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Processo Constitucional

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FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE INCONSTITUCIONALIDADE
	O ordenamento Jurídico brasileiro exige a constante fiscalização da compatibilidade vertical entre as normas infraconstitucionais é o texto da constituição, analisando se a forma inferior está em harmonia com a constituição.
	O que justifica a necessidade deste controle é o fato da nossa constituição ser classificada como rígida porque exige um procedimento de alteração muito mais difícil e complexo do que para a feitura das normas infraconstitucionais (LO, LC, MP, tratados internacionais dentre outros).
	Outro fundamento a justificar o controle é a posição hierárquica que a constituição ocupa na pirâmide de kelvin, sendo ela o fundamento de validade de todas outras normas do nosso ordenamento jurídico, é diante de um conflito entre uma norma constitucional é uma norma inferior prevalecerá a constituição.
Normas inferior compatível com a Constituição.
Fiscalizar a “compatibilidade vertical” das normas com a constituição.
ESPECIES DE INCONSTIRUCIONALIDADE
Por vicio formal – Ocorre quando a norma criada desrespeita o procedimento para a sua criação, seja porque o ente político que há criou não tinha competência para fazê-lo (orgânica), seja porque a autoridade que idealizou o projeto não poderia fazê-lo (vício de iniciativa), é por fim não foram observados os requisitos exigidos pela constituição (violação de pressupostos).									Verifica-se quando a lei ou ato normativo infraconstitucional contiver algum vicio em sua “forma”, ou seja, em seu processo de formação. 									Segundo Canotilho, os vícios formais”...incidem sobre o ato normativo enquanto tal, independentemente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade formal, viciado é o ato, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma final”					
Podemos, então, falar em inconstitucionalidade formal orgânica, em inconstitucionalidade formal propriamente dita e em inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato.						
Por vicio material – Está relacionado com o assunto/ conteúdo da norma que conflita com o conteúdo constitucional há exemplo de lei ordinária que institua pena de morte para homicidas/latrocínio violando a proibição de pena de morte no Brasil.								Nas palavras de Barroso “a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo, substantiva entre a lei e ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com a regra constitucional”																	
Vicio por ação – Quando o poder público criar/ edita uma norma viciada.		
Incondicionalidade / vicio por omissão – quando o poder público se mantem omisso e não edita a norma que deveria completar a constituição. Exemplo: Criação de lei de greve para servidores públicos civil.
 CR
			 Infraconstitucional
				
Havendo infraconstitucionalidade a norma inferior desaparece.
					Orgânico: ente politico
			Formal	Propriamente dito(rito): vício de iniciativa
Inconstitucional			Por violação de requisitos objetivos
Vício/defeito
			Material
Art. 24 da CR : “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – juntas comerciais;
IV – custas dos serviços forenses;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino e desporto;
X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1° No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar‑se‑á a estabelecer normas gerais.
§ 2° A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3° Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4° A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”– IMPORTANTISSIMO.
	
Toda vez que se colocar Estado Membro, se coloca o DF.
Inconstitucional formal orgânica : Quando o ente politico se invade da competência de outro.
O projeto de lei só se inicia no Senado se ele vier de um senador ou comissão de senadores.
Inicio do PL: PLC CT CCJC Plenário – maioria absoluta(aprovado)
 2° casa: CT 	 CCJC	Plenário – Maioria absoluta (emenda volta
		Executivo: 	 Sanciona		Politico
volta para a casas		 Veta		Jurídico
Se o veto for derrubado é forçado a publicação
						
Vício de iniciativa: Quando quem início não tinha competência
Inconstitucionalidade: É um vício/defeito que pode contaminar total ou parcialmente uma norma do ordenamento jurídico brasileiro.
Formal: Quando o vício atinge o processo legislativo de criação das normas, estaremos diante de um vício formal, que pode ser de três maneiras diferentes:
Formal orgânico: Ocorre quando o ente político que elabora o projeto não tem competência constitucional para fazê-lo, usurpando a competência de outro ente. Exemplo: Estado legislando sobre assunto de competência da união.
Formal propriamente dita: Decorre do desrespeito ao rito do processo legislativo, seja por causa da iniciativa do projeto da lei de uma autoridade incompetência, seja do desrespeito às normas procedimentais em si, como o quórum para a aprovação ou o procedimento de emendas.
Formal por violação do requisitos objetivos: Algumas espécies normativas exigem requisitos especiais em sua elaboração é quando não observados viciam a norma. Exemplo: Medida provisória que trate de assunto irrelevante ou não urgente, art.62 da CR.
Material: Essa espécie de vicio/ defeito está relacionado ao conteúdo/ matéria tratado no projeto a ser aprovado, é quando existe desarmonia entre o seu conteúdo é o texto constitucional estaremos diante de um vício substancial/ material de conteúdo. Também pode ser total ou parcial.
organica
Vicio formal	formalpropriamente dita
Por ação- positiva	vicio 		por violação a
Espécies de			(por atuação)	material	pressupostos
Inconstitucionalidade				vicio de	objetivos do ato
							decorro
				Por omissão-		parlamentar
				negativa(“silencio
				legislativo”)
OBS01: Controle preventivo realizado pelo judiciário – mandado de segurança 24.642 e mandado de segurança 31816.
