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TIPOS DE ARGUMENTOS

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Prévia do material em texto

Faculdade Cidade Verde
Prof. Juliana Alves
Disciplina: Comunicação Empresarial
MATERIAL COMPLEMENTAR
Tipos de argumentos
	ARGUMENTO DE AUTORIDADE: É quando o autor do texto emprega uma citação direta ou indireta, ou seja, é quando a pessoa que escreve vale-se da opinião de outrem – normalmente pessoas de prestígio – para comprovar a veracidade se sua tese, proporcionando uma maior credibilidade àquilo que é defendido. Por exemplo: “De acordo com Dráuzio Varella, a redução da maioridade penal não é o caminho mais coerente, pois menores infratores inseridos no sistema carcerário atual estarão em maior contato com o mundo do crime e jamais poderão ser ressocializados.”
	ARGUMENTO DE EXEMPLIFICAÇÃO OU ILUSTRAÇÃO: É quando o autor do texto relata um pequeno fato, real ou fictício, a fim de aproximar-se do leitor, tornando a tese defendida mais acessível. Por exemplo: “Acredito que a redução da maioridade penal é necessária, pois, diariamente, a mídia mostra menores cometendo crimes terríveis, como o ocorrido na Escola Estadual Leonor Quadro, em que três menores estupraram uma menina de 12 anos dentro do banheiro. Enquanto um deles segurava a porta, os outros dois estupravam a menina, faziam uma espécie de revezamento. Isso é terrível e, com toda certeza, os infratores tinham consciência do que estavam fazendo.”
	ARGUMENTO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA: É quando o autor do texto expõe relações de causa (as razões) e consequência (os efeitos/resultados) sobre o tema em debate, com o intuito de comprovar o juízo defendido. Por exemplo: “Todos os dias vemos nos noticiários crimes cometidos por menores, muitas vezes crimes bárbaros. A violência no Brasil só está do jeito que está, porque não há um sistema de punição que busca, de fato, ressocializar os infratores. As cadeias são verdadeiras escolas do crime.”
	ARGUMENTO POR RACIOCÍNIO LÓGICO: É quando o autor do texto demonstra, por meio da criação de relações de causa e efeito, que a conclusão apresentada é uma obviedade, não um simples fruto de uma interpretação pessoal, facilmente contestável. Por exemplo: “90% dos bandidos que saem da cadeia voltam a praticar crimes, pois a maioria dos que estão lá tem antecedentes criminais. A cadeia é a verdadeira escola do crime. Se um menor infrator vai para a cadeia, com toda certeza, ele irá aprender muita malandragem por lá e, ao sair, colocará o que aprendeu em prática. Assim, caso a lei da redução da maioridade penal seja aprovada, a violência será cada vez maior em nosso país.”
	ARGUMENTO POR COMPROVAÇÃO: É quando o autor do texto comprova a autenticidade da tese defendida por meio de provas e informações concretas extraídas da realidade, como os dados estatísticos, por exemplo. Diferentemente do argumento de autoridade, esse tipo de argumentação prioriza a informação concedida e não o nome da pessoa que concedeu a informação. Por exemplo: “Apesar do clamor em torno do debate sobre a redução da maioridade penal, os delitos graves cometidos por adolescentes são exceção, e não regra. Pouco mais de 3% dos 2.337 atos infracionais registrados em Curitiba ao longo do ano passado equivalem a crimes hediondos, como homicídio, latrocínio ou estupro. A maioria dos casos diz respeito a infrações de menor gravidade, principalmente posse ou tráfico de drogas e pequenos furtos e roubos.” 
Exemplo retirado de reportagem da Gazeta do Povo. Texto completo disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/apenas-3-dos-delitos-cometidos-por-jovens-sao-graves-0bbu2fcyjzavybm5hue0atwem>. Acesso em: 03 de junho de 2015.
