Buscar

Farmacotécnica 2 NUTRI PARENTERAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

NUTRIÇÃO PARENTERAL
A nutrição parenteral (NP) total ou parcial constitui-se como parte dos cuidados de assistência ao paciente que está impossibilitado de receber os nutrientes em quantidade e qualidade que atendam às suas necessidades metabólicas pelo trato gastrointestinal (TGI). Consiste na administração total ou parcial, por via intravenosa, dos nutrientes necessários à sobrevivência do paciente, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar. 
É indicada na profilaxia e tratamento da desnutrição aguda, mediante o fornecimento de energia e proteínas para prevenir o catabolismo proteico do paciente, ou seja, manter a homeostase metabólica e inibir perdas nos balanços calórico, hídrico, eletrolítico e nitrogenado.
A NP deve abranger etapas como indicação e prescrição médica, preparação, administração, controle clínico laboratorial e avaliação; tais etapas devem estar devidamente registradas, evidenciando quaisquer ocorrências na execução dos procedimentos.
	Os seguintes itens devem fazer parte da educação do paciente e cuidadores:
• Descrição da terapia utilizada (constituição da formulação de nutrição parenteral, vias e administração, gotejamento e duração da terapia);
• Os objetivos da terapia e sua importância; instrução sobre técnicas assépticas, precauções e inspeções;
• Uso dos equipamentos, manutenção e soluções em caso de problemas previsíveis;
• Efeitos adversos, interações fármaco-fármaco e fármaco-nutrientes.
Vias de Administração
O teor calórico da formulação, a osmolaridade e as condições do acesso venoso do paciente é importante na escolha do acesso para a administração da formulação.
Osmolaridade das soluções
A osmolaridade é a medida da concentração das partículas osmoticamente ativas (açucares, sais inorgânicos, peptídeos menores e aminoácidos cristalino) na formulação (no. de miliosmoles/litro de formulação).
A administração da Nutrição Parenteral pode ser por via central e periférica
Via Central
A alta osmolaridade da formulação infundida (3 a 8 vezes a osmolaridade do plasma – 277,5 mOs/1) requer que a administração seja feita em veias de grosso calibre, com grande fluxo sanguíneo para evitar a dor, tromboflebite e hemólise.
Veias de grande calibre – veia cava superior, subclávia, jugular interna ou a criação cirúrgica de fistula anteriovenosa que alcança diretamente o coração).
Via Periférica
Pelo acesso venoso periférico podem ser administrados no paciente soluções hipotônicas e hiposmolares (inferior a 600 mOs/1), a fim de evitar o aparecimento de flebite e outras complicações mecânica e metabólicas.
Infusão
Equipamentos de infusão contendo filtros clarificantes com capacidade de reter partículas (15-20 µm) ou através de bombas de infusão, de forma contínua e intermitente.
Complicações Mecânicas, Sépticas e Metabólicas
Complicações Mecânicas (inserção de cateter) – ocorre na punção percutânea da veia subclávia e na veia jugular interna.
Complicações Sépticas – a contaminação do cateter atinge índices de até 30% sendo foco de infecção por bactérias como cocos gram-positivos (Staphilococus aureus, staphilococus epidermidis Enterococos) e gram-negativos (Pseudomonas, Serratia marcescens, Klebsiela penumonie). Admite-se ate 15 colônias bacterianas por placa.
Complicações Metabólicas – 
Glicosúria: infusão até 400-500g de glicose por 24h, por vários dias metaboliza ate 1000g/dia. 
Síndrome hipoglicêmica: a secreção inicial de insulina é proporcional a quantidade de glicose infundida.
Hipofosfatemia, carência de fosfato são caracterizados por fraqueza muscular, parestesia circum-oral e periféricas, disartria e alterações respiratórias, podendo chegar ao coma, convulsões e morte. A manutenção do fosforo é inicialmente preventiva e rotineira pela adição de sais de fosfato na forma de fosfato de sódio ou de potássio.
Hipomagnesemia os sintomas podem ocorrer com perda total pequena (35-100mEq). Sua carência manifesta-se por alterações do SNC e do St neuromuscular assemelha-se com carência de cálcio. Todos os sintomas são reversíveis.
