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Psicologia escolar e estudantes da terceira idade

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EstudosdePsicologia
1997,Vo114,nO2, lI -24 1
PsicologiaEscolareestudantesdeterceiraidade:
algumasquestõessobreproduçãocientífica
ReginaMariaPradoLeiteErbolato1
PontifíciaUniversidadeCatólicadeCampinas
A educaçãopennanenteparaidososvemsendooferecidaprincipalmenteporumnúmerocrescente
deUniversidadesdaTerceiraIdade.Apesardisso,ospsicólogosescolaresparecempoucoatentosa
essesaprendizes.Nesteartigosãoexaminadasalgumashipótesesquepossamexplicarafaltadeestu-
dosteóricosepesquisassobreestudantesmaisvelhos:(a)poucaliteraturanacionaldisponívelsobre
essetemaespecífico;(b)faltadeconsensoquantoadefmiçõesdosujeitodoprocessoeducativo;(c)
dificuldadesemestabelecerobjetivoseducacionais,e(d)emavaliaraadequaçãodessesobjetivosao
atendimentodenecessidadeseinteressespotencialmentediversosdegruposetáriosmuitovariados.
Palavras-chave:educaçãopennanente,psicologiaescolar,terceiraidade.
Abstract
Schoolpsychologyand third-agestudents:somequestionsaboutscientificproduction
Pennanenteducationfor theelder1yisbeingmostlyofferedby anincreasingnumberofUniversi-
tiesoftheThirdAge.Nevertheless,schoolpsycologistsseemunawareofolderleamers.Somehy-
pothesisthatmightexplainthelackoftheoreticalstudiesandresearchfocusingagedstudentsare
examinedinthisartic1e:(a)areducedamountofavaiablenationalliteratureonthisspecificmatter;
(b)disagreementsondefinitionsregardingthesubjectof theeducationalprocess;(c)difficultiesin
establishingeducationalobjectives,and(d) inassessingthefitnessoftheseobjectivesinaddress-
ingpotentiallydiverseneedsandinterestsof awiderangeof agegroups.
Key words: permanenteducation,schoolpsycology,thirdage.
Numbrevehistórico,épossívelafirmar-
sequeaeducaçãoparaadultos,jovensounão,
surgiuhálongotempo,comoresultadodainflu-
ênciadefilósofoscomoSócrates,Platão,Aris-
tóteleseoutrosgrandespensadores.
Mucchielli (1980:10) cita Condorcet,
cujoprojetofoi apresentadoem1792àAssem-
bléiaNacionalFrancesa,comosendoum dos
precursores:
aoshomens,emtodasasidades,afa-
culdadede conservarseusconheci-
mentosedeadquiriroutros.O povo
deveráser instruidosobreas novas
leis, as observaçõesda agricultura,
osmétodoseconômicosquenãopode
ignorar:deve-lheserreveladaaarte
deinstruir-sea sipróprio".
"A instruçãodeveser univer-
sal,istoé,deveestender-sea todosos
cidadãos.Deve. em seusdiferentes
graus,abraçartodoosistemadosco-
nhecimentoshumanose assegurar
Savicevic(1991:180)mencionaumtra-
balhoanteriorsobreeducaçãoeaprendizagem,
deautoriadeComenius,datadodoséculoXVII:
"Nossoprincipaldesejonãoé
procurar desenvolverao maispro-
fundograudehumanidadeapenasin-
dividuosou somentealgumasou
diversaspessoas,massimumetodos,
jovense velhos,homense mulheres;
emresumo,todosaquelesqueforam
I. DoutorandapelaCAPES.
Endereçoparacorrespondência:Av. Dr. Arlindo Joaquim
deLemos,90I Apto 21.JardimProença,CEP 13095-000,
Fone/fax(019) 251-7260,Campinas,SP, E-mail: erbo-
lato@correionet.com.br
ReginaMariaPradoLeiteErbolato
destinadosa nascercomo homens,
para quefinalmentea raça humana
inteiradescubraa cultura,indepen-
dentedeidade,classe,sexoounacio-
nalidade".
Seemépocasmuitoanterioresessapreo-
cupaçãocomaeducaçãopermanenteerajustifi-
cável,hojeemdiapassaaserumanecessidade.
De acordocom Dália (1983),umadasconse-
qÜênciasdoprogressocientífico-tecnológicofoi
umaumentonaexpectativadevida.As altera-
çõesconseqÜentes(principalmenteemvirtude
da introduçãodetecnologias)foramdeordem
social,cultural,econômica,entreoutras,cau-
sandodesestabilizaçõese ampliandoa impor-
tânciada educaçãocomofator de equilíbrio.
Nãoexistemaisumsaberdefinitivo,suficiente
parao restodaexistência.A mudançanademo-
grafiaresultantedamaiorlongevidadetambém
passou a exigir uma atualizaçãoconstante
nãosó emnívelprofissional,mastambémna
capacidadedecontrolaromeio,dedeterminaro
futuroedegerenciaraprópriavida,oqueimpli-
ca a aprendizagemde novos papéissociais.
Essaexigênciadeatualizaçãoatingeespecial-
menteuma populaçãoemergentede idosos,
previstaparaumfuturopróximo,conformepro-
jeçõesestatísticasamplamentedivulgadas,den-
treas quaisas do IBGE (Otávio,1997),e terá
certamenteumainfluênciapositivanoenvelhe-
cimentobem-sucedido.
