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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIOFISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Aula 01Aula 01 Prof. Dr. Aylton Figueira Junior Laboratório de Fisiologia do Exercício Universidade Municipal de São Caetano do Sul & UniFMU – Curso de Educação Física aylton.figueira@uscs.edu.br FISIOLOGIA DO EXERCÍCIOFISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Ramo da fisiologia humana que estuda as adaptações orgânicas quando em atividade, que depende das características de aptidão física, meio ambiente, nutrição e intensidade de trabalho ADAPTAÇÃO Capacidade funcional que permite a integração entre fatores genéticos e do meio ambiente, resultando em fenômenos previsíveis, segundo critérios pré estabelecidos para a intensidade, freqüência e duração e super compensação AGUDA Ocorre no momento da atividade, causando modificações momentâneas CRÔNICA Ocorre a longo prazo em função das características fisiológicas ADAPTAÇÃO HUMANAADAPTAÇÃO HUMANA ADAPTAÇÃO HUMANAADAPTAÇÃO HUMANA FILOGENÉTICA genética + meio ambiente ONTOGENÉTICA cultura + meio ambiente Efeitos Adaptativos no Esforço Princípios da adaptação sub-aguda: Refere-se às respostas adaptativas após momentos de esforço. Vale ressaltar que cada variável tem momento específico de adaptação. Efeito Agudo Efeito Sub-Agudo Efeito Crônico Efeito sub-agudo 1) Direção da resposta sub-aguda 2) Magnitude relativa 3) Interação entre sessões sucessivas Tempo de Adaptação ADAPTAÇÃO HUMANA % d e Ad ap ta çã o Exercício TREINABILIDADE POTENCIAL GENÉTICO TREINO NÍVEL DA SAÚDE LESÃO FADIGA DIETA DROGAS INTEGRAÇÃO FISIOLOGIA PSICOLOGIA BIOMECÂNICA Resultado da intervenção • HomeostaseHomeostase – Momento fisiológico em que há um equilíbrio entre o meio intra e extracelular. Possui dependência de fatores nutricionais e ambientais • Estado EstávelEstado Estável – Momento fisiológico em que há a regulação nervosa e endócrina na busca do equilíbrio do meio intra e extracelular Conceitos Conceitos • Metabolismo – todas as reações orgânicas • Catabolismo – etapa metabólica de redução, diminuição do tamanho celular • Anabolismo – etapa metabólica de ganho, aumento do tamanho celular • Enzimas – molécula protéica como catalizador biológico • Metabolismo – todas as reações orgânicas, dividido em FASE GLICOLÍTICA – relacionado a depleção de carboidatos com baixos valores de O2 FASE OXIDATIVA – relacionado a respiração mitocondrial e oxidação de carboidrato, gorduras e aminoácidos Conceitos FATORES QUE INFLUENCIAM A UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO NO EXERCÍCIO 1. Disponibilidade de substrato Estoque de glicogênio e lipídio muscular Liberação de glicose do fígado para o sangue Lipólise do tecido fino adiposo, liberação de AGL no sangue Fluxo de sangue muscular Aminoácidos no músculo 2. Disponibilidade de oxigênio Transporte de elétrons e fosforilação 3. Atividade de enzimas Concentração Balanço entre inibidores e ativadores Controle de Feedback Efeitos das trocas de pH no músculo 4. Níveis de hormônios circulante Maughan, Gleeson & Greenhaff,2000 VIAS METABÓLICAS - GLICÓLISE ATP NAD NADH + H+ Piruvato Glicose Glicose 6-P ADP Frutose 6-P 2 Gliceraldeído 3-P ATP ADP 2 Difosfoglicerato 1,3-P 2 3-Fosfoglicerato 2 2-Fosfoglicerato 2 Fosfoenolpiruvato ATP ADP ATP ADP Lactato Lactato desidrogenase Hexoquinase Fosfofrutoquinase Piruvato quinase Transportadores de Glicose Km Localização GLUT 1 para glicose Olhos, placenta, cérebro 5-10 mM e testículos GLUT 2 para glicose Fígado, intestino delgado 20-40 mM rins e células B do pâncreas GLUT 3 para glicose Célula do parênquima cerebral 1-5 mM e células tumorais GLUT 4 para glicose Célula muscular esquelética, 2-10 mM (ID) cardíaca e adipócitos GLUT 5 maior finalidade Intestino delgado,rim, cérebro pela frutose tecido adiposo e testículo GLUT 7 Retículo endoplasmático Piruvato desidrogenase Piruvato NAD NADH + H+ Citrato sintase Citrato