Concentração sérica de lipídeos: encontram-se disponíveis comercialmente emulsões de lipídios preparadas principalmente a partir de triglicerídeos de cadeia longa da semente de soja, ou ainda, em combinação com os triglicerídeos de cadeia média, provenientes do óleo de coco, entre outros insumos.
Deficiência de ácidos graxos essenciais: Sua carecia se manifestam principalmente por aparecimento de lesões cutâneas características.
Alterações hepáticas: costumam ser transitórias e não deixam sequelas. Manifestam-se pelo aumento (5x do valor normal) de TGP e níveis reduzido de TGO.
Excesso ou carência de vitaminas; 
Alterações ósseas: Como osteomalacia, hipercalciuria, hipercalcemia intermitente, diminuição do cálcio ósseo, níveis reduzidos de paratormônio circulante e raquitismo;[1: Amolecimento dos ossos, devido a carência dos sais de cálcio e fosforo e vit.D, ou à diminuição da absorção de cálcio pelo intestino.][2: Aumento da excreção de cálcio urinário de 24 horas.][3: Aumento da taxa de cálcio no sangue.][4: hormônio da paratireóide (PTH)]
Composição da Nutrição Parenteral
A formulação de solução de NP é um procedimento que deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. Assim, a solução de NP deve sofrer alteração em sua composição na medida da variação das condições do paciente.
A prescrição inicial baseia-se na determinação das necessidades calórico-protéicas do paciente e metas do suporte nutricional.
Macronutrientes
Fontes Nitrogenadas: O balanço nitrogenado depende tanto da administração de N2 como de energia. Se alguma delas for insuficiente, ocorrerá uma perda real de N2 ou o balanço nitrogenado negativo.
Fontes de carboidratos: No sistema glicídico padrão para a NP, a glicose é utilizada como fonte calórica exclusiva e os aminoácidos cristalinos caracterizam a fonte de proteína. A solução nutritiva básica geralmente contém volumes iguais de glicose a 50% e de aminoácidos a 10%, obrigatoriamente acompanhados de vitaminas e eletrólitos.
Fontes de lipídeos: fontes seguras e eficazes de calorias não proteicas devido à alta densidade calórica, isotonicidade, baixa toxicidade e existência de ácidos graxos essenciais ao ser humano. Estas emulsões intravenosas são preparadas principalmente a partir de triglicerídeos de cadeia longa da semente de soja, ou ainda, em combinação com os triglicerídeos de cadeia média, provenientes do óleo de coco.
Micronutrientes 
As vitaminas são compostos orgânicos necessárias em pequena quantidade para o crescimento normal, para manutenção do estado físico e para a reprodução. Elas diferem dos outros nutrientes orgânicos, uma vez que não entram para a estrutura tecidual e não sofrem metabolização para o fornecimento de energia. Também possuem papel metabólico importante, atuando como cofatores de enzimas no metabolismo intermediário, e na profilaxia de deficiências clínicas e subclínicas. As necessidades diárias para pacientes em NP são especulativas e as demandas específicas, necessárias para cada estado patológico.
Eletrólitos: O sódio, o cloro, o potássio, o cálcio, o magnésio e o fosfato são os minerais necessários em quantidades acima de 200 mg/ dia. Esses micronutrientes são essenciais para a manutenção do balanço hídrico, da função cardíaca, da mineralização óssea, da função do sistema nervoso, muscular e enzimático.
Oligoelementos: Ferro, iodo, zinco, cobre, cromo, manganês, selênio, molibdênio e cobalto são metais inorgânicos, apresentam necessidades menores do que 100mg e cujas reservas no organismo são menores do que 4g. 
