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22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Psicologia nas organizações Aula 3 - Diferenças individuais e processos decisórios INTRODUÇÃO Ao �nal do mês de abril, precisamente em 29/4/2011, todo o mundo assistiu ao casamento do herdeiro da coroa britânica. A sucessão de Willian à coroa pela abdicação ou morte do então príncipe Charles já era um processo natural na divulgada linha de sucessão. A noiva, no entanto, escolheu sair de uma vida em que podia agir naturalmente sem estar sob o olhar atento de milhares de pessoas para uma vida em que a privacidade torna-se bem limitada. 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Decidir casar-se com um herdeiro da monarquia não se restringe aos laços do amor, pois uma série de outros fatores, como a própria mudança do estilo de vida, �ca envolvida. As opções de casar, �car solteiro, ter �lhos ou não, escolhas pro�ssionais e tantas outras rodeiam a nossa rotina e recebem in�uência direta de traços da personalidade. Quem decide analisa as opções a escolher e a situação e, em alguns casos, como a�rmam médicos ceteístas, não podem gastar muito tempo, pois a demora pode encurtar as possibilidades de uma vida. Decidir, em muitos momentos, envolve pressão, o que certamente desconforta, mas não pode paralisar. No cenário do trabalho podemos decidir de modo individual ou em grupo e, em ambos os casos, existem fatores favoráveis e desfavoráveis a isso. Analisaremos, nesta aula, todos os fatores aqui mencionados, o que nos fará re�etir sobre o inquietante e ao mesmo tempo difícil processo de tomar decisões. OBJETIVOS Identi�car diferenças nas pessoas e entender a sua natureza. Conhecer condições formadoras da personalidade. Identi�car condições de personalidade e de campo que favoreçam a tomada de decisão. Avaliar aspectos relevantes nos processos decisórios. 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= ATIVIDADE Antes de iniciarmos nosso conteúdo, Leia o texto a seguir: Tolerante, impaciente, autoritário, omisso, obstinado, resignado, alegre, triste, extrovertido, introvertido, calado, falante. En�m, quais dessas características poderiam ser atribuídas a você? Todas revelam traços de personalidade que utilizamos para descrever a nós mesmos e a outras pessoas. A descrição de outra pessoa nos parece mais fácil porque gastamos pouco tempo pensando em nossas características pessoais. Quando o fazemos, tendemos a nos atribuir mais qualidades do que “defeitos”, o que confere uma sensação mais agradável à própria estima. Traços de personalidade também são utilizados por roteiristas na composição de personagens teatrais. Personalidade, aliás, deriva de persona ― do latim ― e quer dizer máscara. Persona se refere ao aspecto externo, comportamental, de um indivíduo e a maneira pela qual ele é percebido pelas pessoas e in�uenciado por elas. No antigo teatro grego, os artistas representavam personagens, usando máscaras para que �casse bem evidente que a personalidade exibida não era a sua. Já na época de Shakespeare, as máscaras deixaram de ser usadas, o que não causou menos admiração na atuação dos atores em cena. A retirada da “segunda face” promoveu ainda mais os artistas e fez com que seu público pudesse se identi�car com as personalidades exibidas. REGATO, Vilma Cardoso. Psicologia nas Organizações. Rio de Janeiro: LTC, 2008. cap. 2. Agora que já leu o texto de Vilma Regato, re�ita: Nas redes sociais, as pessoas se apresentam descrevendo-se por traços de personalidade que, certamente, devem constituir seus hábitos padrão (que se repetem com frequência). Imagine que esteja se apresentando para alguém e que este espaço represente uma rede social. Como você descreveria sua personalidade? Quais características pessoais você identi�ca? Resposta Correta Todos os dias temos que fazer escolhas, não é mesmo? Viver exige uma série de decisões. Quando jovens decidimos que pro�ssão vamos seguir; se casamos ou �camos solteiros; se vamos ter �lhos etc. En�m, o universo de cada um é sempre permeado de escolhas, tanto no plano pessoal quanto no pro�ssional. Fonte: Não conseguimos dimensionar, no momento da escolha, se a emoção chega a interferir. Existe uma espécie de piloto automático. (Revista Época, maio, 2010) 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Existem decisões frequentemente