	ARGUMENTO BASEADO NO SENSO COMUM: É quando o autor do texto apresenta fatos que são tidos, por um número predominante de pessoas na sociedade, como verdadeiros. Esse tipo de argumento pode ser uma estratégia argumentativa bem sucedida, pois gera um ponto pacífico entre autor e leitor, ou seja, o leitor pode identificar seu ponto de vista com o do autor do texto. Por exemplo: “Já dizia o ditado ‘a voz do povo é a voz de Deus’. Se o povo quer a redução da maioridade penal, é porque sabe o que está defendendo. Os deputados deveriam fazer a vontade do povo, não a própria vontade de votar contra a PEC 33, como fizeram.
 Exemplos
O autor do Artigo de Opinião é contra a legalização do aborto. Para defender essa opinião e convencer seu leitor a tomar tal ponto de vista por verdade, ele pode não só expressar argumentos consistentes, como também contra-argumentos, ou seja, pode ir de encontro às ideias contrárias, enfraquecendo-as ou derrubando-as ao apresentar suas falhas: 	
Argumento a favor do aborto: “O aborto é uma solução para a gravidez indesejada, evitando que uma criança nasça em meio a problemas familiares e não tenha a devida orientação de pais que realmente quiseram concebê-la.” 	
Contra-argumento: “De fato, o aborto aparenta ser uma solução para a gravidez indesejada. Porém existe uma solução muito melhor, que são os eficazes e conhecidos métodos anticoncepcionais. É muito melhor se prevenir com responsabilidade do que assassinar uma vida inocente.”
Outro caso: agora, o autor do Artigo de Opinião defende que a presença de atitudes antissociais no contexto social atual não seria diminuída caso a transmissão de programas televisivos considerados “apelativos” fosse extinta:	
Argumento defendendo que a presença de atitudes antissociais no contexto social atual seria diminuída, caso os programas televisivos considerados “apelativos” fossem extintos: “Muitos acreditam que responsabilizar programas televisivos ‘apelativos’, como o Big Brother Brasil, por exemplo, pela banalização dos valores morais, diminuiria atitudes que ferem a dignidade humana.”	
Contra-argumento: “No entanto, atitudes antissociais continuariam a existir mesmo que esses programas não fossem mais veiculados, uma vez que a sociedade atual presencia a democratização das informações e luta, cada vez mais, pela liberdade de expressão.”
 	Exercício 1 – O uso dos operadores argumentativos	
	Objetivo do exercício
O objetivo deste exercício é a compreensão de que os operadores argumentativos não podem ser empregados aleatoriamente, pelo contrário, cada um deles tem uma função dentro do texto e situações adequadas em que devem aparecer. Eles ligam orações de acordo com a relação de sentido que se quer estabelecer entre elas, isso deve ficar claro para o aluno. Operadores argumentativos devem ser empregados não simplesmente porque um texto precisa deles, mas porque o sentido que se almeja dar ao texto só se constrói efetivamente pelo uso desses elementos.
	 Em linhas gerais, os operadores argumentativos são conectores, isto é, elementos que ligam uma oração à outra e contribuem, diretamente, na construção dos sentidos da argumentação, ajudam a convencer o leitor a respeito de determinado ponto de vista.
	Operadores que marcam um argumento mais forte: até, até mesmo e inclusive.
Exemplo: 
A apresentação foi coroada de sucesso: estiveram presentes personalidades do mundo artístico, pessoas influentes nos meios políticos e até (até mesmo; inclusive) o Presidente da República.
	Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão: e, também, ainda, nem, não só... mas também, tanto... como, além de..., além disso...
Exemplos: 
a) João é o melhor candidato: tem boa formação em Economia, tem experiência no cargo e não se envolve em negociatas.
b) João é o melhor candidato: não só tem boa formação em Economia, mas também tem experiência no cargo e não se envolve em negociatas.
c) João é o melhor candidato: além de ter boa formação em Economia, tem experiência no cargo; e também/ainda não se envolve em negociatas.
d) João é o melhor candidato: tanto tem boa formação em Economia, como experiência no cargo; além disso, não se envolve em negociatas.
	Operadores que introduzem uma conclusão com relação ao que foi dito anteriormente: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrência, consequentemente etc.
Exemplo:
O custo de vida continua subindo vertiginosamente;as condições de saúde do povo brasileiro são péssimas e a educação vai de mal a pior. Portanto (logo, por conseguinte...) não se pode dizer que o Brasil esteja prestes a se integrar no primeiro mundo.
	Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou postas: ou, ou então, quer... quer, seja... seja etc.
Exemplo:
Vamos participar da passeata. Ou você prefere se omitir e ficar aguardando os acontecimentos?
	Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos: mais que, menos que, tão... como etc.
Exemplo:
Márcia é tão competente quanto Lúcia para redigir o contrato.
	Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativas ao que foi dito anteriormente: porque, já que, pois, uma vez, visto que etc.
Exemplo:
Não vou mais ao show com você, pois aconteceu um imprevisto e fiquei sem dinheiro.
	Operadores que contrapõem argumentos: mas (porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto), embora (ainda que, posto que, apesar de (que) etc.).
Exemplo:
a) A equipe da casa não jogou mal, mas o adversário foi melhor e mereceu ganhar o jogo.
b) Embora o candidato se tivesse esforçado para causar boa impressão, sua timidez e insegurança fizeram com que não fosse selecionado.
	Operadores que introduzem conteúdos pressupostos: já, ainda, agora etc.
Exemplo:
a) Paulo ainda mora no Rio.
b) Paulo já não mora no Rio.
c) Paulo agora mora no Rio.
Exemplos retirados do livro: A inter-ação pela linguagem, de Ingredore Villaça Koch. São Paulo: Contexto, 2012. p. 30-38.
Com base na função dos operadores argumentativos apresentados, empregue-os no texto a seguir, dando o sentido adequado a cada frase:	
O CONTRASTE ATUAL DAS CHUVAS
Felipe Augusto de Medeiros Cabral 
 	No regime de sobrevivência de qualquer sociedade, a água é tida como um dos elementos indispensáveis. Em sociedades antigas, como a Egípcia ou a Mesopotâmica, as chuvas eram recebidas com festas, _______________ ocasionavam a cheia dos rios e,________________, a fartura das pessoas que viviam em suas proximidades.
_______________, não podemos atribuir um caráter tão alegre às chuvas, ao menos em grande parte do Brasil. Em função da falta de planejamento nos sistemas imobiliário e de infra-estrutura, um processo chuvoso que deveria naturalmente ser benéfico e não causar danos,transformou-se em um dos principais problemas para as pessoas que vivem nas cidades atingidas. Em função da dificuldade de escoamento das águas das chuvas, diversos centros urbanos chegam a ficar completamente alagados durante períodos chuvosos. Tais alagamentos, aliados às enchentes, trazem consigo não apenas prejuízos físicos (destruição de casas, deixando milhares de pessoas desabrigadas), _______________________ danos biológicos ao homem, visto que contribuem para a proliferação de doenças, especialmente através de transporte de lixo e de substâncias infectadas por causadores de enfermidades que podem até causar a morte. É interessante notar que as regiões mais atingidas pelos fenômenos acima citados configuram-se em grandes centros.
___________________, deve-se promover um estudo mais aprofundado que auxilie na dinâmica habitacional crescente, de maneira a evitar que água fique impossibilitada de ser escoada. __________________, devem ser construídas, nas áreas que já sofrem com o problema, obras que solucionem o mesmo, tais como os córregos, que servem para transportar a água das chuvas.__________________ com a realidade que circunda o país, _________________ este é um problema que está muito longe de ser resolvido.
Texto adaptado. Disponível em: <http://www.colegioclassea.com.br/download/orientacao/2bimestre/1serie/redacao/modelosartigos.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2015.
Exercício 2 – O uso dos modalizadores
	Objetivo do exercício
O intuito deste exercício é fazer que o aluno verifique, no discurso da presidente Dilma Rousseff, a utilização dos modalizadores linguísticos e suas diversas funções na construção dos discursos. O propósito é que o aluno empregue, na reescrita de seu Artigo de Opinião, modalizadores, usando-os como estratégia para evidenciar seu(s) julgamento(s) sobre a redução da maioridade penal.
 	Leia, a seguir, fragmentos do discurso de posse da presidente Dilma Rousseff, no Congresso Nacional, em 1º de janeiro de 2015:
 “(...) 