OBS02: Controle repressivo feito pelo executivo – ADI 221 do DF e Resp. 23121 de GO
SISTEMA AMERICANO				SISTEMA AUSTRIACO
(DIFUSO)						(CONCENTRADO)
- Todo e qualquer membro do			- STF (TJ)
Poder jurídico.
- qualquer pessoa é legitimada			- Legitimados no art.103 da CR
- Afasta-la do caso concreto.			- Não há caso concreto (a
							Questão é abstrata). É retirada a
							Norma da ordem jurídica.
- Inter partes						- Erga Onmes
-Direito subjetivo – processo subjetivo 		- Processo objetivo
- Qualquer ação é meio cabível para		- ADJ, ADC, ADPF, ADO e ADI
Esse controle					interventiva
- Nula							- ExTumc
	SISTEMA AUSTRÍACO (KELSEN)
	SISTEMA NORTE-AMERICANO (MARSHALL)
	Decisão tem eficácia constitutiva (caráter constitutivo-negativo)
	Decisão tem eficácia declaratória de situação preexistente
	Por regra, o vício de inconstitucionalidade é aferido no plano de eficácia.
	Por regra, o vício de inconstitucionalidade é aferida no plano de validade.
	Por regra, decisãoque reconhece a inconstitucionalidade produz efeitos ex nunc (prospectivos)
	Por regra, decisão que declara a inconstitucionalidade produz efeitos extunc (retroativos).
	A lei inconstitucional é ato anulável (a anulabilidade pode aparecer em vários graus)
	A lei inconstitucional é ato nulo (nullandvoid), ineficaz (nulidade ab origine), irrito e, portanto, desprovido de força vinculativa.
	Lei provisoriamente valida, produzindo efeitos até a sua anulação.
	Invalidação ab initio dos atos praticados com base na lei inconstitucional, atingindo-a no berço.
	O reconhecimento da ineficácia da lei produz efeitos a partir da decisão ou para o futuro (ex nunc ou pro futuro), sendo erga omnes, preservando-se, assim, os efeitos produzidos até então pela lei.
	A lei, por ter nascido morta (natimorta), nunca chegou a produzir efeitos (não chegou a viver), ou seja, apesar de existir, não entrou no plano de eficácia. 
Sentença tem 04 partes: Relatório
			 Fundamentação
			 Dispositivo
			Autentificação
SISTEMA AMERICANO OU DIFUSO DE CONTROLE
	O controle difuso, também chamado por via de exceção ou de defesa, é aquele sistema que permite a todo é qualquer magistrado conhecer a questão de inconstitucionalidade é decidi-la naquele caso concreto.
	A finalidade do controle difuso não é a retirada da norma inconstitucional do ordenamento jurídico, mas apenas afastar a aplicação daquela norma no caso concreto, ou seja, a norma questionada continuará em vigor para todos aqueles que não participaram do processo (Inter partes).
	Os mecanismos utilizados no controle difuso podem ser quaisquer medidas judiciais (ações ordinárias, medida de segurança, habeas corpus, recursos em geral, etc.), que tragam em seu bojo a prejudicial da inconstitucionalidade. Dizemos prejudicial, porque na verdade, a suspeita de incompatibilidade entre a lei é a constituição não é a questão principal a ser discutida naquele processo, mas sim uma questão anterior ao mérito que precisa ser decidida para que o juiz possa decidir a lide.
	Sabemos que as questões prejudiciais de mérito deveram ser analisados em primeiro lugar, para só então o Juiz julgar o próprio mérito da causa, desta forma fica fácil concluir que a questão da inconstitucionalidadeserá encontrada apenas na fundamentação da sentença e não fara coisa julgada, porque apenas o dispositivo da sentença se torna imutável. 
Por tudo o exposto podemos afirmar que toda é qualquer pessoa pode provocar o judiciário a se manifestar sobre a inconstitucionalidade de uma norma é quando a decisão for procedente, no sentido da norma ser inconstitucional, essa decisão será declaratória com efeito extumc (desde a origem da norma).
	Sem Efeitos					04/08/14
	Inconstitucional
	Efeitos Apagados				Nula
MODULAÇÃO DE EFEITOS NO CONTROLE DIFUSO
	Em regra a declaração de inconstitucionalidade de uma norma tem efeito retroativo, ou seja, extumc, sob a justificativa de que a norma inconstitucional é NULA é por isso não poderia produzir nenhum efeito no ordenamento jurídico. Ocorre que o legislador entendeu que na pratica a simples declaração de inconstitucionalidade é nulidade da norma, por tanto, podia trazer efeitos mais graves do que o vício em si, é criou uma exceçãoaregra de efeitos extumc, que chamou de modulação de efeitos prevista no art. 27 da lei 9868/99. Para a modulação acontecer são necessários dois requisitos:
A concordância de pelo menos 2/3 dos ministros do STF;
Por razoes de segurança jurídica ou excepcional interesse social.