tomadas em ambientes de muita pressão. PERSONALIDADE Decidir envolve pessoa e ambiente. As pessoas divergem muito em suas escolhas, dadas as diferenças de personalidade. Veja a seguir as de�nições de personalidade de acordo com alguns autores: Bergamini “A maneira de ser das pessoas, dos seus hábitos motores, das motivações psíquicas e, consequentemente, dos tipos de relacionamento interpessoal que mantêm”. (p. 104) Robbins (1999) Para �ns de grupo, devemos de�ni-la como “a soma total de maneiras como um indivíduo reage e interage com os outros”. (p. 34) Regato (2006) Não devemos desconsiderar que a presença de outros exerce in�uência signi�cativa sobre a conduta. Social => pode gerar aspecto inibitório. Social => pode gerar exibição. Fatores geneticamente herdados; fatores formados no ambiente, gênero, raça, cultura do ambiente e até mesmo a percepção (glossário) que fazemos uns do outros garantem que uma pessoa seja bem distinta da outra, embora possam existir a�nidades. TEORIA BEHAVIORISTA E DA APRENDIZAGEM Baseia-se na formação da conduta conforme a apresentação de estímulos ambientais. Considera essencialmente os condicionamentos (glossário). Estes podem ser: PERSONALIDADE/TEORIAS EXPLICATIVAS A Teoria de Traços Usados para a descrição de pessoas há milhares de anos, de�nidos como padrões habituais de conduta. Veja os principais teóricos da Teoria de Traços: A TEORIA PSICANALÍTICA DE FREUD A partir de 1895, Freud apresentou conceitos que causaram bastante agito à comunidade cientí�ca, estando entre eles: Conceito Características Inconsciente Estrutura do aparelho psíquico proposta por Freud. No inconsciente, conforme a Teoria Psicanalítica, estes conteúdos aos quais não temos acesso pela via da memória, material arcaico de nossas vidas (primeiras experiências infantis), instintos sexuais e impulsos básicos dos seres humanos. 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Histeria de conversão Psicopatologia proposta pela psicanálise que caracteriza a conversão, no corpo físico, de sintomas sem causa patológica.Alguns dos primeiros casos analisados por Freud tratavam de histeria que podia revelar paralisias motoras, cegueiras temporárias etc., sem que tais sintomas pudessem ser justificados em exames clínicos. Recalque Mecanismo de defesa do ego (estrutura consciente) que permite “barrar” da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto.O recalque não é voluntário, não decidimos o que “delatar” de nossa memória. Se assim fosse, não teríamos lembranças ruins e/ou tristezas. Freud observa que as tristezas que ficam tem sua razão e nos preparam para revezes. Aquilo que o ego se encarrega de “enviar” para o inconsciente é de regulação própria de vida psíquica. Trauma Refere-se à qualquer experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. Em termos psíquicos nos referimos à trauma quando pensamos em algumasituação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente, provocando problemas e/ou tristeza.Muitas vezes, precisa-se recorrer à ajuda profissional para vencer barreiras pessoais e consequentemente sociais impostas por situações de trauma. Psicanálise Fundada por Sigmund Freud é uma linha de tratamento para distúrbios de ordem neurótica e outras patologias. Pode ser administrada por médicos e psicólogos que tenham a especialização em psicanálise. 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= ESTRUTURAÇÃO PSÍQUICA, EM FREUD Uma contribuição teórica de Freud foi o modelo de aparelho psíquico, que é comporto por: Id, Ego e Superego. Acompanhe as três de�nições na animação abaixo: As estruturas psíquicas se inter-relacionam, justi�cando a nossa conduta. O ID representa impulsos relacionados ao alcance de prazer e o SUPEREGO às obrigações, impostas pela realidade. O EGO tenta uma mediação entre ambos. VOCÊ CONHECE O APLICATIVO WHATSAPP, CERTO? Nele, estamos acostumados aos seus emojis (aquelas pequenas imagens que transmitem a ideia de uma palavra ou frase completa). Agora, utilizando seu conhecimento sobre Id, Ego e Superego, analise os emojis nos celulares abaixo. Depois, marque a alternativa que corresponda aos complexos psicológicos, de acordo com Freud: Os emojis correspondem respectivamente a: a) Id, Ego, Superego b) Ego, Superego, Id c) Id, Superego, Ego d) Superego, Id, Ego Justi�cativa 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= DIFERENÇAS