 Eu não tenho medo de encarar estes desafios, até porque sei que não vou enfrentá-los sozinha, não vou enfrentar esta luta sozinha. Sei que conto com o apoio dos senhores e das senhoras parlamentares, legítimos representantes do povo neste Congresso Nacional. Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente Michel Temer, parceiro de todas as horas. Sei que conto com o esforço dos homens e mulheres do Judiciário. Sei que conto com o forte apoio da minha base aliada, de cada liderança partidária de nossa base e com os ministros e as ministras que estarão, a partir de hoje, trabalhando ao meu lado pelo Brasil. Sei que conto com o apoio de cada militante do meu partido, o PT, e da militância de cada partido da base aliada, representados aqui pelo mais destacado militante e maior líder popular da nossa história, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sei que conto com o apoio dos movimentos sociais e dos sindicatos; e sei o quanto estou disposta a mobilizar todo o povo brasileiro nesse esforço para uma nova arrancada do nosso querido Brasil.	
Assim como provamos que é possível crescer e distribuir renda, vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair compromissos sociais assumidos. Vamos provar que depois de fazermos políticas sociais que surpreenderam o mundo, é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores.	
É inadiável, também, implantarmos práticas políticas mais modernas, éticas e, por isso, mesmo, mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política.	
(...)	
Mais que ninguém, sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.	
(...)
Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas. Temos certeza de que mais uma vez, como aconteceu na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização do Brasil e, agora, numa das mais belas cidades do mundo, o nosso Rio de Janeiro.	
(...)
Temos, assim, que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobras, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Não podemos permitir que a Petrobras seja alvo de um cerco especulativo de interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo nacional, partilha e política de conteúdo nacional que asseguraram ao nosso povo o controle sobre nossas riquezas petrolíferas. A Petrobras é maior do que quaisquer crises e, por isso, tem capacidade de superá-las e delas sair mais forte.	
(...).	
Disponível em: < http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-01/leia-na-integra-discurso-da-presidenta-dilma>. Acesso em: 28 de maio de 2015.
	As palavras grifadas no texto são modalizadores.
Você sabe o que são modalizadores?
	Os modalizadores são responsáveis por demonstrar o ponto de vista, ou seja, a posição assumida pelo falante em relação àquilo que ele diz. No processo de argumentação, eles ajudam a sustentar o que o falante defende em seu discurso.	
	Comoa modalidade pode ser expressa?
Por verbo auxiliar modal, por exemplo:
a) A professora pode ter se enganado quando pediu que lêssemos tantas páginas;
b) Todos os alunos do Ensino Fundamental deverão estar uniformizados no dia do passeio ao bosque.	
Por verbo de significação plena, indicador de opinião, crença ou saber:
c) Eu creio/acredito que toda essa situação poderá ser revertida;	
d) Sei que conto com apoio dos meus familiares e amigos para enfrentar esta crise;	
e) Eu acho que você precisa ter mais paciência com seu enteado.	
 	3) Por um advérbio:	
 f) Provavelmente ele irá ligar mais tarde;	
g) Talvez ele precise de alguns conselhos paternos;	
h) Pode ser que nos encontremos, eventualmente, nessas férias.
 	4) Por um adjetivo em posição predicativa:	
 i) “(...) É preciso saber viver (...)” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos);	
 j) É impossível não lembrar do que ocorreu na praça Nossa Senhora de Salete, no dia 29 de abril de 2015.
 	5) Por um substantivo:	
k) Tenho a impressão de que ele já não se lembra de mim;	
 l) Sem sombra de dúvida, a greve dos servidores paranaenses é necessária.
 	6) Pelas categorias de tempo, aspecto e modo dos verbos, que podem ou não aparecer associadas a outros elementos modalizadores:
m) Talvez seja um mal entendido;	
n) Pode ser que você precise ler mais de uma vez para compreender o texto.
	A modalidade divide-se em três tipos: epistêmica, deôntica e dinâmica. Veja, agora, a função das modalidades epistêmica e deôntica, que integram as marcas de estilo do gênero Artigo de Opinião. Lembre-se: mais importante do que saber o nome de cada uma, é saber como contribuem para a sustentação do ponto de vista do falante, quando empregadas no discurso. 	
