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Desempenho de Fundações de Edifícios 
 
Alexandre Duarte Gusmão 
Escola Politécnica – Universidade de Pernambuco e CEFET/PE, Recife, Brasil 
 
RESUMO: O desempenho de uma edificação é governado pela interação entre a superestrutura, 
infra-estrutura e terreno de fundação, em um complexo mecanismo denominado de interação solo-
estrutura – ISE. Na prática, no entanto, esta interação é comumente desprezada, com os projetos de 
fundações e estrutural sendo desenvolvidos sem se levar em consideração tal mecanismo. O artigo 
apresenta as principais técnicas de monitoramento de edifícios, bem como os efeitos da ISE no seu 
desempenho. Vários casos de prédios monitorados são apresentados. Conclui-se que tanto a ISE 
quanto monitoramento de recalques já podem ser incorporados à prática de projetos e controle 
tecnológico da execução de edificações. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Recalques, Fundações, Monitoramento, Interação Solo-Estrutura. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
As modernas teorias de análise estrutural 
consideram as edificações como sendo 
constituídas por três partes: (i) superestrutura, 
que corresponde à parte da edificação que será 
utilizada após a sua construção, e é constituída 
por paredes, lajes, vigas e pilares; (ii) infra-
estrutura, que é constituída pelos elementos que 
transferem o carregamento da superestrutura 
para o terreno de fundação (sapatas, blocos, 
estacas e cintas); (iii) terreno de fundação, que 
tem como objetivo absorver os esforços 
desenvolvidos na superestrutura (Fig. 1). 
 O desempenho de uma edificação é na 
realidade governado pela interação entre estas 
três partes, em um complexo mecanismo 
denominado de interação solo-estrutura – ISE. 
Na prática, no entanto, esta interação é 
comumente desprezada, com os projetos de 
fundações e estrutural sendo desenvolvidos sem 
se levar em consideração tal mecanismo 
(Gusmão, 1990). 
Em um projeto estrutural convencional de 
uma edificação, é normalmente assumida a 
hipótese dos seus apoios serem indeslocáveis, 
ou seja, não haver recalques. Em função disto, 
tanto o cálculo das cargas na fundação, como o 
dimensionamento dos elementos estruturais são 
feitos com base nesta hipótese. Por outro lado, o 
projeto de fundações convencional é 
desenvolvido levando-se em consideração 
apenas as cargas nos apoios (obtidas no projeto 
estrutural convencional), e as propriedades 
geotécnicas do terreno, desprezando-se o efeito 
da rigidez da estrutura. Com isto, se cria um 
verdadeiro fosso entre o terreno da fundação e a 
estrutura (Fig. 2). 
 Também na prática pouco se tem monitorado 
o desempenho das edificações, mas apenas o 
desempenho das suas partes, que não 
reproduzem necessariamente o comportamento 
do “todo”, ou do “sistema” como afirma o Prof. 
Nelson Aoki (Tabela 1). 
 
 
 
Figura 1. Partes de uma edificação. 
V1 V2 V3 V4
V1 V2 V3 V4
?
?
S1 S2 S3 S4
PROJETO DA
SUPERESTRUTURA
PROJETO DAS
FUNDAÇÕES
INTERAÇÃO
SOLO-ESTRUTURA
 
 
Figura 2. Hipóteses básicas do projeto convencional. 
 
Tabela 1. Monitoramento do desempenho das partes da 
edificação. 
Parte Monitoramento / Ensaios 
 
Superestrutura 
-Controle dos materiais (alvenarias, 
concreto, aço, etc) 
-Controle dos processos 
construtivos (dimensões, prumos, 
etc) 
 
Infra-Estrutura 
-Ensaios de placa 
-Provas de carga em estacas 
-Controles de execução (negas, 
repique elástico, etc) 
Terreno de 
Fundação 
-Ensaios de laboratório 
-Ensaios de campo 
 
 Outro aspecto relevante, é que ninguém 
“compra” as partes de uma edificação, mas o 
seu todo, que na prática significa o seu 
desempenho (Fig. 3). É fundamental que 
também se faça o monitoramento do 
desempenho da edificação, ou seja, medição de 
cargas nos apoios e movimentos da fundação. 
 Este trabalho tem como objetivo apresentar 
as principais técnicas de monitoramento de 
edificações, os efeitos da ISE no seu 
desempenho, e ainda vários exemplos de obras 
em diferentes condições de subsolo. 
 
 
 
 
Figura 3. “Partes” versus “todo” de uma edificação. 
2 MONITORAMENTO DE EDIFÍCIOS 
 
2.1 Trabalhos mais Recentes 
 
O número de trabalhos publicados na literatura 
técnica sobre monitoramento de edifícios e ISE 
é muito pequeno se comparado com outros 
temas, tais como provas de carga, ensaios, etc. 
Para comprovar tal hipótese, foi feita uma 
revisão bibliográfica nos principais eventos 
freqüentados pela comunidade geotécnica 
brasileira, e na Revista Solos & Rochas. Foram 
consideradas apenas as últimas edições dos 
eventos (Tab. 2). 
 A Revista Solos & Rochas da ABMS, por 
exemplo, em quase 30 anos só publicou 04 
artigos sobre monitoramento de edifícios, o que 
é muito pouco para a relevância do assunto. 
 Há ainda várias dissertações e teses 
desenvolvidas nas universidades brasileiras nos 
últimos anos (Tabela 3). Certamente deve haver 
outros trabalhos não pesquisados pelo autor. 
 
 
Tabela 2. Relação de trabalhos recentes sobre 
monitoramento de edificações e ISE em Periódicos e 
Eventos. 
Periódico / Evento No. de Trabalhos 
Revista Solos & Rochas (1978 a 
2005) 
04 
Simpósio sobre ISE – São Carlos 
(2000) 
07 
Simpósio sobre Edifícios da Orla 
de Santos – Santos (2003) 
04 
INFOGEO – Curitiba (2001) 01 
INFOGEO – Belo Horizonte 
(2005) 
03 
SEFE – São Paulo (1996) -- 
SEFE – São Paulo (2000) 07 
SEFE – São Paulo (2004) 05 
COBRAMSEG – Brasília (1998) 03 
COBRAMSEG – São Paulo 
(2002) 
05 
PCSMGE – Foz do Iguaçu 
(1999) 
02 
PCSMGE – Cambridge (2003) 02 
ICSMGE – Hamburgo (1997) 04 
ICSMGE – Istambul (2001) -- 
ICSMGE – Osaka (2005) 04 
 
 
 
 
 
EDIFICAÇÃO 
INFRA-
ESTRUTURA 
SUPERES-
TRUTURA 
TERRENO DE 
FUNDAÇÃO 
CLIENTE $$$$ 
PARTES 
TODO 
Tabela 3. Relação de dissertações e teses recentes sobre 
monitoramento de edificações e ISE. 
Universidade Referência 
 
UFF 
- Costa (2003) 
- Rosa (2005) 
- Silva (2005) 
COPPE/UFRJ - Gonçalves (2004) 
UENF - Crespo (2004) 
 
 
 
USP/SC 
- Reis (2000) 
- Iwamoto (2000) 
- Mendonça (2000) 
- Holanda Jr. (2002) 
- Jordão (2003) 
- Ribeiro (2005) 
- Russo Neto (2005) 
UnB -Soares (2004) 
USP/SP - Cardozo (2002) 
UFPB/CG -Lucena (2003) 
UFPE - Milfond (1999) 
- Fonte (2000) 
 