No Brasil,programasdirigidosa idosos,
inclusiveeducativos,encontram-sedisponíveis
desdeosanos60enasceramprincipalmentede
iniciativasdeparticulares(emespecialdo Ser-
viço Socialdo Comércio).Os quepartiramde
iniciativasgovernamentaisforamdesaparecen-
doporproblemasburocráticosquetambémin-
viabilizavama avaliaçãode seu impactona
clientelaatingida.Tais programaspodemser
classificadoscomo:"organizativos/reivindica-
12
tivos" (criadospelos próprios interessados);
"consultivos"(quedeveriamfornecersubsídios
paraoutrosprojetos),"de estudos,documenta-
çãoeproposições",e "delazer,associativismo,
saúdee informações"(Prata,1990:236-7).
Um aspectoque nãodeveserdescon-
sideradoem qualquerplanejamentoeduca-
cional, independentede seus alvos, é sua
fundamentaçãocientífica.Sendoos múltiplos
aspectosdoenvelhecimentodoâmbitodemui-
tasciências,dentreasquaisa Psicologia,cabe
aqui acrescentara importânciado envolvi-
mentodas instituiçõessociaisno atendimento
dasnecessidadesdessesegmentopopulacional.
Em particular,dascontribuiçõespotenciaisda
PsicologiaEscolarque,por seusestreitosvín-
culoscomaPedagogia,eporinteressescompar-
tilhados,vembuscandoocuparseumerecidoes-
paçoeminstituiçõeseducativasasmaisdiversas,
dedicadasao ensinotradicional,especializado,
técnico,etc.,dirigidosadiferentesalvos.
O pesquisadorinteressadona aprendi-
zagem ao longo do envelhecimentopode
defrontar-secomalgumasdificuldades.Via de
regra,há muitaliteraturaacercada educação
paraadultosmaspoucoseencontraa respeito
da educaçãoparaadultosmadurosou idosos.
Em nívelnacional,aproduçãocientíficaacerca
dos vários aspectosdo envelhecimentotem
crescidonosúltimosanos;umexemplosãoobras
deou organizadasporNéri (1991,1993b,1995).
De paIiicularinteresseé umapesquisadessa
autoraabordandoas motivações,em alunos
maduros,paramatrículaemumprogramaedu-
cativodirigidoàterceiraidade(Néri,1996).En-
tretanto,deuniaformageral,temasligadosà
aprendizagem,como pesquisassobre moti-
vação,cogniçãoe memória(estasúltimasex-
cluindosujeitoscom patologiasgravescomo
demênciae Alzheimer),entreoutros,sãomais
encontradosnaliteraturaestrangeira.
2
1
PsicologiaEscolareestudantesdeterceiraidade:algumasquestões... 13
I; Algumashipótesespodemserlevantadas
parajustificar,pelomenosempat1e,aescassez
deproduçãocientíficasobreaaprendizagemeo
aparentepoucoenvolvimentodopsicólogoes-
colarcomalunosmaisvelhos.
A primeiradelaspodeestarrelacionada
.;omumconsensobastantearraigadoa respeito
doBrasilcomosendoumpaísdepopulaçãoes-
sencialmentejovem.A difusãodeprevisõeses-
tatísticasde um envelhecimentodemográfico
generalizadosó recentementecomeçoua des-
pertaro interessedepesquisadoressobreo tema
emquestão.Pesquisassobreaprendizesmais
velhosaindanãojustificavammaioresinvesti-
mentos.No queserefereà PsicologiaEscolar,
apesarda educaçãoparapessoasidosase/ou
aposentadaster sido incluídacomo partedo
campodeatuaçãodopsicólogoescolarháquase
20 anos (Marques,1980,apud Klang,1981),
representantesdessaáreatêmmantidoconcen-
tradassuas pesquisasnuma clientelatradi-
cional:crianças,adolescentese adultos(estes
últimospodendoreferir-se a estudantesde
graduação,profissionaisdeníveluniversitário,
paisdealunosemembrosdaequipeescolar).
Como ilustraçãoda poucarepresenta-
tividadedaproduçãocientíficaacercadeestudan-
tesmaisvelhos,sãoapresentadosdadosdesessões
decomunicaçõesdetrêscongressosnaárea.
Duranteo 1CongressoNacionaldePsi-
cologiaEscolar,em 1991,a "Implantaçãoda
universidadeparaa terceiraidade",pesquisa!
açãodaáreadePedagogiadaUFRGS (Castro,
Folberg & Lassance,1992:295),foi a única
comunicaçãosobreesseobjetodeestudo.Wit-ter& Yukimitsu(1996)analisaramo conteúdo
dassessõesdecomunicaçãodoreferidoevento.
Dentreos resultadosapareceo alunode pri-
meirograucomo principalsujeitoenfocado,
sendoqueestudantesdeterceiraidadenãose
mostrarampercentualmentesignificativospara
seremmencionados.
s
I,
a
s
Em 1994,duranteo 11CongressoNa-
cionaldePsicologiaEscolareo XVII Intema-
tionalSchoolPsychologyColloquium,não
houvequaisquerinformaçõessobreosvários
projetoseducativosdesenvolvidosno mu-
nicípio,estadoou país,voltadosà terceira
idade.As duasúnicasreferênciasencontradas
foramde Lagos(1994a;1994b),umarela-
tandoumprojetodeeducaçãoparaadultos
maisvelhos,e a outra,umprogramadeedu-
caçãoinfantildo qualparticipavampessoas
idpsas,ambosocorrendonoChile.