Novos Substratos de NP
	Formulações à base de fosforo orgânico tem sido utilizada visando a eliminar incompatibilidades entre cálcio e fosforo, sendo compatível com cálcio sob a forma de gluconato, sem quaisquer limite de concentração e perfeitamente estável em formulação NP. A utilização de fosforo orgânico 
Requisitos Estruturais, Ambientais e Físicos do Setor de NP
Vestiários;
Sala delimpeza e higienização dos produtos farmacêuticos e correlatos;
Sala de manipulação 
Áreas de armazenamento
Área de dispensação
PREPARO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL
	O farmacêutico é o responsável pela preparação da nutrição parenteral. Para auxiliar no preparo de SNP nos hospitais existe soluções parcialmente prontas de diferentes tipos, como frascos, bolsas ou compartimentos contendo aminoácidos cristalinos e glicose hipertônicas, com ou sem eletrólitos. As soluções são misturadas imediatamente antes da administração, fornecendo parcialmente os substratos necessários à alimentação do paciente, os quais podem ser acrescidos à formulação ou administrados em misturas intravenosas.
	Ambiente de preparo = Cabine de Segurança Biológica Classe II, Tipo B2.
	A manipulação da NP em área limpa grau A ou B (classe 100) ou sob fluxo laminar, circundada por grau C (classe 10.000).
	Limpeza e higienização dos produtos farmacêuticos, correlatos e materiais de embalagem utilizados na manipulação da NP, em área controlada grau D (classe 100.000).
Sistema de Preparo
	Área de manipulação vedado ralos, deve ser independente e exclusiva, dotada de filtros de ar para retenção de partículas e microrganismos, deve ser prevista a instalação de capela de fluxo laminar do tipo horizontal, classe 100.
	A entrada na área de manipulação deve ser feita exclusivamente através de ante câmera (vestiário de barreira). Os vestiários devem ser ventilados, com ar filtrado com pressão inferior à área externa. As portas das câmaras devem possuir um sistema de travas e de alerta visual e/ou auditivo para evitar a sua abertura simultânea.
Barreira de isolamento (ambiente asséptico) são st fechados 
	Barreira física
	Ambiente interno usa-se filtro de partícula de alta eficiência (HEPA) capaz de capturar partículas maiores de que 0,3 micrometros.
	Tecnologia de interação st de barreira usando luvas.
	St de monitoramento: deve ter uma pressão positiva capaz de manter uma ordem de pressão de ar equivalente a 0,025 a uma polegada da pressão da água.
Recipiente Para Nutrição Parenteral
1. O sistema preparado deve ser protegido de trocas com o meio externo.
2. São utilizados frascos de vidro, bolsas de poli-(etileno-acetato de vinila) EVA (inerte e esterilizável até 108º.C) e bolsas de cloreto de polivinila: PVC (o PVC é uma substância dura, frágil e inflexível, plastificadores, como o dietil-hexiftalato – DEHP são usados para dar flexibilidade, entretanto o DEHP é um lipídeo solúvel, possivelmente carcinogênico, hepatotóxico e teratogênico).
3. Os recipientes para envase devem ser transparentes, sem pigmentos e corantes, quimicamentes inertes, estéreis e apirogênicos.
Lotes 
	A validade das soluções é determinada em 30dias para cada lote e a formulação deve ser armazenada no escuro sob refrigeração a 3° C.
Rotulagem dos Recipientes
Nome do paciente
Leito e registro hospitalar
Composição qualitativa
Osmolaridade
Volume total
Velocidade de infusão
Via de acesso
Data e hora de manipulação
Prazo de validade
Número sequencial de controle
Condições de temperatura: conservação e transporte
Nome e registro do farmacêutico (CRF)
Conservação e transporte 
	Toda NP deve ser conservada sob refrigeração, em geladeiras exclusivas para medicamentos, com temperatura de 2 a 8 °C. O transporte deve ser feito em recipientes térmicos exclusivos de modo a garantir temperaturas de 2 a 20 °C, protegida de intempéries e da incidência de luz solar o tempo de transporte não deve ultrapassar 12h.
TIPOS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
	NP acrescida de emulsão lipídica é dita 3 em 1, quando não contem emulsão lipídica diz-se 2 em 1.
Nutrição Parenteral (Hiperalimentação Parenteral)
Fornece-se ao paciente uma mistura hipertônica, hiperosmola constituída basicamente de glicose 50%, solução de aminoácidos, em geral 10%, todas as vitaminas, mistura de eletrólise, quando possível os oligoelementos.