 A Tabela 4 apresenta um resumo dos 
principais trabalhos nas fontes consultadas. 
Algumas observações podem ser feitas: (i) a 
maioria dos casos envolve fundações 
superficiais (sapatas e radier); (ii) há poucos 
casos de prédios de pequeno porte (abaixo de 
05 pavimentos) e em alvenaria estrutural; (iii) a 
maior parte dos trabalhos brasileiros é da 
Região Nordeste (cerca de 40%). 
 Atualmente o monitoramento de edificações 
ainda se restringe apenas à medição dos 
recalques. Ainda não se tem uma metodologia 
suficientemente difundida para medição das 
cargas nos apoios dos prédios, mas há trabalhos 
recentes promissores, tal como o apresentado 
por Russo Neto (2005). O monitoramento de 
recalques no Brasil sempre esteve associado a 
obras com desempenho insatisfatório, com 
patologias e muitas vezes necessidade de 
reforço das fundações. Neste sentido, parece 
que os problemas dos prédios em Santos 
causaram “traumas” nos nossos engenheiros, 
que muitas vezes preferem a máxima de que “o 
que os olhos não vêem, o coração não sente...”, 
como se o fato de medir ou não os recalques 
pudesse influenciar o desempenho do prédio. 
 No entanto, há que se considerar, como 
destacam Danziger et al. (2000a), que as 
medições de recalques durante longos períodos 
nas fundações de obras em Santos constituem 
importantes contribuições para a Engenharia 
Brasileira, revelando o comportamento real 
destas obras e norteando os projetos mais 
recentes de fundações (Machado, 1958). 
 Um caso interessante de mudança desse 
paradigma ocorreu em Recife, que é hoje o 
lugaronde mais se mede recalque de prédios no 
Brasil. Desde o início da Década de 90 do 
século passado, que foi feito um trabalho de 
conscientização da necessidade do 
monitoramento dos recalques, usando-se de 
algumas interessantes estratégias: (i) o 
monitoramento deve ser encarado como um 
controle tecnológico da obra, a exemplo de 
tantos outros, como controle da resistência do 
concreto; (ii) o monitoramento permite um 
melhor entendimento do comportamento de 
uma edificação, e uma retroanálise dos 
parâmetros dos solos, o que tem conduzido a 
projetos mais arrojados (e nem por isso menos 
seguros); (iii) o monitoramento permite 
identificar com mais segurança as causas de 
eventuais patologias que possam surgir nos 
prédios, onde normalmente a fundação é 
colocada em suspeita (neste caso, quem tem 
exigido o monitoramento são as empresas 
executoras de fundações). 
 Uma pesquisa no banco de dados da empresa 
de consultoria do presente autor mostrou que 
entre 1989 e 2005 foram monitorados 75 
edifícios apenas em Recife, e que em apenas 11 
prédios o monitoramento foi motivado pelo 
aparecimento de patologias, as quais nem 
sempre eram decorrentes de movimentos da 
fundação. Atualmente o monitoramento de 
recalques já está inclusive incorporado aos 
sistemas de qualidade de muitas construtoras 
em Recife. 
 Um outro aspecto interessante é que o 
monitoramento representa um custo muito 
baixo em comparação com o custo total da obra, 
ou mesmo em comparação com o custo de 
outros ensaios e controles (Tabela 5). 
 
 
2.2 Medição de Recalques 
 
O equipamento empregado para medida dos 
recalques é bastante simples, sendo constituído 
por pinos; referência de nível (RN); nível; e 
mira. 
 
Tabela 4. Resumo dos trabalhos publicados sobre monitoramento e ISE em vários periódicos / eventos. 
Estrutura Previsão de Recalques Monitoramento 
Tipo No. de 
Pavimentos 
Tipo de Fundação 
Convencional Com ISE RN Medição de 
Carga 
Recalque 
(mm) 
 
Referência 
CA 15 Sapata Sim Não Vizinho Não 103 (máximo) Gusmão (1994) 
CA 12 Sapata Sim Não NI Não 351,8 (médio) Gusmão (1994) 
CA 02 Sapata Sim Sim NI Não 175,5 (médio) Gusmão (1994) 
CA 19 Sapata Sim Sim NI Não -- Moura (1999) 
CA 17 Sapata Não Não Bench-Mark Não 11,7 (máximo) Castello et al. (2001) 
CA 09 Sapata Sim Não Vizinho Não 14,5 (máximo) Lucena et al. (2004) 
CA 09 Sapata Sim Não Vizinho Não 13,5 (máximo) Lucena et al. (2004) 
CA 12 Sapata Sim Não Vizinho Não 7,5 (máximo) Lucena et al. (2004) 
CA 12 Tubulão Sim Sim NI Não 9,0 (máximo) Antunes e Iwamoto (2000) 
CA 03 Sapata Não Não Vizinho Não 4,8 (máximo) Danziger et al. (2000b) 
-- -- -- -- -- -- -- -- Fonte et al. (2000) 
CA 20 Sapata Não Não Vizinho Não 12,0 (máximo) Gusmão et al. (2000a) 
CA 15 Sapata Sim Não Vizinho Não 105,5 (máximo) Gusmão et al. (2000b) 
CA 08/11 Tubulão / Sapata Sim Sim NI Não -- Mendonça e Aoki (2000ª) 
CA 12 (3x) Sapata Sim Sim NI Não -- Reis e Aoki (2000) 
CA 17 Sapatas / Estacões Não Não NI Não -- Maffei et al. (2003) 
CA 10 Sapata Não Não NI Não 80 (máximo) Campos (2003) 
CA 18 Sapata Não Não NI Não 17 (máximo) Campos (2003) 
CA 11 Sapata Não Não NI Não 83 (máximo) Campos (2003) 
CA 07 Sapata Sim Não Bench- Mark Não 135 (máximo) Seixas e Gonçalves (2003) 
CA 12 Sapata / Sangria Não Não NI Não 500 (máximo) Falconi et al. (2003) 
-- -- -- -- -- -- -- -- Fonte et al. (2001) 
CA 12 (3x) Sapata Sim Sim NI Não -- Reis e Aoki (2005) 
CA 13 Hélice contínua Não Sim Vizinho Não 42 (máximo) Maia et al. (2005a) 
-- -- -- -- -- -- -- -- Fonte e Fonte (2005) 
CA 12 Estaca Franki Não Não Vizinho Não 32,6 (máximo) Danziger et al. (2000ª) 
CA 13 (8x) Sapata Não Não Bench-Mark Não 15 a 480 (médio) Pacheco et al. (2000) 
ALV 04 Estacas escavadas Não Não Bench-Mark Não 45 (máximo) Niyama et al. (2000) 
CA 04/08/16/32 -- Sim Sim -- Não -- Madureira e Bezerra (2000) 
CA 08/11 Tubulão / Sapata Sim Sim NI Não -- Mendonça e Aoki (2000b) 
CA 08 Tubulão Não Não Vizinho Não 4,1 (máximo) Lobo et al. (2000) 
CA 15 Sapata Não Não Vizinho Não 93 (máximo) Gusmão (2000) 
CA 20 Estaca Franki Não Não Vizinho Não 12 (máximo) Gusmão (2000) 
CA = concreto armado; ALV = alvenaria estrutural; NI = não informado 
 
 
 
 
Tabela 4. Resumo dos trabalhos publicados sobre monitoramento e ISE em vários periódicos / eventos (continuação) 
Estrutura Previsão de Recalques Monitoramento 
Tipo No. de 
Pavimentos 
Tipo de Fundação 
Convencional Com ISE RN Medição de 
Carga 
Recalque 
(mm) 
 
Referência 
CA 13 Estaca Hélice Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Maia et al. (2004) 
CA 18 Sapata Sim Não Vizinho Não 14,5 (máximo) Cavalcante et al. (2004) 
CA 05 Sapata Não Não NI Não 400 (máximo) Oliveira e Oliveira (2004) 
CA 11/18 Sapata Sim Não -- Não -- Gonçalves (2004) 
CA 03 Sapata Sim Não Vizinho Não 6,74 (médio) Gonçalves et al. (2004) 
CA 15 Sapata Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Gusmão Filho et al. (1998) 
CA 18 Sapata Não Não Vizinho Não 14,5 (máximo) Gusmão Filho et al. (1998) 
CA 17 Sapata Sim Não NI Não 500 (máximo) Mendonça et al. (1998) 
CA 13 Tubulão Não Não Vizinho Não 4,8 (máximo) Lobo et al. (1998) 
CA 04 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 305 (máximo) Dias e Moraes (1998) 
CA 15/13/20 Sapata Não Não Vizinho Não 105/500/7,5 
(máximo) 
Oliveira et al. (2002) 
CA -- Sapata Não Não NI Não -- Gonçalves e Cardozo (2002) 
CA 24 Sapata Não Não Vizinho Não 21 (máximo) Gusmão e Calado Jr. (2002) 
CA 30 Sapata Não Não NI Não 26 (máximo) Soares e Soares (2002) 
CA 28 Estaca Pré-moldada Não Não NI Não 21 (máximo) Soares e Soares (2002) 
CA -- -- -- -- -- Sim -- Russo Neto et al. (2002) 
ALV 04 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 444 (máximo) Pedreira et al. (2002) 
CA 15 Sapata Não Não Vizinho Não 93 (máximo) Gusmão Filho et al. (1999) 
CA 14 Tubulão Não Não Vizinho Não 9,1 (máximo) Lobo et al. (1999) 
CA 07 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 115 (máximo) Oliveira e Gonçalves (2003) 
CA vários -- -- -- -- -- Banco de dados Gusmão et al. (2003) 
CA 12 Estaca Franki Não Não NI Sim 26,6 (máximo) Danziger et al. (1997) 
CA 25 Estaca “T” Sim Não NI Não 34,7 (máximo) Décourt (1997) 
CA 18 Estaca Pré-moldada Sim Sim Bench-Mark Não -- Gusmão Filho e Guimarães 
(1997) 
CA 24 Radier Estaqueado Sim Não NI Não 31,1 (médio) Yu-Kang et al. (1997) 
CA 16 Radier Sim Sim NI Não 182 (máximo) Paramonov et al. (2005) 
CA 40 Radier Sim Sim NI Não 2,69 (máximo) Justo et al. (2005) 
CA 17 Radier Sim Não NI Não 28 (máximo) Reul e Ripper (2005) 
CA 13 Estaca Hélice Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Maia et al. (2005b) 
CA = concreto armado; ALV = alvenaria estrutural; NI = não informado
Tabela 5. Comparação de custos entre o monitoramento 
de recalques e outros controles geotécnicos. 
Serviço Custo* 
(R$) 
-Prova de carga estática em 
estaca (carga de ensaio de 3 MN) 
- 12.000,00 a 
15.000,00 
-Prova de carga dinâmica (05 
ensaios + 02 análises capwap) 
- 5.000,00 a 
8.000,00 
-Medição de recalques 
(nivelamento + 06 leituras) 
- 4.000,00** 
*estimado em Recife (1 US$ = R$ 2,30) 
**custo diluído ao longo do tempo de construção 
 