Maisrecentemente,no111CongressoNa-
cionaldePsicologiaEscolar,apenasdoistra-
balhoscomsujeitosdeterceiraidadefizeram
partedassessõesdecomunicações,asaber,pes-
quisasdeErbolato(1996a)sobreaavaliaçãode
umaUniversidadedaTerceiraIdadesobaótica
dosalunos,edeWolf& Oliveira(1996),sobre
desenvolvimentodacriatividade.Pesquisou-se
tambémaproduçãonaáreaEscolarnumevento
degrandeabrangência,comoa 483Reunião
AnualdaSBPe realizadaem1996.Entreas
conferências,simpósiosemesas-redondas,um
únicotrabalhofoi encontradosobrea con-
tribuiçãoda psicanálisea creches(Palmigi-
ani,1996).Nas sessõesde comunicações
científicas,deumaformageral,pesquisascom
sujeitosidososforamprovenientesdeDeparta-
mentoscomo:.Enfermagem,EducaçãoFísica,
Antropologiae PsicologiaSocial,Medicinae
SaúdePública,eatémesmodeumaSecretaria
daJustiçaeCidadania.Omaiornúmerodecon-
tribuiçõesfoidoServiçoSocial.No campoes-
pecíficoda Psicologiaprevaleceramrelatos
ligadosàsáreasSocialeClínica(asáreasEsco-
lare Evolutiva,quandomencionadas,faziam
partedeumDepartamentonãoexclusivo)sobre
idososempsicoterapia,asilados,compatolo-
giasouemestadoterminal.Pesquisascomsu-
jeitos'saudáveis'foramexceções:adeOliveira
(1996),sobremotivaçõesparafreqüentarem
ReginaMariaPradoLeiteErbolato
umcentrodeconvivência,eadeSantos(1996),
acercadasdiferençasnasrepresentaçõessociais
davelhiceentreidososdezonasruraiseurbanas
de um estadonordestino.A educaçãoperma-
nenteparaa terceiraidadenãofoi umtemaen-
contrado,nemmesmoemtrabalhosdesenvolvi-
dosnocampodaEducação.
É precisoter-seemmentequetemasespe-
cificamenteligadosàproblemáticadoenvelhe-
cimentopodemserabordados,emsuaampli-
tude,emcongressos,simpósiosetc.,vinculados
àGeriatriaeàGerontologia.Relatosdepesqui-
sasacercada aprendizagemna terceiraidade
poderiam estar se deslocandopara outros
meios.Por essemotivojulgou-seconveniente
citardoiseventosnaárea,comoilustraçãoda
produçãocientíficarecentesobreeducaçãopara
adultosmaisvelhos,geralmentefornecidapor
UniversidadesdaTerceiraIdade.
Duranteo I Pan AmericanCongressof
Gerontology,realizadonoBrasilem 1995,nas
mesas-redondasesessõesdecomunicaçõesci-
entíficas, os programas educativos mais
freqüentementeapresentados,relacionadosou
nãoa essasUniversidades,direcionavam-sea
umfim específico,como:formaçãodeprofis-
sionais na área, capacitaçãode cuidadores
leigos, saúde e autocuidado, nutrição e
atividadesfísicas,ourelatosdeexperiênciasde
convivênciaentreidosos.Apenasumtrabalho
pareceuestarligadoàeducaçãodeformamais
ampla:o deCastro(1995),quenarra,entreos
objetivosdaUniversidadedaTerceiraIdadeda
UFRGS: produçãodeconhecimentos,aumento
de perspectivasna velhice,melhoriana auto-
estima,maiorenvolvimentodosalunoscoma
comunidadecientíficaecompolíticassociaisque
pudessembeneficiá-Ios.Na sessãodeposterssó
um título relacionava-seà educaçãoperma-
nente(Soares,1995),masaausênciaderesumo
nãoforneceumaioresesclarecimentos.
---
14
Um quadro muito mais promissor
revelou-seapenasumanodepois.Nas sessões
reservadasaostemaslivresemGerontologiada
IX JornadaBrasileiradeGeriatriaeGerontolo-
gia, o númerode trabalhosrelacionadosà
aprendizagemna terceira idade cresceude
formasensível.Quandosetratavadeprogramas
educativosemgeral,os fins mantiveram-seos
mesmos:formaçãodeprofissionaisnaárea,ca-
pacitaçãodecuidadoresleigos,nutrição,saúde
e autocuidado,atividadesfísicas(ou fisiotera-
pia),acrescentando-sepromoçãodesaúdemen-
tal,prevençãodediabetesedeproblemascoma
pressãoarterial.Especificamentena áreada
Psicologia,tambémhouverelatosdeconvivên-
ciaentregruposde idosos.Dentreasavaliações
dasUniversidadesdaTerceiraIdadedestacaram-
seosseguintestrabalhos:
Castro& Vargas(1996)relacionarama
aprendizagemcom umamelhorqualidadede
vida,alémdeapresentaremestudossobrecog-
nição, personalidade,interaçõescom grupos
primários,mudançasde hábitos,mecanismos
de auto-regulaçãoetc.Cachioni (1996)asso-
ciouaparticipaçãonaUniversidadeaoenvelhe-
cimentobem-sucedido,investigandotambém
os interessesdos estudantes,as expectativas
quantoao cursoe os índicesdesatisfação.As
relaçõesda educaçãopermanente,da partici-
paçãoem atividadesfísicas, de lazer,sócio-
culturaisecomunitárias,comoresgatedacida-
daniaeabuscademudançassociaisforamdescri-
tasporPalma(1996).Guidi(1996)relatouum
trabalhodetreinamentoe departicipaçãode
alunoscomoentrevistadoresempesquisaci-
entíficadelevantamentodascondiçõesdevida
dapopulaçãolocaldeterceiraidadeeaspossi-
bilidadesdeconscientizaçãodecorrentes.A in-
fluênciadeumaUniversidadedaTerceiraIdade
nasmudançasdepolíticassociaisenamelhoria
dequalidadedevidadapopulaçãoidosafoi
avaliadaporLeitão,Tirado& Pereira(1996).
4
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6).
