmentos de adultos de S. mansoni. Esta técnica é indicada para a pesquisa de ovos e mais raramente de fragmentos de adultos deste parasita. Atualmente, raramente se utiliza rotineiramente esta técnica, porém a mesma pode determinar associação entre o estágio evolutivo/condições em que se encontra a doença, possibilitando avaliação do controle de cura.
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS: Imunofluorescência, ELISA e intradermorreação. Estes métodos normalmente são utilizados em pesquisas epidemiológicas, pois indicam quando positivos, infecção atual ou prévia pelo S. mansoni.
19. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia e profilaxia da esquistossomose. 
EPIDEMIOLOGIA: Em suas diversas formas as esquistossomoses foram assinaladas em mais de 70 países de três continentes: América, África e Ásia, onde algumas centenas de milhões de indivíduos estão expostas ao risco de infecção. O número máximo provável de casos tem sido estimado, pela OMS, em cerca de 200 milhões. Atualmente, a área de distribuição desta endemia, abrange muitos estados do Brasil e da Venezuela, além de territórios em Suriname, Porto Rico, República Dominicana e algumas das Pequenas Antilhas. No Brasil sua prevalência foi estimada entre seis a oito milhões de infectados, antes das campanhas nos últimos anos. Ainda que sua incidencia venha se reduzindo, em todos os estados a esquistossomose continua expandindo-se geograficamente, em função da extensão das zonas agrícolas e das áreas irrigadas, sem que melhorem por isso as condições de vida dos trabalhadores rurais. Os estados do nordeste e Minas Gerais se constituemnas principais áreas endêmicas do nosso país. Em vista da migração das populações das zonas endêmicas, a presença de pacientes portadores da parasitose é observada em quase todos os estados brasileiros independentemente da existência de focos de transmissão, constituindo assim, ponto de partida para a formação de novos focos estáveis ou para a ocorrência de transmissão ocasional, em certas localidades. O homem é o principal reservatório do S. mansoni. Em uma determinada localidade o número de pessoas que têm alta carga parasitária e eliminam grande quantidade de ovos em suas fezes, são a reduzida minoria. A maioria elimina pequeno número de ovos diariamente mantém a transmissão local. Nas áreas endêmicas, a população infantil e de adultos jovens, é a responsável pela eliminação do maior número de ovos. A carga parasitária pode se modificar com o passar dos anos para determinado indivíduo, podendo indicar uma mudança de hábitos, pela qual os adultos expõem-se agora menos ao contato infectante, nos locais de transmissão; ao lado de um aumento da resistência, pelo desenvolvimento de imunidade, que é conhecida como imunidade concomitante. Provavelmente, ambos os fatores contribuem para o mesmo fim, porém, por análise dos dados disponíveis, esta proteção parcial é o principal fator de relevância, para que estes sejam os principais responsáveis pela manutenção da esquistossomose mansônica num foco endêmico. Os membros dos grupos etários entre 5 e 25 anos são, também os que formam a maior parcela da população de uma comunidade, nos países com áreas endêmicas. Considerados, em números absolutos, esses grupos contêm a esmagadora maioria das fontes de infecção local. A transmissão da esquistossomose mansônica depende estritamente dos contatos humanos com as coleções de águas superficiais, onde existam os moluscos vetores do gênero Biomphalaria, principalmente nos locais onde não há abastecimento de água domiciliar ou outras fontes adequadas de água potável, ficando a população na dependência desses contatos para suas atividades cotidianas. Embora seja doença, habitualmente rural, em alguns locais ocorrem casos autóctones urbanos da mesma Parasitose. Os focos de esquistossomose desenvolvem-se de preferência no peri-domicilio ou nos locais de trabalho onde se encontram os eliminadores de ovos e inexistem as medidas de saneamento capazes de impedir a contaminação fecal do ambiente, onde se destacam as lavouras de irrigação. Como em outras doenças infecciosas, a densidade populacional, é outro fator de relevância na dispersão parasitária.
PROFILAXIA: Como na maioria das infecções parasitárias, a educação sanitária no sentido de uma destinação adequada das fezes (rede de esgoto com drenagem para local de tratamento, fossas sépticas ou similares), feita na população e em especial na infantil, seria a principal medida de controle. O diagnóstico populacional e consequente tratamento dos infectados, associado a medidas que diminuam o número de moluscos transmissores (substâncias químicas, alterações dos cursos hídricos, competidores e predadores), são medidas de importância, quando analisada sua viabilidade à nível local. Medidas individuais como o uso de botas por trabalhadores rurais em contato com águas possivelmente com cercarias e outras, podem ter impacto na diminuição da transmissão.
