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Arte na educação inclusiva

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1 
 
Disciplina: Arte na Educação Inclusiva 
Autores: Esp. Paola Zenini Kern Alves 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Paola Zenini Kern Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arte na Educação Inclusiva 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
ALVES, Paola Zanini Kern. 
Arte na Educação Inclusiva / Paola Zanini Kern Alves – Curitiba, 2017. 
42 p. 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Arte na Educação Inclusiva – 
Faculdade São Braz (FSB), 2017. 
 ISBN: 978-85-94439-22-2 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Sabe-se que através da arte pode-se desenvolver diversas áreas do 
conhecimento, como a percepção visual, auditiva, expressão corporal, 
imaginação, etc, desenvolvendo assim a criatividade, essencial para o estudante 
com algum tipo de deficiência. 
Assim, é de suma importância o contato do educando com deficiência com 
a arte, pois ele estará desenvolvendo o seu potencial e expressando as suas 
emoções, sensações e percepções, assim, a disciplina se organizará em quatro 
módulos temáticos. 
No primeiro módulo será explicitado sobre o papel da arte na Educação 
Especial, que vem estimular o educando com deficiência a ser um sujeito 
histórico, social, cultural e simbólico, pois ele responderá dentro de suas 
habilidades e possibilidades através da criatividade. 
No segundo módulo serão abordadas as práticas de ensino e o papel do 
professor no ensino da Arte, que será o de estimulador da criatividade, da 
curiosidade, do desafiador, ajudando o educando no seu desenvolvimento 
artístico de expressão e criatividade. 
No terceiro módulo, abordar-se-á como é a arte na perspectiva da 
inclusão, em que estando o educando incluso, a arte vem em encontro no 
despertar da construção da personalidade do educando com deficiência, através 
de uma forma visual e criativa, respeitando as diferenças de cada um. 
E no quarto módulo será visto como a arteterapia e a pessoa com 
deficiência ajudará no processo de ensino aprendizagem, pois ela estimulará a 
conivência, a troca de experiência e o relacionamento com o próximo, ou seja, 
se encontrará com o seu EU através de atividades utilizando as artes plásticas. 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
6 
 
AULA 1 – O Papel da Arte na Educação Especial 
 
Apresentação da Aula 01 
 
A primeira aula da disciplina de Arte na Educação Inclusiva visa 
compreender sobre a importância da arte no desenvolvimento cognitivo da 
pessoa com deficiência. 
 
1. Arte na Educação Especial 
 
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Arte “a arte chegou ao Brasil 
quando foi proporcionada por D. João VI, ao trazer a Missão Francesa em 1816” 
(PARANÁ, 2009, p. 38). Assim, a arte está presente desde o início da história da 
humanidade através das paredes pintadas nas cavernas, aonde era a única 
forma de registro do homem naquela época. 
 
 
Fonte: http://teatrekaddish.org/index.php/qui-som/historic-d-obres 
 
A arte foi e é utilizada para despertar a criação e a expressão, e na 
Educação Especial precisa-se despertar nos educandos esse sentimento. As 
pessoas com deficiência infelizmente possuem poucas oportunidades de fontes 
de prazer, de valores em suas vidas, e a arte possibilita essa integração de 
desenvolvimento da criatividade, flexibilidade, sensibilidade e conhecimento; 
esse é o papel da Arte na Educação Especial. 
 
 
7 
 
 
 
Importante 
A arte trabalha juntamente com o artesanato ou no 
desenvolvimento gráfico, tendo em vista a escrita na sua 
dimensão motora, voltados para trabalhar a autoestima e a 
socialização. 
 
 
Correia, Nunes (2006, p. 61) coloca o papel da arte para educandos 
especiais: 
 
 Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados, 
desenvolvendo competências com o manuseio de ferramentas, materiais, 
técnicas a organização e produção artística, bem como as relações 
pessoais e interpessoais na criação artística; 
 Criar uma relação de autoconfiança com a construção artística pessoal, 
respeitando a própria produção e a dos outros; 
 Compreender e saber identificar a arte como fato histórico, 
contextualizando a nas diversas culturas; 
 Observar as relações entre as pessoas e a realidade, com interesse e 
curiosidade, dialogando, indagando, discutindo, argumentando e lendo a 
obra de modo inteligível e sensível. 
 
Assim, a arte trabalhará as percepções, a criatividade e a cultura, que são 
fundamentais para o processo ensino aprendizagem dos educandos especiais. 
Costa (2000), fala sobre a importância de trabalhar arte com educandos com 
deficiência, para ele promove a motivação e a criatividade, pontos fundamentais 
para desenvolver sujeitos sensíveis e prontos para descobrir suas habilidades e 
talentos. A arte contribui, segundo ele, para a formação da personalidade do 
sujeito, pois estimula sua inteligência, sentimentos, desejos, fantasias e 
ansiedades. 
 
8 
 
A arte passa a ser um dos canais para o desenvolvimento de potenciais, 
de meios de comunicação mais eficazes para desenvolver o pensamento 
artístico e a percepção estética no indivíduo. Assim, o principal objetivo da arte 
na Educação Especial é o desenvolvimento do potencial de cada educando 
através da criatividade, da percepção e do domínio motor, dentro dos limites 
estabelecidos individualmente. 
 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017). 
 
Essa representação da vida vem deencontro ao lúdico, com a 
participação espontânea, pelo prazer da descoberta. A arte não passa por 
competição, arte é prazer, por isso é importante trabalhar com o educando com 
deficiência, pois a arte é o prazer da surpresa que se iguala as diferenças. 
Segundo Ferraz e Fuzari (1993, p.16) a importância da arte na formação 
de crianças, jovens e adultos, na educação geral e escolar, está ligada à: “função 
indispensável que a arte ocupa na vida das pessoas e na sociedade desde os 
primórdios da civilização, o que o torna um dos fatores essenciais da 
humanização”. 
Contudo, na faixa etária dos 0 aos 6 anos, perceber, sentir, fantasiar, 
imaginar e representar é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois é 
nesta fase em que as percepções, atenção e memória estão em 
desenvolvimento. É através da pintura, do teatro, da música e da escultura que 
o educando irá ter um processo ensino aprendizagem de maneira prazerosa. 
A arte na Educação Especial também é utilizada para fins terapêuticos, 
oferecendo-lhe condições de criar e transformar o espaço com que está inserido 
através da socialização, a integração como um todo. Para Tibola (2001, p.9), a 
arte nas escolas especializadas vêm mostrando talentos imensuráveis. Nas 
simples aulas de artes talentos estão sendo encontrados e os resultados foram 
surpreendentes. 
Arte
Representação 
da Vida
 
9 
 
 
Fonte: Acervo do Autor (2017) 
 
