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3. Internet Segura
3.1 Internet 3,2 bilhões de pessoas conectadas
O número de usuários de Internet no mundo todo cresceu 200 milhões em 2015, totalizando 3,2 bilhões, de acordo com um último relatório publicado pelo Facebook. 
O crescimento é consistente como nos anos anteriores. A companhia de Mark Zuckerberg disse que o número de usuários de Internet aumentou de 200 milhões para 300 milhões a cada ano nos últimos dez anos.
O analista Dan Olds disse que vê o crescimento do número de usuários conectados como uma forte tendência e provavelmente irreversível.
"É incrível que em 30 anos quase metade da população mundial agora esteja conectada e com acesso a uma vasta quantidade de informação disponível na Web”, disse Olds. “Se você perguntasse a uma pessoa em 1995 para prever a riqueza e alcance do conteúdo na Internet de hoje, ela teria significativamente subestimado. Nós viemos de um longo caminho em pouquíssimo tempo”.
Enquanto os números indicam forte crescimento, isso significa ainda que cerca de 4.1 bilhões de pessoas ainda não se encontram conectadas.
De acordo com o “Estado da Conectividade 2015”, relatório global do acesso à Internet feito pelo Facebook, há quatro fatores que se colocam como barreiras para aumentar o acesso global da rede: falta de infraestrutura em áreas remotas e pobres do mundo; o custo do acesso e as habilidades e aceitação cultural necessárias para acessar o serviço. 
“Com o objetivo de resolver as barreiras da conectividade, corporações, governos e entidades não governamentais precisam trabalhar juntas para continuar a reunir dados mais apurados do estado da conectividade global e desenvolver padrões globais para coletar, relatar e distribuir esses dados”, disse o Facebook.
3.2 Adolescentes e a internet
A internet vem sendo utilizada amplamente pelas pessoas, e a tendência é que o número de usuários cresça. Entre os usuários, deve-se destacar o grupo dos adolescentes, é o grupo que mais acessa a internet.
Antigamente, apenas 1 em cada 10 adolescentes tinham acesso a internet, com isso, haviam dois universos, aqueles onde as pessoas acessavam a internet e aqueles onde as pessoas não acessavam a internet. Assim, o adolescente tinha dificuldade em manter um relacionamento social nos dois universos, sendo obrigado a escolher entre o relacionamento real e o virtual. O resultado é que, com a internet agora disponível para a maioria dos adolescentes, eles usam a tecnologia mais para sustentar suas relações sociais do que para construir novos relacionamentos. Desse modo, o adolescente melhorou em dois fatores, descritos a seguir.
O surgimento de novas ferramentas de comunicação ajuda os adolescentes a tornar mais profundas as relações existentes e não a isolá-los ainda mais. Pesquisadores afirmam que os adolescentes que utilizavam a internet na década de 1990 tipicamente se comunicavam com estranhos nas salas de bate-papo. Mas graças ao surgimento de novos sites de relacionamento social, como o Orkut e o Facebook, e de mensageiros instantâneos, como o MSN, esse cenário mudou. 
As crianças e adolescentes estão crescendo em um mundo conectado pela Internet, por dados móveis, redes sociais e outras tecnologias digitais. Em particular, o acesso à Internet aumentou significativamente entre os jovens, que a utilizam em diferentes espaços (por exemplo, em casa, na escola e em lugares públicos) e com finalidades diversas, como recreação, comunicação e para aprendizagem formal e informal (ITO, 2010; RIDEOUT et al, 2010; LIVINGSTONE et al, 2011; PEDRÓ, 2012).
Dados mais recentes mostram que mais do que 8 em cada 10 adolescentes utilizam os sistemas de mensagens instantâneas para se conectar com as pessoas que veem diariamente, ou que já se encontraram um dia pessoalmente, ou seja, que se conheceram na escola, em acampamentos, em clubes, em festas ou praticando esportes, por exemplo.
A internet fornece ao adolescente diversas maneiras de se entreter, de se distrair por um tempo e de se divertir, como por exemplo: 
• Jogar jogos on-line que se encontram em muitos sites espalhados pela web, principalmente jogos feitos em flash que são rápidos e divertidos; 
• Ver vídeos sobre qualquer assunto através do YouTube; 
• Escutar músicas on-line através de sites como Last.fme Grooveshark; 
• Ler blogs de humor, como por exemplo, o famoso blog Jacaré Banguela; 
• Descobrir fofocas através de sites como Ofuxico
• Ler notícias através de sites como UOL, Terra, Globo, CNN, etc. 
