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1 Disciplina: Arte na Educação Inclusiva Autores: Esp. Paola Zenini Kern Alves Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2017 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Paola Zenini Kern Alves Arte na Educação Inclusiva 1ª Edição 2017 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA ALVES, Paola Zanini Kern. Arte na Educação Inclusiva / Paola Zanini Kern Alves – Curitiba, 2017. 42 p. Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt. Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. Material didático da disciplina de Arte na Educação Inclusiva – Faculdade São Braz (FSB), 2017. ISBN: 978-85-94439-22-2 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da Disciplina Sabe-se que através da arte pode-se desenvolver diversas áreas do conhecimento, como a percepção visual, auditiva, expressão corporal, imaginação, etc, desenvolvendo assim a criatividade, essencial para o estudante com algum tipo de deficiência. Assim, é de suma importância o contato do educando com deficiência com a arte, pois ele estará desenvolvendo o seu potencial e expressando as suas emoções, sensações e percepções, assim, a disciplina se organizará em quatro módulos temáticos. No primeiro módulo será explicitado sobre o papel da arte na Educação Especial, que vem estimular o educando com deficiência a ser um sujeito histórico, social, cultural e simbólico, pois ele responderá dentro de suas habilidades e possibilidades através da criatividade. No segundo módulo serão abordadas as práticas de ensino e o papel do professor no ensino da Arte, que será o de estimulador da criatividade, da curiosidade, do desafiador, ajudando o educando no seu desenvolvimento artístico de expressão e criatividade. No terceiro módulo, abordar-se-á como é a arte na perspectiva da inclusão, em que estando o educando incluso, a arte vem em encontro no despertar da construção da personalidade do educando com deficiência, através de uma forma visual e criativa, respeitando as diferenças de cada um. E no quarto módulo será visto como a arteterapia e a pessoa com deficiência ajudará no processo de ensino aprendizagem, pois ela estimulará a conivência, a troca de experiência e o relacionamento com o próximo, ou seja, se encontrará com o seu EU através de atividades utilizando as artes plásticas. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 6 AULA 1 – O Papel da Arte na Educação Especial Apresentação da Aula 01 A primeira aula da disciplina de Arte na Educação Inclusiva visa compreender sobre a importância da arte no desenvolvimento cognitivo da pessoa com deficiência. 1. Arte na Educação Especial De acordo com as Diretrizes Curriculares de Arte “a arte chegou ao Brasil quando foi proporcionada por D. João VI, ao trazer a Missão Francesa em 1816” (PARANÁ, 2009, p. 38). Assim, a arte está presente desde o início da história da humanidade através das paredes pintadas nas cavernas, aonde era a única forma de registro do homem naquela época. Fonte: http://teatrekaddish.org/index.php/qui-som/historic-d-obres A arte foi e é utilizada para despertar a criação e a expressão, e na Educação Especial precisa-se despertar nos educandos esse sentimento. As pessoas com deficiência infelizmente possuem poucas oportunidades de fontes de prazer, de valores em suas vidas, e a arte possibilita essa integração de desenvolvimento da criatividade, flexibilidade, sensibilidade e conhecimento; esse é o papel da Arte na Educação Especial. 7 Importante A arte trabalha juntamente com o artesanato ou no desenvolvimento gráfico, tendo em vista a escrita na sua dimensão motora, voltados para trabalhar a autoestima e a socialização. Correia, Nunes (2006, p. 61) coloca o papel da arte para educandos especiais: Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados, desenvolvendo competências com o manuseio de ferramentas, materiais, técnicas a organização e produção artística, bem como as relações pessoais e interpessoais na criação artística; Criar uma relação de autoconfiança com a construção artística pessoal, respeitando a própria produção e a dos outros; Compreender e saber identificar a arte como fato histórico, contextualizando a nas diversas culturas; Observar as relações entre as pessoas e a realidade, com interesse e curiosidade, dialogando, indagando, discutindo, argumentando e lendo a obra de modo inteligível e sensível. Assim, a arte trabalhará as percepções, a criatividade e a cultura, que são fundamentais para o processo ensino aprendizagem dos educandos especiais. Costa (2000), fala sobre a importância de trabalhar arte com educandos com deficiência, para ele promove a motivação e a criatividade, pontos fundamentais para desenvolver sujeitos sensíveis e prontos para descobrir suas habilidades e talentos. A arte contribui, segundo ele, para a formação da personalidade do sujeito, pois estimula sua inteligência, sentimentos, desejos, fantasias e ansiedades. 8 A arte passa a ser um dos canais para o desenvolvimento de potenciais, de meios de comunicação mais eficazes para desenvolver o pensamento artístico e a percepção estética no indivíduo. Assim, o principal objetivo da arte na Educação Especial é o desenvolvimento do potencial de cada educando através da criatividade, da percepção e do domínio motor, dentro dos limites estabelecidos individualmente. Fonte: Elaborado pelo Autor (2017). Essa representação da vida vem deencontro ao lúdico, com a participação espontânea, pelo prazer da descoberta. A arte não passa por competição, arte é prazer, por isso é importante trabalhar com o educando com deficiência, pois a arte é o prazer da surpresa que se iguala as diferenças. Segundo Ferraz e Fuzari (1993, p.16) a importância da arte na formação de crianças, jovens e adultos, na educação geral e escolar, está ligada à: “função indispensável que a arte ocupa na vida das pessoas e na sociedade desde os primórdios da civilização, o que o torna um dos fatores essenciais da humanização”. Contudo, na faixa etária dos 0 aos 6 anos, perceber, sentir, fantasiar, imaginar e representar é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois é nesta fase em que as percepções, atenção e memória estão em desenvolvimento. É através da pintura, do teatro, da música e da escultura que o educando irá ter um processo ensino aprendizagem de maneira prazerosa. A arte na Educação Especial também é utilizada para fins terapêuticos, oferecendo-lhe condições de criar e transformar o espaço com que está inserido através da socialização, a integração como um todo. Para Tibola (2001, p.9), a arte nas escolas especializadas vêm mostrando talentos imensuráveis. Nas simples aulas de artes talentos estão sendo encontrados e os resultados foram surpreendentes. Arte Representação da Vida 9 Fonte: Acervo do Autor (2017) 1.1 O Papel da Arte na