OBS – Uma forma de ampliar os efeitos do controle difuso de Inter partes para erga omnes é utilizado o art.52, X da CR (“suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF”), que estabelece o seguinte: o STF no julgamento de um controle difuso, deverá comunicar o senado federal a declaração de inconstitucionalidade da norma FACULTANDO ao senado a decisão de suspender ou não a aplicabilidade daquela norma.
	Sendo assim o supremo rejeitou a tese da mutação constitucional do art.52, X, da CR, reconhecendo ao senado a discricionariedade de suspender ou não a aplicação de normas federais, estaduais, distritais ou mesmo municipais.
OBS – o supremo te, outro mecanismo para entender o sistema do controle difuso, transforma-lo em erga omnes : sumula vinculante, art.103-A da CR (“O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela EC 45/04)”
CLAÚSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO – ART.97 DA CR
Por determinação constitucional não é possível que órgão fracionado de um tribunal declare a inconstitucionalidade de determinada norma questionada via controle difuso, art.97 da CR (“Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público”). Excepcionalmente poderá ser afastada a clausula de reserva de plenário quando:
Existir um precedente a respeito da inconstitucionalidade naquele mesmo tribunal;
Existir um precedente do STF a respeito daquela norma (art. 481, parágrafo único do CPC (“Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.”)); ou ainda trata-se de turma do próprio STF, que está dispensada da aplicação do art.97 da CR, recurso especial RR361829.
A clausula de reserva não é mais absoluta, deixou de ser de 1994 para cá.
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
	
		CR 
					Atos normativos primários
Atos normativos secundários (ilegal)
CR
	Inconstitucional
Lei (ato normativo primário)
Decreto regulamentar (ato normativo secundário)
	Quando falamos em controle concentrado/ abstrato/ por via direta/ por via de ação estamos falando daquele controle que recai sobre os atos normativos primários, porque eles retiram o seu fundamento de validade da própria CR, é se forem viciados sofreram com o vício da inconstitucionalidade. 
No que diz respeito aos atos normativos secundários, retiram seu fundamento de validade dos atos normativos primários é, apenas por via refletia, retiram seu fundamento de validade da CR; por isso quando viciados serão chamados ilegais (crise de legalidade), não se submetendo ao controle abstrato de constitucionalidade.
#Características das normas:
- generalidade
- imperatividade
- abstratos
O controle concentrado de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo recebe tal denominação pelo fato de “concentra-se” em um único tribunal. Pode ser verificado em cinco situações:
	AÇÃO
	FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
	REGULAMENTAÇÃO
	ADI – Ação direta de inconstitucionalidade Genérica
	Art. 104, I, ‘a’
	Lei n° 9668/99
	ADPF – Arguição de descumprimento de preceito fundamental
	Art. 102, § 1°
	Lei 9882/99
	ADO – Ação direta de inconstitucionalidade por omissão
	Art. 103, § 2°
	Lei n° 12063/09
	IF – Representação Interventiva (ADI interventiva)
	Art. 36, III c/c art. 34, VII
	Lei 12562/11
	ADC – Ação declaratória de constitucionalidade
	Art. 102, I, ‘a’
	Lei n° 9868/99
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE GENÉRICA (ADI GENÉRICA)
O que se busca com a ADI genérica é o controle de constitucionalidade de ato normativo em tese, abstrato, marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração.
Ao contrario da via de exceção ou defesa, pela qual o controle (difuso) se verificava em casos concretos e incidentalmente ao objeto principal da lide, controleconcentrado a representação de inconstitucionalidade, em virtude de ser em relação a um ato normativo em tese, tem por objetivo principal a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo impugnado. O que se busca saber, portanto, é se a lei ( lato sensu) é inconstitucional ou não, manifestando-se o judiciário de forma especifica sobre o aludido objetivo. A ação direta, portanto, nos dizeres da professora Ada PellegrimiGrinover “tem por objeto a própria questão da inconstitucionalidade, decidida principaliter”
Em regra, através do controle concentrado, almeja-se expurgar do sistema lei ou ato normativo viciado (material ou formalmente), buscando, por conseguinte, a invalidação da lei ou ato normativo.
Sistema austríaco/ concentrado/ abstrato
CR
Cons. Est. Norma est + DF
	Inconstitucional
	ADI estadual
Lei municipal
	Difuso
	Não cabe a lei municipal: ADI, ADC, ADO, ADI
Quando o parâmetro for a CR. Pode acontecer de normas municipais violarem a CR, mas nesse caso não existe previsão de ADI para o STF, restando apenas dois instrumentos:
Controle difuso de constitucionalidade;
ADI Estadual quando o parâmetro for a CR Estadual é se tratar de norma de repetição.
OBS: De acordo com o art. 102, I,”a” da CR(“ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal”) só cabe ADI contra lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital contra a CR. Não existe ADI de lei municipal frente a CR.
OBS: Contra leis e atos normativos municipais ou estaduais poderá cabe ADI estadual, desde que haja previsão da ADI estadual na CR do Estado (art.109 da CR do ES). Mas em se tratando de normas de repetição obrigatória e sendo o STF o guardião da CR, contra o acordão do TJ que julgou a ADI estadual caberá recurso extraordinário.