Ciclo de Krebs Acetil CoA Oxalacetato AconitatoMalato IsocitratoFumarato AlfacetoglutaratoSuccinato NAD NAD NADH + H+ ATP ADP NAD NADH + H+ FAD FADH2 CO2 CO2CO2 VIAS METABÓLICAS - CICLO DE KREBS Ala, Cys, Gly, Ser, Thr Leu, Ile, Trp Phe, Tyr, Leu, Lys, Trp (fornecendo acetoacetilCoA antes)Asp, Asn Tyr, Phe Ile, Met, Val Arg, His, Gln, Pro NADH + H+ VIAS METABÓLICAS – BETA-OXIDAÇÃO R – CH2 – CH2 – CH2 – COCoA(acilCoA): R – CH2 – CH = CH – COCoA R – CH2 – CH – CH2 – COCoA I OH R – CH2 – C – CH2 – COCoA II OCoA R – CH2 – COCoA + AcetilCoA(acilCoA com menos 2 carbonos): H2O FAD FADH2 NAD NADH + H+ AcetilCoA acetiltransferase AcilCoA acetiltransferase Sistema ATP-CP anaeróbico alático Glicólise lática anaeróbico lático Glicólise oxidativa Lipólise aeróbico MECANISMOS DE RESSÍNTESE DE ATP CARACTERÍSTICAS Sistema anaeróbio alático • Fornece 1 ATP • Não consome ATP para ser ativado • Não utiliza oxigênio • Não produz ácido lático • Substrato: creatina-fosfato (CP) • Produtos: ATP, creatina • Principal enzima: creatina quinase MECANISMOS DE RESSÍNTESE DE ATP CARACTERÍSTICAS Sistema anaeróbio lático • Fornece 4 ATPs • Consome ATP para ser ativado • Não utiliza oxigênio • Produz ácido lático • Substrato: glicose • Produtos: ATP, ácido lático, NADH+H+, FADH2 • Principal enzima: fosfofrutoquinase (PFK) MECANISMOS DE RESSÍNTESE DE ATP CARACTERÍSTICAS Sistema aeróbio • Pode fornecer de 36 a mais de 400 ATPs • Consome ATP para ser ativado • Utiliza oxigênio • Não produz ácido lático • Substratos: glicose, ácidos graxos, aminoácidos • Produtos: ATP, NADH+H+, FADH2, H2O • Principal enzima: citrato sintase MECANISMOS DE RESSÍNTESE DE ATP X VIAS METABÓLICAS MECANISMO VIA(S) METABÓLICA(S) Sistema anaeróbio alático ATP-CP Sistema anaeróbio lático Glicólise (anaeróbia) Sistema aeróbio Glicólise (aeróbia) Beta-oxidação Deaminação Ciclo de Krebs Fosforilação oxidativa Vias de Ressíntese de ATP GLICOLÍTICO ALÁTICOGLICOLÍTICO ALÁTICO ATP + CP ATP (Nalkar) ADP + ADP ATP (Loman) AMP + ADP ATP GLICOLÍTICO LÁTICOGLICOLÍTICO LÁTICO Glicose Glicogênio OXIDATIVOOXIDATIVO Carboidrato - Glicose Gordura - AGL + Glicerol Proteína - Aminoácido Glicólise ATP ácido lático sistema de tamponamento }} Glicólise ATP ácido lático }} ATPATP ESTRUTURA QUÍMICAESTRUTURA QUÍMICA H3C – C – C OH OH H O C3H603 ácido-2-hidróxi-propanóico ou ácido + base = sal + H20 C3H603 + NaHCO3 = C3H503Na+ + H2O H3C – C – C OH O – Na+ H O C3H503Na+ CO2 ácido lático lactato Produção Aeróbica Produção Anaeróbica Segundos 10 10% 90% 30 20% 80% 60 30% 70% Minutos 2 40% 60% 4 65% 35% 10 85% 15% 30 95% 5% 60 98% 2% 120 99% 1% Contribuição Metabólica de ATP Efeito do Jejum/anorexia e Obesidade Obesidade Jejum/anorexia GH Reduz Aumenta IGF-1 Aumento Diminui IGF-2 Efeito desconhecido Mantém no jejum Diminui na anorexia FASE DE HIPERTROFIAFASE DE HIPERTROFIA Objetivo: da massa muscular Exercício: volume alto, intensidade de moderada a alta (70-85% 1RM, 8-12 reps por série, 3-5 séries, 45-120 segs entre séries). Faça 25-35 min exercícios aeróbios tipo intervalado, 3 dias por semana, a 70-85% da FCmáx. Macronutrientes: 25% proteínas, 60% de carboidratos, 15% gorduras. oconsumo calórico em 500 acima do gasto diário. FASE DE FORÇAFASE DE FORÇA Objetivo: da força, conteúdo de proteínas e densidade Exercício: baixo volume, alta intensidade (85-95% 1 RM, 4-8 reps por série, 3-7 séries por exercício, 3-5 min entre as séries). Faça 20-25 min exercício aeróbio do tipo intervalado 3 dias por semana, a 70-85% da FCmáx. Macronutrientes: 30% de proteínas, 50% de carboidratos, 20% de gordura. a ingestão em 250-500 calorias. FASE DE DEFINIÇÃOFASE DE DEFINIÇÃO Objetivo: gordura corporal,↑resistência muscular Exercício: alto volume, baixa intensidade (50-70% 1 RM, 12+ reps por série, 3-4 séries por exercício, 15-60 segs entre as séries). Faça 40-60 min exercício aeróbio do tipo intervalado 4-6 dias por semana, a 75-90% da FCmáx. Macronutrientes: 45% de proteínas, 45% de carboidratos, 