Educação Especial A arte na Educação Especial como no Ensino Regular, se constitui em diversas linguagens, como música, dança, teatro e artes visuais, nas quais o educando pode perceber a si mesmo e expressar e comunicar suas sensações, sentimentos e pensamentos. Dessa forma, a arte é realizada num processo educativo, possibilitando que os educandos busquem margens para as suas criações, expondo diferentes maneiras de representar o mundo que os rodeia. Essas formas de expressões contribuem com o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, afetivo e estético do educando e também contribui para o desenvolvimento do desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo particular de dar sentido as experiências das pessoas, por meio da arte o educando amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. A maneira de trabalhar a arte é de fundamental importância no processo de ensino aprendizagem, pois envolve o produzir, o apreciar e o refletir, possibilitando que o educando se torne o produtor, o fruidor e conhecedor. Como envolve questões de estética, as práticas trabalhadas precisam estar voltadas para o aprimoramento da sensibilidade, ainda mais quando se trata da Educação Especial, sem ameaçar a autoestima, propiciando a ampliação de possibilidades do educando de criar, de se expressar, de se comunicar, de brincar e de apropriar-se de diferentes linguagens e saberes que circulam na sociedade. (PARECER CNE/CEB 20/2009) A arte também desenvolve as chamadas múltiplas inteligências, pois trabalha com elementos intuitivos, sensoriais e percepção espacial. Segundo 10 Reily (2010) a arte contribui para a Educação Especial como na área da pintura, desenho, modelagem, etc. além da arte possibilitar o desenvolvimento cognitivo, motor e social do educando com deficiência. Na escola a arte sensibiliza os educandos, interagindo o conhecimento escolar com a vivência e permitindo novos conhecimento. Formamos o ser criativo através de um processo cultural e de vida. Para que os educandos sejam conhecedores da arte e de todo o campo que abrange, é preciso estar em contato de forma significativa. Um ensino que leva em conta a aprendizagem parte do princípio de que todos os alunos podem aprender e alguns podem necessitar algumas adaptações curriculares, fruto da existência infinita de perfis de aprendizagem, permite condições para exercerem plenamente sua cidadania. As áreas que a arte trabalha na Educação Inclusiva são a música, dança, artes visuais e teatro. •Recurso composto por ritmos, sons e conteúdos capazes de despertar e propiciar a expressão de sentimentos e estimular a atividade intelectual. MÚSICA •Expressão natural que permite ao educando ser ele mesmo, sentimento de ideias próprias, estabelecendo relações de confiança, companheirismo e sinceridade. DANÇA •Desperta o prazer, a alegria em aprender, a conviver, especialmente levando o educando a sentir-se liberdade para criar, expressar-se e compartilhar seus sentimentos. ARTES VISUAIS •Permite ao educando a construção do conhecimento, o relacionamento com o outro e a interpretação do meio social buscando equilíbrio nas diversas formas de linguagens. TEATRO 11 Importante No Brasil a arte na Educação Especial teve como referência as ideias da educadora russa Helena Antipoff e do movimento escolinha de arte, que postulavam a inclusão, no ensino de arte, de pessoas com necessidade educacionais especiais. Vygotsky (2001) cita que o imaginário e os significados contribuem para a construção da interação social do indivíduo. Para ele, a arte está atrelada a esse processo como interação sociocultural. Assim, não há construção de conhecimento sem a presença de signos, símbolos e culturas e o professor é o mediador desse processo de aquisição do conhecimento. Atualmente, encontra-se pessoas com deficiência envolvidas em atividades artísticas, como: cinema, teatro, música, dança, etc. É mais do que uma inclusão social é inseri-la no cotidiano de cidadania, num conhecimento mútuo de representatividade social. Para Vygotsky, a arte é mediadora sócio- histórica através de representações da realidade utilizando-se pelos símbolos que ela dispõe. A construção do conhecimento está na relação e mediação feita por outros sujeitos e objetos. Segundo ele, é através da criatividade que o ser humano se manifesta para criar algo novo a partir do que já existe, em uma ação constante de construção. Para Helena Antipoff, as atividades deveriam ser realizadas de forma que liberasse a criança através do desenho, da pintura. Quanto mais estudava, cada vez mais interessada ficava em perceber a criança no seu aspecto global, a criança e a relação professor/aluno, a observação do comportamento delas, o estímulo e os meios para que elas pudessem, através das atividades, terem um comportamento mais criativo, mais harmonioso. É na arte da Educação Especial que ocorre o aprendizado do respeito às diferenças, para que o educando possa possuir autonomia quando lhe é proposto novos conhecimentos para o exercício da cidadania. Por tanto, a arte estimula o desenvolvimento da linguagem com algo que quer dizer algo. 12 A aprendizagem de arte na educação inclusiva não deve considerar a constituição de um grupo homogêneo, em que todos aprendem ao mesmo tempo e da mesma maneira, mas sim considerar a heterogeneidade, respeitando e considerando as diferenças. Neste sentido, os materiais adaptados desempenham o papel fundamental de ampliar as oportunidades de aprendizagem para as pessoas com deficiência. Importante A arte inclusiva, como artesanato, pinturas, desenhos, peças teatrais e fantoches é utilizada para promover a socialização dos alunos com deficiência intelectual, auditiva e visual em Campo Grande. Veja a reportagem Alunos portadores de deficiência usam da arte inclusiva como meio para socialização. Disponível em: http://www.primeiranoticia.ufms.br/noticias/alunos-com- deficiencia-usam-da-arte-inclusiva-um-meio-de/659/ Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Nesta obra, a musicista Viviane Louro, o ator SergioZanck e o pedagogo Alessandro Arten escreveram este livro com um cunho totalmente didático, onde propõe atividades pedagógicas de músicas e teatro para serem feitas no contexto da educação inclusiva, com pessoas sem e com deficiência. 13 Resumo da Aula 01 Nesta aula foi visto como a arte na Educação Especial se torna importante quando trabalhada como um todo despertando sensações e criatividade. Viver no mundo em que se está inserido é um desafio e sentir através da arte é uma maneira prazerosa de enfrentar este desafio. Atividade de Aprendizagem Segundo Haward Gardner: “todos os indivíduos tem um potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”. Discorra sobre como despertar a criatividade no educando com deficiência intelectual. Aula 2 – As Práticas de Ensino e o Papel do Professor no Ensino da Arte A aula buscará fazer compreender sobre as práticas de ensino do professor da arte na sala aula para auxiliar no cognitivo da criatividade da pessoa com deficiência. 