1.1 O Papel da Arte na Educação Especial 
 
A arte na Educação Especial como no Ensino Regular, se constitui em 
diversas linguagens, como música, dança, teatro e artes visuais, nas quais o 
educando pode perceber a si mesmo e expressar e comunicar suas sensações, 
sentimentos e pensamentos. Dessa forma, a arte é realizada num processo 
educativo, possibilitando que os educandos busquem margens para as suas 
criações, expondo diferentes maneiras de representar o mundo que os rodeia. 
Essas formas de expressões contribuem com o desenvolvimento cognitivo, 
psicomotor, afetivo e estético do educando e também contribui para o 
desenvolvimento do desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza 
um modo particular de dar sentido as experiências das pessoas, por meio da arte 
o educando amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. 
A maneira de trabalhar a arte é de fundamental importância no processo 
de ensino aprendizagem, pois envolve o produzir, o apreciar e o refletir, 
possibilitando que o educando se torne o produtor, o fruidor e conhecedor. Como 
envolve questões de estética, as práticas trabalhadas precisam estar voltadas 
para o aprimoramento da sensibilidade, ainda mais quando se trata da Educação 
Especial, sem ameaçar a autoestima, propiciando a ampliação de possibilidades 
do educando de criar, de se expressar, de se comunicar, de brincar e de 
apropriar-se de diferentes linguagens e saberes que circulam na sociedade. 
(PARECER CNE/CEB 20/2009) 
A arte também desenvolve as chamadas múltiplas inteligências, pois 
trabalha com elementos intuitivos, sensoriais e percepção espacial. Segundo 
 
10 
 
Reily (2010) a arte contribui para a Educação Especial como na área da pintura, 
desenho, modelagem, etc. além da arte possibilitar o desenvolvimento cognitivo, 
motor e social do educando com deficiência. 
Na escola a arte sensibiliza os educandos, interagindo o conhecimento 
escolar com a vivência e permitindo novos conhecimento. Formamos o ser 
criativo através de um processo cultural e de vida. Para que os educandos sejam 
conhecedores da arte e de todo o campo que abrange, é preciso estar em 
contato de forma significativa. 
Um ensino que leva em conta a aprendizagem parte do princípio de que 
todos os alunos podem aprender e alguns podem necessitar algumas 
adaptações curriculares, fruto da existência infinita de perfis de aprendizagem, 
permite condições para exercerem plenamente sua cidadania. 
As áreas que a arte trabalha na Educação Inclusiva são a música, dança, 
artes visuais e teatro. 
 
 
 
 
•Recurso composto por ritmos, sons e
conteúdos capazes de despertar e
propiciar a expressão de sentimentos e
estimular a atividade intelectual.
MÚSICA
•Expressão natural que permite ao
educando ser ele mesmo, sentimento de
ideias próprias, estabelecendo relações de
confiança, companheirismo e sinceridade.
DANÇA
•Desperta o prazer, a alegria em aprender,
a conviver, especialmente levando o
educando a sentir-se liberdade para criar,
expressar-se e compartilhar seus
sentimentos.
ARTES 
VISUAIS
•Permite ao educando a construção do
conhecimento, o relacionamento com o
outro e a interpretação do meio social
buscando equilíbrio nas diversas formas de
linguagens.
TEATRO
 
11 
 
 
 
Importante 
No Brasil a arte na Educação Especial teve como referência as 
ideias da educadora russa Helena Antipoff e do movimento 
escolinha de arte, que postulavam a inclusão, no ensino de arte, 
de pessoas com necessidade educacionais especiais. 
 
 
Vygotsky (2001) cita que o imaginário e os significados contribuem para a 
construção da interação social do indivíduo. Para ele, a arte está atrelada a esse 
processo como interação sociocultural. Assim, não há construção de 
conhecimento sem a presença de signos, símbolos e culturas e o professor é o 
mediador desse processo de aquisição do conhecimento. 
Atualmente, encontra-se pessoas com deficiência envolvidas em 
atividades artísticas, como: cinema, teatro, música, dança, etc. É mais do que 
uma inclusão social é inseri-la no cotidiano de cidadania, num conhecimento 
mútuo de representatividade social. Para Vygotsky, a arte é mediadora sócio-
histórica através de representações da realidade utilizando-se pelos símbolos 
que ela dispõe. A construção do conhecimento está na relação e mediação feita 
por outros sujeitos e objetos. Segundo ele, é através da criatividade que o ser 
humano se manifesta para criar algo novo a partir do que já existe, em uma ação 
constante de construção. 
Para Helena Antipoff, as atividades deveriam ser realizadas de forma que 
liberasse a criança através do desenho, da pintura. Quanto mais estudava, cada 
vez mais interessada ficava em perceber a criança no seu aspecto global, a 
criança e a relação professor/aluno, a observação do comportamento delas, o 
estímulo e os meios para que elas pudessem, através das atividades, terem um 
comportamento mais criativo, mais harmonioso. 
É na arte da Educação Especial que ocorre o aprendizado do respeito às 
diferenças, para que o educando possa possuir autonomia quando lhe é 
proposto novos conhecimentos para o exercício da cidadania. Por tanto, a arte 
estimula o desenvolvimento da linguagem com algo que quer dizer algo. 
 
12 
 
A aprendizagem de arte na educação inclusiva não deve considerar a 
constituição de um grupo homogêneo, em que todos aprendem ao mesmo tempo 
e da mesma maneira, mas sim considerar a heterogeneidade, respeitando e 
considerando as diferenças. Neste sentido, os materiais adaptados 
desempenham o papel fundamental de ampliar as oportunidades de 
aprendizagem para as pessoas com deficiência. 
 
 
Importante 
A arte inclusiva, como artesanato, pinturas, desenhos, peças 
teatrais e fantoches é utilizada para promover a socialização 
dos alunos com deficiência intelectual, auditiva e visual em 
Campo Grande. Veja a reportagem Alunos portadores de 
deficiência usam da arte inclusiva como meio para socialização. 
Disponível em: 
http://www.primeiranoticia.ufms.br/noticias/alunos-com-
deficiencia-usam-da-arte-inclusiva-um-meio-de/659/ 
 
 
 
 
 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Nesta obra, a musicista Viviane 
Louro, o ator SergioZanck e o 
pedagogo Alessandro Arten 
escreveram este livro com um 
cunho totalmente didático, onde 
propõe atividades pedagógicas 
de músicas e teatro para serem 
feitas no contexto da educação 
inclusiva, com pessoas sem e 
com deficiência. 
 
13 
 
 
 
Resumo da Aula 01 
 
 Nesta aula foi visto como a arte na Educação Especial se torna importante 
quando trabalhada como um todo despertando sensações e criatividade. Viver 
no mundo em que se está inserido é um desafio e sentir através da arte é uma 
maneira prazerosa de enfrentar este desafio. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Segundo Haward Gardner: “todos os indivíduos tem um 
potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”. 
Discorra sobre como despertar a criatividade no educando com 
deficiência intelectual. 
 
 
Aula 2 – As Práticas de Ensino e o Papel do Professor no Ensino da Arte 
 
A aula buscará fazer compreender sobre as práticas de ensino do 
professor da arte na sala aula para auxiliar no cognitivo da criatividade da pessoa 
com deficiência. 
2 A Arte na Escola 
 
A escola é um espaço que serve para auxiliar os educandos no acesso ao 
conhecimento e desenvolvimento de competências, de maneira que o 
conhecimento histórico exerça a sua cidadania (BRASIL, 2004). 
É na escola que o indivíduo começa a aprender a conviver no coletivo, 
desenvolvendo sua consciência e sua cidadania de direitos. 
 