Esta infusão requer cateter na veia cava superior
Nutrição Parenteral Total
Diferença consiste na substituição da glicose por gorduras. Emprega-se solução de glicose 10%, com:
A diferença aminoácidos, vitaminas, eletrólitos, oligoelementos e, cerca de 30, 40, até 50% das necessidades calóricas do paciente sob a forma de emulsão lipídica a 10%.
Esta preparação apresenta osmolaridade média, podendo ser infundida por veias superficiais ou periféricas, apesar de dar-se preferência ao cateter central.
Em formulações para adultos e crianças, aminoácidos, glicose e lipídios são componentes de uma preparação de nutrição parenteral total. 
Os aminoácidos e a glicose são transferidos aos recipientes utilizando equipamentos informatizados ou método manual, com a aditivação através do equipo de transferência. Em ambos os métodos, os eletróliLOS são aditivados através do injetor lateral dos mesmos equipos, alternando-se os íons rnonova lentes com os íons diva lentes, evitando-se a incompatibilidade química entre os constituintes, com efeitos indesejados e até letais ao paciente.
A formulação de nutrição parenteral total (NPT) é suscetível a incompatibilidades físicas, químicas e físico-químicas. A mais observada. Nesse preparo é a precipitação decorrente da interação entre os eletrólitos cálcio e fósforo. A precipitação de fosfato de cálcio é uma das incompatibilidades físicas que podem ocorrer no preparo da nutrição parenteral quando se adicionam gluconato de cálcio e fosfato ácido de potássio em uma mesma preparação.
Nutrição Parenteral Incompleta
Consiste em fornecer ao paciente solução isotônica de aminoácidos, contendo ou não, pequena quantidade de carboidratos.
Este esquema é inadequado para nutrição em longo prazo, ou seja, além de sete dias.
ESTABILIDADE E COMPATIBILIDADE DA NUTRIÇÃO PARENTERAL
	Incompatibilidade é o fenômeno físico-químico responsável pela formação de um novo produto inadequado no momento de preparo ou quando estão sendo infundidas as soluções de NP. O maior risco de incompatibilidade na NP é quando macroprecipitados excedem o tamanho de 5 a 7 µ na mistura e passam a circulação central.
	Incompatibilidades físicas, químicas e físico-químicas em NP
	Física
	Precipitação
Alteração de cor
Formação de espuma
Turbidez
	Química
	Oxidação
Fotólise
Epimerização
Catálise
	Físico-Química
	Complexação
Floculação
Absorção/adsorção
Quebra de emulsão
Temperatura: o aumento da temperatura propicia o aumento da colisão entre as moléculas e aumenta a dissociação dos eletrólitos, tornando-o, mais disponíveis em solução;
Ordem de adição dos eletrólitos: os íons divalentes e trivalentes possuem afinidade química para reagirem e formarem sais estáveis. Devem ser intercalados com os íons monovalentes;
Concentração dos aminoácidos: os aminoácidos, por serem anfóteros e possuírem dois grupos polares, são solúveis em meio aquoso, propiciando a manutenção do pH da solução e auxiliando na diluição dos constituintes;
pH: a variação do pH ocasiona produtos não ionizáveis e, portanto, pouco solúveis;
Radiação ultravioleta: muitos aminoácidos e vitaminas são fotossensíveis, degradando-se parcialmente na solução em tempos preestabelecidos;
Adsorção: o polímero pvc propicia a adsorção de algumas vitaminas e de insulina. Estudos laboratoriais demonstraram que o polímero EVA é compatível com estas substâncias. O vidro deve ser quimicamente inerte, estéril e apirogênico e atender às especificações da Portaria 272/98/SVS/MS.
	Interação dos constituintes x Estabilidade da formulação
	Mistura 3:1
(lipídeos/solução)
	osmolaridade da formulação
	Glicose
	pH
potencial de superfície (potencial zeta)
a glicose hipertônica (pH = 3,5): agregação de partículas de gordura.