2 A Arte na Escola A escola é um espaço que serve para auxiliar os educandos no acesso ao conhecimento e desenvolvimento de competências, de maneira que o conhecimento histórico exerça a sua cidadania (BRASIL, 2004). É na escola que o indivíduo começa a aprender a conviver no coletivo, desenvolvendo sua consciência e sua cidadania de direitos. Exercer a cidadania é conhecer direitos e deveres no exercício da convivência coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais, participar do debate permanente sobre causas coletivas e manifestar-se com 14 autonomia e liberdade respeitando seus pares (BRASIL, 2004, p.10). Por isso, a escola preciso ser organizada para garantir uma ação pedagógica de qualidade e atingir bons resultados no processo de ensino aprendizagem de cada educando. No ensino da Arte o professor irá trabalhar com o educando especial atividades que os preparam para o convívio social, onde o corpo irá se movimentar, as mãos e os olhos irão adquirir habilidades e os ouvidos e as palavras irão aprimorarem-se. Aprender a arte com sentido e prazer fica mais fácil para o educando compreender daquilo que é ensinado. Sejam quais forem as limitações do aluno, adaptar currículos, facilitar tarefas e diminuir o alcance dos objetivos educacionais concorrem para que rebaixemos o nível de nossas expectativas com relação à potencialidade desse enfrentar uma tarefa mais complexa (STOBANS e MOSQUERA, 2006, p.35). Fonte: http://www.pandorgaautismo.org/cursos/autismo-e-inclusao-escolar--adaptacao- curricular Conforme Bandeiras (1998, p. 718) “a arte é uma fada que transmuta. E transfigura o mau destino. Prova. Olha. Toca. Cheira. Escuta. Cada sentimento é divino”. Assim a pessoa com deficiência pode buscar na arte suas habilidades, capacidades, desejos, sentimentos e ideias. Amaro (2006, p.77) afirma: “Se oferecermos oportunidades para pessoas com deficiência desenvolver sua singularidade, ela poderá ter a sua expressão no humano-genérico não estereotipado e limitado”. Para desenvolver então um bom trabalho de arte o professor precisa descobrir os interesses, linguagens, modos de conhecimentos, ou seja, conhecer a realidade de seu educando. 15 De acordo com Stobaüs e Mosquera (2006, p.71), o professor deve seguir o plano de aula em quatro etapas: 1- Escolher os principais conceitos ou ideias a serem ensinados em cada aula ou unidade. Esses conceitos devem ser iguais para todos os alunos; 2- Desenvolver uma variedade de estratégias das quais possam apresentar esses conceitos ou informações a classe; 3- Proporcionar aos alunos uma oportunidade para refletir ou praticar novas informações; 4- Determinar qual o método através do qual as aprendizagens serão avaliadas e como a evolução será anotada no processo do aluno. Contudo, todos os alunos podem aprender, uns com apoio e outros sem, respeitando e permitindo as adaptações necessárias valorizando a capacidade das potencialidades de todos os educandos. Isso porque a arte estimula o desenvolvimento da linguagem. E o professor tem como função de desafiar o seu educando oportunizando com a maior diversificação de materiais e o crescimento do mesmo. Quando se cria situações desafiadoras sempre com o uso de materiais e suportes sempre novos com a utilização também de várias linguagens artísticas, o professor, está ajudando para o desenvolvimento artístico de expressão e criatividade de seu educando. Segundo os PCNs: O professor é propiciador de um clima de trabalho em que a curiosidade, o constante desafio perceptivo, a qualidade lúdica e alegria estejam juntos com a paciência do processo de criação artística (BRASIL, 1997, p.111). Arte é um meio do indivíduo retomar ao coletivo. Por isso, deve considerar ao educando especial enquanto sujeito histórico, social, cultural e simbólico, pois ele aprende quando o professor propõe situações que promovam o desenvolvimento de suas habilidades e possibilidades. Contudo, o professor deve compreender as necessidades específicas de cada educando, onde cada educando tem sua singularidade. 16 A arte na educação especial vem para auxiliar os educandos a se expressarem livremente, criarem significados para darem sentidos ao cotidiano, através de atividades prazerosas, expressivas e funcional. A arte se mostra importante tanto no currículo como na vida, pois resgata e trabalha no afloramento e qualificação da sensibilidade no ser humano, sendo assim uma condutora da humanização do mesmo, e isso pode ser constante principalmente no viés da educação inclusiva (RUTZ, 2010, p. 8). É através do desenho e de exercícios de expressão corporal que o professor irá conseguir identificar as maiores dificuldades enfrentadas pelos educandos para que assim possa ajudá-los. Em um local onde a diversidade está presente a arte faz a sua atuação, pois a cultura, a vivência de cada educando contribuirá para a criatividade, a expressão de sentimentos e as características da personalidade de cada um. Fonte: Acervo do Autor (2017) Nesse sentido, o encaminhamento metodológico na disciplina de Artes se dá em três momentos, valendo tanto para o aluno da Educação Especial quanto para o aluno do Ensino Regular. O que está se falando nesse momento é de adaptação nos encaminhamentos e criatividade do professor de realizar as intervenções pedagógicas necessárias para atingir todos os seus alunos, que se dá em três momentos: 1 TEORIZAR: Possibilita aos alunos que perceba e aproprie a obra artística de forma que o educando se aproprie de conceitos artísticos. 17 2 SENTIR E PERCEBER: São os momentos de apreciação, de fruição, leitura e acesso a obra de arte. 3 TRABALHO ARTÍSTICO: É a prática artística, o exercício com a obra de arte. Fonte: Elaborado pelo Autor (2017) A metodologia de trabalho com a arte com alunos especiais compreende nos jogos, na relação com o lúdico e o conhecimento, admitindo que a emoção, o movimento, a imitação, a percepção e a interação com os objetos e os outros sujeitos não estão isentos dos processos cognitivos como diz Vygotsky. Assim, o professor deve prever que não estará formando artistas, mas despertando a valorização da arte pela arte por meio de experimentações, manipulações, improvisações e criações. Ví deo Assista ao vídeo Educação Especial – MEC, o qual explica como ocorre a inclusão de alunos com necessidades especiais na escolas regulares. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA A escola possui papel fundamental ao possibilitar a ampliação das oportunidades de interação das práticas artísticas, tornando-as mais significativas quando associadas ao lúdico e as suas práticas pedagógicas. Segundo Ferraz: Para desenvolver um bom trabalho de Arte, o professor precisa descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de conhecimentos de arte e prática de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relação com a própria região, com o Brasil e com o mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho de educação escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão de informações na área artística. O professor pode organizar um mapeamento cultural da área em que atua bem como das demais, próximas e distantes. É nessa relação com o mundo os estudantes desenvolvem as suas experiências de cada um dos assuntos abordados no programa de arte, quanto com as áreas das linguagens desenvolvidas pelo professor. (FERRAZ, 1992, p.71) 18 Contudo, o ensino da Arte deve ser utilizado como instrumento de resgate, contribuindo para o fortalecimento da identidade, da inclusão social, visando à formação e construção da cidadania democrática. Saiba Mais Os conteúdos a serem trabalhados é “o saber objetivo produzido historicamente” (Saviani, 1991, p.15). Assim, segue abaixo a proposta dos conteúdos para o ensino da Arte segundo as Diretrizes Curriculares da SEED/PR- 2008- adaptado pela autora para Educação Especial. Música: altura, duração, timbre, intensidade, densidade, melodia, letras, rimas, harmonia, gêneros musicais, técnicas musicais; Artes visuais: ponto, linha, superfícies, textura, volume, luz, cor, pintura, gravura, escultura, fotografia, retrato, natureza morta, paisagens; Teatro: personagens, ação, espaço cênico, jogos teatrais, jogo dramático, improvisação, imitação, manipulação de bonecos, comédia, monólogo, textos teatrais; Dança: movimento corporal, tempo, espaço, salto e queda, apoio, rotação deslocamento, técnicas de improvisação, coreografia, sonoplastia, gêneros de danças; Nas Artes Visuais, o professor deve oferecer a discussão sobre obras artísticas realizando a leitura destas obras, mediando sempre as discussões, indagando, descrevendo, questionando para que os alunos percebam os principais pontos das obras apresentadas. É importante desenvolver algumas experiências por meio da criação e formas simples, para que no início evidenciem o valor formal das expressões plásticas. As atividades poderão ser preparadas com materiais da natureza, da própria escola, de revistas, livros, através de painéis coletivos, atividades individuais, etc. Na Dança, proporcionar momentos que os educandos revelem seus momentos de lazer e descontração a partir de criação de relação lúdicas de aproximação. Partindo do gosto musical de cada um, iniciar com a construção 19 histórica bibliográfica da música brasileira de ritmos. É fundamental que se trabalhe a distinção entre as danças de cunho religioso, danças folclóricas e danças clássicas. Procurar reconhecer os tipos diferentes de danças ao longo da história. É importante que as aulas sejam expositivas e possam ser acompanhadas de vídeos, DVDs, fotos, etc. Observação de gestos, roupas, as mudanças que sofreram com o tempo são de fundamental ser trabalhado nesse processo. Fonte: Acervo do Autor (2017) Na música, ao conhecer o mundo musical, é importante que o professor amplie as experiências musicais de seus educandos para expor diversos estilos musicais e ter acesso a um amplo repertório de estilos musicais, seja de etnias, épocas, etc. No teatro, para que o educando possa entender e associar a expressão artística sem uma sociedade, o ponto de partida será de assistir peças teatrais, assistir filmes e novelas, para que percebam como a mesma foi produzida e como ela é composta. Ví deo Assista ao vídeo e pense sobre as mudanças que a Arte ganha uma nova configuração onde a legislação nos fala sobre a inclusão da dança, do teatro e da música no currículo básico da Arte através do vídeo Artes no currículo da Educação Básica. 20 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BjSnn1WqcrQ Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Neste livro, Teoria e Prática no ensino de arte (2010), o autor se preocupa em relacionar quem lê, a linguagem da arte e o seu ensino. O texto é acolhedor e traz ideias potenciais para o ensino contemporâneo da arte. Resumo Aula 02 Na aula foi visto que a forma de se trabalhar a arte é peculiar de cada professor. O que realmente importa é como o professor vai trabalhar o seu conteúdo em sala de aula para atingir os seus educandos de maneira que facilite seu aprendizado sem prejudicar esse ou aquele educando. O papel de mediador do conhecimento nesse momento é o principal para o professor de Arte, pois ele será o adaptador do conhecimento para seus educandos. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a flexibilidade do currículo do ensino da Arte que também serve para a Educação Especial e fale sobre formas de realizar as intervenções pedagógicas necessárias para atingir todos os alunos em uma aula de Artes Visuais. Aula 3 - A Arte na Perspectiva da Inclusão 21 A aula visa reflexão sobre a importância da Arte na Inclusão da pessoa com deficiência. 3 Inclusão Hoje o incluir vem tentar harmonizar a sociedade e valorizar as diferenças existentes dentro dela, buscando a igualdade de oportunidades e direitos. Os educandos com deficiências ocupam seus lugares na escola e o mais importante é que deve-se entender que incluir não é invadir o espaço do outro, é respeitá- los. Fonte: http://www.ufal.edu.br/estudante/noticias/2016/7/inscricoes-do-programa- incluir-foram-prorrogadas-ate-o-dia-29/@@images/image A inclusão deve ser vista através de um projeto coletivo, onde a escola tem que repensar sua prática a partir de relações de comunicações envolvendo os educadores, a família e a comunidade (ou, em outras palavras, governo e sociedade civil). Uma prática calcada numa filosofia que confere a todos igualdade de valor e que respeite as diferenças individuais. Vocabula rio Inclusão, segundo Aulete Digital, é a ação ou resultado de incluir, integrar um elemento a sua vida. “Ato de integração plena de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os tipos de atividades” Disponível em: http://www.aulete.com.br/inclus%C3%A3o 22 3.1 Fases da Inclusão Para entender melhor como se deu à integração da pessoa com deficiência nas escolas, será explicitado um pouco as fases da história da educação inclusiva. A primeira, que corresponde ao período anterior ao século 20, pode ser chamada de fase da exclusão, na qual a maioria das pessoas com deficiência e outras condições era tida como indigna de educação escolar. A segunda fase, chamada de segregação, já no século 20, começou com o atendimento às pessoas deficientes dentro de grandes instituições que, entre outras coisas, propiciavam classes de alfabetização. A partir da década de 50 e mais fortemente nos anos 60, com a eclosão do movimento dos pais de crianças a quem era negado ingresso em escolas comuns, surgiram às escolas especiais