 
2.2.1 Pinos 
 
Há vários tipos de pinos que podem ser usados 
no controle de recalques. Normalmente são 
fabricados em aço inoxidável, e usam um 
sistema tipo macho e fêmea. Inicialmente o 
elemento fêmea é fixado com material colante 
no ponto a ser monitorado (por exemplo, a face 
de um pilar). Por ocasião de cada medição, é 
introduzido o elemento macho através de rosca 
ao elemento fêmea. O macho deve possuir na 
sua extremidade uma base esférica, onde a mira 
se apóia. A Figura 4 mostra o pino que tem sido 
usado em Recife (notar que o macho está sem a 
sua base esférica). Este pino custa cerca de R$ 
3,00 em Recife, mais R$ 10,00 de instalação 
por unidade. 
 Danziger et al. (1997) e Danziger et al. 
(2000a) apresentaram pinos fabricados em aço 
inoxidável, que são diferentes dos pinoshabitualmente usados, em que o macho é fixado 
através de rosca à fêmea. O sistema usado é 
simplesmente encaixado, de forma a propiciar 
melhor acurácia aos resultados, uma vez que as 
medições são feitas com o macho sempre na 
mesma posição, diferentemente dos pinos 
tradicionais. Os pinos de encaixe têm a 
desvantagem, entretanto, de possuírem um 
diâmetro maior que os de rosca, o que torna um 
pouco mais trabalhosa a sua instalação, além do 
maior custo. 
 
 
2.2.2 Referência de Nível (RN) 
 
A referência de nível ideal é aquela que se 
apresenta como indeslocável. Pode ser profunda 
(conhecida como bench-mark) ou superficial. 
 
 
Figura 4. Detalhe do pino usado em Recife. 
 
 
 Este último tipo está mais sujeito a 
deslocamentos provocados por várias causas, 
tais como choques, vibrações decorrentes de 
tráfego de veículos, etc. Este problema, no 
entanto, pode ser minimizado através da 
escolha do ponto de instalação. Em qualquer 
caso, é recomendável que sejam instalados pelo 
menos dois RNs. Ressalta-se, ainda, que o RN 
superficial sempre medirá os recalques 
diferenciais (que são os mais importantes), 
independente de se movimentar ou não. 
 O grande problema do bench-mark é o seu 
elevado custo, o que normalmente duplica ou 
triplica o custo do monitoramento. Em Recife, 
um bench-mark custa entre R$ 150,00 e 200,00 
por metro linear, dependendo da profundidade. 
 Na Tabela 4, pode-se observar que a maioria 
dos prédios monitorados usou como RN pontos 
vizinhos ao próprio prédio. 
 
 
2.2.3 Nível 
 
O nível deve ser ótico e dotado de placa plano 
paralela. É importante que o instrumento seja 
regularmente aferido por empresas 
especializadas. 
 
 
2.2.4 Mira 
 
A mira deve ser graduada em chapa de invar, 
para diminuir os efeitos das variações térmicas, 
e deve ser posicionada nivelada no pino (Fig.5). 
 
 
Figura 5. Detalhe da mira apoiada no elemento macho. 
 
 
 
2.2.5 Frequência do Monitoramento 
 
Não há uma regra geral para se estabelecer a 
freqüência do monitoramento, nem a 
quantidade de pontos a serem monitorados. 
Como geralmente o custo dos pinos e das 
medições é baixo, é recomendável que todos os 
pilares da estrutura principal do prédio sejam 
instrumentados. Caso não seja possível, deve 
ser feita uma distribuição de pinos que 
contemple toda a projeção do prédio. 
 Na Tabela 6, há uma sugestão de freqüência 
do monitoramento, que deve ser adaptada para 
cada caso. De um modo geral, deve-se 
concentrar um maior número de medições nas 
etapas de concretagem da estrutura e 
assentamento de alvenaria, por representarem 
cerca de 60% do carregamento de um prédio 
(excluindo-se os efeitos da ação do vento). É 
importante que os pinos sejam preservados após 
a ocupação do prédio, para permitir eventuais 
nivelamentos que sejam necessários. Danziger 
et al. (2000a) apresentam um exemplo de 
monitoramento, onde foram feitas seis 
medições mais o nivelamento. 
 
 
 
Tabela 6. Freqüência do monitoramento de recalques. 
Etapa No. de 
Medições 
-Até a concretagem da 1ª laje Instalação dos 
pinos + 
Nivelamento 
-Até a concretagem da coberta +02 
-Até o final do assentamento da 
alvenaria 
+01 
-Até o final do revestimento interno 
e externo: 
+01 
-Até o final do assentamento de piso +01 
-Antes da entrega do prédio +01 
Total 07 
 
 
2.3 Medição de Cargas nos Apoios 
 
A medição de carga nos apoios das edificações 
raramente é feita na prática (Danziger et al., 
1997; Russo Neto et al., 2002; Russo Neto, 
2005). A medição envolve muitas incertezas, 
além de exigir pessoal mais qualificado. 
 A medição de carga é sempre feita de 
maneira indireta (células de carga e medidores 
de deformação), ou seja, mede-se a deformação 
em uma determinada seção, e a partir da relação 
tensão-deformação do material, chega-se à 
carga atuante. 
 No caso específico do concreto armado, que 
no nosso país representa a maior parte dos casos 
de edificações, o problema passa a ser mais 
complicado, tendo em vista a heterogeneidade 
da seção, onde o aço e o concreto têm 
propriedades bem diferentes. As deformações 
são provocadas não apenas pela variação das 
tensões, mas há ainda que considerar os 
seguintes efeitos: (i) fluência, que é a 
deformação sob carga constante; (ii) retração do 
concreto decorrente da variação de umidade; 
(iii) variação térmica. 
 O trabalho brasileiro mais completo sobre 
medição de carga em pilares é a tese de 
doutoramento de Russo Neto (2005), que 
desenvolveu um extensômetro mecânico de 
haste para medição da deformação dos pilares. 
O autor apresenta o caso da construção de um 
prédio com 04 pavimentos, com estrutura de 
concreto armado pré-fabricado. Foram feitas 
medições de cargas e recalques durante toda a 
construção. 
 
 A Figura 6 apresenta a evolução da carga 
atuante em um pilar no período de construção 
do prédio. A carga teórica foi obtida através da 
modelagem da estrutura pelo programa 
SAP2000. Observa-se uma perfeita 
concordância entre os valores medidos e 
calculados. 
 
 
3 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA 
 
3.1 Generalidades 
 
Como foi visto anteriormente, nos projetos 
convencionais de edificações são desprezados 
os efeitos da ISE provocados pela deformação 
do terreno e pela rigidez da estrutura. Diversos 
trabalhos têm mostrado que a ISE provoca uma 
redistribuição de esforços nos elementos 
estruturais, e em especial nas cargas nos pilares 
(Chamecki, 1954; Poulos, 1975; Gusmão, 
1990). Esta redistribuição depende, entre coisas, 
da rigidez relativa estrutura-solo e da 
deformada de recalques da edificação. 
Uma outra conseqüência importante 
decorrente da ISE, é que a solidariedade 
existente entre os elementos da estrutura 
confere à mesma uma considerável rigidez, 
restringindo o movimento relativo entre os 
apoios, e fazendo com que os recalques 
diferenciais sejam menores que os estimados. 
Por isso, a consideração da ISE pode viabilizar 
projetos de fundações que não seriam aceitos 
por uma análise convencional. 
 
 
Figura 6. Evolução da carga de um pilar ao 
longo da construção (Russo Neto, 2005). 
A Tabela 7 mostra as principais 
conseqüências destas hipóteses. 
 