Exercer a cidadania é conhecer direitos e deveres no exercício 
da convivência coletiva, realizar a análise crítica da realidade, 
reconhecer as dinâmicas sociais, participar do debate 
permanente sobre causas coletivas e manifestar-se com 
 
14 
 
autonomia e liberdade respeitando seus pares (BRASIL, 2004, 
p.10). 
 
Por isso, a escola preciso ser organizada para garantir uma ação 
pedagógica de qualidade e atingir bons resultados no processo de ensino 
aprendizagem de cada educando. No ensino da Arte o professor irá trabalhar 
com o educando especial atividades que os preparam para o convívio social, 
onde o corpo irá se movimentar, as mãos e os olhos irão adquirir habilidades e 
os ouvidos e as palavras irão aprimorarem-se. 
Aprender a arte com sentido e prazer fica mais fácil para o educando 
compreender daquilo que é ensinado. 
 
Sejam quais forem as limitações do aluno, adaptar currículos, 
facilitar tarefas e diminuir o alcance dos objetivos educacionais 
concorrem para que rebaixemos o nível de nossas expectativas 
com relação à potencialidade desse enfrentar uma tarefa mais 
complexa (STOBANS e MOSQUERA, 2006, p.35). 
 
 
 
 
Fonte: http://www.pandorgaautismo.org/cursos/autismo-e-inclusao-escolar--adaptacao-
curricular 
 
Conforme Bandeiras (1998, p. 718) “a arte é uma fada que transmuta. E 
transfigura o mau destino. Prova. Olha. Toca. Cheira. Escuta. Cada sentimento 
é divino”. Assim a pessoa com deficiência pode buscar na arte suas habilidades, 
capacidades, desejos, sentimentos e ideias. 
Amaro (2006, p.77) afirma: “Se oferecermos oportunidades para pessoas 
com deficiência desenvolver sua singularidade, ela poderá ter a sua expressão 
no humano-genérico não estereotipado e limitado”. Para desenvolver então um 
bom trabalho de arte o professor precisa descobrir os interesses, linguagens, 
modos de conhecimentos, ou seja, conhecer a realidade de seu educando. 
 
15 
 
De acordo com Stobaüs e Mosquera (2006, p.71), o professor deve seguir 
o plano de aula em quatro etapas: 
 
1- Escolher os principais conceitos ou ideias a serem ensinados em cada 
aula ou unidade. Esses conceitos devem ser iguais para todos os alunos; 
2- Desenvolver uma variedade de estratégias das quais possam apresentar 
esses conceitos ou informações a classe; 
3- Proporcionar aos alunos uma oportunidade para refletir ou praticar novas 
informações; 
4- Determinar qual o método através do qual as aprendizagens serão 
avaliadas e como a evolução será anotada no processo do aluno. 
 
Contudo, todos os alunos podem aprender, uns com apoio e outros sem, 
respeitando e permitindo as adaptações necessárias valorizando a capacidade 
das potencialidades de todos os educandos. Isso porque a arte estimula o 
desenvolvimento da linguagem. E o professor tem como função de desafiar o 
seu educando oportunizando com a maior diversificação de materiais e o 
crescimento do mesmo. 
Quando se cria situações desafiadoras sempre com o uso de materiais e 
suportes sempre novos com a utilização também de várias linguagens artísticas, 
o professor, está ajudando para o desenvolvimento artístico de expressão e 
criatividade de seu educando. 
Segundo os PCNs: 
 
O professor é propiciador de um clima de trabalho em que a 
curiosidade, o constante desafio perceptivo, a qualidade lúdica e 
alegria estejam juntos com a paciência do processo de criação artística 
(BRASIL, 1997, p.111). 
 
Arte é um meio do indivíduo retomar ao coletivo. Por isso, deve considerar 
ao educando especial enquanto sujeito histórico, social, cultural e simbólico, pois 
ele aprende quando o professor propõe situações que promovam o 
desenvolvimento de suas habilidades e possibilidades. Contudo, o professor 
deve compreender as necessidades específicas de cada educando, onde cada 
educando tem sua singularidade. 
 
16 
 
A arte na educação especial vem para auxiliar os educandos a se 
expressarem livremente, criarem significados para darem sentidos ao cotidiano, 
através de atividades prazerosas, expressivas e funcional. 
 
A arte se mostra importante tanto no currículo como na vida, pois 
resgata e trabalha no afloramento e qualificação da sensibilidade no 
ser humano, sendo assim uma condutora da humanização do mesmo, 
e isso pode ser constante principalmente no viés da educação inclusiva 
(RUTZ, 2010, p. 8). 
 
 
É através do desenho e de exercícios de expressão corporal que o 
professor irá conseguir identificar as maiores dificuldades enfrentadas pelos 
educandos para que assim possa ajudá-los. Em um local onde a diversidade 
está presente a arte faz a sua atuação, pois a cultura, a vivência de cada 
educando contribuirá para a criatividade, a expressão de sentimentos e as 
características da personalidade de cada um. 
 
 
Fonte: Acervo do Autor (2017) 
 
Nesse sentido, o encaminhamento metodológico na disciplina de Artes se 
dá em três momentos, valendo tanto para o aluno da Educação Especial quanto 
para o aluno do Ensino Regular. O que está se falando nesse momento é de 
adaptação nos encaminhamentos e criatividade do professor de realizar as 
intervenções pedagógicas necessárias para atingir todos os seus alunos, que se 
dá em três momentos: 
 
1 TEORIZAR: Possibilita aos alunos que perceba e aproprie a obra 
artística de forma que o educando se aproprie de conceitos artísticos. 
 
17 
 
2 SENTIR E PERCEBER: São os momentos de apreciação, de fruição, 
leitura e acesso a obra de arte. 
3 TRABALHO ARTÍSTICO: É a prática artística, o exercício com a obra 
de arte. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017) 
 
A metodologia de trabalho com a arte com alunos especiais compreende 
nos jogos, na relação com o lúdico e o conhecimento, admitindo que a emoção, 
o movimento, a imitação, a percepção e a interação com os objetos e os outros 
sujeitos não estão isentos dos processos cognitivos como diz Vygotsky. Assim, 
o professor deve prever que não estará formando artistas, mas despertando a 
valorização da arte pela arte por meio de experimentações, manipulações, 
improvisações e criações. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo Educação Especial – MEC, o qual explica 
como ocorre a inclusão de alunos com necessidades especiais 
na escolas regulares. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA 
 
 
A escola possui papel fundamental ao possibilitar a ampliação das 
oportunidades de interação das práticas artísticas, tornando-as mais 
significativas quando associadas ao lúdico e as suas práticas pedagógicas. 
Segundo Ferraz: 
 
Para desenvolver um bom trabalho de Arte, o professor precisa 
descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de 
conhecimentos de arte e prática de vida de seus alunos. Conhecer os 
estudantes na sua relação com a própria região, com o Brasil e com o 
mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho de 
educação escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilação e 
uma apreensão de informações na área artística. O professor pode 
organizar um mapeamento cultural da área em que atua bem como das 
demais, próximas e distantes. É nessa relação com o mundo os 
estudantes desenvolvem as suas experiências de cada um dos 
assuntos abordados no programa de arte, quanto com as áreas das 
linguagens desenvolvidas pelo professor. (FERRAZ, 1992, p.71) 
 
18 
 
 
 
Contudo, o ensino da Arte deve ser utilizado como instrumento de resgate, 
contribuindo para o fortalecimento da identidade, da inclusão social, visando à 
formação e construção da cidadania democrática. 
 