Modalidade epistêmica: diz respeito ao grau de comprometimento do falante com relação àquilo que ele diz, isto é, abrange os juízos de quem fala e a garantia que este tem daquilo que fala.	
Exemplos: 
a) Parece-me que alguns professores estão furando a greve;	
b) Ouvi dizer que não se pode misturar manga com leite;	
c) Deve ser bom ter dinheiro para viajar o ano todo.
Observação: Aqui, é importante lembrar que, quando alguém está falando em nome de si mesmo, ou seja, na primeira pessoa do singular, ao empregar a primeira pessoa do plural, a modalidade epistêmica também se faz presente, pois, de certo modo, as ações expressas pelos verbos que seguem não serão realizadas somente por quem fala, mas pelas outras pessoas incluídas pelo uso do “nós”. Desse modo, quem fala não leva a culpa ou o mérito sozinho.
Modalidade deôntica: está relacionada com as obrigações e permissões. Essas obrigações podem ser morais, ou seja, ditadas pela consciência, ou materiais, que são aquelas ditadas por imposição ou circunstâncias externas, como as leis, por exemplo.	
Exemplos:
a) Temos que apoiar os professores nessa greve, pois eles são a base da sociedade, afinal, formam todos os outros profissionais;	
b) Você não pode tomar tanto refrigerante, pois faz mal para o estômago. A chance de você ter uma gastrite, bebendo desse jeito, é enorme;	
c) É proibido usar telefone celular dentro das agências bancárias em São Paulo;	
d) Todos os alunos deverão, obrigatoriamente, entregar o trabalho até quinta-feira.
 	Agora é hora de internalizar o que se aprendeu. Leia, a seguir, fragmentos do discurso de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Após a leitura, circule os modalizadores e explique como cada um deles contribui com a sustentação do ponto de vista expresso. 	
Discurso integral disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u44275.shtml>. Acesso em: 31 de maio de 2015.
“(...) Teremos que manter sob controle as nossas muitas e legítimas ansiedades sociais, para que elas possam ser atendidas no ritmo adequado e no momento justo; teremos que pisar na estrada com os olhos abertos e caminhar com os passos pensados, precisos e sólidos, pelo simples motivo de que ninguém pode colher os frutos antes de plantar as árvores.	 (...)”.
“(...) Por tudo isso, acredito no pacto social. Com esse mesmo espírito constituí o meu Ministério com alguns dos melhores líderes de cada segmento econômico e social brasileiro. Trabalharemos em equipe, sem personalismo, pelo bem do Brasil e vamos adotar um novo estilo de Governo com absoluta transparência e permanente estímulo à participação popular. (...)”.	
“(...) O Brasil pode dar muito a si mesmo e ao mundo. Por isso devemos exigir muito de nós mesmos. Devemos exigir até mais do que pensamos, porque ainda não nos expressamos por inteiro na nossa história, porque ainda não cumprimos a grande missão planetária que nos espera. 	
O Brasil, nesta nova empreitada histórica, social, cultural e econômica, terá de contar, sobretudo, consigo mesmo; terá de pensar com a sua cabeça; andar com as suas próprias pernas; ouvir o que diz o seu coração. E todos vamos ter de aprender a amar com intensidade ainda maior o nosso País, amar a nossa bandeira, amar a nossa luta, amar o nosso povo. (...)”.	
“(...) Cada um de nós, brasileiros, sabe que o que fizemos até hoje não foi pouco, mas sabe também que podemos fazer muito mais. Quando olho a minha própria vida de retirante nordestino, de menino que vendia amendoim e laranja no cais de Santos, que se tornou torneiro mecânico e líder sindical, que um dia fundou o Partido dos Trabalhadores e acreditou no que estava fazendo, que agora assume o posto de supremo mandatário da nação, vejo e sei, com toda a clareza e com toda a convicção, que nós podemos muito mais. (...)”.
	
	Escreva, em folha separada e em até 15 linhas, seu Artigo de Opinião, expondo e defendendo o seu juízo acerca da redução da Maioridade penal no Brasil.

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