PsicologiaEscolareestudantesdeterceiraidade:algumasquestões..,
Duarte& Ribeiro(1996)mostraramosresulta-
dospositivosdarediscussãododesempenhode
novospapéisfamiliares(papéisdeavós),eEi-
ras(1996)avaliouo impactodaeducaçãoper-
manentenasrelaçõesfamiliares.O trabalhode
Maza(1996)dedicou-seà históriada partici-
paçãocrescentedaterceiraidadeematividades
acadêmicasesociaislocais.
Emboraseja desejável,em eventosde
carátermultidisciplinar,informaçõessobrea
qualificaçãodoes)autor(es),amesmanãocos-
tumaestarpresente.Contudo,otipodetrabalho
ou a instituiçãode origempodemeventual-
mentefornecerpistasaesserespeito.
Dentreosoitorelatosapresentadosnare-
feridaJornada,apenasdoisapontamparauma
ligaçãodiretacoma Psicologia:o deCachioni
(1996)eo deCastro& Vargas(1996).Outros
estãovinculadosacentrosdepesquisa(semes-
pecificação),aUniversidadesdaTerceiraIdade
ouaprojetossimilares,eosrestantes,afaculdades
deEnfermagem,deEducaçãoFísicaeDespol10s,
deFisioterapiaeTerapiaOcupacional.
UmtrabalhoforadocampodaPsicologia
merecesermencionado:adissertaçãodePizzo-
latto(1995)naáreadeLingüísticaAplicada,so-
bre o ensinode línguaestrangeira(inglês)a
adultosnaterceiraidade,naqualoautordiscor-
reusobrea aprendizagemnessafasee a inter-
ferênciadedéficitsdememória.Aindarelatou
algunscompol1amentosem salade aula,dos
quaisos sujeitosse apropriavamcomosendo
'típicos'davelhice,easdificuldadesencontra-
daspelosprofessoresemlidarcomtaisalunos,
pordesconhecimentodesuascaracterísticas.
Como pode ser notado, se, para o
psicólogoescolar,oestudantedeterceiraidade
aparentacarecerdegrandeimportância,outros
profissionais(pedagogos,assistentessociais,
terapeutasocupacionais,enfermeiros,nutri-
cionistas,fisioterapeutasetc)têmestadoaten-
tos às necessidadese ao potencial dessa
15
população,possivelmenteassumindoalgumas
dasfunçõesquecaberiamaessepsicólogo.O
problemanãoseresumeapenasemocuparoes-
paçoquelheédevido,masemassumirquepode
contribuiremmuito,mas,paratanto,devein-
vestirmaistemponaaquisiçãodenovosconhe-
cimentos. Mesmo sua participação no
planejamento,implantaçãoeavaliaçãodasUni-
versidadesda TerceiraIdade permanece
desconhecida.
Voltandoà questãodessasUniversi-
dades,umdadodeinteresseéqueelasatingem
indiscriminadamentealunosdemeiaeterceira
idade.Sebemqueessaaberturasejaumaspecto
positivo,subgruposetáriosdiferenciadossão
tratadosindiscriminadamentecomo'terceira
idade',o quecomplicaaorganizaçãodainfor-
maçãoeaconstruçãodeumreferencialmaises-
pecíficoe consistente.Como instituições
sociais,essescursostêmo potencialparaesta-
belecernormasetárias,entreoutras;assim,tal
rotulaçãogeneralizadapodecontribuircom
umapossívelantecipaçãoda velhice(Néri,
1996).
Isso remetea umasegundahipótese.
Estudaraaprendizagemaolongodoenvelheci-
mentoe suasimplicaçõesnavidadosalunos
implicanecessariamenteadotar-sepelomenos
ummodeloteóricorelacionadoaodesenvolvi-
mentoqueincluao cursocompletodevida.É
impossívelestudaravelhicecomoumaconteci-
mentoisolado.O idosotemumahistória,um
presentequepodeseralteradoeumfuturoaser
construído,aindaquedecertaformalimitado,
sendoousodeestratégiasparaenvelhecerbem
umadaspropostasdeBaltes& Baltes(1990).
Seaaprendizagemestávinculadaa mudanças,
adotar-seteoriasqueconcebama vidaadulta
comoumafasedeestabilidadeeneguempossi-
bilidadesdecrescimentoposterior,é partirde
umpressupostoinadequado.Masaindarestam
dificuldadesnesseestudoquetranscendemo
ReginaMariaPradoLeiteErbolato
domíniodaPsicologiaEscolar:asquestõesde
conceituação.
Definirqueméosujeitodoprocessoedu-
cativoé anterioraoestabelecimentodeobjeti-
vosparaaeducação.Nesseponto,valelembrar
queédifícil estabelecerlimitesprecisosentreo
finaldavidaadultaeo iníciodavelhice,mesmo
quandoasteoriasqueconcebemohomemden-
trodeumaperspectivacontinuadadecursode
vidafaçamalguns'cortes'nodesenvolvimento,
ou divisõesemestágios.Estes,marcadospor
mudançasqualitativas,podemserbastanteúteis
do ponto de vista didático, principalmente
quandosetratadetentarcaracterizarmelhora
clientelaeestabelecerobjetivoseducacionais.
Numa definição bastanteabrangente,
Mucchielli (1980) define adultoscomo in-
divíduosqueexercematividadeprofissional,já
assumirampapéissociaise responsabilidades
porumafamília,tiveramexperiênciasdevida,
nãoapresentammaisrelaçõesdedependência
típicasda infânciae adolescênciamassimre-
laçõesdeinterdependênciasocial,organizaram
suasprópriasvidas,alémdeteremconsciência
deseupapeldentrodasociedadeedesuaspo-
tencialidadeseaspirações.