OBS: a respeito das normas do DF é preciso diferenciar: se tratarem de matéria estadual caberá ADI (estadual ou federal); mas em se tratando de norma distrital que regulamenta matéria municipal não caberá ADI com parâmetro na CR, podendo cabe no máximo controle difuso ou ADI distrital se trata de norma de repetição obrigatória, com recurso extraordinário para o STF.
FINALIDADE
	A ADI analisará a compatibilidade das normas infraconstitucionais frente a CR é em caso de conflito a norma inconstitucional será retirada do ordenamento jurídico.
OBJETO DA ADI
	Leis e atos normativos FEDERAIS, ESTADUAIS e DISTRITAIS que cuidem de matéria estadual – art. 102, I, “a” da CR.
					Genéricos
					
Leis/ atos normativos		Abstratos
					Concreta
OBS: Outros requisitos a serem analisados para o cabimento da ADI são: generalidade e abstração.
Leis em sentido amplo: Engloba os atos normativos previstos no art. 59 da CR. Devemos destacar a possibilidade de controle das EC, que estão nos mesmos níveis hierárquicos da CR, mas que poderão ser objeto de ADI quando forem fruto do trabalho do poder constituinte derivado, porque as normas originarias de 88, fruto do trabalho do PCO, não serão atacadas via ADI porque segundo o STF as normas originarias da CR formaram um sistema normativo harmônico, não aceitando a tese das normas constitucionais inconstitucionais(não admitindo hierarquia entre as normas constitucionais); exemplo: EC 03/93 e EC 19 com ADI 2135/4.
Todas as espécies normativas do art. 59 da CF/88, quais sejam: emendas à CR, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.
OBS: Não será possível ADI para atacar lei ou ato normativo anterior a CR, porque pelo fenômeno da recepção das normas todas aquelas anteriores que estavam em harmonia com a CR permaneceram em vigor, mas todas as normas contrariam a CR foram consideradas revogadas ou não recepcionadas (revogadas de forma tácita).
Súmulas vinculantes ou comuns: Não podem ser objeto de ADI, pois não comportam todas as características exigidas nas leis e atos normativos (generalidade e abstração), além de que existe um procedimento próprio para rever ou cancelar as sumulas vinculantes, não sendo necessário outro meio. Lei 11417/06.
A sumula não pode ser marcada pela generalidade e abstração, diferentemente do que acontece com as leis, não se pode aceitar a técnica do “controle de constitucionalidade” de sumula, mesmo no caso de sumula vinculante.
O que existe é um procedimento de revisão pelo qual se poderá cancelar a sumula. O cancelamento desta significara a não mais aplicação do entendimento que vigorava. Nesse caso, naturalmente, a nova posição produzira as suas consequências a partir do novo entendimento, vinculando os demais órgãos do poder judiciário e a administração publica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Decretos regulamentares: Por serem atos normativos secundários (que regulamentam atos normativos primários) não poderão ser objeto de ADI, mas sim objeto de questionamento sobre a sua legalidade por outras medidas judiciais cabíveis, exemplo: mandado de segurança.			No que tange aos decretos autônomos, que tiram sua validade diretamente da CR podem ser questionados via ADI, art. 84,VI da CR.
Tratados internacionais: Todos eles são objetos de ADI, tenham status supralegal, de lei ordinária ou EC.
 CR + EC + TIDH
	TIDH ≠ EC 		Supralegais 
	 LO – TI
Atenção: O TSE tem competência para se manifestar a respeito de questões eleitorais, e o faz de duas formas diferentes:
Através de resoluções, que segundo o próprio TSE são equiparadas Às leis ordinárias, podendo ser atacadas, portanto, por uma ADI;
Também expede respostas às consultas formuladas ou candidatos, partidos políticos ou coligações, mas essas respostas não são abstratas e nem gerais, não podendo ser atacadas via ADI.
BLOCO DE INCONSTITUCIONALIDADE
Significa o parâmetro levado em consideração no controle de constitucionalidade. Até a EC/45 de 2004 esse parâmetro era apenas texto constitucional (original de 88 ou oriundos das emendas), mas após a reforma do judiciário em 2004 ouve uma ampliação do bloco de constitucionalidade é hoje o parâmetro de controle envolve: a constituição, suas emendas é os tratados internacionais de direitos humanos equiparados a emendas.
LEGITIMADOS ATIVOS DA ADI
	Ação – P.I. – processo objetivo
Presidente da República – Chefe do executivo federal. Não há necessidade de acompanhamento de advogado;
Mesa do senado e mesa da câmara de deputados – Não está se referindo ao Presidente das Casas legislativa, mas ao órgão colegiado chamado mesa. Também não estamos falando da mesa do congresso nacional, porque essa não tem legitimidade ativa.
Mesa da assembleia legislativa e câmara legislativa(DF) – É o poder legislativo que representa os Estados é o DF.
Governador do Estado é do DF, Chefe do executivo estadual e distrital.
Procurador Geral da república – É o representante do ministério público da União;
Conselho Federal da OAB;
Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional - São aqueles partidos que detém pelo menos uma cadeira na câmara ou no senado. O STF mudou o entendimento de que a perda da representatividade no congresso nacional levaria a extinção da ADI, é firmou novo entendimento de que esse requisito deveria ser observado no momento da propositura da ação, não importando mais a sorte do legitimado ativo no curso da ADI.