20. O uso em massa de moluscicidas é um método que deve ser usado na profilaxia desta parasitose? Justifique. 
 O uso de moluscicidas é uma problemática em virtude da alta toxicidade, contaminação do meio ambiente e a resistência dos caramujos (Biomphalaria glabrata) transmissores da esquistossomose. A aplicação de moluscicidas, causa um verdadeiro desastre ecológico. A sua aplicabilidade é justificada quando em pequenos focos ou como medida estratégica para baixar temporariamente a transmissão em campanhas profiláticas.
21. Descreva o ecossistema infectivo da fasciolíase, citando os seus possíveis hospedeiros definitivos e intermediários.
A F. hepatica, desenvolve sua fase adulta como parasita no interior da vesícula e nos canais biliares mais calibrosos, os quais se dilatam e sofrem hipertrofia de suas paredes, dos hospedeiros definitivos representados pelos principalmente por ovinos e bovinos. Ocasionalmente o ciclo pode ocorrer no homem, que representaria um hospedeiro definitivo acidental. Após o adulto ter efetuado sua oviposição, os ovos são carreados com a bile até luz intestinal e posteriormente com as fezes para o meio exterior.
22. Disserte sobre a patogenia da fasciolíase na:
2.1 Fase aguda: A travessia da parede intestinal pelas metacercárias determina edema, reação inflamatória aguda e até hemorragias causadas pela ruptura dos vasos. A penetração das formas parasitárias no fígado produz destruição tecidual, tanto de natureza traumática quanto tóxica. Os parasitas escavam túneis no parênquima hepático, gerando hemorragia e infiltrado leucocitário, além de degeneração dos hepatócitos. O parasito nutre-se de sangue e hepatócitos, sendo que o grau de comprometimento hepático no período agudo depende do carga parasitária, sua grande motilidade e seu rápido crescimento. Assim, a fase aguda caracteriza-se por reações imunológicas e tóxicas. A tríade sintomática bastante característica desta parasitose compreende a hepatomegalia dolorosa, febre e considerável eosinofilia (de 80 a 90%), que podem vir acompanhados por dores abdominais e diarréia, bem como por uma leucocitose de até 35.000 células por mm3.
2.2 Fase crônica : As lesões típicas do processo crônico ocorrem quando os parasitas alcançam as vias biliares e as alterações são de natureza inflamatória e obstrutiva biliar. A parede dos condutos biliares, além de hiperplasia epitelial, pode apresentar ulcerações ou completa destruição do epitélio, com a submucosa espessada e infiltrada de elementos inflamatórios. O tamanho do fígado pode ser normal ou apresentar moderada hepatomegalia, com alteração da cor devido à colestase. A fase crônica é caracterizada por um período de latência e, quando ocorrem, as manifestações clínicas são muito menos precisas do que na fase aguda. Dentre os sintomas, os mais frequentes são dor abdominal, geralmente localizada no hipocôndrio direito e no epigástrio, intolerância às gorduras e frituras, sensação de peso pós-prandial e de flatlência epigástrica, distensão abdominal, náuseas, vômitos e diarréia. Possivelmente, a obstrução, a irritação e espessamento fibroso da árvore biliar, junto com a infecção secundária bacteriana, podem determinar uma cirrose biliar. Em casos raros, o parasito pode ser encontrado em localizações ectópicas, como: pulmões, brônquios, peritônio, músculos, cérebro e tecido cutâneo (mais frequente). 
23. Como é feita a confirmação diagnóstica da fasciolíase? 
 MÉTODOS COPROPARASITALÓGICOS: Indicado apenas na fase crônica, uma vez que na fase aguda não há eliminação de ovos nas fezes. O mais sensível método diagnóstico é o Método de Lutz, que tem como fundamento a sedimentação espontânea. O consumo de fígado bovino ou ovino pode propiciar o encontro de ovos do trematóide nas fezes, ocasionando um resultado falso positivo. Deve-se neste caso, excluir o fígado da alimentação do paciente por vários dias, para obter-se um diagnóstico correto.
SONDAGEM DUODENAL: Trata-se da obtenção de uma quantidade de bile para pesquisa de ovos. Esta técnica é recomendada como complementação do exame da amostra fecal. 
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS: Pesquisa de Ac principalmente por Imunofluorescência indireta e hemaglutinação. 
24. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia e profilaxia da fasciolíase.