10% de gordura. a ingestão em 250-500 calorias. Objetivo: Permitir restauração FASE DE RECUPERAÇÃOFASE DE RECUPERAÇÃO Exercício: baixo volume, baixa intensidade (50-65% 1 RM, 10-12 reps por série, 2-3 séries por exerc, 2-3 min entre as séries, um treino com todo o corpo por semana). Faça 30-45 min exercício aeróbio contínuo 3-4 dias por semana, a 50-70% da FCmáx. Macronutrientes: 45% de proteínas, 45% de carboidratos, 10% de gordura. a ingestão em 250-500 calorias. FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR Adaptação Neuromuscular Resposta neural Endócrina Molecular Bioquímica Elástica Muscular Ósteo-tendínea Força Hipertrofia Hiperplasia Resistência Muscular Komi, 1999 HIGHLIGHTS EM ADAPTAÇÃO MUSCULAR Composição do músculo 40-50% do peso corporal 60% composto por água proteínas contráteis e elásticas retículo sarcoplasmático e cisternas terminais Junção Neuromuscular unidades motoras junção neuromuscular potencial da placa motora Contração teoria do deslizamento tipos de fibras Composição do músculo número e espessura das fibras tipo de fibra ângulo de inserção Utilização de unidades motoras recrutamento sincronização coordenação intermuscular Fatores contribuem contração reflexo de alongamento elasticidade muscular redução das atividades inibidoras (Golgi) HIGHLIGHTS EM ADAPTAÇÃO MUSCULAR - Fatores de inervação não são claros - Hiperinervação segue eliminação das sinapse - Re e inervação devem ocorrer em função do número de fibras por neurônio - Busca de vias mais “disponíveis” do SNC - Adaptação na regeneração da fibra no início é ½ lenta e ½ rápida (8 dias) - Distribuição das fibras distintas MMII e MMSS HIGHLIGHTS EM ADAPTAÇÃO MUSCULAR - Pequeno número de contrações intensas são mais efetivas para aumentar força - Força máxima requer períodos mais longos - FCR II maior hipertrofia - FCR IIb pode modificar FCR IIa treino força - Hiperplasia em humanos pode ocorrer - Estimulação neural é o início da adaptação - CK é indicador de lesão muscular HIGHLIGHTS EM ADAPTAÇÃO MUSCULAR CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS MUSCULARES Característica Tipo I Tipo IIa Tipo IIb Tamanho do neurônio motor pequeno grande grande Freqüência de recrutamento baixa média alta Velocidade de contração lenta rápida rápida Velocidade de relaxamento lenta rápida rápida Saída máxima de energia baixa alta alta Resistência alta média baixa Densidade capilar alta média baixa Densidade mitocondrial alta média baixa CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS MUSCULARES Característica Tipo I Tipo IIa Tipo IIb Caráter metabólico oxidativo interm. glicolítico Conteúdo de mioglobina alto médio baixo Atividade enzima glicolítica baixa alta alta Atividade enzima oxidativa alta alta baixa Conteúdo de glicogênio baixo alta alto Conteúdo de triglicérides alto médio baixo Conteúdo de fosfocreatina baixo alto alto Atividade da miosina ATPase baixa alta alta RECRUTAMENTO DAS FIBRAS MUSCULARES DURANTE EXERCÍCIO PROGRESSIVO MÁXIMO IIb IIa I Tipo de fibra muscular % fi br as m us cu la re s ut ili za da s Força muscular ou intensidade do exercício Leve Moderada Máxima 100 80 60 40 20 Genéticos Solução Matrix Extracelular Prostaglandinas Ativação de mensageiros secundários Indução imediata de gens Hipertrofia da Fibra Muscular Ácido aracdônico Fosfolipases Proteína kinase C Tirosina kinase Transcrição dos genes musculares MHC e MLC Actina Miosina AÇÃO DO GH x MÚSCULO Redução do uso da glicose Redução da síntese de glicogênio Aumento do transporte de aa pelas membranas Aumento da síntese de proteína Aumento do uso de AGL e lipólise Síntese de colágeno Retenção de N+2, Na+, PO-, K+, P- Aumento da filtração renal Promoção compensatória hipertrófica renal Kraemer, 99 Teste de Resistência Muscular & Produção de Força Máxima % FM RM %FM RM 100 1 75 10 95 2 70 12 90 4 65 14 85 6 60 15 - 20 80 8 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43
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