Confederação sindical e Entidade de Classe de âmbito nacional – Juntamente com os Partidos Políticos dependeram de advogados para assinar suas ADI.
Legitimado Universal				Legitimado não-universal		
- Presidente da república			- Assembleia legislativa e câmara 
- mesa das câmara e do senado			legislativa
- Procurador geral da república		- Governador de Estado e DF
- Conselho federal de OAB		- Confederação sindical e entidade de 
- partidos políticos				classe de âmbito nacional
PERTINENCIA TEMATICA – Significa que os legitimados não universais precisam demonstra um especial interesse de agir, que quer dizer um vínculo/ liameentre o assunto tratado na norma é suas finalidades institucionais, a exemplo do que acontece com o Governador do estado do RJ que tem interesse em atacar a norma capixaba que estabeleceu a alíquota do IPVA em 2% sob o valor do veículo, causando guerra fiscal.
PROCEDIMENTO DA ADI – LEI 9868/99
A ADI começa com uma petição inicial. Tem os mesmos requisitos de qualquer outra petição inicial. (Art. 282 CPC)
Recebido a petição inicial, o relator pedira informações ao órgão ou autoridade que editou a norma atacada, que devera presta-las no prazo de 30 dias.									Indeferido a petição inicial, caberá agravo no prazo de 5 dias, art. 4° da lei 9868/99.									O relator é o ministro do STF, sorteado por ato.
Após o prazo de 30 dias das informações serão ouvidos sucessivamente a auditor geral da união (AGU) que defendera a norma atacada e o procurador geral da república (que terá atacado livre) no prazo de 15 cada um.
Caso o relator entenda necessário poderá ouvir o amicuscuriae (amigo da corte).
Após colher todas as informações necessárias para o julgamento o relator fara um relatório e enviara cópia aos outros ministros pedindo o dia para o julgamento. 
No dia do julgamento da ADI são necessários dois quórum:
Quórum para a ADI entra em julgamento: no mínimo 08 ministros;
Quórum para declarar a norma inconstitucional: maioria absoluta, ou seja 06 ministros.
Art.22 e 23 da lei 9868/99:”Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.”
OBS – Qualquer placar que não alcance 06 votos pela inconstitucionalidade da norma terá o efeito inverso, ou seja, a norma será declarada constitucional.
OBS – É possível que na petição inicial de ADI tenha pedido liminar (de natureza cautelar), no sentido de suspende a aplicação da norma até o julgamento final da ADI, sendo necessário o quórum de 2/3 para a concessão da liminar.
EFEITOS DA DECISÃO DA ADI
Erga omnes
Efeito ExTumc – Salvo nas situações em que o STF modular os efeitos da ADI, transformando-os em Ex nunc ou prospectivos para uma data futura, art.27 da lei 9868/99 (“ Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.”)
Efeito vinculante – Significa que os outros órgãos do poder judiciário e da administração pública federal, observa a decisão dessa ADI.
Efeito represtinatório – Diferente do que acontece na representação o efeito representatório significa que a norma declarada inconstitucional/ nula será retirada do nosso ordenamento jurídico, não podendo produzir nenhum efeito, nem mesmo de revogar norma anterior que sempre existiu, e voltará a produzir efeitos automaticamente.
OBS FINAIS –Não será cabível na ADI:
Desistência da ação.
Prazo prescricional ou decadencial
Ação rescisória contra o acordão que julgou a ADI
Não cabe intervenção de terceiros na ADI, lembrando que o Amicus Curie não é terceiro interessado.
Não cabe recurso contra o acordão da ADI, salvo embargos de declaração.
PRINCIPIO DA PARCELARIDADE
	Por força da presunção de constitucionalidade das normas é possível que o STF, ao declarar a inconstitucionalidade de uma norma, aproveita o restante dela, por não ser viciada. Isso significa que a declaração de inconstitucionalidade de uma norma pode recair apenas sobre parte dela a exemplo do que acontece com o art.7° do EAOAB, onde apenas a palavra desacato foi tida por inconstitucional.
	O principio da parcelaridade aplica-se ao controle concentrado. Isso significa que o STF pode julgar parcialmente procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, expurgando do texto legal apenas uma palavra, uma expressão, diferente do que ocorre com o veto presidencial.
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE: SEM REDUÇÃO DE TEXTO
	Existem normas que admitem mais de uma interpretação, e essas variáveis podem mudar completamente o sentido da norma. Sabendo disso o STF criou uma técnica de interpretação das normas, podendo destacar aquela interpretação que viola o texto constitucional, mas mantendo outra interpretação que seja harmônica com a CR. Dessa forma o STF não retira nenhuma parte da norma, mas apenas estabelece qual interpretação e inconstitucional.
	Muitas vezes, o STF pode declarar que a mácula da inconstitucionalidade reside em determinada aplicação da lei, ou em dado sentido interpretativo. Neste ultimo caso, o STF indica qual seria a interpretação conforme, pela qual não se configura a inconstitucionalidade.