EPIDEMIOLOGIA: A fasciolose é uma zoonose de caráter cosmopolita, muito frequente no gado e outros herbívoros, determinando grandes prejuízos econômicos à pecuária de vários países. Esta distribuição mundial mostra que as condições ambientais necessárias são encontradas por quase toda parte, tanto em climas tropicais como em climas temperados. O ecossistema da Fasciola hepatica é constituídobasicamente pela interação dos campos de criação de gado ovino e bovino, principalmente, com as coleções de águas superficiais, aí existentes, onde se criam os moluscos hospedeiros intermediários (em torno de 20 espécies do gênero Lymnaea). Outros animais geralmente menos infectados são as cabras, os cavalos, a lebre e o coelho. A criação extensiva de ovinos e bovinos em pastos e áreas úmidas e alagadiças; longevidade dos ovos nos pastos durante os meses frios; presença de Lymnaea nesses pastos; longevidade da metacercária (até um ano) na vegetação aquática; presença do parasito nos animais; presença de roedores e outros reservatórios nessas regiões, disseminando o parasito pelas áreas alagadiças, ainda indenes de F. hepatica; plantação de agrião em regiões parasitadas; hábito de pessoas comerem agrião ou beberem água proveniente de córregos ou minas em regiões onde o parasito é encontrado em animais domésticos ou silvestres são fatores imprescindíveis para o diagnóstico e transmissibilidade da parasitose.
PROFILAXIA: Baseia-se na abstenção de consumo pelo homem do agrião que cresce de modo silvestre, e, portanto todo agrião consumido deve provir de hortas cercadas e irrigadas, impedindo desse modo a contaminação das valas com fezes de gado. Nas zonas endêmicas a água de beber deve estar protegida contra contaminação fecal ou ser previamente fervida. O controle da infecção animal, importante pelo caráter zoonótico e pelos prejuízos que acarreta à pecuária, encontra sérias dificuldades devido à falta de medicamentos eficientes para o tratamento do gado bovino e ovino. Além disso, medidas que diminuam o número de moluscos transmissores (substâncias químicas, alterações dos cursos hídricos, competidores e predadores), são de grande de importância quando analisadas suas viabilidades a nível local, uma vez que normalmente são de difícil execução e/ou de custo elevado.
25. Porque o agrião é o principal veículo para o homem de F. hepatica? 
Porque ele cresce no ambiente silvestre, o qual pode ser irrigado com água contaminada de zonas e/ou locais em que essa helmintose animal apresentar prevalência alta. No mais se espera que o agrião seja produzido em locais adequados com irrigação hídrica tratada.
26. Descreva o ciclo, patologia e profilaxia da babesiose.
Ciclo: Carrapato (hospedeiro invertebrado): durante a hematofagia os gametócitos são ingeridos. No trato gastrointestinal do hospedeiro invertebrado, o microgameta fecunda o macrogameta, possibilitando assim a formação do zigoto (móvel), o que possui a capacidade de capaz de migrar da corrente circulatória, se desenvolvendo em oocineto. No carrapato (fêmea) penetrar nos ovários e oócitos formados. Durante o desenvolvimento dos oocitos, os quais originarão novos carrapatos, o parasita desenvolve-se em células que darão origem às glândulas salivares. As ninfas quando nascem já estão infectadas. A partir do oocineto origina-se os esporozoítos, que são liberados no hospedeiro vertebrado juntamente com a saliva no momento da hematofagia.
Hospedeiros vertebrados: Os esporozoítos adentram na corrente sanguínea, penetrando nas hemácias de modo a favorecer a sua multiplicação. Lembrando que os esporozoitos instalam-se na cavidade interna das hemácias, garantindo assim o processo de multiplicação. Durante seu desenvolvimento, a hemácia se distende e rompe, liberando merozoítos. A partir do momento que esses merozoítos são capazes também de penetrar na hemácia, se desenvolverem e a lisarem sem a necessidade de voltarem ao hospedeiro invertebrado, cria-se um círculo constante. Porém alguns merozoítos podem se desenvolver em gametócitos (masculinos e femininos) dentro da hemácia e que possivelmente serão ingeridos pelo carrapato.
Patologia: É uma doença febril aguda, caracterizada por mialgias, fadiga, anemia hemolítica, icterícia e hemoglobinúria. O quadro clínico se assemelha ao da malária. Patogenia nos bovinos está ligada à espécie (B. bovis é mais patogênica que a B. bigemina), cepa, taxa de inoculação, idade, estresse e raça.
Profilaxia: Nas áreas com altas taxas da doença é importante que por meio da profilaxia natural, os bezerros devem serem expostos à infestação pelo carrapato para que se tornem imunes. Mediante a necessidade a profilaxia é feita através da imunização de animais sensíveis, passíveis de adoecer, os quais se apresentam nas seguintes situações: animais de região de instabilidade enzoótica; animais de áreas livres de carrapatos transportados para área proliferativa de carrapatos; Animais expostos à superinfestação por carrapatos, situação de redução temporária da infestação por carrapatos.