Saiba Mais 
Os conteúdos a serem trabalhados é “o saber objetivo 
produzido historicamente” (Saviani, 1991, p.15). Assim, 
segue abaixo a proposta dos conteúdos para o ensino da 
Arte segundo as Diretrizes Curriculares da SEED/PR- 2008- 
adaptado pela autora para Educação Especial. 
Música: altura, duração, timbre, intensidade, densidade, 
melodia, letras, rimas, harmonia, gêneros musicais, técnicas 
musicais; 
Artes visuais: ponto, linha, superfícies, textura, volume, luz, 
cor, pintura, gravura, escultura, fotografia, retrato, natureza 
morta, paisagens; 
Teatro: personagens, ação, espaço cênico, jogos teatrais, 
jogo dramático, improvisação, imitação, manipulação de 
bonecos, comédia, monólogo, textos teatrais; 
Dança: movimento corporal, tempo, espaço, salto e queda, 
apoio, rotação deslocamento, técnicas de improvisação, 
coreografia, sonoplastia, gêneros de danças; 
 
Nas Artes Visuais, o professor deve oferecer a discussão sobre obras 
artísticas realizando a leitura destas obras, mediando sempre as discussões, 
indagando, descrevendo, questionando para que os alunos percebam os 
principais pontos das obras apresentadas. É importante desenvolver algumas 
experiências por meio da criação e formas simples, para que no início 
evidenciem o valor formal das expressões plásticas. As atividades poderão ser 
preparadas com materiais da natureza, da própria escola, de revistas, livros, 
através de painéis coletivos, atividades individuais, etc. 
Na Dança, proporcionar momentos que os educandos revelem seus 
momentos de lazer e descontração a partir de criação de relação lúdicas de 
aproximação. Partindo do gosto musical de cada um, iniciar com a construção 
 
19 
 
histórica bibliográfica da música brasileira de ritmos. É fundamental que se 
trabalhe a distinção entre as danças de cunho religioso, danças folclóricas e 
danças clássicas. Procurar reconhecer os tipos diferentes de danças ao longo 
da história. É importante que as aulas sejam expositivas e possam ser 
acompanhadas de vídeos, DVDs, fotos, etc. Observação de gestos, roupas, as 
mudanças que sofreram com o tempo são de fundamental ser trabalhado nesse 
processo. 
 
 
Fonte: Acervo do Autor (2017) 
 
Na música, ao conhecer o mundo musical, é importante que o professor 
amplie as experiências musicais de seus educandos para expor diversos estilos 
musicais e ter acesso a um amplo repertório de estilos musicais, seja de etnias, 
épocas, etc. 
No teatro, para que o educando possa entender e associar a expressão 
artística sem uma sociedade, o ponto de partida será de assistir peças teatrais, 
assistir filmes e novelas, para que percebam como a mesma foi produzida e 
como ela é composta. 
Ví deo 
Assista ao vídeo e pense sobre as mudanças que a Arte ganha 
uma nova configuração onde a legislação nos fala sobre a 
inclusão da dança, do teatro e da música no currículo básico da 
Arte através do vídeo Artes no currículo da Educação Básica. 
 
20 
 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=BjSnn1WqcrQ 
 
Amplie Seus Estudos 
 SUGESTÃO DE LEITURA 
Neste livro, Teoria e Prática no ensino de 
arte (2010), o autor se preocupa em 
relacionar quem lê, a linguagem da arte 
e o seu ensino. O texto é acolhedor e 
traz ideias potenciais para o ensino 
contemporâneo da arte. 
 
 
Resumo Aula 02 
 
Na aula foi visto que a forma de se trabalhar a arte é peculiar de cada 
professor. O que realmente importa é como o professor vai trabalhar o seu 
conteúdo em sala de aula para atingir os seus educandos de maneira que facilite 
seu aprendizado sem prejudicar esse ou aquele educando. O papel de mediador 
do conhecimento nesse momento é o principal para o professor de Arte, pois ele 
será o adaptador do conhecimento para seus educandos. 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a flexibilidade do currículo do ensino da Arte que 
também serve para a Educação Especial e fale sobre formas de 
realizar as intervenções pedagógicas necessárias para atingir 
todos os alunos em uma aula de Artes Visuais. 
 
 
Aula 3 - A Arte na Perspectiva da Inclusão 
 
 
21 
 
A aula visa reflexão sobre a importância da Arte na Inclusão da pessoa 
com deficiência. 
 
3 Inclusão 
 
Hoje o incluir vem tentar harmonizar a sociedade e valorizar as diferenças 
existentes dentro dela, buscando a igualdade de oportunidades e direitos. Os 
educandos com deficiências ocupam seus lugares na escola e o mais importante 
é que deve-se entender que incluir não é invadir o espaço do outro, é respeitá-
los. 
 
 
Fonte: http://www.ufal.edu.br/estudante/noticias/2016/7/inscricoes-do-programa-
incluir-foram-prorrogadas-ate-o-dia-29/@@images/image 
 
A inclusão deve ser vista através de um projeto coletivo, onde a escola 
tem que repensar sua prática a partir de relações de comunicações envolvendo 
os educadores, a família e a comunidade (ou, em outras palavras, governo e 
sociedade civil). Uma prática calcada numa filosofia que confere a todos 
igualdade de valor e que respeite as diferenças individuais. 
 
Vocabula rio 
Inclusão, segundo Aulete Digital, é a ação ou resultado de 
incluir, integrar um elemento a sua vida. “Ato de integração 
plena de pessoas portadoras de necessidades especiais em 
todos os tipos de atividades” 
Disponível em: http://www.aulete.com.br/inclus%C3%A3o 
 
22 
 
 
 