Na opinião de Tuijnman(1994),con-
cepçõesde adultocomoaquelequeatingiua
maturidadefísicaeemocionalcorremoriscode
considerar 'juventude' ou 'infância' como
estágiosimaturose incompletos,poisessessão
construtos subjetivos determinados pela
históriaepelacultura;o autorpropõe,portanto,
umadefiniçãonão baseadaem aspectospsi-
cológicos,biológicosou legais,masemfunções
sociais,ouempapéiscaracterísticosdostatusde
adulto,apósaconclusãodeumaeducaçãoformal.
Emambososcasos,adiferenciaçãoentre
indivíduosadultose idososparecebasear-se,
emparte,nodesempenhodepapéissociais,pre-
sentesouprevistosparao futuro.
16
Comofoi visto,seadefiniçãodeadulto
nãoé umatarefasimples,determinarquemé
'velho'trazaindamaioresdificuldades.Se-
gundoMinois(1989),o envelhecimento,do
pontode vistabiológico,começano nasci-
mento,masseprocessanumritmodiferente.O
princípiodavelhicepropriamenteditapodeser
ou nãoacelerado,dependendodecondições
materiaisdevida,situaçãosocialecultura.
Masumlimitefixodeidadeparao início
davelhice(próximoaos60anos)costumaainda
serbastanteutilizado,comalgumasvariações
entreosautores.Numhistóricosobreavelhice,
Kirk(1992)afirmaqueesselimiteetáriofoies-
tabelecidonoséculoXIX, resultandodeestu-
dosmédicoseestatísticos(franceseseingleses)
querelacionaramíndicesdemortalidadeaalgu-
masdisfunçõesatribuídasaoenvelhecimentoe
a outrosdados,comopor exemplo:pesoe
massacerebrale corporal,capacidadepul-
monaretc.Posteriormente,essaidadecro-
nológicaespecíficapassoua servircomo
referencialparaosprimeirosprogramaseuro-
peusdepensãoatrabalhadoresououtraspes-
soasc0I!sideradasidosasouincapazes.Mesmo
comamelhoriasubseqüentedascondiçõesde
vidaedetrabalho,esseparâmetroinsistiuem
permanecer,quernaliteraturacientíficaquerno
sensopopular.
Outraopiniãodesfavorávelà utilização
de critériosetáriosé apresentadaporNéri
(1991:18).Segundoessaautora,o homemin-
terage,ao longoda vida,com"eventosdo
mundobiológico,ecológico,social,culturale
psicológico",experimentaçõesessas"media-
daspelocomportamentoverbal".Emnívelin-
dividual,sãotambémmediadaspelarealidade
particular(subjetividade),cujos referenciais
sãodeordembiológica,psicológicae social,
mudandodesignificadodepessoaparapessoa.
Sãoessasinterações,portanto,asresponsáveis
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PsicologiaEscolare esludantesdeterceiraidade:algumasquestões...
pelasmudançasaolongodavida,enãosóopas-
sardotempo.
Um dos argumentosda Gerontologia
contraautilizaçãodeumcritérioetárioparade-
finiçãodavelhiceéqueeleinclui,numamesma
denominação,todasaspessoasacimados60ou
65anosatéo final desuasvidas.Isso implica
umavariaçãoetáriade cercade 40 anos(Ca-
lasanti,1996).Alémdecarecerdefundamentação,
descrevepessoascomcaracterísticasdiversifica-
dascomopertencentesaummesmogrupo.
A expressão'terceiraidade',quevem
sendoutilizada no corpo do texto, requer
maioresesclarecimentos.Os critériosparase
consideraralguémcomo pe11encentea essa
categoriatambémsãovariáveis.A capacidade
produtivaéumrequisitoapresentadoporHore
(1994).Competência,habiIidadefuncional,ca-
pacidadeadaptativaeumníveldeatividadesu-
perioràexigênciadecuidados,sãocitadospor
Ballesteros(1983,apudCastro,Folberg& Las-
sance,1992)eKirk (1992).A existênciadeuma
qual1aidade,caracterizadaprincipalmentepor
senilidadeou por umagrandenecessidadede
cuidados(dependência),é mencionadapelos
dois primeiros autores, mas não há uma
aceitaçãogeralaesserespeito.
Uma pesquisade Dias (1995) revela
diferençasnas representaçõessociaisde 'ser
velho'(conotaçãonegativa)e 'estarnaterceira
idade'.Estaúltimaestáassociadaaumafaseem
quese conseguemudare integrar-sede uma
formamelhorna sociedade,sugerindoser a
mesmaumdescritorcommaioraceitaçãoentre
apopulaçãoidosa.
Resultadosdeumestudodetrêsanosde
duração(CarnegieInquiryintotheThird Age)
apresentadosemLondresem 1993,recomenda-
ramasubstituiçãodoteimo'velhice'por'terceira
idade',por referir-sea umanovaetapado de-
senvolvimentohumano,umapassagemdavida
17
adultaparaa velhicesemconotaçõesdede-
crepitudeedependência(Laslett,1994).
Essamudança,porsisó,nãotrazmaiores
esclarecimentos:a terceiraidadetambémtem
inícioimpreciso,alémdeenglobarestágiospo-
tencialmentemuitodiversossobumamesma
denominação.Velhice,terceira(ou quarta)
idadesó terminamcoma morte.Portanto,. ,
convemlevar-seemcontaqueos avançosda
Medicinaprevêemumaumentodalongevidade
paraalémdos 100anos(Folha deSãoPaulo,
1996).Seessametaaparentasermuitolongín-
qua, é oportunolembrarque Neikrug et ai
(1995)desenvolveramum estudocomalunos
de um projetode educaçãopermanentecujas
idadesvariavamde81a91anos,todoscomalto
nível de independênciae autonomia.Apesar
dessequadrofavorável,asprobabilidadesdese
encontrarhomogeneidadeentreinteressesene-
cessidadeseducacionaisdesexagenáriosedein-
divíduos(quase)centenáriosparecempoucas.