e, mais tarde, as classes especiais dentro de escolas comuns. O sistema educacional ficou com dois subsistemas funcionando paralelamente e sem ligação uma com a outra: a educação comum e a educação especial. A terceira fase, localizada na década de 70, constituiu a fase da integração,embora a bandeira da integração já tivesse sido defendida a partir do final dos anos 60. Nessa nova fase, houve uma mudança filosófica em direção à ideia de educação integrada, ou seja, escolas comuns aceitando crianças ou adolescentes deficientes nas classes comuns ou, pelo menos, em ambientes o menos restritivo possível. Só que se considerava integrados apenas aqueles estudantes com deficiências que conseguissem adaptar-se à classe comum como essa se apresentava, portanto, sem modificações no sistema. A educação integrada ou integradora exigia a adaptação dos educandos ao sistema escolar, excluindo aqueles que não conseguiam adaptar-se ou acompanhar os demais educandos. As leis sempre tinham o cuidado de ressaltar a condição "preferencialmente na rede regular de ensino", o que deixava em aberto a possibilidade de manter crianças e adolescentes com deficiência nas escolas especiais. Finalmente, a quarta fase, a de inclusão, surgiu na segunda metade da década de 80, incrementou-se nos anos 90 e vai adentrar o século 21. A ideia 23 fundamental dessa fase é a de adaptar o sistema escolar às necessidades dos educandos. A inclusão propõe um único sistema educacional de qualidade para todos, com ou sem deficiência e com ou sem outros tipos de condição atípica. A inclusão se baseia em princípios, tais como: a aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como um obstáculo, a valorização da diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas, o direito de pertencer e não de ficar de fora, o igual valor das minorias em comparação com a maioria. A educação inclusiva depende não só da capacidade do sistema escolar (diretor, professores, pais e outros) em buscar soluções para o desafio da presença de tão diferentes alunos nas classes, como também do desejo de fazer de tudo para que nenhum aluno seja novamente excluído com base em alguma necessidade educacional muito especial. Saiba Mais Outra concepção é feita através da corrente histórica, onde se teve quatro fases, antiguidade, idade média, idade moderna e idade contemporânea. 1. Antiguidade (Etapa do extermínio) – A pessoa diferente, com limitações e necessidades diferenciadas, era exterminada, abandonada. A parte do extermínio não representava um problema ético nem moral. 2. Idade Média (Etapa da Filantropia) – Com o advento do Cristianismo e fortalecimento da Igreja Católica as pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente afetadas, não podiam mais ser exterminadas, passaram a ser consideradas “criaturas de Deus” e abrigadas em igrejas, conventos e asilos. 3. Idade Moderna (Etapa Científica) – Importância do conhecimento científico, avanço da medicina (deficiência com enfoque patológico). As pessoas eram abrigadas em hospícios e instituições para cuidados físicos apenas. 4. Idade Contemporânea (Etapa da Integração e Inclusão) – Século XVII: Noção de normal e normalidade, pessoa limitada, com potencialidades, percebe-se possibilidades de aprendizagem, mas não no ensino regular. Ambientes de convívio menos restritivos. Anos 60/70: proposta de um novo modelo de convivência social, trabalha fora do contexto social, e depois de “pronto” integra-o na sociedade. A sociedade não se modifica. Anos 90: Etapa 24 da Inclusão, Respeito à diversidade humana, mudança na estrutura da sociedade e da escola, que deve considerar as necessidades de todos os alunos, se estruturando em função delas. Revolução de valores e atitudes. O movimento dessa inclusão se constitui em uma postura ativa de identificação das barreiras que alguns grupos encontram no acesso à educação e também na busca dos recursos necessários para ultrapassá-las, consolidando um novo paradigma educacional para a construção de uma escola aberta às diferenças. Dessa forma, a inclusão, promove a necessária transformação da escola e das alternativas pedagógicas com vistas ao desenvolvimento de uma educação para todos nas escolas regulares. Fundamentalmente, deve-se considerar a inclusão dentro de um contexto de direitos humanos, o que requer uma nova visão da deficiência e da forma de visualização das políticas públicas, pois a educação inclusiva é uma questão de direitos humanos e implica a definição de políticas públicas, traduzidas nas ações institucionalmente planejadas, implementadas e avaliadas. A concepção que orienta as principais opiniões acerca da educação inclusiva é de que, a escola é um dos espaços de ação e de transformação que conjuga a ideia de políticas educacionais e políticas sociais amplas que garantam os direitos da população. Assim, a implantação de propostas com vistas à construção de uma educação inclusiva requer mudanças nos processos de gestão, na formação de professores, nas metodologias educacionais, com ações compartilhadas e práticas colaborativas que respondam às necessidades de todos os educandos. Na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte à escola, mas que ela se transforme de forma a possibilitar a inserção daquela. Todas as crianças têm direito à uma educação de qualidade, onde suas necessidades individuais possam ser atendidas, para isso é necessário um ambiente enriquecedor e estimulante, que vise o desenvolvimento cognitivo, emocional e social de cada um. Porém, a inclusão não deve ser entendida como interesse para os educandos com necessidades educativas especiais, mas igualmente para os educandos regulares e seus professores. Assim, pode-se dizer que os estudos referidos apontam que a inserção escolar dessas pessoas no ensino regular poderá contribuir significativamente 25 para estimulá-las a se comportarem ativamente diante dos desafios do meio. Para os especialistas quanto mais cedo houver a inclusão nas escolas de crianças com algum tipo de necessidades educativas especiais, mais cedo é possível acabar com visões preconceituosas e limitadoras. Maria Teresa Mantoan (2003), Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped) da Unicamp, diz que a inclusão é uma inovação educacional relacionada a uma escola aberta às diferenças. Todos são diferentes. O que iguala é a diversidade. A inclusão não significa apenas colocar os educandos com necessidades educativas especiais na escola regular. É preciso atender às inovações educacionais, desconstruir uma prática de exclusão e construir uma inclusiva. Colocar em prática as teorias educacionais modernas que se tem hoje. A inclusão nasceu para mostrar que as pessoas são ímpares, singulares. Sendo assim, as escolas não podem homogeneizar os alunos em séries, em provas, em grupos pela sua distinção de raça, cor e classe