3.1 Fases da Inclusão 
 
Para entender melhor como se deu à integração da pessoa com 
deficiência nas escolas, será explicitado um pouco as fases da história da 
educação inclusiva. 
A primeira, que corresponde ao período anterior ao século 20, pode ser 
chamada de fase da exclusão, na qual a maioria das pessoas com deficiência e 
outras condições era tida como indigna de educação escolar. 
A segunda fase, chamada de segregação, já no século 20, começou com 
o atendimento às pessoas deficientes dentro de grandes instituições que, entre 
outras coisas, propiciavam classes de alfabetização. A partir da década de 50 e 
mais fortemente nos anos 60, com a eclosão do movimento dos pais de crianças 
a quem era negado ingresso em escolas comuns, surgiram às escolas especiais 
e, mais tarde, as classes especiais dentro de escolas comuns. O sistema 
educacional ficou com dois subsistemas funcionando paralelamente e sem 
ligação uma com a outra: a educação comum e a educação especial. 
A terceira fase, localizada na década de 70, constituiu a fase da 
integração,embora a bandeira da integração já tivesse sido defendida a partir 
do final dos anos 60. Nessa nova fase, houve uma mudança filosófica em direção 
à ideia de educação integrada, ou seja, escolas comuns aceitando crianças ou 
adolescentes deficientes nas classes comuns ou, pelo menos, em ambientes o 
menos restritivo possível. Só que se considerava integrados apenas aqueles 
estudantes com deficiências que conseguissem adaptar-se à classe comum 
como essa se apresentava, portanto, sem modificações no sistema. A educação 
integrada ou integradora exigia a adaptação dos educandos ao sistema escolar, 
excluindo aqueles que não conseguiam adaptar-se ou acompanhar os demais 
educandos. As leis sempre tinham o cuidado de ressaltar a condição 
"preferencialmente na rede regular de ensino", o que deixava em aberto a 
possibilidade de manter crianças e adolescentes com deficiência nas escolas 
especiais. 
Finalmente, a quarta fase, a de inclusão, surgiu na segunda metade da 
década de 80, incrementou-se nos anos 90 e vai adentrar o século 21. A ideia 
 
23 
 
fundamental dessa fase é a de adaptar o sistema escolar às necessidades dos 
educandos. A inclusão propõe um único sistema educacional de qualidade para 
todos, com ou sem deficiência e com ou sem outros tipos de condição atípica. A 
inclusão se baseia em princípios, tais como: a aceitação das diferenças 
individuais como um atributo e não como um obstáculo, a valorização da 
diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as 
pessoas, o direito de pertencer e não de ficar de fora, o igual valor das minorias 
em comparação com a maioria. A educação inclusiva depende não só da 
capacidade do sistema escolar (diretor, professores, pais e outros) em buscar 
soluções para o desafio da presença de tão diferentes alunos nas classes, como 
também do desejo de fazer de tudo para que nenhum aluno seja novamente 
excluído com base em alguma necessidade educacional muito especial. 
 
Saiba Mais 
Outra concepção é feita através da corrente histórica, onde 
se teve quatro fases, antiguidade, idade média, idade 
moderna e idade contemporânea. 
1. Antiguidade (Etapa do extermínio) – A pessoa diferente, 
com limitações e necessidades diferenciadas, era 
exterminada, abandonada. A parte do extermínio não 
representava um problema ético nem moral. 
2. Idade Média (Etapa da Filantropia) – Com o advento do 
Cristianismo e fortalecimento da Igreja Católica as 
pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente 
afetadas, não podiam mais ser exterminadas, passaram 
a ser consideradas “criaturas de Deus” e abrigadas em 
igrejas, conventos e asilos. 
3. Idade Moderna (Etapa Científica) – Importância do 
conhecimento científico, avanço da medicina (deficiência 
com enfoque patológico). As pessoas eram abrigadas em 
hospícios e instituições para cuidados físicos apenas. 
4. Idade Contemporânea (Etapa da Integração e Inclusão) 
– Século XVII: Noção de normal e normalidade, pessoa 
limitada, com potencialidades, percebe-se possibilidades 
de aprendizagem, mas não no ensino regular. Ambientes 
de convívio menos restritivos. Anos 60/70: proposta de 
um novo modelo de convivência social, trabalha fora do 
contexto social, e depois de “pronto” integra-o na 
sociedade. A sociedade não se modifica. Anos 90: Etapa 
 
24 
 
da Inclusão, Respeito à diversidade humana, mudança 
na estrutura da sociedade e da escola, que deve 
considerar as necessidades de todos os alunos, se 
estruturando em função delas. Revolução de valores e 
atitudes. 
 
O movimento dessa inclusão se constitui em uma postura ativa de 
identificação das barreiras que alguns grupos encontram no acesso à educação 
e também na busca dos recursos necessários para ultrapassá-las, consolidando 
um novo paradigma educacional para a construção de uma escola aberta às 
diferenças. Dessa forma, a inclusão, promove a necessária transformação da 
escola e das alternativas pedagógicas com vistas ao desenvolvimento de uma 
educação para todos nas escolas regulares. 
Fundamentalmente, deve-se considerar a inclusão dentro de um contexto 
de direitos humanos, o que requer uma nova visão da deficiência e da forma de 
visualização das políticas públicas, pois a educação inclusiva é uma questão de 
direitos humanos e implica a definição de políticas públicas, traduzidas nas 
ações institucionalmente planejadas, implementadas e avaliadas. A concepção 
que orienta as principais opiniões acerca da educação inclusiva é de que, a 
escola é um dos espaços de ação e de transformação que conjuga a ideia de 
políticas educacionais e políticas sociais amplas que garantam os direitos da 
população. Assim, a implantação de propostas com vistas à construção de uma 
educação inclusiva requer mudanças nos processos de gestão, na formação de 
professores, nas metodologias educacionais, com ações compartilhadas e 
práticas colaborativas que respondam às necessidades de todos os educandos. 
Na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se 
adapte à escola, mas que ela se transforme de forma a possibilitar a inserção 
daquela. Todas as crianças têm direito à uma educação de qualidade, onde suas 
necessidades individuais possam ser atendidas, para isso é necessário um 
ambiente enriquecedor e estimulante, que vise o desenvolvimento cognitivo, 
emocional e social de cada um. Porém, a inclusão não deve ser entendida como 
interesse para os educandos com necessidades educativas especiais, mas 
igualmente para os educandos regulares e seus professores. 
Assim, pode-se dizer que os estudos referidos apontam que a inserção 
escolar dessas pessoas no ensino regular poderá contribuir significativamente 
 
25 
 
para estimulá-las a se comportarem ativamente diante dos desafios do meio. 
Para os especialistas quanto mais cedo houver a inclusão nas escolas de 
crianças com algum tipo de necessidades educativas especiais, mais cedo é 
possível acabar com visões preconceituosas e limitadoras. 
Maria Teresa Mantoan (2003), Coordenadora do Laboratório de Estudos 
e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped) da Unicamp, diz que a inclusão é 
uma inovação educacional relacionada a uma escola aberta às diferenças. 
Todos são diferentes. O que iguala é a diversidade. A inclusão não significa 
apenas colocar os educandos com necessidades educativas especiais na escola 
regular. É preciso atender às inovações educacionais, desconstruir uma prática 
de exclusão e construir uma inclusiva. Colocar em prática as teorias 
educacionais modernas que se tem hoje. A inclusão nasceu para mostrar que as 
pessoas são ímpares, singulares. Sendo assim, as escolas não podem 
homogeneizar os alunos em séries, em provas, em grupos pela sua distinção de 
raça, cor e classe social. 
O sucesso da inclusão de educandos com deficiência na escola regular 
decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos 
desses educandos na escolaridade, por meio da adequação das práticas 
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. O que acontece muitas vezes é a 
falta de informação ou omissão dos pais, de educadores e do poder público, 
assim, milhares de crianças ainda vivem escondidas em casa ou isoladas em 
instituições especializadas - situação que priva as crianças com algum tipo de 
deficiência de conviver com a diversidade. 
Mesmo assim, a inclusão cresce a cada ano e, com ela, o desafio de 
garantir uma educação de qualidade para todos. Na escola inclusiva, os 
educandos aprendem a conviver com a diferença e se tornam cidadãos 
solitários. 
A escola sendo um lugar onde prepara seres conscientes da realidade, 
torna-se imprescindível que tenha como objetivo buscar um olhar diferente para 
superar a incapacidadede sentir e compreender a diversidade existente, por 
exemplo, trabalhar a inclusão. Ela, como já foi explicado, deve ser vista como 
um projeto coletivo, portanto torna-se necessário não somente esclarecer as 
crianças sobre as necessidades especiais, mas pensar em inclusão como algo 
que passasse pela vivência de situações que pudessem transcender a 
 