INDIVIDUAIS/PERSONALIDADE Rogers, indicado ao prêmio Nobel da paz em 1987, desenvolveu sua linha de estudo defendendo a ideia de que a pessoa é um ser cujo núcleo básico da personalidade tende à saúde, precisando estar aberta às experimentações para uma vida feliz. Carl Rogers Fonte: http://www.vestedway.com/the-psychology-of-outsourcing (glossário) Rogers foi um grande crítico de instituições de ensino, admitindo que estas formam comportamentos nos indivíduos, pela via do condicionamento, que não são genuínos. Ele In�uenciou métodos de ensino, psicoterapias e empresas (nos treinamentos e na administração de pessoas). Estudados os fatores de diferenças individuais, voltemos aos processos decisórios. Estes envolvem aspectos da personalidade de quem decide e aspectos relacionados às alternativas a escolher. (Chiavenato, 2000) O sujeito experimenta dissonância cognitiva que precisa reduzir. Decidir envolve três momentos de desgaste psíquico: Rowe & Boulgarides (1992) observam a existência de modelos decisórios distintos, sendo eles: Racionais 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Em que prevalece a análise sobre aspectos conceituais e da natureza das alternativas a escolher. Intuitivos Que se baseia mais na experiência pessoal de quem decide. O que determina se a decisão será racional ou intuitiva é a situação e o próprio agente. A decisão pode ser um processo solitário ou grupal, existindo aspectos positivos e negativos para cada uma destas situações. Decidir sozinho • O leque de possibilidades a escolher é sempre maior; • As decisões podem ser reavaliadas a qualquer momento (despende menor energia psíquica); • A responsabilidade se concentra numa única pessoa; • Há um maior comprometimento com a decisão. Decidir em grupo • Diminui as chances de erro; • A responsabilidade é dividida; • O comprometimento com a escolha é menor; Di�cilmente as pessoas reavaliam a decisão tomada em grupo (no momento pós-decisório despende menor energia psíquica). As organizações demandam decisões rotineiramente de suas equipes de trabalho. Nestes casos, como �ca a ética? • Bom nível de educação não garante bom-senso e/ou cuidado com os colegas na hora de decidir; • Os limites de tempo impostos levam a estresses que precisam ser administrados; • Tentar manter a mente aberta não deixa o indivíduo limitado à própria percepção no processo decisório; • No Brasil muitas decisões são baseadas em utilitarismo (cultura nacional). Tenha em mente que escolher é sempre muito difícil, e as escolhas estão sempre sujeitas a críticas. Uma alternativa é válida para as escolhas de alguns, nunca de todos, por isso quem decide está sempre sujeito a julgamentos. 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário PERCEPÇÃO Atividade cognitiva que permite identi�car e nomear objetos/estímulos que nos chegam pelos órgãos dos sentidos. A partir da percepção, nos adaptamos às situações, emitindo respostas geralmente compatíveis com as situações percebidas. Observe os exemplos: • Atravessamos uma rua ao observarmos o sinal aberto para pedestres; • Nos posicionamos atrás da última pessoa de uma �la; • Respeitamos a placa que indica mar em ressaca, não arriscando nossa vida em mergulhos. CONDICIONAMENTOS Comportamentos de padrão habitual, exibidos em decorrência da percepção de um estímulo já conhecido que nos é apresentado. Exemplo: atender ao telefone na percepção do estímulo sonoro. Fazer sinal para o ônibus ao avistarmos aquele que nos conduzirá ao destino desejado. PRÊMIO Condição reforçadora de algum comportamento, oferecida de maneira planejada, intencionando-se que a conduta se mantenha. Exemplo: vendedores que batem sua meta tendem a ser premiados. O prêmio acontece para que o comportamento de motivação à venda seja mantido. Os pais tendem a premiar os �lhos que conseguem bons resultados na escola. PUNIÇÃO 22/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1948300&classId=931829&topicId=2653533&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Condição de privação ou castigo propositalmente oferecida a alguém que exibiu uma conduta fora do esperado. Quando uma criança tira uma nota ruim na escola, por exemplo, ela pode ser privada de brincar no playground por um período ou não ter acesso à internet, até que sua nota apresente melhora.
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