 
3.2 Movimentos da Fundação 
 
Burland e Wroth (1974) propuseram um 
conjunto consistente de definições para 
descrever os movimentos da fundação (Figura 7 
– notar que o recalque está representado pela 
letra W). Um dos conceitos mais usados na 
previsão de patologias em edificações 
decorrentes de movimentos da fundação é a 
rotação relativa ou distorção angular (b). 
 No caso da inclinação ser nula, o seu valor 
coincide com o da rotação (Q), que pode ser 
calculada pela relação entre o recalque 
diferencial entre dois pontos e o seu vão, 
facilitando os cálculos. 
 
 
 
 
 
 
Figura 7. Movimentos da fundação (Gusmão, 1990). 
 
Tabela 7. Efeitos da interação solo-estrutura em edifícios. 
Hipótese 
 
Conseqüências 
 
-Apoios são considerados indeslocáveis. -Redistribuição de cargas e esforços nos elementos 
estruturais, especialmente vigas e pilares. 
-Alívio de carga nos pilares mais carregados e sobrecarga 
nos pilares menos carregados. 
-Pode haver danos nos elementos estruturais. 
-Apoios podem recalcar de maneira independente uns 
dos outros. 
-A ligação entre os elementos estruturais confere à 
estrutura uma rigidez, que restringe os recalques 
diferenciais. 
-A deformada de recalques medida é mais suave que a 
estimada convencionalmente. 
-Há uma tendência de uniformização dos recalques. 
-O carregamento do prédio só ocorre ao final da sua 
construção. 
-À medida que a estrutura vai sendo construída, vai 
havendo um aumento do seu carregamento, e dos 
recalques absolutos. 
-Há, no entanto, um aumento da rigidez da estrutura, que 
faz com que haja uma tendência de uniformizaçãodos 
recalques. 
-Há uma altura limite, correspondente aos cinco primeiros 
pavimentos, em que praticamente não há mais aumento 
da rigidez para fins de uniformização dos recalques. 
 
 
3.3 Avaliação dos Efeitos da ISE 
 
Gusmão (1994) mostrou que se pode analisar o 
desempenho de uma edificação qualquer o 
associando a dois diferentes modelos: um que 
represente o valor médio dos recalques (tensão-
deformação do terreno); e outro que represente 
a sua distribuição (interação solo-estrutura), 
como mostra a Figura 8. 
 A ISE influencia a deformada de recalques 
da edificação, fazendo com que fique mais 
suave, embora o recalque absoluto médio seja 
independente. Com isto, pode-se admitir que o 
recalque absoluto médio seja função apenas do 
carregamento total da estrutura e das 
propriedades de deformação do terreno. 
Conseqüentemente, a diferença entre os valores 
do recalque médio medido e estimado pode ser 
associada à representatividade do modelo 
tensão-deformação adotado (Fig. 9). 
A distribuição dos recalques e, 
consequentemente a ISE, pode ser associada a 
sua dispersão, representada através do 
coeficiente de variação CV (relação entre o 
desvio-padrão e a média do recalque absoluto). 
Com isto, a diferença entre os valores do 
coeficiente de variação medido e estimado pode 
ser associada à representatividade do modelo de 
ISE adotado. 
 
S
MEDIDO
ESTIMADO CONVENCIONALMENTE
Si = S + Si ∆
S = f ( tensão-deformação )
Si ∆ = f ( interação solo-estrutura )
 
 
Figura 8. Modelos para estimativa do recalque de 
edificações (Gusmão, 1994). 
 
 
Figura 9. Influência da rigidez na distribuição dos 
recalques de edificações (Gusmão, 1994).
Para exemplificar a metodologia, será 
considerado um prédio com 15 pavimentos, em 
que foi feita a medição dos recalques durante 
toda sua construção (Gusmão e Gusmão Filho, 
1990; Lopes e Gusmão, 1991). A Figura 10 
mostra o perfil geotécnico do subsolo. 
Para a avaliação do carregamento médio 
atuante na estrutura, foi admitida a distribuição 
de cargas mostrada Tabela 8. As cargas foram 
estimadas proporcionalmente ao número de 
pavimentos completados (concreto, alvenaria, 
revestimentos, pisos, etc). 
 A Figura 11 apresenta a evolução do 
carregamento e recalque ao longo do tempo. As 
Figuras 12 e 13 apresentam as curvas de 
isorecalques estimados convencionalmente e 
medidos. Observa-se que a medição mostra que 
houve uma redução do recalque absoluto 
máximo (nos pilares centrais) e um aumento do 
recalque mínimo (pilares da periferia). 
 
0
10
20
30
40
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
ANTES
APÓS
AREIA MÉDIA E
FINA
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
PROF.(m)
SAPATA
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
(AREIA + BRITA)
AREIA ARGILOSA COM
MATÉRIA ORGÂNICA
AREIA FINA SILTOSA COM
POUCA MAT.ORGÂNICA
AREIA FINA E
MÉDIA
 
 
Figura 10. Perfil do subsolo – Caso 1. 
 
Tabela 8. Distribuição das cargas na estrutura. 
Tipo Carregamento Parcial 
(%)* 
-Estrutura de concreto 
armado 
40,0 
-Alvenarias 20,0 
-Revestimento externo 7,5 
-Revestimento interno 7,5 
-Pisos 10,0 
-Sobrecarga 15,0 
*em relação ao carregamento total. 
0.00
30.00
60.00
90.00
120.00
R
EC
AL
Q
U
E 
(m
m
)
0 100 200 300 400
TEMPO (dias)
0.00
50.00
100.00
C
AR
R
EG
AM
EN
TO
 (%
)
RECALQUE
MÁXIMO (P31)
MÉDIO
MÍNIMO (P3)
 
 
Figura 11. Evolução do carregamento e recalques – 
Caso 1. 
 
 
P1 P2 P3 P4
P5
P6 P7 P8 P9
P10
P11 P14
P15 P16
P17 P18 P19 P20
P21 P22P23 P24 P25 P26
P29 P30
P31 P32 P33 P34
0 2 4 6 8 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 
 
Figura 12. Isorecalques estimados convencionalmente – 
Caso 1. 
 
P1 P2 P3 P4
P5
P6 P7 P8 P9
P10
P11 P14
P15 P16
P17 P18 P19 P20
P21 P22P23 P24 P25 P26
P29 P30
P31 P32 P33 P34
0 2 4 6 8 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 
 
Figura 13. Isorecalques medidos – Caso 1. 
A Tabela 9 mostra algumas características 
referentes à distribuição dos recalques 
estimados e medidos. Os recalques médios têm 
a mesma ordem de grandeza, revelando uma 
boa representatividade do modelo tensão-
deformação adotado na previsão dos recalques. 
No entanto, como era de se esperar, o 
coeficiente de variação dos recalques medidos é 
menor que o dos recalques estimados, devido à 
influência da rigidez da estrutura na tendência à 
uniformização dos recalques. 
 
 
3.4 Efeito da ISE nos Recalques 
 
Diversos trabalhos têm mostrado que os 
recalques total e diferencial máximo diminuem 
de grandeza com o aumento da rigidez relativa 
estrutura-solo, sendo que os recalques 
diferenciais são mais influenciados por essa 
rigidez que os recalques absolutos (Meyerhof, 
1953; Barata, 1986; Gusmão, 1990). O recalque 
médio é praticamente independente da rigidez, 
ou seja, independe da consideração ou não da 
ISE. 
No Caso 1, como o recalque médio estimado 
e medido têm a mesma ordem de grandeza, 
pode-se compará-los diretamente para avaliar 
os efeitos da ISE (Fig. 14). Observa-se que para 
os pilares em que os recalques estimados são 
inferiores ao valor médio (linha tracejada), os 
recalques estimados são menores que os 
medidos. Já para os pilares que têm recalque 
previsto acima da média, ocorre o inverso, ou 
seja, os recalques estimados são maiores que os 
medidos. Isso mostra que à medida que os 
recalques ocorrem, há uma transferência de 
carga dos pilares mais carregados (alívio) para 
os menos carregados (acréscimo). 
 
 
Tabela 9. Características da distribuição dos recalques. 
Recalques 
Característica Estimado sem 
ISE 
Medido 
Média 
(mm) 
79,2 82,3 
Desvio-padrão 
(mm) 
15,0 13,4 
Coeficiente de 
variação – CV 
0,189 0,162 
A Figura 15 apresenta a comparação entre os 
recalques diferenciais (ou rotação) estimados 
sem ISE e medidos (desprezou-se a inclinação 
de corpo rígido do prédio). Observa-se que os 
recalques diferenciais medidos são menores que 
os estimados, e que a previsão sem ISE era que 
várias rotações atingissem valores maiores que 
1/300, que é o limite de início de fissuramento 
de painéis de alvenaria em estruturas 
aporticadas de concreto (Bjerrum, 1963). De 
fato, até a época da última medição dos 
recalques, o prédio não apresentava quaisquer 
patologias relacionadas a movimentos da 
fundação. 
 