Acrescente-seque estudosatuais,com
destaqueparaosdeBaltes& Baltes(1990)eos
deNéri (1995),falamda existênciade muita
variabilidade, tanto intra quanto inter-
indivíduos,duranteo processode envelheci-
mento.Essavariabilidade,ouheterogeneidade,
conformedenominaçãode Calasanti(1996),
aparentasermuitomaiornavelhicedoqueem
outrasfasesdavida(Grigsby,1996).
Como exemplo,um estudode Fisher
(1993),enfocandopossíveiseventos,proble-
masoualteraçõesdevidaquefossemcomunsasujeitoscom mais de 60 anos, resultouna
descobe11adecincoperíodosdistintos,marca-
dos por mudanças,transições,perdasdeter-
minadas,redefiniçãodeobjetivosdevidae de
atividades.Dadoscomoessemerecemsercon-
sideradosno planejamentodeprogramasedu-
cativos,comvistasaatenderàsespecificidades
decadasubgrupo.
ReginaMariaPradoLeiteErbolato
A questãodavariabilidadelevantauma
terceirahipóteseparajustificarasdificuldades
encontradasnaproduçãocientíficaacercada
educaçãoparaindivíduosidososounaterceira
idade.Comoestabelecerobjetivos,métodos
pedagógicose conteúdostemáticosquecon-
templemumapopulaçãotãoheterogênea?
Mas, se algunsde seusaspectossão
muitovariados,outrossãocomuns.A própria
definiçãode envelhecimentoprevêalgumas
generalizações,como:umasériedemodifi-
caçõesna estruturae no funcionamentode
órgãose sistemasdocorpoapósa maturação
sexual.Entretanto,taismudançassedãoem
épocase comvelocidadesdiferenciadasnum
mesmoindivíduoouemindivíduosdistintos.
Caracterizam-seporganhoseperdas(estasau-
mentando)e com chancesdecrescentesde
sobrevivência(Néri,1995).As alteraçõesna
aparênciafísica,porexemplo,sãofáceisde
seremidentificadas;outrasnemtanto(por
exemplo,comoo sujeitoas vivencia).Mu-
dançascognitivas(nainteligência,namemória
e nacriatividade)e psicossociais(personali-
dade,auto-imagem,papéissexuais,familiares,
profissionaise sociais,na religiosidade,no
lazer,nareprogramaçãodofuturo,naaceitação
damorte)tambémfazemparterelevantedesse
processo.
Quantoaosaspectoscomuns,cabeaqui
ressaltaraimportânciadasnormasetáriasesta-
belecidaspordiferentessociedades.Taisnor-
masdeterminamquaiscomportamentossão
'apropriados',emqualestágioda vida,e a
época'correta'paratransiçõesdeumpapelpara
outro,transformandoem'natural'aspectosdo
desenvolvimentoestabelecidossocialoucul-
turalmente(Daffener,1996).Essaseoutrasin-
formaçõesnão podemser excluídasdas
preocupaçõesdo pesquisadorcomprometido
comoplanejamentooucomaavaliaçãodepro-
gramaseducativos.
18
Umapropostaparaeducaçãonaterceira
idadeé oferecidapelaGerontologiaEduca-
cional.EssetermofoiutilizadoporPetersonem
1976(Peterson,1990)paradescreverumramo
daGerontologiacomumobjetivoprincipal:
contribuirnãosó paraa longevidademas
tambémparaa longevidadefuncional(coma
incrementaçãodaqualidadedevida).Osde-
maisseriam:difundiro saberacercadoen-
velhecimentoeformarprestadoresdeserviço,
sejamprofissionaisoucuidadoresleigos.Se-
gundoesseautor,a educaçãoé umprocesso
planejado,devendoincluirnomínimoquatro
componentes:(a)currículoouo quedeveser
aprendido;(b)métodooucomosedaráaapren-
dizagem;(c) professor,quedeveconhecer
currículoemétodo,e(d)objetivosoufinsdese-
jados.Essapropostafacilitariaadiferenciação
entreprogramaseducativoseoutros,comopor
exemplo,osrecreativos,muitoemboraoautor
nãodiminuaos méritosdessesúltimosem-
preendimentos.Poroutrolado,é genéricade-
maisno que se refereaos objetivos,que
precisamseradaptadosàsespecificidadesde
cadaclientelaaseratingida.
Outros autorestambémoferecem
sugestõesdiversas.Comoexemplo,Moody
(1976,apudPeterson,1990)consideraa edu-
caçãoum aprendizadosério;paraqueela
ocorra,é necessárioqueo estudanteassuma
quetemumafaltadeinformaçõesacercadeal-
gumtópicoemparticulare desejesuperá-Ia
parapoderatuarnomundodeformamaisefi-
ciente.Essaposiçãopareceser,naaparência,
exatamenteopostaà de Cervero,datadade
1987,citadaporConnelly&Light(1991:236):
"As necessidadesde aprendi-
zagemnãodevemservistascomode-
ficiências do indivíduo,quepodem
ser tratadase remediadas.Ao invés.
asnecessidadesdeaprendizagemde-
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Psicologia Escolar e estudantesde terceira idade: algumas questões ... 19
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vemser encaradas como umdirei-
to do adulto de saber. Isto é, a
abordagemda educação continuada
deve ser revista, de um modelo
médico,para um modelo de direitos
humanos..."