	Importante notar que em hipótese alguma poderá o STF funcionar como legislador positivo. Interpretação conforme só será admitida quando existir um espaço para a decisão do judiciário conforme só será admitida quando existir um espaço para a decisão do judiciário, deixando pelo legislativo. A interpretação não cabe quando o sentido da norma é unívoco, mas somente quando o legislador deixou um campo com diversas interpretações, cabendo ao judiciário dizer qual delas se coaduna com o sentido da constituição. O judiciário ao declarar a inconstitucionalidade de determinada lei, deve sempre atuar como legislador negativo, sendo0lhe vedado, portanto, instituir norma jurídica diversa da produzida pelo legislativo.
ELEMENTO TEMPORAL DO CONTROLE DE INCONSTUCIONALIDADE
	Até 2010 o STF entendia que quando fosse alterado o parâmetro de controle de constitucionalidade eventual da ADI que estivesse a constitucionalidade de uma norma frente ao texto constitucional alterado deveria ser extinta por perda de objeto, ou seja, a alteração do texto constitucional era prejudicial ao julgamento da ADI.
	Em 2010 o STF alterou seu entendimento, quando chegou uma ADI questionando norma do Paraná a respeito da contribuição de inativos (contribuição previdenciária) admitida no Estado do Paraná muito antes da EC n° 41/2003, que previu a contribuição dos inativos para toda sociedade brasileira.
	A norma do Paraná analisada frente a CR/88 (norma original) era inconstitucional, mas analisada frente a emenda constitucional, mas analisada frente a emenda constitucional 41/03 ela era harmônica. Ocorre que o STF não admite a tese da constitucionalidade superveniente, é estabeleceu que a norma do Paraná era inconstitucional é que a EC 41/03 não teria convalidado seu vício.
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
	Quando as decisões vinculantes do STF e STJ não são observadas por órgão do poder judiciário ou da administração pública direta ou indireta, caberá reclamação constitucional para a preservação da competência desses dois tribunais e para garantir a autoridade de suas decisões, art.103, ‘a’, da Cr e art. 105, I, ‘f’ da CR.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – ADC
Busca-se por meio dessa ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Indaga-se: mas toda lei não se presume constitucional? Sim, no entanto, o que existe é uma presunção relativa (juris tantum) de toda lei ser constitucional. Em se tratando de presunção relativa, admite-se prova em contrario, declarando-se, quando necessário, através dos mecanismos da ADI genérica ou do controle difuso, a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo.
Pois bem, qual seria, então, a utilidade dessa ação? O objeto da ADC é transformar uma presunção relativa de constitucionalidade em absoluta (jure ET jure), não mais se admitindo prova em contrario. Ou seja, julgada procedente a ADC, tal decisão vinculara os órgãosdo Poder Judiciário e a Administração Publica que não mais poderão declarar a inconstitucionalidade da aluída lei, ou agir em desconformidade com a decisão do STF. Não estaremos mais, repita-se, diante de uma presunção relativa de constitucionalidade da lei, mas absoluta.
Em sintase, a ADC busca afastar o nefasto quadro de insegurança jurídica ou incerteza sobre a validade ou aplicação de lei ou ato normativo federal, preservando a ordem jurídica constitucional.
	
Órgão competente – STF
Legitimados ativos – art.103 da CR
(“Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
c Incisos IV e V com a redação dada pela EC no
 45, de 8-12-2004.
VI – o Procurador‑Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. “)
Objeto da ADC – Leis, atos normativos federais - art.102, I,’a’ da CR
Procedimento:
	O procedimento da ADC é praticamente o mesmo seguido da ADI genérica, mas algumas observações devem ser feitas.
1° diferença: Finalidade – Enquanto a ADI busca a declaração de inconstitucionalidade das normas a ADC busca reforçar a constitucionalidade delas, transformando a presença relativa de constitucionalidade em uma presença absoluta.
	2° diferença: Na petição inicial tem que demonstrar controvérsia judicial relevante – Existe uma exigência especial para a petição inicial de ADC: que esteja demonstrada a controvérsia judicial relevante que põem em risco a presunção de constitucionalidade da norma, art.14 da lei 9868/99.
	3° diferença: Não ouve o AGU – O AGU não é chamado para ser ouvido, porque não existe ataque a norma, não precisando, portanto, de ninguém que a defenda.
	4° diferença: Medida cautelar na ADC – É no sentido de suspender o tramite dos processos que discutam aquela norma discutida na ADC, pelo prazo de 180 dias. Findo esse prazo sem que a ADC tenha decisão final os processos voltam a tramitar automaticamente, art.21 da lei 9868/99.
Efeitos da decisão – 1° Erga Omnes 
			2° ExTumc. Caso a ADC seja julgada improcedente poderá caber modulação de efeitos, art.27 da lei 9868/99.
			3° Efeito vinculante. Para os órgãos do poder judiciário e da administração pública estadual e federal e distrital.
ADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
	A inércia do legislador em editar o complemento constitucional para as normas de aplicabilidade mediata e eficácia limitada pode ser questionada via ADO, porque quando o poder público fica omisso em editar o complemento também está desrespeitando a CR e descumprindo um deve constitucional.
	Trata-se de inovação da CR/88, inspirada no art. 283 da Constituição portuguesa. O que se busca com a ADO é combater uma “doença”, chamada pela doutrina de “síndrome de inefetividade das normas constitucionais”.