 
0 40 80 120
RECALQUE ESTIMADO SEM ISE (mm)
0
40
80
120
R
EC
AL
Q
U
E 
M
ED
ID
O
 (m
m
)
Sest < Smedido
(ACRÉSCIMO)
Sest > Smedido
(ALÍVIO)
Sest < MÉDIA
Sest > MÉDIA
 
 
Figura 14. Recalque absoluto estimado 
convencionalmente versus medido – Caso 1. 
 
 
0 2 4 6 8 10
VÃO ENTRE PILARES (m)
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
R
EC
AL
Q
U
E 
D
IF
ER
EN
C
IA
L 
(m
m
)
1 / 150
1 / 300
1 / 500
1 / 1000
ROTAÇÃO
MEDIDA
ESTIMADA CONVENCIONALMENTE
INÍCIO DE FISSURAMENTO
EM PAINÉIS DE ALVENARIA
(BJERRUM, 1963)
 
 
Figura 15. Rotação estimada convencionalmente versus 
medida – Caso 1. 
3.5 Efeito da ISE na Carga dos Pilares 
 
Gusmão (1990) definiu o fator de recalque 
(AR), que serve para avaliar os efeitos da 
redistribuição de cargas nos pilares: 
m
i
S
SAR = (1) 
 
onde: Si = recalque absoluto do apoio i; Sm = 
recalque absoluto médio. 
A ISE faz com que haja um alívio de carga 
nos pilares mais carregados e uma sobrecarga 
nos pilares menos carregados. A Figura 16 
mostra a comparação entre os valores de AR 
estimados convencionalmente e medidos. 
Observa-se que, para a maioria dos pilares que 
têm recalque absoluto estimado maior que a 
média (Arest > 1), há uma tendência do valor de 
AR estimado ser maior que o AR medido 
(ARest > ARmed), evidenciandoum alívio de 
carga. Já nos pilares que têm recalque absoluto 
estimado menor que a média (Arest < 1), há 
uma tendência do valor de AR estimado ser 
menor que o AR medido (ARest < ARmed), 
evidenciando um acréscimo de carga. 
 
3.6 Efeito da Seqüência Construtiva 
 
Normalmente é admitida a hipótese do 
carregamento da estrutura ocorrer apenas no 
final da sua construção. Gusmão e Gusmão 
Filho (1994) mostraram, no entanto, que à 
medida que a estrutura vai sendo construída, vai 
havendo um aumento do seu carregamento e 
dos recalques absolutos. Mas, há também um 
aumento da rigidez da estrutura, que faz com 
que haja uma tendência de uniformização dos 
recalques (Fig. 17). 
 Gusmão et al. (2003) apresentaram 
resultados de monitoramento de recalques de 20 
prédios em Recife. A Figura 18 mostra a 
variação dos valores de AR (máximo e mínimo) 
com a evolução do carregamento. Observa-se 
claramente que há uma tendência dos recalques 
máximo e mínimo se aproximarem da média 
(AR = 1), à medida que a estrutura vai sendo 
construída, e a sua rigidez vai aumentando. 
 A Figura 19 mostra a evolução do CV com o 
carregamento da estrutura. Nota-se que mesmo 
havendo um aumento do carregamento (e dos 
recalques absolutos), há uma tendência de 
redução do valor de CV, especialmente no 
início da construção do edifício. 
0.40 0.80 1.20 1.60
ARest
0.40
0.80
1.20
1.60
AR
m
ed
ARest < ARmed
(ACRÉSCIMO)
ARest > ARmed
(ALÍVIO)
ARest < 1
ARest > 1
 
 
Figura 16. Comparação entre os valores de AR estimado 
convencionalmente e medido – Caso 1. 
 
 
 
Figura 17. Efeito da seqüência construtiva (Gusmão e 
Gusmão Filho, 1994). 
 
0 20 40 60 80 100
CARREGAMENTO (%)
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
AR
ARmax
ARmin
 
 
Figura 18. Evolução dos valores de AR com o 
carregamento – banco de dados (Gusmão et al., 2003). 
0 20 40 60 80 100
CARREGAMENTO (%)
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
C
V
 
 
Figura 19 Evolução dos valores de CV com o 
carregamento – banco de dados (Gusmão et al., 2003). 
 
 
3.7 Influência dos Primeiros Pavimentos 
 
No item anterior foi mostrado que o aumento do 
número de pavimentos da edificação promove 
um aumento da rigidez da estrutura, e diminui a 
dispersão do recalques. É importante notar, no 
entanto, que esta tendência à uniformização dos 
recalques não cresce de maneira linear com o 
número de pavimentos. 
 A Figura 20 apresenta a evolução do CV ao 
longo do tempo para o Caso 1. Já na Figura 21 é 
apresentada a evolução dos valores de AR 
máximo e mínimo. Em ambos os casos, nota-se 
claramente que há uma altura limite, que em 
geral corresponde aos cinco primeiros 
pavimentos, em que praticamente não há mais 
aumento da rigidez para fins de uniformização 
dos recalques (Gusmão Filho e Guimarães, 
1997). 
 Isso ocorre devido ao fato de estruturas 
aporticadas abertas com painéis se 
comportarem, segundo planos verticais, de 
maneira semelhante a uma viga parede. Com 
isso as partes mais baixas da estrutura sofrerão 
apenas deformações de flexão (Goshy, 1978), 
como mostrado na Figura 22. Este fato deve ser 
levado em consideração no caso de 
enrigecimento de estruturas com o objetivo de 
se diminuir o nível dos recalques diferenciais 
(Gusmão e Gusmão Filho, 1990). 
 
 
 
0 100 200 300 400
TEMPO (dias)
0.00
0.20
0.40
0.60
C
V
PRIMEIROS
PAVTOS
 
 
Figura 20. Evolução dos valores de CV medido – Caso 1. 
 
0 100 200 300 400
TEMPO (dias)
0.00
0.40
0.80
1.20
1.60
2.00
AR
ARmax
ARmin
PRIMEIROS
PAVTOS
 
 
Figura 21. Evolução dos valores de AR medido – Caso 1. 
 
 
Figura 22. Analogia da viga parede (Goshy, 1978). 
4 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA E 
DANOS EM EDIFÍCIOS 
 
4.1 Danos Causados por Recalques 
 
Um projeto de fundações deve sempre 
contemplar três requisitos básicos: (i) 
estabilidade, ou seja, deve haver uma adequada 
segurança contra a ruptura do terreno e do 
elemento estrutural da fundação (sapata, estaca, 
etc); (ii) desempenho satisfatório, ou seja, os 
movimentos da fundação para as condições de 
trabalho (estado limite de serviço) devem ser 
compatíveis com as características da estrutura, 
a fim de se evitar danos à edificação (estéticos, 
funcionais ou estruturais); (iii) durabilidade, ou 
seja, a vida útil da fundação não deve ser 
inferior à da própria estrutura. 
 Os danos causados pelos movimentos da 
fundação podem ser classificados em estéticos, 
funcionais e estruturais. Por outro lado, a 
maioria dos critérios usados para avaliação de 
danos em edificação faz a comparação entre os 
movimentos da fundação e valores ditos como 
limites ou admissíveis (Tabela 10) 
 Como já foi mostrado anteriormente, a ISE 
influencia significativamente os valores dos 
recalques da edificação, especialmente os 
recalques diferenciais. Logo, o uso desses 
critérios para avaliação de danos sem a 
consideração da ISE pode levar a soluções 
conservadoras de fundação. 
 
 
4.2 Patologias Típicas 
A ocorrência de recalques diferenciais causa o 
aparecimento de esforços secundários nos 
elementos estruturais. A Figura 23 (Gusmão e 
Gusmão Filho, 1995), por exemplo, mostra o 
caso de um painel de alvenaria apoiado em uma 
viga de concreto armado. Admitindo-se que 
haja um recalque diferencial da coluna central 
em relação aos demais apoios (situação muito 
comum de ocorrer na prática), o recalque afeta a 
parede, a viga e os pilares. 
 
