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Físico-Química Experimental I CRIOMETRIA Data de realização: 14/10/2013 Data de entrega: 04/11/2013 Professor responsável: Miguel Jafelicci Junior Integrantes: Gabriel Martins de Alvarenga Naira Buzzo Anhesine Renan Diego Zanetti Weslei Bruno Botero ARARAQUARA OUTUBRO/2013 Índice Objetivo ................................................................................................................................................ 1 Introdução ............................................................................................................................................ 1 Procedimento Experimental .............................................................................................................. 2 Materiais e Reagentes ................................................................................................................... 2 Métodos............................................................................................................................................ 2 Resultados e Discussão .................................................................................................................... 3 Conclusão ............................................................................................................................................ 5 Bibliografia ........................................................................................................................................... 5 Criometria 1 Objetivo Utilizar fundamentos de potencial químico para a verificação de mudanças em propriedades coligativas de sistemas devido a adição de outras espécies. Introdução Fundamentada na lei de Raoult (que mostra que a diferença do ponto de solidificação de um solvente puro e a temperatura de início da solidificação do solvente em uma solução ideal é diretamente proporcional à concentração molar da solução), a criometria, também conhecida como crioscopia, representa o estudo do abaixamento do ponto de congelamento devido a adição de espécies não voláteis à solução. Essa mudança das propriedades coligativas pode ser observada através do gráfico que mostra a variação do potencial químico de um componente em função da temperatura: Figura 1 - Variação do potencial químico devido à adição de componentes no líquido puro A partir do gráfico é possível perceber que soluções contendo espécies não voláteis apresentam, em comparação com líquidos puros, menores potenciais químicos. Isso implica, no caso, em uma temperatura de solidificação menor e uma temperatura de ebulição maior. Para uma solução que está em equilíbrio com um solvente sólido puro, essa relação é expressa pela equação: ( ) ( ) Em nosso estudo, verificaremos o abaixamento crioscópico (diminuição do ponto de congelamento) de uma solução aquosa de t-butanol devido a adição de diferentes quantidades de hexano. Criometria 2 Procedimento Experimental Materiais e Reagentes - t-Butanol - hexano - Béquer - Tubo de Ensaio - Termopar - Suporte Universal - Serpentina de Cobre - Tubo de vidro largo Métodos O sistema utilizado para as medidas de ponto de congelamento está ilustrado na Figura 2. No béquer A colocou-se em torno de 200 mL de água a aproximadamente 27 ºC, contendo uma serpentina de cobre por onde passava água em temperaturas mais baixas para resfriamento do sistema. No centro desse béquer foi colocado um tubo largo externo B (vazio), servindo como camisa de ar, e no centro deste, o tubo de ensaio interno C, contendo um termopar associado a um computador, ambos fixado em suporte universal por garras. Figura 2 - Sistema utilizado na determinação do ponto de congelamento. A: béquer de 500 mL, B: tubo de vidro largo, C: tubo de ensaio, D: Termopar. Adicionou-se aproximadamente 5 mL de t-butanol ao tubo C, e agitou-se a amostra com o termopar, até o início do congelamento da mesma, de modo que foi possível foi criar um gráfico através de um software de computador, de temperatura x tempo, para o t- butanol puro, possibilitando a leitura do ponto de congelamento do mesmo. Após a leitura retirou-se o tubo interno C e foi promovido um aquecimento do mesmo com as mãos (ao redor de 1 a 2 ºC) para provocar a fusão do solvente. O tubo C, novamente com a amostra totalmente líquida, foi colocado no tubo maior B e o procedimento de resfriamento foi repetido. Esse procedimento foi feito diversas vezes, até obtenção de um gráfico de boa visualização da temperatura de congelamento. Em seguida, fez-se o mesmo procedimento, porém agora com a adição de quantidades de hexano à amostra de t-butanol inicial, afim Criometria 3 de evidenciar o abaixamento do ponto de congelamento do t-butanol com a adição de outra substância. Resultados e Discussão É mais vantajoso utilizar o tert-butanol como solvente em medidas de crioscopia pois este apresenta as seguintes características: Fácil Purificação Facilidade de Acesso Relativamente Barato Temperatura de Fusão de 25,1° C, ou seja, funde-se com a temperatura das mãos Baixa massa molecular Baixa Toxicidade Solúvel em grande parte dos compostos Ao tratar os dados com a ajuda de um software foi possível plotar os seguintes gráficos: Figura 3 - Gráfico da Temperatura vs Tempo, sem a adição de Hexano Ao observar o gráfico, pode-se dizer que a temperatura de congelamento do tert- butanol sem hexano foi de aproximadamente 23,1° C, essa medida foi feita somente para comparação com o valor da temperatura deste mesmo componente, porém agora, adicionado hexano em sua composição, o novo gráfico que se obteve ao adicionar 0,5 ml de hexano foi: Criometria 4 Figura 4- Gráfico da Temperatura vs Tempo, com Hexano Ao analisar este gráfico, é possível notar que a nova temperatura de congelamento do tert-butanol foi de 18,4 °C . Isso nos mostra que o hexano provocou um abaixamento da temperatura de congelamento do tert-butanol, evidenciando o abaixamento crioscópico que é definido pela seguinte equação: Onde MA indica a massa molar do solvente, que no caso é o tert-butanol, T*f indica a temperatura em que ele congela, R é a constante dos gases, AH*f é a variação da entalpia de fusão do solvente e Kc é a constante crioscópica. A equação a baixo permite determinar experimentalmente a massa molar do soluto (MB), a partir de uma solução diluída, preparada com certa quantidade de soluto (mB) não-eletrolítico em certa quantidade de solvente (mA), conhecendo-se o valor da constante crioscópica (Kc), que foi definida pela equação anterior. Essa equação pode ser melhor representada na seguinte forma: MB = Onde, 8,3 K.Kg/mol é a constante crioscópica, dB é a densidade do soluto, VB é o volume do soluto, Tf é a variação da temperatura do tert-butanol com a adição do hexano e 7,7g é a massa de tert-butanol. Criometria 5 Tem-se que a densidade do tert-butanol é 0,77g/mol e, no experimento, foram utilizados 10ml desse mesmo solvente: 0,77g ------ 1ml X ------ 10ml X = 7,7 g (massa de tert-butanol) A variação de temperatura observada foi: - °C = 4,7K É importante ressaltar que, a variação da temperatura em graus Celsius é igual a variação da temperatura em Kelvin. A densidade do hexano é 0,645g/ml e, no experimento, foram utilizados 0,5ml. Calculando a massa molar do soluto (hexano), temos: MB = = 73,96g/mol De acordo com a literatura, a massa molar do hexano é 74,12g/mol. O erro pode ser calculado da seguinte forma: Erro = - Conclusão Foi possível concluir que o valor obtido experimentalmente foi muito próximo do obtido na literatura, mesmo que alguns erros possam ter ocorrido durante o experimento. Bibliografia ATKINS, P. W.; De PAULA, J. Physical Chemistry. 8 ed. Great Britain: Oxford University Press, 2006. Volume 1. p. 148-151. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-40422002000500022&script=sci_arttext visualizado em 25/10/13.
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