26 
 
informação, independentemente se essa proposta está ou não englobado no 
Regimento da escola, pois a verdadeira inclusão escolar está na maneira como 
você encara a vida. 
Assim, o papel do professor na escola inclusiva é de facilitar a busca de 
conhecimentos, é ele quem organiza as mais diferentes situações de 
aprendizagens. Por isso, a escola deve adequar-se a esses educandos, assim 
como o currículo básico também, ele deve sair do tradicional, deve assumir uma 
educação transformadora. Na Arte, o professor procura sempre adequar o 
educando, buscando sempre atender as suas necessidades. 
É na Arte que a criança começa o seu desenvolvimento motor e 
psicológico, conhecendo e compreendendo o que está ao seu redor. É através 
da Arte na Educação Especial que consegue-se um contato mais próximo com 
o educando e pode-se compreender um pouco mais suas angústias, desejos, 
medos e vontades. 
A primeira APAE, no Rio de Janeiro em 1954, desenvolvia um trabalho 
em Artes, como dança, artes plásticas e cênicas. Em 1970, o papel das Artes 
estava enfocado para atividades psicopedagógicas, em 1980, os alunos que 
possuíam habilidades artísticas se sobressaíram e ficaram conhecidos, 
realizando em 1995, o 1º festival nossa arte. Em 2000, as aulas de artes eram 
realizadas juntamente com os atendimentos terapêuticos de terapias 
ocupacionais, estimulando suas habilidades, potencialidades para o convívio 
social. 
Vygotsky explica que a imaginação está vinculada à realidade e com o 
significado do mesmo. Logo, pelos desenhos, o educando com deficiência já 
interpretará o mundo, mostrando de seu jeito, interpretando a realidade. Pois é 
pela verbalização que os mesmos darão os significados aos desenhos. Contudo, 
a capacidade imaginativa se amplia pela experiência aprendida em sala de aula. 
Conhecimento como uma associação entre a imaginação, criatividade, desenho 
e aprendizagem. 
Segundo Vygotsky (1997) a imaginação é a base de toda criação artística 
desde a infância, por meio de técnicas plásticas e com seus sentimentos. A arte 
possibilita o despertar da construção da personalidade do educando, através de 
uma forma visual e criativa, respeitando as diferenças individuais: 
 
 
27 
 
Os portadores de deficiência precisam ser considerados, a partir de 
suas potencialidades de aprendizagem. Sob esse aspecto entende-se 
que a escola não deva tentar consertar o defeito do aluno, mas 
trabalhar suas potencialidades, com vistas ao seu desenvolvimento. 
(CARNEIRO, 1997:33) 
 
Nesta linha de Vygotsky, a arte passa a ser interdisciplinar e inclusiva, 
pois não há limites na criação e expressão. No Brasil teve dois nomes que 
iniciaram a arte na Educação Especial: Noemia Araujo Varella e Helena Antipoff. 
Segundo Mendes (2010, p.29): 
 
Oferecer novas oportunidades a pessoas em situação de 
vulnerabilidade, foi a motivação que me levou a idealizar, em 19 de 
dezembro de 1991, a criação de uma escola de artes plásticas. Foi a 
data da minha primeira aparição em público como artista plástico. 
 
Mendes foi tetraplégico aos 18 anos e encontrou na arte o caminho para 
um novo sentido da sua vida, superando as suas limitações. A arte é vista então, 
como transformadora de potencialidades que se revelam com o andamento da 
sua própria prática no dia a dia. É através da criatividade que experimentamos 
múltiplas experiências através da autonomia que refletirá na sua autoestima. 
A arte busca também a construção da intenção dos saberes, instigando o 
educando com deficiência a olhar, a sentir, a falar, a tocar e a pensar dentro de 
uma coletividade. Falar em arte na inclusão e falar na capacidade de conseguir 
mover os valores do imaginar, do perceber e do criar. Para isso, utiliza-se de 
diversas linguagens, como: desenho, gravura, pintura, etc, pautada na 
sensibilidade em que a vivência tem de significados. 
De acordo com Iavelberg (2003:12), o professor de arte precisa ser um 
estudante fascinado por arte para que ele possa ter entusiasmo de transmitir 
vontade de aprender. Ele deve ser mediador de oportunidades, possibilitando 
crescimento e compreensão no mundo de signos e significados. Esse 
desenvolvimento contribuirá para a formação de um indivíduo crítico e 
participativo em sua própria história cultural. 
 
Importante 
 
 
28 
 
COMO FAZER UMA ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA O 
CURRÍCULO DE ARTES 
Elementos curriculares modalidades adaptativas 
Objetivos 
Eliminação de objetivos básicos; 
Introdução de objetivos específicos, complementares e/ou 
alternativos. 
Conteúdos 
Introdução de conteúdos específicos, complementares ou 
alternativos; 
Eliminação de conteúdos básicos do currículo. 
Metodologia e Organização didática 
Introdução de métodos e procedimentos complementares e/ou 
alternativos de ensino e aprendizagem; 
Organização a Introdução de recursos específicos de acesso 
ao currículo. 
Avaliação 
Introdução de critérios específicos de avalia; 
Eliminação de critérios gerais de avaliação; 
Adaptações de critérios regulares de avaliação; 
Modificação dos critérios de promoção. 
Fonte: Manjûn, op. cit., 1995, p. 89 
 
Fazer parte de um grupo, ser acolhido, ser reconhecido como parte 
integrante. Isso gera afetividade e valoriza a intencionalidade da procura de um 
saber. Assim, a escola planeja corretamente seus objetivos educacionais, 
preocupando-se com o “tipo” de aluno que tem, qual o ritmo de aprendizagem 
dele, qual a metodologia a ser utilizada para que esse aluno com deficiência 
permaneça no ambiente de harmonia e acolhedor, tornando-se assim uma 
escola inclusiva. 
Para o educando com deficiência, a prática da cidadania nas aulas de Arte 
é de suma importância para que ele se perceba como parte inclusiva dessa 
sociedade. O ressignificar as formas de ensino aprendizagem é o caminho para 
a aprendizagem e as possibilidades de desenvolvimento desses estudantes. 
 