	O art. 103, § 2°, da CF/88 determina que, declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providencias necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. O que se busca é tornar efetiva norma constitucional destituída de efetividade, ou seja, somente as normas constitucionais de eficácia limitada.
	Nesse sentido, devendo o Poder Publico ou órgão administrativo regulamentar norma constitucional de eficácia limitada e não o fazendo, surge a “doença”, a omissão, que poderá ser “combatida” por um “remédio” chamado ADO, de forma concentrada no STF.
FINALIDADE DA ADO
	Essa ação busca combate a chamada “síndrome de inefetividade das normas constitucionais”, uma vez que a omissão do poder publico em editar que complementem o texto constitucional, também é um desrespeito a CR, passível de fiscalização via ADO. Não são todas as normas constitucionais que precisam de um complemento posterior, mas apenas aquelas chamadas normas constitucionais de aplicabilidade mediata e eficácia limitada (JAS).
ÓRGÃO COMPETENTE: STF
LEGITIMADOS ATIVOS: Os mesmos do art. 103 da CR
NATUREZA JURIDICA DA ATUAÇÃO DOS LEGITIMADOS NA ADO
	É “a defesa da ordem fundamental contra condutas com ela incompatíveis. Não se destina, pela própria indoline, a proteção de situações individuais ou de relações subjetivas, mas visa principalmente à defesa da ordem jurídica” (min. Gilmar Mendes comparando a ADI com a ADO).
	A natureza dos legitimados ativos da ADO é de advogados do interesse publico ou segundo Kelsen de advogados da CR (ADI 3682).
	Os legitimados agem como “advogados do interesse Publico ou, para usar a expressão de Kelsen, como advogados da Constituição”. Utilizando a denominação de Triepel, tem-se “típico processo objetivo”
OBJETO DA ADO
Atenção – Quando falamos de ADO estamos diante de uma omissão que pode partir de qualquer ente publico, porque tanto o poder executivo, quanto o judiciário, assim como o legislativo pode estar omisso em relação a sua função atípica de legislar. O executivo através de medidas provisórias e decretos; o judiciário quanto os regimentos internos de seus tribunais. Ate mesmo outras instituições como o ministério publico e a defensoria publica tem função legislativa e sua omissão pode ser atacada via ADO.
	O art. 103, § 2° da CR (“Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê‑lo em trinta dias.”) usa a seguinte expressão “omissão para tornar efetiva a norma constitucional”, significando que não apenas atos normativos primários podem ser objeto de ADO mas também atos normativos secundários, como regulamentos, instruções ou qualquer espécie de competência do poder executivo, judiciário e também legislativo.
	Com precisão anota Barroso que a omissão é de cunho normativo, que é mais ampla do que a omissão de cunho legislativo. Assim, engloba “... atos gerais, abstratos e obrigatórios de outros Poderes e não apenas daqueles ao qual cabe, precipuamente, a criação do direito positivo”.
	A omissão, então, pode ser do Poder Legislativo, do Poder Executivo (Atos secundários de caráter geral, como regulamentos, instruções, resoluções, etc...), ou do próprio Judiciário (por exemplo, a omissão em regulamentar algum aspecto processual em seu Regimento Interno).
	Portanto, continua Barroso, “... são impugnáveis, no controle abstrato da omissão, a inércia legislativa em editar quaisquer dos atos normativos primários suscetíveis de impugnação em ação de inconstitucionalidade... o objeto aqui, porem, é mais amplo: também caberá a fiscalização da omissão inconstitucional em se tratando de atos normativos secundários, como regulamentos ou instruções, de competência do Executivo, e ate mesmo, eventualmente, de atos próprios dos órgão judiciários”.
	O STF já decidiu que, pendente julgamento de ADO, se a norma que não tinha sido regulamentada é revogada, a ação devera ser extinta por perda de objeto. 
ESPECIES DE ADO
Total
			Propriamente dita
Parcial 						todas as categorias profissionais
			Relativa
Total: E a ausência de norma
Parcial: Se divide em:
Parcial propriamente dita – a norma existe, mas é deficiente porque não regula a matéria a contento, ex. art. 7°, IV da CR.
Parcial relativa – a norma existe, mas não abrange todas as categorias profissionais que deveria.
PROCEDIMENTO
	Petição inicial em duas vias apontando a omissão total ou parcial, os pedidos de suprimento da norma e os direitos violados pela omissão. 
Em caso de indeferimento da petição inicial, caberá agravo em cinco dias; 
Segundo o relator ouvira o AGU é o PGR em quinzedias cada um; 
Terceiro o relator poderá requisitar informações adicionais e pedir a dia para julgamento, sendo necessário observa os quoruns para iniciar o julgamento e para julgar a ADO procedente.
E possível medida cautelar na ADO no sentido de suspender a aplicação da lei ou ato normativo atacado, em caso de omissão parcial, ou a suspensão de procedimento administrativo ou judiciais que discutam a mesma omissão, ou ainda qualquer medida cabível para suprir a omissão.