 
Tabela 10. Critérios para avaliação de danos em 
edificações (Gusmão e Gusmão Filho, 1995). 
Parâmetro Dano 
Associado 
Referências 
Recalque 
Absoluto 
Máximo 
-Estético 
-Funcional 
-Terzaghi e Peck (1987) 
-Polshin e Tokar (1957) 
Distorção 
Angular 
Máxima 
-Estético 
-Funcional 
-Estrutural 
-Skempton e 
MacDonald (1956) 
-Bjerrum (1963) 
Tensão 
Máxima 
de Tração 
-Estético 
-Estrutural 
-Burland e Wroth (1974) 
 
 
 Surgem tensões cisalhantes nas faces na 
parede, e uma tração máxima a 45º. 
Dependendo da magnitude, pode ocorrer o 
fissuramento da parede nesta direção, 
normalmente na junta entre os tijolos (Holanda 
Jr., 2002). 
 O recalque também provoca o surgimento de 
momentos negativo e positivo nos apoios 
periférico e central da viga, respectivamente. Se 
a viga não estiver devidamente armada, pode 
haver fissuramento (Fig. 23). 
 Finalmente, o recalque também provoca uma 
redistribuição das cargas nos pilares, havendo 
uma migração de carga do pilar central para os 
pilares extremos. O acréscimo de carga pode 
provocar o esmagamento do pilar. 
 Segundo Maffei et al. (2003), há que se 
considerar a rigidez da estrutura na 
redistribuição dos esforços na estrutura. Se a 
deformada de recalques for uniforme, há apenas 
uma translação da estrutura (sem inclinação), e 
não surgem esforços adicionais na estrutura, 
mesmo sendo a mesma flexível ou rígida. 
 
 
 
Figura 23. Patologias típicas em uma estrutura aporticada 
de concreto (Gusmão e Gusmão Filho, 1995). 
 Se, ao contrário, a deformada não for 
uniforme, a estrutura perfeitamente flexível 
acompanha os movimentos do terreno e também 
não há esforços adicionais na estrutura. Se, no 
entanto, for uma estrutura rígida, há uma 
significativa redistribuição de esforços. 
 No caso de estruturas de concreto armado, 
como a seção de armadura varia ao longo das 
vigas, o momento resistente é variável, o que 
facilita a formação de rótulas plásticas, 
tornando a estrutura isostática. Isso faz com que 
deixem de ocorrer esforços adicionais devido a 
novos recalques. O colapso da estrutura só 
ocorre após ser esgotada a capacidade de 
rotação das rótulas plásticas. Portanto, as 
estruturas de concreto podem se adaptar a 
recalques diferenciais, desde que devidamente 
armadas,de modo a manter o equilíbrio entre os 
esforços solicitantes e os resistentes (Maffei et 
al., 2003). 
 
4.3 Exemplo – Caso 2 
 
Para exemplificar a influência da ISE nos 
danos de edifícios, será considerado o caso de 
um conjunto residencial composto por 07 
prédios em concreto armado com 17 
pavimentos, que foram construídos no Recife 
(Gusmão e Gusmão Filho, 1994). 
 O projeto previa que as estacas tivessem 
comprimento variando entre 30 e 42 m, 
dependendo da profundidade da camada 
resistente (Fig. 24). Na execução do 
estaqueamento, ficou comprovado que algumas 
estacas não atingiram a camada resistente. 
Mesmo diante do impasse, o empreendedor 
resolveu continuar a construção sem nenhum 
reforço da fundação, que se fosse necessário 
seria feito a durante a construção dos prédios. 
Foi, feito, então, o monitoramento de todos os 
30 pilares de todos 07 prédios, durante 18 
meses. Neste período, surgiram vários danos na 
estrutura nos blocos. 
 A Figura 25 mostra as isorecalques da última 
medição do Bloco F, que foi onde houve a 
maior incidência de danos. A maior parte dos 
danos eram fissuras nas alvenarias, mas também 
havia fissuras em lajes e vigas. Apesar do 
prédio ser simétrico, houve uma pequena 
inclinação de corpo rígido da ordem de 1/4000. 
A Figura 26 mostra as rotações medidas 
entre os pilares vizinhos. Observa-se que várias 
rotações atingiram valores entre 1/300 e 1/500, 
o que era coerente com alguns dos danos 
observados. 
0
10
20
30
40
10 300 20
N-SPT
SONDAGEM
SP-01
AREIA ARGILOSA
ARGILA
SILTOSA
PROF.(m)
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
DE CONCRETO COM
COMPRIMENTO VARIÁVEL
ARGILA SILTOSA
AREIA FINA SILTOSA
AREIA MÉDIA E FINA
 
 
Figura 24. Perfil do subsolo – Caso 2. 
 
P1 P2
P3 P4 P5 P6
P7 P8
P9
P10 P11 P12 P13P14 P15
P16 P17
P18 P19 P20 P21
P22
P23 P24
P25 P26 P27 P28
P29 P30
0 2 4 6 8 
 
Figura 25. Isorecalques medidos – Caso 2. 
 
0 2 4 6 8 10
VÃO ENTRE PILARES (m)
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
R
EC
AL
Q
U
E 
D
IF
ER
EN
C
IA
L 
(m
m
)
1 / 150
1 / 300
1 / 500
1 / 1000
ROTAÇÃO
MEDIDA
 
 
Figura 26. Rotações medidas – Caso 2. 
No entanto, havia a suspeita dos danos terem 
sido provocados não apenas por recalques. Foi, 
então, feito um levantamento completo de todas 
as patologias em todos os 17 andares do prédio 
(Fig. 27). Observa-se que os danos ocorreram 
em todos os pavimentos, mas houve de fato 
uma maior incidência nos primeiros 
pavimentos. 
Com isso, ficou comprovado que os danos 
surgidos não foram provocados apenas por 
recalques, mas também por deformação 
excessiva de alguns elementos estruturais (lajes 
e vigas). Estes danos eram fáceis de serem 
identificados, pois se repetiam em todos os 
pavimentos com a mesma intensidade, 
diferentemente dos danos provocados por 
recalque, que eram mais intensos nos primeiros 
pavimentos. 
 
 
5 PREVISÃO DE RECALQUES 
CONSIDERANDO-SE A ISE EM EDIFÍCIOS 
 
5.1 Histórico 
 
Em 1953, Meyerhof publicou um trabalho que é 
considerado uma das primeiras tentativas de se 
considerar os efeitos da ISE em edificações. 
 
0 20 40 60
NÚMERO DE FISSURAS
0
10
20
30
40
50
AL
TU
R
A 
D
O
 P
R
ÉD
IO
 (m
)
5o. PAVTO
PRÉDIO
BLOCO F
ESTR. FUNDAÇÃO
 
 
Figura 27. Distribuição dos danos nas alvenarias por 
pavimento e suas prováveis causas – Caso 2. 
 A análise está baseada na teoria da 
elasticidade tanto para o solo, quanto para a 
estrutura. São apresentados diversos gráficos 
que mostram a influência da rigidez relativa 
estrutura-solo nos recalques e momentos 
fletores na fundação. O autor sugere também 
fórmulas que permitem substituir a edificação 
real por outra com rigidez equivalente, 
simplificando as análises de ISE. 
 Em 1954, Samuel Chamecki publicou um 
dos mais importantes trabalhos da história da 
geotecnia no Brasil, onde foi apresentada uma 
metodologia para análises de ISE. O método 
requer uma análise iterativa, até que haja a 
convergência das reações de apoio e recalques. 
 Poulos (1975) apresentou uma metodologia 
geral para estimativa do recalque de uma 
edificação, na qual a superestrutura, fundação e 
terreno de fundação são tratados como um 
sistema único. Na realidade a metodologia é 
semelhante à proposta por Chamecki (1955), 
mas foi desenvolvida na forma matricial, o que 
facilita a sua implementação em programas 
computacionais. 
 Barata (1986) apresentou uma metodologia, 
em caráter experimental, para previsão de 
recalques levando-se em consideração a rigidez 
da estrutura. Neste trabalho o autor tenta 
exprimir graficamente a relação entre a 
deflexão relativa e o recalque absoluto máximo, 
e a rigidez da estrutura, que é representada pela 
relação entre a altura do prédio e o seu 
comprimento em planta. Gusmão (1990), 
mostrou que a metodologia apresentou 
resultado satisfatório para o Caso 1 (Fig. 28). 
 