Emboraambasas opiniõestenhamsua
lógica,nãosepodeesquecerque,antesdemais
nada,apóscompletarcertograude escolari-
dade, o indivíduo está desobrigado de
submeter-seà educação compulsória em
qualquertipodeinstituiçãoformaldeensino;se
o fazéporvontadeprópria,porexigênciaspes-
soaisdeaprimoramento,ounoexercíciodeseus
direitos,oqueremeteàimportânciadasexpecta-
tivasenecessidadesdaspessoasqueingressam
noscursosdisponíveisparaa terceiraidade.
No Brasil,existempolíticasdirecionadas
a atenderà problemáticado envelhecimento
populacionaldesde1996(Brasil,1996).Entre-
tanto,a distânciaentrea regulamentaçãode
umaleide 1994e suaconcretizaçãosugereum
longocaminhoaserpercorrido.Estãoprevistos
porlei,deumaformageral,o bem-estarsocial,
psicológicoe físico do idoso, entre outras
questõesrelevantes,como:a inclusãodotema
envelhecimentoemcursosdiversos,o apoioà
pesquisa,o incentivoàinserçãodoidosonauni-
versidadeouoapoioaprogramascomunitários
de assistêncianão-asilar.Entretanto,essase
outraspreocupações(comocertosaspectoséti-
cosejurídicosdavelhice)aindanãopodemser
consideradasprioridadesnaspolíticasgoverna-
mentais,comexceçãotalvezdasconseqüências
dessamudançademográficana economia;as
relativasàeducaçãonãoparecemsequerocupar
umespaçodefinido.
Conseqüentemente,as ofertasde edu-
caçãoparaaterceiraidadecontinuamprovindo
deiniciativasdeparticulares,comoéo casoda
maioriadasUniversidadesda TerceiraIdade,
quelevamemcontaas característicasmais
genéricasdapopulaçãoa seratingida.Logo
apósaimplantaçãopioneiradaUniversidadeda
TerceiraIdadenaPUC-Campinas,outras15
instituiçõessuperioresde ensinodemons-
traram,naépoca,interesseeminiciarempreen-
dimentossemelhantesemestadosdo Norte,
Nordeste,Sudestee Sul.Emcincoanos,cerca
de 60 programassemelhantesforamcriados
(Sá,1991,1995),umnúmeroemcontínuaex-
pansão,facilmenteverificávelemnotíciasre-
centesveiculadaspelamídia.
Deummodobastantegeral,essasUni-
versidadesvisamprovereducaçãopermanente
àpopulaçãodemeiaeterceiraidade,promover
a (re)inserçãosócio-comunitáriado idosoe a
atualizaçãodeseupotencial.Oferecem,além
dedisciplinas,atividadesdiversaseatémesmo
oficinasquepossibilitama aprendizagemde
novosofícios.
Assim,umaquartahipótesepoderia
relacionar-seàs dificuldadesno estabeleci-
mentodasfinalidadesdaeducação.Osobjeti-
vos,quedeterminamo conteúdocurricular,
levantamquestõesdeordemfilosóficaeética.
Battersby& Glendenning(1992)fazemper-
guntaspertinentesa esserespeito,entreelas:
qualéoconteúdoeducativo?A educaçãoparaa
terceiraidadeestáservindoaquem?Quemde-
terminao queosalunosdevemaprender?Re-
flexõessobreospropósitosdaeducaçãodevem
fazerpartedapreocupaçãodequalquerprofis-
sionalenvolvido.
MesmoapropostadaGerontologiaEduca-
cionaldePeterson(1990)nãochegaadarrespos-
tasa essesproblemas;apenasmencionaa
necessidadedesetrabalharcomobjetivos,que,
segundoFlorenzano(1991),permitemavaliaros
resultadosefazerasmodificaçõesnecessárias.
A grandeofertasugereumademanda
correspondente,ou seja,existeinteresseda
populaçãomaisvelhaemsematricularnoscur-
I1
ReginaMariaPradoLeiteErbolato
sosoferecidospelasUniversidadesdaTerceira
Idade.Com umnúmerocrescentedessasinsti-
tuiçõesdeensino,avaliaçõesdessesprojetosse-
riamdegrandeinteressenãosóparaaclientela
atendida,masprincipalmenteparaaampliação
do sabersobreaevoluçãodaaprendizagemao
longodavida.Mesmoporqueo alunodeter-
ceiraidadediferedo público-alvooriginaldas
universidades,constituído,emsuamaioria,por
jovenscomobjetivosdeprofissionalizaçãode
nível superior.Estudantesde terceiraidade,
escolarizadose geralmenteprofissionalizados,
têmhipoteticamentemotivaçõesoutrasqueini-
ciaroudarcontinuidadea umacarreira,mere-
cendoestudoàparte.
Tais estudos,entretanto,começamaos
poucosaseremdivulgados(emboraaumpúblico
restrito)e semumapaliicipaçãosignificativadaPsicologiaEscolar,dondeseconcluiquea
literaturapsicológicaarespeitodoaprendizado
naterceiraidadeaindacarecedemaiorescon-
tribuições.
NumapesquisarealizadapelaAutora,vi-
sandolevantar,comalunoseex-alunos,asex-
pectativasem relaçãoao curso,as vivências
duranteomesmoeosganhosprevistos/efetivos
decorrentesde cursaruma dessasUniversi-
dades,predominaramasexpectativasdeapren-
der,deconvivercompareseasrelacionadasàs
facilidadesoferecidas(comoausênciadevesti-
bulare deavaliaçõesdedesempenho).As ex-
periências valorizadas relacionaram-seàs
disciplinasteóricas,aostemasabordadose às
atividadespropostas,tambémconsiderados
maisfáceis.Os estudosrelatarampoucasdifi-
culdadese aspectosnãoapreciados.Predomi-
naramrelatosde ganhospessoais(principal-
mente autovalorização), e de aquisição e
recuperaçãodeconhecimentos.Asmudançasde
vidapercebidasforam:noautoconceito,nacon-
cepçãodoenvelhecimento,noscuidadoscoma
saúde,narotinadevida,no enfrentamentode
20
problemas,noníveldeconhecimentosúteis,na
culturageralenorelacionamentocomamigos.