EFEITOS DA DECISAO DA ADO
Com relação da omissão de poder publico o efeito da ADO é simplesmente dar ciência da mora ao referido poder, sem outras determinações sob pena de violação do principio da separação dos poderes, art. 2° da CR.
Com relação a órgão administrativo o tratamento é bem diferente porque ele devera suprir a omissão no prazo de 30 dias sob pena de responder por ela, art. 12, H, § 1° da lei 9868/99 (“Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.”). Esse prazo de 30 dias pode ser aplicado diante de circunstancias especiais e de interesse publico.
ADI INTERVENTIVA (IF)
ORGÃO COMPETENTE – STF
LEGITIMADOS ATIVOS – Procurador Geral da Republica (PGR). Somente ele pode !!!!
FINALIDADE DA ADI INTERVENTIVA
	É questionar lei, ato normativo ou ato governamental ou ato administrativo que violem os princípios constitucionais sensíveis e dessa violação poderá resulta na decretação da intervenção federal, art. 34 VII , 35 e 36 da CR.
	A intervenção federal resulta numa restrição da autonomia dos entes políticos, sempre do ente maior para o menor.
			RFB – art. 18 CR
União/ Estados/ DF/ Municípios (autônomos)
	 Entes 
			Estados
União		Município de Territórios
			DF
Estados – Municípios 
OBJETOS DA ADI INTERVENTIVA
Leis ou atos normativos que violem os princípios sensíveis;
Omissão ou incapacidade das autoridades locais assegurarem a observância dos princípios sensíveis.
Ato governamental estadual que viole tais princípios
Atos administrativos e atos concretos que os violem.
LEGITIMADO PASSIVO – Quem responde é o ente federativo acusado de violação dos princípios sensíveis.
OBS – Não se trata de processo objetivo porque os interesses da União se contrapõem aos do ente fiscalizados.
ARGUIÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF LEI 9882/99
	
	ORGÃO LEGITIMADO – STF
	LEGITIMADOS ATIVOS – art. 103, CR
	ESPECIES DA ADPF
		- autônoma, art. 1°, caput (objeto ) (“Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.”)
			Ato do poder público.
	Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ATO DO PODER PUBLICO, expressão abrangentes que pode se referi a qualquer tipo de ato administrativo, atos governamentais de qualquer um dos poderes.
				
		- Incidental, art. 1° , parágrafo único (objeto) (“Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:”)
				Leis / atos normativos
	Tem por objeto leis e atos normativos federais, estaduais, distritais, MUNICIPAIS e INCLUSIVE ANTERIORES A CR.
ADC – Leis/ atos normativos federal.
					Estadual
ADI – Lei/ atos normativos		Distritais
					Federais
						Estaduais
						Distritais
ADPF- Lei/ atos normativos 		Federais
					Municipais
				Anterior a CR/88
				Atos do poder público
OBS – Para alguns autores de direito constitucional a classificação da ADPF em duas espécie é necessária para diferenciar o objeto atacado por cada uma é também o procedimento de cada espécie (Pedro Lenza). Há , porem outros autores de direito constitucional que entendem a classificação doutrinaria da ADPF apenas uma distinção acadêmica, porque a ADPF seria apenas uma cão que poderá ter objetos diferentes mas nunca pode ser entendida como duas ações diferentes, ate porque o proprio STF não faz diferença entre o objeto das duas ações (Marcelo Novelino).
CONCEITO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
	Para o prof. Cassio Juvenal Faria, preceitos fundamentais são “ normas qualificadas, que veiculam princípios e servem de vetores de interpretação das demais normas constitucionais, por exemplo, os princípios fundamentais do titulo I (arts 1° ao 4°); os integrantes da cláusula pétrea ( 60, § 4°); os chamados princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII); os que integram a enunciação dos direitos e garantias fundamentais (titulo II); os princípios gerais da atividade econômicas(art. 170); etc.”
	Caso concreto: o supremo já teve oportunidade de se manifestar algumas vezes a respeito do que ele entendia como preceito fundamental, é concluiu que em 03 assuntos não estava diante de um preceito fundamental:
	1° ) Proposta de emenda constitucional – não duvida que a PEC é um ato do poder publico, mas por ser ato inacabado não pode ser objeto de ADPF.
	2°) Sumula – também é ato do poder publico, mas não pode ser objeto de ADPF.
	3° Veto do poder executivo – mesmo tendo natureza de ato político, por ser ato discricionário do poder executivo, não pode ser objeto de ADPF.
PRINCIPIO DA SUBSIDIARIEDADE DA ADPF
	A ADPF é uma ação que só deve ser utilizada de forma subsidiaria de acordo com o art. 4° § 1/ da lei 9882/99 (“§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.”). Isso significa que a ADPF só deve ser utilizada quando não houver nenhum outro instrumento que tenha a mesma afetividade, imediaticidade é amplitude da ADPF, sob pena da ADPF nem ser recebida caso exista outra medida com as mesmas características, ou na melhor das hipóteses ser aplicado o principio da fungibilidade.
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE
	Diante de uma ação proposta erroneamente no lugar de outra, é possível que o STF receba a ação errada como se fosse a correta, desde que estejam presentes os requisitos da segunda. Sendo assim o STF admitiu a ADI como se fosse ADPF é vice versa.

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