 
 
 
Figura 28. Aplicação da metodologia proposta por Barata 
(1986) ao Caso 1 (Gusmão, 1990). 
5.2 Modelos mais Recentes 
 
Há várias pesquisas no mundo com proposição 
de metodologias para a consideração da ISE na 
previsão de recalques. No Brasil, em particular, 
destacam-se os trabalhos desenvolvidos na 
USP/São Carlos coordenados por Nelson Aoki 
e José Cintra; na UFPE, por Antônio Oscar da 
Fonte; na COPPE/UFRJ por Fernando Danziger 
e Paulo Santa Maria; na UERJ e UFF por 
Bernadete Danziger e Eliane Carvalho; na 
USP/São Paulo por Carlos Maffei e Heloísa 
Gonçalves; na UENF por Paulo Maia; na UnB 
por Renato Cunha; e na UPE por Alexandre 
Gusmão. 
 Um interessante trabalho foi desenvolvido 
por Reis (2000), que inclusive conquistou o 
Prêmio Icarahy da Silveira da ABMS. Neste 
trabalho estuda-se a ISE de grupo de edifícios 
com fundações superficiais, em maciço de solos 
de argila mole. O comportamento ao longo do 
tempo da argila mole é analisado com o modelo 
reológico de Kelvin. Os parâmetros do modelo 
são determinados através do ajuste entre as 
curvas recalque–tempo do modelo e as curvas 
medidas em três prédios, construídos 
simultaneamente, na cidade de Santos/SP. 
 A ISE provoca uma tendência de 
uniformização dos recalques, e isto fica 
evidente ao compararem-se os recalques 
calculados com procedimento convencional 
com os recalques calculados considerando o 
efeito da rigidez da superestrutura. O 
mecanismo de transferência de carga entre os 
pilares provoca recalques maiores que os 
determinados convencionalmente nos pilares 
periféricos. Nos pilares centrais, o mecanismo 
de transferência de carga produz recalques 
menores que os calculados sem interação (Fig. 
29). Outro ponto importante é o fato do valor do 
recalque de uma fundação não ser condicionado 
apenas pela carga que chega nesta fundação, e 
sim pelo estado de tensões a que o maciço está 
submetido. Este estado de tensões depende de 
todas as cargas, em todos os pilares, inclusive 
de prédios vizinhos (Reis, 2000). 
 Paramonov et al. (2005), apresentaram um 
software de previsão de ISE com base no MEF, 
com implementação de vários modelos para a 
superestrutura, infra-estrutura e terreno de 
fundação. É apresentado um exemplo de um 
prédio modelado como uma caixa. Quando se 
considera o efeito da ISE, os esforços normais 
nas paredes externas dos andares inferiores 
chegam a aumentar até 234% (Fig. 30). Apesar 
dessa magnitude, os autores concluem que 
mesmo em análises não lineares considerando-
se a plastificação do solo, os valores não se 
alteram de modo significativo. Também se 
observa que os efeitos da ISE não atingem mais 
que três pavimentos. 
 Outros modelos para cálculo de recalques 
considerando-se a ISE podem ser encontrados em 
Fonte (2000), Iwamoto (2000) e Ribeiro (2005).Figura 29. Curvas isorecalques calculados com grupo de 
prédios com e sem ISE (Reis, 2000). 
 
0 1000 2000
ESFORÇO NORMAL NA PAREDE (kN/m)
0
10
20
30
40
AL
TU
R
A 
D
O
 P
R
ÉD
IO
 (m
)
3o. PAVTO
ANÁLISE
CONVENCIONAL
INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA
+ 234 % ???
 
 
Figura 30. Esforço normal com e sem ISE na parede 
externa do prédio (adaptado de Paramonov et al., 2005) 
6 DESEMPENHO DE FUNDAÇÕES DE 
EDIFÍCIOS EM RECIFE 
 
6.1 Prática de Fundações no Recife 
 
Morfologicamente a Cidade do Recife apresenta 
duas paisagens muito distintas: os morros e a 
planície. A ocupação da cidade com edificações 
de grande porte tem se dado, contudo, apenas 
no espaço confinado entre os morros e a orla 
marítima, que se constitui em uma grande 
planície de origem flúvio-marinha. 
 Neste contexto geológico, o subsolo típico é 
muito variado. Encontram-se camadas de areia 
fina e média, de compacidade fofa, intercaladas 
ou seguidas por outras, seja de argila orgânica 
mole, seja de areia concrecionada muito 
compacta ou arenitos bem consolidados. Os 
depósitos de argila orgânica mole e média são 
encontrados em cerca de 50% da área da 
planície, muitas vezes em subsuperfície e com 
espessuras superiores a 15 m. 
 Por tudo isto, a prática atual de fundações no 
Recife é fortemente direcionada pelas 
características geológico-geotécnicas do 
subsolo, ainda que outros fatores influenciem 
na escolha e sejam assim encontrados diversos 
tipos de fundação na cidade (Gusmão, 2005). 
 
 
6.2 Metodologia para Interpretação das 
Medições de Recalques 
 
Oliveira et al. (2002) apresentaram uma 
metodologia para interpretação de medições de 
recalque, como se a construção do prédio fosse 
um ensaio edométrico no campo. Foi 
introduzido o conceito de curva normalizada 
tensão-deformação da fundação. A 
normalização é feita considerando-se a relação 
entre o recalque médio do prédio de uma dada 
medição, dividido pela espessura da camada de 
argila mole (H). 
A idéia desta interpretação é analisar leituras 
de recalque como um ensaio de adensamento no 
campo, com as devidas ressalvas em termos de 
condições de contorno, principalmente pelo fato 
da drenagem ser parcial em cada carregamento. 
Nesta análise os valores intermediários são 
obtidos a partir de leituras de recalque ao longo 
da construção do prédio e adota-se a tensão 
vertical final no topo da camada argilosa (Fig. 
31 e 32). Para exemplificar a metodologia 
proposta, serão apresentados alguns casos de 
monitoramento de prédios em Recife. 
 
 
6.3 Terrenos com Camadas de Argila Mole 
 
No Bairro de Boa Viagem, há dois perfis 
geotécnicos típicos (Fig. 33). No caso (a), a 
camada argilosa mole aparece a partir de 10 m 
de profundidade, e a solução de fundação típica 
para prédios com até 15 lajes, é a adoção de 
sapatas associadas a um melhoramento do 
terreno superficial com estacas de compactação. 
Neste caso, os recalques máximos medidos são 
normalmente superiores a 100 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31. Hipótese para o cálculo da tensão vertical no 
topo da camada argilosa – fundação com sapatas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32. Hipótese para o cálculo da tensão vertical no 
topo da camada argilosa – fundação com estacas. 
po
Dpo
H
1
2
CAMADA ARGILOSA
po
Dpo
H
2
1
CAMADA ARGILOSA
35 m
10 m
35 m
20 m
NT NT
5 m
8 mESTACAS DECOMPACTAÇÃO
(a) (b)
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
ARGILA
MOLE
ARGILA
MOLE
 
 
Figura 33. Perfis típicos em Boa Viagem e soluções de 
fundações (Gusmão, 2000). 
 
No caso (b), a camada argilosa aparece a 
uma pequena profundidade, inviabilizando uma 
solução em fundação superficial. A solução 
típica é a utilização de estacas tipo Franki ou 
pré-moldadas de concreto assentes entre 12 e 
18 m de profundidade, trabalhando com carga 
reduzida (50 a 80% da carga admissível como 
elemento estrutural). Os recalques máximos 
medidos para prédios com mais de 15 lajes são 
normalmente inferiores a 40 mm. 
A Figura 34 mostra o perfil geotécnico do 
subsolo do Caso 3, bem como alguns detalhes 
da fundação. A Figura 35 apresenta as 
isorecalques referentes à última medição. Este 
prédio, junto com o Caso 1, é representativo do 
perfil tipo (a) mostrado na Figura 33. 
A Figura 36 mostra a curva edométrica de 
campo obtida pela metodologia proposta (Casos 
1 e 3). As curvas exibem uma tensão de 
escoamento ou de sobreadensamento que separa 
dois tipos de comportamento, com diferentes 
inclinações na curva tensão-deformação. O 
escoamento neste caso é uma desestruturação 
devido à compressão (Oliveira et al., 2002). 
Para os dois casos, o valor do OCR é igual a 
1,24. Este valor é compatível com as pesquisas 
sobre as argilas moles do Recife, que têm 
mostrado que as mesmas são levementes 
sobreadensadas (Coutinho e Bello, 2005). 
0
5
10
15
20
25
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
ANTES
APÓS
AREIA FINA E
MÉDIA
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
PROF.(m)
SAPATA
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
(AREIA + BRITA)
 
Figura 34. Perfil do subsolo – Caso 3. 
 
2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 16.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
P1 P2
P3 P4
P5
P6 P7
P8
P9 P10
P11 P12 P13 P14
P15
P16
P17
2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 16.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
 
Figura 35. Isorecalques medidos – Caso 3. 
 
 
Figura 36. Curva edométrica de campo – Casos 1 e 3. 
As Figuras 37 e 38 mostram o perfil 
geotécnico do subsolo dos Casos 4 e 5, bem 
como alguns detalhes da fundação profunda. As 
Figuras 39 e 40 apresentam as isorecalques 
referentes às últimas medições. Estes dois casos 
de prédios são representativos do perfil tipo (b) 
mostrado na Figura 40. 
A Figura 41 mostra a curva edométrica de 
campo. Neste caso, os valores de OCR são 
ordem de 1,60. Este valor é maior que o obtido 
para os Casos 1 e 3, onde a camada de argila é 
mais superficial. 
 