social. O sucesso da inclusão de educandos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses educandos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. O que acontece muitas vezes é a falta de informação ou omissão dos pais, de educadores e do poder público, assim, milhares de crianças ainda vivem escondidas em casa ou isoladas em instituições especializadas - situação que priva as crianças com algum tipo de deficiência de conviver com a diversidade. Mesmo assim, a inclusão cresce a cada ano e, com ela, o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. Na escola inclusiva, os educandos aprendem a conviver com a diferença e se tornam cidadãos solitários. A escola sendo um lugar onde prepara seres conscientes da realidade, torna-se imprescindível que tenha como objetivo buscar um olhar diferente para superar a incapacidadede sentir e compreender a diversidade existente, por exemplo, trabalhar a inclusão. Ela, como já foi explicado, deve ser vista como um projeto coletivo, portanto torna-se necessário não somente esclarecer as crianças sobre as necessidades especiais, mas pensar em inclusão como algo que passasse pela vivência de situações que pudessem transcender a 26 informação, independentemente se essa proposta está ou não englobado no Regimento da escola, pois a verdadeira inclusão escolar está na maneira como você encara a vida. Assim, o papel do professor na escola inclusiva é de facilitar a busca de conhecimentos, é ele quem organiza as mais diferentes situações de aprendizagens. Por isso, a escola deve adequar-se a esses educandos, assim como o currículo básico também, ele deve sair do tradicional, deve assumir uma educação transformadora. Na Arte, o professor procura sempre adequar o educando, buscando sempre atender as suas necessidades. É na Arte que a criança começa o seu desenvolvimento motor e psicológico, conhecendo e compreendendo o que está ao seu redor. É através da Arte na Educação Especial que consegue-se um contato mais próximo com o educando e pode-se compreender um pouco mais suas angústias, desejos, medos e vontades. A primeira APAE, no Rio de Janeiro em 1954, desenvolvia um trabalho em Artes, como dança, artes plásticas e cênicas. Em 1970, o papel das Artes estava enfocado para atividades psicopedagógicas, em 1980, os alunos que possuíam habilidades artísticas se sobressaíram e ficaram conhecidos, realizando em 1995, o 1º festival nossa arte. Em 2000, as aulas de artes eram realizadas juntamente com os atendimentos terapêuticos de terapias ocupacionais, estimulando suas habilidades, potencialidades para o convívio social. Vygotsky explica que a imaginação está vinculada à realidade e com o significado do mesmo. Logo, pelos desenhos, o educando com deficiência já interpretará o mundo, mostrando de seu jeito, interpretando a realidade. Pois é pela verbalização que os mesmos darão os significados aos desenhos. Contudo, a capacidade imaginativa se amplia pela experiência aprendida em sala de aula. Conhecimento como uma associação entre a imaginação, criatividade, desenho e aprendizagem. Segundo Vygotsky (1997) a imaginação é a base de toda criação artística desde a infância, por meio de técnicas plásticas e com seus sentimentos. A arte possibilita o despertar da construção da personalidade do educando, através de uma forma visual e criativa, respeitando as diferenças individuais: 27 Os portadores de deficiência precisam ser considerados, a partir de suas potencialidades de aprendizagem. Sob esse aspecto entende-se que a escola não deva tentar consertar o defeito do aluno, mas trabalhar suas potencialidades, com vistas ao seu desenvolvimento. (CARNEIRO, 1997:33) Nesta linha de Vygotsky, a arte passa a ser interdisciplinar e inclusiva, pois não há limites na criação e expressão. No Brasil teve dois nomes que iniciaram a arte na Educação Especial: Noemia Araujo Varella e Helena Antipoff. Segundo Mendes (2010, p.29): Oferecer novas oportunidades a pessoas em situação de vulnerabilidade, foi a motivação que me levou a idealizar, em 19 de dezembro de 1991, a criação de uma escola de artes plásticas. Foi a data da minha primeira aparição em público como artista plástico. Mendes foi tetraplégico aos 18 anos e encontrou na arte o caminho para um novo sentido da sua vida, superando as suas limitações. A arte é vista então, como transformadora de potencialidades que se revelam com o andamento da sua própria prática no dia a dia. É através da criatividade que experimentamos múltiplas experiências através da autonomia que refletirá na sua autoestima. A arte busca também a construção da intenção dos saberes, instigando o educando com deficiência a olhar, a sentir, a falar, a tocar e a pensar dentro de uma coletividade. Falar em arte na inclusão e falar na capacidade de conseguir mover os valores do imaginar, do perceber e do criar. Para isso, utiliza-se de diversas linguagens, como: desenho, gravura, pintura, etc, pautada na sensibilidade em que a vivência tem de significados. De acordo com Iavelberg (2003:12), o professor de arte precisa ser um estudante fascinado por arte para que ele possa ter entusiasmo de transmitir vontade de aprender. Ele deve ser mediador de oportunidades, possibilitando crescimento e compreensão no mundo de signos e significados. Esse desenvolvimento contribuirá para a formação de um indivíduo crítico e participativo em sua própria história cultural. Importante 28 COMO FAZER UMA ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA O CURRÍCULO DE ARTES Elementos curriculares modalidades adaptativas Objetivos Eliminação de objetivos básicos; Introdução de objetivos específicos, complementares e/ou alternativos. Conteúdos Introdução de conteúdos específicos, complementares ou alternativos; Eliminação de conteúdos básicos do currículo. Metodologia e Organização didática Introdução de métodos e procedimentos complementares e/ou alternativos de ensino e aprendizagem; Organização a Introdução de recursos específicos de acesso ao currículo. Avaliação Introdução de critérios específicos de avalia; Eliminação de critérios gerais de avaliação; Adaptações de critérios regulares de avaliação; Modificação dos critérios de promoção. Fonte: Manjûn, op. cit., 1995, p. 89 Fazer parte de um grupo, ser acolhido, ser reconhecido como parte integrante. Isso gera afetividade e valoriza a intencionalidade da procura de um saber. Assim, a escola planeja corretamente seus objetivos educacionais, preocupando-se com o “tipo” de aluno que tem, qual o ritmo de aprendizagem dele, qual a metodologia a ser utilizada para que esse aluno com deficiência permaneça no ambiente de harmonia e acolhedor, tornando-se assim uma escola inclusiva. Para o educando com deficiência, a prática da cidadania nas aulas de Arte é de suma importância para que ele se perceba como parte inclusiva dessa sociedade. O ressignificar as formas de ensino aprendizagem é o caminho para a aprendizagem e as possibilidades de desenvolvimento desses estudantes. 