29 
 
Braun (2002) comenta que quando as estruturas escolares conseguem se 
organizar de forma a atender à diversidade com ensino e propostas 
diferenciadas e tempo respeitados, ela estará pronta para ser uma escola 
inclusiva. Lembrando que para atingir esses obstáculos, ela precisa estruturar a 
Proposta Pedagógica, o currículo e o sistema de avaliação. 
Amplie Seus Estudos 
Projeto dá acesso à arte para pessoas cegas ou com baixa 
visão. “Nós podemos ser a mudança que nós queremos”. 
Acesse o link e veja o que os professores realizaram na vida 
destas crianças cegas e com baixa visão. 
Disponível em: 
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/08/projeto-da-
acesso-arte-para-pessoas-cegas-ou-com-baixa-visao-
assista.html. 
 
Ví deo 
Assista agora a um projeto que faz da arte a integração da 
pessoa com deficiência com a sociedade, no qual a arte tem o 
papel e o poder de recuperar a autoestima e sensação de 
pertencimento a um grupo: Inclusão social de pessoas com 
deficiência por meio da arte. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_ZH-
1H9QPmw 
 
Resumo Aula 03 
 
 Na aula, conheceu-se um pouco sobre a história da inclusão e sobre os 
educandos inclusos no ensino regular, suas barreiras, suas necessidades. Como 
incluir os alunos na disciplina de Artes como responsabilidade. Também foi visto 
como o professor e sua metodologia podem ajudar na inclusão como umtodo. 
 
30 
 
Atividade de Aprendizagem 
Destaco um trecho da Declaração de Salamanca (Brasil, 1994) 
em que se evidencia que a preocupação da escola deve focar 
todas as diferenças, e não apenas aquelas oriundas de 
deficiências: “As escolas deveriam acomodar todas as crianças 
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, 
linguísticas ou outras.” Discorra sobre o trecho. 
 
 
AULA 4 – A Arteterapia e a Pessoa com Deficiência 
 
Na aula quatros será discorrido sobre o que é e como se trabalhar com a 
arteterapia com educando com deficiências. 
 
4. Conceitos Iniciais 
Como já estudado anteriormente, o exercício da cidadania é 
fundamentado como elemento no processo educativo. E a criatividade é o 
desenvolvimento das relações e das descobertas pessoais. 
 
Importante 
Há quatro conceitos importantes de saber a definição: 
 Arte: do latim ars; arts, de agere, agir, movimento. Arte é 
uma produção única, original. 
 Terapia: transformação, cura. 
 Criatividade: do francês couer, coração. 
 Arteterapia: A ação de transformar, curar com o coração, 
através da Arte. 
 
 
Mas, “o que é a arteterapia?” É uma área do conhecimento da pintura, do 
desenho livre, da expressão corporal, seja pela dança, pela música, pela arte de 
interpretar, que promovem a integração do SER através do cognitivo e o afetivo 
(Arcuri, 2006). 
 
31 
 
Arcuri (2006), fala que a arte faz com que cada sujeito desenvolva sua 
própria capacidade de perceber as relações humanas. Ao rabiscar, desenhar, 
pintar, recortar e colar o educando conseguirá expressar, comunicar e atribuir 
sentidos e sensações, sentimentos, pensamentos e realidades. 
Na arteterapia, o processo criativo pode ser utilizado no suporte e solução 
de todos os tipos de dificuldades, como as de ordens psicomotora, cognitiva, de 
comunicação, relações sociais e conflitos emocionais. 
 
Saiba Mais 
Arteterapia ou terapia com arte? 
A arteterapia é uma modalidade terapêutica. Utiliza os 
diferentes fazeres expressivos – dança, música, teatro, 
literatura – aliados as artes plásticas, como possibilidade de 
expressão, de comunicação e de resgate do potencial 
criativo. 
As modalidades expressivas mais utilizadas na arteterapia são: 
 
 A pintura, com tinta guache por exemplo, manifesta estados de tensão e 
relaxamento (aspecto afetivo), ajuda no movimento da soltura e de 
controle. 
 O desenho, livre ou dirigido, ajuda na concentração, coordenação viso-
motora. 
 A colagem e recorte ajuda na organização de estruturas de pensamento 
e de organização tempo e espaço. 
 Os materiais tridimensionais possibilitam uma experiência de dar forma a 
sentimentos, além de desenvolver a imaginação e o construir. 
 A argila e a sucata afloram sentimentos de construir algo, de criador e 
criatura, ajudando no sensorial e trabalhando com o toque das mãos. 
 A tecelagem ajuda na coordenação viso-motora, disciplina e ritmo. 
 A escultura ajuda na criatividade exercitando o desapego. 
 O tabuleiro de areia ajuda na criação de cenas e cenários, estimula a 
criatividade. 
 
32 
 
 O fantoche e o teatro exercem ação lúdica e são instrumentos na 
construção da aprendizagem, eleva a autoestima, resolução de conflitos 
e estruturação de ideias e pensamentos. 
 
A arteterapia enquanto fazer, não pode ser vista somente no sentido de 
executar. Ela é um tal fazer que, enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de 
fazer. Ela vem de encontro com uma educação inclusiva pautada na valorização 
das competências da expressão, no equilíbrio entre emoção e razão. 
Sugestões de Atividades na Arteterapia para Educandos com Deficiência 
Dificuldades na Leitura e Escrita Trabalhar alfabeto móvel, fazer 
construção de frases, montar quebra-
cabeça, diferentes jogos 
pedagógicos, utilizar argila. 
Desenvolvimento Socioafetivo Trabalhar com jogo simbólico e de 
cooperação, utilizar recursos 
artísticos, pintura coletiva, fantoches, 
esculturas. 
Desenvolvimento da Linguagem Trabalhar com dramatização, 
contação de história, músicas, jogos, 
pinturas, modelagem, colagem, 
brincadeiras livres. 
 
 
A arte em forma de atividade criativa e integradora da personalidade fez 
com que Jung comentasse que “a arte é a expressão mais pura que há pois a 
demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é 
sensibilidade, criatividade, é vida”. (JUNG, 1920 apud CARRANO, 2002, p. 41) 
Segundo Susan Bello (1998): 
 
(...) o sistema educacional deveria estar interessado em expandir o 
autoconhecimento e o potencial criativo em seus estudantes e atuar 
como uma ponte, incorporando o aprendizado emocional ao sistema, 
do primeiro grau até a educação adulta. Precisamos ajudar as pessoas 
a serem mais espontâneas e autênticas, ajudá-las a definir seus 
pensamentos limitadores, seus subpersonalidades, aprender como 
reconhecer e comunicar seus medos, seus verdadeiros sentimentos e 
os desejos de seus corações (BELLO, S., 1998, p. 63). 
 