	Lipídios
	Cátions divalentes estabilidade de emulsão
Concentração de glicose pH e estabilidade da emulsão
	Aminoácidos
	Efeito tampão
Agregação da partícula do lipídio
L-triptofano degrada-se em formulações contendo bussulfito e oxigênio
L-lisina degrada-se com concentração de argimina
L-glutamina degrada-sea ácido glutâmico
	Eletrólitos
	Potencial de superfície (potencial zeta)
Agregação, quanto valência do cátion
	Oligoelementos
	Precipita-se quando adicionado em soluções de NP, contendo preparações multivitamínicas e cobre
	Ácido ascórbico
	Inativa as vitaminas B12 e K
Degrada-se na presença de zinco e cobre
Ácido ascórbico se deteriora sofre fotólise após exposição ao sol
Ácido ascórbico se deteriora a oxalato de cálcio no armazenamento prolongado
	Cianocobalamina e fitomenadiona
	Inativação mutua
Forma precipitados com sais de cálcio
	Cianocobalamina
	Pode precipitar na presença de sais de cálcio
	Acido fólico
	Degrade-se 40-89%, dependendo das condições de estocagem, temperatura e luz
	Retinol
	Adsorve-se ao plástico e ao vidro e é facilmente oxidada
	
Para que uma solução parenteral do tipo 3 em 1 seja estável, é necessários a homogeneização da solução a cada adição de um novo componente e o estabelecimento de uma ordem de adição dos componentes a mistura. A sequência correta de adição dos componentes transferência da glicose para a bolsa, adição dos aminoácidos e adição dos lipídeos.
INTERAÇÃO ENTRE NUTRIENTES E MEDICAMENTOS
	Recomenda-se que o medicamento seja administrado em via venosa separada da nutrição, usando-se uma conexão Y direta na junção do cateter, ou por uma via em Y sobre a via de infusão como uma aplicação secundária, ou ainda admistrando-se o medicamento por um lúmen separado através de cateter multilúmen.
	Albumina- A albumina é estável em concentrações de até 35,5 g/L em formulação de NP. Quando a albumina é adicionada, a solução não pode mais ser filtrada antes da administração. Foi relatado que existe a possibilidade de crescimento de fungos e bactérias nas formulações de NP que contêm albumina. 
	Aminofilina - A aminofilina é compatível com as formulações de NP por um período de até 48 horas. Deve-se atentar ao fato de que a solução de NP não deve conter grandes quantidades de cálcio e fósforo juntamente com concentrações de aminoácidos baixas ou de baixos valores do pH, uma vez que pode resultar em precipitação de fosfato de cálcio. 
	Antibióticos - Como regra geral, nenhum antibiótico intravenoso deveria ser misturado com qualquer solução nutriente, administrando-o, preferencialmente, por meio de cateter intravenoso separado. Além das preocupações sobre estabilidade, a via não é ideal para muitos antibióticos, para os quais são desejadas as infusões intermitentes como meio de produzir um pico e manter níveis que aumentem a eficácia bactericida ou diminuam a toxicidade. Apenas quando nenhum outro acesso estiver disponível, pode-se considerar a administração de antibióticos com a solução nutriente ou injetá-los pelo mesmo cateter. 
	Fármacos de ação cardiovascular - Embora provavelmente sejam estáveis, a mistura de vários vasopressores não é recomendada, especialmente quando são necessárias alterações de emergência na velocidade de infusão.
	Quimioterapia-A ciclofosfamida na concentração < 500 mg/L, a citarabina na concentração :5- 100 mg/L e o metotrexato sódico na concentração < 50 mg/L são compatíveis com as formulações de NP. O 5-fluoruracil, 4 g/L, também é compatível com a NP. 
	Corticosteróides - A hidrocortisona é compatível e estável em todas as concentrações. O succinato de metilprednisolona sódica a 250 mg/L é visivelmente compatível por 24 horas nas soluções padrão de NP.
	Furosemida - A furosemida na concentração de 40 mg/L é compatível com a NP. 
	Heparina - A heparina é compatível com os dois tipos de solução nutriente em concentrações de até 20.000 U/L e foi por um tempo adicionada comodamente às soluções para prevenir a formação de capas de fibrina ou a trombose da veia subclávia. Hoje esta prática não é mais utilizada. A heparina pode ser inativada pela vitamina C, e isso deve ser considerado quando outros medicamentos precisam ser administrados simultaneamente com as soluções contendo heparina, uma vez que por si própria ela pode produzir incompatibilidade. 