• Pesquisar sobre assuntos de interesse pessoal através do Google ou até mesmo do YouTube. 
A tecnologia que conecta pessoas por meio da internet e suas redes sociais pode causar dor de cabeça aos pais, professores e pedagogos. Episódios envolvendo bullying virtual, difamação e a vingança erótica, conhecida como sexting, tem ganhado espaço entre os jovens e adolescentes.
De acordo com o psicólogo e pesquisador da Universidade Federal da Bahia Rodrigo Nejm, diretor de Educação da Organização não Governamental (ONG) SaferNet, o vazamento de conteúdo íntimo tem superado, em volume, casos registrados em comparação aos episódios de cyberbullying, nos últimos dois anos.
“O fato é que os adolescentes se apropriam da internet com uma sensação de poder e anonimato, com que aquilo está fazendo está protegido, que não tem consequências. É muito enigmático, pois mesmo que conheçam o perigo, na hora da brincadeira, do namoro, se expõem muito mais a essas situações na rede”.
A ONG registrou, no ano de 2015, 322 atendimentos em seu canal de ajuda sobre situações envolvendo o chamado sexting, quando jovens e adolescentes trocam imagens de si mesmos (com pouca roupa ou nus) e mensagens de texto eróticas.
Com relação ao ciberbullying, a SaferNet registrou 265 pedidos de ajuda. Em 2014, a SaferNet computou 224 atendimentos por sexting e 177 por ciberbullying. Para o especialista, os números são pequenos diante da realidade, mas expressam um “termômetro” da atual realidade do país.
A facilidade de acesso à internet, a sensação de segurança provocada pelo uso do celular pessoal, a erotização precoce e a falta de instrução sobre educação sexual estão entre os fatores apontados pelo psicólogo para o aumento dos casos de sexting.
“Crianças acessam a internet pelo celular, essa sensação de segurança fez com que as pessoas se sentissem mais à vontade para compartilhar conteúdo íntimo. Atualmente já não há mais o obstáculo da lan house ou o computador que era compartilhado por várias pessoas em casa. Além disso, há uma cultura de superexposição e erotização precoce da infância que estimula ainda mais essa situação. O tabu sexual ainda é muito grande e essa fase de experimentação, o adolescente está 'fazendo e acontecendo' na internet com o calor do momento”, analisa Rodrigo Nejm.
Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apontam que 81,5 milhões de brasileiros com mais de 10 anos de idade acessam a internet pelo celular. O número representa 47% dessa parcela da população, de acordo com as entrevistas feitas em 19,2 mil domicílios entre outubro de 2014 e março de 2015.
Para a procuradora regional da República Neide Cardoso, coordenadora nacional do grupo de trabalho de enfrentamento aos crimes cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF), outro aspecto que desperta preocupação das autoridades é a exposição voluntária de informações pessoais dos jovens.
“Hoje as pessoas colocam a vida toda nas redes sociais. Ali o aliciador, além de visualizar as fotos, também tem informação da pessoa – seja da escola, do local, às vezes mostra residência. São imagens que acabam identificando”, afirmou.
Preocupado com aumento da criminalidade incentivado pela insegurança da rede, o MPF criou o Projeto Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas. A iniciativa leva informação sobre o uso seguro e responsável da internet para professores da rede pública e privada de ensino, e já percorreu 12 capitais brasileiras. De acordo com o órgão, os principaisriscos são o aliciamento online; a difusão de imagens pornográficas de crianças ou adolescentes e o ciberbullying.
A página da ONG SaferNet contém também as estatísticas do que foi denunciado no ano de 2016 através da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Conforme o diagrama abaixo, percebe-se que o crime de pornografia infantil lidera o ranking dessas denúncias.
Através dos dados disponíveis nesta tabela, utilizando os conceitos de Estatística, é possível retirar as seguintes informações:
- Amostra: a parte destacada população, que corresponde a 115.598.
- Frequência: cada um dos valores apresentados na coluna “denúncias”.
- Frequência relativa: a fração correspondente às frequências em relação ao total de denúncias, que corresponde aos percentuais na coluna “%”.
- Moda: o valor em maior número, que corresponde à “pornografia infantil”: 56.924.
- Média: o total dividido pelo número de dados, que corresponde a 12.844.
- Mediana: o valor central, que corresponde a “maus tratos contra animais”: 2.709.
Utilizando os conceitos de Lógica, pode-se elaborar o seguinte:
- Argumentação válida: Crime dá cadeia. Pedofilia é crime. Logo, pedofilia dá cadeia.

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