27.Ciclo biológico da Amebíase 
O ciclo biológico é monoxênico (necessita apenas de um hospedeiro). E, portanto são muito simples. No hospedeiro aparecem os quatro estágios evolutivos: trofozoíto, pré-cisto, cisto e metacisto. Ao serem ingeridos, os cistos oriundos de fezes contaminadas de um portador. Quando chegam ao estômago os cistos resistem ao suco gástrico e, após chegarem a porção final do intestino delgado, de cada cisto tetranucleado emergem quatro amebas pequenas, com um só núcleo, na denominada fase metacistica (final do cisto). Essas formas saem do cisto por uma pequena fenda na parede cística. Em seguida sofrem divisão binária, gerando oito trofozoitos metacisticos, os quais se dirigem para o intestino grosso, especialmente para o ceco e o reto-sigmóide, onde se colonizam aderidos a mucosa desses órgãos. A reprodução desses trofozoitos é sempre por divisão binária. Vivem como comensais, alimentando-se de detritos e bactérias componentes da flora intestinal. Alguns trofozoitos se desprendem da mucosa e, na luz do intestino, especialmente no cólon, expulsam seus vacúolos digestivos, sofrem desidratação e se transformam em pré-cistos. Esses são ovais ou arrendodados e, no citoplasma, já podem ser encontrados corpos cromatoides em forma de bastonetes ou charuto (pontas arrendodadas). Em seguida, reduzem de tamanho e secretam uma parede cística, que envolve o cisto, neste momento ainda uninucleado. Esse núcleo único sofre duas divisões, dando origem a quatro núcleos; é quando temos o cisto maduro, eliminado pelas fezes formadas (raramente é visto é vezes diarreicas).
28. Ciclo biológico da Fasciolíase
Os ovos são eliminados pelo acetábulo, com a bile caem no intestino, de onde são eliminados com as fezes. No meio externo, há maturação da larva miracídeo. Mas o miracídeo só sai do ovo quando este ovo entra em contato com a água e é estimulado pela luz solar. O miracídeo nada livremente e encontra o carumujo. Se não encontrar, morre em poucas horas (sua vida média é de 6 h.). Se penetrar no molusco, cada miracídeo forma um esporocisto, pelas células germinativas. Os esporocistos dão origem a várias rédias, que podem originar rédeas de segunda geração ou cercárias. Ao contrário da cercária do esquistosoma, sua cauda é única (no esquistosoma é bifurcada).Logo que a cercária sai do caramujo, perde a cauda, encista-se pela secreção das gls. cistogênicas, encontrando substrato em plantas aquáticas, como o agrião, e vai para o fundo da água na forma de metacercária (cercária encistada). O homem (ou animal) infecta-se ao comer essas verduras ou beber água contaminada com metacercárias. As metacercárias desencistam-se no intestino delgado, perfurando a mucosa intestinal, caindo na cavidade peritoneal. Pelo peritôneo vão para o fígado e mais raramente para os pulmões. Mais tarde alcançam a 
vesícula biliar, onde atingem a maturidade, eliminando ovos e fechando o ciclo. 
28. Ciclo biológico da Malária
Hospedeiro vertebrado (HOMEM): Reprodução assexuada- O vetor da doença ao realizar a hematofagia, o mesmo libera no organismo humano a forma parasitária denominada esporozoíto. O esporozoíto ao hepatócito (células encontradas no fígado) é transformado em trofozoíto, em que o acumulo dos trofozoítos dará a iniciação do esquizonte tecidual. O excesso de trofozoíto será liberado na corrente sanguínea, os mesmos se transformaram em merozoíto.Os merozoítos são altamente afins com os eritrócitos. Mediante a divisão constante dos merozoítos, haverá o rompimento dos eritrócitos, provocando ao individuo parasitado o quadro febril. Após constantes divisões alguns merozoítos se transformam em gametócitos (micro e macrogametócito). No hospedeiro invertebrado, cuja reprodução ocorre por módulo sexuada. Após constantes divisões alguns merozoítos se transformam em gametócitos (micro e macrogametócito)... Quanto o vetor ( fêmea) necessitam de sangue para o desenvolvimento e amadurecimento dos seus óvulos, a mesma realizará a hematofagia no indivíduo infectado com a parasitose, alimentando-se das hemácias parasitárias, das quais os únicos que sobreviverão serão os gametas. Tal ação favorecerá o processo denominado de exflagelação: um microgameta dará origem a mais 8 células, para que o mesmo possa encontrar a macrogameta, para que seja iniciar o processo de reprodução. Quando o microgameta encontra a macrogameta forma-se o zigoto. Em seguida o zigoto formará o oocineto ( move-se sozinho), até penetrar nas células intestinais. Esse processo acontece na membrana peritrófica, o oocineto se movimenta com facilidade, em que rompe a parede da membrana, atingindo células intestinais. Ao atingir as células intestinais os oocinetos dividem até a formação dos oocistos. Em média, 1 oocisto formará 1.000 esporozoíto. Ao forma-se os esporozoítos, os mesmo migram para as glândulas salivares do vetor, a esperar da realização da hematofagia, em que os esporozoítos serão inoculados no hospedeiro vertebrado, de modo a finalizar e iniciar novamente o ciclo.

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