	Antagonistas dos receptores H2- É largamente utilizada a administração de um antagonista de receptor H2 concomitante às soluções de nutrição parenteral. É de baixo custo, são eliminadas as bolsas intravenosas, equipos e vias venosas periféricas, reduzindo-se assim o tempo gasto pela farmácia e pela enfermagem.
	Ácido clorídrico - O ácido clorídrico esterilizado pode ser adicionado em concentrações de até 200 mEq/L. Deve-se tomar cuidado, porém, em manter o pH entre 3,0 e 6,8. Quando é adicionado o ácido clorídrico, as emulsões de lipídios não devem estar presentes, uma vez que um meio ácido favorece fortemente a quebra da emulsão. Finalmente, as vitaminas devem ser administradas por uma veia periférica, pois o meio ácido as inativas.
	Ferro dextran - A suplementação de ferro em geral é mais adequadamente administrada por via oral, quando a absorção é inadequada. Contudo, a administração intravenosa de ferro pode ser totalmente efetiva. Quando são necessárias infusões de manutenção se1n acesso venoso periférico, podem ser adicionados 100 mg de ferro dextran na solução nutriente sem grandes riscos de reações anafiláticas. 
	Metoclopramida - As doses de 5 a 20 mg/L são quimicamente estáveis nas formulações de NP. 
	Narcóticos - A morfina, a meperidina, a hidromorfina e o levorfanol têm sido infundidos conjuntamente com a NP em pacientes terminais com limitado acesso venoso, tanto em casa como no hospital. 
	Bicarbonato de sódio - O bicarbonato de sódio geralmente não é usado com soluções nutrientes devido à possibilidade de formação de carbonato de cálcio
Incompatibilidades entre sais
Fosfato de Potássio x Sulfato de Magnésio precipitação
Fosfato de Potássio x Gluconato de Cálcio precipitação
Recursos que podem ser utilizados para eliminar estes inconvenientes
1. Intercalar estas misturas com um eletrólito monovalente (NaCl ou KCl)
2. Usar seringas diferentes para cada um deles
3. Intercalar um eletrólito monovalente e um divalente durante o preparo da nutrição parenteral.
Incompatibilidades entre lipídios e sais de cálcio
Gluconato de Cálcio x Lipídeos separação das fases da emulsão
Recursos que podem ser utilizados para eliminar estes inconvenientes
Utilizar proporção lipídeos/sais de cálcio > 4
Novos Substratos em Nutrição Parenteral
	Formulações à base de fósforo orgânico têm sido utilizadas visando a eliminar a clássica incompatibilidade entre o cálcio e fósforo, sendo compatível com cálcio sob a forma de gluconato, sem quaisquer limites de concentração e perfeitamente estável em formulações de NP. Com isso, a oferta de íons cálcio e fósforo não fica restrita a concentrações predeterminadas por estudos de estabilidade, geralmente inferiores às necessidades específicas, notadamente na neonatologia e pediatria.
	Aminoácidos como arginina, glutamina e ácidos graxos três, vêm sendo utilizados como suplementos no suporte nutricional de portadores de patologias diversas, entre elas o câncer, com fim inumomodulador para ampliar os mecanismos de defesa imunológicos do paciente.
CONTROLE DE QUALIDADE
Inspeção visual em 100% das amostras;
Verificação da exatidão das informações do rótulo
Teste de esterilidade em amostra representativa das manipulações realizadas em uma sessão de trabalho, para confirmar sua condição estéril.
ARMAZENAMENTO
Uso Extemporâneo
	As soluções são preparadas em frascos de vidro ou bolsas plásticas apropriadas e guardadas sob refrigeração, em geladeira exclusiva para medicamentos, com temperatura de 2-8º.C. Prazo de validade = 24 horas.
	Transporte – recipientes térmicos exclusivos de modo a garantir a temperatura se manter em torno de 2º.C a 20º.C durante o tempo de transporte que não deve ultrapassar 12 horas.