29 Braun (2002) comenta que quando as estruturas escolares conseguem se organizar de forma a atender à diversidade com ensino e propostas diferenciadas e tempo respeitados, ela estará pronta para ser uma escola inclusiva. Lembrando que para atingir esses obstáculos, ela precisa estruturar a Proposta Pedagógica, o currículo e o sistema de avaliação. Amplie Seus Estudos Projeto dá acesso à arte para pessoas cegas ou com baixa visão. “Nós podemos ser a mudança que nós queremos”. Acesse o link e veja o que os professores realizaram na vida destas crianças cegas e com baixa visão. Disponível em: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/08/projeto-da- acesso-arte-para-pessoas-cegas-ou-com-baixa-visao- assista.html. Ví deo Assista agora a um projeto que faz da arte a integração da pessoa com deficiência com a sociedade, no qual a arte tem o papel e o poder de recuperar a autoestima e sensação de pertencimento a um grupo: Inclusão social de pessoas com deficiência por meio da arte. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_ZH- 1H9QPmw Resumo Aula 03 Na aula, conheceu-se um pouco sobre a história da inclusão e sobre os educandos inclusos no ensino regular, suas barreiras, suas necessidades. Como incluir os alunos na disciplina de Artes como responsabilidade. Também foi visto como o professor e sua metodologia podem ajudar na inclusão como umtodo. 30 Atividade de Aprendizagem Destaco um trecho da Declaração de Salamanca (Brasil, 1994) em que se evidencia que a preocupação da escola deve focar todas as diferenças, e não apenas aquelas oriundas de deficiências: “As escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, linguísticas ou outras.” Discorra sobre o trecho. AULA 4 – A Arteterapia e a Pessoa com Deficiência Na aula quatros será discorrido sobre o que é e como se trabalhar com a arteterapia com educando com deficiências. 4. Conceitos Iniciais Como já estudado anteriormente, o exercício da cidadania é fundamentado como elemento no processo educativo. E a criatividade é o desenvolvimento das relações e das descobertas pessoais. Importante Há quatro conceitos importantes de saber a definição: Arte: do latim ars; arts, de agere, agir, movimento. Arte é uma produção única, original. Terapia: transformação, cura. Criatividade: do francês couer, coração. Arteterapia: A ação de transformar, curar com o coração, através da Arte. Mas, “o que é a arteterapia?” É uma área do conhecimento da pintura, do desenho livre, da expressão corporal, seja pela dança, pela música, pela arte de interpretar, que promovem a integração do SER através do cognitivo e o afetivo (Arcuri, 2006). 31 Arcuri (2006), fala que a arte faz com que cada sujeito desenvolva sua própria capacidade de perceber as relações humanas. Ao rabiscar, desenhar, pintar, recortar e colar o educando conseguirá expressar, comunicar e atribuir sentidos e sensações, sentimentos, pensamentos e realidades. Na arteterapia, o processo criativo pode ser utilizado no suporte e solução de todos os tipos de dificuldades, como as de ordens psicomotora, cognitiva, de comunicação, relações sociais e conflitos emocionais. Saiba Mais Arteterapia ou terapia com arte? A arteterapia é uma modalidade terapêutica. Utiliza os diferentes fazeres expressivos – dança, música, teatro, literatura – aliados as artes plásticas, como possibilidade de expressão, de comunicação e de resgate do potencial criativo. As modalidades expressivas mais utilizadas na arteterapia são: A pintura, com tinta guache por exemplo, manifesta estados de tensão e relaxamento (aspecto afetivo), ajuda no movimento da soltura e de controle. O desenho, livre ou dirigido, ajuda na concentração, coordenação viso- motora. A colagem e recorte ajuda na organização de estruturas de pensamento e de organização tempo e espaço. Os materiais tridimensionais possibilitam uma experiência de dar forma a sentimentos, além de desenvolver a imaginação e o construir. A argila e a sucata afloram sentimentos de construir algo, de criador e criatura, ajudando no sensorial e trabalhando com o toque das mãos. A tecelagem ajuda na coordenação viso-motora, disciplina e ritmo. A escultura ajuda na criatividade exercitando o desapego. O tabuleiro de areia ajuda na criação de cenas e cenários, estimula a criatividade. 32 O fantoche e o teatro exercem ação lúdica e são instrumentos na construção da aprendizagem, eleva a autoestima, resolução de conflitos e estruturação de ideias e pensamentos. A arteterapia enquanto fazer, não pode ser vista somente no sentido de executar. Ela é um tal fazer que, enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de fazer. Ela vem de encontro com uma educação inclusiva pautada na valorização das competências da expressão, no equilíbrio entre emoção e razão. Sugestões de Atividades na Arteterapia para Educandos com Deficiência Dificuldades na Leitura e Escrita Trabalhar alfabeto móvel, fazer construção de frases, montar quebra- cabeça, diferentes jogos pedagógicos, utilizar argila. Desenvolvimento Socioafetivo Trabalhar com jogo simbólico e de cooperação, utilizar recursos artísticos, pintura coletiva, fantoches, esculturas. Desenvolvimento da Linguagem Trabalhar com dramatização, contação de história, músicas, jogos, pinturas, modelagem, colagem, brincadeiras livres. A arte em forma de atividade criativa e integradora da personalidade fez com que Jung comentasse que “a arte é a expressão mais pura que há pois a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida”. (JUNG, 1920 apud CARRANO, 2002, p. 41) Segundo Susan Bello (1998): (...) o sistema educacional deveria estar interessado em expandir o autoconhecimento e o potencial criativo em seus estudantes e atuar como uma ponte, incorporando o aprendizado emocional ao sistema, do primeiro grau até a educação adulta. Precisamos ajudar as pessoas a serem mais espontâneas e autênticas, ajudá-las a definir seus pensamentos limitadores, seus subpersonalidades, aprender como reconhecer e comunicar seus medos, seus verdadeiros sentimentos e os desejos de seus corações (BELLO, S., 1998, p. 63). 