Taismudançasforamatribuídasprincipalmente
àaprendizagemeàconvivênciacompessoasde
idadeaproximada.Forampoucas,nulasounão
significantesasmudançasem:lazer,patiici-
paçãoematividadesgrupais,relacionamento
comfamiliares,vida social,amorosae re-
ligiosa,concepçãodamorteeprojetosfuturos.
Algumasdasprincipaisconclusõessugerem
queessesprogramaspodempromovermu-
dançasbastantepositivasnosalunos,associa-
dasnãosóà aprendizagem.mastambémpor
facilitaremopoliunidadesdeinteraçõescomos
pares.Muitasdessasmudançasestãorelaciona-
dasaindicadoresdoenvelhecimentobem-suce-
dido (descritospor Baltes& Baltes,1990e
Néri,1993a),enquantoqueoutrosaspectosdo
envelhecimentoparecemdependerde con-
diçõespaliicularesdevidadossujeitos(Erbo-
lato,1996b).
A Autora,entretanto,reconheceoslimites
nopoderdegeneralizaçãodetalpesquisae a
urgênciaemaprofundar-seoestudodostemas
tratados.Outrasciênciastêmseocupadodas
possibilidadesdaeducaçãoduranteo envelhe-
cimento. Mas continuamfaltando con-
tribuiçõesda Psicologia,particularmenteda
PsicologiaEscolar,quecontemplem,dentroda
diversidadesociocultural,geográficae étnica
quecompõearealidadebrasileira,aspossíveis
diferençasentreasnecessidadeseducacionaise
ascaracterísticasdaaprendizagememdiferen-
tessubgruposetários,aqualidadeeaadequação
dosobjetivos,currículose métodospedagógi-
cos, o respaldocientíficodos cursosem
questão,esuasfinalidadestransformadorasou
de"mudançanacondiçãohumana",naspa-
lavrasdePinto(1991:49).
Essastransformaçõesdeveriamocorrer
emnívelindividual,pormeiodoaprendizado
denovosconhecimentos,decomportamentos
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PsicologiaEscolareestudantesdeterceiraidade:algumasquestões... 21
1
adequadosaodesempenhodenovospapéis,e
daadequaçãoàspossibilidadese limitações
inerentesaoenvelhecimento.Em nívelcole-
tivo,deveriacaberàeducaçãoconscientizaro
idosodeseupapelativonaconstruçãodenovos
saberese decondiçõesquefavoreçamo de-
nominadoenvelhecimentobem-sucedido,de
suacontribuiçãopotencialparaa sociedade,
paraoestabelecimentodemodificaçõesnoam-
bientefísicoesocial(comomedidasquefacili-
temamobilidade,oacessoaserviçosdesaúde,
aáreasdelazeredeatividadesfísicaseàedu-
caçãopermanenteparatodasasfaixassocio-
econômicasetc.),desuaforçadepressão,como
grupo,paraexigiro cumprimentode leise
políticassociaisjustas,quepropiciemumave-
lhiceindependenteeautônoma.
Umúltimocomentáriofaz-senecessário.
A implantaçãode muitosdessesprogramas
(presumivelmentedamaioria)resultoudeestu-
dosbastantefundamentados,comoéocasoda
UniversidadedaTerceiraIdadedaPUCCAMP,
frutode um projetode longaduraçãoda
FaculdadedeServiçoSocial(Sá,1991).Emsua
maioriatambémfuncionamemíntimarelação
comumauniversidadelocal.Infelizmente,não
sendocursosuniversitáriosnaacepçãodapa-
lavra,asexigênciasqueregulamentamseufun-
cionamentonãosãoas mesmasqueas das
universidadestradicionais:nãogarantemnem
umpadrãodequalidadedeensinonemumaca-
pacitaçãodesejáveldo corpodocente.En-
quantoestiveremvinculadasa instituiçõesde
ensinosuperior,épossívelesperarque,como
tempo,essesrequisitossejampreenchidos.Em
vistado carátermultie interdisciplinardo
estudoedapráticaprofissional,a inserçãodo
temanosdiferentescursosdegraduaçãotem
sidomencionadaemeventossobreGerontologia.
A formaçãodeumcorpodocentedevidamente
habilitadotambémdeveserconsideradauma
prioridade,semreduzira atividadedeensinoa
umafunçãoamadorística,comovemocor-
rendo,porexemplo,nasofertas(anunciadasem
jornaisdacidadedeSãoPaulo)decuidadores
'profissionais'de idosos,compostos,emsua
maioria,porpessoasquecarecemdehabili-
taçãooudassupervisõesnecessárias,conforme
dadosdepesquisadeDuarte(1996).
Emvistadocrescimentodademanda,a
quantidadede ofertas,a custoreduzido,
tambémaumentou.Exatamentepor causa
disso,peloriscodeumaproliferaçãoindis-
criminadaedesvinculadadomeioacadêmico,
sãorecomendáveisavaliaçõesconstantesdes-
sasmuitasUniversidades,pormeiodeconsul-
tasà populaçãoatingidaouporoutrosmeios.
Apesardaênfasedadaatéagoraànecessidade
deummaiorcompromissodaPsicologiaEsco-
larnessemister,noqueserefereaoensinopara
a terceiraidadee às suasconseqüênciasno
processode envelhecimento,pelaspróprias
característicasmultidisciplinaresdo assunto,
toma-secada vezmaisevidentearelevânciado
envolvimentodacomunidadecientíficacomo
umtodo,paragarantira devidaseriedadena
atençãoaoidoso.
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