1-(CAFAR-2005) Analise estas afirmativas concernentes à terapia nutricional:
I. A emulsão lipídica adicionada à nutrição parenteral eleva a osmolaridade final da solução.
II. A nutrição parenteral periférica é administrada através de uma fístula arteriovenosa no antebraço.III. A nutrição enteral em associação com a nutrição parenteral é efetiva em pacientes com síndrome do intestino curto.
IV. As formulações de nutrição enteral ricas em ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega 3 reduzem, em pacientes queimados, a imunossupressão induzida pelo aumento das prostaglandinas.
A partir dessa análise, pode-se concluir que
A) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B) apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
C) apenas as afirmativas II e III estão corretas.
D) apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
2- (CAFAR 2006) A Portaria no 272, de 1998, do Ministério da Saúde, dispõe sobre o regulamento técnico da terapia de nutrição parenteral. É requerido que a farmácia que manipule a nutrição parenteral possua
(A) área de manipulação sob fluxo laminar classe 100 (grau A ou B) em sala classe 10.000 (grau C), com pressão positiva.
(B) sala de manipulação classe 10.000 (grau C) e área de manipulação sob fluxo classe 100 (grau A ou B), com pressão negativa.
(C) antecâmara e sala de higienização classe 100.000 (grau D), com pressão negativa à área de dispensação.
(D) sala de higienização classe 100.000 (grau D), com pressão positiva em relação à área de ingresso para a sala de manipulação.
3- (CAFAR 2008) São indicações da terapia nutricional parenteral, EXCETO:
A) Isquemia mesentérica.
B) Pancreatite necrotizante.
C) Peritonite.
D) Doença terminal.
4- (CAFAR 2008) Pacientes em terapia nutricional parenteral devem ter os seguintes exames bioquímicos realizados semanalmente, EXCETO:
A) Glicemia capilar.
B) Transaminase hepática.
C) Transferrina.
D) Ureia.
5- (CAFAR 2009) Quanto ao equipamento de proteção individual e coletiva, também conhecido como capela de fluxo laminar, obrigatoriamente utilizado no preparo de nutrição parenteral e de medicamentos antineoplásicos injetáveis, pode-se afirmar que
a) a capela de fluxo laminar horizontal, também chamada de classe I, pode ser utilizada para o preparo de medicamentos antineoplásicos.
b) na capela classe III é criada uma barreira entre o operador e a área de trabalho através do fluxo de ar vertical contínuo.
c) a capela tipo B2, normalmente utilizada no preparo de medicamentos antineoplásicos, expulsa 100% do ar e o novo ar é introduzido, partindo-se do ar do ambiente.
d) a capela tipo B3 recircula 70% do ar e expulsa 30% do ar através do filtro HEPA para o ambiente.
6- (CAFAR 2009) A nutrição parenteral e uma solução estéril que e infundida por via parenteral dos nutrientes necessários a sobrevivência do paciente em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar. E uma contraindicação da nutrição parenteral pacientes com
a) doença inflamatória intestinal.
b) edema pulmonar.
c) portadores de desnutrição com doenças obstrutivas no trato gastrintestinal alto.
d) insuficiência renal.
7- (CAFAR 2009) Sobre a nutrição parenteral central, complete as lacunas das afirmativas a seguir: “A solução parenteral é administrada em uma veia _____________, e esta está indicada para um período ____________ a 10 dias. A osmolaridade, geralmente, é _____________ a 1.000 mOsm/L.”
a) central / inferior / inferior
b) central / superior / superior
c) periférica / inferior / superior
d) periférica / superior / superior
8- (CAFAR 2009) Sobre os componentes da nutrição parenteral, assinale a alternativa correta.
a) Os carboidratos são a única fonte geradora de energia na nutrição parenteral.
b) Em pacientes com acidose metabólica a concentração de acetato deve ser diminuída.
c) Iodo, manganês, selênio, molibdênio são exemplos de oligoelementos essenciais.
d) As emulsões de lipídios não são isotônicas e, por isso, não podem ser administradas por veia periférica.