33 Muitos acreditam que a arteterapia resgata a criatividade do indivíduo, busca a psique saudável estimulando a autonomia e transformação interna. “O trabalho com arteterapia visa exatamente permitir a ação mental, ou a elaboração, com o intuito de extrair emoções que se encontra ‘oculta’ com a ideia na imagem formada, em princípio inexistente no sentido empírico” (URRUTIGARAY, 2006, p.26) Fonte: Elaborado pelo Autor (2017). O educador emocional tenta trabalhar com conceitos positivos dos sentimentos e considera todos os sentimentos como uma mensagem que deve ser avaliada e estudada. A arteterapia vem contribuir com a inclusão escolar despertando a espontaneidade das emoções, enfatizando o amor próprio, fortalecendo o mundo interior, a autoestima para que o educando com deficiência se desenvolva e se insira na sociedade. A arteterapia cuida do ser humano na sua essência, integrando as áreas básicas: neurológicas, cognitivas, afetiva e emocional, aprimorando as funções: percepção, atenção, memória, pensamento, capacidade de previsão, exploração, execução, controle de ação, além da sua função social. (FRANCISQUETTI, 2004 apud CIORNAI, 2004) Segundo Philippini, a arteterapia é considerada: Como um processo terapêutico, que ocorre através da utilização de modalidades expressivas diversas. As atividades artísticas utilizadas configurarão uma produção simbólica, concretizadas em inúmeras possibilidades plásticas, diversas formas, cores, volumes, etc. Esta materialidade permite o confronto e gradualmente a atribuição de significados as informações provenientes de níveis muito profundos da psique, que pouco a pouco serão aprendidos pela consciência (2000 apud COUTINHO, 2007, p. 46). Arteterapia Educacional Educação Emocional Personalidade Criativa 34 Com isso, a arteterapia na Educação Especial tem como objetivo fazer que o indivíduo conheça a si mesmo e a que aprenda a lidar consigo. Para os educandos com deficiência, a arteterapia auxilia nas questões emocionais e auxilia nas dificuldades de aprendizagem, pois através da arte o educando desenvolve suas habilidades, que facilitam o processo de ensino aprendizagem. O professor que trabalha com a arteterapia deve ter consciência do que esperar ou não daquele estudante, pois terá melhores condições de oferecer atividades adequadas e que tenham objetivos para facilitar a aprendizagem, trabalhando suas dificuldades e deficiência, assim como observando de que forma trabalha. As atividades de arteterapias estimulam a desinibição, o autoconhecimento, a criatividade, levando os participantes a uma sensação de integração com o mundo queinstiga a resolução de conflitos pessoais, a melhoria de relacionamento social e desenvolvimento harmônico da personalidade. (GEORGE, 2007, p. 31) A arteterapia e a expressão plástica são consideradas um excelente meio para desenvolver e estimular a comunicação. Ela na inclusão baseia-se no envolvimento entre o processo criativo e a atividade artística num processo que com objetivo de enriquecer a qualidade de vida como um meio de trabalhos o emocional e facilitar a autopercepção. O professor deve adotar uma postura e atitude criativa, investindo em estratégias diferenciadas que tentem dar respostas às dificuldades dos educandos. Com efeito, esse trabalho juntamente com uma escola aberta as diferenças dos alunos aceitando-os, respeitando-os, munindo-os de recursos humanos, materiais didáticos necessários a uma resposta adequada a este problema. 35 Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Sobre a Arteterapia, leia o livro que aborda a prática da inclusão por meio da Arteterapia e Inclusão por meio da Arte ao relacionar a Arte-terapia e Educação Inclusiva, com- preendendo como uma forma de relação humana entre si. O trabalho da arteterapia com a pessoa com deficiência só é possível se compreender quais as necessidades do educando, quais as suas potencialidades e de maneira ele pode aprender. É na escola em que esse aluno está inserido que se pode aprender a respeitar as diferenças e aceitar a existência de uma sociedade bastante heterogênea. Nessa escola onde chamamos de inclusiva, esse trabalho de arteterapia pode ser realizado tanto pelo professor de arte quanto pelo professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE) das Salas de Recursos Multifuncionais. A Arteterapia é um caminho através do qual cada indivíduo pode encontrar possibilidades de expressão para, através de técnicas e materiais artísticos, processar, elaborar e redimensionar suas dificuldades na vida. “Mas estão o que se esperar com a arteterapia?” Espera-se o aumento da autoestima, crescimento individual, entendimento das situações, exercício criativo, aumento da confiança e do poder de superação, melhora da qualidade de vida, melhora das relações consigo mesmo e com os outros, aceitação de si mesmo e melhor posicionamento diante das adversidades. O educando especial se sentirá melhor consigo mesmo, que se sentirá mais relaxado e alegre, respondendo melhor a qualquer tratamento médico e convivendo no seu grupo de forma mais harmônica, e principalmente, se tem a melhora no seu ensino aprendizagem. 36 Ví deo Você sabe o que arteterapia? E qual a diferença entre arte, arte educação, arte como terapia em arteterapia? Veja no vídeo O que é ARTETERAPIA – A diferença entre ARTE, ARTE EDUCAÇÃO, ARTE COMO TERAPIA E ARTETERAPIA a seguir estas diferenças. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qGpwE5yCG2g Resumo Aula 4 Nesta aula, aprendeu-se sobre o que é arteterapia, como trabalhar e sobre a sua importância para desenvolver o EU do indivíduo com deficiência, esteja ele na escola inclusiva ou não. Assim também como algumas atividades e como trabalhar individualmente com cada aluno. Atividade de Aprendizagem Com base na última aula, elabore um plano de atendimento de arteterapia para um aluno com Autismo. Esse plano deve ter duração de 1 hora e deve ter: Objetivos e encaminha-mentos. 37 Resumo da Disciplina Nesta disciplina aprendeu-se que na escola a Arte sensibiliza os educandos, interagindo o conhecimento escolar com vivência e permitindo novos conhecimentos. Forma-se o ser criativo através de um processo cultural e de vida. Foi visto que a Arte na Educação Especial contribui para a educação, principalmente nas áreas da pintura, desenho, modelagem, possibilitando assim o desenvolvimento cognitivo, motor e social do educando com deficiência. Sabe-se que o papel do professor é o de mediador do conhecimento, incentivando e valorizando o desenvolvimento crítico do seu educando, pois é por meio da arte que eles irão se expressar, perceber, imaginar-se nesse mundo como alguém que tem possibilidade de criar. Conhecer a arte e, principalmente, relacionada a Educação Especial, é estar em um amplo mundo de múltiplas formas de linguagens que vem oferecer diferentes formas de comunicação, de expressão, de criatividade que vem de encontro com a socialização e ao estímulo psicomotor dos educandos contribuindo com a aprendizagem escolar. 38 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 39 REFERÊNCIAS AMARO, D.G. Educação Inclusiva, aprendizagem e cotidiano escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. ARCURI, I.G (org) Arteterapia: um novo campo do conhecimento. São Paulo: Vector, 2006. ____________. Arteterapia de corpo e alma. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004 (Coleção Arteterapia). ARTEN, A; ZANCK, S; LOURO, V. 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