 
33 
 
Muitos acreditam que a arteterapia resgata a criatividade do indivíduo, 
busca a psique saudável estimulando a autonomia e transformação interna. “O 
trabalho com arteterapia visa exatamente permitir a ação mental, ou a 
elaboração, com o intuito de extrair emoções que se encontra ‘oculta’ com a ideia 
na imagem formada, em princípio inexistente no sentido empírico” 
(URRUTIGARAY, 2006, p.26) 
 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017). 
O educador emocional tenta trabalhar com conceitos positivos dos 
sentimentos e considera todos os sentimentos como uma mensagem que deve 
ser avaliada e estudada. A arteterapia vem contribuir com a inclusão escolar 
despertando a espontaneidade das emoções, enfatizando o amor próprio, 
fortalecendo o mundo interior, a autoestima para que o educando com deficiência 
se desenvolva e se insira na sociedade. 
A arteterapia cuida do ser humano na sua essência, integrando as áreas 
básicas: neurológicas, cognitivas, afetiva e emocional, aprimorando as funções: 
percepção, atenção, memória, pensamento, capacidade de previsão, 
exploração, execução, controle de ação, além da sua função social. 
(FRANCISQUETTI, 2004 apud CIORNAI, 2004) 
Segundo Philippini, a arteterapia é considerada: 
 
Como um processo terapêutico, que ocorre através da utilização de 
modalidades expressivas diversas. As atividades artísticas utilizadas 
configurarão uma produção simbólica, concretizadas em inúmeras 
possibilidades plásticas, diversas formas, cores, volumes, etc. Esta 
materialidade permite o confronto e gradualmente a atribuição de 
significados as informações provenientes de níveis muito profundos da 
psique, que pouco a pouco serão aprendidos pela consciência (2000 
apud COUTINHO, 2007, p. 46). 
 
Arteterapia Educacional
Educação Emocional
Personalidade Criativa
 
34 
 
 
Com isso, a arteterapia na Educação Especial tem como objetivo fazer 
que o indivíduo conheça a si mesmo e a que aprenda a lidar consigo. Para os 
educandos com deficiência, a arteterapia auxilia nas questões emocionais e 
auxilia nas dificuldades de aprendizagem, pois através da arte o educando 
desenvolve suas habilidades, que facilitam o processo de ensino aprendizagem. 
O professor que trabalha com a arteterapia deve ter consciência do que 
esperar ou não daquele estudante, pois terá melhores condições de oferecer 
atividades adequadas e que tenham objetivos para facilitar a aprendizagem, 
trabalhando suas dificuldades e deficiência, assim como observando de que 
forma trabalha. 
 
As atividades de arteterapias estimulam a desinibição, o 
autoconhecimento, a criatividade, levando os participantes a uma 
sensação de integração com o mundo queinstiga a resolução de 
conflitos pessoais, a melhoria de relacionamento social e 
desenvolvimento harmônico da personalidade. (GEORGE, 2007, p. 31) 
 
 
A arteterapia e a expressão plástica são consideradas um excelente meio 
para desenvolver e estimular a comunicação. Ela na inclusão baseia-se no 
envolvimento entre o processo criativo e a atividade artística num processo que 
com objetivo de enriquecer a qualidade de vida como um meio de trabalhos o 
emocional e facilitar a autopercepção. 
O professor deve adotar uma postura e atitude criativa, investindo em 
estratégias diferenciadas que tentem dar respostas às dificuldades dos 
educandos. Com efeito, esse trabalho juntamente com uma escola aberta as 
diferenças dos alunos aceitando-os, respeitando-os, munindo-os de recursos 
humanos, materiais didáticos necessários a uma resposta adequada a este 
problema. 
 
 
35 
 
Amplie Seus Estudos 
 SUGESTÃO DE LEITURA 
Sobre a Arteterapia, leia o livro que 
aborda a prática da inclusão por meio 
da Arteterapia e Inclusão por meio da 
Arte ao relacionar a Arte-terapia e 
Educação Inclusiva, com-
preendendo como uma forma de 
relação humana entre si. 
 
O trabalho da arteterapia com a pessoa com deficiência só é possível se 
compreender quais as necessidades do educando, quais as suas 
potencialidades e de maneira ele pode aprender. É na escola em que esse aluno 
está inserido que se pode aprender a respeitar as diferenças e aceitar a 
existência de uma sociedade bastante heterogênea. Nessa escola onde 
chamamos de inclusiva, esse trabalho de arteterapia pode ser realizado tanto 
pelo professor de arte quanto pelo professor do Atendimento Educacional 
Especializado (AEE) das Salas de Recursos Multifuncionais. 
A Arteterapia é um caminho através do qual cada indivíduo pode encontrar 
possibilidades de expressão para, através de técnicas e materiais artísticos, 
processar, elaborar e redimensionar suas dificuldades na vida. “Mas estão o que 
se esperar com a arteterapia?” 
Espera-se o aumento da autoestima, crescimento individual, 
entendimento das situações, exercício criativo, aumento da confiança e do poder 
de superação, melhora da qualidade de vida, melhora das relações consigo 
mesmo e com os outros, aceitação de si mesmo e melhor posicionamento diante 
das adversidades. O educando especial se sentirá melhor consigo mesmo, que 
se sentirá mais relaxado e alegre, respondendo melhor a qualquer tratamento 
médico e convivendo no seu grupo de forma mais harmônica, e principalmente, 
se tem a melhora no seu ensino aprendizagem. 
 
 
36 
 
Ví deo 
Você sabe o que arteterapia? E qual a diferença entre arte, arte 
educação, arte como terapia em arteterapia? Veja no vídeo O 
que é ARTETERAPIA – A diferença entre ARTE, ARTE 
EDUCAÇÃO, ARTE COMO TERAPIA E ARTETERAPIA a 
seguir estas diferenças. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=qGpwE5yCG2g 
 
 
Resumo Aula 4 
 
 Nesta aula, aprendeu-se sobre o que é arteterapia, como trabalhar e sobre 
a sua importância para desenvolver o EU do indivíduo com deficiência, esteja 
ele na escola inclusiva ou não. Assim também como algumas atividades e como 
trabalhar individualmente com cada aluno. 
Atividade de Aprendizagem 
Com base na última aula, elabore um plano de atendimento de 
arteterapia para um aluno com Autismo. Esse plano deve ter 
duração de 1 hora e deve ter: Objetivos e encaminha-mentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo da Disciplina 
 
Nesta disciplina aprendeu-se que na escola a Arte sensibiliza os 
educandos, interagindo o conhecimento escolar com vivência e permitindo 
novos conhecimentos. Forma-se o ser criativo através de um processo cultural 
e de vida. 
Foi visto que a Arte na Educação Especial contribui para a educação, 
principalmente nas áreas da pintura, desenho, modelagem, possibilitando assim 
o desenvolvimento cognitivo, motor e social do educando com deficiência. 
Sabe-se que o papel do professor é o de mediador do conhecimento, 
incentivando e valorizando o desenvolvimento crítico do seu educando, pois é 
por meio da arte que eles irão se expressar, perceber, imaginar-se nesse mundo 
como alguém que tem possibilidade de criar. 
Conhecer a arte e, principalmente, relacionada a Educação Especial, é 
estar em um amplo mundo de múltiplas formas de linguagens que vem oferecer 
diferentes formas de comunicação, de expressão, de criatividade que vem de 
encontro com a socialização e ao estímulo psicomotor dos educandos 
contribuindo com a aprendizagem escolar. 
 
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