9-(CAFAR 2009) Indique a opção que completa corretamente a assertiva dada a seguir:
“A droga _____________, possui compatibilidade e pode ser administrada ao paciente que está recebendo nutrição parenteral.”
a) naloxona
b) metronidazol
c) lorazepam
d) sulfato de morfina
10-(CAFAR 2013) Sobre a Terapia Nutricional Parenteral (TNP), marque a alternativa incorreta.
a) Sua via de administração central e utilizada para períodos maiores que 14 dias e requer menor manipulação do cateter.
b) A mistura binaria proporciona a visualização de precipitados e apresenta uma maior estabilidade, quando comparada a terciaria.
c) Sua via de administração periférica e utilizada para administração de soluções hipotônicas e com osmolaridade superior a 600 mOsm/l.
d) E indicada nos casos em que a alimentação oral não e possível ou e indesejada, quando a absorção de nutrientes e incompleta e, principalmente, quando essas condições estão associadas a desnutrição.
11-(CAFAR 2014) Durante o preparo de uma nutrição parenteral, algumas soluções podem apresentar incompatibilidades que assumem um papel de relevada importância durante o preparo. Considera-se que mediante alguma incompatibilidade, a nutrição parenteral perde o seu poder de ação no paciente.
Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
a) A heparina é compatível com a nutrição parenteral.
b) O fosfato forma sais insolúveis com cálcio e sódio.
c) Os íons de sódio, potássio e cloreto são incompatíveis na nutrição parenteral.
d) Todos os antibióticos podem ser administrados no mesmo frasco de nutrição parenteral.
12-(CAFAR 2014) A nutrição parenteral total ou parcial constitui uma parte dos cuidados assistenciais aos pacientes que estão impossibilitados de receberem, adequadamente, as necessidades calóricas pelo trato gastrointestinal. Outra forma de nutrição é a via enteral, de melhor escolha do ponto de vista fisiológico, pois a presença dos nutrientes no tubo digestivo é essencial para a manutenção e o crescimento da mucosa gastrointestinal. Diante do exposto, analise.
I. A nutrição parenteral é administrada por via venosa utilizando, preferencialmente, as veias subclávia, cava inferior e jugular interna.
II. A nutrição enteral pode ser administrada através de sondas em posição nasogástrica-entérica.
III. As terapias nutricionais enteral e parenteral são recomendadas a todos os pacientes hospitalizados, por serem fisiológicas e estéreis. 
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
12-(CAFAR 2016) O preparo da nutrição parenteral é um processo que utiliza procedimentos padronizados e validados, a fim de assegurar a qualidade dos componentes da nutrição parenteral até a sua administração no paciente. Durante a preparação de uma nutrição parenteral, o farmacêutico deve observar, previamente às manipulações, as incompatibilidades que podem ocorrer. O fator que está descrito corretamente e deve ser observado para evitar a incompatibilidades físico-químicas é o(a) 
a) pH: sua variação ocasiona produtos não ionizáveis e, portanto, pouco solúveis. 
b) temperatura: sua redução torna os eletrólitos mais disponíveis para a solução. 
c) radiação ultravioleta: sua utilização evita a degradação das soluções de aminoácidos e vitaminas por serem foto-estáveis. 
d) ordem de adição dos eletrólitos: os íons divalentes e trivalentes possuem afinidade química para reagirem e formarem sais estáveis, portanto, não devem ser intercalados com os íons monovalentes. 
13- (CAFAR 2017) A nutrição parenteral se refere à nutrição feita por uma via diferente da gastrointestinal. Avalie as afirmativas sobre a Terapia Nutricional Parenteral. 
I. Exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multiprofissional, visando a garantia da sua eficácia e segurança. 
II. O método comumente utilizado para a preparação das soluções nutricionais parenterais é o de ativação de cada componente por sistema fechado, sob o ar estéril da capela de fluxo laminar. 
III. Como regra geral, os antibióticos intravenosos podem ser misturados nas soluções de nutricional, facilitando sua administração. 
Está correto apenas o que se afirma em 
a) II. 
b) III. 
c) I e II. 
d) I e III.
	1-D
2- A
3-D
4-A 
5-C
6-C
7-D
8-B
9-C10-B
	11- A
12-B
13-C

Outros materiais