 
5
15
25
35
45
0
10
20
30
40
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
SP-1
AREIA FINA
E MÉDIA
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
AREIA FINA
SILTOSA
PROF.(m)
ESTACA PRÉ-MOLDADA
DE CONCRETO
AREIA MÉDIA
E FINA
 
Figura 37. Perfil do subsolo – Caso 4. 
 
 
0
10
20
30
40
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
SP-1
AREIA FINA
E MÉDIA
ARGILA
SILTOSA
ARGILA
SILTOSA
AREIA MÉDIA
E FINA
PROF.(m)
ESTACA TIPO
FRANKI
MELHORAMENTO
(AREIA + BRITA)
 
Figura 38. Perfil do subsolo – Caso 5. 
Esta diferença do OCR entre as camadas 
argilosas já havia sido observada por Gusmão 
(2000) em ensaios edométricos feitos em 
amostras de boa qualidade (Fig. 42). Este 
aumento do OCR na camada mais profunda está 
provavelmente associado ao fato desta camada 
ser mais antiga (Massad, 1999). 
 
P1 P2
P3
P4 P5 P6
P7
P8
P9 P10 P11 P12
P13
P14 P15
P16
P17 P18
0 2 4 6 8 
 
Figura 39. Isorecalques medidos – Caso 4. 
 
 
P1 P2 P3 P4 P5 P6
P7 P8 P9 P10
P11
P12
P13 P14 P15 P16
P17
0 2 4 6 8 
 
Figura 40. Isorecalques medidos – Caso 5. 
 
 
Figura 41. Curva edométrica de campo – Casos 4 e 5. 
0
10
20
30
PR
O
FU
N
D
ID
AD
E 
(m
)
0 1 2 3
OCR
OCR
LABORATÓRIO
MONITORAMENTO
 
Figura 42. Variação do OCR com a profundidade para 
amostras de boa qualidade (adaptado de Gusmão, 2000). 
 
6.4 Terrenos com Fragmentos de Conchas 
e/ou Corais 
 
A Figura 43 mostra o perfil geotécnico do 
subsolo do Caso 6, cuja fundação é superficial. 
A peculiaridade deste caso está na presença de 
uma camada de fragmentos de corais e conchas 
entre 5 e 13 m de profundidade, queaparece 
com freqüência em várias regiões da cidade do 
Recife (Pacheco et al., 2000). 
A Figura 44 mostra a curva edométrica de 
campo obtida pela metodologia proposta. Nota-
se que há um comportamento próximo de um 
colapso para uma tensão vertical de 147 kPa. 
Este fato pode indicar que houve esmagamento 
dos fragmentos de corais e conchas no campo 
(“crushing”). Outro aspecto interessante é que 
mesmo sendo um material com comportamento 
granular, a sua compressibilidade é da mesma 
ordem de grandeza de uma argila mole 
(recalque normalizado igual a 1,1 %), o que 
mostra que o esmagamento dos grãos deve ser 
considerado nos projetos de fundações neste 
tipo de formação geológica. 
 
 
6.5 Terrenos Arenosos com Melhoramento 
 
A técnica de melhoramento com estacas de 
compactação de areia e brita tem sido 
largamente utilizada no Recife e várias outras 
cidades nordestinas desde a Década de 70, com 
resultados bastante satisfatórios. Esta técnica 
consiste na execução de uma malha 
quadrangular cobrindo toda a área de projeção 
da lâmina do prédio, estendendo-se uma ou 
duas filas de estacas além dos limites da lâmina, 
visando cobrir regiões influenciadas pelo 
espraiamento das pressões (Gusmão, 2005b). 
 O melhoramento possibilita elevar a pressão 
admissível do terreno para valores de até 
600 kPa, implicando em uma significativa 
diminuição dos volumes de escavação e de 
concreto. Esta técnica tem permitido a adoção 
de fundações superficiais em prédios com até 
30 pavimentos, em locais que de outra maneira 
requereriam fundações profundas (Gusmão 
Filho e Gusmão, 1990; 1994 e 2000). 
 
 
 
2
6
10
14
18
0
4
8
12
16
20
10 300 20 40
N-SPT
SONDAGEM
SP-6
AREIA FINA
E MÉDIA
AREIA FINA E MÉDIA
CONCRECIONADA
AREIA MÉDIA
E FINA
PROF.(m)
SAPATA
FRAGMENTOS DE CORAL
E CONCHA, COM AREIA
 
Figura 43. Perfil do subsolo – Caso 6. 
 
 
 
Figura 44. Curva edométrica de campo – Caso 6. 
 Gusmão e Calado Jr. (2002) apresentaram o 
monitoramento de recalques de um prédio de 
concreto armado com 24 lajes (Caso 7). As 
fundações do prédio são superficiais tipo 
sapatas para uma pressão de trabalho de 450 
kPa, associadas a um melhoramento do terreno 
com estacas compactação. 
 A Figura 45 mostra a variação do recalque 
médio com carregamento médio da estrutura. 
Observa-se uma relação praticamente linear, 
como seria esperado para um depósito granular. 
Este mesmo comportamento tem sido 
observado em vários outros prédios em terrenos 
melhorados em Recife. 
 Com o objetivo de se obter o módulo de 
deformabilidade do maciço (Es), foi feita a 
retroanálise do recalque médio medido do 
prédio através da equação clássica da Teoria da 
Elasticidade: 
 
I
Smedio
BpoEs ⋅−⋅⋅= )1(
2µ (2) 
 
onde: po = pressão média transmitida pelo 
prédio; Smedio = recalque médio do prédio; B = 
largura do prédio em planta; I = coeficiente que 
depende da forma em planta do prédio, e da 
rigidez do prédio (tomado igual a 1 para todos 
os casos). 
 
 Também foi retroanalisado o coeficiente de 
correlação a entre Es e o valor do NSPT médio 
até uma profundidade igual à largura em planta 
do prédio (B). 
 
SPTN
MPaEs
MPa
)(
)( =α (3) 
 
 
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
R
EC
AL
Q
U
E 
M
ÉD
IO
 (m
m
)
0 20 40 60 80 100
CARREGAMENTO (%)
RECALQUE
MEDIDO
REGRESSÃO LINEAR (r^2 = 0,94)
 
Figura 45. Evolução do recalque médio com o 
carregamento – Caso 7. 
 A Tabela 11 apresenta os valores de Es e a 
retroanalisados. Os valores de Es variam de 99 
a 196 MPa e são típicos de uma areia 
medianamente compacta a compacta. Já o valor 
de a varia de 6,7 a 10,9 MPa, e tem valor 
médio de 8,6 MPa. Este valor é maior que o 
normalmente sugerido em outros trabalhos 
(Barata, 1986). A provável explicação está no 
fato do maciço não ser homogêneo, como 
pressupõe a Equação (2). Na realidade, há uma 
camada de material resistente (solo melhorado) 
sobrejacente a uma camada fraca (solo natural), 
o que faz com o módulo equivalente aumente. 
 
 
Tabela 11. Retronálise do módulo de deformabilidade do 
maciço – Terrenos melhorados. 
Caso No. 
Pavtos 
Smedio 
(mm) 
NSPT Es 
(MPa) 
a 
(MPa) 
8 25 14,65 11 99 9,0 
9 23 3,59 18 196 10,9 
10 29 23,00 18 147 8,2 
11 22 5,82 15 101 6,7 
12 26 18,25 20 166 8,3 
13 30 20,36 14 122 8,7 
14 17 13,46 15 114 7,6 
15 16 14,17 12 113 9,4 
16 24 14,53 12 128 10,7 
17 20 14,47 14 100 7,2 
 
 
7 CONCLUSÕES 
 
Apesar de não ser considerada nos projetos 
convencionais, a ISE é quem comanda o 
desempenho da fundação e da própria estrutura 
de uma edificação. O trabalho mostrou que a 
ISE promove uma tendência à uniformização 
dos recalques, e uma redistribuição de esforços 
nos elementos estruturais. Vários aspectos 
influenciam a rigidez da estrutura, mas o 
principal é a altura da edificação, e em especial 
os seus primeiros pavimentos. 
 Os casos de obras apresentados mostraram 
que o monitoramento deve ser desmistificado 
pelos geotécnicos e engenheiros estruturais, e 
deve ser considerado como mais um controle 
tecnológico da construção de um prédio. 
Mostra-se, ainda, já há disponíveis ferramentas 
computacionais que permitem, sem maiores 
dificuldades, que a ISE seja considerada nos 
projetos de edificações. 
AGRADECIMENTOS 
 
O autor gostaria de agradecer aos Engenheiros 
Jaime de A. Gusmão Filho e Gilmar de Brito 
Maia, pelas discussões dos resultados. 
 O autor também agradece o convite feito 
pela Comissão Organizadora do evento, em 
especial, ao Colega Alessander Kormann. 
 
 
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